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INTRODUÇÃO
Devido à grande quantidade de ações que tramitam por ano no Superior Tribunal
de Justiça (STF), fizeram-se necessários meios alternativos para a solução de litígios. Surgiu,
assim, a Conciliação, um processo através do qual as partes, orientadas por um conciliador ou
mediador, chegarão a um acordo. Nesse acordo não há vencedores nem perdedores, cada um
dos envolvidos tem, não totalmente, mas significativamente, seus anseios satisfeitos.
Considerando a complexidade das interações humanas, é de suma importância que
se proponha meios diferenciados para que se faça presente a Justiça nessas relações através do
Direito. A Psicologia vem auxiliar o Direito, tendo em vista que as relações do ser humano se
baseiam em conceitos abstratos, como Amor, e quando ocorre o litígio, este não se resolve
racionalmente.
A Psicologia se faz necessária também na formação de mediadores e
conciliadores, que deverão estar preparados para tratar de questões íntimas, tanto de
familiares, quanto de indivíduos sem vínculo afetivo.
DESENVOLVIMENTO
1
Resumo Expandido oriundo do Projeto “Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Montes
Claros” da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES, coordenado pela Profª Dra. Cynara Silde
Mesquita Veloso.
2
Acadêmico do 10º Período do Curso de Direito da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES –
1º Semestre/2016
3
Docente na Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES.
Para que haja uma melhor conscientização desse meio eficaz de solução de
conflitos os operadores do Direito precisam estar profundamente familiarizados com ele.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi explanado vê-se que as relações humanas interpessoais são
dotadas de grande complexidade. A título exemplificativo, no Direito de Família, a discussão
da intimidade no âmbito de uma ação judicial, revela-se uma tarefa que dificilmente pode ser
considerada exclusivamente pelo aspecto objetivo, tanto pelo juiz, quanto pelos demais
operadores do Direito.
O Direito deve utilizar-se de outras ciências para auxiliá-lo na consecução da
Justiça quando apenas a letra dura e fria da lei não é suficiente. Assim, a Psicologia Judiciária
evidencia a sua importância ao contribuir, do ponto de vista técnico, para que ações de
conteúdo complexo e que envolvam aspectos abstratos da dignidade humana, como honra e
sentimentos por exemplo, possam ser compreendidos, e a lide possa ser solucionada de forma
razoável.
Hodiernamente, a Conciliação e a Mediação tornaram-se alternativas eficazes para
desafogar as numerosas ações que tramitam no Judiciário. Por não haver perdedores nem
ganhadores é um meio razoável para solução de um litígio. A Psicologia Judiciária vem em
auxilio dos conciliadores e mediadores na medida em que os capacita para lidar com situações
complexas, por vezes incomuns, no qual abordarão aspectos abstratos da vida humana, como
amor e moral, e poderão de forma mais eficaz ajudar na construção de uma forma alternativa
de solução do imbróglio sem a necessidade do ajuizamento de uma ação.
REFERÊNCIAS
NUNES, Antônio Carlos Ozório. Manual de mediação: guia prático para conciliadores.
São Paulo (SP): Editora Revista dos Tribunais, 2016.
SITES:
http://www.conjur.com.br/2006-dez-
07/conciliacao_expressao_maior_pacto_social_entre_partes. Acessado em 04 de
novembro de 2011, às 18h53min.
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/stf-julgou-13-mi-de-acoes-em-dez-anos. Acessado
em 17 de junho de 2016, às 09h10min.