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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE FÍSICA

ANDRÉ K. FERNANDES
GRACIELA BLUNK
HIGOR MARQUEZI
MARCOS DE DEUS
Joinville
2008

1. OBJETIVOS

Este estudo tem por objetivo identificar o valor de um resistor utilizando o código de
cores comercial e a tolerância do valor de cada resistor de acordo com o código de cores
comercial.
2. TEORIA

2.1 Capacidades de Corrente Elétrica

Aplicada uma diferença de potencial nos extremos de um condutor, uma corrente elétrica se
estabelece através do mesmo. A intensidade desta corrente depende da d.d.p. e da
característica própria da substância da qual o condutor é feito, ou seja, condutores diferentes,
sob a mesma d.d.p, permitem a passagem de diferentes intensidades de corrente (diferentes
condutores oferecem diferentes resistências a passagem de corrente elétrica.)

Os condutores que oferecem resistência a passagem de corrente elétrica são chamados de


resistores.

Dois pontos (A e B), num circuito elétrico, podem ser ligados através de mais de um resistor.
Se as conexões entre eles forem semelhantes à seqüência, diz-se que os mesmos formam
uma associação em série de resistores.

Outra possibilidade denomina-se associação em paralelo de resistores, ou seja, os resistores


são ligados paralelamente um ao outro.

Os resistores de uso comum são produzidos em escala industrial, isto é, em grande


quantidade. Este processo torna o seu custo acessível, porém, em contrapartida, sua precisão
fica prejudicada, por este motivo, é de grande valia sabermos a imprecisão dos resistores
obtidos pelos fabricantes e identificarmos a faixa que compreende o seu valor provável.

Na figura 1 abaixo, mostra a identificação comercial de um resistor e alguns modelos


fabricados comercialmente.

Fig. 1 – Identificação comercial de um resistor e modelos de resitores vendidos industrialmente.

Os valores dos resistores, produzidos industrialmente, observam o código de cores


representados na Figura 2, abaixo.
Cor Númer Multiplicador Tolerância (%)
o
Preto 0 1  
Marrom 1 101  
Vermelho 2 102  
Laranja 3 103  
Amarelo 4 104  
Verde 5 105  
Azul 6 106  
Violeta 7 107  
Cinza 8 108  
Branco 9 109  
Ouro   10-1 5
Prata   10-2 10
Sem cor     20
Figura 2 – Código de cores para identificação de capacidade de resitores industriais.

A tabela 1 indica a interpretação do código de cores para leitura do valor de um resistor e de


sua tolerância.

Tabela 1: Identificação da tolerância de capacidade de um resistor.

val (1° (2° (3° (4° faixa)


or faixa) faixa) faixa) Ω %
=

  1 2 n tolerância
°algaris °algaris °algaris (a) ouro =
mo mo mo 5%
(b) prata =
10%
(c) sem a
4° faixa =
20%

2.2. 1° Lei de Kirchhorff

As leis de Kirchhorff para circuitos elétricos foram formuladas em 1845, estas leis são
baseadas no Princípio da Conservação de Energia, no Princípio de Conservação de Carga
Elétrica e no fato de que o potencial elétrico tem valor original após qualquer percurso em uma
trajetória fechada (sistema não dissipassivo).
A 1° Lei de Kirchhorff (Lei das Correntes ou Leis dos Nós) fala que em um nó, a soma das
correntes elétricas que entram é igual à soma das correntes que saem, ou seja, um nó não
acumula carga.

, sendo a corrente elétrica

Isto é devido ao Princípio da Conservação da Carga Elétrica, o qual esbabelece que num ponto
qualquer a quantidade de carga elétrica que chega (δQ1) deve que ser exatamente igual à
quantidade que sai (δQ2 + δQ3), δQ1 = δQ2 + δQ3. Dividindo por δt:
I1 = I2 + I3.

2.3. Lei de Ohm

Foi formulada por Gerog Simon Ohm, indica que a diferença de potencial (V) entre dois
pontos de um condutor é proporcional à corrente elétrica (I) que percorre:
V= R.I
Onde:
V é a diferença de potencial elétrico (ou tensão, ou "voltagem") medida em Volts
R é a resistência elétrica do circuito medida em Ohms
I é a intensidade da corrente elétrica medida em Ampères

Porém, nem sempre essa lei é válida, dependendo do material usado para fazer o
resistor (ou 'resistência'). Quando essa lei é verdadeira num determinado material, o resistor
em questão denomina-se resistor ôhmico ou linear. Na prática não existe um resistor ôhmico ou
linear 'exato', mas muitos materiais (como a pasta de carbono) permitem fabricar dispositivos
aproximadamente lineares.

Um exemplo de resistor (ou resistência) não linear, que não obedece à Lei de Ohm é o
díodo.

Conhecendo-se duas das grandezas envolvidas na Lei de Ohm, é fácil calcular a


terceira:

        

A potência P, em Watts, dissipada num resistor, na presunção de que os sentidos da


corrente e da tensão são aqueles assinalados na figura, é dada por
Logo, a tensão ou a corrente podem ser calculadas a partir de uma potência conhecida:

        

Outras relações, envolvendo resistência e potência, são obtidas por substituição


algébrica:

        

        

2.3 Definições

Gerador elétrico: É um dispositivo capaz de transformar em energia elétrica outra modalidade


de energia. O gerador não gera ou cria cargas elétricas. Sua função é fornecer energias às
cargas elétricas que o atravessam. Industrialmente os geradores mais comuns são os químicos
e elétricos.

Resistor elétrico: É um dispositivo que transforma toda a energia elétrica consumida em calor.
Como exemplo temos, os chuveiros, lâmpadas, ferro de passar roupa, condutores elétricos,
etc.

Dispositivos de controle: São utilizados nos circuitos elétricos para medir a intensidade da
corrente elétrica e a ddp existente entre dois pontos, ou, simplismente para detectá-las. Os
mais comuns são os amperímetros e os voltímetros.

Amperímetro: Aparelho que serve para medir a intensidade da corrente elétrica.

Voltímetro: Aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos de um
circuito elétrico.

3. MATERIAL UTILIZADO

- Resistores com capacidade de 10 Ω, 15 Ω, Ω e 100 Ω.


- Um voltímetro
- Um gerador de elétrico
- Dispositivos de controle
4. PROCEDIMENTOS

Calcular a capacidade dos seis resistores que existem no circuito e montar o circuito
fechado elétrico para medição das tensões em cada resistor.

5. DADOS COLETADOS

De acordo com as cores de cada resistor, juntamente com a tabela para interpretação do
código de cores para medição do valor de um resistor e a tabela que indica a faixa de
tolerância dos resistores, mediu-se os seis resistores que formaram o circuito elétrico. Os
valores encontrados foram dois resistores de 10 Ω, dois de 15 Ω, um de 47 Ω e um de 100 Ω.

Ligou-se os resistores conforme desenho abaixo, tendo-se um circuito fechado.

O intuito do experimento era medir as tensões entre os pontos abaixo, obtendo os seguintes
resultados:

A – B = 2,9 V
B – C = 1,69 V
B – D = 2,88V
C – D = 1,15 V

Baseado na Lei de Ohm, calculou-se as correntes abaixo:

I1 = 0,193A
I2 = 0,169A
I3 = 0,036A
I4 = 0,0115A
I5 = 0,076A
I6 = 0,115A

Para finalizar o experimento, comparou-se as tensões conforme abaixo:

I1 = 0,193A
I2 + I3 = 0,205A
I4 + I5 + I6 = 0,2025A

6. CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS.

Com base nos resultados das experiências pode-se concluir que a quantidade de
corrente elétrica que entra no circuito é a mesma que sai, ou seja, os resistores não acumulam
corrente elétrica, independente da capacidade de cada resistor.

Pode-se verificar que quanto maior for o circuito em paralelo menor é a tensão elétrica, pois a
corrente precisa se dividir entre os resistores, já que a corrente elétrica que entra é a mesma
que sai.

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