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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA - UNILA

FELIPE MARQUES
HUESLEY CÂNDIDO
LIDIA ABRANTES
MARIO REGATIERI

RELATÓRIO:
Resistência e Resistividade

Foz do Iguaçu
2019
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Fio condutor...................................................................................................7


Figura 2 Aparato - Pasco EM-8812.............................................................................9
Figura 3 Resistência em diferentes comprimentos do fio de alumínio.......................12
Figura 4 Resistência em diferentes comprimentos do fio de aço..............................12
Figura 5 Resistência em diferentes comprimentos do fio de Ni-Cr............................13
Figura 6 Resistência em diferentes comprimentos do fio de cobre...........................13
Figura 7 Resistência x Diâmetro................................................................................14
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Voltagem e resistência em diferentes comprimentos do fio de cobre.........10


Tabela 2 Voltagem e resistência em diferentes comprimentos do fio de alumínio....10
Tabela 3 Voltagem e resistência em diferentes comprimentos do fio de aço............10
Tabela 4 Voltagem e resistência em diferentes comprimentos do fio de...................11
Tabela 5 Voltagem e resistência com fio de um mesmo material com diferentes
diâmetros................................................................................................................... 11
Tabela 6 Resistividade em diferentes diâmetros.......................................................14
SUMÁRIO

RESUMO..................................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................6
2. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL............................................................................9
3. DADOS, ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÕES..............................................10
4. CONCLUSÃO.....................................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................17
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RESUMO
Essa prática é focada em Resistência e Resistividade. A tensão foi gerada
pela fonte DC-Constanter Geregeltes Netzgerät 0...12V, que foi calibrado em 1V, a
corrente e a voltagem foram medidas pelos multímetros da DIGITAL MULTIMETER
ET-2082C. Utilizaram-se cobre, alumínio, aço e Ni-Cr nas medições, esses matérias
foram inseridos no Aparato Pasco EM-8812 e realizaram-se as medições. A partir
disso, foi possível observar que os valores obtidos de resistência e da resistividade
seguiram o esperado, segundo a Lei de Ohm.
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1. INTRODUÇÃO

A definição formal de resistência elétrica é a oposição à passagem de


corrente. Todo material possui uma certa resistência elétrica, isso ocorre devido ao
“choque” dos elétrons nos átomos durante a movimentação. O efeito causado por
essa oposição é o calor. Determinados átomos oferecem maior resistência à
passagem dos elétrons, produzindo mais calor. A Resistência Elétrica depende do
material, da sua geometria e temperatura. A unidade da resistência elétrica (R) é o
Ohm e que é representado pela letra grega “Ômega” (Ω)(Mundo da Elétrica, 2018).
A Lei de Ohm (Equação 1) mostra a relação entre a corrente elétrica e a tensão com
relação à resistência elétrica:
R=V /I (Equação 1)

A natureza elétrica do material também influencia na resistência: quanto


maior for a quantidade de elétrons livres, maior será a facilidade da corrente elétrica
ser estabelecida. Essa característica específica de cada material é a Resistividade
Elétrica ( ρ ¿. Ou seja, é a resistência elétrica que uma unidade de volume do material
oferece ao fluxo de corrente (Santo, 2019). A relação entre a Resistência e a
Resistividade está expressa na Equação 2:

ρxL
R= (Equação 2)
A

R=Resistência Elétrica (Ω)


ρ=Resistividade Elétrica(Ω . m)
L=Distância entre os pontos onde é medido a voltagem(m)
A=Área da seção transversal ¿

Um exemplo de objeto condutor e que obedece às equações acima é o fio


condutor ilustrado na Figura 1. No geral os objetos de análise em circuitos são fios
muito finos que têm suas espessuras quase desprezíveis.
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Figura 1 Fio condutor

Fonte: Brasil Escola

Através da fórmula apresentada, algumas relações podem ser extraídas.


Vemos que quanto maior for a área A, menor será a Resistência, uma vez que é
mais fácil a passagem de corrente por uma área maior. Quanto maior o comprimento
L do condutor, maior a Resistência pois as cargas terão mais espaço para percorrer
o objeto aumentando as colisões e a dissipação da energia. Vemos que L tem uma
relação linear com a Resistência enquanto que A é inversamente proporcional
(Mendes, 2018).

Na tabela 1 podemos observar a Resistividade Elétrica de diferentes


materiais:
Tabela 1 Resistividade Elétrica de diversos materiais

Fonte: Conhecendo Elétrica

Os materiais que possuem menor resistividade elétrica são os metais, pois


são os que têm maior quantidade de elétrons livres que promovem a corrente pelo
material. No caso da tabela, o Alumínio é o melhor condutor por ter menor
resistividade.
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Além disso a explicação físico-química é que o Alumínio tem três elétrons na


camada de Valência e além disso na camada menos energética em relação aos
demais, de forma que os elétrons estão mais livres. A partir desta análise, podemos
afirmar que os metais são os melhores materiais para conduzir eletricidade, por
exemplo, em cabos de energias (Conhecendo Elétrica,2015).
A priori os objetivos desse experimento foram: calcular a resistência de
diferentes materiais, bem como, verificar como o comprimento e o diâmetro
influenciam no valor da resistência e a posteori calcular a resistividade dos materiais.
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2. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL

Os materiais utilizados nesse experimento foram: fonte de alimentação, fios


metálicos de diferentes materiais e diâmetros, multímetros e Aparato.

Figura 2 Aparato - Pasco EM-8812

Primeiramente, o aparato Pasco EM-8812 é conectado a uma fonte de


alimentação e aos dois multímetros, um deles para medir a voltagem e outro para a
corrente elétrica, formando um circuito elétrico. Para a realização das medidas
utilizou-se dois conjuntos de fios de mesmo comprimento, sendo apenas de
materiais diferentes.
Para a atividade 1, medidas de resistência e verificação da relação (R X L),
aplicamos uma corrente conhecida (até 1 Ampere) e mediu-se a voltagem referente
a cada comprimento especificado na tabela abaixo. Após as medidas e usando a
equação 1, determinou-se a Resistência do material.
Já a atividade 2, medidas de resistência x diâmetro, foram executadas
medidas de resistência para amostras de um mesmo material só que agora com
diâmetros diferentes (R X D).
Por último para a atividade 3, medida de resistividade, utilizou-se os
diâmetros da amostra utilizada na prática anterior, atividade 2. Portanto, calculou-se
a resistividade dada pela equação mostrada acima na introdução.
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3. DADOS, ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÕES

Primeiramente com a aplicação da corrente de 1 A, mede-se a voltagem nos


pontos de 24, 20, 16, 12, 8 e 4 cm em fios de cada material analisado através do
aparato Pasco. Segundamente com os valores coletados calcula-se a resistência
dos fios de cada material pela fórmula da primeira lei de ohm, equação 1. Assim
torna-se possível obter a tabela 1, 2 3 e 4.

Tabela 2 Voltagem e resistência em diferentes comprimentos do fio de cobre


Material Cobre
Corrente 1A
Comprimento
(cm) Voltagem (V ± ∆V) Resistência (Ω ± ∆Ω)
24 cm 0,050 ± 0,0025 V 0,050 ± 0,0025 Ω
20 cm 0,042 ± 0,0021 V 0,042 ± 0,0021 Ω
16 cm 0,033 ± 0,0017 V 0,033 ± 0,0017 Ω
12 cm 0,024 ± 0,0012 V 0,024 ± 0,0012 Ω
8 cm 0,016 ± 0,0008 V 0,016 ± 0,0008 Ω
4 cm 0,008 ± 0,0004 V 0,008 ± 0,0004 Ω

Tabela 3 Voltagem e resistência em diferentes comprimentos do fio de alumínio


Material Alumínio
Corrente 1A
Comprimento
(cm) Voltagem (V ± ∆V) Resistência (Ω ± ∆ Ω)
24 cm 0,016 ± 0,0008 V 0,016 ± 0,0008 Ω
20 cm 0,013 ± 0,0007 V 0,013 ± 0,0007 Ω
16 cm 0,010 ± 0,0005 V 0,010 ± 0,0005 Ω
12 cm 0,008 ± 0,0004 V 0,008 ± 0,0004 Ω
8 cm 0,005 ± 0,0003 V 0,005 ± 0,0003 Ω
4 cm 0,002 ± 0,0001 V 0,002 ± 0,0001 Ω

Tabela 4 Voltagem e resistência em diferentes comprimentos do fio de aço


Material Aço
Corrente 1A
Comprimento
(cm) Voltagem (V ± ∆V) Resistência (Ω ± ∆ Ω)
24 cm 0,20 ± 0,010 V 0,20 ± 0,010 Ω
20 cm 0,19 ± 0,010 V 0,19 ± 0,010 Ω
16 cm 0,16 ± 0,008 V 0,16 ± 0,008 Ω
12 cm 0,12 ± 0,006 V 0,12 ± 0,006 Ω
8 cm 0,08 ± 0,004 V 0,08 ± 0,004 Ω
4 cm 0,04 ± 0,002 V 0,04 ± 0,002 Ω
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Tabela 5 Voltagem e resistência em diferentes comprimentos do fio de Ni - Cr


Material Ni - Cr
Corrente 1A
Comprimento
(cm) Voltagem (V ± ∆V) Resistência (Ω ± ∆Ω)
24 cm 0,020 ± 0,001 V 0,02 ± 0,0010 Ω
20 cm 0,018 ± 0,0008 V 0,018 ± 0,0008 Ω
16 cm 0,014 ± 0,0007 V 0,014 ± 0,0007 Ω
12 cm 0,010 ± 0,0005 V 0,010 ± 0,0005 Ω
8 cm 0,007 ± 0,0003 V 0,007 ± 0,0003 Ω
4 cm 0,003 ± 0,0002 V 0,003 ± 0,0002 Ω

Posteriormente em um mesmo material com diâmetros diferentes aplica-se a


mesma corrente de 1 A e mede-se a voltagem no centro do fio, 12 cm, através do
aparato Pasco e pela equação 1 calcula-se a resistência, sendo possível obter a
tabela 5.

Tabela 6 Voltagem e resistência com fio de um mesmo material com diferentes diâmetros

D (mm) V (V ± ∆V) C (A) R (Ω ± ∆ Ω)


1,5 mm 0,0060 ± 0,00003 V 1A 0,0060 ± 0,00003 Ω
1,2 mm 0,0107 ± 0,00054 V 1A 0,0107 ± 0,00054 Ω
0,9 mm 0,0226 ± 0,00110 V 1A 0,0326 ± 0,00110 Ω
0,6 mm 0,0360 ± 0,00180 V 1A 0,0360 ± 0,00180 Ω

Baseado nas informações obtidas das tabelas 1,2, 3 e 4, é possível construir


o gráfico da resistência pelo comprimento do fio, figura 1, 2, 3 e 4. Analisando os
gráficos é possível concluir a relação diretamente proporcional em relação a
resistência e o comprimento, pois à medida que aumenta o comprimento do fio a
resistência também aumenta, o que pode ser explicado pelo fato de que corrente
que atravessa o fio em distancias menores sofrera menores resistências.
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Figura 3 Resistência em diferentes comprimentos do fio de alumínio

Figura 4 Resistência em diferentes comprimentos do fio de aço


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Figura 5 Resistência em diferentes comprimentos do fio de Ni-Cr

Figura 6 Resistência em diferentes comprimentos do fio de cobre

Em um mesmo material em que se mede a voltagem e calcula-se a


resistência em diferentes diâmetros, é possível construir um gráfico de diâmetro x
resistência, gráfico 5, com os dados coletados da tabela 5.
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Analisando o gráfico conclui-se que a relação de diâmetro (grandeza referente


a área posteriormente calculada) e resistência são inversamente proporcionais, uma
vez que com o aumento da área da secção transversal irá desencadear uma maior
passagem de elétrons e enfrentara uma resistência menor, pois há um espaço maior
para que haja o fluxo eletrônico no fio.

Figura 7 Resistência x Diâmetro

Finalmente a partir dos dados coletados da tabela 5, calcula-se a


resistividade para cada fio de diferentes diâmetros de um mesmo material, através
da fórmula da segunda lei de ohm, equação 2.

Tabela 7 Resistividade em diferentes diâmetros

Diâmetro (mm) Resistividade (Ω.m)


1,5 mm 0,088 ± 0,00003 Ω.m
1,2 mm 0,100 ± 0,00054 Ω.m
0,9 mm 0,112 ± 0,0011 Ω.m
0,6 mm 0,085 ± 0,0018 Ω.m
Média 0,096 ± 0,0018 Ω.m
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A resistividade é uma constante intrínseca de cada material, e teoricamente


o valor em um mesmo material é igual em qualquer área de secção transversal,
porém como é possível observar, há alguma variação que pode ter sido influenciada
por erros de medições, ou má calibragem dos equipamentos utilizados.
Consultando a teoria o valor médio da resistividade está mais próximo do fio
de Ni-Cr, portanto através do cálculo a resistividade é possível determinar qual é o
material analisado. A melhor linearização nos tipos de gráficos construídos é a
linear, pois envolvem relação de dependência lineares uma vez que são diretamente
ou inversamente proporcionais.
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4. CONCLUSÃO
A partir dos elementos apresentados nesse experimento observamos que a
resistência é a capacidade de um corpo se opor a passagem de corrente elétrica.
Portanto, aplicamos a Lei de Ohm para descrever a relação entre a resistência do
material, a voltagem e a corrente aplicadas, já a resistividade é uma constante
inerente de cada material que é igual em qualquer ponto da área de secção
transversal.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Mundo da Elétrica. Lei de Ohm. 2018. Disponível


em:https://www.mundodaeletrica.com.br/lei-de-ohm/. Acessado em 15/10/2019 às
Conhecendo Elétrica. Análise de Circuito por KIrchhoff. 2015. Disponível
em:<https://conhecendoeletrica.wordpress.com/tag/eletrodinamica/>. Acesso em
18/10/2019 às 20:00h.
Mendes, M. Resistividade Elétrica. 2018. São Paulo. Disponível
em:<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/resistividade-eletrica.htm>. Acesso em
17/10/2019 às 20:30h.
Santos, N.M dos. UNILA. Resistência e Resistividade. Disponível em:
<file:///media/fuse/drivefs-e01793b16dc88938eec043501cb63845/root/UNILA/F
%C3%ADsica%20experimental%20III/Resist%C3%AAncia%20e
%20Resistividade_Nazir.pdf>. Acesso em 17/10/2019 às 20:27h.

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