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METROLOGIA

APLICADA A ELETRÔNICA

PROFESSOR: MARCELO PINHEIRO


Definição
É a ciência das medições, ou seja, é a ciência que
estuda todos os fatores que interferem no processo
de padronização de todos os meios de medição, a
forma com que essa medição é feita e a incerteza
associada ao processo de medição realizado.

METROLOGISTA é o encarregado de verificar se as


características técnicas estipuladas no projeto de um
produto estão sendo cumpridas.
NOÇÕES DE METROLOGIA

Abrangendo todos os aspectos teóricos e práticos


que asseguram a exatidão exigida no processo
produtivo.

Procurando garantir a qualidade de produtos e


serviços através da calibração de instrumentos
e da realização de ensaios.

Sendo a base fundamental para a


competitividade das empresas
Vantagens da Metrologia
✓ Garante a qualidade do produto final
✓ Favorece as negociações pela confiança do cliente
✓ Diferenciador tecnológico e comercial para as empresas.
✓ Reduz o consumo e o desperdício de matéria prima

✓ Devido à calibração de componentes e equipamentos,

✓ Aumento da produtividade.
✓ Elimina a possibilidade de rejeição do produto,

✓ Resguarda os princípios éticos e morais da empresa no atendimento


desnecessidades da sociedade em que está inserida,
✓ Evita desgastes que podem comprometer sua imagem no mercado.
Áreas da Metrologia

A Metrologia Cientifica: que se utiliza de instrumentos


laboratoriais e das pesquisas e metodologias cientificas
que têm por base padrões de medição nacionais e
internacionais para o alcance de altos níveis de qualidade
metrológica.

A Metrologia Industrial: cujos sistemas de medição


controlam processos produtivos industriais e são
responsáveis pela garantia da qualidade dos produtos
acabados.

A Metrologia Legal: que está relacionada a sistemas de


medição usados nas áreas de saúde, segurança e meio
ambiente.
Metrologia Industrial

➔A metrologia industrial está fortemente relacionada com os conceitos


de teste e controle da produção.

➔ Exerce uma forte ação primária nos sistemas de gerenciamento da


qualidade.

➔ Não se limita somente aos procedimentos de teste e medição

➔ Enfrenta desafios constantes no sentido da melhoria contínua da


qualidade das peças de produção
CÓDICOS DE CORES DE RESISTORES
É possível determinar o valor da resistência de um resistor de duas maneiras, uma
utilizando equipamentos de medição de resistência, como o multímetro, e de
outro modo utilizando uma tabela de cores. Para a segunda opção a
identificação por meio da tabela de cores, se da através das cores contidas no
corpo do resistor.
Instrumentos de Medição

São dispositivos usados para saber com precisão medidas como


energia, peso, temperatura, tempo, altura, comprimento, área,
volume, velocidade, massa, pressão e ângulo.

Eles podem variar de objetos mais simples, usados para indicar as


medidas exatas de materiais como blocos e tijolos, até outros
itens mais específicos, com função de analisar e validar medições
de sistemas eletrônicos e mecânicos
Alicate Amperímetro
Um dos aparelhos mais seguros e precisos para medir corrente elétrica.
Seu diferencial é a capacidade de medir o campo induzido
(voltagem) sem ter contato direto com o circuito, apenas
através da corrente que passa na pinça

Multímetro

É um instrumento versátil que mede as grandezas elétricas. É muito utilizado na


instalação ou reparo de sistemas elétricos. Eletricistas podem verificar a
voltagem, a resistência e a intensidade de correntes elétricas com este
instrumento.
A Evolução da Metrologia
O código de cores de resistores é analisado através de faixas, sendo cada faixa
com sua função. Pode se ter códigos para resistores de 3 faixas, 4 faixas, 5 faixas e
6 faixas. Siga as tabelas para os tipos de faixas, e veja alguns exemplos.
A 1ª faixa é sempre a que estiver mais próxima de um dos terminais do resistor.

Código de cores resistores 3 faixas

Para resistores de 3 faixas é utilizada a tabela abaixo seguindo as orientações


citadas.

✓ 1ª Faixa: mostra o primeiro algarismo do valor da resistência.


✓ 2ª Faixa: mostra o segundo algarismo da resistência.
✓ 3ª Faixa: mostra quantos zeros devem ser adicionados a resistência.
Observação: Para os resistores de 3 faixas a tolerância pode ser considerada em
± 20%, sendo definido sem cor.
Exemplo 1 = Resistor de 3 faixas:

1ª Faixa: Marrom = 1
2ª Faixa: Preto = 0
3ª Faixa Nº de zeros: Vermelho = 2 = 00
Valor obtido: 1000 Ω ou 1 kΩ
Tolerância: Sem cor = ± 20% = 200 Ω
Significa que o resistor pode variar de 800 Ω a 1200 Ω de acordo com a tolerância.
Exemplo 2 = Resistor de 4 faixas:

1ª Faixa: Vermelho = 2
2ª Faixa: Violeta = 7
3ª Faixa Nº de zeros: Marrom = 1 = 0
Valor obtido: 270 Ω
4ª Faixa Tolerância: Dourado = ± 5% = 13,5 Ω
Significa que o resistor pode variar de 256,5 Ω a 283,5 Ω de acordo com a tolerância.
Para resistores de 5 faixas é utilizada a tabela abaixo seguindo as orientações
citadas.

1ª Faixa: mostra o primeiro algarismo do valor da resistência.


2ª Faixa: mostra o segundo algarismo da resistência.
3ª Faixa: mostra o terceiro algarismo da resistência.
4ª Faixa: mostra quantos zeros devem ser adicionados a resistência.
5ª Faixa: mostra a tolerância que o componente terá.

Exemplo 3 = Resistor de 5 faixas:

1ª Faixa: Azul = 6
2ª Faixa: Laranja = 3
3ª Faixa: Branco = 9
4ª Faixa Nº de zeros: Laranja = 3 = 000
Valor obtido: 639000 Ω ou 639 kΩ
5ª Faixa Tolerância: Prata = ± 10% = 63900 Ω ou
63,9 kΩ
Significa que o resistor pode variar de 575,1 kΩ a
702,9 kΩ de acordo com a tolerância.
Para resistores de 6 faixas pode ser seguido as mesma orientações citadas para
resistores de 5 faixas, mas com uma adição de uma 6 faixa que corresponde ao
coeficiente de temperatura em PPM/°C (partes por milhão por grau Celsius). Siga a
tabela abaixo:
Exemplo 4 = Resistor de 6 faixas:

1ª Faixa: Amarelo = 4
2ª Faixa: Verde = 5
3ª Faixa: Cinza = 8
4ª Faixa Multiplicadora: Prata = x 0,01
Valor obtido: 4,58 Ω
5ª Faixa Tolerância: Marrom = ± 1% =
0,0458 Ω
Significa que o resistor pode variar de 4,53
Ω a 4,63 Ω de acordo com a tolerância.
6ª Faixa Coeficiente de temperatura =
Vermelho = 50 PPM/°C

O coeficiente de temperatura mostra o


quanto de variação o resistor pode sofrer
em sua resistência de acordo com a
temperatura em que é exposto. PPM
significa, partes por milhão.
VAMOS PRATICAR – DÊ O VALOR REAL DOS RESISTORES E OS VALORES TOLERADOS
E S D – ELECTRO STATIC DISCHARG
DESCARGA ELETROSTÁTICA
O QUE É ESD?
Cargas eletrostáticas são criadas pelo contato e separação de
dois materiais. Por exemplo, uma pessoa andando sobre um
piso gera eletricidade estática conforme a sola do sapato entra
em contato e em seguida se separa da superfície do piso. Da
mesma forma um dispositivo eletrônico deslizando para dentro
ou para fora de uma embalagem gera eletricidade estática,
devido aos múltiplos contatos entre seu corpo e terminais e o
material da embalagem.
ATIVIDADES CAUSADORAS DO ESD?

Algumas destas atividades incluem:

✓ Caminhar sobre um carpete, 1.500 a 35.000 volts.

✓ Caminhar sobre um piso de Vinil sem tratamento, 250 a 12.000 volts.

✓ Sentar em um cadeira com estofamento em Vinil, 700 a 6.000 volts.

✓ Utilizar um envelope em Plástico Comum, 600 a 7.000 volts.

✓ Atritar/Esfregar um plástico comum em uma cadeira com estofamento


em vinil 1.200 a 20.000 volts.
A descarga eletrostática (em inglês, ESD ou Electrostatic Discharge) tem
como sua principal causa a eletricidade estática, gerada a partir do
contato e da separação de materiais. Em alguns casos, como na
montagem de placas eletrônicas, a ESD precisa ser evitada, já que pode
causar danos permanentes aos componentes eletrônicos manipulados
durante a manufatura.
PRINCIPAIS GERADORES DE ESD?
Desenrolar fita isolante

Embalagem plástica sobre bancada

Papel (revistas, livros)

Saco bolha branco

Roupas de nylon e acrílico ou lã

Caminhar sobre piso isolante

Utilização de escova inadequadas

O próprio corpo humano

Isopor
Principais fatores que contribuem para a interferência
eletromagnética são:

•tensão;
•frequência;
•aterramento;
•componentes eletrônicos;
•circuitos impressos;
•desacoplamentos.
SOLUÇÕES CONTRA OS EFEITOS DA ESD?

Existem diferentes formas de atenuar o efeito das descargas


eletrostáticas ou mesmo impedir sua ocorrência. As soluções em
geral são simples e de custo reduzido, permitindo um efetivo ganho
de confiabilidade em processos de manutenção, operação e
armazenagem de equipamentos e componentes.

As principais são :
1. Usar JALECO ANTIESTÁTICO

A utilização de jalecos no ambiente fabril é importante para evitar o contato


da roupa do operador com a placa eletrônica a fim de prevenir interações
indesejadas. O jaleco antiestático ajuda a reduzir o problema, mas não o
evita completamente. Por isso, os profissionais devem utilizar outros itens de
segurança, citados abaixo.

Vestimenta antiestática de auxilio para o


manuseio de equipamentos, conta com
exclusivos bolsos que tornam possível a
armazenagem temporária de pequenos
componentes sem o medo de que os
mesmos sofram com descargas estáticas
vindas do corpo.
2. Calçar CALCANHEIRAS DISSIPATIVAS

Atentar-se aos pontos de contato com o chão é fundamental quando se quer


promover ou evitar aterramento ou descarga eletrostática (ESD). Sendo assim,
colocar proteção nos sapatos ou recomendar aos funcionários o uso de um tipo
de calçado especial costuma ser a conduta mais utilizada.

Esse tipo de precaução é recomendada principalmente caso seja usado material


dissipativo no piso. A calcanheira permite a descarga pelo sapato, já que grande
parte dos calçados possuem solado de borracha, que é isolante.
3. Cobrir a bancada de trabalho com MANTA ANTIESTÁTICA

As estações de trabalho também são fontes importantes de eletricidade


estática. Como estão sempre em contato tanto com o material quanto com o
operador, devem ser isoladas adequadamente.

O uso da manta antiestática é indicado para cobrir bancadas ou estações


eletrônicas de trabalho. Ela permite a condução e a dissipação da energia
estática formada pelo operador, evitando danos e avarias nos equipamentos,
componentes e circuitos durante a manipulação.
4. Vestir LUVAS ANTIESTÁTICAS ESD ANTIDERRAPANTES

É indicada para quem trabalha em ambientes estáticos fazendo a


manutenção de componentes eletrônicos. Além de garantir a segurança do
profissional (que possui carga estática acumulada em seu próprio corpo),
também evita danos nos componentes e peças eletrônicas sensíveis. Em outras
palavras, a luva antiestática evita que o campo estático gerado pela roupa e
na gordura acumulada nas mãos alcancem a PCB (Printed Circuit Board =
Placas de Circuito Interno - PCI) ou outras peças eletrônicas, já que o campo
de estática pode causar sérios danos aos componentes, mesmo sem o toque
direto.
5. Ter nos punhos PULSEIRAS ANTIESTÁTICAS ou de ATERRAMENTO

Ao manusear componentes eletrônicos – circuitos impressos, placas-mãe,


processadores – a carga de energia estática acumulada pode ser
descarregada sobre eles, causando-lhes danos e até a queima. Para evitar
esse problema, um dos equipamentos de proteção mais usados tem sido a
pulseira antiestática. A pulseira possui filamentos condutivos, que servem
para levar a energia estática do usuário para o sistema de aterramento.
6 – Conectar o CABO DE ATERRAMENTO na Manta Antiestática

Desenvolvida com um exclusivo terminal pontiagudo especial para a perfuração


de mantas antiestáticas e um cabo jacaré para fixação em terminais de
aterramento, o cabo em questão garante a perfeita isolação necessária em uma
manta antiestática.
7 – Usar DEDEIRAS ANTIESTÁTICAS

Desenvolvidas com borracha 100% natural, as dedeiras ESD tem como objetivo
impedir a troca de energias estáticas de um corpo para o outro, de fácil
utilização e extrema funcionalidade a mesma torna possível todo e qualquer
movimento não atrapalhando em nada a mão do operador e garantindo ainda
maior agilidade em seus movimentos.

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