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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

Faculdade de Engenharia de São João da Boa Vista


Curso de Graduação em Engenharia Eletrônica e de
Telecomunicações

Grupo (Turma T2): Arthur Fernandes, Leticia Dias, Ian Monteiro, Giovanne Polo

EXPERIMENTO 6 – MULTÍMETROS E RESISTORES

Laboratório de Física 3 – Professor Dr Luiz


Alberto de Paula

São João da Boa Vista, SP


3 DE MAIO DE 2023
SUMÁRIO

1.1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 3

1.2 INTRODUÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 3

1.3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 6

• PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................................. 6

1.4 RESULTADOS E ANÁLISE ................................................................................. 7

1.5 CONCLUSÃO .......................................................................................................8

1.6 REFERÊNCIAS BLIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 9

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1.1 OBJETIVOS

O objetivo desse presente relatório é iniciar os estudos práticos dos tópicos da física
elétrica, em específico desse relatório e desenvolver as habilidades necessárias para uso do
aparelho multímetro para aferição da resistividade de capacitores e comparar e discutir os
resultados conseguidos experimentalmente com os obtidos teoricamente por meio do código de
cores para resistores.

1.2 INTRODUÇÃO TEÓRICA

Um resistor é um dispositivo eletrônico que é usado como forma de resistir ou “dificultar”


a passagem dos elétrons livres por si próprio e limitar a corrente elétrica de um circuito. De
forma análoga, quando é aplicada uma diferença de potencial a extremidade de duas barras, a
primeira produzida de ouro e a segunda de madeira os resultados da corrente elétrica i são muito
diferentes. No caso, a corrente resultante medida no ouro será muito maior do que a observada
na barra de madeira.
O que é observado no exemplo citado acima, do ouro e da madeira, acontece mediante a
resistividade do material, a madeira por exemplo é um mal condutor elétrico e dificulta a
passagem dos elétrons pelo seu interior, diferente do ouro que na natureza é considerado um
excelente condutor elétrico. E da mesma forma o conceito é aplicado ao material que será
produzido o resistor, definindo o conceito de resistividade (tabelado).

𝑉
𝑅= (𝟏 )
𝑖
𝑅 = Resistência (Ω)
𝑉 = Diferença de potencial (Volts)
𝑖 = Corrente elétrica (Ampere (𝐴))
∗ Equação também conhecida como Primeira Lei de Ohm

𝐸
𝜌= (𝟐)
𝐽
𝜌 = Resistividade do material (Ω. 𝑚)
𝐸 = Campo elétrico (𝑁/𝐶)
𝐽 = Densidade de corrente (𝐴/𝑚²)
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Figura 1- Representação física do efeito de resistência elétrica

Fonte: Mundo da Elétrica- O que é resistência elétrica? Disponível em:


https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-resistencia-eletrica/

Além da resistividade do material, outro fator que influencia a resistência elétrica é a


disposição física do material, o que pode facilitar ou impedir a passagem de corrente no circuito. A
Equação 3 abaixo, também conhecida como Segunda Lei de Ohm, relaciona a área da secção
transversal de um fio com a resistência que ele promoverá:

𝐿
𝑅 = 𝜌. (𝟑)
𝐴

Sendo:

𝜌 = Resistividade do material

𝐿 = Comprimento do fio

𝐴 = Área da secção transversal do fio

Ou seja, quanto maior a área da secção transversal do fio menor a resistência e quanto
maior o comprimento do fio maior a resistência, por conta de o maior caminho necessário para os
elétrons caminharem.

Por fim, podemos concluir a ideia de um resistor num circuito pelo seu código de cores. Para
cada faixa de cor existe um valor no qual representa um aspecto na resistência do resistor.

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Figura 2- Foto de um resistor

Fonte: Elaborado pelo autor.

Na figura do resistor acima, a primeira faixa de cor, representa a o primeiro algarismo do


valor da resistência, a segunda faixa o segundo algarismo do valor da resistência, a terceira faixa o
fator multiplicativo da resistência e a quarta faixa a tolerância, ou seja, o erro associado ao valor da
faixa de resistência em que podemos encontrar desse resistor. Os valores de cada faixa para cada cor
estão representados na Tabela 1 abaixo.

Tabela 1- Código de cores dos resistores

Fonte: Elaborado pelo autor

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Tomando como exemplo o resistor da Figura 2, temos:
-Primeira faixa: Laranja: 3
-Segunda faixa: Laranja: 3
-Terceira faixa (fator multiplicativo): Prata: 10−2
-Quarta faixa (tolerância): Dourada: ±5%
Portanto, o resistor da Figura 2 tem resistência e tolerância de: (33. 10−2 ± 5%) [Ω]

Figura 3- Representação de um resistor no esquema de um circuito elétrico (representado por R)

Fonte: HALLIDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de Física; 10 Ed; Rio de Janeiro; Livros
Técnicos Científicos Ltda, 2022, Vol. 3.

1.3 MATERIAIS E MÉTODOS

1. Multímetro simples;
2. Resistores diversos.

• PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A prática experimental, consistiu-se em uma breve explicação o uso do multímetro e
sobre o tema do experimento, abordado pelo professor no quadro, e logo em seguida foi
oferecido ao grupo o multímetro. Com auxílio da Tabela do código de cores para resistores
(Tabela 1) disponibilizada, foram determinados os valores de resistividade teórica de cada
resistor, registrados na Tabela 2 abaixo. E por conseguinte, medido com o multímetro a
resistividade experimental de cada resistor, também representados na Tabela 2 abaixo:

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Tabela 2- Resistores do experimento

Resistor Valor teórico Valor experimental


informado (tabela medido (medido em
de cores) + multímetro)
tolerância

1 (33. 10−2 ± 5%) [Ω] ∗

2 (82. 103 ± 5%) [Ω] 82,30 . 103 [Ω]

3 (68. 102 ± 5%) [Ω] 67,20 . 102 [Ω]

4 (27. 105 ± 5%) [Ω] 2,72 . 103 [Ω]

5 (91. 104 ± 5%) [Ω] 0,90 . 102 [Ω]

6 (47. 100 ± 5%) [Ω] 48,50 . 100 [Ω]

7 (39. 101 ± 5%) [Ω] 38,00 . 101 [Ω]

8 (22. 106 ± 5%) [Ω] ∗∗

9 (22. 105 ± 5%) [Ω] 2,13. 103 [Ω]

10 (56. 10−1 ± 5%) [Ω] 5,90 . 100 [Ω]

Fonte: Elaborado pelo autor


∗ Abaixo da escala mínima do equipamento, impossível inferir.
∗∗ Acima da escala máxima do equipamento, impossível inferir.

1.4 RESULTADOS E ANÁLISE

A partir dos dados coletados na Tabela 2, comparando os dados teóricos e experimentais será
determinado o erro experimental (através da Equação 4) associado a cada resistor e comparado
com a tolerância dada para cada resistor na tabela de cores (Tabela 1).

|𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 |


𝐸% = × 100 (𝟒)
|𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜|

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Tabela 3- Dispersão de erros
Resistor Erro Experimental Tolerância do Respeitou a faixa de
Resistor tolerância do resistor?
1 *** 5% ***
2 0,36 % 5% Sim
3 1,18 % 5% Sim
4 0,74 % 5% Sim
5 1,10 % 5% Sim
6 3,19 % 5% Sim
7 2,56 % 5% Sim
8 *** 5% ***
9 3,18 % 5% Sim
10 5,37% 5% Não
Fonte: Elaborado pelo Autor.

*** Erro experimental impossível de inferir (valor experimental fora da escala do equipamento de
medição (multímetro)

A partir da Tabela 3 acima, conclui-se que todos os resistores respeitaram a tolerância de


erro tabelada, exceto pelo resistor 10. Isso ocorre por conta das condições de medição, condições
de temperatura local e humidade que podem ter afetado a qualidade do resistor, além também
das condições de medida (medir parte da resistência da mão do responsável por fazer as medições
que por ventura podem ter encostado na ponta de prova do multímetro. E por fim, os espaços
marcados por “ *** ” foi impossível de calcular-se por conta da falta do valor experimental, isso
aconteceu pois a faixa de resistência do capacitor fugiu das faixas máximas de medição do
multímetro, ocasionando erro de escala no mesmo.

1.5 CONCLUSÃO

Neste experimento, usamos resistores cada um com código de cores diferentes e


posteriormente os medimos usando um multímetro e uma tabela de códigos de cores de resistores,
para descobrir seu valor teórico. A partir dos resultados obtidos, pudemos verificar a validade do
uso da tabela de códigos de cores para identificar o valor nominal dos resistores e medir os resistores
usando um multímetro.

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Apesar da leitura ser em geral muito parecida as leituras obtidas apenas com as cores dadas
nos resistores, foram observados alguns erros na medição pelo multímetro, porém nenhum destes
erros estavam fora do que era esperado ter como erro.

Houve também problemas com o equipamento pois em certos momentos a escala do


multímetro era muito maior do que a resistência apresentada, assim impossibilitando a medição.
Outro problema apresentado, foi que o multímetro utilizado nas primeiras medições estava com
pouca energia, assim dificultando a medição das resistências, porém o erro foi corrigido após
utilizarmos um multímetro em prefeito estado.

Concluímos que o gráfico de código de cores do resistor é uma ferramenta muito útil para
identificar o valor teórico de um resistor. Mas é preciso ressaltar que deve haver boa iluminação, e
cuidado para não confundir as cores, resultando em erros de medição. Além disso, usar um
multímetro é essencial para medir com precisão a resistência. É muito importante selecionar a faixa
adequada do multímetro para obter leituras precisas e evitar danos ao instrumento.

Portanto, este experimento nos permitiu melhorar nossa consciência do conceito de


resistores, e também sobre a tabela de códigos de cores do resistor e o uso de multímetros. É
importante ressaltar que a compreensão desses conceitos é fundamental para o desenvolvimento de
projetos elétricos e eletrônicos seguros e eficazes.

1.6 REFERÊNCIAS BLIBLIOGRÁFICAS

[1] HALLIDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de Física; 10 Ed; Rio de Janeiro; Livros
Técnicos Científicos Ltda, 2022, Vol. 3.
[2] RAMALHO, F; NICOLAU, G; TOLEDO, P. Os Fundamentos da Física, 6 Ed; São Paulo; Moderna
Ltda, 2007, Vol. 3.
[3] Mundo da Elétrica- O que é resistência elétrica? Disponível em:
https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-resistencia-eletrica

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