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ELETRÓNICA FUNDAMENTAL

2014-2015

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE GESTÃO DE EQUIPAMENTOS INFORMÁTICOS

Módulo 1 – Noções básicas de eletricidade

PROFESSOR: ALEXANDRE LOURENÇO


CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

A matéria (substâncias) é constituída por partículas muito pequenas (corpúsculos), chamadas átomos, moléculas e
iões.

Estas partículas não são visíveis, mas podem ser detetadas com um microscópio de efeito de túnel.
A teoria que explica a constituição da matéria chama-se teoria corpuscular da matéria.

O tamanho dos átomos é cerca de 0,0000000001 m = 10 EXP -10 m = 0,1 nm (nanómetro: 1 nm = 10 EXP -9 m).

Os átomos são constituídos por eletrões, protões e neutrões.


NÚCLEO DE UM ÁTOMO
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

Os protões têm carga elétrica positiva e encontram-se no núcleo do átomo (centro do átomo).

Os neutrões não têm carga elétrica (são neutros) e encontram-se no núcleo do átomo.

Os eletrões têm carga elétrica negativa e encontram-se à volta do núcleo do átomo.


Os eletrões podem entrar ou sair do átomo e podem estar fora do átomo (eletrões livres).

As moléculas são constituídas por átomos ligados entre si através de ligações químicas.
As moléculas que são constituídas por átomos iguais chamam-se elementares.
As moléculas que são constituídas por átomos diferentes chamam-se compostas.

As moléculas e os átomos não têm carga elétrica (são neutros), porque o número de eletrões é igual ao número de protões.

Os iões são átomos que receberam ou perderam eletrões, ficando com carga elétrica.
Os iões podem ser negativos: são átomos que recebem eletrões e ficam com carga elétrica negativa, porque têm mais eletrões do que protões.
Os iões podem ser positivos: são átomos que perdem eletrões e ficam com carga elétrica positiva, porque têm mais protões do que eletrões.
MATERIAIS CONDUTORES

 Um Condutor é um material que pode conduzir facilmente a Corrente Elétrica, porque a sua Resistência é baixa.
Um Condutor pode ser metálico ou não-metálico. Quando uma diferença de potencial é aplicada no condutor, uma
Corrente flui no condutor. De acordo com a Lei de Ohm: Corrente (I) = Tensão (V) /Resistência (R). A maior parte
dos Condutores são metálicos, tais como o cobre e o ferro. Mas também existem Condutores não-metálicos, tais
como o carbono e o argão.
 A Resistividade é uma unidade para medir a oposição do material ao fluxo da Corrente. De todos os materiais
condutores, a Prata e o Cobre são os dois materiais com melhor condutividade devido às suas baixas resistências.
MATERIAIS ISOLANTES

 Isolantes elétricos são aqueles materiais que possuem poucos elétrons livres e que resistem ao fluxo dos mesmos.

 Plástico (resinas), Silicone, Borracha, Vidro (cerâmicas), Óleo, Água pura deionizada
Energia eltrica e eletricidade

ENERGIA E ELETRICIDADE

 Energia elétrica é uma forma de energia baseada na geração de diferenças de potencial elétrico entre dois pontos,
que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre ambos. Mediante a transformação adequada é possível obter
que tal energia mostre-se em outras formas finais de uso direto, em forma de luz, movimento ou calor, segundo os
elementos da conservação da energia.

 É uma das formas de energia que o homem mais utiliza na atualidade, graças a sua facilidade de transporte, baixo
índice de perda energética durante conversões.
ENERGIA E ELETRICIDADE
ENERGIA E ELETRICIDADE

 A água captada no rio formado pela barragem é conduzida até a casa de força através de canais, túneis e/ou
condutos metálicos. Após passar pela turbina hidráulica, na casa de força, a água é restituída ao leito natural do
rio, através do canal de fuga.
ENERGIA E ELETRICIDADE

 Dessa forma, a potência hidráulica é transformada em potência mecânica quando a água passa pela turbina,
fazendo com que esta gire, e, no gerador - que também gira acoplado mecanicamente à turbina - a potência
mecânica é transformada em potência elétrica.
 A eletricidade produzida é transmitida pelos fios até as grandes cidades. É essa mesma eletricidade que acende os
postes de luz e passeia escondida pelos fios nas ruas.
 A turbina hidráulica de impulsão é útil para aproveitar quedas d'água. A força da água que bate contra a roda faz
com que esta gire. Os tubos de pressão conduzem a água até a turbina.
CIÊNCIAS
ENERGIA E ELETRICIDADE

 A energia do vento tem sido utilizada para a produção de eletricidade. Atualmente existem turbinas eólicas de
várias dimensões, que podem produzir menor ou maior quantidade de energia, conforme as necessidades. Desta
forma, é possível instalar turbinas eólicas para aproveitamento da energia do vento em pequena escala (para
alimentar edifícios, escolas, etc) ou em grande escala, nos chamados parques eólicos, onde é possível produzir
eletricidade para milhares de habitações.
ELETRICIDADE

 A eletricidade é um fenômeno físico originado por cargas elétricas estáticas ou em movimento e por sua interação.
Quando uma carga se encontra em repouso, produz forças sobre outras situadas à sua volta. Se a carga se desloca,
produz também campos magnéticos. Há dois tipos de cargas elétricas, chamadas positivas e negativas. As cargas
de nome igual (mesmos sinais) se repelem e as de nomes distintos (sinais diferentes) se atraem.
TENSÃO ELÉTRICA

 Tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Sua unidade de medida é o volt, o nome é
homenagem ao físico italiano Alessandro Volta. Em outras palavras, a tensão elétrica é a "força" responsável pela
movimentação de elétrons.

 Devemos consultar a tensão elétrica de


um equipamento antes de utilizá-lo.
Energia elétrica e eletricidade

CORRENTE ELÉTRICA

 A corrente elétrica é o movimento ordenado de partículas eletricamente carregadas. Vamos explicar a corrente
elétrica a partir de um condutor metálico (um fio elétrico por exemplo). Dentro desses condutores há muitos
elétrons livres descrevendo um movimento caótico, sem direção determinada.
 Ao aplicar-se uma diferença de potencial entre dois pontos do metal (ligando as pontas do fio a uma bateria, por
exemplo), estabelece-se um campo elétrico interno e os elétrons passam a se movimentar numa certa ordem,
constituindo assim a corrente elétrica.
Energia elétrica e eletricidade

CORRENTE ELÉTRICA

 A corrente elétrica é definida como a razão entre a quantidade de carga que atravessa certa secção transversal
(corte feito ao longo da menor dimensão de um corpo) do condutor num intervalo de tempo. A unidade de medida
é o Coulomb por segundo (C/s), chamado de Ampère (A) em homenagem ao físico e matemático francês André-
Marie Ampère (1775-1836).

Fonte: arquivo do autor


Energia elétrica e eletricidade

CORRENTE ELÉTRICA

 Imaginemos uma lâmpada ligada a um circuito simples:


uma bateria, um interruptor de liga/desliga e a lâmpada na
boquilha.
 Estando o interruptor desligado a corrente elétrica
não circulará (os elétrons não se deslocarão do pólo + para
o - da bateria) pelo fio, devido a sua descontinuidade.

Fonte: arquivo do autor


Energia elétrica e eletricidade

CORRENTE ELÉTRICA

 Ligando-se o interruptor, será observada uma diferença de potencial


elétrico em todo o filamento promovendo um fluxo de corrente elétrica do
pólo + ao - da bateria. Assim, ao passar pela lâmpada ela acenderá. Mas,
como?

Fonte: arquivo do autor


CORRENTE ELÉTRICA

 No interior da lâmpada há um filamento de tungstênio (metal


muito resistente a passagem de cargas elétricas). Ao passarem,
com dificuldade, o elétrons promovem um super aquecimento
do filamento de tungstênio gerando a transformação de energia
elétrica em luminosa e térmica.
 Assim, a lâmpada acende e os elétrões fluem em direção ao
pólo negativo da bateria.

http://static.hsw.com.br/gif/light-bulb-label.jpg
RESISTIVIDADE
RESISTIVIDADE
RESISTIVIDADE

A resistência elétrica varia ainda com a temperatura de acordo com a seguinte


expressão matemática:
R2 = R1 . [1+α .(t2 – t1)]
Em que:
t1 – temperatura inicial (ºC)
t2 – temperatura final (ºC)
R1 – resistência inicial (à temperatura t1)
R2 – resistência final (à temperatura t2)
PROBLEMA

 Suponha que um condutor de cobre, com uma seção transversal de 1,5 mm2, tem um comprimento de 25 metros.
Calcule:
 a) – A resistência elétrica do condutor a 20º C.
 b) – A resistência elétrica do condutor a 40º C.
SOLUÇÃO – ALÍNEA A)

 = = 0,287 Ω
SOLUÇÃO – ALÍNEA B)

R2 = R1 . [1+α .(t2 – t1)]


= 0,287 0,00382
= 0,309 Ω

Conclusão: o aumento da temperatura leva a um aumenta da


resistência elétrica.
PROBLEMA

 Dois caloríferos são ligados à rede elétrica de 230 V.


 Calcule a resistência elétrica de um dos caloríferos, sabendo que absorveu 3A.
RESOLUÇÃO

R = R = R = 76,7 Ω
CÓDIGO DE CORES - RESISTÊNCIAS
POTENCIAL ELÉTRICO

 Qualquer elemento químico é constituído por um núcleo, com protões (carga elétrica positva) e neutrões (sem
carga elétrica), em torno do qual giram os eletrões (carga elétrica negativa)
POTENCIAL ELÉTRICO – DIFERENÇA DE POTENCIAL

 No estado neutro o número de protões é igual ao número de eletrões


 Retirando-se eletrões a um átomo, este fica com mais protões e portanto carregado positivamente
 Retirando-se os protões a um átomo, este fica com mais eletrões e portanto carregado negativamente
POTENCIAL ELÉTRICO – DIFERENÇA DE POTENCIAL

 Quando um corpo se encontra carregado eletricamente, diz-se que possui um determinado potencial elétrico V que se
expressa em Volt(V) no sistema internacional de unidades (S.I).
 O corpo A tem potencial elétrico VA positivo, pois a carga é positiva, o corpo B tem o potencial elétrico VB negativo,
pois a carga é negativa
 Diz-se então que entre os corpos A e B existe uma diferença de potencial (VA-VB)
 À diferença de potencial dá-se também o nome de tensão elétrica. (expressa em volts (V)).

Corpo A Corpo B
CORRENTE ELÉTRICA

 Pergunta: Porque é que os eletrões se deslocam do corpo com carga negativa para o corpo com carga positiva.

 O movimento dos eletrões do potencial elétrico negativo para o potencial positivo dá-se o nome de corrente
elétrico
CORRENTE ELÉTRICA
ANALOGIA CIRCUITO HIDRÁULICO E CIRCUITO ELÉTRICO
ANALOGIA CIRCUITO HIDRÁULICO E CIRCUITO ELÉTRICO
ANALOGIA CIRCUITO HIDRÁULICO E CIRCUITO ELÉTRICO

 A força eletromotriz é a responsável por manter a tensão num circuito elétrico.


TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA

 Unidirecionais
 Bidirecionais
CORRENTE CONTÍNUA

 Fornecida por baterias, pilhas e dínamos


CORRENTE ALTERNADA RETIFICADA

 Corrente periódica
CORRENTES BIDIRECIONAIS PERIÓDICAS
CORRENTE ELÉTRICA

 Quando uma corrente elétrica percorre um circuito elétrico, pode produzir os seguintes efeitos:
 Calorífico – calor provocado pelo choque entre os eletrões e os átomos dos condutores ou dos receptores. Ex.: resitências de
aquecimento.
 Químico – transformação química de algumas substâncias quando percorridas por corrente elétrica. Electrólise de água e os
acumuladores de energia.
 Magnético – produção de campos magnéticos quando o condutor ou receptor é percorrido pela corrente. Ex.: Trinco elétrico
e a campainha elétrica.
 Mecânico – produção de movimento em receptores percorridos pela corrente elétrica. Ex: motor elétrico, o elecroíman e a
electroválvula.
 Luminoso – Exemplos: a lâmpada de incandescência, lâmpada fluorescente e os leds.
CORRENTE CONTÍNUA – SENTIDO REAL E SENTIDO
CONVENCIONAL
GERADOR DE CORRENTE CONTÍNUA – FORÇA ELETROMOTRIZ
PROBLEMAS

 Uma bobina tem 600 metros de fio de cobre de seção igual a 1,5 mm2. Calcule:
 A) – A resistência elétrica do fio da bobina a 20ºC.
 B) – A resistência elétrica que este fio teria se estivesse submetido a uma temperatura de 45ºC.
PROBLEMAS

 Uma resistência elétrica de constantan tem o valor de 250 Ω. Sabe-se que o fio tem uma seção de 1 mm2.

Calcule:
a) o comprimento do fio
b) o valor da resistência elétrica a 50ºC
PROBLEMAS

 A resistência elétrica de um condutor de alumínio é de 1,68 Ω. Sabendo que o comprimento do fio é de 150
metros, calcule:
 A seção do fio
 A resitência elétrica do fio a 60ºC.
PROBLEMAS

 Uma resitência linear é percorrida por uma intensidade de corrente de 0,3A quando submetida a uma tensão de 24
V. Calcule:
 A) o valor da resistência
 B) O valor da intensidade que ela absorveria se lhe aplicássemos uma tensão de 15V.
PROBLEMAS

 Uma resistência elétrica absorve 3A quando ligada a 230 V. Calcule o valor da tensão que lhe é aplicada quando
ela absorve 1,2A.
PROBLEMAS

 Uma resistência elétrica absorve 3A quando ligada a 230 V. Calcule o valor da tensão que lhe é aplicada quando
ela absorve 1,2A.
PROBLEMAS

U(V) I(A) R(Ω)


12 0,2 ?
15 ? 5
? 0,5 10

Calcule o valor em falta


PROBLEMAS

 Um reóstato tem indicado na sua chapa de características os seguintes valores: 200 Ω e 1,3 A. Calcule:
 A) – A tensão máxima que se lhe pode aplicar.
 B) – A intensidade que absorve, se lhe aplicarmos 120V.
 C) – O valor da tensão que se lhe deve aplicar para que ele absorva 0,4A.
PROBLEMAS

 Uma dada resistência elétrica absorve 0,5A. Ao aumentarmos a resistência total para 100 Ω, esta passou a
absorver 0,2A. Calcule:
 A) – A tensão aplicada.
 B) – A resistência inicial
CIRCUITO ELÉTRICO

 Elementos de um circuito elétrico:


 Fontes de alimentação ou geradores
 Condutores e isoladores elétricos
 Aparelhos de proteção
 Aparelhos de medição e contagem
 Aparelhos de corte e comando
 Aparelhos de regulamentação
 Receptores Elétricos
CIRCUITO ELÉTRICO
CIRCUITO ELÉTRICO
CIRCUITO ELÉTRICO
CIRCUITO ELÉTRICO

 ELEMENTOS:
 Um gerador fornece uma corrente ao circuito
 Um recetor que pode ser uma lâmpada ou um motor recebem energia da fonte de alimentação
 Aparelhos de medida (Voltímetro – tensão aplicada , amperímetro – intensidade de corrente, wattimetro – potência elétrica)
 Corta circuito (fusível)
 Um interruptor comanda o circuito (ligar e desligar)
 Condutores de ligação
GERADOR

 Mantem constante a tensão aplicada ao circuito, de forma a que os receptores sejam alimentados por uma corrente
constante.
 Podem ser:
 Eletrodinâmicos ou Eletroquímicos
GERADORES ELETRODINÂMICOS

 Exemplos:
 Dínamo
 Alternador

 Transformam energia mecânica em energia elétrica.


 O dínamo fornece corrente contínua
 O Alternador fornece corrente alternada
 São máquinas rotativas
GERADORES ELETRODINÂMICOS

 Exemplos:
 Pilhas
 Baterias
 Ácidas
 Alcalinas

 Transformam energia química em energia elétrica


 Fornecem corrente contínua
 São geradores estáticos
FONTES DE ALIMENTAÇÃO
APARELHOS DE PROTEÇÃO

 Têm como objetivo proteger o circuito sempre que existe um defeito no circuito elétrico:
 Sobrecarga
 Curto circuito
 Fugas de corrente
 Sobretensões
 Subtensões

 Corta-circuitos fusíveis, disjuntores (magnéticos, magnetotérmicos, diferenciais), relés térmicos


CORTA-CIRCUITOS FUSÍVEIS
DISJUNTORES
APARELHOS DE PROTEÇÃO

 Sobrecarga – aumento de corrente num recetor ou instalação elétrica, geralmente não muito elevado em relação ao
valor usual (valor nominal) durante um período de tempo prolongado. Por exemplo um circuito protegido por um
disjuntor de 16A pode ser percorrido por uma intensidade de corrente de 18A durante algum tempo, sem o
disjuntor disparar. A proteção é feita por disjuntores magnetotérmicos.
 Curto-circuito – consiste num contacto acidental entre os condutores positivo e negativo (em corrente contínua) ou
entre a fase e o neutro (em corrente alternada) ou entre duas ou mais fases (em sistema trifásico). Um curto
circuito corresponde a uma aumento muito acentuado da corrente elétrica numa instalação, bruscamente, isto é,
num espaço de tempo muito curto. Os curto circuito são sempre mais prejudiciais do que uma sobrecarga.
CIRCUITO NORMAL
CURTO CIRCUITO
APARELHOS DE PROTEÇÃO

 Fugas de corrente:
 Ocorrem quando há deficiências de isolamento nos circuitos elétricos
 Quando acontece há perigo de choque elétrico
 Evita-se utilizando interruptores diferenciais ou disjuntores diferenciais e o condutor de proteção deve fazer parte desses
circuitos
APARELHOS DE PROTEÇÃO

 Sobretensões:
 Subidas bruscas na tensão elétrica da rede.
 Causadas por descargas elétricas de origem atmosférica, sobre as linhas da rede, ou falsas manobras na rede.
 Podem ser protegidas por para-raios, que nem sempre atuam com segurança

 Podem ser prejudiciais para o material informático ligado à rede.


APARELHOS DE COMANDO

 Interruptor
 Comutador de lustre
 Comutador de escada
 Contactor
 Teleruptor
 Automático de escada

São concebidos para funcionar num determinado valor de grandeza elétrica. Ex: interruptor de intensidade nominal
IN=10 A e uma tensão nominal de 230 V.
APARELHOS DE MEDIÇÃO E CONTAGEM

 Amperímetro: ligado em série com o recetor


 Voltímetro: ligado em paralelo com o recetor
APARELHOS DE REGULAÇÃO

 Permitem regular as grandezas para valores predeterminados


 Exemplo: reóstato e potenciómetro
 Reóstato potenciómetro
RECETORES

 Recetores de aquecimento – transformam energia elétrica em energia calorífica (irradiadores, ferros de engomar,
torradeiras)
 Recetores de iluminação – transformam energia elétrica em energia luminosa e também calorífica (lâmpadas de
incandescência, fluorescentes)
 Recetores de força-motriz – transformam energia mecânica (máquina de lavar, aspiradores, ventiladores)
 Recetores eletroquímicos – transformam energia elétrica em energia química (acumuladores, cubas de electrólise,
etc)
LEI DE OHM
GERADORES

 Tipo de geradores:
 Eletroquímico
 Eletrodinâmico
PILHA

 Inventada por Volta em 1799


PILHA

 Baseia-se em transferência de eletrões de um metal que tem a tendência a ceder eletrões para um outro que
tem a tendência a receber eletrões, ou seja, ocorrem reações de oxido redução.
 Essa transferência é feita por meio de um fio condutor
PILHA

 Ao colocarmos uma placa de zinco em uma solução de sulfato de zinco (ZnSO 4), cria-se um eletrodo de zinco.

 Se colocarmos uma placa de cobre em uma solução de sulfato de cobre (CuSO 4), teremos um eletrodo de cobre.
 Como o zinco é mais reativo que o cobre, ele tem a tendência a ceder eletrões para o cobre. Assim, se ligarmos
esses dois elétrodos por meio de um fio condutor externo, ocorrerá a transferência de eletrões e consequentemente
a passagem de corrente elétrica. Isso é visível, pois, depois de um tempo, notamos que a lâmina de cobre teve um
aumento de massa, enquanto que a de zinco sofreu corrosão.
 Os eletrões, por apresentarem carga negativa, migram do elétrodo negativo, denominado ânodo para o positivo -
cátodo.
PILHA
FORÇA ELETROMOTRIZ DO GERADOR

 Um gerador é um aparelho que mantém constante a diferença de potencial aos seus terminais, de forma a
alimentar os recetores a uma tensão constante, através da força eletromotriz.
 A força eletromotriz é medida através de um voltímetro aos seus terminais quando não alimenta qualquer recetor
(I=0).
RESISTÊNCIA INTERNA DE UM GERADOR

 Qualquer gerador (eletrodinâmico ou eletrodinâmico) possui sempre um


determinado valor de resistência interna.
 Quando um gerador alimenta um recetor, isto é quando fornece uma intensidade de
corrente, verifica-se uma queda de tensão no gerador (∆U=r. I)
 ∆U – queda de tensão interna do gerador (volts – V)
 r – resistência interna do gerador (ohm - Ω)
 I – intensidade de corrente (amperes – A)
GERADOR EM CARGA

 Um gerador diz-se estar em carga, quando alimenta um dado recetor, fornecendo-lhe um determinado valor de
intensidade
 Circuito em aberto:
 U=E

 Circuito Fechado:
 U=E-∆U=E-r.I
 E – força eletromotriz (volts)

 U – queda de tensão (volts)

 ∆U – queda de tensão interna (volts)

 r – resistência interna (volts)

 I – intensidade de corrente (amperes)


GERADOR EM CARGA

 U = E-rI e U=RI
 Igualando as expressões

 E-rI = RI E=(r+R)I  I =
ASSOCIAÇÃO DE GERADORES EM SÉRIE

 Quando se pretende aumentar a força eletromotriz total.


ASSOCIAÇÃO DE GERADORES EM SÉRIE

 A força eletromotriz
 ET= nE

 rT=nr

 A intensidade de corrente é igual para todos os geradores


ASSOCIAÇÃO DE GERADORES EM PARALELO

 Quando se pretende aumentar a corrente


ASSOCIAÇÃO DE GERADORES EM PARALELO

 Força eletromotriz
 ET=R

 Resistência interna total


 rT=

 Intensidade de corrente total


 IT=nI
APLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE GERADORES

 Associação em série possibilita a obtenção de uma tensão mais elevada.


 3 pilhas de 1,5 V fazem o total de 4,5V
 Nos automóveis 6 elementos de 2V ligados em série, perfazem 12V.

 Associação paralela possibilita aumentar a intensidade total fornecida.


 Exemplo: baterias utilizadas em redes de emergência e socorro, consomem bastante corrente.

 Associação mista permite aumentar a tensão, como a intensidade de corrente fornecida


PROBLEMAS

 Uma bateria, com uma f.e.m. de 5V e uma resistência interna de 0.1 Ω, alimenta um recetor R com uma
intensidade de corrente de 5A. Calcule:
 A) – a queda de tensão interna da bateria
 B) – A tensão aos terminais do receptor
 C) – A resistência do recetor
 D – O valor que o recetor deveria ter para que U=11V
PROBLEMAS

 Dispõe de 4 pilhas de 1,5 V cada e uma resistência de 0.1 Ω cada. Calcule:


 A) - Os valores de ET e rT, se as ligar em série
 B) – Os valore de ET e rT, se as ligar em paralelo
 C – A queda de tensão aplicada a um recetor, quando ligadas em série, sabendo que a corrente fornecida é de 0.3 A
 D – A tensão aplicada a um recetor, quando ligadas em paralelo, sabendo que a corrente fornecida é de 0.5 A.

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