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PROFESSOR: VICTOR FERRÃO

DISCIPLINA: CIÊNCIAS

8º ANO

Módulo 15: Noções de Eletricidade


ELETRICID
ADE
ELETRICID
ADEparte da Física que estuda as manifestações das cargas elétricas.
Eletricidade:

• Os relâmpagos ocorrem com maior frequência durante as tempestades, mas também


podem acompanhar erupções vulcânicas e tempestades de poeira.

• Os trovões são o efeito sonoro dessa transferência de cargas: geralmente ouvimos os


trovões depois de ver os relâmpagos, pois o som se move mais lentamente do que a luz.

• Provavelmente, o raio foi a primeira manifestação natural dos fenômenos elétricos que
chamou a atenção do ser humano primitivo. Desde então, buscou-se conhecer a origem
desses fenômenos.

• Hoje, superado o temor da eletricidade e explicada a sua natureza, podemos usá-la para
trazer luz, calor, conforto e desenvolvimento.
O que é eletricidade?
Raios e Trovões

Em grandes altitudes, a água tende a formar


partículas de gelo. O choque dessas partículas
promove a eletrização das nuvens. O raio é
formado pela descarga elétrica dentro de uma
nuvem, entre nuvens ou entre nuvens e o solo.
Com a formação dos raios, o ar em seu
entorno se aquece e expande, provocando um
grande estrondo, o trovão, e um clarão, o
relâmpago.
História da eletricidade
• Desde o início do universo, que a eletricidade está presente na natureza, quer na
forma de relâmpago, quer em alguns animais, como por exemplo a enguia elétrica.
• Na pré-história, o homem certamente reconheceu o poder da eletricidade, ao
observar os efeitos provocados por um relâmpago quando este atingia algo perto de
si.
• É na Grécia Antiga que o homem começa a estudar os fenômenos elétricos e que se
inicia um processo que levaria a inúmeras descobertas sobre a eletricidade e que
culminariam na energia elétrica, tal como a conhecemos atualmente.
• O grego Tales de Mileto (624 A.C e 546 A.C.) foi o primeiro a registar o primeiro
fenômeno de eletricidade estática.
História da eletricidade
• Os primeiros registros de fenômenos eletrostáticos vem dessa
Tales de Mileto (624 a.C e 546 a.C)
época, segundo os quais tecelões ao esfregarem bastões feitos
de âmbar (resina vegetal fossilizada) em lã de ovelha (ou até
em pelo de gato) observavam que os referidos bastões
adquiriam a capacidade de atrair pequenos pedaços de palha
de milho.
• O mesmo ocorria com os carretéis (feitos de âmbar) usados
para enrolar fios de lã ou algodão. Após o constante atrito do
carretel com os fios, eles passavam a atrair outros pedaços de
fios ou mesmo a eriçar o pelo dos braços dos tecelões.
• Em grego, o termo âmbar se escreve “elektro”. Daí vem o
nome eletricidade.
• Dos filósofos antigos, apenas de Tales de Mileto temos algum
registro sobre Eletricidade.
História da eletricidade
• Cientista francês, verificou a existência de dois tipos
Charles Du Fay (1698 –
1739) de “fluidos” elétricos, observando que fluidos de
mesma espécie se repeliam e de espécies diferentes se
atraiam. Observou também que alguns materiais
conduziam facilmente esses "fluidos", enquanto
outros não conduziam.
• Nos trabalhos de Dü Fay encontra-se o embrião da
relação de atração e repulsão entre cargas elétricas.
Observe que, nessa época, não se usava a expressão
carga elétrica. Por isso ele utilizou-se do termo
fluido, comum a época, utilizado nos estudos de
hidrostática.
História da eletricidade
• Indivíduo de múltiplas habilidades foi também cientista, pintor e
Benjamin Franklin (1706 escritor.
– 1790)
• Na Ciência, sua principal área de estudo foi a eletricidade, tendo
interesse pela experimentação conhecida como “Garrafa de Leyden”,
que após carregada eletricamente, ao ser tocada emitia uma faísca
acompanhada de um estampido. Imaginando ser esse fenômeno um
“raio em miniatura”, Franklin elaborou uma experimentação para
testar sua hipótese.
• Em 1752, empinou uma pandorga quando o céu estava coberto de
nuvens, propenso ao surgimento de raios, conseguindo (com muita sorte
de não ter morrido) “coletar” eletricidade das nuvens.
• Conhecedor dos “dois fluidos elétricos”, passou a denominá-los
eletricidade positiva e eletricidade negativa, mesmo sem ter noção de
carga elétrica.
História da eletricidade
• Charles Coulomb trabalhou como engenheiro militar até os 40
Charles A. de Coulomb (1736
– 1806) anos, quando, por problemas de saúde, passou a se dedicar às
pesquisas e a experimentação científica.
• Para determinar o módulo da força elétrica entre corpos
carregados eletricamente, Coulomb inventou a chamada
“balança de torção”.
• Este dispositivo foi adaptado e, mais tarde, utilizado para
determinar a constante de gravitação universal. Foi através
desse dispositivo que Coulomb comprovou experimentalmente
a expressão do cálculo da força elétrica, conhecida como “Lei
de Coulomb”. A Lei de Coulomb descreve a interação
eletrostática entre partículas eletricamente carregadas. Esta lei
foi essencial para o desenvolvimento do estudo da Eletricidade.
História da eletricidade
Georg Simon Ohm (1789 – • Entre 1826 e 1827, o físico e matemático alemão Georg
1854)
Simon Ohm desenvolve a primeira teoria matemática da
condução elétrica nos circuitos, baseando-se no estudo da
condução do calor de Fourier e fabricando os fios
metálicos de diferentes comprimentos e diâmetros usados
nos seus estudos da condução elétrica.
• A Lei de Ohm, afirma que, para um condutor mantido à
temperatura constante, a razão entre a tensão entre dois
pontos e a corrente eléctrica é constante. Essa constante
é denominada de resistência elétrica.
História da eletricidade
Thomas A. Edison (1847 –  Em 1871, iniciou os trabalhos para obter luz a partir de energia elétrica, em
1931) uma época em que não havia rede elétrica. Partiu do princípio de que se a
lâmpada elétrica desse certo, criaria dispositivos para a geração e
transmissão de energia elétrica que alimentaria a lâmpada.
 Em 1878, uma lâmpada por ele construída brilhou por 48 horas contínuas
e, na comemoração de final de ano, uma rua inteira, próxima ao seu
laboratório, foi iluminada por lâmpadas elétricas.
 Dois anos depois construiu a primeira estação geradora de corrente
elétrica, que produzia corrente contínua, gerando o início de um conflito
com cientistas como Tesla e Westinghouse, que defendiam a utilização da
corrente alternada.
 As criações de Thomas Edison não são propriamente científicas, no sentido
puro do termo, mas muito mais ligadas a fatos do cotidiano.
História da eletricidade
Nikola Tesla (1856 – • Em 1883, o inventor e engenheiro elétrico Nikola Tesla inventa a Bobina de
1943) Tesla, que consiste num transformador que converte a eletricidade de baixa
tensão em alta tensão, tornando mais fácil o transporte de energia elétrica a
longas distâncias. Em 1884, Tesla inventa o primeiro alternador elétrico para a
produção de corrente alternada. Até essa data, a eletricidade era gerada
utilizando corrente contínua proveniente de baterias.
• Em 1888, Nikola Tesla demonstra o primeiro sistema elétrico polifásico de
corrente alternada. O sistema de Tesla inclui todas as unidades necessárias para
a produção e utilização da energia elétrica: geradores, transformadores, sistema
de transmissão, motor (usado em aparelhos) e luzes.
• George Westinghouse, empresário e engenheiro norte-americano, compra os
direitos da patente de Tesla, e constrói a primeira linha de transmissão de
História da eletricidade
• Em 1879, no mesmo ano em que Thomaz Édison patenteou a
lâmpada elétrica e construiu a primeira usina hidrelétrica, em New
York, o imperador D. Pedro II inaugurou a iluminação elétrica no
Brasil, na antiga Estação da Corte, hoje Estação D. Pedro II, no Rio
de Janeiro, com seis lâmpadas elétricas, dando início ao uso de
energia elétrica gerada por processos mecânicos em nosso país.
• A primeira usina hidrelétrica no Brasil entrou em atividade em
1889, denominada "Marmelos", em Minas Gerais. A partir de 1920
o Brasil foi tendo o seu número de usinas hidrelétricas instaladas
aumentado, num crescimento constante.
• Hoje, 96% da energia elétrica que consumimos (no Brasil – segundo
a Eletrobrás) vem de usinas hidrelétricas, sendo que o complexo de
Itaipú, com potência instalada de 12 600 megawatts, é a maior usina
em operação no mundo.
Eletricidade na Natureza
Os animais usam a eletricidade de duas maneiras diferentes:
eletrogênese (gerando pulsos elétricos) e eletrorrecepção
(detectando esses pulsos).
Água como fonte de energia

Primeiro, a água é represada por uma barragem, o que faz que grande quantidade dela seja acumulada a certa altura.
Dessa forma, a água passa a apresentar energia potencial gravitacional. Ela segue então para um duto em alta
velocidade; nesse instante, a energia potencial gravitacional se transforma em energia cinética. Ao entrar em contato
com uma das turbinas, a energia cinética da água movimenta as turbinas e ativa um gerador de energia elétrica.
Assim, a energia cinética de movimentação da água se transforma em energia elétrica.
Usina Hidrelétrica de Itaipu é uma usina hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre
o Brasil e o Paraguai. A barragem foi construída pelos dois países entre 1975 e 1982. Quando foi concluída, era a
maior barragem do mundo, título que manteve por 21 anos até a construção da Hidrelétrica das Três Gargantas,
na China, em 2003. A Itaipu Binacional, operadora da usina, é a líder mundial em produção de energia limpa e
renovável, tendo produzido mais de 2,5 bilhões de megawatts-hora (MWh) desde o início de sua operação. Três
Gargantas produziu cerca de 800 milhões de MWh desde o início de sua operação, com uma potência instalada
60% maior do que a de Itaipu (22.500 MW contra 14.000 MW). Em termos de recorde anual de produção de
energia, a usina de Itaipu ocupa o primeiro lugar ao superar seu próprio recorde que era de 98,6 milhões de
MWh. Em 2016, a usina de Itaipu Binacional realizou um feito histórico ao produzir, em um único ano calendário,
mais de 100 milhões de MWh de energia limpa e renovável. No total, em 2016, foram produzidos 103.098.366
MWh de energia.
Vantagens e desvantagens do uso de energia
 Vantagens
hidrelétrica
 A água é uma fonte renovável de energia, pois é reposta por meio de seu ciclo natural.
 A energia hidrelétrica é considerada uma fonte energética de baixo custo.
 As usinas hidrelétricas emitem menos gases poluentes quando comparadas a outras usinas de energia elétrica.
 As hidrelétricas, além de promoverem eletricidade, ajudam no desenvolvimento da comunidade ao redor de suas
instalações, impulsionando a construção de estradas e estabelecimentos comerciais.
 Desvantagens
 Expropriações de comunidades, já que, em muitas ocasiões, as áreas nas quais são instaladas as usinas já eram
anteriormente ocupadas por comunidades indígenas ou tradicionais.
 Já que as hidrelétricas necessitam de uma área muito ampla para serem construídas, há uma grave ameaça de perda de
equilíbrio do ecossistema da região, ocasionando sérias e irreversíveis alterações na fauna e na flora locais, além de
desmatamento.
 A quantidade imensa de água concentrada em reservatórios de hidrelétricas causa um fenômeno de transpiração, o
que acarreta na mudança do clima local. Como consequência maior, os regimes de chuvas e a temperatura da região
podem ser alterados.
ESTRUTURA DO
ÁTOMO
 A matéria é composta de átomos.
 O átomo é composto por 3 subpartículas
principais:
• Nêutron: não tem carga elétrica.
• Prótons: carga positiva (+)
• Elétrons: carga negativa (-)
ESTRUTURA DO
ÁTOMO
Ao analisar o modelo atômico, notamos que os nêutrons e os prótons estão
presos uns aos outros na região chamada núcleo. Já os elétrons estão orbitando
esse núcleo, em uma região chamada camada eletrônica. Pelo fato de os
elétrons estarem mais afastados, é muito mais fácil acontecer de eles se
moverem de um átomo para outro, por isso dizemos que apenas a carga
negativa se movimenta entre os corpos.
ESTRUTURA DO
ÁTOMO
Representação de um átomo com
o núcleo no centro e os elétrons
nas camadas eletrônicas.
Princípios de Atração e Repulsão

• Eletrostática: parte da
eletricidade que estuda as cargas
elétricas em equilíbrio (repouso).
• Princípio de Du Fay: cargas
elétricas com mesmo sinal se
repelem e cargas elétricas como
sinais opostos se atraem.
MÉTODOS DE ELETRIZAÇÃO

• Geralmente, não é comum encontrarmos corpos eletrizados – pelo menos, não é


normal que entremos em contato físico com eles. A carga elétrica elementar tem
valor tão pequeno que é necessário reunir uma quantidade relevante de cargas
elétricas para que a eletrização seja percebida. No entanto, é possível
transformar corpos neutros em corpos eletrizados.
MÉTODOS DE ELETRIZAÇÃO
ELETRIZAÇÃO por
ATRITO

A forma mais simples de eletrizar um corpo é


atritá-lo com um material de composição
diferente. Gerada a fricção, elétrons irão
abandonar um dos corpos, aquele que perder
elétrons ficará carregado positivamente, já
aquele que ganhar as cargas negativas ficará
carregado negativamente.
MÉTODOS DE ELETRIZAÇÃO
ELETRIZAÇÃO por
CONTATO
• Considere duas esferas condutoras A e B, uma eletrizada (A) e outra neutra (B).
• Ao colocarmos a esfera A, positivamente carregada, em contato com a esfera B, aquela atrai
parte dos elétrons de B. Assim, A continua eletrizada positivamente, mas com uma carga menor,
e B, que estava neutra, fica eletrizada com carga positiva.
• Essa é a maneira mais simples de se eletrizar um corpo. Quando dois corpos são encostados ou
ligados por fios, pode haver a passagem de elétrons de um para o outro. Para que se realize esse
tipo de eletrização, os corpos e os fios devem ser condutores, e nunca isolantes.
• Podemos dizer então que, se um corpo eletrizado negativamente (com excesso de elétrons) é
encostado em outro, neutro, parte de seus elétrons passará para este, que também ficará
eletrizado negativamente.
MÉTODOS DE ELETRIZAÇÃO
ELETRIZAÇÃO por
CONTATO
MÉTODOS DE ELETRIZAÇÃO
ELETRIZAÇÃO por
CONTATO
MÉTODOS DE ELETRIZAÇÃO
ELETRIZAÇÃO por
indução
Eletrizar um objeto por indução
significa atribuir-lhe carga elétrica
utilizando outro corpo eletrizado sem
que haja contato entre eles. Esse
processo de eletrização baseia-se no
conceito da atração e repulsão de
cargas elétricas.
MÉTODOS DE ELETRIZAÇÃO
ELETRIZAÇÃO por
indução

A esfera A é aproximada A esfera A é conectada •A esfera A, agora


Inicialmente, há a esfera A neutra
da esfera B. A carga a terra por um carregada
e a esfera B com carga positiva. O positiva da esfera B atrai condutor de forma que negativamente, é
as cargas negativas da os elétrons da terra desligada da terra e
corpo eletrizado (esfera B) recebe
esfera A e repele as separada da esfera.
o nome de indutor, e o corpo
sobem e neutralizam as
positivas, causando uma
separação de cargas; cargas positivas dessa
neutro (esfera A) é denominado esfera.
induzido.
Condutores e isolantes elétricos
• Ao nosso redor, existem materiais que, de acordo com seu
comportamento ao serem eletrizados, são denominados
condutores elétricos ou isolantes elétricos.
• No cotidiano, intuitivamente já conhecemos alguns desses
materiais. Por exemplo, na fiação elétrica da nossa casa, os
fios são compostos de um metal, geralmente cobre, em seu
interior, revestido por uma camada de plástico ou de
borracha. Com isso, já podemos perceber
• que o plástico serve para nos proteger de choques elétricos,
ou seja, ele isola o fio de cobre, que conduz as cargas
elétricas, do contato com os seres vivos.
Isolantes elétricos
• Os condutores elétricos são materiais em que as cargas negativas têm a
facilidade de se movimentar ao longo do material, e isso os torna bons
condutores de eletricidade.
• Já os isolantes elétricos – às vezes chamados de dielétricos – não possuem
cargas negativas com essa facilidade de movimentação, impossibilitando a
passagem de eletricidade.
• Os metais são bons exemplos de condutores, e o isopor, a madeira, o vidro e
a borracha são bons exemplos de isolantes.
RESUMO
FIM

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