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24/01/2023

MODULO I - FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE


1. ENERGIA
1.1 TIPOS DE ENERGIA.
1.2 FONTES DE ENERGIA ELÉTRICA.
2. GRANDEZAS ELÉTRICAS
2.1. TENSÃO.
2.2. CORRENTE.
2.3. RESISTÊNCIA E IMPEDÂNCIA.
2.4. POTÊNCIA EM CC E EM CA.

Apesar de ser usada em vários contextos diferentes, o uso científico da


palavra energia tem um significado bem definido e preciso: Potencial
inato para executar trabalho ou realizar uma ação.

Qualquer coisa que esteja trabalhando, movendo outro objeto ou


aquecendo-o, por exemplo, está gastando (transferindo) energia.

Energia é um dos conceitos essenciais da física e pode ser encontrado


em todas as suas disciplinas (mecânica, termodinâmica,
eletromagnetismo, mecânica quântica, etc.), assim como em outras
disciplinas, particularmente na Química.

"Segundo o Princípio de Lavoisier, a energia não pode surgir do nada e


nem pode ser destruída. A única possibilidade que existe é a
transformação de um tipo de energia em outro, como a energia da queda
d´água nas hidrelétricas que é convertida em energia elétrica.

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Uma das características mais importantes da energia é a sua capacidade


de transformação de uma forma para outra. E estas transformações
podem ser controladas. Por exemplo: quando ligamos o motor de um
carro, a energia química da bateria se transforma em energia elétrica, que
produzirá trabalho fazendo girar o motor. Em seguida, a energia potencial
da gasolina se transformará em energia cinética e moverá os pistões que
fazem as rodas girarem.

Formas de Energia
Energia cinética: É a energia associada ao movimento dos corpos.
Quanto maior for a velocidade em que um corpo movimenta-se, maior
será a sua energia cinética.

Energia potencial: A energia armazenada em virtude da posição de um


corpo em relação à superfície é denominada de energia potencial
gravitacional. Quanto mais alto estiver um objeto em relação ao solo,
maior será a sua velocidade ao chegar ao chão caso ele inicie uma
queda. Matematicamente, a energia potencial gravitacional é dada pelo
produto entre a massa do corpo, a altura e a gravidade.

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Quando a energia potencial


estiver associada à deformação
de um material elástico, ela será
chamada de energia potencial
elástica, e seu cálculo
dependerá da deformação (x)
causada no material e de uma
constante (k) que determina a
elasticidade do material.

Energia térmica (Calor): O calor é a energia térmica associada à


energia cinética das moléculas que compõem um elemento. A
manifestação do calor só ocorrerá caso exista diferença de temperatura
entre dois corpos.

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Energia química: É a energia liberada


ou formada a partir de reações
químicas, como a energia produzida
por pilhas e baterias.

Energia solar: É a energia


proveniente da luz do sol. Essa forma
de energia pode ser aproveitada na
geração de energia elétrica por meio
de placas fotovoltaicas, por exemplo.

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Energia eólica: É a energia proveniente


do movimento das massas de ar. Pode-
se aproveitar a força dos ventos para
girar hélices e turbinas na produção de
energia elétrica.

Energia nuclear: É a energia obtida a


partir do fenômeno da fissão nuclear, em
que ocorre a divisão do núcleo de um
átomo, gerando a liberação de uma
grande quantidade de energia.

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FONTES DE ENERGIA ELÉTRICA


As fontes de energia são recursos
naturais ou artificiais utilizados pela
sociedade para produção de algum tipo
de energia. A energia, por sua vez, é
utilizada para propiciar o deslocamento
de veículos, gerar calor ou produzir
eletricidade para os mais diversos fins.

As fontes de energia também possuem relação com questões ambientais,


pois, dependendo das formas de utilização dos recursos energéticos, graves
impactos sobre a natureza podem ser ocasionados.
Conforme a capacidade natural de reposição de recursos, as fontes de
energia podem ser classificadas em renováveis e não renováveis.

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Energia renovável e não renovável

Os tipos de energia provenientes de fontes finitas


(fontes de energia que terão um fim) são
denominados de energias não renováveis. Esse é
o caso da energia gerada a partir dos
combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão.

Já a energia gerada a partir de fontes que possuem capacidade de reposição


natural são denominadas de energias renováveis ou limpas. Esse é o caso
da energia proveniente da luz do sol e da energia oriunda da força dos
ventos (energia eólica).

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Fontes não renováveis de energia.


As fontes não renováveis de energia são aquelas
que poderão esgotar-se em um futuro relativamente
próximo. Alguns recursos energéticos, como o
petróleo, possuem seu esgotamento estimado para
algumas poucas décadas, o que eleva o caráter
estratégico desses elementos.

1. Combustíveis fósseis
A queima de combustíveis fósseis pode ser empregada tanto para o
deslocamento de veículos quanto para a produção de eletricidade em
estações termoelétricas. Os três tipos principais são petróleo, carvão mineral
e gás natural, mas existem muitos outros, como a nafta e o xisto betuminoso.

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Os combustíveis fósseis são as fontes de energia mais importantes e disputadas pela


humanidade no momento. Segundo a Agência Internacional de Energia, cerca de 81,63%
de toda a matriz energética global advém dos três principais combustíveis fósseis citados
acima. Essas fontes representam 56,8% da matriz energética brasileira. Assim, muitos
países dependem da exportação desses produtos, enquanto outros tomam medidas
geopolíticas para consegui-los.

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Outra questão bastante discutida a respeito dos combustíveis fósseis refere-


se aos altos índices de poluição gerados por sua queima. Muitos estudiosos
apontam que eles são os principais responsáveis pela intensificação do efeito
estufa e pelo agravamento dos problemas vinculados ao aquecimento global.

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Energia nuclear
Na energia nuclear – também chamada de energia atômica –, a produção de eletricidade
ocorre por intermédio do aquecimento da água, que se transforma em vapor e ativa os
geradores. Nas usinas nucleares, o calor é gerado em reatores a partir da fissão nuclear
do urânio-235, um material altamente radioativo.

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Embora as usinas nucleares sejam menos poluentes do que


outras estações semelhantes, como as termoelétricas, são
alvo de muitas polêmicas, pois o vazamento do lixo nuclear
produzido e a ocorrência de acidentes podem gerar graves
impactos e muitas mortes. No entanto, com a emergência
da questão sobre o aquecimento global, seu uso vem sendo
reconsiderado por muitos países.

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Fontes renováveis de energia


As fontes renováveis de energia, como o
próprio nome indica, são aquelas que
possuem a capacidade de serem repostas
naturalmente, o que não significa que todas
elas sejam inesgotáveis. Algumas delas,
como o vento e a luz solar, são permanentes,
mas outras, como a água, podem acabar,
dependendo da forma como são usadas pelo
ser humano. Vale lembrar que nem toda fonte
renovável de energia é limpa, ou seja, está
livre da emissão de poluentes ou de impactos
ambientais em larga escala.

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Energia eólica
O vento é um recurso energético renovável e, portanto, inesgotável. Em algumas regiões
do planeta, sua frequência e intensidade são suficientes para geração de eletricidade por
meio de equipamentos específicos para essa função. Basicamente, os ventos ativam as
turbinas dos aerogeradores, fazendo com que os geradores convertam a energia
mecânica produzida em energia elétrica.

Atualmente, a energia eólica não é tão


difundida no mundo em razão do alto custo de
seus equipamentos. Todavia, alguns países,
como Estados Unidos, China e Alemanha, já
vêm adotando esse recurso substancialmente.
As principais vantagens dessa fonte de
energia são a não emissão de poluentes na
atmosfera e os baixos impactos ambientais.

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Energia solar
A energia solar é o aproveitamento da luz do sol para gerar eletricidade e
aquecer a água para uso. É também uma fonte inesgotável de energia, haja
vista que o Sol – ao menos na sua configuração atual – existirá por bilhões
de anos.
Há duas formas de aproveitamento da energia solar: a fotovoltaica e a
térmica. Na primeira forma, são utilizadas células específicas que empregam
o “efeito fotoelétrico” para produzir eletricidade.

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A segunda forma, por sua vez, utiliza o


aquecimento da água tanto para uso direto
quanto para geração de vapor, que atuará
em processos de ativação de geradores de
energia.

É importante lembrar que podem ser utilizados também outros tipos de


líquidos. Em razão dos elevados custos, a energia solar ainda não é muito
utilizada. Todavia, seu aproveitamento vem crescendo gradativamente, tanto
com a instalação de placas em residências, indústrias e grandes
empreendimentos quanto com a construção de usinas solares
especificamente voltadas para a geração de energia elétrica.

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Energia hidrelétrica
A energia hidrelétrica corresponde ao aproveitamento da água dos rios para
movimentação das turbinas de eletricidade. No Brasil, essa é a principal fonte
de energia elétrica, ao lado das termoelétricas, haja vista o grande potencial
que o país possui em termos de disponibilidade de rios propícios para a
geração de hidreletricidade

Nas usinas hidrelétricas, constroem-se barragens no leito do rio para


represamento da água que será utilizada no processo de geração de
eletricidade. Nesse caso, o mais aconselhável é que as barragens sejam
construídas em rios que apresentem desníveis em seus terrenos a fim de
diminuir a superfície inundada. Por isso, é mais recomendável a instalação
dessas usinas em rios de planalto, embora também seja possível instalá-las
em rios de planícies, porém com impactos ambientais maiores.

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Biomassa

A utilização da biomassa consiste na queima de


substâncias de origem orgânica para produção
de energia. Ocorre por meio da combustão de
materiais como lenha, bagaço de cana e outros
resíduos agrícolas, restos florestais e até
excrementos de animais.

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É considerada uma fonte de energia renovável, porque o dióxido de carbono


produzido durante a queima é utilizado pela própria vegetação na realização
da fotossíntese. Isso significa que, desde que seja controlado, seu uso é
sustentável por não alterar a macrocomposição da atmosfera terrestre.

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Os biocombustíveis, de certa forma, são considerados um tipo de biomassa,


pois também são produzidos a partir de vegetais de origem orgânica para
geração de combustíveis. O exemplo mais conhecido é o etanol produzido da
cana-de-açúcar, mas podem existir outros compostos advindos de vegetais
distintos, como a mamona, o milho e muitos outros.

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Energia das marés (maremotriz)

A energia das marés ou maremotriz é


o aproveitamento da subida e da
descida das marés para produção de
energia elétrica. Funciona de forma
relativamente semelhante a de uma
barragem comum. Além das
barragens, são construídas eclusas e
diques que permitem a entrada e a
saída de água durante as cheias e as
baixas das marés, propiciando a
movimentação das turbinas.

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Matriz Elétrica Brasileira 2021

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Conceitos básicos de eletricidade.


Apresentaremos a seguir os conceitos básicos da eletricidade, conceitos
estes que são indispensáveis para o entendimento do assunto. Você
aprenderá alguns conceitos das grandezas elétricas como TENSÃO,
CORRENTE, RESISTÊNCIA, POTÊNCIA E FREQUÊNCIA ELÉTRICA.

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o que é eletricidade?
Todos os corpos são compostos de
moléculas, e estas por sua vez, de
átomos. O átomo é a menor porção da
matéria. Cada átomo tem um núcleo, e
neste núcleo estão localizados os prótons
e nêutrons. E na órbita deste núcleo
giram os elétrons, conforme vocês
poderão observar na imagem ao lado. 1.Os nêutrons possuem carga
Portanto, a eletricidade é o efeito do elétrica neutra.

movimento destes elétrons que passam 2.Os prótons possuem carga elétrica
positiva.
de um átomo para outro em um meio 3.Os elétrons possuem carga elétrica
condutor elétrico. negativa.

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Elétron
O elétron é a partícula que torna a eletricidade possível. Os átomos são
compostos de um núcleo denso onde se encontram os prótons e nêutrons,
já em sua órbita estão os elétrons constantemente em movimento.

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Movimento desordenado - caótico

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A condutividade elétrica dos


materiais está baseada no fato
de os elementos possuírem a
última camada eletrônica
instável, ou seja, os elétrons da
sua camada de valência têm
grande facilidade de se deslocar
entre os átomos vizinhos.

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O que determina se um material será bom ou mau condutor elétrico são as


ligações em sua estrutura atômica ou molecular. Assim, os metais são
excelentes condutores de eletricidade devido ao fato de possuírem os
elétrons mais externos “fracamente” ligados ao núcleo, tornando-se livres
para transportar energia por meio de colisões através do metal.
Átomos com muitos
Átomos com poucos
elétrons na última
elétrons na última
camada são isolantes,
camada são
pois tem facilidade em
condutores, pois tem
receber elétrons. Não
facilidade em perder
permitem a passagem
elétrons. Nesse caso
dos elétrons. Os seus
podemos citar os
átomos possuem
metais, como cobre,
grande dificuldade em
ouro, ferro etc
ceder ou receber
elétrons.

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Condutores elétricos são meios materiais nos quais as cargas elétricas


movimentam-se com facilidade. Isolantes elétricos ou dielétricos são
meios materiais nos quais as cargas elétricas não têm facilidade de
movimentação.

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ESTUDO DE ALGUMAS GRANDEZAS ELÉTRICAS

I – TENSÃO ELÉTRICA

Tensão Elétrica ou Diferença de Potencial - Podemos simplificar este


conceito dizendo que a tensão elétrica ou diferença de potencial (DDP) é
a força que impulsiona os elétrons para que se movimentem.

A unidade de medida é o VOLT em homenagem


ao cientista Alessandro Giuseppe Antonio
Anastasio Volta que foi um químico, físico e
pioneiro da eletricidade e da potência, creditado
como o inventor da pilha voltaica. E tem como
símbolo a letra V e nas fórmulas a tensão pode
ser representada pelas letras E, V ou U.

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Existem basicamente dois tipos de tensões;

A Tensão Contínua e, a Tensão Alternada;

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a) Tensão contínua, constante ou


DC (do inglês, “direct current”,
corrente direta): É a tensão que não
varia de valor e sentido com o
tempo. A tensão contínua é
encontrada nas pilhas, baterias e
pode ser obtida através de circuitos
retificadores que transformam de
alternada para continua.

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b) Tensão alternada ou AC (do


inglês, “alternating current“,
corrente alternada): É a tensão que
varia de valor e sentido com o
tempo. É obtida através dos
geradores de energia elétrica.

O período da onda em segundos


representa o tempo que o sinal leva
para completar um ciclo completo,
representado pela letra T.

A frequência da onda em Hertz (HZ) representa o número de ciclos


por segundos, calculada a partir da fórmula: F= 1/T, ou seja, a
frequência é o inverso do período, quanto maior um, menor outro.

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GERADOR MONOFÁSICO

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GERADOR TRIFÁSICO

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Como medir a tensão em um circuito elétrico.


Para medir tensão elétrica ou diferença de potencial precisamos utilizar
um instrumento chamado VOLTÍMETRO. Este instrumento precisa ser
ligado em paralelo com a carga ou seja uma ponta de prova em um
potencial e a outra ponta de prova no outro potencial.

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VOLTÍMETROS

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II - CORRENTE ELÉTRICA

A corrente é a
quantidade de elétrons
que passam em um
determinado tempo por
um fio ou um condutor de
forma ordenada.

A unidade de medida é o AMPÈRE (A) em homenagem ao cientista


André Marie Ampère que foi um foi um físico, filósofo, cientista e
matemático francês que fez importantes contribuições para o estudo do
eletromagnetismo. E tem como símbolo a letra I (i) e nas fórmulas a
corrente elétrica é representada também pela letra I.

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A fórmula utilizada para medir a corrente é:

Onde:

i = corrente em Ampère (A)

Q = é a carga em Coulomb (C) sendo Coulomb a determinação da


quantidade de elétrons. (1 elétron equivale a -1,6 x 10-19 C)

Δ t = é o tempo em segundos (s)

Então, um ampère (1A) corresponde ao transporte de 1 Coulomb de carga


por segundo (1 C/s).

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Na imagem abaixo temos uma representação dos elétrons desordenadas


e ordenados em um material condutor:

Se aproximarmos um polo positivo


de um lado e um negativo de outro
estes elétrons passam a ter um
movimento ordenado, dando origem
à corrente elétrica.

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Existem dois tipos de corrente elétrica:

a) Corrente alternada (CA): Essa corrente é gerada por uma tensão


alternada.

b) Corrente contínua (CC): Essa corrente é gerada por uma tensão


contínua.
Como já vimos nas aulas anteriores, a corrente elétrica é a movimentação
ordenada dos elétrons, que só pode existir se tivermos um circuito elétrico
fechado.
Um circuito elétrico deve ter pelo menos uma fonte de energia elétrica e
uma carga ou receptor que vai consumir e transformar essa energia
elétrica e os condutores.

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Abaixo temos a representação de um circuito elétrico básico;

Circuito fechado, há corrente elétrica - Circuito aberto, não há corrente elétrica

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Em um circuito elétrico, para medirmos a corrente elétrica utilizamos um


instrumento chamado de AMPERÍMETRO. O instrumento precisa ser
ligado em série com a carga ou o condutor precisa passar por dentro de
uma garra, tipo de medição que será explicada mais a frente.

Resumindo:
1. Para existir corrente elétrica, é necessário: Um circuito fechado
com uma fonte de energia elétrica e uma carga;
2. A tensão contínua gera corrente contínua e a tensão alternada
gera corrente alternada.

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Sentido da corrente elétrica

Sentido Real: ocorre nos


condutores sólidos, é o
movimento dos elétrons e
acontece do polo negativo
para o polo positivo.

Sentido convencional: é o
sentido da corrente elétrica que
corresponde ao sentido do
campo elétrico no interior do
condutor, que vai do polo
positivo para o negativo. OBS: O sentido convencional é sempre
usado para análise da corrente elétrica.

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RESISTÊNCIA ELÉTRICA
É a capacidade de um corpo qualquer
se opor à passagem de corrente elétrica
mesmo quando existe uma diferença de
potencial aplicada.

A unidade de medida é o OHM (Ω) em homenagem a Georg Simon Ohm,


que descobriu relações matemáticas extremamente simples envolvendo
as dimensões dos condutores e as grandezas elétricas, definindo o
conceito de resistência elétrica e formulando o que passou a ser chamada
Lei de Ohm. A resistência elétrica tem como símbolo a letra grega ômega
(Ω) e nas fórmulas a resistência elétrica é representada pela letra R.

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Quando um condutor é submetido a uma diferença de potencial, ele passa


a ser percorrido por uma corrente elétrica, que é constituída pelo
movimento de elétrons livres no interior do condutor. Quando esses
elétrons livres entram em movimento, começam a colidir entre si e com os
átomos do condutor. Quanto maior o número de colisões, maior a
dificuldade encontrada pela corrente elétrica em “atravessar” o condutor.
Essa dificuldade de movimento das cargas é que caracteriza a resistência
elétrica.

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A resistência elétrica varia conforme o comprimento, a largura e a


natureza do material do condutor, além da temperatura a que ele é
submetido. Todos esses fatores são relacionados por uma equação
conhecida como Segunda Lei de Ohm:
Onde:

R – Resistência elétrica do material (Ω);

ρ (rô) – Resistividade e possui valores


diferentes para cada tipo de material (Ω.m);

l – Comprimento do condutor (m);

A – Área de seção transversal do condutor


(mm2).

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De acordo com a equação, vemos que a resistência é diretamente


proporcional ao comprimento l do condutor, ou seja, quanto maior o
comprimento, maior será a resistência. Ela também é inversamente
proporcional à área do condutor, pois, quanto maior a área, mais fácil é a
passagem dos elétrons e, consequentemente, menor a resistência do
material.

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1) Um condutor de alumínio tem 300 metros de comprimento e 2 mm


de diâmetro. Calcule a sua resistência elétrica.

São dados L=300m , D=2mm portanto o raio R=1mm e a área da


secção poderá ser calculada por;

S = π.R² = 3,14.1mm² = 3,14 mm² ou 3,14.10-6 m²

Podemos resolver esse exercício de duas formas:

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a) Considerando a resistividade expressa em (W.m). Nesse caso o


comprimento deve estar expresso em m, e a área da secção em m² ,
portanto entrando na expressão que dá a resistência resulta:

𝝆⋅𝑳 𝟐,𝟖𝒙𝟏𝟎 𝟖⋅𝟑𝟎𝟎


𝑹  𝑹  𝑹 2,67 Ω
𝑺 𝟑,𝟏𝟒𝒙𝟏𝟎 𝟔

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b) Considerando a resistividade expressa em (W.mm²/m). Nesse


caso o comprimento deve estar expresso em m, e a área da secção
em mm2 , portanto entrando na expressão que dá a resistência
resulta:

𝝆⋅𝑳 𝟐,𝟖𝒙𝟏𝟎 𝟐⋅𝟑𝟎𝟎


𝑹  𝑹  𝑹 2,67 Ω
𝑺 𝟑,𝟏𝟒

O mesmo valor portanto do item a!

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2) Um fio de cobre tem 2mm de diâmetro. Aplicando-se uma tensão


de 10V resulta uma corrente de 1A. Qual o comprimento do fio ?
Observe que neste problema são dados: diâmetro portanto podemos calcular a área
da secção ( S ), tensão(U) e corrente (I) no condutor portanto podemos calculara a
sua resistência (R), e da tabela obtemos o valor da resistividade (ρ ).

S = π.R² = 3,14.1 mm² = 3,14 mm² = 3,14.10-6 m²

R = 10V/1A = 10 Ohms

Da tabela : ρ = 1,7x10-8 W.m = 1,7x10-2 W.mm²/m

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𝐑⋅𝑺
𝑹 

𝟏𝟎 Ω⋅𝟑,𝟏𝟒 𝒎𝒎²
𝑹 
𝟏,𝟕𝒙𝟏𝟎 𝟐 Ω 𝒎𝒎 /𝒎

𝑹 1847 m

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Variação da Resistividade com a Temperatura

Como já sabemos a resistividade é um ente físico


de oposição ao fluxo da corrente elétrica. Ela é uma
grandeza que depende das dimensões e da
natureza constituinte desse material, além da
temperatura em que ele se encontra.

A resistividade de metais puros


aumenta com o aumento da
temperatura. Por isso, a resistência
elétrica de resistores constituídos por
esses metais também aumenta
quando aumentamos sua
temperatura.

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Com o aquecimento, as moléculas que constituem aumentam seu grau de


agitação e, consequentemente, sua resistividade também aumenta. O que
dificulta a passagem da corrente elétrica.

Por outro lado, o aquecimento provoca um aumento do número de elétrons


livres responsáveis pela corrente elétrica. Porém, para os metais puros, o
aumento do estado de agitação das moléculas predomina sobre o aumento
do número de elétrons livres.

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CAMPO ELÉTRICO
Campo elétrico é uma grandeza física vetorial que mede o módulo da
força elétrica exercida sobre cada unidade de carga elétrica colocada em
uma região do espaço sobre a influência de uma carga geradora de
campo elétrico.

Em outras palavras, o campo elétrico mede a


influência que uma certa carga produz em seus
arredores. Quanto mais próximas estiverem
duas cargas, maior será a força elétrica entre
elas por causa do módulo do campo elétrico
naquela região.

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Campo elétrico e força elétrica

Toda carga elétrica apresenta seu próprio campo elétrico. No entanto,


para que surja a força elétrica, é necessário que o campo elétrico de pelo
menos duas cargas interajam. A resultante vetorial dos campos elétricos
de cada uma das cargas dita, nesse caso, para qual direção e sentido
surgirá a força sobre as cargas. Em posições nas quais o campo elétrico
resultante é nulo, por exemplo, não é possível que haja força elétrica.

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DIREÇÃO E SENTIDO DO VETOR CAMPO ELÉTRICO


O campo elétrico das cargas positivas sempre deve apontar para “fora”
das cargas, na direção do seu raio, enquanto o campo elétrico das cargas
negativas deve apontar para “dentro” delas.

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Para facilitar a visualização do campo elétrico, desenhamos linhas cujas


direções tangentes sempre indicam a direção e o sentido do campo
elétrico. Essas linhas são chamadas de linhas de força:

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Atração e repulsão entre cargas elétricas


A atração e a repulsão elétrica dependem do sinal das cargas elétricas
envolvidas. As cargas de mesmo sinal sofrem repulsão elétrica ao passo
que as cargas de sinais diferentes sofrem atração. Observe as figuras que
mostram as linhas de força entre cargas elétricas:

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Entre cargas de sinal diferente, a resultante do campo elétrico aponta


sempre em direção à outra carga. Com isso, surge a força de atração
elétrica.

Entre cargas de sinal


igual, a resultante do
campo elétrico aponta na
direção oposta à posição
das cargas, promovendo
uma força elétrica de
repulsão entre elas.

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CONDUTORES E ISOLANTES
Existem materiais que facilitam a passagem de elétrons (oferecem menor
resistência), esses são os chamados materiais condutores. Como exemplo
podemos citar os metais como cobre, ouro, prata. Existem também os
materiais isolantes que oferecem maior resistência o que tende a dificultar a
passagem dos elétrons como por exemplo a borracha, madeira, plástico entre
outros.

Todos os materiais isolantes elétricos


apresentam um máximo campo elétrico que
podem suportar. Se esse valor máximo for
ultrapassado, o material, mesmo sendo
isolante, passará a se comportar como
condutor. Quando isso ocorre, dizemos que
a rigidez dielétrica do material foi rompida.

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A rigidez dielétrica é uma


propriedade física muito
importante dos materiais,
uma vez que ela também
define qual é o maior campo
elétrico que tal material pode
suportar, sem que nele
surjam faíscas e descargas
elétricas capazes de danificá-
lo.

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Dielétricos são meios isolantes, isto é, que dificultam a passagem da


corrente elétrica. Esses meios tendem a polarizar-se quando sujeitos a
campos elétricos externos de grande intensidade. O ar atmosférico, por
exemplo, é um bom dielétrico, e para que esse meio conduza elétrons, é
necessário que um grande campo elétrico seja aplicado sobre ele. Quanto
maior for a rigidez dielétrica de um meio, melhor isolante ele será.

Quando polarizados, os dielétricos produzem um campo elétrico em seu


interior que se opõe ao campo elétrico externo. Entretanto, caso o campo
elétrico externo apresente valores superiores ao limite de campo elétrico
de polarização, a corrente elétrica fluirá através do dielétrico, que passará
a ter, ainda que momentaneamente, propriedades condutoras. O nome
desse processo é ruptura de rigidez dielétrica.

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CAMPO ELETROMAGNÉTICO

O campo eletromagnético é um
fenômeno que envolve o campo
elétrico e o campo magnético
variando no tempo.

As equações de Maxwell constituem basicamente a teoria dos fenômenos


eletromagnéticos. No entanto, é importante ressaltar que a Lei de
Faraday da indução é um dos importantes princípios do fenômeno.

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CAMPO MAGNÉTICO
O campo magnético é uma
região do espaço onde as cargas
elétricas em movimento são
sujeitas à ação de uma força
magnética, capaz de alterar as
suas trajetórias. O campo
magnético é resultado da
movimentação de cargas elétricas,
como no caso de um fio que
conduz corrente elétrica ou até
mesmo na oscilação de partículas
subatômicas, como os elétrons.

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LEI DE FARADAY-NEUMANN-LENZ
A lei de Faraday-Neumann-Lenz, ou lei da
indução de Faraday, ou simplesmente, lei
da indução eletromagnética, é uma das
equações básicas do eletromagnetismo.
Ela prevê como um campo magnético
interage com um circuito elétrico para
produzir uma força eletromotriz — um
fenômeno chamado de indução
eletromagnética. É a base do
funcionamento de transformadores,
alternadores, dínamos, indutores, e muitos
tipos de motores elétricos, geradores e
solenoides.

91

92

EFEITO JOULE (EFEITO TÉRMICO)


Todos já devem ter escutado falar desse efeito ou até mesmo presenciado
ele. A maioria dos equipamentos elétricos da nossa casa ficam quentes
durante e após o uso, isso acontece devido a transformação do
movimento dos elétrons em calor. Esse fenômeno é o EFEITO JOULE.

Vários equipamentos instalados da nossa residência têm seu


funcionamento baseado no uso de resistência elétrica por meio de
dispositivos chamados resistores ou resistências. Os resistores têm como
função transformar energia elétrica em energia térmica. Os equipamentos
domésticos mais comuns que utilizam os resistores são o chuveiro
elétrico, o ferro de passar roupas, o secador de cabelo, o forno elétrico, a
churrasqueira elétrica, entre outros.

93

31
24/01/2023

Nós já sabemos que a resistência elétrica está relacionada com o choque


entre os átomos e elétrons em movimento no interior dos condutores.
Esse choque provoca o aumento da temperatura no condutor,
caracterizando um fenômeno chamado Efeito Joule, que serve como base
para o funcionamento dos resistores.

94

Mas como esse movimento se transforma em calor? Quando há contato


entre os próprios elétrons da corrente e do material condutor. Por isso,
quanto mais livremente o elétron se deslocar, menos haverá o efeito Joule
já que as colisões diminuirão gradativamente.

95

EFEITO JOULE EM UM CONDUTOR - SIMULAÇÃO

96

32
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O efeito Joule ocorre em qualquer material, condutor ou isolante, que


apresente resistência elétrica não-nula.

Esse fenômeno é mais expressivo em


materiais isolantes, cujas resistências
elétricas são geralmente mais elevadas.
Entretanto, quando os materiais isolantes
são percorridos por correntes elétricas
intensas, é possível que surjam neles
defeitos irreparáveis em razão do grande
aumento de temperatura.

97

PRIMEIRA LEI DE OHM

Como já estudamos acima a SEGUNDA LEI DE OHM, que trata da


resistência dos materiais em função da sua resistividade, comprimento e
área de seção transversal. Agora vamos aprender a PRIMEIRA LEI DE
OHM, que relaciona tensão, corrente e resistência elétrica através da
seguinte fórmula:
Onde:

V – Tensão elétrica (Volts).


V=RxI I – Corrente elétrica (Ampère).

R – Resistência elétrica (Ohms).

98

Para facilitar o entendimento e a aplicação da primeira LEI DE OHM


veremos abaixo uma técnica muito útil. Utilizaremos o TRIANGULO DA
LEI DE OHM, onde colocamos as variáveis tensão, corrente e resistência
e de acordo com o posicionamento é possível encontrar a fórmula
necessária para a calcular uma das grandezas, como representado
abaixo.

99

33
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Nesta técnica cobrimos a grandeza que queremos descobrir e as


grandezas que ficam aparecendo são as que serão usadas nó cálculo. Se
estiverem uma em cima da outra nós dividimos e se estiverem uma ao
lado da outra nós multiplicamos. Conforme você pode observar na
imagem acima.

100

Na primeira LEI DE OHM podemos observar que a corrente elétrica é


diretamente proporcional a tensão elétrica e inversamente proporcional a
resistência elétrica. Então;

1. QUANTO MAIOR A TENSÃO, MAIOR SERÁ A CORRENTE.

2. QUANTO MAIOR A RESISTÊNCIA, MENOR SERÁ A CORRENTE.

Para demonstrarmos a aplicação da primeira lei de ohm vamos fazer


dois exercícios, conforme segue;

101

1- Qual é a RESISTÊNCIA elétrica de um chuveiro elétrico que possui


uma corrente de 20 ampéres quando ligado em uma tensão elétrica
de 220 volts?

𝑼 𝟐𝟐𝟎
𝑹 𝑹 R=11 Ω
𝑰 𝟐𝟎
Descobrimos que o valor da resistência deste
chuveiro é de 11 ohms.

Então, agora sabemos que o nosso chuveiro elétrico possui uma


resistência elétrica de 11 ohms e uma corrente de 20 ampéres quando
ligado em um circuito com tensão elétrica de 220 volts.

102

34
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2- Qual é a RESISTÊNCIA elétrica de um chuveiro elétrico que possui


uma corrente de 34,6 ampéres quando ligado em uma tensão elétrica
de 127 volts?

𝑼 𝟏𝟐𝟕
𝑹 𝑹 R= 3,67 Ω
𝑰 𝟑𝟒, 𝟔

O conhecimento da lei de ohm é de extrema importância


pois, nos ajuda a entender diversos princípios e efeitos da
eletricidade no corpo humano. Quando o corpo humano é
exposto a passagem da corrente elétrica (pega choque),
nosso corpo é visto como uma resistência elétrica.

103

POTÊNCIA ELÉTRICA

Potência elétrica é a medida da quantidade de energia elétrica fornecida


ou consumida por um circuito elétrico. Pode ser calculada por meio de
grandezas como tensão, corrente e resistência elétrica, e sua unidade de
medida é o WATT.

104

O cálculo da potência elétrica é de grande importância, uma vez que, por


meio dele, é possível determinar qual será a quantidade de energia
elétrica consumida por um dispositivo elétrico durante um determinado
intervalo de tempo.

No caso dos equipamentos elétricos, a potência indica a quantidade de


energia elétrica que foi transformada em outro tipo de energia por unidade
de tempo.

Por exemplo, uma lâmpada incandescente que


em 1 segundo transforma 100 joule de energia
elétrica em energia térmica e luminosa terá
uma potência elétrica de 100 W.

105

35
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POTÊNCIA ELÉTRICA EM CORRENTE CONTÍNUA


Para calcular a potência elétrica em corrente contínua utilizamos a
fórmula abaixo, ressalto que esta fórmula se aplica a circuitos em corrente
continua e a circuitos puramente resistivo em corrente alternada:

Sendo;

P: Potência (W)
P = U.I I: Corrente elétrica (A)

U: Diferença de potencial (V)

106

Ou podemos usar outras fórmulas onde, de acordo com a lei de ohm,


tensão é o produto da corrente pela resistência. Substituindo na equação
acima, teremos:

107

1- Qual a potência elétrica desenvolvida por um equipamento,


quando a diferença de potencial (ddp) nos seus terminais é de 127
VCC e a corrente que o atravessa tem intensidade de 20 A?

Solução:

Para calcular a potência, basta multiplicar a corrente pela ddp, sendo


assim temos:

P = U.I  P = 20 x 127  P= 2.540 W

Frequentemente, a potência é expressa em kW, que é um


múltiplo do W, de forma que 1 kW = 1000 W. Sendo assim, a
potência do motor é de 2,54 kW.

108

36
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ROSETA PARA CÁLCULOS DAS GRANDEZAS ELÉTRICAS


ESTUDAS ACIMA.

109

POTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA (CA)


Normalmente em circuitos de corrente alternada (CA) contendo
característica resistiva, dizemos que a tensão e corrente existentes
encontram-se em fase. Isso significa que o comportamento das ondas
que identificam essas grandezas é o mesmo ao longo de um ciclo,
determinado pela frequência com que tal movimento se repete de modo
completo.
Porém se no circuito existem cargas indutivas ou capacitivas, tais
elementos armazenam energia e a devolvem à fonte (rede elétrica da
concessionária) posto que não é realizado trabalho útil nesse caso. Logo,
teremos um fator de potência considerado baixo e uma corrente maior
será necessária para realizar o mesmo trabalho que num circuito com alto
fator de potência.

110

Circuitos em corrente alternada costumam


ser resolvidos através da análise fasorial.
Nesse tipo de circuito pode haver
componentes capazes de armazenar
energia elétrica e criar uma defasagem de
um ângulo φ entre o fasor ou vetor de fase
corrente I e o fasor tensão U. Nesse caso
são definido três tipos de potência: potência
aparente, potência ativa, potência reativa.

1. Potência Aparente (S)


2. Potência Ativa (P)
3. Potência Reativa (Q)

111

37
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A Potência Aparente (S) é a potência total


exigida da rede elétrica e não leva em
conta a defasagem entre a tensão e a
corrente. Pode ser definida como o
produto dos valores eficazes de tensão e
corrente;

S = Vef . Ief

A unidade de medida da potência aparente no SI é o VA (volt-ampére)


que também é dimensionalmente igual ao WATT.

112

A potência aparente serve principalmente para especificar a capacidade


de equipamentos elétricos. Um exemplo típico são os transformadores. O
fator que limita a capacidade de um transformador é sua temperatura de
funcionamento. Como o transformador não é um equipamento ideal, ele
apresenta perdas de energia quando é conectado à rede.

Uma parte dessas perdas depende da


corrente de carga de tal forma que, se a
corrente for excessiva, as perdas também
serão excessivas e a temperatura
ultrapassará a temperatura de projeto do
transformador, que em geral está situada
entre 70 °C e 90 °C.

113

Se o transformador operar o tempo todo na temperatura de projeto, em


média ele irá durar a vida útil de projeto, algo em torno de 20 a 30 anos.
Porém, se ele operar em temperaturas acima da temperatura de projeto,
haverá uma aceleração no processo de degradação dos materiais
isolantes, e consequentemente o transformador irá durar bem menos
tempo.

A curva que relaciona a vida útil dos materiais


isolantes com a temperatura é fortemente
inversa; como exemplo cita-se a “regra dos 8
°C”: a cada 8 °C a mais de temperatura, a vida
útil cai à metade.

114

38
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Para exemplificar, vamos supor que estamos utilizando um transformador


110 V/220 V para ligar uma geladeira de tensão nominal 220 V e corrente
nominal 3A a uma rede com tensão nominal de 110 V.

Neste caso o transformador deverá ter uma capacidade tal que sua
temperatura de projeto não seja excedida para a corrente de carga
especificada (3 A no enrolamento secundário, ou 6 A no enrolamento
primário).

Em vez de especificar a capacidade do transformador através da corrente


primária máxima, ou da corrente secundária máxima (o que certamente
geraria confusão), especifica-se a capacidade do transformador através
da potência aparente (VA):

115

A Potência Ativa (P) que também


conhecida como potência real ou útil,
corresponde à potência dissipada em um
ciclo, ou seja, corresponde à parcela da
potência recebida que se transforma em
trabalho. Seu valor é dado por:

P = Vef . Ief . cos φ


Em um elemento puramente resistivo, em que a tensão está em fase com
a corrente, toda a potência recebida é dissipada e, portanto, a potência
ativa é máxima. A Potência Ativa é a potência que realmente produz
trabalho útil. A unidade de medida da potência ativa no SI é o WATT (W).

116

A Potência Reativa (Q) corresponde à


parcela da potência que não é convertida
em trabalho útil, sendo armazenada e
devolvida ao gerador. Seu valor é dado
por:

Q = Vef . Ief . sen φ


Esse tipo de potência aparece quando há dispositivos capazes de
armazenagem. Os indutores armazenam energia na forma de campo
magnético, enquanto os capacitores na forma de campo elétrico e criam
uma defasagem entre a tensão e a corrente.

117

39
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Por convenção, a potência reativa é positiva em um circuito indutivo e


negativa em um circuito capacitivo. Em um circuito puramente indutivo ou
capacitivo (indutores e capacitores ideais) a defasagem é de ± 90º,
fazendo com que a potência reativa seja máxima, não havendo conversão
de energia.

118

O que é energia reativa?


Para fazer os motores,
transformadores e outros
equipamentos com enrolamentos
funcionarem, são necessárias a
energia ativa e a energia reativa. A
energia reativa produz o fluxo
magnético nas bobinas dos
equipamentos, para que os eixos
dos motores possam girar. Já a
energia ativa é aquela que
executa de fato as tarefas,
fazendo os motores girarem para
realizar o trabalho do dia a dia.

119

Apesar de necessária, a utilização de energia reativa deve ser a menor


possível. O excesso de energia reativa exige condutor de maior secção e
transformador de maior capacidade, além de provocar perdas por
aquecimentos e queda de tensão.

120

40
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EXISTEM TRÊS TIPOS DE CARGAS

1. Resistiva

2. Indutiva

3. Capacitiva

121

1. Carga Resistiva - A energia segue um fluxo


único ao longo do sistema, onde tensão e
corrente encontram-se em fase. O fator de
potência nesse caso é unitário.

Ondas de tensão e corrente em fase. Se essas


ondas forem senoidais, FP = 1 resistivo,
sendo o ângulo de fase φ = 0º

122

2. Carga Indutiva - A carga produz potência


reativa com um atraso de corrente em relação
a tensão. O fator de potência nesse caso está
atrasado. Ex.: motores elétricos e lâmpadas
com reatores.

Onda de corrente atrasada em relação à onda


de tensão, logo a carga possui característica
indutiva. FP < 1 (atrasado). φ representa a
defasagem entre elas.

123

41
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3. Carga Capacitiva - A carga produz potência


reativa com um adiantamento de corrente em
relação a tensão. O fator de potência aqui está
adiantado. Ex.: bancos de capacitores e cabos
elétricos enterrados.

Onda de corrente adiantada em relação à onda


de tensão, logo a carga possui característica
capacitiva. FP < 1 (adiantado). φ representa a
defasagem entre elas.

124

Quando as ondas de tensão e corrente são puramente senoidais, o


triângulo abaixo representa a relação entre as potências aonde P é a
componente horizontal de S e Q a componente vertical.

125

Sabemos que;
S = Vef . Ief
e
P = S . cos φ
e
Q = S . sen φ
Então;

Cos φ = P
S Onde:
Ou
FP é o Fator de Potência;
FP = KW = Cos φ Cos φ é o Cosseno do ângulo fi;
KW é a potência ativa e KVA é a
KVA potência aparente, que é a soma
da potência ativa e reativa.

126

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Desse cálculo, o valor resultante pode estar entre -1, que é uma
quantidade indutiva, ou seja, literalmente negativa, ou 1 que é uma
quantidade capacitiva, ou positiva e indica que o FP está trabalhando
corretamente.

Sendo Cos φ definido como FATOR DE POTÊNCIA. Então Fator de


Potência (FP) seria um índice que mede a eficiência de um circuito na
utilização da energia consumida. Em outras palavras consiste na
quantidade de energia aproveitada pela carga, oriunda do fornecimento.

Essa grandeza assume qualquer valor entre 0 (zero) e 1 (um).


Sendo 0, toda energia que chega a carga e será devolvida à fonte.
Sendo 1, toda energia enviada pela fonte será consumida pela
carga. Diz-se que o fator de potência será adiantado ou atrasado
conforme a relação entre as ondas de tensão e correntes geradas e,
isso varia de acordo com a carga conforme vimos anteriormente.

127

128

O ideal é que se obtenha um fator de potência resistivo, mas na prática


isso é impossível quando se utiliza cargas indutivas. Visando anular o
efeito de um FP atrasado e buscando torná-lo o mais próximo de 1 é que
se utiliza bancos de capacitores com energia reativa contrária à da carga.

Sendo o fator de potência indutivo (provocando instabilidade no sistema),


quedas de tensão ou até mesmo dissipação maior de potência ocorrerão
em consequência da maior quantidade de energia reativa emitida pelas
cargas. Significa que será necessária uma corrente maior para produzir a
mesma potência útil requerida, pois as perdas irão ser consequentemente
maiores também.

129

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𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝑸 𝟏𝟐𝟖𝟕


1. sen(φ)= 𝒉𝒊𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒖𝒔𝒂
 sen(φ) 𝑺
 sen(φ) 𝟑𝟑𝟎𝟎 = 0,39
Veja o exemplo a seguir:

Em um circuito de CA com fator de potência igual a 0,92 sendo


submetido a uma corrente de 15 A e uma tensão de 220 V, temos:

Potência Aparente: S = V . I = 220 v . 15 A = 3300 VA;

Potência Ativa: P = V . I . cos ⱷ = 220 . 15 . 0,92 = 3036 W.

Potência Reativa: Q = V . I . sen ⱷ = 220 . 15 . 0,39 = 1287 Var.


No exemplo, temos 3300 VA de potência aparente sendo recebida pelo circuito,
porém apenas 3036 W são convertidos em energia útil (92% de S), com 1287 VAr
de energia reativa não gerando trabalho útil, fluindo simplesmente de um ponto
ao outro do circuito.

130

Na figura abaixo, está representado o esquema trigonométrico mostrando


um triangulo retângulo com potência ativa P, a potência reativa Q, e a
potência aparente S. O ângulo φ é dito como o FP.

131

REVISÃO DE TRIGONOMETRIA

O ângulo se calcula através das razões trigonométricas são elas sen(φ),


cos(φ) e tg(φ): lê-se seno de fi; cosseno de fi; e tangente de fi
respectivamente. Utilizamos para estas determinações as fórmulas
abaixo;
𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐
sen(φ) =
𝒉𝒊𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒖𝒔𝒂

𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒋𝒂𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆
cos(φ)=
𝒉𝒊𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒖𝒔𝒂

𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐
tg(φ)=
𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒋𝒂𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆

132

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cateto oposto é o lado do triângulo, neste caso Q, hipotenusa é o lado


oposto ao ângulo reto (90°), neste caso S e o cateto adjacente está logo a
frente do ângulo de 90°, neste caso P.

Na imagem acima observe que o cateto adjacente (P) é igual a


3036, e hipotenusa (S) é igual a 3300 e o cateto oposto (Q) é igual
a 1287.

133

então:

𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝑸 𝟏𝟐𝟖𝟕


1. sen(φ) =  sen(φ)  sen(φ) = 0,39
𝒉𝒊𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒖𝒔𝒂 𝑺 𝟑𝟑𝟎𝟎

𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒋𝒂𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑷 𝟑𝟎𝟑𝟔


2. cos(φ)=  cos(φ)  cos(φ) = 0,92
𝒉𝒊𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒖𝒔𝒂 𝑺 𝟑𝟑𝟎𝟎

𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝑸 𝟏𝟐𝟖𝟕


3. tg(φ)=  tg(φ)  sen(φ) = 0,42
𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒋𝒂𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑷 𝟑𝟎𝟑𝟔

134

Para sabermos o ângulo φ em graus (utilizar a função Cos-1)

𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒋𝒂𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑷 𝟑𝟎𝟑𝟔


Cos-1  Cos-1  Cos-1 = 23º
𝒉𝒊𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒖𝒔𝒂 𝑺 𝟑𝟑𝟎𝟎

Logo;

O ângulo φ é igual a 23°

135

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CÁLCULO DA POTÊNCIA UTILIZANDO O RENDIMENTO (ɳ) E O


FATOR DE POTÊNCIA DO EQUIPAMENTO.

1. Rendimento de uma máquina

O rendimento de uma máquina consiste na medida do desempenho


desta, sendo a razão entre a energia ou potência cedida e a energia ou
potência por ela recebida.

Em geral, o rendimento de uma máquina varia com as condições


segundo as quais ela opera e existe, habitualmente, uma carga com a
qual opera com rendimento mais elevado.

136

O rendimento é um número adimensional (segundo as leis da


termodinâmica, menor que a unidade, devido à dissipação) que expressa
o grau de aproveitamento de um determinado processo e as perdas que
o referido processo suporta.

Nas máquinas, o rendimento consiste na relação entre a energia que


estas convertem em trabalho e a energia total que consomem para o
efeito, sendo geralmente expresso em percentagem. Este rendimento,
que nunca excede a unidade (os 100%), é da ordem de 10% a 15% para
as máquinas a vapor e de 80% a 90% para os motores elétricos.

137

As máquinas em geral são transformadores de energia. Uma locomotiva


a vapor, por exemplo, transforma o calor obtido na queima do carvão (ou
lenha) em energia cinética da locomotiva. Um ventilador transforma
energia elétrica em energia cinética, uma hidrelétrica transforma energia
cinética da água em energia elétrica, etc.

Vamos imaginar um ventilador elétrico, como o da figura acima. Sabemos


que ele recebe energia elétrica (Et), que percorre o fio ligado à tomada na
parede. Podemos dizer que a função do ventilador nada mais é do que a
de transformar a energia elétrica recebida em energia cinética das pás
(Eu).

138

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Seria ideal que toda essa energia que ele recebe fosse transformada em
energia cinética, porém percebemos que isso não ocorre, pois se
colocarmos a mão no corpo do ventilador, notaremos seu aquecimento.
Esse aquecimento significa que parte da energia que ele recebe é
transformada em calor.

A energia que o ventilador recebe é chamada de energia total (Et) e a


energia elétrica que é transformada em energia cinética das pás é
chamada de energia útil (Eu). Podemos também considerar as potências,
sendo que a potência elétrica recebida é a potência total (Pt) e a potência
utilizada é a potência útil (Pu).

139

Vamos então considerar uma máquina qualquer que recebe uma potência
total Pt. Parte dessa potência é usada para a tarefa a qual a máquina foi
destinada (Pu) e a outra parte é perdida, chamada de potência dissipada
(Pd). Dessa forma, temos:

Pt = Pu + Pd
O rendimento (η) dessa máquina é definido por:

𝑷𝒖 𝑷𝒖
η= ou  η (%) = . 100
𝑷𝒕 𝑷𝒕

140

Podemos calcular o rendimento percentual de um motor elétrico trifásico


utilizando a seguinte expressão;
𝟕𝟑𝟔 . 𝑷 𝒄𝒗
η (%) =
𝟑 .𝒗 .𝒊 .𝒄𝒐𝒔 𝝋
Sendo;

η (%) = rendimento em porcentagem.


P (cv) = potência elétrica da máquina.
V = tensão elétrica de alimentação em volts.
I = corrente elétrica em ampéres.
Cos φ = fator de potência do motor elétrico.
736 = constante de conversão cv para watts (1 CV = 736 W).
√3 = 1,73  fator para circuitos trifásicos.

141

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Podemos calcular o rendimento percentual de um motor elétrico


monofásico utilizando a seguinte expressão;

𝟕𝟑𝟔 . 𝑷 𝒄𝒗
η (%) =
𝒗 .𝒊 .𝒄𝒐𝒔 𝝋
Sendo;

η (%) = rendimento em porcentagem


P (cv) = potência elétrica da máquina
V = tensão elétrica de alimentação em volts
I = corrente elétrica em ampéres
Cos φ = fator de potência da máquina
736 = constante de conversão cv para watts (1 CV = 736 W)

142

Para calcularmos a potência utilizando o rendimento (ɳ) e o fator de


potência do equipamento faremos da seguinte maneira;

A Potência total (W) é obtida somando a potência (W) de todas as peças


associadas ao circuito. Esta informação é retirada diretamente do
cadastro da peça ou na sua placa de identificação que normalmente está
fixada no equipamento.

A Potência total (VA) é obtida somando a


potência (VA) de todas as peças associadas
ao circuito. A potência (VA) de cada peça é
calculada da seguinte maneira:

143

Onde:

P (VA) = Potência, em VA;


P (W) = Potência total, em W (informada no cadastro da peça);
ɳ = Rendimento (normalmente é informado pelo fabricante do equipamento);
FP = Fator de potência, em alguns equipamentos é informado pelos
fabricantes.

144

48
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145

146

As concessionárias estabeleceram o valor 0,92 como ideal para o


fator de potência a ser mantido pelos clientes em suas instalações
elétricas, conforme resolução normativa Nº 569 da ANEEL de 23 de julho
de 2013.

Abaixo desse valor, haverá a cobrança por excedente de reativos


ajustadas pelas regras dos contratos realizados entre fornecedor e
cliente. Essa multa é aplicada sobre a energia consumida ao longo de um
mês e o fator de potência na condição em que esteja abaixo do valor
mínimo exigido.

147

49
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Efeitos do Baixo Fator de Potência


Um baixo fator de potência demonstra que a energia está sendo mal
aproveitada pela unidade consumidora e pode trazer os seguintes riscos
e prejuízos:

1. Variações de tensão, que podem provocar queima de equipamentos


elétricos;
2. Condutores aquecidos;
3. Perdas de energia;
4. Redução do aproveitamento da capacidade de transformadores;
5. Quanto mais baixo o fator de potência, mais cara a conta de energia.

148

Principais Causas do Baixo Fator de Potência


Tudo o que exige energia reativa elevada acaba causando baixo fator de
potência:

1. Motores trabalhando em vazio durante grande parte de tempo;


2. Motores superdimensionados para as respectivas cargas;
3. Grandes transformadores alimentando pequenas cargas por muito
tempo;
4. Lâmpadas de descargas (de vapor de mercúrio, fluorescente, etc.) sem
correção individual do fator de potência;
5. Grande quantidade de motores de pequena potência.

149

Benefícios da Correção do Baixo Fator de Potência

Resultados decorrentes da correção do fator de potência:

1. As variações de tensão diminuem;


2. Os condutores tornam-se menos aquecidos;
3. As perdas de energia são reduzidas;
4. A capacidade de transformadores alcança melhor aproveitamento;
5. Aumento da vida útil dos equipamentos;
6. Utilização racional da energia consumida;
7. Fim da cobrança do consumo de energia reativa excedente, que é
cobrado na conta de energia.

150

50
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Ações para Correção do Baixo Fator de Potência


As providências básicas para evitar o desperdício de dinheiro e de
energia e também riscos eventuais decorrentes do baixo fator de potência
podem ser as seguintes:

1. Dimensionar corretamente motores e equipamentos;


2. Utilizar e operar convenientemente os equipamentos;
3. Elevar o consumo de energia ativa (kWh) se for conveniente à unidade
consumidora;
4. Instalar capacitores onde for necessário;
5. Corrigir o baixo fator de potência por meio da utilização do serviço de
técnicos habilitados.

151

Visando evitar o pagamento desnecessário de


multas por violar as recomendações das
empresas responsáveis pelo fornecimento de
energia, a solução prática a ser utilizada
quando necessário é a instalação dos
chamados BANCOS DE CAPACITORES,
elementos que conectados ao equipamento
cuja produção de reativos for excessiva, evita
sobrecarga do sistema durante seu
funcionamento. Um fator de potência irregular
segundo avaliam alguns engenheiros pode
afetar a eficiência da geração e transmissão
de energia elétrica.

152

Banco de Capacitores

Os capacitores são equipamentos


capazes de armazenar a energia
reativa e fornecer aos
equipamentos essa energia
necessária ao seu funcionamento.

153

51
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Uma forma econômica e racional de obter-se a energia reativa necessária


para a operação dos equipamentos é a instalação de bancos de
capacitores próximo a esses equipamentos. A instalação de capacitores,
porém, deve ser precedida de medidas operacionais que levem à
diminuição da necessidade de reativo, como o desligamento de motores e
outras cargas indutivas ociosas ou superdimensionadas.

Com os capacitores funcionando como fontes de reativo, a circulação


dessa energia fica limitada aos pontos onde ela é efetivamente
necessária, reduzindo perdas, melhorando condições operacionais e
liberando capacidade em transformadores e condutores para atendimento
a novas cargas, tanto nas instalações consumidoras como nos sistemas
elétricos das concessionárias.

154

Os bancos de capacitores devem ser total ou


parcialmente desligados, em conformidade com
o uso dos motores e transformadores, para não
haver excesso de energia reativa capacitiva,
causando efeitos adversos ao sistema elétrico da
concessionária.

155

156

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Tipos de correção do fator de potência


Existem cinco maneiras de instalar um banco de capacitores, objetivando
a conservação de energia e uma relação custo/benefício mais atraente.
Veja a seguir as peculiaridades relativas a cada método citado.

1. Correção na entrada de energia de média tensão:

2. Correção na entrada de energia de baixa tensão:

3. Correção por grupos de cargas:

4. Correção localizada ou individual:

5. Correção mista:

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1. Correção na entrada de energia de alta tensão: Corrige o fator de


potência avaliado pela concessionária, porém não elimina os problemas
internos da instalação que apresenta excedente de reativos. Apresenta
custo elevado.

2. Correção na entrada de energia de baixa tensão: Utiliza em geral


bancos de capacitores automáticos, permitindo uma correção expressiva
do fator de potência. Aplicado a instalações contendo elevado número de
cargas com potências nominais diferentes e aonde o regime de utilização
for pouco uniforme. Uma desvantagem observada seria o fato de não
haver alívio sensível dos alimentadores que correspondem a cada
equipamento.

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3. Correção por grupos de cargas: Nesse método, o banco de


capacitores é instalado para efetuar a correção do fator de potência em
um determinado setor ou conjunto de pequenas máquinas (potências
mecânicas menores que 10 cv). Localiza-se no quadro de distribuição
que alimenta tais equipamentos. Não reduz a corrente nos circuitos de
alimentação, o que consiste em um inconveniente característico.

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4. Correção localizada ou individual: A instalação do banco de


capacitores é feita junto ao equipamento para o qual se pretende corrigir
o fator de potência. Consiste numa solução adequada tecnicamente
falando, com algumas vantagens enunciadas a seguir:

 Reduz as perdas energéticas em toda a instalação;


 Diminui a carga nos circuitos de alimentação dos equipamentos;
 Pode-se utilizar em sistema único de acionamento para a carga e o
capacitor, economizando-se um equipamento de manobra;
 Gera potência reativa somente onde é necessário.

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5. Correção mista: Essa instalação é considerada a melhor e mais


completa solução em termos de conservação energética, levando em
conta aspectos técnicos, práticos e financeiros. O critério adotado segue
as determinações abaixo:

Instala-se um capacitor fixo diretamente no lado secundário do


transformador;
 Motores de aproximadamente 10 cv ou mais, corrige-se localmente (tendo cuidado
com motores de alta inércia, pois nesse caso não se pode dispensar o uso de
contatores para manobra dos capacitores desde que a corrente nominal deles seja
superior a 90% da corrente de excitação do motor);
 Motores com potências inferiores a 10 cv são corrigidos por grupos;
 Redes próprias para iluminação com lâmpadas de descarga, contendo reatores de
baixo fator de potência, corrige-se na entrada da rede;
 Na entrada instala-se um banco de capacitores automático de pequena potência para
equalização final.

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Observamos que o fator de potência interfere diretamente na qualidade


da energia distribuída pela rede elétrica à qual nossas residências estão
ligadas. Quando o aproveitamento dessa energia é feito de modo a
produzir a menor instabilidade possível no transporte das cargas, ocorre
um ganho em eficiência na entrega do produto. O banco de capacitores
torna-se muito útil quando o excesso de cargas reativas principalmente
no setor industrial causa desníveis de tensão e perdas que desestruturam
o fornecimento, constituindo nesses casos solução direta para evitar
distorções ou falhas com prejuízos diretos ao consumidor.

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C
TENSÃO DE LINHA =
TENSÃO DE
TENSÃO DE FASE . √3
LINHA B + C B
TENSÃO
DE FASE TENSÃO DE FASE =
TENSÃO C+N TENSÃO DE LINHA / √3
DE FASE
B+N
√3 = 1,7320

N Exemplos;

TENSÃO DE LINHA 220 V 


TENSÃO TENSÃO DE FASE 127 V
TENSÃO
DE LINHA
DE LINHA
TENSÃO A+C TENSÃO DE LINHA 380 V 
A+B
DE FASE TENSÃO DE FASE 220 V
A+N
TENSÃO DE LINHA 440 V 
TENSÃO DE FASE 254 V
ATERRAMENTO
DO NEUTRO A

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TENSÃO DE
TENSÃO
LINHA B + C
DE LINHA TENSÃO DE LINHA
A+C =
TENSÃO DE FASE

B
TENSÃO DE LINHA
A+B

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