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• Para realizar essa atividade, você precisará de dois imãs, um pouco de limalha de
ferro e uma folha de papel sulfite.
• 1. Coloque um pouco da limalha sobre o papel sulfite.
• Coloque esse conjunto sobre um imã.
• Repita a experiência invertendo o imã de lado.
• Em cada situação, observe e anote o que aconteceu.
• 2. Repita a experiência, agora utilize os dois imãs, coloque-os um pouco afastados.
• Compare os dois experimentos.
• Qual a sua conclusão. Elabore um desenho mostrando cada situação.
• Discuta com seus colegas e professor.
• Você deve ter observado na realização da experiência que as limalhas de ferro
parecem orientar-se segundo algumas linhas (direções) preferenciais.
• Na Física, chamamos essas linhas de “linhas de força de fluxo magnético”.
• As partículas de limalha orientam-se segundo as linhas de força mostrando como
elas se dispõem.
• Quando um condutor se move, cortando essas linhas de fluxo, gera uma força
eletro-motriz, a qual, por sua vez, gera uma corrente elétrica.
• Da mesma forma, quando um fluxo magnético varia, induz uma força eletro-
motriz em condutores fixos que delimitam superfícies cortadas pelo fluxo.
• Assim, Faraday explicou experimentalmente todos os fenômenos eletro-
magnéticos-dinâmicos.
• Mas a matematização dos fenômenos elétricos e magnéticos só foi feita por James
Clerk Maxwell, a partir de suas memórias sobre as linhas de força de Faraday,
lidas quando felow do Trinity College de Cambridge, entre dezembro de 1855 e
fevereiro de 1856. (VARGAS, 1996, p. 11)
As quatro equações de Maxwell
• Bem, o que dá para dizer é que foi algo genial, foi só percepção, sem evidências
experimentais, e mais, essa descoberta permeia o conteúdo deste folhas.
• Agora você é que precisa ser genial para pesquisar e ENTENDER o complemento
(termo extra) da quarta equação de Maxwell! Boa pesquisa...
• A essa altura você já sabe o que significa esse termo da quarta equação, não é?
• Essa elaboração teórica de Maxwell foi muito importante para um novo campo de
estudo da Física que se iniciava: o eletromagnetismo.
• Vejamos:
• Imagine uma carga elétrica solitária sendo VIBRADA: no espaço, à volta dela está
havendo mudança em campo elétrico, induzindo, portanto, um campo magnético
que circula à volta.
• Mas o campo magnético também varia: portanto, induz mais campo elétrico, que
por sua vez...ETC.!
• O resultado é uma ONDA de campos que emerge de uma carga vibrante, e com a
velocidade da luz, de acordo com os cálculos de Maxwell! (GONICK;
HUFFMAN, p. 193, 1994).
Fig. 2: acoplamento de um campo elétrico com um campo magnético. Ou seja,
dois campos fisicamente ligados produzem um único conjunto denominado
campo eletromagnético.
• Maxwell mostrou teoricamente a presença de campos elétricos e magnéticos, os
quais deslocam-se como ondas (apresentam as propriedades de reflexão e refração
de ondas) e por vezes acoplados.
• Essas ondas são campos variáveis que se deslocam: o campo magnético se
modifica no espaço, o campo elétrico no tempo e vice-versa, permitindo a sua
transferência através do espaço.
• Essas ondas, previstas por Maxwell, foram chamadas de Ondas Eletromagnéticas.
• Ele concluiu que essas ondas são transversais e movimentam-se com a velocidade
da luz, a qual já era conhecida nessa época.
• Se as ondas eletromagnéticas propagam-se com a velocidade da luz, então
podemos deduzir que a luz também é uma onda eletromagnética!
• De fato, a partir dos trabalhos de Maxwell, fica evidenciada a natureza
eletromagnética da luz.
• Esses trabalhos unificaram as idéias de Eletricidade e Magnetismo, que até então
eram estudados separadamente, juntamente com a Óptica.
• Os três campos de estudos, passaram a fazer parte de um mesmo grupo: os
fenômenos eletromagnéticos.
• Os trabalhos de Maxwell obtiveram evidências experimentais com as experiências
realizadas por Heinrich Hertz, em 1885
• Hertz realizou experiências sobre a propagação das ondas eletromagnéticas
utilizando como transmissor pontas metálicas pelas quais saltavam faíscas
elétricas e, como receptor, espiras metálicas.
• Em suas experiências, demonstrou que tais ondas refletiam-se contra placas
metálicas.
• Apesar de ter tentado medir a velocidade de propagação dessas ondas, só mais
tarde outros pesquisadores verificaram que essa velocidade era exatamente igual a
da luz.
• A diferença estava no comprimento de onda de luz, frações de mícron, enquanto
que as ondas hertzianas tinham comprimentos medidos de centímetros até
centenas de metros.
• Ficou assim demonstrado que um campo elétrico, mesmo formado no espaço
vazio, variável com o tempo, formaria correntes de deslocamento que
produziriam, em torno de si, campos magnéticos que também se deslocariam no
espaço.
• Assim, formar-se-iam ondas eletromagnéticas que se propagariam no espaço com
a velocidade da luz.
• Nessa época foram descobertos os raios infravermelhos, os ultravioletas e os raios
X.
• Todas essas radiações mostraram reflexão e difração, como a luz; portanto, seriam
todas elas ondas eletromagnéticas que obedeciam às equações de Maxwell e foi
também demonstrado que o calor era transmitido como irradiação hertziana.
• Dessa forma, matematizava-se o vasto domínio das irradiações de energia,
deixando o caminho pronto para que, em 1900, Max Planck pudesse explicar o
comportamento da energia irradiada pelos chamados corpos negros, dando início
ao que hoje chamamos de mecânica quântica.
• Maxwell não utilizou modelos mecânicos para explicar suas teorias, reforçando a
idéia de que a formulação matemática era a única maneira de, pelo menos,
vislumbrar a natureza daquela “coisa que se conserva (a energia)”.
• Nesse sentido, Hertz também deixou de lado qualquer modelo mecânico para
insistir que só as equações de Maxwell poderiam encerrar todo o conhecimento
possível sobre a natureza das ondas hertzianas.
• As conclusões finais da física clássica mostravam que a natureza da energia seria
essencialmente formal, ou seja, sua realidade estaria mais nas expressões
matemáticas do que nos seus efeitos sensíveis.
• Não que a coisa matemática fosse “a coisa em si, que se transforma”, mas
permitia entrevê-la.
• Com a descoberta dos quanta, essa concepção de energia não se modifica;
• pelo contrário, veio a mostrar que a natureza corpuscular da energia estava mais
próxima da (natureza) dos números do que da (natureza) das substâncias.
(Adaptado de VARGAS, 1996).
Fig. 3: O espectro eletromagnético. Uma onda possui comprimento de onda e freqüência,
par de grandezas que a caracteriza como uma onda em particular. No caso da luz visível
esse par de grandezas determina a cor. A energia da onda é dada pela equação matemática
E = h.f, onde h é a constante de Planck e f é a freqüência da onda eletromagnética.
Um jeito fácil de entender a onda eletromagnética:
a transferência de informação
• Existem campos elétricos e magnéticos gerados em uma mesma região pela
existência de uma carga elétrica.
• É o caso das antenas, cuja estrutura possibilita que os elétrons se
movimentem livremente, excitados por tensão ou corrente elétrica, gerando
campos eletromagnéticos nos seus arredores.
• Vamos nos remeter mais uma vez ao Folhas sobre carga elétrica, onde
aparece a idéia de que materiais atritados ficam eletrizados e atuam em
outros materiais próximos sem encostar nestes.
• O que acontece nessa situação é a “ação à distância”, em outras palavras,
“atua de longe”.
• A antena tem por objetivo maximizar esse alcance dessa ação à distância.
• Assim, quanto mais longe puder gerar efeito, maior é a influência, ou seja, a
área de cobertura da antena fica melhorada.
A possibilidade de transferir informações nos permite ouvir um rádio,
equipamento receptor de informações. Você sabe como isso acontece?
• Que tal buscar em livros, revistas e até mesmo na Internet o que devemos
considerar para que uma substância seja classificada como ferromagnética,
diamagnética ou paramagnética.
• Isso será muito importante para o entendimento do comportamento biomagnético
dos animais.
• Paralelamente, realize a seguinte experiência: pegue um pedaço de ferro e passe
sobre ele um imã várias vezes e no mesmo sentido.
• Em seguida aproxime o ferro de alguns metais.
• Que conclusões, a partir de sua pesquisa, você pode tirar dessa experiência?
• Escreva um texto e apresente-o para discussão com seu professor e colegas
• E que tal essa: campos magnéticos contribuindo na “vidinha” de
• formigas e abelhas!
Biomagnetismo: orientação magnética
• Uma das mensagens dessas teorias é que o campo pode ser constituído de
partículas, uma espécie de “alma material”.
• Busque, no texto, a evolução da idéia de campo, até chegar nessa afirmação.
• E aí? Você se convenceu de que está rodeado de ondas e campos?
Referências
• ARANHA, M. L. A.; MARTINS M. H. P. Filosofando – Introdução à Filosofia. 2
ed. São Paulo: Moderna, 1993.
• ARAÚJO, D. B.; CARNEIRO, A. A. O.; MORAES, E. R., BAFFA, O.
Biomagnetismo: Nova Interface entre a Física e a Biologia. In: Ciência Hoje,
SBPC: vol. 26, nº: 153, p. 24-33, 1999.
• DIAS V. S. Michael Faraday: subsídios para metodologia de trabalho
experimental. São Paulo, 2004. Dissertação de mestrado.
• GARDELLI, D. Concepções de Interação Física: subsídios para uma abordagem
Histórica do Assunto no Ensino Médio. São Paulo, 2004. Dissertação de
Mestrado. USP
• GONICK, L.; HUFFMAN, A. Introdução ilustrada à Física. São Paulo: Editora
Harbra Ltda, 1994
• GREF. Eletromagnetismo. 4ª ed. São Paulo: Edusp, 1993.
• RUSSELL, Bertrand. O valor da filosofia. Tradução António Sérgio. Coimbra:
Almedina, 2001. p. 151.
• VARGAS, Milton. História da matematização da natureza. Estud. Av. sept/dec.
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Obras Consultadas
• HALLIDAY, D.; RESNICK, R.: KRANE, K. S. Física Vol III. 5ª ed. Rio de Janeiro: Ed. LTC,
2004.
• HALLIDAY, David; RESNICK, Robert e KRANE, Kenneth S. Física Vol IV. 5ª ed. Rio de
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• JACKSON, J. D. Eletrodinâmica Clássica 2ª ed. Trad. Annita Macedo e Horácio Macedo. Rio de
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• RESNICK, R.; ROBERT, R. Física Quântica. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1978.
• ROCHA, J. F. (org.): Origens e Evolução das Idéias da Física. Salvador, EDUFBA, 2002.
• RUSSEL, J. B. Química Geral. 2.ed. São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1994.