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ELETRÔNICA
APLICADA
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COPYRIGHT © 2007 by@ MUNDI LTDA. PROPRIEDADE INTELECTUAL PROTEGIDA. PROIBIDA SUA REPRODUÇAO TOTAL OU PARCIAL
MUNDI - UNIVERSO EDUCACIONAL Módulo I - Eletrônica Aplicada
Capítulo 01
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ELETRICIDADE E DA de curiosidade até 1.600 dC, quando William Gilbert,
ELETRÔNICA cientista inglês, estudou esse fenômeno de forma
científica. No trabalho "De Magnete”, teorizou os efeitos
Eletricidade e eletrônica constituem ciências correlatas, naturais das rochas que tinham propriedades de atração
podendo-se afirmar que a eletricidade é a mãe da de outros corpos, distinguindo-as dos efeitos similares
eletrônica. Apesar de apresentarem a mesma origem, produzidos por fricção. Aliás, deve-se a Gilbert o uso, pela
atualmente existe distinção entre as duas concepções. primeira vez, do termo “eletricidade” para o fenômeno de
Eletricidade pode ser definida como a ciência que estuda atração gerado pela fricção do âmbar e de outros objetos.
o fluxo ordenado de carga elétrica em um material Também, no século XVII, tornou-se famosa a experiência,
condutor e seus fenômenos físicos correlatos, como atribuída a Benjamin Franklin, de empinar uma pipa
eletromagnetismo, por exemplo. durante uma tempestade, com uma chave amarrada
à linha da pipa molhada. Segundo a narrativa, faíscas
Independente da definição formal em si, no mundo pularam da chave para a mão do cientista, quando um raio
moderno se torna muito fácil perceber o que é atingiu a pipa, demonstrando que o raio possui natureza
eletricidade, pois ela nos cerca a todo instante, permitindo elétrica.
que funcione a maioria dos objetos cotidianos. Só para
citar um exemplo: a leitura deste material de aula exige Muitas outras experiências ajudaram a construir a
uma máquina movida a eletricidade. Caso se leia à noite, definição de eletricidade e de suas relações com outros
a eletricidade permite que haja luz para a leitura. fenômenos. Seguem alguns destaques históricos que
merecem menção.
Na realidade, mesmo nos tempos mais remotos da
história, mesmo antes da existência do ser humano na Nos anos 1.800, a pilha foi inventada por Alessandro
terra, a eletricidade sempre existiu. Fenômenos naturais Volta, que conhecia um trabalho de Luigi Galvani, médico
relacionados à eletricidade, como o raio e os peixes com italiano. Galvani percebeu que a aplicação de eletricidade
propriedades de carga elétrica, por exemplo, existiram estática, com uma haste metálica, nos nervos de uma
desde muito antes do surgimento da humanidade. No rã dissecada causava a contração do músculo da rã. A
entanto, os fenômenos elétricos nem sempre foram partir disso, Volta concluiu que se tratava de corrente
utilizados de forma organizada e racional pelos humanos elétrica a qual circulava nos músculos em contato com
como se utiliza hoje. um metal. Com base nisso, criou a pilha, empilhando (daí
o nome “pilha”) alternadamente discos de zinco e de
Ao longo do tempo, o uso da eletricidade evoluiu, partindo cobre, separando-os com tecidos molhados com ácido.
de observações esporádicas de efeitos elétricos naturais Tal invenção da pilha constituiu um ponto revolucionário
há milhares de anos. Também houve época em que a na história da eletricidade, pois propiciou a criação do
eletricidade era encarada como “magia” ou “bruxaria”. primeiro dispositivo a fornecer eletricidade de forma
Depois foi teorizada e estudada até se transformar nessa controlada e estável.
ciência que se conhece hoje.
Outra contribuição relevante foi dada pelo físico
Ainda a palavra eletricidade vem do grego elektron, que dinamarquês Hans Christian Oersted, que, em 1820,
significa “âmbar’’, o qual constitui uma resina natural, observou que uma bússola mudava sua orientação
resultado da fossilização de árvores. Na Grécia antiga, magnética natural quando se aproximava de um fio
Tales de Mileto observou que o âmbar, esfregado em conduzindo corrente elétrica. Seus estudos levaram ao
pele de carneiro, era capaz de atrair fragmentos leves de desenvolvimento da teoria que prova que há uma estrita
palha, por exemplo. ligação entre eletricidade e magnetismo.
que somente podiam ser feitas por meio de válvulas, ao número de elétrons.
pudessem se realizar por componentes muito menores,
sem necessidade de aquecimento e com eficiência muito Na formação do átomo, prótons e nêutrons encontram-
maior. se sempre juntos e formam um miolo central chamado
NÚCLEO.
A tecnologia de produção de semicondutores permitiu
que diversos componentes eletrônicos pudessem ser Ao redor do núcleo, movimentam-se os elétrons,
criados. Atualmente os diodos dos mais diversos tipos descrevendo órbitas elípticas fechadas, distribuídas em
(incluindo o LED) e os transistores são fabricados em níveis, em camadas ou em bandas progressivamente
tamanhos e em formatos adequados à miniaturização de afastadas do núcleo. O conjunto dessas camadas é
circuitos. Além desses componentes, os semicondutores chamado de ELETROSFERA.
podem ser utilizados para fabricação de tiristores,
dispositivos de chaveamento controlado, de alta potência,
usados extensivamente na indústria de automação para,
por exemplo, controle de velocidade de motores, e
mesmo em equipamentos domésticos, como “dimmers”
e controladores de temperatura de chuveiros e de
velocidade de ventiladores.
Além disso, a compreensão da tecnologia eletrônica Para que um átomo possua configuração estável, a
demanda o conhecimento dos princípios básicos de camada de valência deve possuir oito elétrons. Quando
eletricidade e também o conhecimento dos princípios de possui menos de quatro elétrons, eles encontram-se
ciências dos materiais e de suas propriedades elétricas. fracamente ligados ao núcleo, sendo considerados LIVRES
Nas próximas aulas, serão apresentados conhecimentos e facilmente deslocados através de diferença de potencial
básicos necessários ao aprendizado de eletrônica. (d.d.p.). Tais elementos denominamse CONDUTORES.
Os Cristais do Tipo N, ou Negativo, são doadores de Tal semicondutor, tratado para ter excesso de elétrons
elétrons. Já os Cristais do Tipo P, ou Positivo, são receptores livres, chama-se Semicondutor Tipo N. Essa designação
de elétrons. “N” vem de Negativo, pois o elétron é negativo.
Nesse caso, a dopagem faz-se por um Elemento Nesse caso, a dopagem faz-se por um Elemento Trivalente,
Pentavalente, isto é, um elemento que possui cinco isto é, um elemento que tem três elétrons na última
elétrons na última camada. Como exemplos de elementos camada. Como exemplos de elementos trivalentes, têm-
pentavalentes, têm-se o Fósforo (P), o Antimônio (Sb) e o se o Alumínio (AI), o Índio (ln), o Gálio (Ga) e o Boro (Bo).
Arsênio (As).
Pelo processo de dopagem, substitui-se um átomo de
Pelo processo de dopagem, substitui-se um átomo de Germânio, de sua estrutura cristalina, por um átomo
Germânio de sua estrutura cristalina, por um átomo de de Alumínio. Como o Alumínio apresenta três elétrons
Antimônio. Como o Antimônio possui cinco elétrons de de valência e o Germânio possui quatro, uma ligação
valência e o Germânio apresenta quatro, apenas quatro covalente ficará incompleta. Isso significa que se criou
elétrons de Antimônio tomarão parte nas ligações uma falta de elétrons, ou seja, foi criada uma lacuna, uma
covalentes. Assim, o quinto elétron (que sobrou) não carga positiva.
participará de nenhuma ligação, ficando, portanto,
fracamente ligado ao núcleo. Isso significa que se tem um
elétron livre.
Aplicando-se uma d.d.p., o elétron se locomoverá Já o semicondutor, tratado para ter lacunas, chama-se
facilmente, visto que é móvel, isto é, passa de um átomo Semicondutor Tipo P. Essa designação “P” vem de Positivo,
para outro, não permanecendo preso ao seu átomo. pois a lacuna é positiva.
Nesse caso, os elementos de dopagem (o Antimônio), que Então, o material do Tipo P, analogamente ao do Tipo N,
fornecem elétrons móveis ao Germânio, denominam-se terá lacunas móveis, tantas quanto forem os átomos de
doadores. impurezas introduzidas. Sua condutividade também se
alterará de acordo com a dopagem.
Pode-se constatar que, se um átomo de impureza forneceu
um elétron livre, “n” átomos de impurezas fornecerão “n” Portadores Majoritários e Portadores Minoritários
elétrons livres. Assim, com o processo de dopagem, pode-
se controlar, de acordo com as necessidades, a quantidade Os elétrons e as lacunas são portadores de carga elétrica,
de elétrons livres de que se necessita e, em consequência, uma vez que, quando nos movimentos produzem a
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No caso do Semicondutor do Tipo P, ocorre o inverso. Uma vez que o tipo de condutividade se determina
O número de lacunas é muito grande se comparado ao apenas pela concentração de impurezas, uma amostra
número de elétrons livres. Portanto, num semicondutor de semicondutor pode ser convertida de um tipo de
do Tipo P, as lacunas são os Portadores Majoritários e os condutividade em outro pela introdução da impureza
elétrons, os Portadores Minoritários. apropriada. Por exemplo, um semicondutor Tipo P pode
ser convertido em um semicondutor Tipo N, pela adição
Tabela - Portadores com as devidas designações. de impurezas doadoras em quantidade suficiente para
trocar o sinal da concentração efetiva de impurezas. Se
o material continha originalmente uma concentração “x”
Tabela 1 Portadores com as devidas designações.
de impurezas aceitadoras, esse material é do Tipo P. Caso
Semicondurtor Portadores Portadores se acrescente concentração “2.x” de impurezas doadoras,
Majoritários Minoritários esse material passará a ser do Tipo N.
Um fato de muita importância é a pequeníssima Como são portadores de cargas de sinais e de sentidos
quantidade de impurezas necessárias para tornar opostos, os elétrons e as lacunas estabelecem, com o
extrínseco um semicondutor, segundo os oadrões processo de difusão, uma corrente elétrica de P para N,
clássicos, químicos ou metalúrgicos. chamada corrente de difusão.
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a) no material Tipo N ou Tipo P, há um equilíbrio geral transformando-se em íons. Íons são, portanto, átomos
de cargas pela distribuição uniforme de portadores ou conjuntos de átomos que não apresentam equilíbrio
majoritários dentro do material; elétrico. Ou seja, grosso modo, são átomos cujo número
de “negativos” é diferente do número de “positivos”.
b) os portadores majoritários ligam-se à estrutura do
material semicondutor. Apesar de serem considerados Assim, íon positivo é aquele formado pela perda de
livres, fazem parte da estrutura cristalina e não podem ser elétrons; íon negativo é aquele formado pelo ganho de
retirados da mesma; elétrons ou pela perda de lacunas.
c) o material por si não apresenta carga e não há fluxo de Como citado, os íons descobertos originam uma barreira
corrente entre dois tipos de material, se forem colocados de potencial,ou seja, uma d.d.p., representada na figura
simplesmente em contato um com o outro. Portanto, a anterior por uma bateria.
corrente de difusão só se estabelece na região da junção.
Essa carga, ou potencial, é muito pequena, de décimos de
Na junção e nas proximidades, os elétrons e as lacunas volt apenas, mas produz barreira ou obstáculo à passagem
encontram-se e se recombinam. Por causa dessa ação de dos portadores de corrente.
cancelamento ou de neutralização na junção, estabelece-
se então uma carga entre os dois tipos de material. Para passar de um lado da junção para o outro, o elétron
ou a lacuna deve receber uma energia igual a essa barreira
Uma vez que alguns dos portadores majoritários (elétrons de potencial. Para o Germânio, tal barreira é da ordem de
no Tipo N e lacunas no Tipo P) se cancelam uns aos outros, 0,3V e, para o Silício, de 0,7V.
o material adquire, na junção, uma carga positiva para o
material semicondutor N (porque alguns de seus elétrons A barreira em questão chama-se Região de Transição ou
foram neutralizados) e negativa no material semicondutor Camada de Carga Espacial - C.C.E. ou Zona de
P (porque algumas de suas lacunas foram neutralizadas). Depleção, pois nessa região não existem cargas móveis,
somente íons fixos à rede cristalina. Lembre-se de que o
Não se pode esquecer (item “b”) que os portadores termo “Depleção” significa vazio (repleto = cheio; depleto
majoritários estavam ligados na esrutura do cristal = vazio).
antes da formação da junção, e que havia distribuição
uniforme (item “a”) desses portadores nos materiais Destaque-se que a espessura dessa região é da ordem de
semicondutores. Assim sendo, por si só, o material tinha 0,5 mícron = O,5x10-6 metros.
uma carga global igual a zero.
Na região de transição ou nas proximidades, os portadores
Portanto, na medida em que vão se recombinando, os minoritários ficam sob a ação do campo elétrico da
portadores deixam a “descoberto” na região de transição barreira. Elétrons dirigem-se, então, para N e lacunas, para
íons positivos e negativos. P. Estabelece-se, aí, uma corrente de difusão, denominada
Torna-se importante lembrar a definição de íon. Em certas corrente de campo.
condições, os átomos podem perder ou receberelétrons,
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Capítulo 02
Considere-se uma Junção PN polarizada inversamente, Nesse caso, o polo positivo da bateria ligase ao lado
isto é, com o polo positivo da bateria ligado ao lado positivo P da junção e o pólo negativo, ao lado negativo
negativo N da junção. N da junção.
b) o da largura da zona de transição e, em consequência, Assim sendo, as lacunas no material P circulam do borne
o aumento da resistência interna da junção. positivo para o borne negativo da bateria; os elétrons
no material N circulam do borne negativo para o borne
Devido a essas alterações, a corrente de difusão diminui positivo da bateria.
sensivelmente, enquanto a corrente de campo aumenta
um pouco (por se tratar de uma corrente de minoritários). Continuamente, à junção chegam lacunas, que circulam
em um sentido, e elétrons, cir culando em sentido
Ainda, a corrente total estabelecida, que circula pela contrário. Quando os elétrons encontram as lacunas na
junção, chama-se Corrente Inversa ou Corrente Reversa junção, neutralizam mutuamente suas cargas, ou melhor,
- IR. se recombinam. Isso permite a formação de mais lacunas
na extremidade positiva do material P e a entrada de mais
Tal corrente inversa, muito pequena, varia em função elétrons na extremidade negativa do material N.
da tensão inversa aplicada, até atingir um valor máximo
denominado Corrente de Saturação Inversa ou Corrente Dessa maneira, efetuam-se todas as condições necessárias
de Fuga. Esse valor corresponde à largura máxima da para uma contínua circulação de corrente o que realmente
zona de transição. ocorre. Em outras palavras, a corrente de difusão aumenta
e a corrente de campo diminui, resultando uma corrente
Também, a junção inversamente polarizada apresenta total bem maior que no caso anterior, denominada
resistência muito grande, da ordem de mega-ohms, e a Corrente Direta - ld.
corrente de saturação inversa normalmente é da ordem
de microamperes. Ainda, a junção diretamente polarizada apresenta
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resistência baixa, da ordem de algumas dezenas de ohms. resistividade é bem maior que a do Germânio e, em
consequência, seu rendimento será maior.
O Diodo de Junção
DIODOS SEMICONDUTORES
O Diodo de Junção corresponde ao dispositivo de dois
terminais, constituído pela Junção PN que se acabou de Curva Característica
estudar. Destaque-se que o termo diodo significa “dois
eletrodos”, sendo que “odou, em grego, é “caminho”. A curva característica do diodo de junção, que traduz
Portanto, diodo constitui o dispositivo que possibilita dois a relação I= f(V), varia em função da construção e da
caminhos para os elétrons. finalidade específica a que se destina o diodo. Apresenta
basicamente o aspecto mostrado a seguir:
Observe-se, na figura a seguir, no símbolo do diodo, que
a parte em forma de seta aponta no sentido convencional
da corrente elétrica.
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metade não consegue produzir a corrente no sentido em de um díodo retificador ligado entre a fonte de tensão
que o retificador atua como isolante. alternada e a carga.
Em consequência, a corrente em um circuito retificador --Valor Médio da Corrente na Carga: ILm= IMáx/p=0,318.IMáx
simples é contínua pulsada e não contínua pulsante.
--Valor Eficaz da Tensão na Carga: VLef= VMáx/2
Após essa tensão, o díodo conduz intensa mente e será Esse retificador parece com dois retificadores de meia
danificado pela excessiva potência dissipada (calor). onda, voltados um de costas para o outro, com um
retificador controlando o primeiro semiciclo e com o
b) Corrente Direta Máxima - IdMÁX outro, o semiciclo alternado.
e) Corrente Reversa Máxima - IRmáx
d) Potência Dissipada Máxima - PdMax
e) Temperatura Máxima da Junção - TjMÁX
CIRCUITOS RETIFICADORES
Por causa do secundário com derivação central, cada
circuito do diodo recebe apenas metade da tensão do
Retificador de Meia Onda secundário: VL = VS/2.
O circuito básico de retificação de meia onda consiste Durante o primeiro semiciclo, a tensão alternada do
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transformador torna positivo o ânodo do diodo superior. Quando a corrente alternada apresenta polaridade
Então, o diodo conduz e, como resultado, a corrente passa positiva no extremo superior do transformador, a corrente
através da carga, produzindo um pulso de tensão entre os elétrica sai desse extremo do enrolamento, passa através
terminais. Quando o diodo superior conduz, o ânodo do de D3, através da carga RL, através de D1 e volta ao
diodo inferior está negativo e, assim, ele não conduz. extremo inferior do transformador.
-- VLm=VMáx/p=0,318.VMÁX
-- mas VMÁX=VSec.ef. √2
Onda Completa com Center Tap Como se pode verificar, o retificador “em Ponte” produz
tensão média na saída VLm igual a 90% da tensão eficaz
-- VLm=0,636.VSec.MÁX/2 = 0,636. VSec.ef √2/2 do secundário do transformador VSec. ef; os outros
retificadores produzem tensão na saída VLm de somente
-- vLm=0,45. VSec.ef 45%.
Onda Completa com Center “em Ponte” Levando tudo isso em conta, o retificador em ponte é o
melhor para a maioria das aplicações e o mais utilizado
-- VLm = 0,636.VSec.MÁX = 0,636. VSec.ef √2 na indústria.
-- VLm = 0,636.VSec.ef. √2
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Capítulo 03
FILTRAGEM
Lembre-se de que, quando um capacitor se liga aos Logo que o resistor de carga se liga em paralelo, o capacitor
terminais de uma bateria, ele se carrega até ficar com a começa a se descarregar e a tensão cai. Contudo, a tensão
tensão da mesma, desde que haja tempo suficiente para não cai a zero, porque um novo pico de tensão aparece.
isso. Isso significa que, ao se ligar o capacitor descarregado Esse novo pico de tensão carrega, outra vez, o capacitor
a uma bateria, este é praticamente um curto-circuito e, ao que passa a se descarregar, por meio do resistor, até um
se carregar, se transforma num circuito aberto. novo pico.
DIODO ZENER
2. variações na saída CC, devido aos diodos utilizados na A tensão deve ser a mais definida possível em função da
retificação serem sensíveis à temperatura; variação da sua corrente inversa. Portanto, fabricam-se
diodos Zener de Silício, pois as características de ruptura
3. variação na tensão de saída CC pela variação da carga; desse semicondutor são mais bem definidas do que as do
Germânio.
4. quanto menor a resistência de carga, maior a flutuação
(ripple) da tensão de saída CC. Destaque-se que o diodo Zener apresenta as regiões N e P
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altamente dopadas, o que resulta na tensão de ruptura ser FONTE DE TENSÃO ESTABILIZADA
baixa, podendo operar com correntes inversas elevadas,
sem danificar o dispositivo. Lembre-se de que a tensão No circuito a seguir, tem-se um circuito retificador com
de ruptura ou a tensão Zener consiste na tensão máxima filtro acoplado a um regulador de tensão com diodo Zener.
reversa que pode ser aplicada em um diodo, antes que ele
possa conduzir. VL = Vz = constante
Essas correntes originam-se com o rompimento das V E = RS . I S + V L
ligações covalentes, devido ao esforço ocasionado pela
tensão inversa. (Veconsiste no valor médio na saída do retificador)
PZ > 1,2.VL.ILMáx
mínimo do diodo Zener.Para isso não ocorrer, RS não pode RSmín = (VEMáx - VZ)/IZMáx = (13,97 - 5,1)/0,196 = 45,26W
ser muito grande, não pode ultrapassar um valor máximo.
RSMáx = (VEmín -VZ)/(IZmín + ILMáx) = (11,43 - 5,1)/(0,0196 +
Quando IZ for mínima, IL será máxima, então se terá: 0,100) = 52,93W
Então:
VL = 5V e ILMáx = 100mA
VE = 9.√2 = 12,7
VEMáx = 12,7 x 1,1 = 13,97V
VEmín = 12,7 x 0,9 = 11,43V
Escolha do Zener
Designar-se-ão a região central de Base e as outras duas
VZ = 5,1V de Emissor e de Coletor.
PZ > 1,2.VL.ILMáx = 1,2x5x100x10-3 Os dispositivos consistem, cada um, de três camadas de
semicondutor dopado nas configurações NPN (a) e PNP
PZ > 0,6W (b).
Zener escolhido: 1N4733A - VZ = 5,1V e PZ = 1W A Base deve ser muito fina (aproximadamente 10-3 cm)
e levemente dopada para permitir que a maioria dos
IZMáx = PZ / VZ = 196mA portadores injetados ou emitidos pelo Emissor, passe pelo
Coletor.
IZmín = IZMáx /10 = 19,6mA
O Emissor deve ser muito dopado para poder emitir (caso
PNP) ou injetar (caso NPN) elétrons na Base.
Cálculo de RS
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O fluxo de corrente num transistor NPN polarizado está Na figura a seguir, têm-se os símbolos dos transistores
ilustrado na figura adiante. com as indicações das correntes de polarização.
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Capítulo 04
O parâmetro β (beta) constitui a razão entre a corrente Em qualquer projeto com transistores, torna-se
de coletor e a corrente de base. Existem dois tipos do imprescindível a utilização das curvas características dos
parâmetro β: transistores empregados, que constam nos manuais dos
fabricantes. Tais curvas fornecem um ponto de partida
β estático = IC/IB = ganho em corrente contínua ou ganho para o desenvolvimento do projeto.
estático
Entre as curvas características, são de uso mais geral as
β dinâmico = ΔIC/ ΔIB = ganho dinâmico em corrente para de entrada, que relacionam corrente e tensão de entrada
sinais variáveis, ou seja, contribui a relação da variação de para um determinado valor de temperatura ambiente, e
IC com a variação de IB as de saída, que fornecem a corrente de saída em função
da tensão de saída, para cada valor da corrente de entrada
Obs: tomada como parâmetro.
a. o parâmetro β define-se apenas para montagem As figuras a seguir ilustram curvas características de
“emissor comum”, como se verá mais adiante; entrada e de saída típicas para a configuração do emissor
comum.
b. nos manuais de componentes, esses ganhos de corrente
encontram-se como:
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VRB = VRC + VC
RB.IB = RC.IC + VCB
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VTH = VCC .Rb2/(Rb1 + Rb2) lineares. É a mais completa, pois RE estabiliza o circuito e
o divisor de tensão fornece uma tensão direta positiva ao
RTH = Rb1.Rb2.(Rb1 + Rb2) = RB transistor, diminuindo o risco de saturação.
Rb1 e Rb2 formam um divisor de tensão para fornecer Transistor como Amplificador
polarização direta positiva.
No circuito do transistor polarizado, introduzindo-se na
No terminal do emissor, R, tem a função de estabilizar o entrada um sinal variável, temse, na saída, esse sinal
circuito contra a instabilidade térmica, em que c pode se amplificado. Entretanto, para isso, deve-se entender o
tornar excessiva, se a polarização direta aumentar. que é Ponto de Quiescente e Reta de Carga.
Perceba-se como isso ocorre: Ponto quiescente “Q” constitui, nas curvas características,
o ponto escolhido para o transistor trabalhar, em termos
VTH = VBE.RB.IB + RE.IE dos valores de correntes e de tensões, antes de nele ser
aplicado um sinal elétrico para ser amplificado. Essas
IE = (TTH - VBE - RB.IB)/RE correntes e tensões são determinadas por meio dos
resistores de polarização, isto é, por meio da polarização.
Como TTH, VBE, RB, IB e RE são constantes, então IC é
constante. Quando um transistor trabalha em corrente contínua, esse
ponto, definido por correntes e por tensões, é fixo. Daí o
Utilizando-se a análise de malhas, determinam-se os nome “quiescente’’, que significa “estar em repouso” - do
valores dos resístores. latim, quiescens.
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Então, ter-se-á:
O par de valores (VCC;0) define o ponto S1 da reta de carga. Entre os pontos B e C, o transistor atua na sua Região
Ativa.
Já o par de valores [0;VCC/(RC + RE)] define o ponto S2 da
reta de carga. Acima do ponto c, verifica-se que aumentos de tensão não
modificam a posição do ponto de operação. Isso ocorre,
porque a corrente IB atinge e ultrapassa o seu valor de
saturação. Assim, o transistor está Saturado.
Amplificador
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Capítulo 05
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A lâmpada X acenderá, se pelo menos uma das chaves A lâmpada X permanecerá acesa, enquanto a chave A
estiver fechada, ou ambas, simultaneamente. estiver aberta.
ou
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A lâmpada X só acenderá, se pelo menos uma das chaves A tabela da verdade a seguir fornece os valores da função
estiver aberta. X=A+B
Para duas variáveis A e B, a saída X será verdadeira, se, e A saída de uma porta OU Exclusivo será igual a 1, se, e
somente se, todas as entradas forem falsas. apenas se, existir um número ímpar de entradas iguais
a 1.
Seguem o símbolo da porta NOU e seu circuito equivalente
de chaves: Segue a representação algébrica dessa função:
X = AB + AB ou, X = A B
A B X=A B
1 1 1
0 0 0
Observe, pela tabela anterior, que essa porta detecta
0 1 1 níveis lógicos iguais na entrada, sendo, por esse motivo,
chamada de porta COMPARADORA.
1 0 1
Assim, para uma porta NOU Exclusivo de duas entradas, a
saída terá nível lógico 1, se, e somente se, os níveis lógicos
1 1 0 das entradas forem iguais.
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Capítulo 06
A tabela da verdade dessa função é mostrada a seguir: Caso se tenha nível lógico O na entrada G (porta), a saída
terá nível lógico 1, independente das demais entradas.
Por outro lado, caso se tenha entrada G em nível lógico 1,
A B C X=A B C a saída da porta dependerá exclusivamente das variáveis
0 0 0 0 A e B.
0 0 1 1
Dessa forma, a entrada STROBE opera como uma entrada
0 1 0 1 de controle, permitindo ou não a liberação da porta.
0 1 1 0
1 0 0 1 Segue a tabela da verdade correspondente à porta NOU
com STROBE:
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Então:
Considere-se o exemplo
da tabela a:
A função será verdadeira
quando:
A B C X Postulados da Álgebra Booleana
0 0 0 1 > ABC
0 0 1 1 > ABC
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1 > ABC
1 0 1 1 > ABC
1 1 0 0
1 1 1 1 > ABC
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Solução:
Logo,
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Deve-se observar a sequência de combinações das Como se pode perceber, um quadrado pode pertencer a
variáveis: 00, 01, 11 e 10. Essa sequência torna-se mais de um subcubo.
fundamental para a simplificação, pois somente uma
variável muda de estado de uma combinação para outra. Na escolha dos subcubos, devem ser observados alguns
pontos importantes, pois dela depende a minimização
Para 5 ou mais variáveis, o método de Karnaugh torna-se correta da expressão booleana.
de difícil visualização. Para esses casos, outros métodos
utilizam-se, mas não serão tratados neste curso. Tais cuidados são:
Veja-se a representação de uma função booleana no »» optar sempre pelos maiores subcubos possíveis, ou
Mapa de Karnaugh. Seja a expressão obtida da tabela da seja, por aqueles que contenham.
verdade do exemplo visto no início do capítulo:
»» o maior número de quadrados adjacentes;
X = A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C
»» o número de quadrados que pertencem a um subcubo
Número de variáveis = 3 é sempre o resultado de uma potência de 2;
X = B + A.C
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Na lógica positiva, ou lógica dos níveis ativos altos, Uma maneira muito simples de se converter uma lógica
a passagem do nível lógico O para o nível lógico 1 em outra é a troca de todos os 0 por 1e de todos os 1 por
corresponde a uma excursão positiva: 0, na tabela da verdade:
Lógica
Nível Lógico
Se, entretanto, se associar o nível lógico 0 ao nível de
Lógica
tensão mais alto (+Vcc) e, consequentemente, o nível
lógico 1, ao nível de tensão mais baixo (0V), trabalha-se Baixo Alto
com a lógica negativa.
Positiva "0" "1"
Em lógica negativa, ou lógica dos níveis ativos baixos,
a passagem do nível lógico 0 para o nível lógico 1
corresponde a uma excursão negativa: Negativa "1" "0"
Pode-se observar que o fato de se converter uma lógica técnica tornou-se obsoleta. A tecnologia integrada traz
em outra resulta na complementação da função. consigo uma série de vantagens, tanto econômicas (menor
custo global) como operacionais (menor dissipação de
Normalmente, adota-se a lógica positiva, isto é, raciocina- potência e maior compactação).
se em 0 e 1 como 0V e +VCC respectivamente.
Níveis de Integração
Essa família utiliza somente resistores nas entradas e Sua porta básica é a NE, mostrada a seguir:
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A B X
Tabela Verdade - Porta NE
0 0 ≅ VCC
A B X
0 VCC ≅ VCC
0 0 VCC
VCC 0 ≅ VCC
Família TTL
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Usa-se essa versão, quando a corrente de saída é elevada. a mesma da TTL padrão, sendo apenas aumentados os
O valor do resistor R "pull-up" (puxar para cima) depende valores dos resistores. Assim, o aumento na resistência
do número de circuitos ou de cargas a serem alimentadas. resulta em redução na dissipação de potência.
O coletor de T4 liga-se a um dos pinos do CI, sendo R As séries usuais são 54LXX e 74LXX. A série "54" utiliza-
"pull-up" uma resistência externa. se para componentes de uso militar (suas especificações
técnicas são mais rígidas) e a série "74", para componentes
Quando se interligam as saídas de várias portas com de uso comercial.
coletor aberto, tem-se o que se denomina lógica por fios
(wired /ogic). Subfamília TTL de Alta Velocidade (HTTL = High TTL)
Segue o circuito que mostra a lógica E por fios: A configuração da porta de alta velocidade é basicamente
a mesma da TIL padrão. Nos circuitos dessa subfamília, os
valores dos resistores são menores e diodos grampeadores
se incluem nas entradas do transistor multiemissor.
Uma outra forma de se construir a lógica E por fios é O circuito a seguir apresenta a porta básica NE dessa
utilizar três níveis de portas E, com saída toten-pole0, subfamília:
como mostra o circuito a seguir:
Família ECL
Capítulo 07
Tal FET constituí um dispositivo semicondutor que se Nos lados da barra, são formadas, por difusão ou outro
baseia em princípios de funcionamento diferentes dos do processo, duas regiões mais fortemente dopadas do
Transístor Bipolar. Trata-se de um dispositivo UNIPOLAR, tipo P (ou N), de modo a estabelecer duas junções PN.
isto é, sua operação depende somente do fluxo de Essas regiões, chamadas Portas - G (Gate), interligam-se
portadores majoritários - elétrons ou lacunas. de modo que o FET apresente apenas três terminais
externos: D, G e S.
Esse transistor é chamado de efeito de campo, porque o
controle da corrente, que circula em sua malha de saída, Ainda, a região entre as portas chama-se Canal; ter-se-á
única corrente do FET, aliás, é exercido por um campo um FET de Canal N, se a barra for do tipo N, e um FET de
elétrico (ou pela tensão de entrada que o produz). Canal P, se for do tipo P.
1. possuem alta impedância de entrada, da ordem de Em operação normal, as junções PN são sempre
dezenas de mega-ohms; polarizadas inversamente, isto é, trabalha-se com valores
de VGs negativos e valores de V0s positivos no caso de um
2. apresentam maior imunidade ao ruído; FET de Canal N, conforme o circuito a seguir. Também se
trabalha com polaridades invertidas, quando o FET é
3. sua fabricação é relativamente simples e ocupam Canal P. Em qualquer caso, o importante é garantir que as
menos espaço quando integrados. junções PN não conduzam.
»» Transistor de PortaIsolada, Metal-Óxido Semicondutor, Considere-se o FET Canal N, tomando VGS como parâmetro,
isto é, fixando VGS ≤ 0. Aplicando-se, a partir de zero, uma
MOSFET ou, simplesmente MOS.
pequena ten são positiva entre dreno e fonte VDS o FET
se comportará entre esses terminais como um simples
Constitui-se o FET por uma barra de semi-condutor tipo resistor semicondutor. Haverá a circulação de uma
N (ou tipo P) com um terminal em cada extremidade, corrente ID, que flui internamente pelo canal, do dreno
chamados de Fonte - S (Source) e de Dreno - D (Drain), para a fonte. A queda de tensão ao longo do comprimento
conforme figura a seguir. do canal fará com que a configuração do campo elétrico.
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no FET seja tal que as regiões de transição das junções À medida que se aumenta Vw aumentam as regiões de
venham a apresentar largura variável, decrescendo do transição, que penetram no canal, diminuindo sua largura
dreno para a fonte, conforme mostra a "situação (a)" da e, portanto, aumentando sua resistência.
figura a seguir.
A título de fixar ideias, considere-se o seguinte exemplo Na malha de entrada, não circula corrente (IG = 0). Tem-se
de polarização. então que:
Observe-se que a tensão de polarização negativa VGS é Na saída, tem-se VS = VCC - RC.ID = 12 -875.7.10-3 ≅ 5,9V.
fornecida através do resistor RS, que faz o potencial cair
de VS para VT. Para a excursão de sinal considerada (de "Q" a "X"
na reta de carga), obtém-se os seguintes ganhos de
Como VT < VS e VG = VT, pois não há circulação de corrente tensão:
na malha de entrada, tem-se que VG < VS, isto é, VG - VS =
VGS < 0. Ganho de Tensão do FET
O resistor RS também permite a realimentação negativa GV = ΔVDS/ΔVGS = (|3 - 7|)/[|2,1 - 0|) ≅ 1,24
que estabiliza o FET, de modo similar ao verificado com o
resistor de emissor do transistor bipolar. Inversamente, quando VE decresce, VGS torna-se
mais negativo, !D diminui e, portanto, VS cresce.
Como se sabe, a reta de carga fica determinada pelos
pontos P1 (VCC; 0) E P2 [0 ; VCC/(RC + RS)]. Em conclusão, ter-se-á, na saída, um sinal amplificado
e defasado de 180° em relação ao de entrada.
No caso, tem-se:
Ganho de Tensão do Circuito
VCC/(RC + RS) 12 / 1250 = 9,6mA.
Todas as considerações feitas para o FET Canal N
Portanto, ter-se-á: são válidas para o FET Canal P. Deve -se observar,
entretanto, que a fonte VCC deve ser invertida, de modo
P1 (12 ; 0) e P2 (0 ; 9,6) a manter as junções PN inversamente polarizadas,
conforme mostra o circuito da figura a seguir. O FET
Aplicando-se, agora, na entrada do circuito, um sinal Canal P deve operar com valores de V positivos
GS
senoidal, como mostra o cicuito da figura a seguir, tem-se: e valores de V negativos.
DS
Tem-se:
Capítulo 08
Subfamília CMOS
PMOS ou NMOS
2. baixa velocidade.
Desvantagens
TTL
1. Baixa velocidade;
Vantagens
2. fontes de alimentação múltiplas para operar
corretamente e "interfacear" com outras fa mílias 1. Baixa dissipação;
lógicas;
2. alta velocidade;
3. confiabilidade não muito elevada.
3. alta capacidade de fan-out;
CMOS
4. compatibilidade com sistemas existentes;
Vantagem Desvantagens
DTL Vantagens
Desvantagens Desvantagem
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funcionamento:
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