Você está na página 1de 42

DESCRIÇÃO

A construção histórica da eletroterapia, com noções básicas de eletricidade, formas de energia


e suas características, instalações elétricas, propriedades elétricas das células e dos tecidos e
uso dos aparelhos elétricos para
tratamentos estéticos.

PROPÓSITO
Compreender os elementos envolvidos na eletroterapia, assim como as noções básicas do
conceito de eletricidade e de outras formas de energia, permitindo a aplicação da termoterapia
estética pelo profissional.

OBJETIVOS
MÓDULO 1

Reconhecer a história e os princípios básicos da eletricidade, os tipos de energia e o conceito


de eletroterapia

MÓDULO 2

Identificar as instalações elétricas e o uso de aparelhos, bem como as propriedades elétricas


das células e dos tecidos

MÓDULO 3

Analisar hipertermoterapia estética e suas principais técnicas

INTRODUÇÃO
Neste conteúdo, abordaremos os conceitos sobre a origem da eletroterapia, tal como seu
funcionamento. É importante ressaltar que conhecer a história da técnica é fundamental para
compreender os fatores que a levaram a ser uma
grande alternativa no tratamento de diversas
disfunções.

Também serão abordadas questões como o entendimento da eletricidade e de outras formas


de energia e como elas podem divergir por causa de suas características, e até mesmo se são
renováveis ou não renováveis. Aspectos estruturais
das clínicas de estética e principalmente
da sua segurança quando se trata de aparelhagem elétrica também serão discutidos.

Como ponto final do tema, não podemos deixar de descrever as propriedades elétricas das
células e dos tecidos, pois é de suma importância que o aluno compreenda como as células e
os tecidos vão se portar ao receber o estímulo
elétrico dos tratamentos, assim como esses
tecidos irão se portar em técnicas que alterem a temperatura corporal.
O profissional da estética deve compreender os conceitos fisiológicos e aplicá-los tanto em
suas técnicas quanto em sua rotina clínica.

MÓDULO 1

 Reconhecer a história e os princípios


básicos da eletricidade, os tipos de energia e o
conceito de eletroterapia

ORIGEM DA ELETRICIDADE
A eletricidade é nomeada por causa de uma série de fenômenos que ocorrem devido ao
desequilíbrio ou movimento de cargas elétricas, prótons e elétrons e às características
inerentes dos objetos carregados. Na
eletricidade, existem a eletricidade estática e os
fenômenos eletrocinéticos, que estão relacionados às cargas estática e móvel,
respectivamente.

O primeiro registro da observação de fenômenos elétricos é atribuído à história do filósofo


grego Tales de Mileto. Ele percebeu que, quando esfregado com uma tira de couro, o âmbar
tem a capacidade de atrair pequenos objetos.
O âmbar é chamado de elétron em grego e seu
nome vem da partícula que produz a maioria dos fenômenos eletrônicos, a saber, os elétrons.

Como outros fenômenos da natureza, a eletricidade existia muito antes do surgimento dos
humanos. Por exemplo, a radiação é um fenômeno elétrico que produz a maior parte do
ozônio na atmosfera
terrestre. Os raios se originam da nuvem, que é carregada pela fricção
entre uma grande quantidade de cristais de gelo, ar e vapor d'água, e finalmente é liberada.
Isso faz com que o ar forme uma grande quantidade de corrente
elétrica, resultando em
grandes flashes e impactos e uma temperatura de cerca de milhares de graus.

 Um pedaço eletrizado de âmbar atrai pedaços de papel.

Por exemplo, a ligação química que forma a primeira molécula de água na Terra é o produto da
atração elétrica entre cargas, que é matematicamente descrita pela lei de Coulomb. Somente
devido à compatibilidade de cargas, essa
força faz com que os diferentes componentes sejam
unidos, prolongando, assim, a vida útil.

 Lei de Coulomb mostrando como as cargas iguais se repelem e as opostas se atraem.

HISTÓRIA DA ELETRICIDADE
A eletricidade é o resultado de pesquisas de longo prazo e do trabalho incansável de muitos
físicos, químicos, engenheiros e matemáticos, tornando possível produzir, distribuir e emergir
máquinas e tecnologias movidas a eletricidade,
que tornam-se cada vez mais populares e
fáceis de usar. Veja a história da eletricidade na linha do tempo a seguir.

LINHA TEMPORAL DA ELETRICIDADE

1660

Otto Von Guericke inventa uma máquina que gera cargas eletrostáticas por atrito.

1730

Charles Francis Dufay descobre que a eletricidade gerada por atrito pode ser dividida em duas
categorias diferentes: positiva e negativa, como as conhecemos hoje.


1744

Benjamin Franklin conecta o acumulador de carga a um fio que mantém a pipa presa durante a
tempestade e percebe que os raios são um fenômeno elétrico.

1780

Luigi Galvani descobre que a eletricidade pode mover os membros de animais falecidos,
indicando que os músculos se contraem devido à transferência de cargas elétricas.

1796

Um grande número de discos de cobre e zinco são empilhados em um pano embebido em uma
solução ácida. Alessandro Volta inventa a primeira bateria.

1820

Hans Christian Oersted descobre que a corrente elétrica pode produzir um campo magnético.

1827

George Simon Ohm descobre a relação matemática entre resistência, voltagem e corrente,
agora chamada de primeira lei de Ohm.

1831

Michael Faraday descobre a indução eletromagnética.

1875

Alexander Graham Bell inventa o telefone.


1880

Thomas Edison inventa a lâmpada.

1886

George Westinghouse, o primeiro sistema de distribuição de energia por corrente alternada,


inventado por Nikola Tesla.

1890

Nikola Tesla desenvolve um sistema de distribuição de corrente trifásico.


1905

Albert Einstein explica o funcionamento do efeito fotoelétrico e desenvolve os painéis solares.

1911

Kamerlingh Onnes (Kamerlingh Onnes) descobre o fenômeno da supercondutividade, que é


muito importante para a geração de energia elétrica moderna.

A especialista Priscila Souza faz uma contextualização do conceito e a aplicação na estética.


TIPOS DE ENERGIA
Atualmente, seria muito difícil pensar em um mundo no qual a energia elétrica não exista, já
que nos tornamos dependentes de computadores, banho aquecido, luz elétrica e da
necessidade de nos aquecer ou refrescar.

 Painéis de energia solar, uma fonte renovável que se

converte em energia elétrica.

Ao longo dos anos, a humanidade tem aprimorado teorias e formas de expansão do uso de
energia e métodos de aquisição em todo o mundo. Assim, o uso de dispositivos eletrônicos
como máquinas, telefones celulares, computadores,
aquecedores e ventiladores tem
aumentado bastante.

Muitos recursos renováveis e não renováveis são usados para produzir energia, como as
usinas. Os produtos originais são obtidos na natureza e convertidos em energia para atender a
muitas
necessidades humanas.

Existem diversas formas de obter energia a partir de energia renovável ou não renovável. Uma
das formas mais recomendadas de energia renovável é a eólica, proveniente dos ventos.

Vejamos os tipos de energia:

TIPOS DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

Energia
Energia eólica Biomassa
hidráulica
Energia do
hidrogênio
Energia Energia
Energia solar
geotérmica gravitacional

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

ENERGIA HIDRÁULICA

Obtida pela força da água dos rios.

ENERGIA SOLAR

Obtida pela energia do sol.

ENERGIA EÓLICA

Obtida pela força dos ventos.


ENERGIA GEOTÉRMICA

Obtida pelo calor do interior da Terra.

BIOMASSA

Obtida de matérias orgânicas.

ENERGIA GRAVITACIONAL

Obtida pela força das ondas dos oceanos.

ENERGIA DO HIDROGÊNIO

Obtida do hidrogênio.

TIPOS DE ENERGIAS NÃO RENOVÁVEIS

Combustíveis fósseis Energia nuclear

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

Formados por processos naturais, como a decomposição de organismos mortos enterrados.


ENERGIA NUCLEAR

Energia liberada nas reações nucleares, ou seja, durante a transformação dos núcleos
atômicos.


SAIBA MAIS

Se a energia não renovável não for consumida de forma razoável, causará vários problemas
ambientais. Devido ao esgotamento de seus recursos, seu uso pode significar um desequilíbrio
no ecossistema. Esse processo de
produção de energia costuma prejudicar o homem e o meio
ambiente porque muitas plantas liberam gases e resíduos tóxicos na atmosfera, causando uma
série de problemas na água e no ar, assim como poluição do solo
e disseminação de doenças.

 Barragem Elétrica de Itaipu, responsável por grande parte da produção de

energia elétrica do Brasil.

Nas hidrelétricas, a energia hídrica do rio é utilizada para gerar energia mecânica, e a energia
mecânica chega aos moradores na forma de energia elétrica, que é indispensável para o uso
de computadores, baterias, eletrodomésticos,
iluminação, televisores etc.
 RESUMINDO

A eletricidade é a principal fonte de energia do mundo, gerada pelo potencial de dois pontos de
um condutor. O filósofo grego Tales de Mileto descobriu as cargas elétricas por meio de
experimentos e, desde então, o
termo eletricidade é usado.

Em grande medida, a eletricidade é gerada nas usinas hidrelétricas, mas sua geração também
pode ser realizada a partir das energias eólica, solar, térmica e nuclear. No Brasil, quase 90%
da energia é proveniente de
usinas hidrelétricas. A maior hidrelétrica do Brasil é a usina de
Itaipu, no rio Paraná, na junção do Brasil com o Paraguai.

CÁLCULO DE ENERGIA ELÉTRICA

No Sistema Internacional (SI), a energia elétrica é expressa em joules (J). No entanto, a


unidade de medida mais comumente usada é o quilowatt-hora (kWh), como pode ser visto na
medição do consumo de eletricidade de uma empresa
de energia.

Para o cálculo básico da energia elétrica, utiliza-se a seguinte equação:

EEL = P  .   Δ t 

Onde:

EEL : energia el é trica

P : pot ê ncia
Δt : varia çã o do tempo

ELETROTERAPIA E SUA ORIGEM


A origem da eletroterapia remonta aos tempos em que os homens moravam em cavernas.
Scribonius Largus (46 d.C.) afirmou que Antero usava peixes elétricos para tratar dores nos
nervos, dores de cabeça e artrite,
o que gerava sono. Ele também descobriu que
o
sono é
contínuo. Portanto, mesmo após o contato com o peixe ser interrompido, esse sono vai
continuar.

Em 1855, Guillaume Duchenne, o pai da eletroterapia, anunciou que a corrente alternada é


melhor do que a corrente contínua para a ativação da eletroterapia para a contração muscular.
O chamado efeito de aquecimento por corrente contínua estimula a pele. Além disso,
independentemente da condição do músculo, a corrente alternada produzirá forte contração
muscular, enquanto a corrente contínua causará contração forte em músculos fortes e fraca em
músculos
fracos.

Desde então, quase toda a reabilitação envolvendo contrações musculares tem sido realizada
por meio de ondas bissimétricas. Contudo, na década de 1940, quando o Departamento de
Guerra dos EUA estudou a aplicação da eletroterapia,
descobriu-se que a estimulação elétrica
não só poderia atrasar e prevenir a atrofia, mas também restaurar a massa e a força muscular.
Eles realizaram os chamados exercícios elétricos nas mãos de pacientes que sofriam de
lesões nervosas. Esses movimentos elétricos usam corrente contínua monofásica.

ELETROTERAPIA
Eletroterapia é o uso de corrente elétrica para fins terapêuticos, como alívio da dor ou
estimulação muscular funcional. Quando uma corrente é aplicada, ela produzirá a indução do
nervo motor ou do nervo
sensorial, que depende do tipo de corrente usada e dos parâmetros
definidos. A estimulação nervosa sensível tem efeito analgésico, que está diretamente
relacionado à liberação de endorfinas endógenas. No entanto, a
estimulação do nervo motor
tem efeito na produção da contração muscular. Dessa forma, a função do movimento é obtida.

A eletroterapia é um recurso fisioterapêutico amplamente utilizado como tratamento de


reabilitação para os mais diversos tipos de patologias. Sua tecnologia envolve o uso de
correntes de baixa intensidade por
meio de eletrodos que são aplicados diretamente na pele.
A eletroterapia tem muitos usos. Alguns deles incluem:

Controle da dor;

Disfunção neuromuscular;

Amplitude de movimento articular;

Reparo de tecidos;

Edema agudo e crônico.

A eletroterapia pode aliviar os espasmos musculares, prevenir e retardar a atrofia causada pela
descontinuação, aumentar a circulação sanguínea local, realizar reabilitação muscular e
reeducação da estimulação elétrica muscular,
manter e aumentar a amplitude de movimento e
controlar a dor aguda crônica e intratável após dor traumática.

 Eletroterapia utilizada para estimular o processo de

crescimento e fortalecimento muscular.

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM ELETROTERAPIA


ESTÉTICA?
O processo é a utilização de aparelhos que realizam estimulação elétrica de baixa intensidade
para melhorar a circulação, o metabolismo, a nutrição e a oxigenação da pele, promover a
produção de colágeno e elastina,
além do equilíbrio e manutenção da pele.

Esse procedimento pode ser utilizado para beleza corporal ou facial, bastando observar a área
e suas necessidades. É recomendado para remover manchas escuras na pele e cicatrizes de
acne; pode até suavizar rugas ou linhas de
expressão. Combate a flacidez, estrias ou gordura
em áreas locais.

A eletroterapia é muito benéfica no processo de reabilitação, por ser uma terapia que pode ser
usada na maioria dos
pacientes. É um método não invasivo, não causa dependência e pode
ser usada todos os dias, até mesmo várias vezes no mesmo
dia. Não há efeitos colaterais e é
totalmente seguro. Pode ser usado em várias patologias ortopédicas, neurológicas,
respiratórias e ginecológicas em adultos ou crianças.

Benefícios especiais

Controlar a dor;

Reduzir o edema;

Reduzir as cãibras musculares;

Melhorar a aparência da pele;

Promover fortalecimento muscular;

Promover a cura do tecido.

Obtendo resultados visíveis desde o primeiro tratamento, a eletroterapia é um método que


envolve o uso de dispositivos que utilizam correntes de baixa intensidade em diferentes partes
do corpo humano a fim de proporcionar maior
estimulação à circulação sanguínea,
metabolismo, nutrição e oxigenação da pele. Promove a produção de colágeno e elastina, o
equilíbrio e a manutenção da pele.

BENEFÍCIOS NA ESTÉTICA FACIAL


A eletroterapia, como já mencionado, pode ser usada no corpo ou rosto, para remover
manchas escuras na pele, cicatrizes de acne ou outras operações, eliminar rugas ou linhas de
expressão, resistir à flacidez, celulite, estrias
ou gordura localizada.

Nas clínicas de estética e saúde, os principais tratamentos procurados com a eletroterapia são
o elevador elétrico, a ionização e os tratamentos com microcorrentes. O lifting elétrico é uma
tecnologia de corrente
contínua que pode promover rugas e escarificações nas linhas de
expressão. Pode-se usar ou não agulhas para choques
elétricos. O objetivo é estimular a
produção de colágeno e elastina e, ao mesmo tempo, nutrir o tecido desvitalizado.

A tecnologia de ionização pode promover a penetração de ativos específicos através da


corrente para garantir uma penetração profunda na pele, enquanto a microcorrente é uma
tecnologia um pouco mais profunda.
Além de estimular o colágeno e melhorar a nutrição do
tecido, também tem estímulos poderosos nas fibras musculares.

Os benefícios da eletroterapia para a saúde são:

Controlar a dor;

Fortalecer os músculos;

Prevenir a atrofia;

Reduzir os espasmos musculares e o edema;

Ajudar na cura.
Além disso, apresenta resultados de curto prazo, e a principal diferença reside no seu efeito a
nível celular, com efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e regeneradores dos tecidos.


SAIBA MAIS

Galvani (1780) acreditava que a energia elétrica contida no corpo humano era diferente
daquela presente em um corpo inanimado. Por isso, a aplicação de corrente externa pode
potencializar ou complementar a energia do
corpo, de forma a obter o tratamento de certas
doenças ou lesões.

Portanto, a eletroterapia pode ser usada para: paralisia espinhal, pós-acidente vascular
cerebral, incontinência urinária e fecal, contratura muscular ou condições estéticas, para
reduzir a gordura e gorduras locais,
estimular a contração muscular para melhorar o contorno
corporal, recuperação pós-operatória e, por meio da produção de proteína de colágeno e
elastina, reduz rugas e linhas de expressão.

BENEFÍCIOS NA ESTÉTICA CORPORAL


A eletroterapia envolve o uso de corrente elétrica em um sistema
fisiológico. Por isso, o
profissional coloca eletrodos na superfície da pele, e uma corrente de baixa intensidade flui por
meio deles. O que não representa uma ameaça à saúde e é muito útil no tratamento de
inchaços, dores, cãibras ou
no fortalecimento dos músculos, por exemplo.

Durante a sessão, pelo menos um dispositivo de eletroterapia é geralmente usado para ajudar
a controlar a dor, cãibras, melhorar o suprimento de sangue, acelerar a cicatrização da pele e a
regeneração de outros tecidos. Todos
os protocolos de tratamento devem respeitar a
individualidade fisiológica de cada paciente, assim como seus limites. Um dos pontos
interessantes envolvendo o procedimento de eletroterapia é o uso da eletricidade em níveis
controlados pelo profissional e preestabelecidos para cada tipo de tratamento.

Partindo da compreensão da relação entre a eletricidade e o corpo


humano, vários estudos
têm sido realizados desde o início do século XVIII para compreender como esses dois
elementos interagem. E muitas descobertas foram feitas, especialmente na área médica. A
primeira tecnologia médica eletrônica começou a se espalhar na Europa no século XIX. No
entanto, no século passado, muitos estudiosos iniciaram essa prática com o objetivo de
encontrar uma cura para doenças
e conduziram os mais diversos experimentos no corpo
humano.

Antes disso, o principal modelo de função cerebral baseava-se na pesquisa do filósofo René
Descartes, que propôs o conceito de arco reflexo ao perceber o movimento involuntário de
uma pessoa cujas mãos e pés
estão queimando numa chama. Portanto, ele determinou que os
componentes do arco reflexo são: a dor, a condução através dos nervos que levam ao sistema
nervoso central, a excitação dos nervos motores e os músculos que são
os responsáveis finais
pela ação.

 René Descartes, filósofo que propôs o conceito do arco reflexo

e a forma como a eletricidade atua no corpo humano.

Até agora, o que se viu foram muitas teorias sem base científica. Somente na última década do
século XVIII, foi possível resolver o problema da condução nervosa por meio de métodos
experimentais. A partir desse período, médicos
e físicos passaram a seguir a rota de pesquisa
da primeira revolução científica, e a focar suas pesquisas na interação entre eletricidade e
fisiologia a fim de buscar novas descobertas para que as pessoas tivessem um melhor
entendimento da biologia.
 Luigi Galvani, médico e físico italiano que descobriu o fenômeno

da eletricidade nos animais.

A maior parte das pesquisas sobre a aplicação da eletricidade na medicina foi realizada por
Luigi Galvani, um médico e físico contemporâneo em Genebra. Nas décadas de 1770 e 1780,
Galvani descobriu que o tecido nervoso pode ser
eletricamente excitado. Em uma série de
experimentos, Galvani usou geradores eletrostáticos e garrafas de Leiden como ferramentas
para aplicar corrente elétrica a animais mortos. Portanto, é possível estimular os músculos e
nervos de sapos causando reações de contração muscular. Galvani chamou esse fenômeno de
eletricidade animal,
e sua descoberta da resposta muscular causada pela estimulação elétrica
é denominada efeito de corrente ou
galvanismo.

GARRAFAS DE LEIDEN

A garrafa de Leiden (ou de Leyden), ou ainda, na sua forma portuguesa, de Leida, é uma
espécie primitiva de capacitor, dispositivo capaz de armazenar energia elétrica. Foi inventada
acidentalmente em 1746 por Pieter van Musschenbroek,
professor da Universidade de Leiden,
Países Baixos, quem estudou suas propriedades e a popularizou.
VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 2

 Identificar as instalações elétricas e o


uso de aparelhos, bem como as propriedades
elétricas das células e dos
tecidos

NORMAS TÉCNICAS DE BIOSSEGURANÇA


— INSTALAÇÕES
Em termos de projeto, instalação e manutenção, os dispositivos e sistemas elétricos
relacionados a equipamentos médicos eletrônicos em hospitais e clínicas de saúde requerem
atenção especial. Esse tipo de equipamento precisa
de energia de alta qualidade para atender
às suas necessidades, pois são equipamentos diretamente relacionados à vida humana e,
portanto, geralmente devem atender a requisitos de segurança e confiabilidade.

A instalação inadequada trará riscos para os operadores e usuários do equipamento; logo,


problemas como choques elétricos devem ser minimizados para garantir a utilização segura do
equipamento. Os sistemas de proteção nessas
instalações devem obedecer às normas de
biossegurança referentes à aparelhagem elétrica.
IEC 60601
A série de padrões internacionais IEC 60601 determina a segurança e a eficácia dos
equipamentos médicos eletrônicos e estabelece as condições mínimas e o desempenho desse
equipamento. Esse padrão internacional é
a base para a formulação de padrões técnicos
nacionais.

NBR (NORMA BRASILEIRA) 5410


No Brasil, a especificação de equipamentos elétricos mais reconhecida é a NBR (Norma
Brasileira) 5410, que estipula as condições para operação normal e segura desses
equipamentos em baixa tensão (até 1000 V em tensão
alternada). Para equipamentos elétricos
hospitalares, temos as especificações ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e
NBR, principalmente a norma número 13534.

Em relação à instalação elétrica de instituições médicas, tanto as instituições públicas quanto


as privadas devem atender à regulamentação da NBR e, no caso de reformas em instituições
existentes que não atendam às regulamentações,
também devem seguir a norma.

Depois de entender a tecnologia envolvida nesse tipo de instalação, uma análise completa da
infraestrutura elétrica do hospital pode ser realizada para que o tamanho dos componentes que
serão integrados na instalação elétrica
possa ser determinado, a fim de atender à segurança e
à proteção conforme as condições funcionais necessárias para o correto funcionamento do
mecanismo.

A prescrição da ABNT NBR 13534 complementa a prescrição de caráter contida na NBR 5410.
Portanto, para normas de produtos, prescrições não incluídas nessa norma, aplicam-se as
prescrições da
NBR 5410 e normas específicas. É importante
ressaltar que as normas em
questão não incluem os dispositivos eletromédicos, que estão sujeitos à NBR IEC
601-1.

Com o objetivo de melhorar a segurança, em hospitais e clínicas, eles dispõem de uma fonte
segura em caso de avaria no sistema de abastecimento que têm autonomia em determinado
período e ainda garantem o tempo de transferência
necessário. Essas instalações devem
garantir a segurança dos serviços básicos, manter a vida e a segurança ou funcionar em
emergências.
 Clínica de estética e utilização correta das cores e luzes para

tornar o ambiente mais seguro na realização dos procedimentos.

A execução correta dos planos estratégicos que visam melhorar a eficiência da infraestrutura
das instituições de saúde, sejam hospitais ou clínicas de estética, é essencial para a aplicação
de tecnologias modernas
no tratamento e diagnóstico de pacientes. É importante lembrar
que, após o trabalho de projeto, devem ser
tomados
cuidados para garantir a
funcionalidade dos próprios equipamentos e instalações
elétricas.

ELETROFISIOLOGIA
A especialista Priscila Souza fala sobre os principais tópicos e conceitos da eletrofisiologia.

ELETROFISIOLOGIA
A eletrofisiologia é o estudo das propriedades elétricas em células e tecidos, e envolve medir
as diferenças de potencial em várias escalas, desde proteínas de canais iônicos simples até
órgãos intactos
(como o coração). Na neurociência, inclui a medição da atividade elétrica dos
neurônios, especialmente a medição da atividade dos potenciais de ação.

As células vivas dependem de uma série de reações químicas internas que são articuladas
entre si, em ordem ou em paralelo, para manter um equilíbrio dinâmico frágil, isso é, para
manter as células "vivas". Esse vórtice bioquímico constante libera energia quebrando as
ligações químicas dos nutrientes ingeridos, construindo e reconstruindo
biopolímeros como
proteínas, ácidos nucleicos, lipídios e glicerol e decompondo e descartando os resíduos dessas
substâncias.

Mas a atividade biológica não envolve apenas reações químicas, embora elas sejam sempre o
ponto de partida para a captura e distribuição de energia e para a síntese de componentes
moleculares em qualquer organismo vivo.
Também podemos encontrar atividades biológicas derivadas: elétricas, mecânicas, térmicas e
até luminescentes.

BIOELETRICIDADE
O fenômeno da bioeletricidade pode envolver a produção e o resultado do efeito do campo
elétrico ou corrente nos processos biológicos. OS vertebrados, como os humanos, são
particularmente proeminentes em
três tipos de tecidos: nervos,
músculos e endócrinos.

A atividade elétrica no tecido vivo é um fenômeno que ocorre no nível celular e depende
estritamente da membrana celular. Na verdade, em todas as células vivas medidas, alguma
diferença
de potencial foi detectada entre o citoplasma e o exterior da célula. Isso é chamado
de potencial de repouso ou potencial de
membrana, e seu valor varia em diferentes tipos de
baterias, de 5 a 100mV (milivolts), quando o interior é negativo em relação ao exterior. Como
não existem elétrons livres disponíveis nos tecidos biológicos, a carga em questão só pode
existir nos íons compostos dissociados no meio aquoso preenchido com todas as substâncias
no meio intracelular.

Portanto, a principal razão para o potencial de repouso é a distribuição


desigual de íons na
solução em ambos os lados da membrana, que são ativamente ou passivamente separados
pelo mecanismo seletivo de transporte de íons por meio da membrana. Nesse caso, a
membrana trabalha com o capacitor para armazenar
energia nessa distribuição espacial de
íons carregados. Além de estabilizar a membrana, essa energia elétrica potencial também
pode ser rapidamente recuperada, evitando que o sistema seja perturbado por quaisquer
fatores
secundários.

Como dissemos, o potencial de repouso das células vivas é de cerca de 0,1V (volt) ou
menos, o que é negativo em relação ao exterior. Isso é especialmente óbvio em células
eletroestimuláveis, como células nervosas, musculares e endócrinas: nessas células, após a
ativação, o
potencial elétrico será liberado do "choque elétrico" e mudará seu valor para
inverter sua polaridade já que o interior da unidade é positivo e o exterior é negativo. Então, a
membrana celular rapidamente recupera seu potencial
de repouso.

O processo tem fases de despolarização e


repolarização, envolvendo íons de corrente
transmembrana (iônicos) fluindo para dentro e para fora em diferentes estágios — o que leva
cerca de um milissegundo e é chamado de
potencial de ação.


O potencial de ação se propaga ao longo da membrana celular, do ponto inicial ao outro
extremo, mobilizando estritamente todos os recursos da membrana (canais e bombas).


Esse evento possibilita a passagem do impulso nervoso nas células do sistema nervoso.

 ATENÇÃO

A proteína do canal se estende pela membrana e forma um canal hidrofílico por meio dela,
permitindo que suas moléculas-alvo se difundam. O canal é altamente seletivo e aceitará
apenas um tipo de molécula (ou um pequeno
número de moléculas intimamente relacionadas)
para transporte.

 Estrutura de um Neurônio.

NEURÔNIOS
Os neurônios são as unidades estruturais e
funcionais do sistema nervoso que se
especializam em comunicação rápida e apresentam as funções básicas de recebimento,
processamento e envio de informações. São células altamente excitáveis e se comunicam
entre si ou basicamente com outras células eletrônicas usando o mecanismo de transmissão
elétrica. A maioria dos neurônios tem três áreas responsáveis por funções especiais: corpo
celular, dendritos e axônios.

CORPO CELULAR
O corpo celular de um neurônio é o centro metabólico do neurônio e é responsável pela síntese
de todas as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular variam muito,
dependendo do tipo de neurônio. Corpos
celulares e dendritos também são locais que recebem
estimulação por meio do contato sináptico.

DENDRITOS
Os dendritos são geralmente muito curtos e ramificados, como ramos com ângulos agudos,
resultando em dendritos de diâmetro menor. Normalmente, os dendritos não têm bainha de
mielina. Um neurônio pode ter milhares
de dendritos. Portanto, os dendritos são dedicados a
receber estimulação.

A grande maioria dos neurônios possui um axônio longo e esguio que se origina do corpo
celular ou dos dendritos principais. O comprimento do axônio é muito variável, de alguns
milímetros a mais de um metro. Eles são o processo
de transmissão de impulsos que saem
dos corpos celulares ou dendritos dos neurônios. A parte terminal do axônio se molda em
vários ramos para formar de centenas a milhares de extremidades do axônio, nas quais os
neurotransmissores
químicos são armazenados. Dessa forma, os axônios são dedicados a
gerar e conduzir potenciais de ação. A transmissão do impulso nervoso ocorre por que os
neurônios têm a bainha de mielina, onde várias doenças degenerativas
podem se aproveitar da
retirada desse revestimento para impossibilitar a transmissão de impulsos nervosos.

SINAPSES
Os neurônios entram em contato com outros neurônios, principalmente por meio das
extremidades dos axônios para transmitir informações. A localização desse contato é
chamada de sinapse. Em outras palavras, os neurônios se comunicam entre as sinapses — os
pontos de contato entre os neurônios,
onde encontramos vesículas
sinápticas, nas quais os
neurotransmissores são armazenados. A comunicação ocorre por meio de
neurotransmissores — substâncias químicas liberadas ou secretadas pelos neurônios.
 Neurônios se comunicando a partir do processo de sinapse, no qual os

neurotransmissores são secretados.

TIPOS DE NEURÔNIOS
Temos três tipos de neurônios: sensitivo, motor e interneurônio ou neurônio de associação. Os
neurônios sensoriais, também chamados de neurônios aferentes, conduzem informações da
periferia para o sistema nervoso central.

Neurônio Os neurônios sensoriais e neurônios motores são encontrados no


sensorial sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico.

Neurônio Os neurônios motores conduzem informações do sistema nervoso


motor central para os arredores e são chamados de neurônios eferentes.

Neurônio Já os interneurônios ou neurônio de associação fazem a conexão de


interneurônio um neurônio com o outro.


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Portanto, podemos concluir que o sistema nervoso apresenta três funções fisiológicas.

A função sensitiva será responsável por captar as informações externas


Função
e internas e transformá-las em sensações, além de ser capaz de dar
sensitiva
particularidade aos nossos sentidos.

A função integradora vai trabalhar com as informações captadas pela


Função
função sensorial e irá imediatamente traduzi-las e encaminhá-las ao
integradora
sistema nervoso central para sua interpretação.

Dito isso, a função motora é a última de nossas funções nervosas, e ela


é totalmente responsável por traduzir as informações do sistema
Função
nervoso central em movimentos. Todos os nossos movimentos, sejam
motora
eles voluntários
ou involuntários, são controlados a partir das funções
motoras do sistema nervoso.


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

O tecido da pele é ricamente inervado, composto de nervos autônomos e nervos


somatossensoriais. O sistema autônomo é composto por fibras simpáticas e é responsável
pela penugem, vasoconstrição
da pele e secreção de suor. As fibras que inervam as glândulas
endócrinas são simpáticas, mas têm a acetilcolina como neurotransmissor.

O sistema corporal é responsável pela dor, coceira, toque suave, pressão, vibração,
propriocepção (capacidade de reconhecer a posição espacial do corpo) e calor.

Os nervos sensíveis têm receptores especializados, que são funcionalmente divididos em


mecanorreceptores, termorreceptores e
nociceptores. Os mecanorreceptores são
estruturas especializadas em perceber sensações envolvendo movimento, tato e pressão; já os
termos e nociceptores, são capazes de perceber as alterações de temperatura
e dor,
respectivamente. Morfologicamente, esses receptores podem formar estruturas especializadas,
como:

Corpúsculos De Corpúsculos De Corpúsculos De Corpúsculos De


Vater-Pacini Meissner Krause Ruffini

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal


CORPÚSCULOS DE VATER-PACINI

Localizados nas mãos e nos pés para estímulos vibratórios e de pressão.

CORPÚSCULOS DE MEISSNER

Localizados nos dedos para reconhecimento do tato.

CORPÚSCULOS DE KRAUSE

Reconhecimento de baixa temperatura e sensação de frio.

CORPÚSCULOS DE RUFFINI

Responsáveis pela sensibilidade ao calor.

Eles também podem não ter características estruturais específicas, que são terminações
nervosas livres que causam sensibilidade à dor, coceira e um pouco de calor.

A partir disso, podemos concluir a importância da dinâmica elétrica das células e


principalmente dos nossos tecidos, afinal, quando se trabalha com eletroestimulação, é
necessário compreender o quanto a sua técnica pode interferir
na fisiologia elétrica do
paciente.

VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3

 Analisar hipertermoterapia estética e


suas principais técnicas

HIPERTERMOTERAPIA ESTÉTICA
A terapia por calor refere-se à aplicação terapêutica de qualquer substância no corpo
humano, que fará com que a temperatura do tecido humano aumente ou diminua, estimulando
a regulação da temperatura do corpo
humano. Como os fisioterapeutas são profissionais, eles
utilizam recursos físicos e naturais para avaliar e tratar os pacientes. O
organismo humano
tem temperatura constante, ou seja, pode manter sua temperatura dentro de certos limites
fisiológicos. Para manter a temperatura dentro desses limites, ela pode ser ajustada por meio
dos
mecanismos de aquecimento e resfriamento ativados pelo cérebro. Esses mecanismos
acelerarão o metabolismo
basal quando ativados, acelerando assim a queima de calorias, o
que leva à perda de peso e à redução de gordura.

A hipertermoterapia refere-se à terapia de calor. O uso de qualquer substância fará com que
a temperatura do tecido aumente, estimulando assim a regulação da temperatura do corpo.
Quando a temperatura aumenta
excessivamente, o sistema termostático usa três mecanismos
importantes para reduzir o calor do corpo humano:

Estimula o processo de vasodilatação, aumentando a transferência de calor para a pele.


Aumenta a transpiração e a evaporação da água cutânea.


Possibilita um maior número de trocas metabólicas favorecendo a absorção de cosméticos e
cosmecêuticos.
METABOLISMO BASAL

A Taxa Metabólica Basal (TMB) é o mínimo de energia necessária para manter as funções do
organismo em repouso, como os batimentos cardíacos, a pressão arterial, a respiração e a
manutenção da temperatura corporal.

O calor causa estimulação geral do metabolismo celular, aumentando a síntese de proteínas


e a atividade enzimática causada por mudanças na permeabilidade da membrana celular. A
terapia de hipertermia é adequada
para:

Perda de peso;

Celulite;

Modelagem corporal;

Tratamentos corporais que requerem aquecimento local (como redução da dor de


doenças musculares crônicas).

O profissional esteticista também pode usar essa técnica para combater a celulite, a gordura
localizada e a flacidez. Existem duas versões de hipertermia:
hipertermia por
calor e
crioterapia por temperatura mais baixa. No primeiro tipo, a fonte de calor pode trocar energia
por contato, como matéria comprimida, bolsa d'água e pedras quentes.

 VOCÊ
SABIA

Desde 5000 A.C., os médicos egípcios usam terapia térmica para tratar tumores. Os gregos
perceberam o valor das calorias em certos tratamentos médicos. Logo, o termo hipertermia
vem das palavras gregas
hyper (aumentada) e therme (calor). Por muitos anos, os cientistas
afirmaram que as células cancerosas são mais sensíveis ao calor do que as células normais e
morrerão em altas temperaturas.

O efeito do calor tem despertado a atenção das pessoas para a remissão da doença após uma
febre alta, o que prova porque o motivo da regressão dos tumores espontâneos costuma ser
febre alta em torno de 40℃. Nos séculos XIX
e XX, relatos semelhantes chamaram a atenção
das pessoas para a terapia térmica. O vapor quente também é usado. E um exemplo disso é a
sauna, que pode aumentar a temperatura corporal, causar suor e, assim, eliminar toxinas.

 ATENÇÃO

Em alguns casos, a hipertermoterapia pode ser contraindicada ou os profissionais médicos


podem precisar avaliar sua relação custo-benefício com base nas características do paciente e
na finalidade do tratamento para
evitar complicações e efeitos colaterais desnecessários.
Atenção especial deve ser dada àqueles com hipertensão e histórico de trombose, pois as
calorias aumentam a atividade sanguínea. Por outro lado, as seguintes
pessoas devem evitar a
radiofrequência: as que têm certas doenças de pele na área a ser tratada e as que usam
marca-passo/desfibrilador ou qualquer implante eletrônico.

VAPOR DE OZÔNIO

A especialista Priscila Souza fala sobre o vapor de ozônio e seus benefícios.


O vapor de ozônio é um dispositivo que libera vapor de água e pode ser combinado ou não
com o ozônio. Além disso, pode ser usado para aromaterapia. O objetivo do vapor de ozônio é
promover nutrição e hidratação,
além de limpar a pele.

ETAPA 01
ETAPA 02
ETAPA 03
Existe um tanque com água, que vai ferver, fazendo com que o vapor escape do equipamento.

O ozônio pode ser combinado, e então a aromaterapia pode ser realizada. Quando a corrente
elétrica gera uma faísca desencadeada pela fervura da água, ela libera o ozônio presente no
aparelho.

Em outras palavras, o ozônio só pode ser usado em combinação com o vapor, e o vapor não
precisa ser usado junto com o ozônio.

 RECOMENDAÇÃO

Um uso muito comum do vapor de ozônio é limpar a pele para obter efeitos emolientes e ajudar
a extrair ou promover a penetração de ativos. Além disso, devido à transpiração, o vapor libera
toxinas que se acumulam no
tecido cutâneo. O vapor de ozônio também tem efeitos
bactericidas e fungicidas e é amplamente utilizado em peles com tendência a acne. Ao produzir
um efeito vasodilatador, o vapor também pode ser usado para doenças
capilares, como queda
de cabelo.
 Uso do vapor de ozônio para revitalização facial.

O ozônio é uma molécula formada por três átomos de oxigênio (O3). Quando se promove o
aumento da temperatura, o oxigênio da molécula de água (H2O) é desprendido; quando três
moléculas se juntam, formam o ozônio. O ozônio tem
efeito anti-inflamatório, antisséptico,
bactericida, fungicida e funciona também contra vírus envelopados.

Ele gera um efeito hipertérmico, fazendo com que haja aumento do fluxo
sanguíneo por
consequência da vasodilatação causada pelo aumento da temperatura. Sendo assim, há
uma melhora no aporte de oxigênio e nutrientes no tecido e há melhora no trofismo. Pode ser
utilizado também para acelerar
o processo de cicatrização de feridas, ampliando os efeitos da
reparação tecidual. O ozônio tem propriedades antioxidantes que influenciam eventos
bioquímicos no metabolismo celular, combatendo até mesmo o fotoenvelhecimento.

OZONIOTERAPIA
A ozonioterapia é um método de tratamento que utiliza uma mistura de dois gases: oxigênio
(95%) e ozônio (5%). A mistura é composta por um gerador de ozônio
medicinal, capaz de
gerar uma descarga de cerca de 15 mil volts e aplicá-la ao oxigênio medicinal puro,
dissociando-se
e causando o ozônio
medicinal.
O processo parece complicado, mas é muito simples. O dispositivo pode fazer todas as
operações para você. É possível usar o ozônio com o apertar de um botão. Embora seja
tratada há mais de um século e seja muito eficaz, a técnica
ainda é pouco conhecida e utilizada
pelos profissionais de beleza.

A primeira coisa que você, aluno, precisará saber é como esse tratamento afetará o corpo do
paciente e como ele pode se beneficiar do processo.

O ozônio é uma biomolécula, ou seja, o tratamento não traz riscos ao paciente. A alergia ao
ozônio não pode acontecer. O gás também é considerado um poderoso oxidante, sendo essa
propriedade responsável pela esterilização de
bactérias, vírus e fungos.

Mecanismos de ação do ozônio:

Modula o sistema imunológico, melhorando sua atividade.

Auxilia no processo de drenagem linfática.

Apresenta efeito lipolítico, quebrando gorduras.

Aumenta a proliferação de fatores de crescimento, influentes na regeneração tecidual.

Tem efeito bactericida, fungicida e virucida.

Aumenta o processo de síntese de enzimas antioxidantes intracelulares.

Produz efeito vasodilatador, contribuindo para a oxigenação dos tecidos (vasodilatação).

O equipamento necessário para a realização desse exercício dependerá do tipo de aplicação


que o profissional escolher realizar, mas os mais necessários são: geradores de ozônio
medicinal, seringas, agulhas, materiais estéreis,
bolsas e coberturas quentes e banhos de
ozônio.

Todos os protocolos demandam equipamentos não muito difíceis de encontrar, inclusive o


gerador de ozônio, de custo baixíssimo e que não requerem manutenção frequente. Baixo
investimento, facilidade de uso, resultados impressionantes
e recursos totalmente indolores
fazem da ozonoterapia uma poderosa aliada nos tratamentos de beleza.
MÁSCARA TÉRMICA
A máscara térmica é uma excelente técnica estética que promove o aquecimento facial eficaz
necessário para a expansão dos poros, a penetração de cosméticos e o amolecimento de
cravos e espinhas, assim como
ajuda a remover cravos e espinhas durante a limpeza da pele.
Esse aquecimento também pode promover uma melhor oxigenação da pele facial, alcançar
uma hidratação profunda e combater o cansaço e o envelhecimento da pele.
Há algumas
marcas no mercado, então é possível escolher aquela que melhor se adapta à sua prática
diária e aos objetivos que deseja alcançar. Algumas têm infravermelho e promovem aumento
da circulação sanguínea e abertura
dos poros, o que proporciona melhor perfusão dos
cosméticos e, assim, potencializa os resultados. Dessa forma, teremos ação do calor
combinada com os ativos cosméticos.

 DICA

Há pacientes que apresentam desconforto com o uso da máscara, com sensação de


sufocamento. NÃO coloque a máscara diretamente na pele do cliente, é importante ter
proteção nos olhos e demais regiões da face.

ETAPA 01
ETAPA 02
ETAPA 03
A máscara apresenta temperatura baixa, média e alta. Inicie com a baixa e aumente
gradativamente, sempre perguntando: “Está tudo bem?”

NUNCA deixe o cliente na máscara e vá fazer outras coisas, pois pode queimar a pele. É
importante ter muita atenção.

De um cliente para outro, é necessário higienizar a máscara térmica devidamente, esperar


secar e guardar SEM dobrar.

Há no mercado uma máscara para face que pode ser usada juntamente com a máscara
térmica e com o emoliente, assim como gaze ou algodão. Não se esqueça de SEMPRE
proteger os olhos da cliente.
 RECOMENDAÇÃO
DE PROTOCOLOS E PRÁTICAS

Sugestão de protocolo clínico:

Retirar a sujidade de pele, como impurezas, maquiagem (pode utilizar lenço umedecido
sem álcool e cheiro).

Higienizar a pele com sabonete apropriado, de acordo com a pele.

Aplicar esfoliante em movimentos circulares, esperar a pele absorver e retirar toda a


microesfera não absorvida pela pele.

Aplicar termorregulador na pele, pode ser com algodão ou com a mão tipo concha
protegida com luva, é claro.

Aplicar uma camada de creme emoliente (capaz de amolecer os cravos).

Posicionar e ligar a máscara térmica ajustando no rosto e respeitando o tempo máximo


de 20 minutos (observe sempre a tolerância da paciente).

Após esse tempo, devemos realizar a retirada da máscara e do algodão ou gaze e


promover uma higienização para retirar o creme em excesso.

Depois, podemos seguir ou para o protocolo de extração dos cravos (caso esteja
realizando uma limpeza de pele) ou podemos utilizar recursos hidratantes, já que agora a
penetração dos ativos será mais fácil e potencializará
os resultados;

Após extração dos cravos, pode-se utilizar a alta frequência.

Se caso for uma hidratação facial, não realize a retirada de cravos, pule essa etapa. Há
clientes que nos procuram para realizar sessão de hidratação ou nutrição facial, podendo
utilizar uma máscara nutritiva, hidratante
ou com ativos específicos. Ao final, sempre
aplicar fotoproteção.

O aquecimento faz com que os poros se dilatem e isso resulte numa maior facilidade de
penetração de ativos para a hidratação da pele ou quaisquer outros tratamentos e protocolos
que estejam sendo utilizados no paciente.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estética é ciência. Sempre precisamos estudar os conteúdos científicos para levar atualização
e técnicas eficazes para nossos pacientes.

No decorrer dos temas e dos módulos, nós estudamos como funciona a técnica de
eletroterapia desde o seu histórico, passando por seus efeitos fisiológicos, as formas pelas
quais a eletricidade influencia tanto de forma positiva
quanto negativa o nosso corpo, as
técnicas que podemos utilizar e, principalmente, o efeito benéfico dessas técnicas em nossos
clientes.

Também abordamos como promover a adaptação nas clínicas e centros de estética para o uso
das técnicas de eletroterapia. No último módulo, vimos a importância das técnicas que utilizam
o calor de forma manipulável para obter
resultados incríveis em muitos tipos de protocolos
estéticos, sempre associando com a fisiologia para aprendermos a respeitar os limites dos
corpos de nossos pacientes.
 PODCAST
Agora, a especialista Priscila Souza encerra o tema fazendo um rápido resumo e respondendo
algumas questões como: A eletroterapia é uma técnica segura? Como financeiramente um
profissional pode começar a atuar com eletroterapia?
Máscara térmica e Vapor de ozônio no
mercado da estética, como funcionam? Qual o diferencial do profissional que domina a
eletrofisiologia no uso das técnicas estéticas que envolvem a eletricidade? Quais são os riscos
do
uso de técnicas de hipertermoterapia?

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
BRITO, Rafael et al. Associação de protocolos em eletroterapia na
redução de tecido
adiposo subcutâneo. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, n. 4, p. 3634-3650, 2019.
Consultado na internet em: 28 abril 2021.

COSTA, Raíssa Biff; GARCEZ, Valéria Ferreira; LIMANA, Mirieli Denardi.


Terapia
combinada
(ultrassom e eletroterapia) na redução da adiposidade
abdominal: relato de casos.
ConScientiae Saúde, v. 15, n. 4, p. 665-670, 2016. Consultado na internet em: 28 abril 2021.

DE SOUZA, Vanessa. Eletroterapia no tratamento de estrias. Consultado na internet em: 28


abril 2021.

GUYTON, Arthur Clifton. Tratado de fisiologia médica. São Paulo: Elsevier Brasil, 2006.

LEONHARDT, Letícia et al. Acne e seus tratamentos.


In: XIV Fórum de ensino, pesquisa e
extensão (Carazinho), 2016. Consultado na internet em: 28 abril 2021.

LOW, J. Reed A. Eletroterapia explicada: princípios e prática. 3. ed. Barueri: Manole, 2001.

MAIA, Maria Eduarda Nogueira da Cruz. Análise da qualidade da água na


eficácia do
vapor
de ozônio na estética facial. Unicesumar, 2017. Consultado na internet em: 28 abril 2021.

RODRIGUES, Bruna. Estudo comparativo do tratamento de hiperpigmentação axilar


utilizando ativos cosméticos e eletroterapia. Unisc, 2016. Consultado na internet em: 28
abril 2021.

EXPLORE+
Para ampliar seus estudos, leia o artigo História da eletroterapia, de CAPPA CARDOSO, C.;
SARAIVA DOS SANTOS, L.; SCHMIDT, P. e FOLMER, V.

Veja como Rafael Sacramento e colaboradores utilizam a eletroterapia no artigo


Associação
de
protocolos em eletroterapia na redução de tecido adiposo subcutâneo, de BRITO, Rafael
Sacramento et al.

Podemos também exemplificar como os conceitos da eletricidade são abordados nas


tecnologias estéticas biomédicas no artigo O ensino de física médica em uma
abordagem à
Biomedicina estética, de CHAVES, G. F.

CONTEUDISTA
Max Willian Lisboa Gomes

 CURRÍCULO LATTES

Você também pode gostar