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I=Q/t
Q= 0,24 x R x I² x t
onde:
R = Resistência em ohms;
I² = Corrente elétrica ao quadrado, em ampères;
t = Tempo em segundos.
A eletricidade está presente nas nossas vidas, em nosso cotidiano, em praticamente tudo o que fazemos como, por
exemplo, quando tomamos banho, ao acendermos uma lâmpada, quando utilizamos a televisão, etc.. O estudo dessa
parte da física se faz necessário, pois ajuda a compreender os inúmeros fenômenos que estão ligados ao nosso dia-a-
dia. A todo o momento o ser humano se relaciona com fatos da natureza e o seu modo de viver depende da
eletricidade e dos aparelhos elétricos modernos.
Thales de Mileto, filósofo e matemático grego, ficou conhecido por suas teorias na área da cosmologia, além de ser, de
acordo com a história, o homem que fez as primeiras descobertas relacionadas aos fenômenos elétricos. Tales
observou que após atritar pele de animal com o âmbar, uma resina vegetal, ela adquiria propriedades de atrair corpos
pequenos e leves como, por exemplo, sementes de grama e pedaços de palha. Muitos anos mais tarde, cerca de 2000
anos, começaram a ser feitas observações mais cuidadosas a respeito dos fenômenos elétricos, dentre todas se
destacam as que o médico inglês W. Gilbert fez. Gilbert observou o comportamento de vários corpos quando atritados
e concluiu que eles se comportavam como o âmbar, ou seja, tinham a capacidade de atrair outros corpos.
A eletricidade é o resultado da existência de carga elétrica nos átomos que constituem a matéria. Como se sabe, um
átomo é composto por prótons (cargas positivas), elétrons (cargas negativas) e nêutrons, que não possuem carga. Os
prótons e os nêutrons ficam no interior do núcleo do átomo, os elétrons ficam na eletrosfera - ao redor do núcleo.
Energia Eólica
Energia Geotérmica
Energia Potencial
Energia Solar
Energia termoeléctrica
Desses todos, é importante observar que em nenhum deles ocorreu criação de energia,
mas sim a sua transformação. Um caso clássico que pode ser citado é o de uma usina
hidrelétrica, onde ocorre a transformação da energia mecânica em energia elétrica.
Aqui vamos explicar as formas de energia que são estudadas na mecânica, como o
trabalho e as energias cinética, potencial e mecânica.
Trabalho
Para se colocar algum objeto em movimento, é necessária a aplicação de uma força e,
simultaneamente, uma transformação de energia. Quando há a aplicação de uma força e
um deslocamento do ponto de aplicação dessa força, pode-se dizer que houve uma
realização de trabalho.
Considere um objeto que está submetido a uma força e, devido a essa força, esse
objeto sofre um deslocamento , como se vê abaixo:
Uma força que merece uma atenção especial, ao realizar trabalho, é a força da
gravidade. Considere um corpo que é abandonado de certa altura. Durante o movimento
de queda temos um deslocamento para baixo e uma força, a gravidade, que também é
direcionada para baixo. Sabemos que, se há uma força e um deslocamento do ponto de
aplicação, haverá a realização de trabalho. Nesse caso o trabalho será determinado pelo
produto da força da gravidade pela altura de queda do objeto:
A força da gravidade também é conhecida como força peso que é constante quando se
está próximo da superfície da Terra e é calculada com o produto da massa do objeto
pela a aceleração da gravidade local.
Em uma descida, o trabalho da força da gravidade é positivo, pois ela está contribuindo
com o movimento, mas, em uma subida, o trabalho da força da gravidade será negativo,
pois agora ela é de oposição ao movimento.
Energia Cinética
Considere um corpo inicialmente em repouso, como por exemplo, uma bicicleta. Para
colocá-la em movimento será necessária a aplicação de uma força e, com isso, a
realização de trabalho. Se essa força for paralela ao deslocamento, o trabalho será
determinado pelo produto da força pelo deslocamento.
Considerando que a força aplicada foi constante e que a bicicleta partiu do repouso,
então a ela realizará um movimento uniformemente variado e o seu deslocamento e a
sua velocidade serão determinadas da seguinte forma:
Lembre que v = a.t e então chegaremos à equação que determina o trabalho realizado
pela força aplicada a essa bicicleta, para que ela atinja a velocidade v.
A expressão acima é definida como energia cinética, e expressa a capacidade de um
corpo em movimento para realizar trabalho.
Observe que quanto maior for a altura inicial da pedra, tanto maior será o trabalho
realizado pela força da gravidade, pois maior será o deslocamento realizado por ela. É
importante perceber que a pedra entra em movimento espontâneo, ou seja, você não
precisa forçar o movimento. Se isso ocorre, é porque na pedra existe uma energia
armazenada que será utilizada na realização de trabalho. Essa energia é definida como
energia potencial e, no caso descrito, isto é, em que a força da gravidade realiza
trabalho, essa energia é definida como energia potencial gravitacional.
Observe também, que durante a queda, a energia potencial do corpo diminui, pois se
tomarmos como nível de referência o solo, a altura do corpo em relação ao mesmo, está
diminuindo. Nesse caso, o trabalho realizado pela força peso pode ser determinado pelo
decréscimo da energia potencial, isto é:
As duas equações mencionadas aqui são usadas para o mesmo fim, que é a
determinação do trabalho da força peso, e por isso elas são iguais. Igualando a primeira
equação com a segunda, teremos:
A soma da energia cinética com a energia potencial é definida como energia mecânica,
e a expressão anterior mostra a sua conservação durante qualquer movimento sob ação
exclusiva de forças conservativas, como por exemplo, na mecânica, a força peso e a
força elástica. Sistemas físicos que se encontram sob essa situação são definidos como
sistemas conservativos.
Energia mecânica
Sistema conservativo
A construção do cano interno da arma também tem de ser bem projetada. Grandes
desenvolvimentos da balística interior foram realizados por Benjamin Robins, um
engenheiro que realizou diversos experimentos nesta área no século XVIII. A balística
exterior trata de estudar o que ocorre a partir do instante em que o projétil abandona a
arma e o instante em que este atinge o alvo. Neste estudo entra a aerodinâmica,
preocupada em estudar qual é a relação entre o movimento do projétil e o ar que o
envolve. Calibre, formato, massa, velocidade inicial e rotação são fatores determinantes
para a construção de um projétil com grande poder de destruição. Da simples análise
física do assunto utilizando energia, podemos deduzir que a massa e a velocidade são
muito importantes no desenvolvimento de uma arma e de um projétil, já que a energia
cinética de um corpo é igual a Ec=½ mv2, e como a energia que será transmitida ao alvo
será igual à energia cinética, a maximização desta permitirá um melhor resultado. Um
dos motivos de controvérsia do passado estava relacionado com a trajetória dos
projéteis.
Antes de Galileu, acreditava-se que a trajetória descrita por um projétil era retilínea,
porém Galileu e Newton demonstraram que a trajetória de qualquer corpo sob ação da
gravidade era parabólica. Os métodos utilizados para a medição da velocidade dos
projéteis eram variados, e podiam ser feitos através da medição do momento deles ou
então da distância percorrida entre dois pontos em um intervalo de tempo. O primeiro
método era feito utilizando-se para isto um pêndulo balístico, que consistia em um
anteparo pendurado em um teto. O projétil acertava então este anteparo e o deslocava. O
ângulo de deslocamento era medido e sabia-se então qual era o momento transferido
pelo projétil para o corpo, e através da fórmula para o momento, Q=mv, achamos
facilmente o valor da velocidade. A balística terminal se encarrega de estudar o que
ocorre no momento do impacto do projétil com o alvo. 0 estudo de balística terminal
envolve muitas formas empíricas, porém estudos teóricos são realizados também para
maximizar a penetração, permitir ou não a fragmentação do projétil ao atingir o alvo, a
utilização ou não de apetrechos explosivos nos extremos do projétil, aumentando desta
forma sua capacidade de destruição, etc.
Nos últimos anos, o estudo da balística têm obtidos grandes êxitos, já que o
desenvolvimento de fotografias de alta- velocidade e do estroboscópio têm permitido o
estudo aprofundado da movimentação de projéteis desde o momento em que são
disparados até o instante em que atingem o alvo. Estes estudos são feitos através da
inclusão destes dados em supercomputadores que permitem a otimização de armas e
projéteis.
Lançamento de Projétil
Uma partícula é lançada com velocidade inicial v0, segundo um ângulo em relação ao
eixo horizontal (lançamento oblíquo), estando sob a ação da aceleração da gravidade,
agindo verticalmente para baixo, impondo uma trajetória parabólica, resultante da
composição de dois movimentos.
(3.14)
(3.16)
deslocamento (3.17)
velocidade (3.18)
Torricelli (3.19)
Nossos resultados serão obtidos para uma referência positiva sendo considerada para
cima e origem no ponto de lançamento. Os resultados são:
(3.20)
(3.21)
3.[2.] Alcance máximo R = xmax. O alcance é máximo quando o tempo t é igual ao
tempo de queda tq. Sendo o tempo de queda o dobro do tempo de subida, pois y
= 0 e usando-se a equação de movimento (3.17)
(3.22)
(3.23)
MASSA E PESO
Descubra a diferença entre esses
conceitos
Luís Fábio Simões Pucci*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Massa
A massa é uma grandeza física fundamental. Segundo a mecânica newtoniana, ela dá a medida da inércia ou
da resistência de um corpo em ter seu movimento acelerado. Ela também é a origem da força gravitacional,
atuante sobre os corpos no Universo.
Mais recentemente, dentro da física moderna, a massa aparece relacionada com a energia, relação formulada
por Einstein através da equação E = mc2.
A massa inercial de um corpo é definida pela Segunda Lei de Newton como uma constante de
proporcionalidade entre a força (F) aplicada e a aceleração (a) causada:
Considerando que a força e a aceleração são grandezas vetoriais, isso implica em dizer que a massa é uma
grandeza escalar. Então, a massa inercial indica a tendência de aceleração de um corpo para uma dada força.
Chamamos de massa gravitacional a intensidade da força de atração gravitacional gerada por um corpo
dotado de massa. Nesse momento, é bom introduzirmos a relação que pode ser deduzida de leis da Mecânica,
notando que a força peso que conhecemos depende da massa do corpo, mas não é equivalente a ela
conceitualmente.
Peso
O peso é a força gravitacional sofrida por um corpo na vizinhança de um planeta ou de outro corpo celeste de
massa significativa. Enquanto força, o peso é uma grandeza vetorial. Portanto, apresenta intensidade, direção e
sentido.
Para corpos próximos da Terra, por exemplo, a direção é a linha que passa pelo objeto e pelo centro da Terra.
O sentido é aquele que aponta para o centro da Terra.
Matematicamente, ele pode ser descrito como o produto entre massa e a aceleração da gravidade local:
Unidades
A força (o peso) é medida comumente em quilograma-força (kgf), em newton (N) ou em dina (dyn). Já a
massa é medida em quilograma (kg), grama (g), tonelada (t), etc.
Se considerarmos que o valor de g na superfície da Terra é de aproximadamente 10 m/s2, teremos então que
um corpo com a massa de 1 kg pesa 10 N ou 1 kgf; um corpo com a massa de 2 kg pesa 20 N ou 2 kgf; e
assim por diante.
Nas balanças de farmácia, o peso é indicado por um ponteiro que é acionado por molas na plataforma. Quanto
maior a massa da pessoa, maior a força peso que ela exerce sobre a plataforma, deformando mais as molas
que a sustentam. Essa indicação de deformação é passada para o visor por meio de um ponteiro ou de uma
indicação eletro-digital.
No cotidiano, os conceitos de massa e peso se confundem. É comum as pessoas dizerem, por exemplo, "peso
62 quilos", quando o certo seria dizer "peso 62 quilogramas força", ou "peso 620 newtons" (620 N).
Peso lunar
A Lua também tem aceleração gravitacional, mas como possui massa e tamanhos bem menores do que os da
Terra, sua gravidade na superfície é de cerca de um sexto da encontrada em nosso planeta.
Com esse valor, o peso de um astronauta de massa 70 kg, por exemplo, seria de apenas 112 newtons quando
ele estivesse na Lua (o valor de g na superfície lunar é de 1,6 m/s2). Na Terra, o mesmo astronauta tem quase
700 newtons de peso.
Esse fato torna os movimentos de um homem na Lua bem mais fáceis do que seriam aqui. Entretanto, a massa
do astronauta permanece inalterada. Você pode calcular seu peso em outros planetas no Museu Interativo de
Astronomia.
Quando o móvel percorre o arco AB, ele sofre um deslocamento . Sua velocidade linear, por ser
constante, é determinada com a equação da velocidade média:
Agora se você observar atentamente esse movimento, será possível perceber que, quando o móvel percorre o
arco AB, além de sofrer o deslocamento , ele também varre um ângulo . Observe a figura:
Quando um móvel executa um movimento curvilíneo ou circular também deve se considerar uma segunda
velocidade que não aparece nos movimentos retilíneos. Essa velocidade é a velocidade angular e ela está ligada
ao movimento de rotação. O cálculo da velocidade angular é muito parecido ao da velocidade linear, mas, nesse
A velocidade linear e a velocidade angular se relacionam por uma das expressões mais importantes do
movimento circular:
O movimento periódico
Quando se executa um movimento em círculos e com velocidade constante, é fácil perceber que sempre se
completará uma volta no mesmo intervalo de tempo. Por isso esse movimento é classificado como movimento
periódico.
O movimento periódico em si pode ser definido por duas grandezas que são o período e a freqüência. O período
é o tempo que o móvel leva para completar uma volta e a freqüência é o número de voltas completadas em um
determinado intervalo de tempo.
Freqüência e período se relacionam facilmente. Se o móvel executar uma volta, teremos que n = 1 e o intervalo
de tempo para isso será o período, que aqui será simbolizado pela letra T. Então teremos que a freqüência é o
inverso do período.
Aceleração centrípeta
Você pode estar achando estranho falarmos sobre a aceleração em uma aula de movimento uniforme. Afinal,
nesse movimento a velocidade é constante e a aceleração é uma grandeza ligada à variação de velocidade.
Para entender onde a aceleração se encaixa aqui, primeiro precisamos ampliar a nossa visão sobre o que é a
variação de velocidade. Estamos acostumados a entendê-la como sendo uma variação na sua intensidade, mas
não é só isso. A velocidade pode variar na sua direção e sentido e, para isso, também é necessária uma
aceleração.
Quando falamos de movimento circular, é importante perceber que a direção da velocidade está mudando
durante a realização da curva, como pode ser ilustrado na figura a seguir, que representa um movimento de
um objeto de um ponto A para um ponto B, realizando um quarto de volta.
Observe que no inicio da curva (ponto A) a velocidade é horizontal e para a direita e depois de um quarto de
volta, ponto B, a velocidade é vertical e para baixo. Apesar de a velocidade ser constante, deve existir uma
aceleração para variar a direção da velocidade. Essa aceleração é chamada de aceleração centrípeta (acp) e,
como diz o nome, ela sempre está direcionada para o centro da curva.
Observe que a aceleração centrípeta faz noventa graus com a velocidade. É por isso que ela provoca a variação
na direção do vetor velocidade. A intensidade da aceleração centrípeta e dada pela expressão a seguir:
Transmissão de movimento circular
Para entendermos o conceito de transmissão de movimento circular, vamos usar como exemplo um meio de
transporte muito conhecido. Quando se pedala uma bicicleta, executa-se um movimento circular em uma roda
dentada (coroa) através dos pedais. Esse movimento é transmitindo através de uma corrente para outra roda
dentada de menor raio, a catraca, que está ligada à roda traseira da bicicleta. É fácil observar que a bicicleta se
move com uma velocidade maior que aquela com que se está pedalando, e isso ocorre devido à diferença dos
raios entre a coroa e a catraca.
Na transmissão de movimento circular apresentada, a velocidade linear é a mesma para a coroa e a catraca e
por isso vale a seguinte relação entre raios e freqüência de rotação.
Para entender como funciona o mecanismo da equação acima, vamos considerar uma bicicleta que tem uma
coroa com um raio uma vez e meia maior que o raio da catraca. Se aplicarmos esses dados na equação acima,
veremos que a freqüência da catraca será uma vez e meia maior que a da coroa. Tal procedimento é detalhado
no quadro seguinte.
O resultado acima mostra que, quando se dá uma volta com a coroa, a catraca fará uma volta e meia. É por
isso bicicleta tem se desloca a uma velocidade maior que a velocidade com que se está pedalando.
POLIAS E ENGRENAGENS
Movimento e freqüência
Luis Fábio S. Pucci*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Objetos móveis que executam movimento circular possuem uma propriedade denominada freqüência. A
freqüência indica o número de vezes que o fenômeno se repete na unidade de tempo. Então, medidas usuais de
freqüência podem ser: voltas por segundo, rotações por minuto (rpm), etc.
No Sistema Internacional, a unidade é chamada de Hertz (Hz). Por exemplo, um motor elétrico que gira a
3.000 rpm teria a seguinte freqüência:
Veja alguns dos inúmeros casos em que temos movimentos circulares envolvidos: motores de automóveis,
brinquedos de parques de diversão, limpadores de pára-brisas automotivos, discos, engrenagens, câmbios de
bicicletas e de outros veículos, polias e correntes transmissoras de movimentos, esteiras mecanizadas, etc.
Polias
As polias utilizam correias ou correntes para transmitir movimento de um eixo para outro. Vamos analisar o
caso em que duas polias de aros diferentes são ligadas por uma correia de borracha dita inelástica,
desprezando o escorregamento que ocasionalmente ocorre entre os corpos das polias e a correia. As polias são
de raios Ra e Rb:
Se não ocorre escorregamento e a polia é inelástica, então todos os pontos da correia e da periferia das polias
têm a mesma velocidade escalar.
Então: Va = Vb
Como: V = .R
a . Ra = b . Rb
Também é possível deixar a relação expressa em função do valor da freqüência (já que =2 . f):
2 . fa . Ra = 2 . fb . Rb
fa . Ra = fb . Rb
Exemplo: Se trabalhamos com polias de raios de 25 cm e 5 cm respectivamente, quantas rotações por minuto
conseguiríamos obter na polia B, se a polia maior (A) girar a 1000 rpm?
Resolução:
fa . Ra = fb . Rb
1000 . 25 = fb . 5
fb = 5000 rpm
Observe que é possível projetar sistemas que reduzam ou ampliem o número de rotações utilizando as polias
(ou as engrenagens). É isso que acontece em inúmeras aplicações tecnológicas.
Engrenagens
As engrenagens também têm ampla aplicação na indústria mecânica. Basicamente, elas são discos dentados
que podem ser feitos de diversos metais ou ligas resistentes (para serviços mais pesados, como máquinas,
câmbios e motores) ou de plástico (para usos mais leves, como em relógios de parede, por exemplo).
Correia dentada de um motor
de automóvel.
Para um acoplamento formado por uma engrenagem de raio r e n dentes e outra engrenagem de raio R com N
dentes, vale a seguinte relação: r.n = R.N
As engrenagens possuem algumas vantagens sobre outros sistemas, quando se utiliza o funcionamento por
meio do contato direto dos dentes:
Evitam o deslizamento entre as engrenagens, fazendo com que os eixos ligados a elas estejam sempre
sincronizados um com o outro.
Tornam possível determinar relações de marchas exatas. Assim, se uma engrenagem tem 60 dentes e a
outra tem 20, a relação de marcha quando elas estão engrenadas é de 3:1.
São feitas de tal maneira que possam trabalhar mesmo que haja imperfeições no diâmetro e na
circunferência reais das duas engrenagens, pois a relação de marcha é controlada pelo número de dentes.
As bicicletas com câmbio funcionam com um conjunto de discos dentados, acionados por corrente de aço.
Conforme mudamos a combinação entre eles, conseguimos mais força ou maior velocidade.
Einstein e a equivalência entre matéria e
energia
Carlos Roberto de Lana*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Essa é a mais célebre equação científica do século 20 e foi desenvolvida por Albert Einstein. Ela estabelece a
equivalência quantitativa da transformação de matéria em energia ou vice-versa.
Nela, E = energia, m = massa e c2 = velocidade da luz elevada ao quadrado. Sendo a velocidade da luz
300.000 Km/s ou, nas unidades do Sistema Internacional de Unidades, 300.000.000 m/s, a energia teoricamente
obtenível da transformação completa de um único quilograma de massa é de astronômicos 9 x 10 16Joules
[1kg . (300.000.000 m/s)2].
Para se ter idéia do significado desse número, segundo a equação de Einstein, a transformação completa de
dez quilogramas de massa produziria uma quantidade de energia suficiente para evaporar toda a água da Baía
de Guanabara.
Na verdade, a parte relativista da equação se concentra no elemento "c", a velocidade da luz que, segundo a
teoria da relatividade, é a única constante do universo. Ou seja, tempo, espaço, matéria e energia são
relativos, mas a velocidade da luz no vácuo é sempre a mesma, independentemente do referencial adotado
para medi-la.
Entender o porquê de uma quantidade de matéria se converter em outra quantidade equivalente de energia em
uma proporção direta da velocidade da luz, implica observar o aspecto de constante relativística dessa
grandeza.
Fórmulas
1a. A equação da segunda lei de Newton, princípio fundamental da dinâmica:
F = m.a
E = F.d
No Sistema Internacional de Unidades, isso significa que, quando deslocamos uma massa de peso 1 Newton
pela distância de 1 metro, produzimos 1 Joule de trabalho, para o que precisamos consumir 1 Joule de energia.
Como peso é a força resultante da aceleração da gravidade, basta recorrermos à equação de Newton citada e à
aritmética básica para calcularmos qual massa corresponde à força-peso de 1 Newton, para aceleração da
gravidade g = 9,8m/s2.
Assim, quando deslocamos uma massa de 0,102 kg pela distância de 1 metro, produzimos 1 Joule de trabalho
e consumimos 1 Joule de energia, desconsideradas as perdas e outras interações.
Exemplificada essa correlação conhecida entre massa e energia, podemos voltar à equação de Einstein, E =
mc2.
1. E = F.d
2. F = m.a
3. E = m.a.d
E = m.a.d E = m. v/t. d
d/t é distância dividida pelo tempo, o que é o mesmo que velocidade (v).
Claro que há distinções a fazer, uma vez que a equação de Einstein versa sobre a transformação de matéria em
energia ou vice-versa, enquanto as equações que decompomos e analisamos tratam do trabalho produzido ou
da energia necessária para deslocar uma quantidade de massa, o que em termos conceituais é bem diferente.
Mas entender as semelhanças e diferenças entre as equações da física básica e da física avançada é um bom
exercício para melhor compreender a ambas.
CINEMÁTICA -A
Referencial
Em uma viagem de carro você observa o velocímetro e ele indica 100 km/h. Ao mesmo tempo o seu veículo
está ultrapassando um caminhão cujo velocímetro indica 80 km/h. Será que o caminhoneiro irá observar o seu
carro também a 100 km/h?
A resposta dessa pergunta vem do conceito de referencial, que pode ser considerado como um marco ou ponto
de referência usado para definir a posição de outros objetos. Os velocímetros são fabricados para registrar
velocidades em relação a um referencial fixo na Terra, ou seja, o automóvel está a 100 km/h em relação à
Terra.
Para o caminhoneiro que está em movimento, ele não verá o seu automóvel a 100 km/h, mas a 20 km/h, ou
seja, a velocidade do seu carro menos a velocidade do caminhão. Se você e o caminhão estivessem em
sentidos opostos, qual seria a sua velocidade em relação ao caminhão?
Um referencial adotado não altera somente a noção de velocidade, mas pode alterar a noção de repouso e
movimento. Considere o seguinte exemplo: Você está sentado em um ônibus. Se adotarmos como referencial o
ônibus, você está em repouso, mas se o referencial for um observador em um ponto fixo da Terra, você estará
em movimento.
Trajetória
Outra grandeza que pode ser alterada pela adoção de referenciais é a trajetória. A trajetória pode ser
considerada como o conjunto dos pontos percorridos por um móvel, como por exemplo, quando se faz um risco
com giz em uma lousa, os pontos percorridos pelo giz ficarão marcados e definirão a sua trajetória.
Como dissemos, a trajetória pode mudar com a mudança de referencial. Considere que você está novamente
sentado em um ônibus. Nesse instante, ele está em uma trajetória retilínea e com velocidade constante. De
repente, uma lâmpada presa ao teto cai. Para você, que está no ônibus, a trajetória descrita pela lâmpada será
retilínea. Porém, para um observador externo e em repouso em relação a Terra, a trajetória será um arco de
parábola.
Espaço
No estudo do movimento, além da trajetória, é importante localizar a posição do móvel. Quando você está
viajando em uma estrada, de quilômetro em quilômetro, encontra-se uma placa indicando a quilometragem. O
valor dessa placa mostra a que distância você se encontra do marco zero dessa estrada, ou seja, a sua posição
em relação à origem da trajetória.
Por exemplo, a Rodovia dos Imigrantes, que liga a cidade de São Paulo à baixada santista, tem as suas
quilometragens marcadas em relação ao marco zero da cidade de São Paulo que se encontra na Praça da Sé.
Em outras palavras, quando você está no quilômetro 50 da rodovia, isso significa que você está a 50 km da
Praça da Sé. Podemos, então, definir espaço como sendo a distância entre um ponto na trajetória e a sua
origem, e serve para indicar a posição do móvel.
Agora, é muito pouco provável que, em um longo intervalo de tempo, você consiga manter sempre essa
mesma velocidade constante. Se mencionarmos o trânsito urbano, isso se torna uma tarefa praticamente
impossível. Dessa situação podemos entender o conceito de velocidade média. Tome como exemplo a locução
de uma corrida de Fórmula 1. É comum ouvirmos o locutor dizer que determinado carro teve, durante uma
volta, a velocidade média de, por exemplo, 170 km/h. Isso não significa que o carro manteve essa velocidade
durante toda a volta. Esse número mostra o valor da velocidade que melhor representa todas as velocidades
que ele teve durante essa volta.
Para efetuar o cálculo da velocidade média, considere um móvel que se locomove em uma trajetória como
ilustrado na figura abaixo.
No espaço inicial S0, é acionado o relógio e se registra o tempo inicial t0. Mais à frente, quando esse mesmo
móvel passar pelo espaço final S, novamente se observa o relógio e anota-se o tempo final t. De posse desses
dados é possível calcular o deslocamento escalar do móvel, que será o espaço final menos o espaço inicial, e o
intervalo de tempo decorrido, que será o tempo final menos o tempo inicial.
A velocidade escalar média é definida como sendo o deslocamento escalar dividido pelo intervalo de tempo
gasto pelo móvel.
As unidades mais usadas para velocidade são o m/s, que é a unidade do Sistema Internacional, e o km/h, que
é a unidade usada no nosso dia a dia. Elas podem ser convertidas se usarmos a seguinte relação.
Desse modo a aceleração escalar média pode ser definida como a variação de velocidade do móvel dividido pelo
intervalo de tempo necessário para essa variação, ou seja:
A unidade de aceleração vem da divisão entre a unidade de velocidade pela unidade de tempo. Utilizando as
unidades do Sistema Internacional, teremos a seguinte unidade para a aceleração:
Um primeiro critério a ser adotado é quanto ao sentido do movimento, afinal um móvel pode estar se
locomovendo a favor do sentido da trajetória ou contra o sentido da trajetória. Quando um móvel está se
locomovendo a favor da trajetória, dizemos que ele executa um movimento progressivo, que é caracterizado
Por outro lado, quando um móvel se locomove contra o sentido da trajetória, define-se esse movimento como
movimento retrógrado ou regressivo, que é caracterizado pelo deslocamento escalar ( ) negativo ou por
uma velocidade negativa.
O outro critério adotado para a classificação dos movimentos, é quanto à intensidade da velocidade. Quando a
intensidade da velocidade do móvel aumenta, esse móvel está executando um movimento acelerado e as suas
características estão apresentadas na figura abaixo.
Se a intensidade da velocidade do móvel diminuir, o mesmo estará executando um movimento conhecido por
movimento retardado, e as suas características estão demonstradas na figura abaixo.
Movimento uniformemente variado e
equação de Torricelli
Paulo Augusto Bisquolo*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Considere um movimento em que a velocidade do móvel varia, ou seja, o móvel tem aceleração. Se essa
aceleração for constante, dizemos que esse móvel está executando um movimento uniformemente variado.
Um exemplo clássico desse tipo de movimento é o da queda dos corpos sob ação exclusiva da gravidade.
Por ter uma aceleração constante, esse movimento também pode ser descrito por funções matemáticas, como
veremos a seguir.
Quando a velocidade varia em função do tempo de maneira previsível, ela pode ser calculada através de uma
função conhecida como função horária da velocidade. No movimento uniformemente variado essa função é do
primeiro grau e é dada a seguir.
O gráfico da função acima será uma reta, pois ela é uma função do primeiro grau.
A equação acima nos mostra como a velocidade varia em função do tempo. Mas essa não é a única maneira de
se determinar a velocidade. Afinal, além do tempo, o espaço também varia. Por isso, também é possível
estabelecer uma relação entre velocidade e espaço. Essa relação é conhecida por equação de Torricelli e é
representada a seguir:
A equação de Torricelli é muito útil nas situações em que se conhece apenas o deslocamento do móvel, e não o
tempo.
Agora estamos lidando com uma situação em que existe aceleração, que é constante, e por isso a função
horária dos espaços do movimento uniforme nessa situação não funciona. Para o movimento uniformemente
variado, a função horária dos espaços deve vir com um termo de aceleração, como está mostrado na equação a
seguir:
Observe que essa função é uma função do segundo grau. Seu gráfico, portanto, será uma parábola.
A concavidade dessa parábola depende do sinal da aceleração, isto é, se a aceleração for positiva, a
concavidade será para cima e se a aceleração for negativa, a concavidade será para baixo. Note também que o
ponto de onde se inicia a curva do gráfico indica o espaço inicial do movimento.
Isso vai contra o senso comum, que nos faz imaginar que o corpo mais pesado deverá chegar primeiro. Para
provar que Galileu estava certo, faça a seguinte experiência: pegue uma folha de papel aberta e um livro e os
abandone da mesma altura. O livro chegará primeiro. Agora amasse a folha e repita o experimento. Você
observará os dois chegando juntos. Por que isso ocorre?
Agora faça o seguinte: pegue uma folha de papel aberta e coloque sobre o livro (a folha deverá ter tamanho
menor que a capa do livro). Pense no que irá ocorrer, e em seguida os abandone. O que aconteceu e por quê?
A aceleração dos corpos em queda será a aceleração da gravidade local, que nas proximidades da Terra tem
um valor constante de aproximadamente 9,8 m/s2. Por essa aceleração ser constante, o movimento de queda
livre é um movimento uniformemente variado. Por isso as equações que descrevem esse movimento podem ser
usadas no estudo da queda livre dos corpos.
Onde g é a aceleração da gravidade local e h é a altura do corpo. Se tivermos um corpo que é abandonado do
repouso, ou seja, com velocidade inicial igual a zero, a função horária dos espaços pode ser reduzida a uma
equação que dará o tempo de queda.