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A NECESSIDADE DE INCENTIVO DO USO DA MEDIAÇÃO


EXTRAJUDICIAL NO ÂMBITO DO DIREITO FAMILIAR

Andréia Joseph Mouniergi Chamoun


Pós-graduanda no curso de Direito de Família e
Sucessões da rede de ensino LFG/Anhanguera.
Advogado. XXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
Contato: XXXXX@XXXXX.com

RESUMO
O presente estudo analisará o instituto da mediação e aplicação no âmbito do direito de
família, afim de compreender os motivos que podem fazer desse meio alternativo na
resolução de conflitos familiares de forma extrajudicial. No primeiro capítulo abordará os
meios alternativos de resolução das controvérsias no direito brasileiro. Capítulo seguinte
tratará da mediação no direito brasileiro. O último capitulo apresentará a mediação
extrajudicial aplicado ao direito de família. Trata-se de uma revisão literatura através da
análise de artigos científicos. Sua aplicação tem demonstrado resultados positivos, pois
além de ser uma alternativa produz resultados mediatos e eficientes frente aos conflitos.

Palavras-chave: Civil. Processo civil. Mediação. Extrajudicial. Família. Sucessões.

ABSTRACT
The present study will analyze the institute of mediation and application in the scope of family
law, in order to understand the reasons that can make of this alternative means in the
resolution of family conflicts in an extrajudicial way. In the first chapter we will discuss
alternative means of resolving disputes in Brazilian law. The next chapter deals with
mediation in Brazilian law. The last chapter will present extrajudicial mediation applied to
family law. It is a literature review through the analysis of scientific articles. Its application has
shown positive results, since in addition to being an alternative produces mediates and
efficient results in front of the conflicts.

Keywords: Civil. Civil lawsuit. Mediation. Extrajudicial. Family. Successions.

INTRODUÇÃO
A maioria dos conflitos, entre particulares, é tratada por meio dos litígios
processuais, sendo a decisão imposta pelo Estado, que é personificado na figura do
juiz. Perante a necessidade de mudança da cultura litigiosa, apresenta-se a
Mediação, como meio alternativo e adequado, para a resolução de conflitos entre
familiares. Dessa forma, ao mediador tem a incumbência a aplicação de algumas
fases e técnicas, as quais possibilitam e facilitam as partes o alcance de uma
solução satisfatória, além de continuarem a relação existente.
A problemática exposta no presente estudo está sob os diversos casos que
hoje tramitam no Judiciário aguardando uma solução podendo ser solucionados de
forma pacífica, sem perdedores nem ganhadores, além da possibilidade de as
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partes dialogarem, auxiliadas por um terceiro imparcial ou seja, o mediador, e


decidirem uma solução para o conflito, que seja aceitável por todos.
Espera-se encontrar por meio da mediação amplos benefícios aos
participantes, como a resolução do conflito de forma menos burocrática, traumática e
encontrar o entendimento entre os envolvidos, em todos os sentidos, além de
aplicabilidade destes institutos, instrumentos que auxiliem efetivamente no
desafogamento do Judiciário e na pacificação social.
Assim o objetivo do estudo buscará analisar o método da mediação no
âmbito da justiça familiar, procurando explicar a necessidade atual de se ter um
incentivo maior quanto à mediação extrajudicial, não só para desafogar o judiciário,
mas também para o alcance, de forma célere e satisfativo do direito na seara
familiar.
Assim sendo, o presente estudo será dividido em 3 capítulos. No primeiro
capítulo será apresentado uma breve contextualização histórica sobre os meios
alternativos de resolução de conflitos no direito brasileiro, e a diferença entre
arbitragem, conciliação e mediação. Enquanto no segundo capítulo será dissecada a
instituição da mediação, tanto judicial como a extrajudicial, verificando o papel do
mediador e as características e princípios que revestem a mediação. O último será
aventado como a mediação extrajudicial, fase pré-processual, pode ser o principal
meio alternativo para o alcance do direito no âmbito das relações familiares e o
porquê da a sua utilização de forma extrajudicial merece ser incentivada.
A pesquisa caracteriza-se como uma revisão bibliográfica, apresentando os
procedimentos metodológicos para análise da literatura, artigos científicos, por meio
dos descritores: Civil, Processo civil, Mediação, Extrajudicial, Família e Sucessões.
Por fim, o objeto deste trabalho cientifico estudará o direito de família e,
principalmente, a mediação como meio alternativo para a resolução de conflitos
entre os seus membros. A mediação pode ser uma excelente maneira de viabilizar o
entendimento de componentes do mesmo núcleo familiar em situação de crise
colaborando para desafogar o Poder Judiciário, ao passo que são inúmeras as
questões familiares a ele submetidas. Dessa forma, o estudo tratará a necessidade
de incentivo do uso da mediação extrajudicial no âmbito do direito familiar, a busca
pelo conceito geral de família, as formas de resolução de conflitos por vias
diferenciadas, e, finalmente, o estudo da mediação nas vertentes judiciais e
extrajudiciais.
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1 OS CONFLITOS, A FAMÍLIA E OS MEIOS ALTERNATIVOS DE


RESOLUÇÃO DAS CONTROVÉRSIAS NO DIREITO BRASILERIO

O ordenamento jurídico brasileiro está atualmente sobrecarregado de


processos, especialmente os de competência da justiça familiar, cuja tramitação se
prolongam por anos e em muitas das vezes o mérito não acaba por agradar as
partes. Além dessas circunstancias não serem queridas, o desgaste e a perpetuação
do conflito são os piores castigos para os litigantes. Dito isto, em razão das inúmeras
demandas, coube ao operador do direito analisar o fenômeno do conflito e como
este pode ser resolvido com o uso de métodos alternativo de resolução de
controvérsia, com o intuito de atingir o fim social existente no próprio propósito de
justiça.

1.1 O CONFLITO

O conflito entre pares já existia antes mesmo da criação da sociedade,


quando o homem se encontrava ainda no estado natural, onde a interações geravam
contendas. Com esta breve exposição é possível abstrair que o conflito é inerente as
relações humanas, pois havendo interações entre as pessoas da sociedade, a
vontade será exteriorizada e muitas das vezes esta será discordada pelos outros por
diferenças de personalidade e vontade dos envolvidos, dando origem a resistência.
Assim em resumo, conforme exposto no Manual de Mediação da Defensoria
Pública (2014), pode ser dito que:

Apesar de comumente nos referirmos ao conflito como algo negativo,


o fato é que, considerado isoladamente, é um elemento inerente a
condição humana. A existência humana, desde a mais tenra infância,
gira em torno de suas relações. Por meio das relações, as pessoas
adquirem as capacidades necessárias para seu desenvolvimento e
sobrevivência, obtém afeto, satisfação pessoal e acolhimento.

Observado o surgimento do conflito no seio social, gerado pelas próprias


relações humanas, cabe analisar como esta desavença ocorre especificamente no
seio familiar e quais os mecanismos disposto pelo direito para auxiliar na sua devida
resolução.
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1.2 A ESTRUTURA FAMILIAR DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Até o início do século XX a unidade familiar era composta basicamente e de


forma geral por pai, mãe e filhos, onde o primeiro era encarregado de trabalhar e a
segunda de cuidar da prole e da casa (TOALDO; OLIVEIRA, 2017). Entretanto em
virtude de diversos fatores sociais políticos e econômicos, como guerras, crises
econômicas, acesso a informação, globalização e emponderamento feminino, a
unidade familiar foi se modificando. Acerca da unidade familiar na sociedade
contemporânea, Dias (2015) expõe com maestria que é:

Difícil encontrar uma definição de família de forma a dimensionar o


que, no contexto dos dias de hoje, se insere nesse conceito. É mais
ou menos intuitivo identificar família com a noção de casamento.
Também vem à mente a imagem da família patriarcal: o homem
como figura central, tendo a esposa ao lado, rodeado de filhos,
genros, noras e netos. Essa visão hierarquizada da família sofreu
enormes transformações. Além da significativa diminuição do número
de seus componentes, houve verdadeiro embaralhamento de papéis.
A emancipação feminina e o ingresso da mulher no mercado de
trabalho a levaram para fora do lar. Deixou o homem de ser o
provedor exclusivo da família, e foi exigida sua participação nas
atividades domésticas.

Desta forma, compreende-se que com o passar dos anos a mulher


começou a ganhar espaço na sociedade, passando assim a exercer as funções que
antes eram realizadas exclusivamente por homens, no trabalho, na vida pública e na
própria política. Do mesmo modo surgiu depois de muita resistência a validade
jurídica da relação homoafetiva (ADI 4277 e ADPF 132) e embora não seja
atualmente considerada (pedido de providências da ADFAS (n. 0001459-
08.2016.2.00.0000, julgado dia 26/06/2018) a relação poliafetiva vem crescendo
cada dia mais como fato social. Sobre esses mencionados fatos sociais que
modificaram o conceito de família, Gonçalves (2017) explana:

Ao longo do século XX, as transformações sociais foram gerando


uma sequência de normas que alteraram, gradativamente, a feição
do direito de família brasileiro, culminando com o advento da
Constituição Federal de 1988. Esta alargou o conceito de família,
passando a integrá-lo as relações monoparentais, de um pai com os
seus filhos. Esse redimensionamento, “calcado na realidade que se
impôs, acabou afastando da ideia de família o pressuposto de
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casamento. Para sua configuração, deixou-se de exigir a


necessidade de existência de um par, o que, consequentemente,
subtraiu de sua finalidade a proliferação.

Assim devido as diversas mudanças no conceito de família e de sua


estrutura na sociedade atual, muitos são os conflitos que surgem em referido seio,
devendo o direito se adaptar as mudanças da sociedade, devendo o operador do
direito, analisar as melhores saídas existentes para solucionar as demandas levadas
ao judiciário, com o propósito não só de resolvê-los de modo ágil, mas também
satisfativo, com o uso dos meios alternativos de resolução de conflitos.

1.3 OS MEIOS ALTERNATIVOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS:


ARBITRAGEM, CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO

Conjectura-se que devido ao crescimento de conflitos, muitas demandas são


levadas ao judiciário, ou seja, a justiça está sendo acionada, contudo, a celeridade
não vem sendo observada pela quantidade ilimitada de processos que são ajuizados
que, por fim, vêm “afogando” o judiciário, principalmente nas varas familiares. Em
razão desse triste cenário, há alguns anos, os operadores do direto procuraram
alternativas para a resolução dos conflitos apresentados, o que por sua, vez, levou a
regulamentação dos métodos heterocompositivos e autocompositivos de resolução
de conflitos como: a arbitragem, a conciliação e a mediação. Explicando referidos
métodos, Veloso, Tibol e Lira (2017), citando Nunes, expõem:

Os mecanismos de solução de conflitos dividem-se em meios


heterocompositivos e autocompositivos: aqueles são prestados
através de terceiros, seja pela tutela jurisdicional (juiz ou tribunal) ou
por um árbitro; nestes as próprias partes constroem a solução para
os seus conflitos, através do consenso direto (negociação); com a
ajuda de um terceiro interveniente e facilitador (conciliação), ou com
o apoio de um terceiro assistente e facilitador (mediação).

No que se refere ao conceito da arbitragem, método alternativo de resolução


de conflito regulado pela Lei n.º 9.307/1996, Júnior (2018) elucida:

A arbitragem pode ser definida, assim, como o meio privado,


jurisdicional e alternativo de solução de conflitos decorrentes de
direitos patrimoniais e disponíveis por sentença arbitral, definida
como título executivo judicial e prolatada pelo árbitro, juiz de fato e de
direito, normalmente especialista na matéria controvertida.
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Já no que se refere a diferença entre mediação e conciliação, Sales (2004),


esclarece:

A diferença fundamental entre a mediação e a conciliação reside no


conteúdo de cada instituto. Na conciliação, o objetivo é o acordo, ou
seja, as partes, mesmo adversárias, devem chegar a um acordo para
evitar um processo judicial. Na mediação as parte não devem ser
entendidas como adversárias e o acordo é consequência da real
comunicação entre as partes. Na conciliação, o mediador
[conciliador] sugere, interfere, aconselha. Na medição, o mediador
facilita a comunicação, sem induzir as partes ao acordo.

Desta forma, a arbitragem pode ser entendida como um método alternativo


heterocompositivo pelo fato de investir em um terceiro o poder de arbitrar decisão a
uma controvérsia existente entre as partes. Agora em se tratando da conciliação e
da mediação estas são autocompositivas onde as partes de alguma forma
gesticulam e opinam acerca do mérito do acordo almejado.
Com a arbitragem regulada pela lei 9.307/1996, e a conciliação e a
mediação oficialmente expressa no diploma processualista em vigor (CPC/15) e na
Resolução 125 do CNJ, além da própria Lei n.º 13.040 de 2015, o ordenamento
jurídico brasileiro se depara com 3 excelentes mecanismos de solução de conflitos,
contando-se ainda com os métodos da negociação, transação e renúncia, que não
serão abordados em razão do propósito específico do tema deste trabalho.

2. O INSTITUTO DA MEDIAÇÃO NO DIREITO BRASILEIRO

Em razão do presente tema estar relacionada tratar sobre mediação


extrajudicial como método alternativo eficaz para a resolução das avenças
enfrentadas pelas famílias e a necessidade de seu incentivo, cumpre discorrer sobre
o surgimento da mediação no direito brasileiro, a sua regulamentação na lei em
vigor, a figura do mediador e as características que norteiam referido método, tanto
judicial como extrajudicial.

2.1 BREVE ESCORÇO HISTÓRICO LEGISLATIVO SOBRE A MEDIAÇÃO


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As primeiras reflexões e ilações em respeito a mediação no Brasil, surgiram


no final do século XX, com influência de outros países como Argentina que abordou
referido tema em 1995. Desta feita foi elaborada a PL 4.827/98, que buscou
regulamentar a mediação, inserindo seu conceito e características principais. Devido
a demora na atividade legiferante e desinteresse pelo tema no meio dos
parlamentares, o projeto somente foi aprovado pela Câmara dos Deputados em
2002, enviado ao senado sob PL n.º 94/2002 (CABRAL; CARVALHO; SOUZA;
PERES, 2015).
Entretanto antes de ser provado no Senado, em 2005 no Brasil houve a
reforma do judiciário com a entrada em vigor da EC 45/04 (Reforma do Judiciário),
que acabou por prejudicar a projeto inicial do projeto, sendo enviado o substitutivo
até a câmara dos deputados, que não prosseguiu com a tramitação de referido
projeto até o ano de 2013 (CABRAL; CARVALHO; SOUZA; PERES, 2015).
Embora tenha sido esquecido pelo congresso nacional, o tema concernente
a mediação não foi deixada de lado pelo Conselho Nacional de Justiça que
prontamente no ano de 2010 editou a Resolução n.º 125, buscando prever a política
nacional de diretrizes para os tribunais e todo o poder judiciário abarcarem o uso da
conciliação e mediação, com o propósito de incentivar os meios alternativos de
resolução de controvérsias.
Com a Resolução 125 do CNJ foi determinado a criação de Núcleos
Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, sendo determinada
a criação dos chamados CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de Conflitos e
Cidadania, responsáveis pela realização da mediação e da conciliação.
Concomitantemente a edição da Resolução 125 do CNJ, foi apresentado o
projeto de Lei PL n.º 166/2010, posteriormente substituída pela PL 8.046/2010 que
buscava reforma do processo civil brasileiro por meio da criação de um novo
diploma. Em referido projeto apresentado (NCPC), estava incluída a previsão
expressa de diversos dispositivos constitucionais e principalmente a conciliação e a
mediação, sendo que após a devida tramitação foi aprovada pelo congresso e
enviada para a sanção presidencial, dando origem a lei n.º 13.015/2015, o Novo
Código de Processo Civil.
De modo sucessivo, após longos anos de debates acerca dos métodos
alternativos de resolução de conflitos, foi aprovada e promulgada a Lei n.º
13.140/2015 que regulamentou expressamente a mediação, de forma mais
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abrangente trazendo a figura do mediador, a aplicação, as características e


princípios que regem este método.

2.2 DA MEDIAÇÃO E A FIGURA DO MEDIADOR

A mediação, do mesmo modo que ocorre com a conciliação, vem prevista no


Código de Processo Civil. A maior abordagem de referido método vem regulado pela
Lei n.º 13.140/2015, que busca conceituá-lo, podendo ser judicial (em juízo) ou
extrajudicial (propiciado pelas partes – câmaras privadas de medição estipuladas em
contrato), delimitando suas características essenciais seguindo as diretrizes
mencionadas na Resolução 125 do CNJ, que de forma didática, em simples leitura,
conceitua com clareza a mediação.
Conforme previsto no artigo 3º da Lei da Mediação, são passíveis de
medição: “Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos
disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitem transação.” Estes podem
ser considerados, os direitos na seara familiar, fazendários, societários por exemplo,
onde o vínculo relacional já existia antes do conflito. Desta forma, existido conflitos
que se enquadrem nos determinados pela Lei da Mediação, no momento do
recebimento da ação pelo juízo ou Centro de Resolução de Conflitos, o magistrado
ou funcionário responsável pelo órgão, irá determinar a designação de audiência de
mediação, antes de dar prosseguimento ao feito.
Já em relação a figura do mediador, não há dificuldade em observar quais
são os requisitos essenciais para uma pessoa revestir-se em referida função.
Conforme expõe o artigo 11º da Lei n.º 13.140/2015:  

Poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz, graduada há


pelo menos dois anos em curso de ensino superior de instituição
reconhecida pelo Ministério da Educação e que tenha obtido
capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores,
reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento
de Magistrados - ENFAM ou pelos tribunais, observados os
requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça
em conjunto com o Ministério da Justiça. 

Outro requisito imprescindível é que a pessoa do mediador seja inscrita em


referida função no respectivo tribunal em que atua em consonância com o que
dispõe o artigo 12º da lei da mediação. Não bastasse isso, para a investidura em
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referida função a própria lei da mediação prevê que ao mediador será observado os
mesmos casos de impedimentos e suspeição dos juízes estipuladas no CPC (art.
5º), informando ainda que este não poderá patrocinar ou assessorar qualquer um
dos demandantes da causa em que atuou como mediador em prazo de 1 (um) ano.
Verifica-se que referidos impedimentos fazem alusão ao princípio da
imparcialidade, uma vez que, se o mediador conhecer uma das partes, certamente
irá gesticular privilégios a esta. Em contrapartida acerca do impedimento para
patrocinar a causa de um dos envolvidos pelo prazo de 1 (um) ano mostra-se
importante para evitar captação de clientes, servindo o prazo como quarentena.
Ressalva-se que a figura do mediador, por consequência lógica, também
não deve ostentar nenhuma das qualidades dos incapazes e relativamente
incapazes previstas no Código Civil.
Assim, observado o procedimento e a figura do mediador, cumpre discorrer
e analisar quais são as características previstas na lei acerca do instituto da
mediação, bem como os princípios que devem ser respeitados durante sua
aplicação.

2.3 AS CARACTERÍSITCAS E PRINCÍPIOS QUE REGEM A MEDIAÇÃO

São vários os princípios que regem a mediação judicial e extrajudicial, sendo


a previsão destes assegurada pela Resolução 125 do CNJ, cada qual de suma
importância para compor as características essenciais de referido instrumento.
Veloso, Tibol e Lira (2017), mediante os estudos de Nunes, elencam os
princípios que regem a mediação:

Compilando o estabelecido no CPC/15, na Lei de Mediação, na Res.


125 do CNJ é possível extrai-se que a mediação é guiada pelos
seguintes princípios: independência; imparcialidade; autonomia de
vontade das partes; oralidade; mediação on-line; informalidade;
decisão informada; isonomia das partes; busca do consenso; boa-fé;
voluntariedade e princípio da confidencialidade. 

Acerca do princípio da imparcialidade, este é observado na qualidade do


mediador que ao presidir a sessão de mediação, deve mostrar imparcialidade para
com as partes, ou seja, demonstrar que está ali para ajudar, sem juízo de mérito, a
medida que apenas auxilia as partes sem coadunar com o interesse de um em face
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do outro, sendo ambos iguais perante o mediador (DIDIER, 2017). Atrelado a


imparcialidade encontra-se os princípios da autonomia da vontade e da
independência, haja vista, que a mediação possui um caráter de fazer prevalecer a
vontade de cada um dos envolvidos, fazendo como que cada um colabore com o
almejado “acordo”, onde cada indivíduo pode negociar os prós e contras de cada
ponto discutido, sendo eles mesmos de alguma forma juízes da causa, não
dependendo do mediador para alcançar seu objetivo.
A respeito do princípio da oralidade, a mediação mostra-se como um
verdadeiro meio que proporciona o dialogo entres os litigantes, de maneira que cada
um pode expor para as outras suas vontades, quebrando assim a “barragem”
emocional e pessoal, principalmente nos casos familiares, que as separaram em
razão do conflito de interesses, como separação, pensão alimentícia, partilha de
bens e etc.
O princípio da informalidade estipula que o procedimento da mediação não é
fixado na lei, sendo que está apenas informa como ocorrerá a mediação, sem prever
de modo formal o seu preciso tramite, seguindo o fluxo obtido com o diálogo das
partes (DIDIER, 2017). Por sua vez, em relação ao princípio da decisão informada,
mister faz-se o uso das palavras de Scarpinella (2018) que a define: “A “decisão
informada” consiste no “dever” de manter o jurisdicionado plenamente informado
quanto aos seus direitos e ao contexto fático no qual está inserido”.
No que concerne ao princípio da isonomia das partes, cabe apenas reforçar
que no direito pátrio como todo, seja em abito administrativo ou judicial, todos devem
ser tratados nas desavenças de forma igualitária, tratando os iguais de forma igual a
medida de sua igualdade e os desiguais de forma desigual a medida de sua
desigualdade, conforme elucida o artigo 5º da Constituição Federal (SCARPINELLA,
2018).
Em relação ao princípio da boa-fé, é dispensável maior demora para sua
ilustração, dado que sua garantia é prevista pela Constituição Federal e pelo próprio
Código de Processo Civil, onde caso não seja cumprida, importará em ônus à parte
que agir de referido modo, devendo, portanto, os litigantes agirem de boa-fé. No que
tange ao princípio do consenso, tem-se que este é apreciado na mediação, pelo fato
de referido método incentivar o diálogo e a negociação de eventual acordo que
venha a satisfazer de modo rápido e fiel os desejos das partes, fazendo com que os
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demandantes envolvidos, cheguem a um consenso sobre os direitos sob discussão


(DIDIER, 2017).
Por fim, não menos importante, referente ao princípio da confidencialidade,
este é consubstanciado na figura do mediador, onde este deve manter em segredo
todos os casos em que atuar e não revelar a ninguém os acordos levados a termos
e as sessões frustradas, sob pena de incorrer em falta com os preceitos éticos que
envolvem o profissional conciliador e mediador, sendo ainda punível com sanções.

2.4 O PROCEDIMENTO DA MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Cabe tecer que as ilações ostentadas anteriormente acerca da figura do


mediador e das características da medição, servem tanto para a mediação judicial e
extrajudicial, desta forma Vezzulla (2001, p. 72-83) envolve fases que constituem o
procedimento da mediação: a apresentação do mediador e dos regulamentos da
mediação; a manifestação do problema por ambas as partes; a síntese e o primeiro
ordenamento dos problemas; a divulgação dos interesses ainda ocultos; a formação
de ideias para a resolução dos problemas; os acordos parciais e o acordo final.
A mediação pode ser utilizada em diversas áreas, sendo eficaz em
conflitos empresariais, comerciais, trabalhistas, ambientais, escolares,
organizacionais, internacionais, comunitários e familiares. Nos casos entre familiares
é fundamental, como revela Cachapuz (2006, p.37), uma vez que, proporciona, a
resolução de desavenças, sem que haja a desvinculação do alicerce familiar,
movendo as partes a refletir sobre suas decisões, sendo elas de caráter legal ou
emocional.

3. O INSTITUTO DA MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL APLICADO AO


DIREITO DE FAMÍLIA

Verificado os principais pontos que norteiam a mediação, suas diferenças


em relação aos outros meios alternativos de resolução de conflitos, a figura do
mediador e o respectivo procedimento, resta cristalino que suas particularidades se
enquadram perfeitamente a necessidade das causas familiares, sendo que referido
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instituto mostra-se como uma excelente ferramenta à busca do direito e o conceito


de justiça para com os envolvidos na demanda familiar.

3.1 AS PECULIARIEDADES DO DIREITO DE FAMÍLIA

Existe uma série de direitos que evolvem a seara familiar, como a filiação, o
matrimonio, a união estável, a guarda, os alimentos e partilha de bens por exemplo.
Complementando, Tartuce (2017) preconiza que:

O Direito de Família pode ser conceituado como sendo o ramo do


Direito Civil que tem como conteúdo o estudo dos seguintes institutos
jurídicos: a) casamento; b) união estável; c) relações de parentesco;
d) filiação; e) alimentos; f) bem de família; g) tutela, curatela e
guarda. Como se pode perceber, tornou-se comum na doutrina
conceituar o Direito de Família relacionando-o aos institutos que são
estudados por esse ramo do Direito Privado.

Por esta razão o direito de família é um dos ramos do direito civil de maior
complexidade, pois as causas que o envolvem não se refletem apenas em questões
patrimoniais, mas também extrapatrimoniais. A título exemplificativo pode ser citado
um divórcio litigioso que além de abarcar os direitos patrimoniais (partilha de bens),
pode discutir ainda, o direito do sobrenome, o modo de visita aos filhos, pensão para
ex-cônjuge.
Desta maneira, em um único caso no direito de família, é possível ver se
debatidos inúmeros direitos resistidos entre as partes. Acerca do estágio atual dos
direitos das famílias, digna de reflexão é a sustentação trazida por Tartuce (2017):

Buscar-se-á analisar o Direito de Família do ponto de vista do afeto,


do amor que deve existir entre as pessoas, da ética, da valorização
da pessoa e da sua dignidade, do solidarismo social e da isonomia
constitucional. Isso porque, no seu atual estágio, o Direito de Família
é baseado mais na afetividade do que na estrita legalidade, frase que
é sempre repetida e que pode ser atribuída a Giselda Maria
Fernandes Novaes Hironaka, Professora Titular da Faculdade de
Direito da USP e uma das fundadoras do IBDFAM.

Desta forma, o direito de família busca proteger a unidade familiar, com o


objetivo de garantir o bem-estar da própria família e de seus integrantes que em
virtude de qualquer acontecimento cotidiano pode vir a sofrer resistência de
pretensões que geram conflitos. Isso é justificável pois, além de estar posto em
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discussão diversas normas, inerentes aos direitos mencionados, existe ainda a parte
psicológica e emocional dos envolvidos que de alguma forma, guardam
ressentimento ou outro sentimento similar, não estando dispostos a conversar
individualmente quanto ao direito levado ao judiciário.
Na separação dos cônjuges é inerente que havendo filhos, a convivência
com o ex-companheiro será inevitável, uma vez que ambos são pais da mesma
prole, sendo que todos os acontecimentos da vida deste será de alguma forma
observado por aqueles. Deste modo, mesmo que ao matrimônio tenha sido dado
termo, a relação afetiva de amor ou convivência com os filhos permanecerá e a
convivência com o ex-cônjuge deverá ser tolerada, para o bem-estar da relação
familiar.
No mesmo sentido, na pensão alimentícia, o alimentante, bem como o
alimentado, está a discutir no processo judicial, apenas o alimento e não vinculo de
afeto, motivo pelo qual, relação familiar, se exercida ou não pelo afeto, permanece
entre os sujeitos.
O mesmo ocorre, com o direito de herança, os herdeiros (irmãos) litigam
judicialmente questão de ordem patrimonial, contudo, circunstancias emocionais e
afetivas podem existir mesmo com a demanda em tramite, haja vista, que encontros
e desencontros no seio familiar são inevitáveis.
Assim, o operador do direito (o mediador, o advogado, o MP e o Juiz), nas
relações jurídicas familiares, deve buscar compreender os demandantes, e buscar,
além de zelar pelos interesses materiais dos envolvidos, observar a ética a moral e a
valorização da pessoa humana, dada a peculiaridade das demandas familiares.

3.2 DA MEDIAÇÃO EXTRAJUDICAL COMO MÉTODO DE ALCANCE


SATISFATIVO DO DIREITO NA SEARA FAMILIAR

Em razão das peculiaridades do direito de família, coube ao poder judiciário,


implantar para referida matéria, o método da mediação como forma de resolução
alternativa de conflito, dado o vínculo preexistente entre os envolvidos, com o intuito
de dar celeridade processual a pretensão e sua devida satisfação, pois sozinhas as
partes não resolvem o conflito em si, fazendo com que por diversas vezes, acordos
tenham que ser executados, processos sejam desarquivados e novas demandas
sejam ajuizadas.
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Deste modo, seguindo a precisa observação de Tartuce (2017), o instituto da


medição surge como meio que procura fazer com que os litigantes participem da
decisão de mérito à medida que, por intermédio do mediador, que pode ser revestido
de variados tipos de profissionais (psicólogo, advogado, assistente social), são
capazes de entender as partes e mediar o caso até chegar-se a um consenso.
Os princípios que envolvem o instituto da mediação, conjuntamente, com o
zelo do mediador em observá-los, garante um potencial início de “confecção” da
“sentença de mérito”, onde os envolvidos atuam como verdadeiros juízes, ao
analisarem ponto a ponto o direito dos envolvidos.
Fazendo o uso dos ensinamentos esboçados por Tartuce (2017), não se
deve olvidar que além de estreitar as relações familiares, buscando equilibrar para o
futuro a relações preexistentes, a medição possui também outros objetivos
intrínsecos a este. Por esta razão a finalidade da aplicação da mediação nos
conflitos cíveis, especialmente no âmbito do direito de família, busca muitas outras
finalidades como: restabelecimento da comunicação, preservação do
relacionamento entre as partes, prevenção de conflitos, inclusão social, pacificação
social, celebração de acordos e sucesso da mediação
Com referida observação tem-se justificado o motivo da figura do mediador
ser interdisciplinar, uma vez, vários profissionais (advogados, psicólogos,
assistentes sociais) podem auxiliar as partes chegarem a um consenso. Fazendo
partido de referida sustentação, Tartuce (2017), assinala que:

O advento do Novo Código de Processo Civil trouxe aos operadores


do direito a necessidade de rever muitos paradigmas; especialmente
em conflitos familiares, o novo regramento demanda a abertura a
novas possibilidades de encaminhamento contando com a
participação de diferentes facilitadores da comunicação. Essa
“ferramenta” fornecida pela linguagem da interdisciplinaridade, e
consagrada no novo Código de Processo Civil, traz desafios - mas,
ao mesmo tempo, gera boa expectativa de que variadas áreas de
atuação profissional consigam se entrelaçar em prol de um bem
maior: o implemento da cultura de paz.

Vale lembrar que a mediação proporciona ainda a resolução parcial do


mérito, onde direitos tidos por emergências, como guarda e alimentos, podem ser
resolvidos no início do processo ou antes deles (mediação judicial e extrajudicial),
protegendo assim os direitos dos infantes e ao ex-cônjuge necessitado ao alimento,
15

deixando para a sentença meritória do juízo a partilha de bens, que não possui
caráter de urgência.
Desta forma, a aplicação da mediação na seara familiar busca a cooperação
entre as partes, com o fito de satisfazer a todos por meio do consenso de forma
célere, objetivando sempre o respeito à dignidade humana, as relações afetivas, e
os direitos materiais dos envolvidos, cujo ambiente harmônico oportunizado pelo
diálogo, acaba por convergir um acordo entre os indivíduos.
A mediação de forma geral aos poucos já está sendo mais bem aceita,
reconhecida e respeitada, contudo, somente a judicial é mais observada atualmente.
Por esta razão, cabe enaltecer que a mediação extrajudicial merece ser mais
incentivada para o alcance de referidos resultados, de forma mais ampla, inclusive
como primeira opção em face da mediação judicial.

CONCLUSÃO

O direito de família e sucessões é tido por muitos profissionais da área


jurídica como um dos mais importantes, seja pela peculiaridade das circunstâncias
que o regem, como também pelo conceito de justiça esperado pelos envolvidos.
A morosidade da justiça, em conjunto com o desentendimento constante e
sucessivos pedidos diferentes no processo judicial, são circunstâncias que
condicionam a ações perpetradas nas varas de família a perdurarem sua tramitação
por um longo lastro temporal.
Com o intuito de diminuir este atual quadro, o instituto da mediação
apresenta-se como a ferramenta mais adequada a ser priorizada e fomentada pelo
Estado para que referidos conflitos na seara familiar tenham tramitação em um
tempo adequado e que o direito dito seja, senão em sua integralidade, mas ao
menos em sua parcialidade satisfativo.
No tocante as duas formas de mediação existentes, judicial e extrajudicial,
tem-se que esta última necessita ser mais incentivada pelo poder judiciário, com o
intuito de que as partes e procuradores tenham mais facilidade em seu acesso, com
a criação de mecanismos que proporcionem a maior procura por sua realização.
Por este motivo, no momento atual mostra-se imprescindível a criação de
ferramentas que permitam as partes, com patronos ou não, que peticionam em um
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simples requerimento, sem burocracia, diretamente ao CEJUSC para a realização


de audiência de mediação extrajudicial, desraigada de qualquer petição inicial prévia
ou documentos registrados em processo que possam incutir nas partes o entrave
judicial.
Desta feita, abstrai-se que o ordenamento jurídico pátrio no que tange ao
direito de família, deve incentivar cada vez mais o uso da mediação extrajudicial
como principal meio de solução alternativo de conflito, à medida que contribui para a
celeridade processual e consagração efetiva do princípio do acesso à justiça,
prevalecendo o vínculo afetivo após o conflito, com escopo de se achar a um acordo
por meio do diálogo entre as partes.
Assim, atualmente o poder judiciário, precisa, no que se refere as causas
familiares, criar ferramentas e mecanismos judicias que facilitem a vida das partes e
o trabalho dos advogados em buscarem a opção pela realização da mediação
extrajudicial, cuja implantação incentivará uma maior procura pela composição
extrajudicial do conflito apresentado, sem o protocolo de requerimento ato
imprescindível para a designação de referida audiência, sem contudo, obrigar a
parte a apresentar petição inicial completa.

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