UNIVERSIDADE DE SOROCABA - UNISO

CURSO DE GRADUAÇÃO: QUÍMICA INDUSTRIAL, QUÍMICA E

MATEMÁTICA LICENCIATURAS

AMANDA NOVAES – 00105790

ANDRÉ KARAS - 00109502
PAULA OLIVEIRA - 00113162
THAIS CAETANO - 00110652
WYLLYAN CELESTINO - 00116674

Multímetros e Resistores
fenômenos eletromagnéticos

SOROCABA - SP 26/04/2023
 RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo salientar o método experimental realizado em
sala de aula sobre multímetros e resistores, no qual foi realizado um teste de medida
de resistência, e para a realização foi utilizado um multímetro no qual é capaz de
medir diversas grandezas elétricas, alguns resistores e pilhas. A partir disto foi
necessário realizar a medição das pilhas e resistores para saber se estavam
funcionando de acordo com a teoria e assim comprovar como um resistor pode
funcionar.

1.Introdução
O resistor é um componente elétrico, no qual converte energia elétrica, em energia
térmica, que é conhecida como resistência, pois “resistem”, à passagem de corrente
elétrica, assim obtendo como função limiar a tensão no circuito, gerando uma queda
de tensão adequada. Os resistores, não possuem polaridade, portanto, em ambas
as extremidades, a resistência manterá a mesma. E há dois tipos de resistores, que
são os fixos, que possuem uma resistência constante e as variáveis, que são
manuais, pois são ajustados por movimentação mecânica, e é possível alterar a sua
resistência.

Os resistores atuais, possuem um código de cores, que serve para indicar a sua
resistência e a sua tolerância, no qual a primeira faixa indica o primeiro dígito do
valor da resistência, segunda faixa indica o segundo dígito, terceira faixa indica um
fator de multiplicação e a quarta faixa dá a tolerância do resistor.

A relação entre a tensão, corrente elétrica e resistência elétrica é descrita pela Lei
de Ohm, que equivale a Volts (V) e a Ampere (A). A primeira lei de Ohm diz que um
condutor em uma temperatura constante, a sua intensidade elétrica será
proporcional a diferença de potencial, com isto a sua resistência elétrica, será
constante. A segunda lei de Ohm, diz que toda resistência elétrica é proporcional ao
seu cumprimento e inversamente proporcional a sua área de secção transversal.

Nos circuitos elétricos, os resistores se encontram em série ou de forma paralela. Os

resistores em série, estão ligados sequencialmente, e a corrente elétrica é constante
para todos. Nos resistores em paralelo, há uma divisão da corrente elétrica, neste
caso a resistência equivalente da associação será sempre menor que a menor das
resistências individuais.

Contudo, a partir deste conhecimento, é possível medir diferentes tipos de

resistores, utilizando as duas leis de Ohm, e a tabela de cores, e assim compreender
a sua funcionalidade.

1.1- Objetivo

O presente trabalho, teve como objetivo, a compreensão do que é um resistor

elétrico, e como a sua associação interfere no comportamento de um circuito, sendo
assim, os alunos desenvolveram o conhecimento para descrever a associação em
série ou em paralelo. Além de identificar as cores das faixas da superfície, utilizando
a tabela de cores.
2. Materiais e Métodos

2.1- Materiais utilizados

 Multímetro
 Pilha AA (Duracell)
 Pilha AAA (Duracell)
 Pilha D (Duracell)
 Bateria Sony CR2032
 Tomadas de 127V e 220V
 Resistores de 15x10⁴Ω, 22x10⁵Ω e 10x10⁴Ω

2.2- Descrição do experimento:

Deu-se início ao experimento com o multímetro sendo configurado para identificar

até 20 Volts em correntes contínuas e com a separação e identificação das pilhas e
baterias que seriam utilizadas. A primeira pilha a ser testada foi a pilha AA, as
pontas de prova do multímetro foram colocadas nas duas extremidades da pilha, a
ponta preta no terminal negativo e a ponta vermelha no terminal positivo, e fora
identificado a tensão de 1,53V, o teste foi repetido mais duas vezes para um
resultado mais certeiro, onde fora registrado 1,53V e 1,54V respectivamente. A
mesma sequência de procedimentos fora repetida com todas as pilhas e os
seguintes resultados foram obtidos:

1° 2° 3°
 
Resultado Resultado Resultado
Pilha AA 1,53V 1,53V 1,54V
Pilha AAA 1,60V 1,60V 1,60V

Pilha D
1,57V 1,57V 1,57V
(Duracell)

bateria CR2032 0,02V 0,02V 0,02V

Pode-se perceber um valor muito baixo nas baterias CR2032 devido ao fato de
serem baterias usadas e que já perderam muito de sua capacidade total.

Após os testes em pilhas e baterias, o multímetro foi configurado novamente, desta

vez para registrar tensões de até 750V em correntes alternadas, após isso, as
pontas de prova foram utilizadas para penetrar os orifícios de uma tomada de 127V,
o processo foi repetido e foram registrados em todas as repetições os valores de
119V, após isso, novamente usamos a ponta de prova para penetrar uma tomada de
220V e novamente foram obtidos valores exatos, sendo eles desta vez de 209V.

A seguir, o multímetro foi novamente configurado, desta vez para registrar a

resistência elétrica em resistores, os resistores usados foram obtidos de forma
aleatória, antes de dar continuidade aos testes, foi necessário fazer a demarcação e
identificação dos resistores, e os seguintes resultados foram obtidos;

  1° Faixa 2° Faixa 3° Faixa 4° Faixa

Resistor 1 Marrom Verde Amarelo Dourado
Resistor 2 Vermelho Vermelho Verde Sem cor
Resistor 3 Marrom Preto Amarelo Dourado

Com isto, foi possível registrar a resistência teórica dos resistores:

  Valor teórico Tolerância

Resistor 1 15x10⁴Ω ±5%
Resistor 2 22x10⁵Ω ±20%
Resistor 3 10x10⁴Ω ±5%

Após a identificação de todos os resistores, o multímetro foi configurado para

registrar até 20 mil Ω, as pontas de prova foram postas em contato com as duas
extremidades do resistor 1 e foi registrado 0,15x10 ⁵Ω, o teste foi repetido mais duas
vezes e foram registrados 0,15x10⁵Ω e 0,15x10 ⁵. O processo foi repetido com o
resistor 3 e antes de ser feito com o resistor 2 foi necessário mudar a configuração
do multímetro para identificar até 200 mil Ω, assim, obtivemos os seguintes
resultados:

  1° Teste 2° Teste 3° Teste

Resistor 1 0,15x10⁵Ω 0,15x10⁵Ω 0,15x10⁵Ω
Resistor 2 3,5x10⁶Ω 3,5x10⁶Ω 3,6x10⁶Ω
Resistor 3 0,98x10⁵Ω 0,99x10⁵Ω 1,00x10⁵Ω
3. Resultados e Análise dos resultados:

Valor
  Medição 1 Medição 2 Medição 3 Média Variação
Teórico
Pilha D 1,57V 1,57V 1,57V 1,57V 1,50V 4,66%
Pilha AA 1,53V 1,53V 1,54V 1,53V 1,50V 2,00%
Pilha AAA 1,60V 1,60V 1,60V 1,60V 1,50V 6,66%
bateria CR2032 0,02V 0,02V 0,02V 0,02V 3,00V -99,40%
Tomada 1 119V 119V 119V 119V 127V -6,30%
Tomada 2 209V 209V 209V 209V 220V -5,00%

Para as pilhas analisadas, não foram encontrados no site da fabricante os valores de

incerteza para a medição de suas respectivas tensões, por isso, apenas será
comparado o valor teórico, fornecido pela fabricante, com os valores analisados.

Mesmo sem um referencial de incerteza, é nítido que a variação entre os valores

teóricos e as medições foi mais discrepante no caso da “bateria CR2032”, que
apresentou uma variação de -99,4%.

Já para os resistores analisados, pudemos sim tomar seus valores de incerteza e

analisar se os resultados obtidos nas medições foram condizentes com as
incertezas fornecidas pelos fabricantes.

E no caso dos resistores 1 e 3, a variação encontrada entre as médias das

respectivas medições e os valores de incerteza fornecidos pelos fabricantes estão
condizentes, já no caso do resistor 2, a variação entre a média das medições e de
seu valor de incerteza não estão de acordo, pois a variação registrada é quase o
triplo do limite da incerteza esperada, indicando que o produto está inadequado para
uso, seja por desgaste ou até por um defeito de fabricação
4. Conclusão

Com base nos dados apresentados ao longo deste relatório, podemos concluir que o
experimento foi bem-sucedido, uma vez que pudemos registrar os valores de tensão
e resistência de forma efetiva, mesmo que alguns deles não tenham satisfeito o
valor designado de incerteza.
O valor expressivamente menor que o referencial teórico apresentado na medição
da bateria CR2032, de 3,0V, pode ser explicado pelo fato de já ser uma bateria
extremamente gasta, o que a fez perder grande parte de sua tensão original e muito
provavelmente não cumprir a função designada para uma bateria de 3,0V, já que
sua tensão registrada foi de apenas 0,2V, insuficiente para alimentar sistemas
criados para a sua ddp ideal.
Já no caso da resistência 2, que apresentou uma variação de aproximadamente
60% do seu valor teórico, enquanto sua incerteza informada seria de apenas 20%,
também houve uma situação em que foi registrado um equipamento não
recomendado para uso, já que seus valores estão sequer condizentes com os
informados pelo fabricante, mesmo considerando a grande incerteza atrelada ao
produto.
Para as outras medições, as coletas foram satisfatórias e mostram que os produtos
estão sim aptos para serem utilizados para seus mais diversos fins. Apenas
recapitulando que as pilhas não possuíam indicação de incerteza por sua fabricante,
mas como as variações na tensão registradas foram relativamente baixas se
comparadas à variação da bateria de Lítio, é de se concluir que estas estão em
muito melhor estado.

5.Bibliografia

HELERBROCK, Rafael. Resistores. Disponível em:

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/resistores.htm. Acesso em: 23 abr. 2023.
MATTEDE, Henrique. O que é um resistor? Mundo da elétrica. Disponível em:
https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-um-resistor/. Acesso em: 23 abr. 2023.
Resistores. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/resistores/. Acesso
em: 23 abr. 2023