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(1775 -1836)
___Prof. Zimba______________________________________________________________________0__
Introdução
A presente ficha de apoio destina –se à recuperação das aulas em algumas turmas das
10ª classes tal é o caso das 10ªs E, F, G, H e I da Escola Primária e secundária Av. Eduardo
Mondlane. Aulas estas perdidas por diversas razões, dentre elas o início tardio das aulas de
física fundamentado por diversos factores decorrentes da espécie social.
Esta ficha de apoio constitui, acima de tudo, um instrumento que te servirá de fonte de
quase todo conhecimentos inerente à corrente eléctrica contínua exigido ao estudante que tenha
concluído o nível básico do S.N.E. Ela debruça conteúdos da corrente eléctrica contínua desde
as condições necessárias para a sua existência, os factores das quais ela depende, elementos
do circuito que ela percorre, os aparelhos de sua medição até os seus efeitos, proporcionando ao
estudante uma vontade, embora relativa mas evidente, de aprender os demais conteúdos sobre este
conceito.
Esta ficha de apoio é complementado por uma ficha de exercício que vai avaliar e controlar a
aprendizagem dos conteúdos tratados.
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Introdução à corrente eléctrica contínua
Electrodinâmica - é a parte da física que estuda o movimento das partículas portadoras da
carga eléctrica.
A palavra deriva de duas outras, a saber: electro - electrões e dinâmica – movimento
As partículas portadoras de carga eléctrica são os electrões e protões, em condutores metálicos
e iões (catiões e aniões) em soluções electrolíticas e nos gases.
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Esta corrente é de muito curta duração, pois a carga do corpo electrizado passa rapidamente
para o outro corpo ou escoa para a terra. E quando o corpo perde a carga, desaparece o campo
eléctrico no condutor e, simultaneamente cessa o movimento das cargas que transportam a
corrente, ou seja, desaparece também a corrente eléctrica. Para que a corrente se mantenha
durante um período bastante longo torna-se necessário mantê-lo sob acção de um campo
eléctrico. Entretanto se o nosso objectivo for este (Ter uma corrente por um longo período) seria
preciso fazer com que o corpo se mantenha permanentemente com carga. Se, por exemplo,
carregarmos um corpo com uma vareta electrizada de vidro torna-se evidente e visível que este
método não serve pois a corrente é também de muito pouco duração.
Na prática, o campo eléctrico nos condutores é criado e mantido durante muito tempo pelas
fontes de corrente eléctrica.
Onde:
∆Q –carga eléctrica
I – intensidade da corrente eléctrica
∆t – intervalo de tempo ou, simplesmente,
tempo Fig. 3 – Representação do movimento ordenado
Sabe-se que, dos electrões num fio condutor (Corrente
ΔQ=n. e eléctrica)
n – número da carga (neste caso, o número
da carga que atravessa a secção transversal)
e – valor da carga elementar, e =1.6.10-19C
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sentido em que se “poderiam deslocar as cargas positivas no condutor, isto é, a direcção
do pólo positivo para o seu pólo negativo e esta convecção é válida ainda hoje porém, sabe-se
que o mais certo seria considerar como sentido da corrente, o sentido de deslocamento dos
electrões no campo eléctrico, se não vejamos:
Fig. 0.1
Fig. 0.2
Tabela.1
Elemento ou dispositivo circuito Representação simbólica Função
Lâmpada Pode funcionar como
resistência ou
consumidor
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Voltímetro Aparelho que mede a
tensão*
Amperímetro Aparelho que mede a
intensidade da corrente
Resistência eléctrica Resistência eléctrica*
5. Tensão eléctrica
Sabe-se até já que a corrente eléctrica realiza trabalho: accionar motores, aquecer fogões eléctricos, ferros
de engomar e outros aparelhos. Porém, o que distingue o trabalho realizado por uma corrente do outro
doutra corrente é a potência. Recordemos que a potência é o trabalho executado durante 1 segundo, ou seja:
W
P=
t , a questão que se deva responder é a seguinte: De que depende a própria potência da corrente
eléctrica?
A potência depende da intensidade da corrente eléctrica e experiências comprovam que quanto maior fora a
intensidade da corrente, tanto maior será a potência. Porém, a intensidade da corrente eléctrica depende
duma outra grandeza física denominada tensão eléctrica ou simplesmente tensão.
Experiências também comprovam que, por exemplo, se duas lâmpadas, a primeira duma ligada a um
acumulador (Ex. Bateria ou pilhas secas) e a segunda vulgar ligada à rede da iluminação da cidade, forem
submetidas à mesma intensidade da corrente eléctrica, a segunda lâmpada (a que está ligada à rede da
iluminação da cidade) produzirá mais luz e calor do que a lâmpada da lanterna. Portanto apesar da igualdade
da intensidade da corrente eléctrica nos dois circuitos, a potência da corrente nas duas lâmpadas é diferente.
Isto acontece porque a tensão nas lâmpadas é diferente. A tensão na lâmpada ligada à rede urbana é superior
à tensão na lâmpada da lanterna. Tensão eléctrica é a relação entre a potência e a intensidade da
corrente e é denotada pela letra U dependendo do autor da bibliografia, também ocorre sob forma de V,
contudo aqui usarei a letra V para designar tensão eléctrica.
Portanto, para determinar a tensão nas extremidades dum segmento do circuito é necessário dividir a
potência pela intensidade da corrente, matematicamente tem-se:
P
V=
I onde:
V- tensão eléctrica
I- intensidade da corrente eléctrica
P- tensão eléctrica.
Resumindo tensão eléctrica ou diferença de potencial (d.d.p) entre é a grandeza física definida pelo
quociente entre o trabalho executado e a carga que se desloca duma extremidade à outra do fio condutor,
ou seja, dum pólo para o outro da fonte, isto é:
W
V A−V B= W
q ,ou seja, ΔV =
q
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onde:
∆V- tensão eléctrica
W- trabalho executado pela corrente eléctrica
q – a carga que move-se dum pólo ao outro da fonte da corrente.
Expressão matemática
2 2
l Ω. m Ωmm
R= ;.. . R=
R=δ . ; m m
S
Onde:
R – Resistência eléctrica do condutor;
δ – resistividade do material de que é
feito o condutor
ℓ – comprimento do fio condutor
S – área da secção transversal
N.B. Quanto maior for o comprimento do condutor maior é a resistência e vice-versa e quanto menor
for a área da secção transversal maior é a resistência e vice-versa.
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Submúltiplos mais usados de Ohm Múltiplos mais usados de Ohm
1mΩ (miliohm) = 10-3Ω 1KΩ (Kilohm) =103Ω
1µΩ (microhm) = 10-6 Ω 1MΩ (Megaohm) = 106Ω
Definição: A resistência eléctrica de um condutor é uma grandeza física que representa a oposição ao
movimento dos electrões dentro do condutor.
7. Lei de Ohm
Estudando a corrente eléctrica que percorre uma resistência, Georg Simon Ohm determinou,
experimentalmente, que a resistência R é constante para determinados tipos de condutores, isto é, à uma
temperatura fixa, para um certo tipo de condutores denominados condutores óhmicos, for estabelecida uma
d.d.p ou tensão igual à 5V em suas extremidades, e se o valor da intensidade da corrente que atravessa o
condutor for igual à 2A então, passando-se dessa tensão para uma tensão de 10V, o valor da intensidade da
corrente terá de ser 4A e, se passamos para 20V, o valor da intensidade da corrente terá de ser 8A , ou seja,
a razão entre a tensão e a intensidade da corrente é sempre constantes em condutores óhmicos, e à essa
constante denominou-se Resistência eléctrica denotada por R.
V1 V 2 V 3 V4 V n
= = = = =K =R 5 V 10 V 20 V
= = =2 .5 Ω=K=R
I 1 I 2 I3 I 4 In , e neste caso, 2A 4A 8A
Fig. 1.2- gráfico duma resistência óhmica Fig. 1.3- gráfico de resistência não-óhmica
Matematicamente tem-se:
V
=R
I então, V =R . I
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Onde:
V – tensão nas extremidades do condutor
I- intensidade da corrente
R- resistência eléctrica do condutor
8. Associação de resistência
Existem duas formas de associar as resistências em um circuito, a saber:
Associação de resistências em série;
Associação de resistência em paralelo.
E, a outra forma é a mista, que conforme o nome, resulta da mistura duma associação em série e em
paralelo.
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Ou
simplesmente
II. Numa ligação ou associação em paralelo, a corrente ao chegar no ponto A das figuras acima
representadas, ramifica-se em I1 e I2,, onde I1 percorre a resistência R1 e I2 a resistência R2 e ao
chegar no ponto B se unem formando It. Por isso numa ligação em série, a corrente total é igual à
soma das correntes que passam por cada consumidor ou resistência, assim:
I t =I 1 + I 2 + I 3 + I n
II. Numa associação de resistência em paralelo, o inverso da resistência total (Rt) ou equivalente
(Req) é igual ao somatório dos inversos das resistências parciais tomadas individualmente, ou
seja:
1 i 1 1 1 R 1 . R2 .
= + + + Req =
R eq R1 R 2 R3 Rn , também serve a expressão R 1 + R2 para duas resistências.
corrente intensidade I3; e também não podem estar em paralelo pois a d.d.p nas extremidades
das resistências não são iguais. Então o que pode-se dizer acerca das resistências?
A verdade é que a resistência R2 está em paralelo com a resistência R1 e só a total ou equivalente
R12 é que se encontra em série com R3 e não R1 ou R2 individualmente em série com R3, .isto é,
1 1 1
= +
R 12 R1 R 2 e, no entanto, R123=R 12+R3
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Também se pode concluir que Vt =V1= V2 mas Vt é diferente de V3, e Vt =V1+V3.
Em contrapartida I1+ I2= It.
9. Potência eléctrica
Na introdução à tensão eléctrica concluímos que para determinar a tensão nas extremidades
dum segmento do circuito era necessário dividir a potência pela intensidade da corrente, e que
matematicamente tinha-se:
P
V= onde:
V- tensão eléctrica
I I- intensidade da corrente eléctrica
P- tensão eléctrica.
P
V = ⇔ P=V . I
I
∵V =I . R
Substituindo : 2
P=I . R .I ⇔ P=R . I 2 P=R . I
Unidade da potência
A unidade da potência no S.I. é Watt (W), em homenagem ao inventor escocês
James Watt (1736-1819), que consegui a fama com o seu desenvolvimento da
máquina à vapor.
N.B. A potência eléctrica da corrente será tanto maior quanto maior for a resistência eléctrica.
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É do nosso conhecimento que:
W 2
Q=I . R . Δt
P= ⇒ W=P . Δt
Δt W=V . I . Δt
∵P=V . I ∵Q=W
Substituindo :W =V .IΔ. t então W=V . I . Δt onde:
V – tensão eléctrica
I – Intensidade da corrente eléctrica
∆t – intervalo de tempo
Q - Quantidade de calor
Unidade do calor
A unidade de calor no S.I. é o Joule (J), em homenagem ao físico inglês James
Prescott Joule(1818-1889), ele que em simultâneo com Emili Khristianovitch
Lenz (1804-1865) estabeleceram independentemente a lei que determina o
efeito térmico da corrente.
Q=I 2 . R . Δt
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