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Energia

Prof. Fernando Guilger


Ciências - 8º ano
A Energia e suas formas no dia a dia
TIPOS DE ENERGIA
Energia mecânica: relacionada ao movimento, pode ser manifesta na forma de
Colisor LHC energia potencial e energia cinética.

Energia térmica: relacionada a agitação de átomos ou molécula.

Energia elétrica: relacionada as cargas elétricas (prótons, elétrons e íons)

Energia luminosa: relacionada a luz

Energia química: obtida a partir da composição química das substâncias (ex:


alimentos, combustíveis)

Energia nuclear: energia obtida através de fissão ou fusão nuclear

Energia por aniquilação de pares: reação de matéria com antimatéria, as


partículas desaparecem produzindo energia luminosa (colisores de partículas) – ex
pósitron – elétron
TRANSFORMAÇÕES DE
ENERGIA
Hidrelétricas
Energia potencial
gravitacional ⇒ energia
cinética (água) ⇒ energia
cinética (turbina) ⇒ energia
elétrica
Usinas eólicas
Usinas solares
Termoelétrica

Energia química ⇒ energia térmica ⇒ energia cinética ⇒ energia elétrica


Usinas nucleares

Energia nuclear ⇒ energia térmica ⇒ energia cinética ⇒ energia elétrica


O que é energia?
“É importante observar que hoje nós não sabemos o que é energia. O
que sabemos é que existe uma lei governando todos os fenômenos
naturais conhecidos até hoje. Não existe nenhuma exceção conhecida a
essa lei, que é conhecida pelo nome de Lei da Conservação de Energia.
Ela estabelece que há uma certa quantidade, que nós chamamos
energia, cujo valor não se altera, nas várias mudanças que ocorrem na
natureza. Ela não é a descrição de um mecanismo ou qualquer coisa
concreta. É uma lei abstrata porque é um princípio matemático. Ela
exprime o fato de que, quando calculamos um certo número (o valor da
energia) no início de um processo e no fim do processo, os resultados são
iguais.” R. P. Feynman, R.B. Leighton, M. Sands. Lectures on Physics. 1963.
v.1
Princípio de conservação de energia
O dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define princípio, na linguagem física, como:

- proposição elementar e fundamental que serve de base para uma ordem de conhecimentos;

- lei de caráter geral com papel fundamental no desenvolvimento de uma teoria e da qual outras leis
podem ser derivadas.
Princípio de conservação de energia
Ao longo da história, muitas explicações sobre o mundo natural se apoiaram na ideia de
conservação. Ao buscar grandezas físicas que permanecem inalteradas após uma transformação, o
homem procurava reduzir as diferentes variáveis para a interpretação física da Natureza.

Um dos princípios de conservação mais conhecidos é aquele sobre a matéria, formulada pelo
químico francês Antoine Lavoisier em 1789.
“Podemos estabelecer como um axioma incontestável que nada se cria nas operações da arte nem nas da
natureza; há uma quantidade de matéria igual antes e depois da experiência [...] e nada mais tem lugar para
além de mudanças e modificações nas combinações destes elementos. É sobre esse princípio que se baseia
toda a arte de realizar experiências em química.” Traité Elémentaire de Chimie
Na natureza nada se cria e nada se destrói, tudo se transforma
Outro exemplo de conservação
O estudo da conservação da energia parece ter começado da seguinte pergunta: De onde vem o
movimento de um corpo?

René Descartes foi um dos primeiros a interpretar o movimento em termos de princípio da


conservação. Segundo Descartes:
“Deus criou a matéria com uma parte em repouso e outra em movimento... por isso se conserva no Universo,
por seu concurso comum, a mesma quantidade de movimento e repouso que Ele colocou no princípio da
criação.” Principes de Philosophie
É possível que um movimento seja
conservado eternamente?
O cientista e matemático alemão Gottfried Leibniz concebeu no séc. XVII a medida do movimento da seguinte forma:

vis viva = mv²

vis viva = quantidade de movimento – essa vis viva seguiria o principio da conservação, não pode ser criado nem
destruído. Era transferido entre os corpos.

m= massa do corpo

v= velocidade

Essa formulação matemática foi importantíssima, pois vis viva está diretamente relacionada com a energia cinética (ou de
movimento)

vis viva= mv² e Ec = ½ mv²


Uma definição informal que é adequada a uma
boa quantidade de fenômenos do dia a dia é a
seguinte:

Uma Consideremos um sistema formado por um ou

definição mais corpos. Diremos que esse sistema possui


energia se, de alguma forma, puder movimentar
“coisas’, fazer com que as “coisas” funcionem.

parcial
Ou seja a energia seria a capacidade de realizar
trabalho, que é outra definição bastante ampla
que estudaremos a seguir.
Pilha de Volta
A pilha de Volta, também conhecida como pilha voltaica (ou ainda, pilha
galvânica), é formada por discos intercalados de dois metais diferentes. Por
exemplo, são colocados um disco de prata, um disco de zinco por cima e um
disco de papelão embebido em uma solução de salmoura. Continua
realizando essa montagem intercalada: disco de prata/ disco de zinco/disco
umedecido até formar uma coluna alta, mas que consegue se sustentar; por
último, as extremidades da pilha são ligadas com um fio condutor externo.

Assim, esse dispositivo recebeu esse nome porque realmente era uma
“pilha”, isto é, discos empilhados formando uma coluna.

Fonte:https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/pilha-alessandro-volta.htm
Pilhas comuns e
alcalinas
As pilhas convertem energia química em elétrica. A pilha comum é
formada de zinco (pólo negativo) e carbono (pólo positivo), em contato
interno entre si por meio de uma mistura de dióxido de manganês,
carbono, cloreto de zinco e amônio. Quando os pólos, positivo e negativo,
são ligados externamente, ocorre uma reação química em que o zinco
libera elétrons que atravessam o circuito externo. “O dióxido de
manganês, em contato com o carbono, por sua vez, ‘consome’ elétrons.
Essas transformações químicas produzem uma diferença de potencial
elétrico, a voltagem, e consequentemente energia elétrica”, explica o
engenheiro químico Tibor Rabóczkay, da Universidade de São Paulo. A
pilha alcalina funciona de modo semelhante, mas se compõe de hidróxido
de potássio. Por suas características, essa substância (alcalina, não
ácida, e daí o nome da pilha) realiza a transferência de elétrons com mais
facilidade. Por isso, armazena uma quantidade maior de energia e dura
mais tempo que a pilha comum. Como o hidróxido de potássio é difícil de
ser obtido, custa mais caro, o que se reflete no preço da pilha.

Fonte: https://www.tebel.com.br/blog/qual-a-diferenca-de-pilha-comum-e-alcalina/
Ao demonstrarem a
possibilidade de fazer energia
utilizando métodos científicos e
uma

batata, Anne acrescenta: “Diga-


me e eu esquecerei. Ensine-me e
eu lembrarei. Envolva-me

e eu aprenderei. Ser diferente


não é ruim, só não é ser igual”
Acendendo
uma lâmpada
com limão
1.Faça dois pequenos cortes na
casca do limão e enfie em cada
um a placa de cobre e a placa
de zinco (os metais não devem
se tocar);

2.Conecte os fios com as garras


de jacaré em cada uma das
placas e à lâmpada do outro
lado. ...

3.Observe
a lâmpada se acender. ...
Átomo
(modelo de Rutherford-Bohr)

Carga elétrica do próton = 1,6 * 10-19


Carga elétrica do elétron = -1,6 * 10-19
Carga elétrica do nêutron = 0
Alguns conceitos
Corrente elétrica = fluxo de elétrons que se move através de um material condutor em função de uma
diferença de potencial (ddp).

A intensidade da corrente é determinada pela fórmula:

∆𝑄 (𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎)
𝑖=
∆𝑡 (𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜)
Q é expresso pela unidade coulomb (C) em homenagem a Augustin de Coulomb (1736-1806).

1 C = 6,25 * 1018 elétrons

i é expresso pela unidade ampère (A) em homenagem a André-Marie Ampère (1736-1806).

Assim, 1 A = 1 C/s.
Alguns conceitos
Circuito elétrico = caminho fechado que permite a
circulação da corrente elétrica produzida.

Circuito fechado = permite passagem da corrente.

Circuito aberto = interrompe a passagem da corrente.

Interruptor = responsável por interromper a passagem de


corrente, abrindo o circuito.

Diferença de potencial = diferença entre a capacidade de


induzir a movimentação de cargas elétricas (potencial
elétrico), necessária para que a corrente possa fluir no
circuito elétrico. Ela é mais conhecida como voltagem ou
tensão elétrica e é expressa em volts (v) em homenagem a
Alessandro Volta (1745-1827).
Alguns conceitos
Potencial elétrico = grandeza física que representa a quantidade de energia elétrica “consumida” por
unidade de tempo.

A potência é determinada pela fórmula:

𝐸 (𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎)
𝑃=
𝑡 (𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜)
P é expresso pela unidade watt (w) em homenagem a James Watt (1736-1819).
No livro Viagem ao centro da Terra, de Julio Verne,
o prof. Otto Lidenbrock, seu sobrinho Axel e o
islandês Hans Bjelke. empreendem uma jornada
em busca do centro da Terra, um local que seria
povoado por criaturas pré-históricas e dominado
por fenômenos físicos curiosos (no contexto do
livro, evidentemente).
— Estamos na Ásia — bradava eu —, nas costas
do Indostão, nas ilhas da Malásia, na
Oceânia! Atravessámos o diâmetro do Globo e
saímos nas antípodas da Europa.
— Mas a bússola? — objetava meu tio.
— Sim, a bússola! — respondia eu, deveras
confuso. — A dar-lhe crédito caminhámos
sempre para o norte.
— Então mentiu?
— Oh! mentir!
— Só se isto é o pólo norte!
— O pólo, não! Mas...
Havia um facto inexplicável. Não sabia que
imaginasse.
Um dia, andando eu a arrumar uma colecção de minerais no
escritório do doutor, vi a famosa bússola e lembrou-me
examiná-la.
Ali estava, havia seis meses, para um canto, sem se
importar com os tormentos que causava.
De repente dei um salto de espanto! Soltei até um grito!
Meu tio acudiu, correndo.
— Que é isto? — perguntou.
— A bússola!...
— E depois?
— A sua agulha indica o sul e não o norte!
— Que dizes?
— Olhe! Tem os pólos trocados.
— Trocados!
Meu tio olhou, comparou e fez tremer a casa toda com um
famoso pulo.
Era a luz que entrava no seu espírito e no meu!
— Portanto — disse ele mal recobrou o uso da palavra —,
quando chegámos ao cabo de Saknussemm, esta maldita
bússola marcava sul em vez de norte?
— Decerto!
— Então explica-se o nosso erro. Mas qual seria a causa
desta inversão magnética?
— Muito simples.
— Diz, homem.
— Durante a tempestade no mar de Lidenbrock, aquela
esfera de fogo, que magnetizou todos os objectos a
bordo, desorientou a bússola!
— Ah! Ah — exclamou o doutor, desatando a rir. — Foi
brincadeira da eletricidade.
Moby Dick
(Herman Melville)

O livro é narrado por Ishmael,


marinheiro que embarca no
baleeiro Pequod. Ishmael é
testemunha da obsessão do
capitão Ahab por Moby Dick, o
cachalote albino. Cheio de ódio,
Ahab quer perseguir a baleia até
“que ela solte um jato de sangue
preto e boie com as barbatanas
para cima”.
Mas, refreado de súbito por algum pensamento contrário, precipitou-se em
direção ao leme, perguntando roucamente qual o rumo do navio.
— És-sueste, senhor — respondeu assustado o timoneiro.
— Mentes! — e bateu-lhe com o punho cerrado. — Rumo este a esta hora da
manhã, e com o sol a ré?
A isso, não houve quem não se confundisse, pois o fenômeno então observado
por Acab escapara inexplicàvelmente a todos; mas sua própria evidência, de
cegar deve ter sido a causa.
Inclinando-se sobre a bitácula, Acab deu uma olhada nas bússolas; seu braço
erguido caiu devagar; por um momento êle quase pareceu cambalear. De pé
atrás dêle Starbuck olhou, e eis que as duas bússolas indicavam leste, e o
“Pequod” estava infalìvelmente indo para oeste.
Mas, antes que o primeiro alarma precipitado se divulgasse amplamente no
seio da maruja, o velho, com um riso severo, exclamou: — Já sei. Não é a
primeira vez que isso acontece. Seu Starbuck, a trovoada da última noite
inverteu as bússolas — é tudo. Deves ter ouvido falar disso antes, suponho eu.
— Sim, mas nunca me aconteceu antes, senhor — respondeu o pálido
imediato, com tristeza.
Deve-se aqui dizer que acidentes como êsse têm ocorrido em mais de um caso
com embarcações durante violentas tempestades. A energia magnética, tal
como se revela na agulha de marear, é, todos o sabem, essencialmente uma
com a eletricidade vista no céu; daí, não é muito de espantar que essas coisas
aconteçam. Em casos em que o raio realmente atingiu o barco, de modo a
derrubar algumas vêrgas e parte do cordame, o efeito sôbre a agulha foi às
vêzes ainda mais fatal, tôda a sua força de atração sendo aniquilada, de modo
que o aço, antes magnético passou a ser tão útil como a agulha de tricô de
uma velha.
Esperimento
de Øersted
O efeito magnético da corrente elétrica

“A consequência principal é que a agulha imantada é desviada de sua posição de equilíbrio pela ação do
aparelho voltaico, e que este efeito se produz quando o circuito está fechado e não quando ele está
aberto; é por ter deixado o circuito aberto que célebres físicos não puderam conseguir, há alguns anos,
nas tentativas deste gênero [...] coloca-se em comunicação as extremidades opostas do aparelho
voltaico por meio de um fio de metal que [...] nós chamaremos de condutor...; e nos daremos o nome de
conflito elétrico às ações donde este condutor e o espaço que o envolve são a sede...”

Outras conclusões feitas por Oersted:


• O efeito magnético aparece tão logo a corrente começa a circular no fio;
• O efeito magnético cessa tão logo o circuito é interrompido;
• A inversão de corrente faz a agulha da bússola inverter de sentido.
Frankenstein
Frankenstein
Foi numa monótona noite de novembro que vi a consumação de meus esforços. Com uma ansiedade que beirava a
agonia, reuni ao meu redor os instrumentos de vida que poderiam infundir uma centelha de ser na coisa inanimada que
jazia a meus pés. Já era uma da manhã; a chuva tamborilava lugubremente contra as vidraças, e minha vela já estava
quase consumida, quando, pelo fraco clarão da luz quase extinta, vi abrirem-se os fundos olhos amarelados da criatura;
ele respirou fundo e um movimento convulsivo agitou-lhe os membros.

Como posso descrever a minha comoção ante essa catástrofe, ou como desenhar o desgraçado que com o infinito
trabalho e atenção eu conseguira formar? Seus membros eram desproporcionais, e eu escolhera as suas feições pela
beleza. Beleza! Santo Deus! Sua pele amarelada mal cobria o entrelaçamento dos músculos e das artérias; os cabelos
eram de um negro lustroso e liso; os dentes, de perlada brancura; mas essas exuberâncias apenas serviam para formar um
contraste mais medonho com seu rosto enrugado, seus lábios retilíneos e negros e seus olhos aguados, que pareciam
quase da mesma cor que as órbitas de um branco pardacento em que se encaixavam.
Frankenstein
Os diversos acidentes da vida não são tão mutáveis como os sentimentos da natureza humana. Eu me empenhara
duramente quase dois anos, com o único propósito de infundir vida num corpo inanimado. Para tanto, eu me privara de
descanso e de saúde. Desejara aquilo com um ardor que ia muito além da moderação; mas, agora que acabara, a beleza do
sonho desvaneceu-se e um horror e uma repugnância febris encheram o meu coração. Incapaz de suportar o aspecto do ser
que criara, saí correndo da sala e continuei por longo tempo indo de um lado para o outro do quarto, incapaz de conciliar
o sono. Por fim, um cansaço sucedeu ao tumulto por que passara, e me joguei na cama ainda vestido, tentando obter
alguns momentos de esquecimento. Mas em vão; dormi, sim, mas fui atormentado pelos mais atrozes sonhos. Julguei ver
Elizabeth, na flor da saúde, a caminhar pelas ruas de Ingolstadt. Exultante e surpreso, eu a abracei, mas, ao dar o primeiro
beijo em seus lábios, eles se tornaram lívidos, com a cor da morte; suas feições pareceram mudar, e acreditei ter o cadáver
da minha falecida mãe em meus braços; uma mortalha a envolvia, e vi vermes do túmulo arrastando-se nas pregas da
flanela.
Frankenstein
Acordei apavorado; um suor frio cobria a minha testa, meus dentes batiam, e meus membros entraram em convulsão,
quando, pela luz pálida e amarelada do luar, que forçava a passagem pelas venezianas da janela, eu vi a ruína – o
miserável monstro que eu criara. Ele levantou a cortina da cama; e seus olhos, se é que se podem chamar olhos,
cravaram-se em mim. Suas mandíbulas abriram-se, e ele sussurrou alguns sons inarticulados, enquanto um sorriso
franzia suas faces. Talvez ele tenha falado, mas eu não ouvi; uma das mãos estava esticada, aparentemente para me
deter, mas eu escapei e voei escada abaixo. Refugiei-me no pátio da casa em que eu residia, onde permaneci pelo resto
da noite, caminhando para cima e para baixo em grande agitação, ouvindo atentamente, captando e temendo cada som,
como se anunciasse a aproximação do cadáver demoníaco ao qual eu tão miseravelmente dera vida.
Frankenstein
Ah, nenhum mortal poderia suportar o horror daquele rosto. Uma múmia a que fosse devolvida a animação não seria
tão medonha quanto aquele desgraçado. Eu o examinara quando ainda inacabado; ele já era feio, mas, quando aqueles
músculos e articulações se tornaram capazes de se mover, se transformou numa coisa que mesmo Dante não poderia ter
concebido.

Passei pessimamente a noite. Às vezes meu pulso batia tão rápido e forte que eu sentia a palpitação de cada uma das
artérias; outras vezes, quase caía ao chão, de tanto cansaço e fraqueza. Misturada a esse horror, sentia a amargura da
decepção; os sonhos que haviam sido meu alimento e meu repouso durante tanto tempo agora se haviam transformado
num inferno para mim; e a mudança foi tão rápida; a derrota, tão completa!
"Frankenstein;
ou, o Prometeu
moderno"
O livro conta, basicamente, a
história de um cientista chamado
Victor Frankenstein, que criou um
"monstro" juntando diferentes
partes de corpos humanos e lhe
deu vida presumivelmente por
meio de descarga elétrica.

Na história original, o mostro não


tem nome, mas, com o tempo,
convencionou-se chamá-lo de
Frankenstein.
A inspiração...
“O caso em que se baseia esta
ficção, segundo o dr. Darwin e
alguns fisiólogos alemães, não é
impossível de acontecer.”

Mary Shelley (1797 - 1851)


Galvanismo
Luigi Galvani, professor da universidade de Bolonha,
Itália, estava dissecando o corpo de um sapo morto
dentro de uma bandeja metálica, no ano de 1756.

Ao tocar a perna do animal com outro instrumento


metálico, percebeu que ela se mexeu, numa espécie de
espasmo muscular.

Com base nesse e outros experimentos , Galvani


formulou uma teoria afirmando que o corpo produzia
eletricidade.
Voltando a eletricidade...
Alessandro Volta, também italiano e contemporâneo de Galvani, não se convenceu e começou a fazer
seus próprios experimentos, tentando refutar a proposição de Galvani.

As experiências de Volta o levaram a inventar a primeira pilha elétrica da história, a pilha de Volta, que é
basicamente um empilhamento de discos de cobre e zinco intercalados e separados por discos de papel
embebidos em água salgada (eletrólito).
Entendendo o experimento pelo olhar atual
Os íons são partículas carregadas eletricamente (partículas com excesso ou falta de elétrons). No caso do
sal, basta ele entrar em contato com a água para se formarem íons. No caso do limão, uma parte do ácido
cítrico (contido no sumo do limão) está dissociada na forma de íons H+ e citrato.

Os íons contidos nos sais ou nos ácidos podem aproximar-se de um metal e trocar elétrons com ele. Nesse
processo de troca de elétrons, os íons se movem de um lado para outro e conduzem corrente elétrica.

Em outras palavras, o que acontece ao encostar o metal em uma solução salina ou ácida é que passa a
acontecer transporte de elétrons do metal para os íons positivos e vice-versa (dos íons negativos para o
metal), fazendo com que surja a nossa tão conhecida corrente elétrica.

O fato é que os músculos funcionam à base de correntes elétricas.


A energia mecânica é utilizada para movimentar os imãs, fazendo-os girar. Essa movimentação faz com que o
campo magnético varie. Conforme a Ley de Faraday, campos magnéticos variáveis geram campos elétricos.
ESTADO CIDADE VOLTAGEM
ACRE Cruzeiro do Sul e Rio Branco 110 V
ALAGOAS Maceió 220 V
AMAPÁ Macapá 110 V
AMAZONAS Barcelos, Humaitá, Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga e Tefé. 110 V
Ilhéus, Feira de Santana Paulo Afonso e Salvador. 110 V
BAHIA
Barreiras 220 V
CEARÁ Crateús e Fortaleza 220 V
DISTRITO FEDERAL Brasília 220 V

Qual a
ESPÍRITO SANTO Vila Velha 110 V
GOIÁS Aragarças, Cristalina, Formosa, Goiânia, Ipameri e Jataí. 220 V
MARANHÃO Imperatriz e São Luís 220 V
MATO GROSSO Cáceres, Cuiabá e Rondonópolis. 110 V
Amambaí, Aquidauana, Bela Vista, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, 110 V
MATO GROSSO DO SUL

voltagem no
Miranda, Nioaque, Ponta Porã, Porto Murtinho e Três Lagoas. (podendo ser 220V na maioria das cidades)

Belo Horizonte, Itajubá, Juiz de Fora, Montes Claros, Pouso Alegre, Santos Dumont, São
João Del Rei, Sete Lagoas, Três Corações (Uberlândia - 220V) 110 V
MINAS GERAIS
Araguari 220 V
PARÁ Altamira, Belém, Itaituba, Marabá, Santarém e Tucuruí. 110 V
Apucarana, Cascavel, Castro, Curitiba, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guaíra, Lapa,

Brasil: 110v Palmas e Ponta Grossa. 110 V


PARANÁ
Guarapuava e Rio Negro 220 V
PARAÍBA Bayeux, Campina Grande e João Pessoa. 220 V
PERNAMBUCO Garanhuns, Jaboatão, Olinda, Petrolina, Recife e São Bento do Una. 220 V
PIAUÍ Picos e Teresina 220 V

ou 220v? RIO DE JANEIRO

RIO GRANDE DO NORTE


Campos dos Goytacazes, Itatiaia, Macaé, Niterói, Paracambi, Petrópolis, Resende, Rio
de Janeiro e Valença.
Caicó e Natal
Porto Alegre e Rio Grande
Alegrete, Bagé, Bento Gonçalves, Butiá, Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Cruz Alta,
110 V

220 V
110 V

Dom Pedrito, General Câmara, Ijuí, Itaara, Itaqui, Jaguarão, Nova Santa Rita, Pelotas,
RIO GRANDE DO SUL
Quaraí, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do 220 V
Livramento, Santiago, Santo Ângelo, São Borja, São Gabriel, São Leopoldo, São Luiz
Gonzaga, Sapucaia do Sul e Uruguaiana.
RONDÔNIA Guajará-Mirim e Porto Velho 110 V
RORAIMA Boa Vista 110 V
Blumenau, Criciúma, Florianópolis, Joinville, Lages, São Miguel d’Oeste, Três Barras e
Tubarão. 220 V
SANTA CATARINA
Porto União 110 V
Barueri, Campinas, Guarujá, Itu, Lorena, Osasco, Pindamonhangaba, Pirassununga,
Praia Grande, São Vicente e Taubaté. 110 V
SÃO PAULO
Caçapava, Jundiaí, Lins e São José dos Campos. 220 V
SERGIPE Aracaju 110 V
TOCANTINS Palmas 220 V
Alguns conceitos
Curto-circuito = ocorre quando fios elétricos que
deveriam estar afastados entram em contato, criando
um pequeno circuito elétrico, onde a corrente é muito
intensa, causando superaquecimento. Isso pode
provocar incêndios.

Fusíveis e disjuntores = interrompem o circuito quando


a corrente é muito intensa, prevenindo o curto-circuito.

Choque elétrico = ocorre quando o corpo humano atua


como condutor de energia elétrica. Dependendo da
intensidade, as consequências podem variar entre dor,
queimaduras e até mesmo morte.
Aterramento
Alguns conceitos...
Potência e gasto de energia elétrica

𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑊 ∙ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎 ∙𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑚ê𝑠


𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑘𝑊ℎ = 1000
Em uma família composta por quatro pessoas, todos seus
integrantes mantém o costume de tomar dois banhos diários, em
uma média de 15min cada banho. Quanto de energia elétrica essa
família terá consumido, em termos de energia gasta com o
chuveiro, ao fim de um mês? (Supondo que a potência desse
chuveiro seja de 5500W).

Primeiro, calculamos o consumo de uma pessoa.

Aplicaremos a fórmula de consumo:

𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑊 ∙ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎 ∙𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑚ê𝑠


𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑘𝑊ℎ = 1000

5500W x 0,5h x 30
𝐶 = = 82,5 𝑘𝑊ℎ
1000

𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑠ã𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠, 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑝𝑜𝑟 4:

82,5 𝑘𝑊ℎ 𝑥 4 = 330 𝑘𝑊ℎ

𝐿𝑜𝑔𝑜, 𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑜 𝑐ℎ𝑢𝑣𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑠𝑒𝑟á 𝑑𝑒 330𝑘𝑊ℎ


Se a mesma família do exemplo anterior reduzisse a quantidade de
banhos diários para um banho por integrante, e, além disso,
resolvesse reduzir o tempo de banho para 10min, quanto eles
economizariam em termos de energia consumida? (Supondo que
a potência desse chuveiro seja de 5500W).

Aplicaremos a fórmula de consumo:

𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑊 ∙ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎 ∙𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑚ê𝑠


𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑘𝑊ℎ = 1000

5500W x 0,16h x 1d
𝐶 = = 26,4 𝑘𝑊ℎ
1000

𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑠ã𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠, 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑝𝑜𝑟 4:


26,4 𝑘𝑊ℎ 𝑥 4 = 105,6 𝑘𝑊ℎ

𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑠𝑎𝑏𝑒𝑟 𝑎 𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑎, 𝑠𝑢𝑏𝑡𝑟𝑎í𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠:

105,6 − 330 = 224𝑘𝑊ℎ

𝐿𝑜𝑔𝑜, 𝑎 𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 𝑠𝑒𝑟á 𝑑𝑒 224𝑘𝑊ℎ


Quanto de energia uma pessoa consumirá acaso tome um banho
quente, sem interrupções para se ensaboar, durante 1h? (Supondo
que a potência desse chuveiro seja de 5500W).

Aplicaremos a fórmula de consumo:

𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑊 ∙ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎 ∙𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑚ê𝑠


𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑘𝑊ℎ = 1000

5500W x 1h x 1d
𝐶 = = 5,5 𝑘𝑊ℎ
1000

𝐿𝑜𝑔𝑜, 𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑜 𝑐ℎ𝑢𝑣𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑠𝑒𝑟á 𝑑𝑒 5,5𝑘𝑊ℎ


Quanto de energia elétrica uma pessoa economizará em um mês
caso substituía uma lâmpada incandescente (100 W) por uma
lâmpada fluorescente (20 W)? Suponha que esta lâmpada fique
acesa durante a noite toda, por cerca de 10h.

100𝑊 𝑥 10ℎ 𝑥 30
𝐶 (𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑐𝑎𝑛𝑑𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒) = = 30 𝑘𝑊ℎ.
1000

20𝑊 𝑥 10ℎ 𝑥 30
𝐶 (𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒) = = 6 𝑘𝑊ℎ.
1000

6 − 30 = 24 𝑘𝑊ℎ

𝐿𝑜𝑔𝑜, 𝑎 𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑟á 𝑑𝑒 24𝑘𝑊ℎ

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