Í N D I C E
01. Teosofia
02. Cosmogênese do futuro com a nossa Obra
03. Pensamentos Pictóricos
04. Pensamento Pictórico e personalidade
05. Raças
06. Raças II
07. Raças III
08. Raças - Terceira Raça
09. Quarta Raça
10. Quinta Raça
11. Sistema Glandular no ponto de vista de nossa Escola - I
12. A glândula pineal ou epífise
13. Aparelho Pino-Hipofisário
14. Qual é o sentido ou a finalidade do movimento cultural espiritualista a que
pertencemos como sementes da Nova Civilização que surgirá nas terras do Brasil?
15. Explicação do nosso movimento
16. Pode explicar-me qual o sentido da expressão Melki Tsedek?
17. Revelação ou conhecimento do futuro
18. Origem do espiritualismo no Ocidente
19. Escola Iniciática – I
20. Escola Iniciática (STB) – II
21. Karma coletivo e iniciação
22. Princípios da criatura humana
AULA 01 - TEOSOFIA
Vamos iniciar esta série de aulas para os cadetes que estão iniciando os estudos de
Teosofia ou Ciência das Idades.
Por sugestão de um dos cadetes, damos a esta série inicial o título de ALVORADA.
Isto porque de fato representa a Alvorada dos estudos da Ciência das Idades. A
Série Cadete será de estudos de um ciclo mais adiantado e mais ligado à filosofia
do futuro ou revelações.
Iniciaremos falando de "TEOSOFIA", que é a nossa idéia MATER.
Se os jovens e as crianças constituem a Ordem do Ararat, fundada por decreto de
nosso Supremo Dirigente Prof. Henrique José de Souza, no dia 23 de março de 1958 a
qual está vinculada à Sociedade Teosófica Brasileira (Eubiose) que representa, por
sua vez, a Ordem do Santo Graal (a nossa Obra) no mundo social e profano, logo
estão filiados, naturalmente à S.T.B. (S.B.E.)
Se estão filiados a uma Instituição Teosófica, lógico é que devem saber o sentido
da palavra "TEOSOFIA".
Que é TEOSOFIA?
Teosofia é uma palavra de origem grega e que se divide em dois elementos: TEO e
SOFIA.
TEO - é um prefixo grego. Em grego TEO é uma raiz que quer dizer DEUS. Daí os
termos: Teologia, Teosofia, Teodicéia, Teocracia, Teologismo, Teomancia...
SOFIA - (Sophia) - quer dizer sabedoria. Por exemplo: Filosofia, teosofia...
Os lexicólogos (os dicionários), dizem que Teosofia é uma ciência de Deus; qualquer
das filosofias antigas ou modernas que professam alcançar o conhecimento de Deus
pelo êxtase espiritual, a intuição direta ou relações individuais especiais.
Raciocinando mais profundamente observamos muita confusão quando definem o termo
"Teosofia".
Pesquisando um pouco mais esta palavra temos:
THEOS - grego - significa mover-se circularmente.
THEOIN - grego - plural de THEOS, ou Deuses, ELOHIN. Arcanjos...pois que, tal
movimento eqüivale ao dos astros em torno do sol, como corpos físicos dos mesmos
Dhyanis. Elohin (plural de Ellohah-Ellohah ou Deus). Os Termos Theos, Theoin,
possuem a mesma sonância do de Niterói ou Nistheoin...
SOFIA - sufixo grego - já vimos e repetimos: sabedoria.
TEOSOFIA - concluímos, representa a sabedoria dada pelos Planetários, senão, pelos
Espíritos Planetários, pelos Deuses, pelos Dhyanis-Choans...pelos Budhas, pelos
Cristos...pelos super-Homens.
Poder-se-ia, também, dizer:
TEOSOFIA é a ciência que estuda os Princípios Superiores, divinos da Humana
Criatura, embora, numa grande maioria estejam em estado de latência, sem
desabrochar, sem brotar, mas que existem nessa essência...É, portanto, o
conhecimento do Princípio Divino.
A TEOSOFIA é, sem dúvida, a sabedoria conquistada pelos Deuses, mas, DEUSES no
sentido de iluminado, realizados, superados...
Se Teosofia é uma palavra de origem grega é o caso de se perguntar: antes da Grécia
havia os conhecimentos Teosóficos?
Havia, mesmo porque a Teosofia possui sua correspondência nas línguas antigas. Por
exemplo: em sânscrito temos o seu corresponde: BRAHMÃ-VIDYA.
BRAHMÃ: é a divindade.
VIDYA : é saber, conhecimento.
BRAHMÃ-VIDYA: é o conhecimento do Princípio Divino no Homem e no Universo.
Há muitos outros correspondentes:
BRAHMÃ-SUTRA: obra fundamental da Vedanta, atribuída a Badarayana, principia com a
sentença: "Ora, então, aqui começa o estudo de BRAHMÃ", isto é, inicia o
conhecimento deste princípio único que é a realidade absoluta, só percebida quando
com ele nos identificamos, como Suprema Existência: SAT; como Supremo Conhecimento:
CHIT; e como Suprema Beatitude: ANANDA.
A Doutrina que decorre deste conhecimento é chamada, na Índia de Gupta-Vidya,
Sanatana-Dharma...É dada como constituindo a essência dos Vedas, que são a
Revelação (SHRUT), obra de inspiração direta, atribuída aos Sete Rishis primitivos,
quando se encontravam na origem da civilização dos Árias, no país místico de
Aryavarta que identificamos com a Meseta do Pamir.
Segundo Helena Petrovna Blavatsky, no seu Glossário Teosófico, os Sete Rishis ou
Reveladores Primitivos eram identificados com os nomes de: Maha-Rishi, o Chefe e
Rishis os demais. Há, também, os nomes Atri, Angiras, Pulastia, Pulaha e Prachetas
ou Daksha ou Diksha. De acordo com a autora citada, havia mais três Rishis
superiores conhecidos pelos nomes de Vaisishita, Bhrigu e Nârada.
PARA-VIDYA: Sabedoria Suprema.
A designação de Teosofia apareceu modernamente, no ano de 1875, quando
H.P.Blavatsky fundou a Sociedade Teosófica na América do Norte. Depois regressou
para a cidade de Adyar, Índia.
Quando se fala em Teosofia não se pode deixar de citar o eminente filósofo
alexandrino Amônio Sacas (Ammônio Saccas) que juntamente com Plotino e Jâmblico, a
seu tempo, procurou vulgarizar essa Doutrina.
Primeiramente, porém, fundou a Escola Neoplatônica dos filaleteos ou "amantes da
verdade". Viveu em Alexandria entre o 2º e o 3º séculos de nossa Era. Era uma
espécie de enviado de Deus. Era muito virtuoso, portador de uma bondade fora do
comum, e por isso, era chamado de "Theodidaktos", instruído ou educado por Deus.
Teosofia não significa, como pensam alguns, comunicação direta com Deus,
principalmente o Deus antropomorfo das religiões correntes, nem mesmo "Ciência de
Deus", porque tal como nos ensina Roso de Luna - a Divindade Abstrata, Inefável e
Incognoscível; Pélago imenso donde tudo emana e para onde tudo volve, mas, "Ciência
dos Deuses" ou dos heróis, homens representativos; ou Ciência integral da super-
ação.
AULA 02 - COSMOGÊNESE DO FUTURO
RELACIONADA COM A NOSSA ESCOLA
PITÁGORAS disse: "O número três reina por toda parte, sendo que a unidade é o seu
princípio".
Para o estudo da Cosmogênese é conveniente tomar-se como base a primorosa máxima de
Pitágoras, iniciando este estudo.
O termo Cosmogênese é constituído dos elementos: Cosmo mais Gênese.
Cosmo é o Universo.
Gênese é a formação dos seres, desde sua origem; é o primeiro Livro do Pentateuco,
de Moisés, onde se descrevem a criação e os primeiros tempos do mundo.
Cosmogênese é, portanto, o estudo da criação dos Universos, do Cosmo. Na língua
portuguesa há a palavra Cosmogonia que é o sistema hipotético da formação do
Universo. Pelo menos, assim dizem os dicionários.
Para estudo da Cosmogênese é conveniente tomar-se por base a primorosa máxima de
Pitágoras (a repetição é propositada). Com outras palavras, para melhores
esclarecimentos ou entendimento do mecanismo da Cosmogênese procura-se adotar,
neste estudo, a numeração fracionária que dá a perfeita idéia do processo
manifestativo do imanifestado. A UNIDADE para este estudo será o TODO, o INFINITO,
o ABSOLUTO, o OCEANO SEM PRAIAS, o CENTRO DO OITAVO SISTEMA DE EVOLUÇÃO.
A Suprema Unidade, no caso, para se manifestar dividiu-se em
três polos bem distintos:positivo, negativo e neutro.
A Suprema Unidade dividida em 3 polos ou três partes. Cada polo corresponde a um
terço da Grande Unidade ou do Absoluto, do Oceano sem Praias.
Estes três polos da Suprema Unidade têm a denominação: Primeiro, Segundo e Terceiro
Tronos, Logos, Mundos. As tradições ocultistas chamam os Três Sóis.
Os gnósticos, de: Pai, Mãe e Filho. Os Católicos, de: Pai, Filho e Espírito Santo.
Os orientalistas chamam de Sat, Chit e Ananda formando uma quarta palavra como
síntese das três: SATYANANDA. Nessas três palavras (Sat, Chit e Ananda) estão
condensados aos conceitos: a SUPREMA EXISTÊNCIA (Sat); o SUPREMO CONHECIMENTO
(Chit); a SUPREMA BEATITUDE (Ananda).
Nos três polos há o sentido da Trimurti Indiana: Brahmã, Vishnu e Shiva. Nossa
Escola fala em: Vontade, Amor - Sabedoria e Atividade. A idéia, o conhecimento e o
cérebro. O Sankya fala nas três qualidades da matéria ou energia: Satwa, Rajas e
Tamas. Na constituição de um País, Nação, Governo e Povo. As Nações ou os Países
são dirigidos pelos Três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Na estrutura
humana há a mesma divisão: Cabeça tronco e membros; Braço, antebraço e mão;
Falange, falanginha e falangeta. De modo que o velho Pitágoras tinha razão, porque,
de fato, essa triangulação reina por toda parte. A evolução das coisas consiste na
combinação dessa sublime triangulação.
A combinação desses três Tronos dá origem ao grande Setenário Cósmico. Por exemplo:
Conforme o esquema primeiro há o primeiro, segundo e terceiro elementos universais
(1º,2º e 3º Logos), funcionando num plano mais restrito, mais limitado em relação à
Grande Unidade. A seguir, observa-se a combinação entre o primeiro Trono e o
segundo, formando uma quarta coisa. Depois o segundo com o terceiro Trono, formando
uma quinta coisa: a combinação do primeiro com o terceiro, formando uma sexta e,
finalmente, há a combinação dos três, formando uma sétima coisa. Logo, compreende-
se que da Suprema Unidade saiu o ternário. A combinação do ternário deu origem ao
grande setenário.
0
0 0
0 0 0
0 0
Há o Avô do Universo (1); o seu cérebro e as duas faces (3) e a seguir surgem os
sete orifícios; 2 olhos, 2 ouvidos, 2 narinas e uma boca.
Os sentidos do mais antigo ou do Avô do Universo são denominados de Luzeiros,
Iswaras, Elohim, os sete Arcanjos, os sete Dhyanis.
Tomando-se por base a primeira aula observa-se o seguinte fato: Teosofia:
Theo é Deus, logo, a Suprema Unidade, o Absoluto, o Oceano sem Praias, o Todo.
TRIN - significa três.
Conclui-se que o TEOTRIN é a Suprema Unidade, o Deus único e Verdadeiro (Theo),
manifestada, avatarizada, através das suas três Hipóstases ou Pessoas (TRIN).
Teosofia é, portanto, o conhecimento, a sabedoria dada pelos três Deuses, Cristos
ou Budas aos homens ou seres da Terra e de outros planos. Em nossa Escola, o
Teotrin é expresso pelos valorosos elementos: Manu masculino, Manu feminino e
Maitréya Budha.
Observa-se o que se segue: Theo (um), Trin (três) e o setenário chamar-se-á: Uno-
Theo, Duo-Theo, Tri-Theo, Penta-Theo, Sexta-Theo e Septa-Theo. Tem-se, portanto, a
Suprema Unidade, o Ternário e o Setenário, os quais constituem base para toda a
manifestação...da Divindade.
Quando o grande Pitágoras instituiu o Sistema de Numeração decimal, baseou-se,
provavelmente, nos: Ternário e Setenário da Manifestação da Divindade. O ternário
mais o setenário universais (3 + 7 = 10) eqüivalem à ação da Suprema Divindade ou
Suprema Unidade.
O número 10, segundo o Professor Henrique José de Souza, representa a Divindade
manifestada ou em ação.
Pitágoras achou por bem, naturalmente, que a Divindade para se manifestar no Homem
precisa de um testemunho físico, positivo. A ciência dos números é, sem dúvida, a
mais positiva. De modo que a Numeração é o infinito desdobramento dos números
dígitos ou inteiros.
A humana criatura que é um microcosmo ou correspondente ao segundo Trono em
miniatura, senão ao Pai-Mãe cósmico possui duas séries ou dois aspectos do número
10 ou da Divindade do Segundo Trono. Por exemplo: 10 dedos nas mãos (de natureza
solar, positiva, celestial) e 10 dedos nos pés (de natureza lunar, material,
humana); logo, dez num plano superior e dez num plano inferior.
Dizem os dicionários: DÍGITOS: cada uma das doze partes iguais em que se dividem os
diâmetros do Sol e da Lua, para o cálculo dos eclipses.
Esta definição da palavra dígito, para o teósofo, é uma grande referência. Ela está
explicada numa relação astrológica, mas também ligada ao Ser Humano. Se há três
mundos, três Tronos, logo é possível haver, também 3 signos do Zodíaco, envolvendo-
se, tendo, sem dúvida, grande influência magnética sobre as criaturas humanas. Por
isso pode-se concluir, sem muito erro, que os 10 dedos das mãos e dos pés
correspondem à ação dos 10 Avataras de Vishnu, caminhando pelos campos sidéreos,
pelos Mundos. Nas linhas das mãos com os 10 dedos tem-se as tendências positivas ou
solares; (2 mãos mais 10 dedos igual a 12). Nos pés e nos dedos tem-se as
tendências lunares, do passado, negativos...(os 2 pés mais 10 dedos igual a 12).Há
deste modo, dois zodíacos humanos influenciando sua vida.
Na aula número dois procuramos estudar o pensamento de Pitágoras: "O número três
reina por toda parte e a Mônada é seu princípio". Vamos comparar esse pensamento
com as doutrinas orientais.
No Oriente fala-se na Trimurti: Brahmã, Vishnu e Shiva, que equivale à tríade
egípcia: Osiris, Isis e Horus e à Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo.
Plutarco disse: a humana criatura é filha do Sol, da Lua e da Terra, logo é formada
por um ternário. É filha do Sol, por isso possui o espírito; filha da Lua, eis
porque tem uma alma, e filha da Terra, razão pela qual tem um corpo físico.
De maneira que a associação do Espírito com a parte superior da alma terá como
resultado a razão, o raciocínio, a inteligência funcionando no seu aspecto máximo,
funciona, sem dúvida, como auto-inteligência criadora.
A parte inferior da alma, associada ao corpo, dá a Paixão. Paixão no sentido da
manifestação da parte instintiva... com todos os seus derivados.
Observamos, também, que a alma tem uma função dupla, tanto pode se associar ao
espírito como ao corpo. Mas o interessante deve ser o equilíbrio desses três
elementos. A razão é de fato um elemento preponderante na vida humana. É o órgão
diretor da humana criatura. No estado atual de evolução humana a razão aparece como
sexto sentido. Quem possui funcionando plenamente supera as demais criaturas que
não a têm em perfeito funcionamento. A razão superada conduz o Homem ou a criatura
humana ao ponto mais alto da evolução da Mônada Humana. É senhor da superação.
O Adepto ou o iluminado possui a razão plenamente desenvolvida, por isso tem
consciência de todos os seus atos. Age com equilíbrio. Se, por ventura, comete um
erro prejudicando alguém...imediatamente procura praticar outro ato que beneficie
esse alguém...por conseguinte, age com perfeito equilíbrio.
A razão bem desenvolvida conduz o discípulo à mística ou à superação mental.
Mística, mas não no sentido vulgar desse termo, e sim, no da dinâmica da mente
universal.
A alma associada ao corpo tem como resultado o trabalho da paixão. Mas Paixão no
sentido do predomínio do corpo emocional instintivo. A Paixão dominando a Razão
leva a criatura humana a cometer desatinos de toda a espécie. A exemplo disso
observamos que toda a criatura humana portadora de um vício qualquer, não possui
forças suficientes para dele ficar livre. Nada a faz compreender que deve mudar de
atitude. Se um homem raciocinasse no ato da raiva ou do domínio da paixão não
assassinaria outrem.
De modo que o desajuste desses elementos traz grande prejuízo na vida humana e é a
causa da sua infelicidade.
Pelo desenvolvimento da razão ou da paixão poderemos verificar se a criatura humana
está atualizada com a vida, com o reino hominal ou está identificada com a vida no
reino animal.
A palavra paixão, no caso, tem o sentido de: egoísmo, luxúria, força do instinto,
materialidade, sensualidade, personalismo.
Para desenvolvimento da razão usamos a inteligência, o raciocínio, isto é, o
estudo, a cultura do intelecto. Para o aprimoramento da paixão há o trabalho, os
rituais, a vida ligada à natureza...à prática da arte sagrada.
Na Grécia antiga, os discípulos começavam pela educação do corpo físico, pelo ritmo
muscular através da ginástica rítmica. Logo, aperfeiçoando o corpo físico sem
paixão...com a educação corporal, ia também, aprimorando a parte da alma ligada ao
corpo ou à paixão.
A par da educação corporal havia, também, o estudo para desenvolvimento da razão,
do conhecimento. Logo, havia educação física e a cultural.
A razão e a paixão bem equilibradas permitem ao discípulo penetrar no estudo dos
Mistérios, penetrar nos Templos iniciáticos. Nos Templos Iniciáticos ia desenvolver
o espírito, ou seja, a parte superior da própria razão. Isto é, a razão iluminada
pela intuição pura; pela inspiração.
Por isso nosso Orientador fala em Teatro, Escola e Templo.
Teatro para desenvolvimento do físico, do corpo físico ligado à alma através do
bailado clássico, da ginástica, do ritmo muscular. No Teatro, através da ginástica
rítmica, da expressão corporal pura da arte vivienciada, da arte aplicada, o
discípulo adquire a nobreza física posto que há a sublimação do elemento a que
demos o nome de Paixão.
Escola para o desenvolvimento do intelecto, firmando portanto, a civilização, o
poder criador mental. Logo, o aprimoramento ou o processo de transformar o mental
concreto em abstrato, o que poderíamos dizer: Escola para promover a evolução da
razão. Templo para despertar o interesse, para despertar, do Deus interior,
desenvolvimento do Espírito. Para concretizar os valores do Sol ou Espírito.
Espírito no sentido de princípio superior ou miniatura do Deus único e Verdadeiro.
Templo para promover o processo da iluminação.
Qual será o processo da iluminação...no ponto de vista dos Cadetes, caminhando para
um ciclo esplendoroso que será o Brasil-Futuro?
Iluminação no sentido vulgar da palavra é luz súbita no espírito, segundo certas
crenças religiosas; luz súbita e extraordinária comunicada da superação do
discípulo. A alma do discípulo, em nosso estudo, precisa ser potente e harmônica. A
alma do discípulo deve se preparar a fim de se identificar com o Espírito. Essa
identificação da Alma com o Espírito (no sentido de nossa Escola) chama-se
mestástase avatárica. A Alma e o Espírito funcionam normalmente, num mesmo veículo.
Por isso se fala da Iniciação Real. Este tipo de Iniciação prepara a Alma para se
ajustar, perfeitamente, com as vibrações do Espírito. Por isso dizem que se deve
ter um corpo são (com saúde) para ser habitado por uma alma ajustada e perfeita,
logo conduzida por um Espírito...no seu verdadeiro sentido. Iluminação é, portanto,
a união da Alma com o Espírito.
O trabalho de nossa Obra tem por fim preparar seus membros para a metástase
avatárica, ou seja, o Espírito e Alma vivendo num só veículo. No início de nossa
Obra houve um grande Mestre que teve ocasião de dizer: DHÂRANÂ, bem que o sabeis,
foi ao mesmo tempo, o BODISMO das crenças transhimalaianas, mas, também, do Bodismo
Teosófico que é a iluminação sacrossanta dos que carregam consigo o Cristo de todas
as Idades.
J.H.S. disse: "Estrela e JIVA. JIVA é alma. Quando o Homem atinge o Oitavo
Princípio que, geralmente, está fora dele, se transforma num Jivatmã, num Choan,
num Jina, logo num Iluminado".
JIVATMÃ: é quando o Homem se ligou à sua Estrela, ao seu Espírito ou ao seu Atmã.
Diz o poeta: "DO FOGO que existe nas Estrelas nós nascemos". E o Homem enquanto não
se une ao Espírito é animal, porque só possui o corpo emocional.
Consciência física
Consciência psíquica
Consciência espiritual
AULA 05 - RAÇAS
Para podermos falar a respeito das Raças, precisamos, sem dúvida definir: "Que é
Raça?" Mas esta definição tem que ser dada no ponto de vista da "Ciência Positiva,
experimental, profana" e no da Ciência das Idades". Começaremos, todavia, pelo
ponto de vista profano.
RAÇA - é o conjunto de indivíduos que apresenta caracteres somáticos semelhantes,
que se transmitem por hereditariedade; conjunto dos ascendentes e dos descendentes
de uma família, de um povo...Geração, origem, conjunto de indivíduos que conservam,
por disposições hereditárias, caracteres semelhantes psico-físicos, provenientes de
um tronco comum; classe, qualidade. Consoante os etnólogos, o conceito de raça
supõe a herança de similares variações físicas em vastos grupos do gênero humano,
mas suas repercussões psicológicas e culturais, se é que existem, não foram
confirmadas pela ciência.
SOMÁTICO - quer dizer relativo ao corpo, isto é, relativo ao corpo físico...daí o
termo somatologia ou o tratado do corpo humano.
Em egípcio "RA" é a alma divina Alma Universal em seu aspecto manifestado a luz
sempre ardente; é, também, o Sol personificado. Se a raiz da palavra Raça provém de
"RA" egípcio, definimos: "Raça é a coletividade que personifica a Energia, o Poder
emanado da Alma Universal, de Deus, da Suprema Consciência. É alma Universal
diluída na multiplicidade de formas e veículos, senão Personalidade, Formas ou
máscaras do Deus único e Verdadeiro".
Rã em sânscrito quer dizer dom, dádiva, presente. Logo, Raça é o conjunto de
indivíduos que possuem dom da Divindade, o qual não é outra coisa senão o de
possuir a razão, de ser uma miniatura da Alma Universal. Por isso que a somatologia
cuida dos corpos humanos, porque a alma, o Poder vital psíquico que os anima, é,
por assim dizer um só. A exemplo de que estamos estudando temos a eletricidade. A
eletricidade é uma, entretanto anima, impulsiona uma infinidade de diferentes
aparelhos. A eletricidade, no caso seria a Alma Universal e os infinitos aparelhos
seriam as Raças.
A Alma Universal, os Ishwaras, o Luzeiro corresponde à Unidade, o SOL que se
personificou num número "N" de aparelhos humanos, de corpos humanos os quais no seu
conjunto denominamos de "RAÇA".
Deus o Criador é o Fogo Sagrado e A RAÇA é constituída pelas centelhas que se
erguem das infinitas Piras existentes nos
cérebros dos humanos corpos.
Que as inteligências centelhas saídas dos cérebros dos jovens se unam à Chama única
do Fogo Sagrado, existente na Suprema Pira de nosso Templo, aos Céus se
ergam...penetrando no Fronte do Eterno, Mar de Absoluta Serenidade.
A Raça representa a sinfonia da vida - formal, representa a harmonia da Vida
Humana, por isso possui sete tônicas diferentes, porém harmônicas, cuja escala vai
do mais grosseiro ao mais sutil, do ignorante para o sábio, do imperfeito para o
perfeito, do feio para o belo. Por isso a Ciência das Idades estabelece a escala: 1
Sistema possui sete Cadeias; uma Cadeia, sete Rondas; uma Ronda, sete Raças; uma
Raça, sete sub-raças; uma sub-raça, sete ramos-raciais; um ramos racial, sete
famílias (tribos, agrupamentos).
Observamos pela escala adotada pela Ciência das Idades que a Unidade, a semente de
um Sistema de Evolução é uma Família. A Família inicial de qualquer ciclo evolutivo
é a Família do Manu Primordial. Esse Manu Primordial é denominado pelas tradições
antigas de Bijam dos Avataras. A Família do Manu Primordial vai se reproduzindo,
genealogicamente e progressivamente até atingir a grande Humanidade. Essa Família
do Manu Primordial (Rei de Melki-Tsedek) e, também denominada de Oitavo Ramo
Racial.
Os oitavos ramos raciais, em via de regra, surgem nos interregnos cíclicos, isto é,
no fim de um Ciclo para o dealbar de outro mais excelso, a fim de revolucionar as
ordens estabelecidas, o íntimo dos componentes das raças, modificando-lhes o estado
de consciência, tirando-lhes a rotina, as acomodações próprias da vida formal. Os
componentes de um oitavo ramos racial são os pioneiros dos Grandes e pequenos
Ciclos a que denominamos de Raças, Cadeias, Sistemas evolucionais. Esses pioneiros
(componentes de um Oitavo Ramos Racial) se apresentam, normalmente, nos períodos
considerados pela tradição antiga de:
formação...construção...regeneração...fecundação sólidas, para o desenvolvimento do
Ciclo que o sucederá.
Por exemplo, num Oitavo Ramos Racial são dados os Conhecimentos, as Leis. São
determinados os tipos raciais, o sistema de Iniciação, as regras, enfim, o esquema
ou o projeto de tudo aquilo que se desenvolverá nas sete sub-raças, raças, rondas,
cadeias e sistemas subseqüentes.. Neles são, também, realizados, os julgamentos, as
escolhas, a seleção, aquilo que mantém o gérmen da evolução, para compor o Ciclo
seguinte.
Usando a linguagem dos botânicos poderíamos dizer que um Oitavo Ramos Racial
corresponde à Semente de Ciclo seja ele de pequenas ou grandes proporções. Ora,
tanto o anão, como o gigante, têm com origem o sêmen, cujo tamanho deve ser o
mesmo. Por isso os orientais falam no Bijam dos Avataras, ou seja, a Semente dos
Avataras, das Civilizações grande e pequenas. Tudo parte de Deus ou do ponto; este
movimento produz as linhas, os planos, a diversidade da vida.
Para ilustrar esta aula vamos transcrever o trecho de um opúsculo de nosso Supremo
Orientador com o título: "NOVO APELA DA STB A TODOS OS HOMENS DE BOA VONTADE"- de
25 de dezembro de 1935:
"A "SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA", considerando que o momento atual é o mais
importante de quantos subscreve a humana história - dado o fato de nos encontrarmos
no fim de um ciclo apodrecido e gasto para o dealbar de um outro de melhores dias
para o mundo. Ou antes, desse entrechoque natural a todos os períodos em que é
repartida a vida Universal: PASSADO que se extingue (no caso vertente, o ramo
racial a que pertencemos da Quinta Sub-Raça ariana) e FUTURA que ressurge de suas
próprias cinzas (as experiências que não e perdem); num esforço presente,
representado nas duas sub-raças que vão finalizar o referido Ciclo: a Sexta que
deveria ser na América do Norte e a Sétima que deveria florescer na América do Sul
para a qual foi edificada a mesma STB".
A seguir há um trecho de uma anotação (número um) que diz:- "Podemos entretanto,
afirmar que estamos em franco "Oitavo Ramos Racial da Quinta Sub-Raça"; por isso
mesmo, no prodigioso surto da escolha das sementes para a ainda distante Sétima
Sub-Raça do mesmo Ciclo; o que tanto vale (segundo a opinião dos Mahatmas, como um
dos Kut-Humpas...) porque "todo aquele que prega algo distante de seus dias, possui
o estado de consciência relativo ao mesmo". Nesse caso, pouco importa o encolher
dos ombros...dos que estão mui distantes, infelizmente, de saber tais coisas. A
evolução a que atingiu a Humanidade dispensa Manus, mas exige a eterna "Montanha",
em cujo cimo nascem todos os rios que vão desaguar no Mar".
Convém lembrar aos jovens Cadetes que as 6ª e 7ª Sub-Raças citadas pelo nosso
Supremo Orientador em 1935, se referem às Raças esperadas com os valorosos nomes de
Bimânica e Ata-Bimânica as quais deverão florescer nas Américas. O início de ambas
deve ser no ano de 2005, posto que os Cadetes do Ararat são os seus pioneiros.
BI é dois - MAN é mental, inteligência...logo Bimânica quer dizer que se trata de
uma Raça possuidora do mental concreto bafejado pelo abstrato, ou seja, o amálgama
desses dois tipos de inteligência. Será, sem dúvida, uma Raça de Gênios, logo,
portadora da inteligência criadora.
A Raça Atabimânica será a fusão de três coisas: a suprema inspiração (inteligência
divina) e das duas inteligências já citadas. Tudo isso indica que o próximo século
será esplendoroso para se viver, porque se viverá eubioticamente.
AULA 06 - RAÇAS II
Continuando com o estudo das Raças, chamamos a atenção dos Cadetes do Ararat, no
sentido de observar as duas linhas evolucionais: uma descendente e outra
ascendente. O mecanismo de manifestação da trilogia universal se faz através do
elemento humano. Por isso vamos falar sobre Raças Humanas. Elas concretizam a
Trilogia: Vontade, Mente e Amor Universal.
O mecanismo de objetivação daquela Trilogia universal obedece a dois movimentos: um
correspondente à materialização do Espírito e o outro a sutilização da matéria. O
Espírito danificando torna-se matéria e esta sutilizando-se torna-se espírito.
De modo que a manifestação daqueles três elementos, através das Raças obedece ao
esquema que vamos transcrever das Revelações de JHS:
Primeiro - A primeira Raça-Mãe expressa a queda do Espírito ou de Atmã na Matéria.
O Espírito, a parte mais sutil começa a se densificar, tendo, portanto, uma ação
mais limitada em relação ao Deus único ou ao Absoluto. Esse estado de manifestação
podemos representar pela figura geométrica, ou seja, o símbolo da primeira ou queda
na matéria.
Segundo - A segunda Raça Mãe corresponde a união de Budi a Atmã. Este manifestado
num plano mais baixo ou mais material em relação ao da primeira Raça. Nesta segunda
Raça Budi vem se unir a Atmã, logo houve uma densificação maior.
Terceiro - A terceira Raça-Mãe ou Manas, corresponde aos Princípios Atmã e Budi num
terceiro plano mais denso do que os dois primeiros. Logo a Terceira Raça, ou Manas
eqüivale a união de Atmã, Budi e Manas no sentido de densidade do espírito.
Quarto - Na quarta Raça-Mãe há o ponto máximo de cristalização do Espírito. O
Espírito e Matéria se confundem num eterno equilíbrio. Os três elementos anteriores
(Atmã, Budi e Manas) tomam uma forma equilibrante. Neste estado o bem se confunde
com o mal, ou seja, o bem age controlando o mal e esse fazendo resistência ao bem
(o bem no mal e o mal no bem) surgindo o equilíbrio das coisas. Na quarta Raça-Mãe
há o fenômeno das Pororocas, ou seja, o encontro das águas dos Rios Celestes com os
da Terra, senão o cheque entre o ar e o fogo. Nessa fase evolucional começa a
funcionar a polaridade da vida.
Ignorância e sabedoria, frio e quente, luz e força, pai e mãe, Buda branco e Buda
negro, Cristo e Anti-Cristo, harmonia e desarmonia, bem e mal, medo e coragem.
Do Quinto ciclo ou da quinta fase para cima começa haver a sutilização da matéria.
A Evolução começa o seu trabalho num arco ascendente. De modo que a Quinta Raça
ergue para o Céu. Manas, portanto, passa a ser sustentada por Budi e Atmã, posto
que, temos os elementos em sentido inverso ao de descida Manas e Budi. Isto é,
Manas deusa passa a ser sustentada por Budi e Manas superior.
Sexto: Nesta sexta fase ou sexta Raça-Mãe passa a ser mais sutil, mais trepidante.
Ora, Manas e Budi se erguem sustentados por Atmã ou o Espírito universal. Logo a
evolução está caminhando para o mais sutil, para o plano de Deus.
Sétima: Na sétima etapa ou fase evolucional: Manas, Budi e Atmã formam um conjunto,
formam, por assim dizer, o equilíbrio perfeito da Mônada Universal. De maneira que,
neste plano, os corpos dos Deuses são de natureza flogística. A natureza desse
sétimo plano é constituída do sétimo Reino.
Observamos que a Mônada, a Essência Divina, quando chega a essa altura descreveu um
arco descendente e outro ascendente. Juntando os dois vamos ter a figura do Segundo
Trono ou do Segundo Logos.
Nesse caso o filho volta a casa paterna, mas, não como saiu e, sim com uma grande
experiência, com iluminação. Para melhor entendimento vamos usar uma figura
conhecida e que se dá muito em nosso País: uma pessoa sai do interior, da roça,
completamente analfabeta, vem para os povoados, para as pequenas cidades, para as
grandes metrópoles. Alfabetiza-se, torna-se sábia. Tempos depois regressa ao local
de sua natalidade. No ponto de vista humano é a mesma pessoa (talvez um pouco mais
velha) mas no ponto de vista intelectual é completamente diferente de quando saiu
por vez primeira da terra natal.
Além dessas sete fases há uma oitava que representa a volta ao divino do Espírito
ou da Tríade Superior.
No caso dos discípulos, por exemplo, depois de alcançar o sétimo Princípio tem o
direito de descer para o seio da Terra, senão conhecer, pessoalmente, o Caijah cujo
significado é: o Oitavo Princípio no Homem.
Por isso se fala na Raça dos Deuses ou seja, aqueles que já conquistaram o Sétimo
Princípio e mais o Oitavo...
Todo ser da Terra que conseguiu descrever esses dois arcos evolucionais são
denominados de Buda de Compaixão ou de Nirmanakayas Brancos.
Com essas palavras poderão compreender muito bem a trajetória da Mônada ou daqueles
três Princípios Atmã, Budi e Manas; e Manas, Budi e Atmã.
Vamos continuar com o estudo sobre as Raças no ponto de vista da Ciência das Idades
e baseados nos estudos e ensinamentos de J.H.S. Supremo Orientador de nossa Ordem.
Segundo o Patrono do Quinto Plano Universal ou Plano de Inteligência abstrata as 5
Raças deveriam completar o Quarto Sistema de Evolução, mas as duas primeiras não se
contam por serem mais lunares do que terrenas. São dois Ramos da Árvore Lunar, que
não vingaram. Somente na terceira Raça-Mãe, a Humanidade começou a dar os frutos
no...Paraíso Terrestre, com a chegada da divina Parelha Manúsica, ensinando aos
próprios Seres da Terra que, sem experimentarem o fruto do bem e do mal jamais
poderão alcançar a Consciência integral que lhes vinha do Céu, do Segundo Trono.
Apesar do que foi dito vamos procurar dar um resumo do que representaram as
primeiras e segundas Raças-Mães, embora de maneira sucinta.
A Primeira Raça-Mãe era denominada de: "FILHOS DAS ÁGUAS OU SELENITAS" o que
confirma ter sido um Ramo da Árvore Genealógica da Cadeia Lunar. Era alguma coisa
comparável aos reinos mineral e vegetal. Os Seres dessa Raça eram constituídos de
uma estrutura esférica e se locomoviam com muito dificuldade. Tinham, pois, a forma
de grandes esferas e com tremendo poder de Vontade. Geravam, sem dúvida, outros
Seres pelo poder da Vontade ou de Kryashakti. Conforme as tradições teve a duração
de 100.000.000 de anos. Herdamos deles o duplo etérico e a vontade.
A primeira Raça, disse J.H.S. em Dhâranâ: "Viveu sob o governo do Sol e cujo estado
de consciência achava-se sobre o nível Átmico e era considerada composta dos filhos
dos deuses ou filhos da Yoga (os Pitris projetando seus Châyas, enquanto
mergulhados na meditação da Yoga), e ainda de auto-gerados, ou não procedentes de
pais humanos. Châyas é o mesmo que duplo astral ou etérico. Formas humanas
fluídicas emanadas dos Barishads Pitris (classe de jivas pertencentes à sétima
Hierarquia do Sistema Solar que auxiliam a construção das formas na evolução das 4
rondas da cadeia terrestre)".
A sua aparência nada mais é do que formas (Bhûtas) frutas filamentosas, sem sexo,
formas quase protistas que saíram do corpo etérico de seus progenitores. Quase sem
consciência, tanto podiam viver de pé, como caminhar, correr ou voar, mas em suma,
nada mais eram do que Châyas ou sombras desprovidas de sentido. O sentido auditivo
é desenvolvido na primeira Raça e a mesma corresponde às impressões do fogo.
A reprodução é feita por cissiparidade (tal como o desenvolvimento dos gomos das
plantas...). A princípio dividiam-se em duas metades iguais, mais tarde em porções
desiguais produzindo descendentes menores que cresciam por sua vez, e produziam
pelo mesmo processo novos filhos.
Na primeira raça não existiram sub-raças definidas, embora se possa vagamente
distinguir 7 estados de crescimento, sete tipos diferentes.
SEGUNDA RAÇA-MÃE: Esta é denominada de: "FILHOS DO FOGO". É, por assim dizer,
comparável aos reinos vegetal e animal. Caracterizados por Kama (emoção). Receberam
o Mental e Kamas ou Kama-Manas dos Kumaras, os progenitores da Humanidade. Isto é,
receberam o corpo Manásico dos Assuras. A vida foi polarizada: sistema nervoso,
cérebro e cerebelo. Os Filhos do Fogo já pensavam e discerniam. Surgiu naquela
segunda Raça o hermafroditismo cruzado. Logo após esse ciclo há a separação dos
sexos: surgiram os homens e as mulheres.
Durante o período da segunda Raça, formou-se o segundo continente, denominado de
hiperbóreo ou Plaska, que ocupava o norte da Ásia, juntamente com a Groenlândia ao
Kantchatka, limitado ao sul pelo mar que então rolava debaixo das suas águas, as
areias do Deserto de Gobi. Compreendia o Spitsberg, uma parte da Suécia, da Noruega
e das Ilhas Britânicas. O clima era tropical e havia vegetais luxuriantes que
cobriam as planícies banhadas pelos raios do Sol. Respondia francamente à
consciência Búdica, mas não no sentido de iluminação e sim no de vida energia.
Na segunda Raça-Mãe foi desenvolvido o sentido do tato, e respondia aos impactos do
ar e do fogo.
De acordo com o tempo já avançado para a segunda raça, os Espíritos da Natureza
constróem em volta dos Châyas, moléculas mais densas de matéria, formando uma
espécie de escama exterior e, assim, o exterior (ou Châya) da primeira raça passou
a ser o interior da segunda. A sua cor era amarela de tons doirados, suas formas de
brilhantes reflexos, eram filamentosos, arborescentes, algumas vezes quase animais,
outras de aparência semi-humanas.
A reprodução obedecia a dois tipos: 1º os assexuados ou aqueles que se
multiplicaram tal como a primeira raça; 2º os nascidos do suor, com uma vaga
indicação dos dois sexos, donde o apelido de andróginos latentes.
Na segunda raça os mamíferos desenvolveram-se, gradualmente, com os germes
abandonados por esses "homens". Os animais inferiores ao mamíferos, foram formados
pelos espíritos da natureza por meio de tipos elaborados durante a 3ª Ronda.
A segunda Raça-Mãe nasceu sob a influência do Planeta Júpiter. Nessa segunda Raça
houve o esboço do sistema cérebro espinhal.. Foi dividida em dois ciclos: o
primeiro foi uma espécie de recapitulação da Primeira Raça e o segundo foi o ensaio
para o início da terceira. Os seres dessa segunda Raça-Mãe eram semelhantes às
raízes adventícias.
Os seres da primeira e segunda Raças eram dirigidos por um poder de Vontade
manifestado de cima para baixo, o qual era exercido pelo Pitris Lunares (Pitris
Barishads). Segundo nossa ciência atual, eram dirigidos por algum poder que se
assemelha aos nossos aparelhos teleguiados.
Dr. Mário Roso de Luna disse, em seu livro Simbolismo das Religiões do Mundo: "o
quarto Globo", que é nossa Terra, desenvolveu três "Rondas" ou ciclos completos da
vida, e por certo, de vida puramente terrestre, segundo ensina a Doutrina
tradicional do Oriente e, sem dúvida, começou sua quarta Ronda, a atual, recebendo
os gérmens vitais do Planeta anterior, senão, de seu vizinho ou a Lua. Encabeçando
tais elementos, aliás, uma Humanidade Celeste, a dos Pitris ou "Pais Lunares"
desceu à "Ilha Sagrada", região do Polo Norte da Terra, onde estabeleceu sua morada
num Continente paradisíaco, cantado como "Ilha Branca" em diferentes teogonias.
Este gozava de um clima tropical do qual ainda há testemunhos geológicos, porque,
provavelmente, naquele tempo o da Terra coincidia com o plano da eclítica. Naquela
época a Terra apresentava-se ao Sol numa disposição semelhante, e com a mesma cara
como e apresenta a ela, a Lua, e com o seu centro de iluminação no polo Norte, ou
seja, em termos astronômicos, que o eixo de rotação da Terra coincidia com o plano
da eclítica. Semelhantes Pitris Lunares por um desdobramento astral, de algum modo
semelhante ao desdobramento do fantasma espírita de um médium capaz de tais
fenômenos (o clássico de Miss Cook e Katie King, por exemplo), deu lugar à segunda
Raça de Homens, os quais careciam, originalmente, de sexo (Reis de Edom da Bíblia),
porém o foram adquirindo com a evolução ulterior, passando, como as flores, por uma
larga etapa de transformação em duplo sexo, o androginismo.
Seu continente originário e tropical o foi a atual zona boreal da Terra, donde a
orografia, todavia, nos apresenta montanhas orientadas de Sul a Norte, além dos
terrenos mais antigos do Planeta. Este continente foi sepultado em parte ficando
alguma coisa a modo de uma ferradura sobre o Continente lemuriano ou da Terceira
Raça que se levantou depois no que hoje é o Oceano Pacífico, aliás, raça dotada,
por assim dizer de um "polo" positivo ou da Mente e de um "polo" negativo ou do
sexo e de um "equador" ou "balança", chamado então a manter a responsabilidade
consciente, ou seja, o equilíbrio do sexo e da mente (o estudo dessa terceira raça
será feito na aula nº 8).
Assim como os homens da Raça primeira foram protegidos e dirigidos pelos Pais ou
Mestres lunares (Pitris Barishads dos Vedas), os da segunda o foram por Seres ainda
mais superiores, pelos Pitris Solares e luminosos ou Agniswatas e os da terceira,
enfim, por Pitris Makaras, ou Am-Karas (Manus ou da letra M), que se sacrificaram
dando-nos a Mente, o Fogo Divino do Pensamento, à guisa de efetivos Prometeus
caindo em nós outros, em nossas limitações físicas, mais que caindo com nós outros,
como em um tristíssimo cárcere, o mundo inferior ou inferno (infernal) ao teor da
mais estrita etimologia, coisa aliás, conservada nas religiões como queda dos
Anjos, mas, desvirtuando-a de modo horrível.
Aconteceu em sua à Humanidade, como um conjunto e não poderia ser de outro modo
dentro das leis teosóficas da analogia, o que acontece a todos nós e a cada um em
particular, a saber: que somos gerados e alimentados no lugar do nascimento pelos
nossos pais físicos (logo, primeiro período ou raça); e logo ou a seguir
(crescemos), somos educados na escola pelos Pais Morais que se chamam Mestres,
Professores...(segunda raça ou período) e, finalmente, quando alcançamos a
maturidade evolutiva como homens chamados a cumprir uma missão social, terceiro
período ou Raça, onde tomamos para nos nortear ou guiar um Mestre do Ideal, o qual
por seu exemplo, suas obras, muitas vezes de muitos séculos distantes de nós e
seguramente pelas suas atitudes e ensinamentos de conformidade com as leis
transcendentais da evolução, não só nos guia, senão, por ser renunciador e
abnegado, nos dá a sua própria mente, razão pela qual em muitas ocasiões, até o
estilo do discípulo sai como se fosse o Mestre, que é o que constitui as
características das escolas transformadas em religião, arte e ciência; uma vez de
posse dos três graus evolutivos, o aprendiz ou Chela tem a responsabilidade
consciente como o tiveram, também, os homens da terceira Raça, os primeiros que
contaram, como foi dito, com a mente, com a responsabilidade e com o sexo.
Por esses ensinamentos do Dr. Mário Roso de Luna, compreendemos a responsabilidade
dos discípulos, principalmente, os que saem como Mestres, peregrinando pelo Mundo
com a responsabilidade de equilibrar ou ensinar o processo que permite que os
homens equilibrem os dois "polos": o da Mente com o do Sexo, tendo como Equador a
responsabilidade consciente do conhecimento exato da Verdade, da tradicional
doutrina da evolução.
Quando se recebe uma Missão, seja qual for, o discípulo deve se apresentar com a
responsabilidade de Mestre, mas não querer passar como tal, à semelhança das
Escolas transformadas em Religião, Arte e Ciência. O discípulo será o Mestre,
conforme o estado de consciência daqueles com quem vai cumprir sua missão social,
iniciática. E os grandes Mestres sempre se apresentam como discípulos.
Nosso Supremo Dirigente, no início da Obra, apresentou-se como discípulo "Pithis" e
não com a empáfia de Supremo Instrutor do Mundo. E, sua divina Hierarquia, veio
surgindo com o desenvolvimento da sua Obra, aos olhos dos mais luminosos, enquanto
que a Personalidade era acusada como réu aos olhos dos menos luminosos.
Nesta aula pretendemos estudar a Quarta Raça Mãe, a Atlântida, com todos os seus
Mistérios Iniciáticos e à luz da orientação do excelso professor Henrique José de
Souza.
De acordo com os ensinamentos ministrados pelo sábio e educador, a raça Atlante foi
governada pela lua e Saturno. A prática da Magia negra, sobretudo entre os
Toltecas, predominou na raça Atlante, proveniente de um emprego ilícito dos "raios
obscuros da Lua". É a Saturno que se deve em parte, o enorme desenvolvimento do
espírito concreto que caracterizou a terceira Sub-Raça. Nela se desenvolveu o
sentido do gosto. A linguagem era aglutinante nas terceira, quarta e quinta sub-
raças, era a forma mais antiga dos Raksha. Com o tempo tornou-se inflexiva e assim
passou à Quinta Raça.
A Atlântida, ou Kusha (país de Mu) dos arquivos ocultos, compreendia a China e o
Japão e cobria o que hoje representa o Oceano Pacífico setentrional, quase até o
lado ocidental da América. Ao sul compreendia a Índia, Ceilão, a Birmânia e a
Malásia; a oeste, a Pérsia, a Arábia, a Síria, a Abissínia, a bacia do
Mediterrâneo, a Itália, a Espanha. Da Escócia e da Irlanda, então imersos,
estendia-se a oeste sobre o que atualmente se denomina de Oceano Atlântico e a
maior parte das duas Américas.
A catástrofe que despedaçou a Atlântida em sete ilhas de diversos tamanhos, no
meado do período mioceno, há quatro milhões de anos, trouxe para cima das águas, a
Suécia e a Noruega, uma grande parte da Europa meridional, o Egito, quase toda a
África e uma parte do Amazonas do Norte, enquanto que a Ásia setentrional afundava-
se nas águas, separando, deste modo, a Atlântida da Terra sagrada. Os continentes
chamados Ruta e Daitya (atualmente no fundo do Atlântico...mas quem sabe? prestes,
talvez, a emergirem), foram separados da América, unidos ainda durante um certo
tempo, por uma grande faixa de terreno desses continentes duas ilhas distintas que,
por sua vez, sossobraram há perto de 200.000 anos, e no meio do Atlântico nada mais
ficou, senão a ilha de Posseidonis que foi finalmente submersa em 9.564 anos antes
da Era Cristã.
A maioria dois habitantes da Terra é, ainda, vestígios da quarta Raça compreendendo
os chineses, os polinésios, húngaros, bascos e os índios das duas Américas.
Essa quarta Raça-Mãe - o país de Mu - realizou uma das maiores civilizações das que
já passaram pelo nosso planeta. Era Raça mista: de Deuses, Homens e Demônios.
A quarta Raça-Mãe -a Atlântida- foi dividida em 7 sub-raças. Essas sub-raças são:
1ª - Os ROMOAHAL - povos pastores que emigraram sob direção dos Reis divinos (os
Reis de Edom?...);
2ª - OS TLAVATLI, de cor amarela, civilização pacífica. Viveram sob a égide de seus
Instrutores e dos Reis divinos. Reconheciam e respeitavam os Avataras como
expressão da divindade na Terra;
3ª - OS TOLTECAS, de cor avermelhada (escura) belos, de estrutura elevada, poderosa
civilização, povo essencialmente guerreiro, civilizador e colonizador;
4ª - OS TURÂNIOS - raça guerreira e brutal (são designados nos antigos documentos
hindus sob o nome de Rackshasas). Há os Rackshasas brancos e negros. A humanidade
vive entre esses dois setores, logo está comprimida;
5ª - OS SEMITAS, povo turbulento e que deu origem, ou nascimento à raça Judia,
senão, à quinta Raça-Mãe;
6ª - OS ACÁDIOS, que são migradores; espalharam-se na bacia do Mediterrâneo, deram
nascimento aos Pelasgos, Etruscos, Cartagineses, Saythias e outros povos que se
firmaram no ocidente;
7ª - OS MONGÓIS, procedentes dos Turânios, espalharam-se, principalmente, no norte
da Ásia.
Na aula desta série, de número 12 (aqui a última aula), tratamos dos PRINCÍPIOS
humanos, em todos os aspectos, classificando todos os seus atributos. Mas, de vez
que os Irmãos já desenvolveram a Inteligência Superior, formularam as perguntas:
1º - Qual será o mecanismo manifestativo desses Princípios humanos?
2º - Qual será sua base ou seu campo de manifestação?
3º - Há organismos especiais para a ação plena desses Princípios?
4º - Esses Princípios existem abstrata ou fisicamente?...
Para estimular a glândula Pineal, nosso Mestre ensinou aos seus discípulos: ferir a
nota "mi", médio, mentalizando um fio de ouro entrando pelo olho direito indo até a
referida glândula.
Poderemos observar, também, diante de um corte da glândula pineal, que ela tem a
forma semelhante a da Constelação do Cruzeiro do Sul, ou seja, a glândula envolvida
por quatro pedúnculos (I).
Seguindo ainda o raciocínio dentro dos ensinamentos dados a seus discípulos por
J.H.S., é interessante observarmos as vogais que entram na formação das palavras
Epífise e Hipófise. Para ilustrar o que vimos dizendo: a vogal "i" como a mais
aguda (note-se que estamos usando a língua portuguesa) está em relação com a nota
"mi" e, portanto, com o espírito. Epífise só tem outra vogal "e" - que como se
sabe, na seqüência - a,e,i,o,u - antecede-a. O "i" é a vogal equilibrante. Hipófise
ligada à alma, passando pelo "e", desce à vogal cheia "o". simbolicamente "i"
representa o masculino e "o" representa o feminino. Ainda poderiam ser as
expressões Sol e Lua.
Para terminar, como ilustração, podemos lembrar que os egípcios consideravam o gato
um animal sagrado porque sua voz ia do mais agudo ao mais grave: "MIAU".
O |O| O
O O
(I)
Para que possamos entender bem os conceitos de nossa Escola Iniciática, devemos
estudar sua filosofia com o centro de consciência focado no Princípio denominado de
Mental Abstrato, e não usarmos a inteligência concreta (característica da terceira
dimensão).
Procuramos, sem dúvida as coisas de uma maneira abstrata, isto é, de modo geral,
depois, então, vamos descendo aos detalhes. Por isso, a princípio, encontram-se
dificuldades em entender os assuntos ventilados em nossa Escola Iniciática, porque
não estão alertados para raciocinarem com a inteligência abstrata. Falta-lhes a
capacidade de abstração do que é material, passamos a entender melhor nosso
Movimento porque Ele é de natureza subjetiva, isto é, cuida das coisas do futuro.
Somos obrigados, muitas vezes a usar termos, expressões ocidentalizadas, digamos
assim, preferindo sempre lançar mão da língua lusitana..
Nos nossos trabalhos falamos alhures na manifestação da Lei da polaridade em todos
os setores da Vida. Nossa evolução se baseia, também, em três polos:
a - A evolução espiritual;
b - A evolução da inteligência;
c - A evolução da forma (talvez a mais importante no nosso ciclo evolucional).
Por isso em nossa Escola há três coisas básicas (três polos):
a - A filosofia da Obra, criada pelo excelso iniciador dos homens, Professor
Henrique José de Souza, a qual é conhecida na nossa tradição com o título de
Revelação;
b - A filosofia dos conhecimentos relativos, baseada na erudição, senão na
filosofia dos conhecimentos gerais ou humanos;
c - A filosofia da forma, da estética, da finura.
*
* *
* * *
* * * *
Como surgiu nosso Movimento no Ocidente e como se desenvolveu até nossos dias? Tem
relação com o Espiritismo, Ocultismo vulgarizado e outros Movimentos congêneres?
Nosso Supremo Orientador Prof. JHS disse em seus primorosos ensinamentos que o
movimento deveria ter uma amplitude maior, deveria abranger um raio muito maior, em
todos os setores da vida.
Em virtude do Ocidente ter sido, sempre, vítima do materialismo grosseiro, épocas
há em que o espiritualismo decai e outras há em que se eleva ao ponto máximo do
possível. Há ciclos obstaculizantes e há ciclos de verdadeira luminosidade.
A LEI que a tudo e a todos rege, através do Pramantha, dos Seres Geniais, dos
sábios gênios ou Jinas (tal como disse Roso de Luna) através do grande Movimento
Universal (aliás movimento constituído de Seres vivos e não de mortos) procurou
lançar no mundo alguma coisa que provasse à "Ciência Positiva" a existência do
poder, mais sutil, porém mais potente do que o poder material, a existência de
coisas cujas causas se acham num plano mais sutil do que o nosso e que se
manifestam, apenas, os efeitos. De modo que os cientistas de nosso grosseiro plano
conhecem os efeitos de acontecimentos tendo as suas causas formadas noutro plano,
desconhecido de nossos olhos.
Quando soou a hora cíclica foi lançada mão de uma Fraternidade muito antiga, de
origem Atlante, cujos remanescentes existem no México, conhecida pelo nome de CHEN-
CHEN-ITXA, situada na Península de Yucatan.
Remanescentes atlantes, especialistas em determinado aspecto da magia, do psiquismo
procuraram agir, orientar outros elementos humanos, tendo como base uma família
muito distinta - conhecida pelo nome de "Casal Fox". Essa Família começou a
imprimir no mundo um novo conceito do desconhecido. Começou a exaltar o corpo
emocional dos Seres humanos, logo os membros da "Família Fox" tomaram por base o
corpo emocional.
Assim, esse casal começou a fazer seu movimento e como tudo soe acontecer foi pouco
a pouco se desenvolvendo, em torno da exaltação do corpo emocional, da parte
anímica dos Seres da Face da Terra. E com esse impulso emocional deram origem à
doutrina conhecida nos nossos dias por "espiritismo". Mas, em verdade poderia ser
"Animismo" - de ânima, alma. Por esses processos anímicos começaram a provar aos
homens de ciência, aos materialistas, que, além da vida material, além da vida
física, há alguma coisa diferente, há um mundo subjetivo: "o domínio da Consciência
Psíquica".
Desse movimento apresentado pelo "Casal Fox" surgiram todas as experiências e
literaturas "espíritas". Tudo isso, por sua vez, tem origem naquelas iniciações
egípcias nas quais procuravam fazer com que os discípulos funcionassem o corpo
emocional. Depois de algum tempo, quando os discípulos estivessem com o emocional
bem excitado, procurava conduzi-los a um determinado local, no astral, onde era
provocada uma série de milagres, para que depois pudesse provar que "tudo aquilo
era mentira, era ilusão, todos aqueles fenômenos psíquicos não constituem elemento
evolucional".
Vemos destarte o surgir do "espiritismo" no mundo, graças aos esforços do "Casal
Fox", de origem americana mas que viveu no México onde iniciou seus trabalhos de
experimentação psíquica. Esse Movimento dos "Fox", posteriormente, estendeu-se pela
França, Inglaterra.
Depois desse movimento ter se espalhado no mundo, vamos surgir no cenário humano o
trabalho de Blavatsky (H.P.B.).
Helena P. Blavatsky surgiu no mundo com outra finalidade: transferir o estado de
consciência despertado nos homens, do corpo anímico, para o mental concreto. Dada,
porém, a reação da sua época, precisou, também, recuar até ao animismo, filho do
casal "Fox". Fundou na América do Norte o "Clube dos Milagres".
Após ter revivido a consciência psíquica dos americanos do norte, transformou-a em
Teosofia, fundando a Sociedade Teosófica que mais tarde se transformou na Sociedade
Teosófica de "Adyar". De modo que a Missão de Blavatsky foi promover meios para que
os homens voltassem sua atenção para o mental concreto. E, assim, conseguiu fazer
seu movimento no mundo. De vez que não pode permanecer na América do Norte, devido
à intolerância dos protestantes, à pressão judáico-protestante, H.P.B. recuou,
transferindo-se para a Índia, cidade de Adyar, onde organizou seu "Quartel
General".
Faleceu em Londres, tendo sido encontrada debruçada sobre um livro, terminando
destarte sua missão para o Ocidente.
O que nos interessa, entretanto, é que o fito de Blavatsky foi fazem com que os
homens firmassem o centro de consciência no corpo mental concreto, tangenciando-o
para o mental abstrato. Após, então, segundo ela mesma disse, se não nos enganamos,
no terceiro de sua Obra "Doutrina Secreta" que, depois dela, viria outro Ser que
ensinaria muitas outras coisas as quais Ela mesma jamais seria permitido fazer. Com
o decorrer do tempo, passando por altos e baixos, mais tarde veio surgir no cenário
humano, nosso movimento, ou seja, a S.T.B. (hoje S.B.E), com a finalidade de
despertar nos homens aquilo que nós conhecemos como mental abstrato, budi e atmã.
Destarte a missão desta Obra, a função do nosso Orientador foi firmar nos homens,
em evolução, esses três princípios superiores, o que eqüivale a se dizer que o
trabalho será realizado por Duas Raças de nomes: Bimâmica e Atabimânica. Isto é, o
mental abstrato se firmará em todos os homens superiores do Mundo.
Os Adeptos, os Araths só funcionam do Mental Abstrato para cima, posto que são
senhores da Tríade Superior.
"Espiritismo" (animismo)...caboclo...não são coisas que se falam por Adeptos porque
eles tem por base a inteligência abstrata. Esse tipo de inteligência é algo natural
na nossa Raça. Razão pela qual nossos inteligentes irmãos entendem muito bem os
estudos de nosso Mestre, pois, estão dominando a inteligência abstrata. Por isso
nosso Mestre era portador da REVELAÇÃO, senão, da ciência do futuro. Determinados
conhecimentos DELE não são perfeitamente entendidos por nós, quando os ouvimos por
vez primeira, somente depois de uma seriação de estudos, de determinada elaboração
mental, após labutar no trabalho e vivenciação na Obra, os entendemos.
O trabalho de nosso Orientador era fixar, em nós, primeiramente, estes dois
princípios que chamamos Budi e Atmã, mas em verdade serão as inteligências:
intuitiva e crística, espiritual ou o espírito de síntese. Eis porque o Adepto de
nosso Ciclo é Aquele que já dominou esses dois princípios, ou seja, a Inteligência
Intuitiva e a Inteligência Sintética. Aliás é essa Inteligência que permite às
pessoas possuírem a visão geral das coisas; daí todo o SER superior escrever pouco,
mas todos os seus caracteres terem sentido amplo (são substanciados ao invés de
serem adjetivos).
Por isso podem prever um ciclo, um acontecimento, uma época e assim escreverem
obras do futuro. Não agir como nobres cidadãos que repetem o que a S.T.B. vem
dizendo, há muito tempo de um modo um tanto velado, abertamente, sem as precauções
necessárias em defesa da Verdade.
O trabalho é modificar o estado de consciência da humanidade, aliás já dissemos
isto.
Os que tiverem a capacidade de superar essas tendências de transformar esses
elementos químicos serão escolhidos para o próximo ciclo, como homens positivos,
homens realizados. aqueles que quiserem continuar a marcha do ciclo do futuro como
emocionais, presos, apenas a uma ponte (animismo) ficarão na ponte, não alcançarão
a outra margem, porque perderão a barca.
Eis porque o nosso movimento evolucionista se preocupa com a juventude a infância,
daí seu lema "Spes Messis in Semine" ( a esperança da Colheita Reside na Semente).
Por isso a juventude e a criançada de nossa escola está sendo instruída, orientada
dentro do ponto de vista da Escola do futuro: "A VIDA EUBIÓTICA", a vida em relação
com a natureza Universal, senão "A CIÊNCIA DA VIDA UNIVERSAL".
Só poderão compreender estas coisas, atualmente, aqueles que já possuem aqueles
princípios Superiores, já citados em nosso estudo, Budi e Atmã bem desenvolvidos.
De modo que houve um desenvolvimento progressivo desde a Lemúria até os nossos
dias. usando uma linguagem simbólica poderíamos dizer: o casal Fox ressuscitou a
Lemúria, Blavatsky ressuscitou a Atlântida e nosso Orientador exaltou a Raça
Ariana, a fim de conduzir a civilização a um ponto acima e que nós, dentro da nossa
escola, chamamos de SEXTO SISTEMA, época em que os seres humanos terão
perfeitamente, desenvolvimento do sexto princípio, sexto dom, percepção intuitiva.
Chegamos, então a conclusão que o nosso movimento é um grande selecionador. No
início do nosso ano letivo os primeiros graus fica superlotado de irmãos, quando
começamos a ministrar, progressivamente, os irmãos passam a recuar, não por mal e
sim porque estes princípios não estão vibrando suficientemente nas estruturas
físicas, psíquica e intelectual dos componentes dos graus.
Do ponto de vista de nossos estudos só poderão ser consideradas retas, perfeitas
as Instituições que possuírem capacidade, o dom de entender, compreender e viver
essa Lei de REENCARNAÇÃO E KARMA. foi isto que Pio XII quis fazer na Religião
Católica, ele quis dar este cunho a Igreja Católica com o intuito de fazer com que
fosse divulgada aquela Lei, porque os fiéis se valorizariam, poderiam fazer o seu
auto-julgamento.
Qualquer criança poderá dizer: "Eu sou uma criança, sou um inocente, não tenho
pecados; logo não tenho karma". Sim, sem dúvida inocente daquilo que irá passar,
mas já trás consigo todo karma passado, o qual deu origem ao seu nascimento naquela
família. Cumpre-lhe saber o que foi no passado para ir pautando a sua vida em
relação ao futuro. Por isso pode-se ver o quanto é importante a Lei de Reencarnação
e Karma, para os estudos de nossa Escola. Somos humanos, discípulos,
espiritualistas, e como tal fazemos uma pequena análise, e sem forçarmos a
imaginação verificamos nossa experiência atual.
Poderá, também surgir a pergunta: qual seria? por exemplo: nenhum de nós vai a
Igreja Católica, como católico, mas gostaríamos de uma missa cantada e, também
gostamos de ler uma Obra oriental, gostamos de ouvir um mantram e tudo que nos faça
voltar ao passado oriental. Ora, como analisaremos essas tendências em nós? são,
exatamente, as semente, as tendências, "sidhis" de todas essas épocas (vidas
passadas) até a presente, até os nossos dias, até o momento que nos projetamos no
futuro. Se todos os católicos fizessem o favor de aceitar essa doutrina (Lei de
Reencarnação e Karma) poderiam fazer melhor análise dessas sublimes personagens,
dessas consciências, operando no cérebro de homens com o nome de; São Pedro, São
Paulo, São João Evangelista e fazendo, contudo um estudo com todos os Papas até
chegar ao atual, há, sempre esse movimento para a frente. Isso não significa que
queiramos saber a nossa vida passada, não! basta-nos fazer um estudo analítico do
mundo e, fazendo futuramente um estudo em relação a certas coisas do passado, as
vezes poderemos atinar com algumas coisas desajustadas, as quais se acham se acham
no Supra-consciente. Corrigindo, essas pequenas coisas, resgatando, digamos assim,
esse karma que restava, um ser, uma pessoa pode se tornar um Adepto, um iluminado.
Segundo a tradição um ser que não dia mental concreto tem mais karma a resgatar,
poderá, até mesmo adquirir a estabilidade física. Eis porque existem os Mundos
Interiores, isto é para aquele que não mais têm karma, não possuem etapas a serem
conquistadas e, sim os que já conseguiram a estabilidade nas estruturas: física,
psíquica e espiritual.
Desde o momento da iluminação têm um vislumbre do passado e, com esses vislumbres
se projetam no futuro. Na hora da morte isso se verifica com quase todos os seres:
tem um vislumbre do passado e se projetam no futuro.
Consoante nossos ensinamentos poderíamos dizer: quando qualquer pessoa morre,
desce aos infernos até ao terceiro dia, isto quer dizer, se está no mental
abstrato, desce aos infernos no 1º dia, no mental concreto no 2º dia, no emocional
no 3º dia a vida mais densa possível no plano dos elementais. Um ser que está no
plano búdico ao morrer desce aos infernos. Repetimos: no 1º dia mental abstrato, no
2º dia mental concreto, no 3º dia emocional. Descer ao emocional do plano búdico é
um castigo tão grande, que é o mesmo que se um de nós tivesse que reencarnar com o
estado de consciência semelhante ao animal. É por isso que um ser superior não
suporta animismo.
Daí o sentido do Cristo ter descido aos infernos no 3º dia, isto porque, estando
ele do plano de budhi para cima, descer até o astral é o mesmo que estar no
inferno. Se ele veio para a Terra, veio, conseqüentemente para o inferno.
para o inferno. É por isto que os nossos Mestres não suportam esses movimentos
anímicos que estão retardando a evolução.
F I M