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BRIGADA DE INCÊNDIO E EMERGÊNCIA

NÍVEL I (AVANÇADO)

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SINOPSE DO CURSO:
Este programa aborda conteúdos e praticas básicas relativas ao conceito, técnicas e procedimentos
referentes ao atendimento realizado pela brigada de incêndio, ate a chegada do Corpo de bombeiros
Militar.
OBJETIVO:
Reconhecer uma emergência de incêndio, as características do processo de queima e a rápida ação em
seu principio, impedindo assim a continuidade do mesmo, evitando tomar proporções maiores,
preservando vidas e patrimônios. Atuar em socorro básico de urgência com medidas iniciais e imediatas
dedicadas à vítima, para garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões
existentes.

Nível de treinamento : Avançado (formação)


Referencia Legal : NBR 14276 ; IT 17 CBMBA
Módulo :Parte teórica e prática de combate a incêndio: 01 a 16 , 28 a 31
Parte teórica e pratica de primeiros socorros: 17 ao 27 .
Carga horaria mínima (horas)
Teórica de combate a incêndio: 4 h
Pratica de combate a incêndio: 8 h
Teórica de primeiros socorros: 10 h
Pratica de primeiros socorros: 8h
Total : 30 hs

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SUMÁRIO

PCI
( Prevenção e combate a incêndio )
Sinopse do curso 2
Introdução a Brigada de incêndio (objetivos do curso e do brigadista) 4
NR-23 / NBR 14.276/IT 17 CBMBA ( aspectos legais e responsabilidade do brigadista) 7
Teoria do Fogo (combustão, seus elementos e a reação em cadeia) 8
Propagação do fogo ( condução, convecção e irradiação) 10
Classes de Incêndio (classificação e características) 10
Prevenção de incêndio ( técnicas de prevenção) 11
Métodos de Extinção do Fogo (Isolamentos, abafamento, resfriamento, e extinção química) 13
Agentes extintores ( Agua, CO2, PQS, Pó ABC, espumas, e outros) 13
Equipamentos de combate à incêndios 1 (extintores e acessórios) 15
Equipamentos de combate a incêndios 2 ( hidrantes , mangueiras e acessórios ) 18
Equipamentos de combate a incêndios 3 ( sistema de chuveiros automáticos ) 20
EPI ( Equipamentos de Proteção Individual) 21
Equipamentos de detecção de alarme. (sistemas e manuseio ) 24
Equipamentos de iluminação de emergência, sinalização e comunicações. 24
Riscos específicos da planta. Emergência. (Plano de Ação, Plano de Abandono de Área). 25
Psicologia em emergências. (reação das pessoas em situações de emergência ) 28
Procedimentos de segurança GLP (gás de cozinha) 31
Sistema de Comando de Incidentes (SCI) 33
Emergências Químicas e Tecnológicas 41
APH
(Atendimento pré-hospitalar )

A importância do atendimento inicial de emergência. 54


Avaliação inicial. ( Riscos iminentes, mecanismos de lesão, número de vítimas e o exame físico
destas ) 55
Vias aéreas. (Conhecer os sinais e sintomas de obstruções de vias aéreas em adultos, crianças
e bebês conscientes e inconscientes ) 60
RCP (reanimação cardiopulmonar). (Ventilação artificial e compressão cardíaca externa,
técnicas de RCP para adultos, crianças e bebês) 63
Ferimentos. (Identificar os tipos de ferimentos, técnicas de curativos ) 67
Hemorragias. (Classificação e tratamento, técnicas de hemostasia ) 72
Estado de choque. (Classificação, prevenção e tratamento ) 75
Queimaduras. (Classificação e tratamento ,tipos e os graus das queimaduras ) 79
Fraturas. (Classificação e tratamento ) 81
DEA. (Desfibrilador semiautomático externo para desfibrilação externa precoce ) 83
Emergências clínicas. (Reconhecimento e tratamento, síncope, convulsões, acidente vascular
cerebral, dispneias, crises hiper e hipotensiva, infarto agudo do miocárdio, diabetes e 86
hipoglicemia )
Movimentação, remoção e transporte de vítimas.(Técnicas de transporte de vítimas clínicas e
traumáticas com suspeita de lesão na coluna vertebral ) 92

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PCI
( Prevenção e combate a incêndio )

1. INTRODUÇÃO A BRIGADA DE INCÊNDIO

1.1. OBJETIVO
Desenvolver expertises, conhecimento técnico/prático em prevenção, combate a incêndios bem como,
procedimentos de abandono de área, emergência contra incêndio, técnicas de primeiros socorros,
adequando a empresa às legislações específicas .

1.2. IMPORTÂNCIA DA BRIGADA DE INCÊNDIO


Objetivando reduzir a margem da incidência de princípios de incêndio, aflora a necessidade de um sistema
integrado de meios pessoais, materiais e um conjunto de técnicas métodos e procedimentos com a
finalidade de preservar a integridade do elemento humano e do patrimônio da empresa.
Todos os incêndios começam pequenos, crescendo em intensidade e abrangência à medida que o tempo
passa sem um combate efetivo.
“Os Brigadistas possuem atividades específicas durante a ocorrência do sinistro e distinto em situações
normais”.

1.3. BRIGADA DE INCÊNDIO


Grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção,
abandono, combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área pré-
estabelecida.

1.4. PRINCÍPIOS BÁSICOS


a) Condições gerais da edificação.
b) A edificação deve dispor do sistema de proteção e combate a incêndio, de acordo com a legislação
vigente;
c) Meios de escape: conhecer todos os meios existentes ( acessos, passarelas, portas , janelas, etc...);
d) Planejamento da Brigada de incêndio.
e) Estabelecer os recursos mínimos de pessoal e material para sua formação, levando-se em consideração a
população fixa, as condições de instalações, a área a proteger e os recursos disponíveis.

1.5. CRITÉRIOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO DE CANDIDATO A BRIGADISTA


a) permanecer na edificação;
b) possuir boa saúde;
c) possuir bom conhecimento das instalações;
d) Ter responsabilidade legal;
e) Ser alfabetizado.

1.6. ORGANIZAÇÃO DA BRIGADA


a) Brigadistas: membros da brigada;
b) Líder: responsável pela coordenação e execução das ações de emergência durante o seu turno de

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atuação;
c) Chefe da Brigada: responsável pela edificação, pela coordenação e execução de todas as ações de
emergência desenvolvidas pela brigada desta edificação. O chefe da Brigada é a autoridade máxima na
edificação, após o Coordenador Geral da Brigada, no caso da ocorrência de uma situação real ou simulada
de emergência.
OBS: No caso da ausência do Chefe da Brigada ou na sua impossibilidade de atuar na ocorrência, essa
responsabilidade passa a ser de um líder autorizado e indicado por ele.
d) Coordenador Geral da Brigada: responsável pelo terminal, e pela coordenação e execução de todas
ações de emergência desenvolvidas pela brigada. O Coordenador Geral da Brigada é a autoridade máxima
na empresa no caso da ocorrência de uma situação real ou simulada de emergência.
OBS: No caso da ausência do Coordenador Geral da Brigada ou na sua impossibilidade de atuar na
ocorrência, essa responsabilidade passa ser do Chefe da Brigada autorizado e indicado por ele.
1.7. ATRIBUIÇÕES DA BRIGADA
a) Ações de prevenção;
b) Avaliação dos riscos existentes;
c) Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio;
d) Inspeção geral das rotas de fuga;
e) Elaboração de relatórios das irregularidades encontradas, e seu encaminhamento aos setores
competentes;
f)Orientação à população fixa e flutuante;
g) Exercícios simulados.

1.8. AÇÕES DE EMERGÊNCIA


a) Identificação da situação;
b) Alarme/ abandono de área;
c) Corte de energia;
d) Acionamento do corpo de Bombeiros e ou ajuda externa;
e) Primeiros socorros;
f) Combate à emergência;
g) Recepção e orientação ao corpo de Bombeiros.

1.9. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA


a) Alerta; h) Extinção;
b) Análise da situação; i) Investigação.
c) Primeiros socorros;
d) Corte de energia elétrica;
e) Abandono de área;
f) Confinamento do sinistro;
g) Isolamento da área;

1.10. CONTROLE DO PROGRAMA DA BRIGADA


A) Reuniões ordinárias (mensais c/ATA):
Assuntos:
# Funções de cada membro da brigada;
# Condições de uso dos equipamentos de emergência;
# Apresentação de problemas relacionados a prevenção encontrados nas inspeções para que sejam feitas
propostas corretivas;

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# Atualização de técnicas e táticas de combate à incêndio;
# Alteração ou mudança do efetivo da brigada;
# Outros assuntos de interesse.

B) Reuniões extraordinárias:
Após o atendimento de ocorrência ou quando ocorrerem situações anormais.
C) Exercícios simulados:
# Executados de acordo com as necessidades da Brigada;
# Sempre que for realizado exercício simulado, deve ser elaborada ATA na qual conste:
# Horário do evento;
#Tempo gasto no abandono;
# Tempo gasto no retorno;
# Tempo gasto no atendimento de 1° socorros;
# Atuação da brigada;
# Comportamento da população;
# Participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto para sua chegada;
# Ajuda externa do PAM (plano de ação mútua);
# Falhas de equipamentos;
# Falhas operacionais;
# Demais problemas levantados na reunião.

D) Comunicação interna e externa:


# Deve haver sistemas de comunicação capaz de mobilizar toda a Brigada simultaneamente (alarme);
# Caso seja necessário a comunicação com meios externos(Bombeiros ou PAM), a telefonista ou pessoal
da vigilância é o responsável por ela.
# Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos Brigadistas para distribuição de tarefas.

E) Grupo de Apoio:
O grupo de apoio é formado com a participação da segurança patrimonial, eletricistas, encanadores,
telefonistas, técnicos e etc...
F) Coordenador Geral da Brigada:
# Planejar, coordenar e fiscalizar o cumprimento e desenvolvimento dos programas de treinamento da
Brigada;
# Planejar, coordenar e fiscalizar a aplicação de exercícios de combate a incêndios, vazamentos de
produtos químicos, salvamentos de vítimas e evacuação de área, da Brigada;
#Familiarizar-se com a localização e operação das válvulas de incêndios, mangueiras, esguichos,
extintores, sistemas de gás, saídas de emergência, material de proteção, primeiros socorros, etc, do local;
# Coordenar e avaliar as condições de preparo físico, técnico e eficiência da Brigada da empresa, em
atuação.

G) Chefe da Brigada:
# Planejar, coordenar e fiscalizar o cumprimento e desenvolvimento dos programas de treinamento da
Brigada da sua edificação;
# Planejar, coordenar e fiscalizar a aplicação de exercícios de combate a incêndios, vazamentos de
produtos químicos, salvamentos de vítimas e evacuação de área, da Brigada da sua edificação;
# Normatizar as atividades da brigada da sua edificação.
#Familiarizar-se com a localização e operação das válvulas de incêndio e mangueiras, esguichos,

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extintores, sistemas de gás, saídas de emergência, material de proteção, primeiros socorros, etc, da sua
edificação;
#Inspecionar periodicamente os equipamentos de combate a incêndio, de proteção individual e de
salvamento, da sua edificação;
#Coordenar e avaliar as condições de preparo e eficiência da Brigada da sua edificação, em atuação.

H) Líder do grupo
# Comandar a equipe nos exercícios e em situações reais de emergência;
# Avaliar as condições de preparo e eficiência de sua equipe;
# Coordenar a evacuação de pessoas em situações de sinistro;
# Solicitar ao chefe da brigada o apoio necessário;
# Atender a qualquer chamado de emergência de imediato;
# Inspecionar diariamente os equipamentos de emergência (combate a incêndio, EPI,salvamento e
primeiros socorros) atestando as condições de operacionalidade dos mesmos;
# Confeccionar os relatórios de ocorrências e atividades da Brigada;
# Cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas dos escalões superiores.

2. ASPECTOS LEGAIS;
NR – 23 / NBR 14.276/ IT 17 CBMBA
A NR 23, relativa a Segurança e Medicina do Trabalho, torna-se de observância obrigatória pelas
Empresas.

2.1. NR 23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO


A vigésima terceira NR do trabalho, cujo título é “PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO”, estabelece as
medidas de proteção contra incêndios, de que devem dispor os locais de trabalho, visando a prevenção da
saúde e da integridade física dos trabalhadores, que englobam normas técnicas da ABNT, onde nos diz que
todas empresas deverão possuir:
a) Proteção contra incêndio;
b) Saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio;
c) Equipamentos suficientes para combater o fogo em seu início;
d) Pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos.

2.2. NBR 14276 – Programa de Brigada de Incêndio


a) Objetivo:
a.1) Esta Norma estabelece as condições mínimas para a elaboração de um programa de brigada de
incêndio, visando proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais do sinistro e
dos danos ao meio ambiente.
a.2) Esta Norma é aplicável em edificações industriais, comerciais e de serviço, bem como as destinadas à
habitação (residenciais ou mistas)

2.3.IT 17 CBMBA
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações, estruturas e áreas de risco, conforme o
Decreto
16.302/2015 regulamentador da Lei no 12.929, de 27 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a Segurança
Contra Incêndio e Pânico e dá outras providências.

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2.2.3 DEFINIÇÕES:
2.2.3.1 Bombeiro: Pessoa treinada que presta serviços de prevenção e atendimento a emergências, atuando
na proteção da vida, do meio ambiente e do patrimônio.
2.2.3.2 Bombeiro profissional civil ou privado: Bombeiro que presta serviço em uma planta ou evento.
2.2.3.3 Bombeiro público: Bombeiro pertencente a uma corporação governamental militar ou civil de
atendimento a emergências públicas.
2.2.3.4 Bombeiro voluntário: Bombeiro pertencente a uma organização não governamental (ONG) ou
organização da sociedade civil de interesse público que presta serviços de atendimento a emergências
públicas.
2.2.3.5 Brigada de incêndio: Grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas,
treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e
primeiros socorros , dentro de uma área preestabelecida na planta.
2.2.3.6 Brigadista de incêndio: Pessoa pertencente à brigada de incêndio.
2.2.3.7 Combate a incêndio: Conjunto de ações destinadas a extinguir ou isolar o princípio de incêndio
com uso de equipamentos automáticos ou manuais.
2.2.3.8 Grupo de apoio: Grupo de pessoas composto por terceiros (por exemplo, pessoal de manutenção,
patrimonial, telefonista, limpeza etc.) ou não treinados e capacitados, que auxiliam na execução dos
procedimentos básicos na emergência contra incêndio.
2.2.3.9 Planta: Local onde estão situadas uma ou mais edificações ou área a ser utilizada para um
determinado evento ou ocupação.
2.2.3.10 Risco iminente: Risco que requer ação imediata.
2.2.3.11 Sinistro: Ocorrência proveniente de risco que resulte em prejuízo ou dano.
2.2.3.12 Terceiros: Pessoal pertencente a uma empresa prestadora de serviço.
2.2.3.13 Vítima: Pessoa ou animal que sofra qualquer tipo de lesão ou dano.

3. TEORIA DO FOGO (Combustão, seus elementos e a reação em cadeia)


a) TRIÂNGULO DO FOGO:

Para que exista fogo, se faz necessária a figura de três elementos que,
combinados, reagem entre si, originando-o, que são eles:

COMBUSTÍVEL

COMBURENTE (Oxigênio)

FONTE DE CALOR

O fenômeno da ocorrência do fogo, nada mais é do que a REAÇÃO EM


CADEIA entre esses elementos.
A isto se denomina tetraedro do fogo.
a.1) COMBUSTÍVEL: É toda substância capaz de queimar e alimentar a
combustão. É o elemento que serve de campo de propagação do fogo. Os combustíveis podem ser sólidos,

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líquidos ou gasosos, e a grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para, então, combinar com o
oxigênio.

Combustíveis sólidos: A maioria dos combustíveis sólidos transformam-se em vapores ,então, reagem
com o oxigênio. Outros sólidos( ferro, parafina, cobre, bronze)primeiro transformam-se em líquidos, e
posteriormente em gases, para então se queimarem.

Combustíveis líquidos: Uma propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido, ou seja, sua
capacidade de misturar-se a água. Os líquidos derivados do petróleo (conhecidos como hidrocarbonetos)
têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos como álcool, acetona (conhecidos como solventes polares)
têm grande solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um ponto em que a mistura(solvente polar + água)
não seja inflamável.

Combustíveis Gasosos: Os gases não tem volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o
recipiente em que estão contidos. Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás tende a subir e dissipar-se.
Mas, se o peso do gás é maior que o do ar, o gás permanece próximo ao solo e caminha na direção do
vento, obedecendo os contornos do terreno.

a.2) COMBURENTE: É o elemento que possibilita vida as chamas e intensifica a combustão. O mais
comum é que o oxigênio desempenhe esse papel ( outros; cloro bromo ,enxofre flúor).

OXIGÊNIO: O ar que respiramos, dentre outros componentes, possui 21% de oxigênio. No entanto, para
o fogo ter início, basta apenas 16% de oxigênio.

a.3) FONTE DE CALOR: Faz com que o material combustível, seja ele qual for, libere vapores
suficientes para a ignição acontecer.
OBS: Havendo então, reação química, que é quando o combustível, o oxigênio e o calor atingem
condições favoráveis, misturando-se em proporções ideais, acontece uma reação em cadeia e,então surge o
fogo.

b) PONTOS DE TEMPERATURA:
Os combustíveis são transformados em calor, e a partir desta transformação, é que combinam com
oxigênio, resultando a combustão. Essa transformação desenvolve-se em temperaturas diferentes à medida
que o material vai sendo aquecido.

b.1) PONTO DE FULGOR: é a temperatura mínima em que um corpo desprende gases que se queimam
em contato com uma fonte externa de calor.

b.2) PONTO DE COMBUSTÃO: é a temperatura mínima na qual um corpo emite gases em quantidade
suficiente para que haja chama permanente, quando houver contato com uma fonte externa de calor.

b.3) PONTO DE IGNIÇÃO: é a temperatura na qual os gases desprendidos por um corpo entram em
combustão sem auxílio de fonte externa de calor.

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4. PROPAGAÇÃO DO FOGO:
O fogo pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção e irradiação.

CONDUÇÃO: é a transferência de calor através de um corpo sólido de


molécula a molécula.

Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro


próxima a uma fonte de calor, as moléculas desta extremidade
absorverão calor com as moléculas vizinhas, transferindo-lhes calor.

Quando dois ou mais corpos estão em contato, o calor é conduzido


através deles como se fossem um
só corpo.

CONVECÇÃO: é a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas


de gases ou de líquidos dentro de si próprios.
Em incêndios de edifícios, essa é a principal forma de propagação de
calor para andares superiores, quando os gases aquecidos encontram caminho
através de escadas, poços de elevadores, etc.

IRRADIAÇÃO: um corpo mais aquecido emite ondas de energia calorífica


para um outro mais frio até que ambos tenham a mesma temperatura.
O Brigadista deve estar atento aos materiais ao redor de uma fonte que
irradie calor para protegê-los, a fim de que não ocorram novos incêndios.
Para se proteger, o Brigadista deve utilizar roupas apropriadas quando
possível e água como escudo.

5. CLASSES DE INCÊNDIO
Os materiais combustíveis têm características diferentes e, portanto, queimam de modos diferentes.
Conforme o tipo de material, existem cinco classes de incêndio.

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CLASSE A

Incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel,


tecido, etc.
Esses materiais apresentam duas propriedades:
§ Deixam resíduos quando queimados (brasas,
cinzas, carvão).
§ Queimam em superfícies e em profundidade

CLASSE B

Incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina,


querosene, etc.
Esses materiais apresentam duas propriedades:
Não deixam resíduos quando queimados.
Queimam somente em superfície.

CLASSE C

Incêndio em equipamentos elétricos energizados, como


máquinas elétricas,
quadros de força, etc.

Ao ser desligado o circuito elétrico, o incêndio passa a ser


de classe A.

CLASSE D

Incêndio em metais que inflamam facilmente, como


potássio, alumínio em pó,
etc.

CASSE K
Incêndio em óleo e gorduras comestível.

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6. PREVENÇÃO DE INCÊNDIO ( Técnicas de Prevenção)
Prevenção é o ato de evitar ou, pelo menos atenuar os efeitos de uma causa mediante a adoção prévia de
certas medidas estudada tecnicamente. A prevenção de incêndios é em princípio, uma questão de
organização que interessa a todos os setores de atividade.
Nem todos os lugares estão igualmente sujeitos a riscos de incêndio. Pela própria natureza do material
existente ou da classe de trabalho executado, determinadas áreas apresentam maior risco de incêndio do
que outras.
Ao tomar simples medidas de prevenção aplicadas corretamente, pode se evitar sinistros de vulto nos quais
se perderiam bens inestimáveis. A intenção de prevenir estará trazendo, por antecipação, enorme economia
de trabalho, dinheiro e até de vidas humanas.

A prevenção é a principal preocupação. Pode ser feita na fase da construção ou do projeto, sendo então
chamada de prevenção estrutural, ou na operação interna do terminal, fábrica ou edifício, quando é
denominada PREVENÇÃO OPERACIONAL.

PREVENÇÃO ESTRUTURAL:
O modo de construir um prédio com ênfase na prevenção é denominado Prevenção Estrutural .
Descrevem-se a seguir os elementos necessários para este tipo de prevenção.

SAÍDAS: As saídas devem estar adequadas com as orientações da NBR 9077/93 da ABNT.
É preciso que sejam suficientes para rápida retirada do pessoal em serviço em caso de
incêndio ou emergência. Todas devem estar a uma distância de 15 a 30 metros do local
de trabalho, de acordo com o grau de risco da construção. A largura mínima das
aberturas de saída deve ser de 1,20m. O sentido de abertura das portas deve ser “ para
fora” do local de trabalho.

As aberturas, saídas, acessos e corredores devem ser claramente sinalizados por


meio de placas ou sinais luminosos que indiquem a direção da saída.
Em hipótese alguma as portas de emergência podem ser fechadas pelo lado
externo, mesmo fora do horário de trabalho.

ESCADAS: Todas as escadas, rampas e patamares devem ser feitos com materiais
incombustíveis e resistentes ao fogo.

PONTOS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA: Situados em local de fácil acesso e


protegidos de maneira a não poderem ser danificados, devem ser frequentemente
experimentados a fim de evitar-se o acúmulo de resíduos.
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (SPRINKLERS): Os chuveiros devem ter seus
registros sempre abertos, só podendo ser fechados em caso de inspeção ou
manutenção na rede, com ordem de pessoa responsável. Deve haver um espaço livre
de, pelo menos, 1 metro ao redor e abaixo dos chuveiros, a fim de assegurar a
inundação eficaz.
EXTINTORES PORTÁTEIS: Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de
chuveiros automáticos, devem ser providos de extintores portáteis que possam
combater o fogo em seu início, de acordo com a classe do fogo a extinguir.

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SISTEMAS DE ALARME: Independente do grau de risco, deve haver nos estabelecimentos um sistema
de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais de construção.
Cada pavimento deve ser provido de número suficiente de sinalizadores sonoros que
emitam som distinto em tonalidade e altura de todos os outros dispositivos acústicos
do estabelecimento.
Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível, de fácil acesso e
bem sinalizado, em caixa lacrada com tampa de vidro contendo a seguinte inscrição :
“quebrar em caso de emergência”.

7. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO


Em todo incêndio ocorre um reação de combustão, envolvendo três elementos: o
combustível, o comburente e o calor. Os métodos de extinção do fogo consistem em "atacar" cada um
desses elementos.

RETIRADA DO MATERIAL

Trata-se de retirar do local o material (combustível) que está


pegando fogo e também outros materiais que estejam
próximos às chamas.

ABAFAMENTO

Trata-se de eliminar o oxigênio (comburente) da reação, por


meio do abafamento do fogo.

RESFRIAMENTO

Trata-se de diminuir a temperatura (calor) do material em


chamas.
AGENTES EXTINTORES
8.1.1 Água
É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento, devido a sua
propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma
como é aplicada, neblina, jato contínuo, etc.). A água é o agente extintor mais empregado, em virtude do
seu baixo custo e da facilidade de obtenção. Em razão da existência de sais minerais em sua composição
química, a água conduz eletricidade e seu usuário, em presença de materiais energizados, pode sofrer
choque elétrico. Quando utilizada em combate a fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer

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transbordamento do líquido que está queimando, aumentando, assim, a área do incêndio.

8.1.2 Espuma
A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu processo de formação. A Química resulta da reação
entre as soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio. A Mecânica é formada por uma
mistura de água com uma pequena porcentagem (1% a 6%) de concentrado gerador de espuma e entrada
forçada de ar, fazendo com que produza um aumento de volume da solução (de 10 a 100 vezes), formando
a espuma.
A rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da água, pois constitui-se de um aglomerado de
bolhas de ar ou gás (CO 2 ) envoltas por película de água. Mais leve que todos os líquidos inflamáveis, é
utilizada para extinguir incêndios por abafamento e, por conter água, possui uma ação secundária de
resfriamento.

8.1.3 Gás carbônico


Este tipo de agente é utilizado, principalmente, em incêndios classe C (equipamento elétrico energizado).
Além de não conduzir eletricidade, o CO2 fornece sua própria pressão para a descarga do extintor ou
cilindro de armazenamento e, sendo gás, pode penetrar e espalhar-se por toda área incendiada.
É eficaz como agente extintor porque, em primeiro lugar, reduz a concentração de O 2 ,agindo por
abafamento. É cerca de uma vez e meia mais denso que o ar, propriedade que lhe proporciona a tendência
de substituir o oxigênio sobre as superfícies que queimam. Também possui certo efeito resfriador
dependendo da condição de aplicação. O CO 2 é um asfixiante simples e pode levar a inconsciência e
morte quando presente em altas concentrações. Uma concentração de 20% pode levar à morte em 20 ou 30
minutos.

8.1.4 Pós-químicos
Os pós-químicos são altamente eficientes para extinguir incêndios envolvendo líquidos inflamáveis. As
partículas de produto químico finamente divididas são interceptoras de radicais livres e quebram o
processo de oxidação da reação em cadeia de combustão dentro da chama. Como não têm a capacidade de
resfriar, não asseguram o combustível contra a reignição, caso o mesmo seja exposto a fontes de ignição.

Principais tipos:
• Bicarbonato de sódio [NaHCO 3 ];
Bicarbonato de sódio é comumente referido como pó químico comum. É aplicado para as classes de
incêndio B e C. Ele não é compatível com espumas de proteína, porque contém aditivos que são agentes
antiespumantes e que causam a quebra das espumas de proteína.
• Bicarbonato de potássio [KHCO 3 ];
Este pó tem maior capacidade de extinção em incêndios classe B do que o bicarbonato de sódio. Pode ser
usado na classe C. Dependendo do processo de fabricação pode ser usado com espuma proteínica.
• Fosfato de monoamônio [NH 4 H 2 PO 4 ].
É um pó químico de múltiplo uso “ABC”, é o único pó químico que é eficiente em incêndios de
combustíveis da classe A. Ele é mais eficaz em incêndios classe B que o bicarbonato de sódio, mas é
menos eficiente que o bicarbonato de potássio.

Agentes extintores de incêndio Classe D


•Agente extintor a base de Cloreto de Sódio
Isolamento entre o metal e a atmosfera e o resfriamento

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Agentes extintores de incêndio Classe K
•Solução especial de acetato de potássio diluída em água

9. Equipamentos de combate a incêndio 1 (extintores e acessórios )


Extintor de incêndio é um equipamento de acionamento manual, portátil ou sobre rodas, constituídos de
recipientes e componentes, contendo um agente extintor específico, destinado a combater princípios de
incêndio.
9.1 Selo de identificação e conformidade.
Para os extintores novos, o selo é vermelho e apresenta as seguintes inscrições;
-Logomarca do INMETRO
( Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia )
-Número de série do selo;
-Identificação do fabricante;
-Número de licença do fabricante;
-Identificação do organismo de certificação de produto;

Quando o extintor de incêndio é submetido à manutenção, o selo vermelho


é substituído por um outro selo, de cor azul esverdeada, contendo;
-Logomarca do INMETRO;
-Número de série do selo;
-Identificação da empresa que realizou a manutenção;
-Data da realização da manutenção;

9.2 Localização e sinalização de extintores.


Os extintores deverão ser instalados em locais de fácil visualização;
de fácil acesso; nunca em escadas e onde haja menos probabilidade
de o fogo bloquear o seu acesso.
E nas seguintes condições:
Sua alça de transporte deve estar no máximo a 1,60m do piso ou o fundo
deve estar no mínimo a 0,10m do piso, mesmo que apoiado em suporte.
Com sinalização de solo deverá ser de um metro quadrado, sendo um campo
vermelho de 70 cm quadrado ladeado por faixas de 15 cm na cor amarela.

O extintor de incêndio cujo agente extintor for água ou pó químico deve ser inspecionado anualmente.

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O extintor de incêndio com carga de CO2 deve ser inspecionado a cada 6 meses.
A cada 5 anos, o extintor de incêndio deve ser submetido a uma manutenção geral, para que seja efetuado,
por exemplo, o teste hidrostático. Essa manutenção deve ser efetuada apenas por empresa autorizada no
âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação
Os aparelhos extintores de incêndio são dispositivos que contêm um agente extintor (água, pó, gás
carbônico, etc.) e são destinados ao combate de princípios de incêndio.
Os aparelhos extintores são projetados para extinguir princípios de incêndio, quando as chamas
estão restritas.
9.3 Tipos:
• sobre rodas — São os aparelhos extintores cuja massa total ultrapassa 20 kg (vinte quilos),
montados sobre rodas e transportados por um único operador. Outra diferença é que a válvula
de descarga destes aparelhos é sempre montada na extremidade da mangueira.

Quanto à forma de pressurização:


• pressurização direta (pressurizados) — são aqueles que estão sob pressurização
permanente e caracterizam-se pelo emprego de somente um recipiente para o
agente extintor e o gás expelente;

• pressurização indireta (pressurizáveis) — são aqueles que são pressurizados por


ocasião do uso e caracterizam-se pelo emprego de um recipiente para o agente extintor
e de um cilindro para o gás expelente.

O emprego eficiente dos aparelhos extintores em princípios de incêndio depende da


familiaridade do operador com o aparelho e com as informações apresentadas no rótulo e/ou cilindro.

9.4 Cuidados com o aparelho extintor:


• deve ser pintado na cor vermelha e sinalizado, a fim de ser visto com facilidade;
• deve estar permanentemente desobstruído e em área livre, afim de garantir o acesso ao aparelho;
• a frequência de inspeção é de 6 meses para extintores de incêndio com carga de gás carbônico e cilindros
para o gás expelente, e de 12 meses para os demais extintores; as inspeções devem ser feitas conforme o
estabelecido na NBR 12962 da Associação Brasileira de Normas Técnicas;
• a recarga deve ser efetuada considerando-se as condições de preservação e manuseio do agente extintor
recomendadas pelo fabricante ou pela empresa que realizou a manutenção.
• conter rótulo com: a(s) classe(s) de incêndio a que se destina, as instruções de
uso, identificação do fabricante e o selo de conformidade expedido pelo
Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial (INMETRO).

9.5 Indicativo de pressão de trabalho


Extintores de baixa pressão :São extintores que sua pressão interna não
ultrapassa 30Kgf/cm2. Esses são os mais comuns que encontramos nos mais
variados ambientes e veículos sendo que o indicador de pressão deve permanecer com a seta indicando a
área verde do manômetro.

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Extintores de alta pressão; São extintores em que sua pressão interna ultrapassa 20Kg, normalmente são
extintores do tipo CO2 e não possuem indicadores de pressão.
Extintores de incêndio a base de água .Como o próprio nome sugere seu
conteúdo interno é água potável. Extintores a base de água são recomendados
para utilização em fogo de classe A ( papel ,madeira,tecido ) a maioria dos
extintores de água vendidos no Brasil são de 10 1itros, convencionalmente
chamados de AP 10l (AP – água pressurizada).

Extintores a base de Dióxido de Carbono


(CO2)
Os extintores a base de Dióxido de Carbono (CO2) são extintores indicados para
apagar fogos do tipo BC, ou seja, líquido inflamável e equipamentos elétricos. A
grande vantagem do extintor de incêndio de CO2 é que por ele ser um gás ele não
deixa resíduos, o que é muito indicado para ambientes e equipamentos sensíveis a
poeira.

Extintores a base de Espuma Mecânica


São extintores em que contem água mais um detergente especial, e quando disparado
gera uma espuma que cobre o fogo. Esses extintores são indicados para a classe de fogo
AB, ou seja, aparas de papel e madeira e líquidos inflamáveis.

Extintores de incêndio a base de Pó Químico Seco (PQS)


São extintores que tem um pó especial para extinção do fogo, os dois pós mais
comuns presentes nos extintores atuais são:

Pó BC à base de Bicarbonato de Sódio;

Pó ABC a base de Amônia.

Os pós BC’s são indicados para líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos, já


os extintores ABC’s são indicados para líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos
e aparas de papel e madeira também .Ou seja ,classes A,B,e C.

9.6 Usando o extintor:


1. Transporte o extintor até o local próximo do foco do incêndio na posição vertical
utilizando, para isso, a alça de transporte ou estacionando-o sobre a base, quando
extintor sobre rodas. Se o cilindro não for utilizado na posição vertical (base voltada

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para o solo), corre-se o risco de não funcionar adequadamente, ou seja, é liberado apenas o gás de
pressurização e não o agente extintor (exceção ao de gás carbônico)

2. Rompa o lacre e retire o pino de segurança, para os extintores de


pressurização direta. No caso dos extintores de pressurização indireta,
rompa o lacre e abra a válvula de pressurização.

3. Posicione-se sempre a favor do vento.


4. Empunhe a mangueira e aproxime-se do foco do incêndio
cuidadosamente.
5. Aperte o gatilho e movimente o jato em forma de leque,
atacando a base do fogo, procurando cobrir toda a área em
chamas de forma sequencial e progressiva.

6. Ao final, assegure-se que não houve reignição das chamas.

10. EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO 2


10.1 Hidrantes
dispositivo colocado na rede de distribuição de água, permitindo sua captação
pelos bombeiros para combate a incêndio. Pode ser encontrado nas
versões de coluna (barbará) e subterrâneo.
Hidrante de recalque: localizado na área externa da edificação,
serve para o acoplamento da viatura do Corpo de Bombeiros para
pressurizar o sistema interno de hidrantes da edificação

Hidrante de parede.

10.2 Caixas de mangueiras;

10.3 Mangueiras de 2 1⁄2” e 1 1⁄2”;

10.4 Derivantes; peça metálica destinada a dividir uma linha de mangueira em outras de igual
diâmetro ou de diâmetro inferior.

10.5 Conexões; peça metálica usada para conectar a mangueira ao hidrante


variando entre encaixe tipo rosca ou storz.

10.6 Esguichos. peça metálica


adaptada à extremidade da linha
de mangueira, destinada a dar
forma e controlar o jato d’água.

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Os bombeiros utilizam os tipos agulheta, regulável, universal, canhão, monitor, pescoço de ganso,
proporcionador de espuma e lançador de espuma.

10.7 Chaves; destina-se a complementar o acoplamento e desacoplamento das


juntas de união das mangueiras com o esguicho e a válvula de manobra do
hidrante.

10.8 Peças em geral (registros, tampões, etc).

10.9 Mangueiras e acessórios


As mangueiras de incêndio devem atender a marca de conformidade ABNT, o que significa que além de
atender totalmente a norma NBR 11861 .

ATENÇÃO:
• O tipo da mangueira deve estar marcado nas duas extremidades do duto flexível.
• Certifica-se de que o tipo de mangueira de incêndio é adequado ao local e as condições de aplicação,
conforma a norma NBR 11861:
1. Mangueira Tipo 1 - Destina-se a edifícios de ocupação residencial. Pressão de trabalho máxima de 980
kPa (10 kgf/cm2).
2. Mangueira Tipo 2 - Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros.
Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).
3. Mangueira Tipo 3 - Destina-se a área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde é indispensável
maior resistência à abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.470 kPa (15 kgf/cm2).
4. Mangueira Tipo 4 - Destina-se a área industrial, onde é desejável maior resistência à abrasão. Pressão de
trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).
5. Mangueira Tipo 5 - Destina-se a área industrial, onde é desejável uma alta resistência à abrasão. Pressão
de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2)
• Verificar se a pressão na linha é compatível com a pressão de trabalho de mangueira.
• Seguir todas as instruções contidas na Norma NBT 12779 - INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E
CUIDADOS EM MANGUEIRAS DE INCÊNDIO.
• A mangueira de incêndio deve ser utilizada por pessoal treinado.
• Não arrastar a mangueira sem pressão. Isso causa furos no vinco.
• Não armazenar sob a ação direta dos raios solares e/ou vapores de produtos químicos agressivos.
• Não utilizar a mangueira para nenhum outro fim (lavagem de garagens, pátios etc.) que não seja o
combate a incêndio.
• Para a sua maior segurança, não utilize as mangueiras das caixas/abrigos em treinamentos de brigadas,
evitando danos e desgastes. As mangueiras utilizadas em treinamento de brigadas devem ser mantidas
somente para este fim.
• Evitar a queda das uniões.
• Nunca guardar a mangueira molhada após a lavagem, uso ou ensaio hidrostático.

10.10 DURANTE O USO:


• Evitar a passagem da mangueira sobre cantos vivos, objetos cortantes ou pontiagudos, que possam
danificá-la.
• Não curvar acentuadamente a extremidade conectada com o hidrante. Isso pode causar o desempatamento
mangueira (união).
• Cuidado com golpes de aríete na linha causados por entrada de bomba ou fechamento abrupto de

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válvulas e esguicho (segundo a norma americana NFPA 1962, a pressão pode atingir sete vezes, ou mais, a
pressão estática de trabalho). Isso pode romper ou desempatar uma mangueira.
• Quando não for possível evitar a passagem de veículos sobre a mangueira, deve ser utilizado
um dispositivo de passagem de nível. Recomendamos o dispositivo sugerido pela Norma NBR 2779.
10.11 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
• Toda mangueira, quando em uso (em prontidão para combate a incêndio), deve ser inspecionada a cada 3
(três) meses e ensaiada hidrostaticamente a cada 12 (doze) meses,• conforme a norma NBR 12779. Estes
serviços devem ser realizados por profissional ou empresa especializada.

ALERTA: O ensaio hidrostático em mangueira de incêndio deve ser executado utilizando-se equipamento
apropriado, sendo totalmente desaconselhável o ensaio efetuado por meio da expedição de bomba da
viatura, hidrante ou ar comprimido, a fim de evitar acidente.
• Para lavagem da mangueira, utilizar água potável, sabão neutro e escova macia.
• Secar a mangueira à sombra, utilizando um plano inclinado ou posicionando-a na vertical;
nunca diretamente ao sol.
• Fazer a redobra dos vincos, conforme a Norma NBR 12779, item 5.2.5, com profissional ou empresa
especializada.
• O usuário deve identificar individualmente as mangueiras sob sua responsabilidade e manter registros
históricos de sua vida útil. Recomendamos o uso da Ficha de controle individual para Mangueira de
Incêndio, conforme o Anexo A da Norma NBR 12779, para manutenção do presente Certificado de
Garantia.
• Após o ensaio hidrostático, a mangueira deve retornar, preferencialmente, para o mesmo hidrante ou abrigo
em que se encontrava antes do ensaio. Consultar a Norma NBR 12779 para formas de enrolamento.

10.12 Composição das mangueiras de incêndio.


Tubo Interno - fabricado em borracha sintética, deve possuir como principais
características um perfeito acabamento com a trama de nylon, um tubo liso
(diminuindo as perdas de carga) e a uniformidade de sua espessura de tubo.
Tecido Externo - é fabricado em fibras sintéticas. Estas fibras devem possuir boa resistência a
agentes químicos, boa resistência à abrasão, elevada resistência à ruptura e não deve apresentar
mofo quando guardada em ambiente úmido. O tecido externo é composto por duas partes
essenciais: o urdume e a trama de fios de nylon.
Urdume - é o nome dado ao conjunto de fios que correm ao longo do comprimento do tecido. Sua
função é proteger a mangueira de Incêndio da pressão interna ao longo do seu comprimento (seção
longitudinal).
Trama - é o conjunto de fios que correm circunferencialmente em torno do tubo interno. Durante a
sua fabricação, na tecelagem circular, esses dois fios são entrelaçados. Sua função é proteger a
mangueira com relação à pressão circunferencial (plano perpendicular ao tubo interno).
Vulcanização - é o processo através do qual o tubo de borracha é inserido dentro da capa de nylon.
Os extremos das mangueiras são unidos a uma tubulação onde é injetado vapor d'água fazendo a
união entre o tubo interno e o tecido externo. O tubo de borracha é submetido ao processo de cura
(vulcanização) através do qual a mesma poderá posteriormente ser utilizada. A espessura do tubo
de borracha varia de acordo com a pressão de trabalho com qual a mangueira será submetida.

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Empatação - é o processo através do qual uniões do
tipo storz, fabricadas segundo a NBR 14349/99 da
ABNT, são firmemente presas às extremidades das
mangueiras.
10.13 Acondicionamento de mangueiras
* Ziguezague
* Aduchada
* Espiral

11 EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO 3


Sistema de chuveiros automáticos (spriklers )
Os sistemas fixos automáticos de combate a incêndios têm demonstrado, por intermédio dos tempos,
serem meios eficazes para controle e combate a incêndios em edificações.
Os chuveiros automáticos, também conhecidos como "sprinklers",possuem a vantagem, sobre hidrantes e
extintores, de dispensar a presença de pessoal, atuando automaticamente na fase inicial do incêndio, o que
reduz as perdas decorrentes do tempo gasto desde a sua detecção até o início do combate.
O sistema de chuveiros automáticos de extinção de incêndios proporciona proteção contra incêndio de
edificações que possuem um risco considerável do desenvolvimento de incêndio e onde a água for o
agente extintor mais adequado. Pode -se afirmar que o sistema de chuveiros automáticos de extinção de
incêndios é normalmente a medida de proteção ativa contra incêndio mais eficaz e segura.
O sistema de chuveiros automáticos de extinção de incêndios se caracteriza fundamentalmente por entrar
em funcionamento quando ativado pelo próprio incêndio,liberando uma descarga
de água (adequada ao risco do local a que se visa proteger)somente por meio dos
chuveiros automáticos que foram acionados pelos gases
quentes produzidos no incêndio.
É um sistema de proteção contra incêndio que deve operar com rapidez, de modo
a extinguir o incêndio em seus estágios iniciais e controlá-lo, não permitindo que
atinja níveis mais desenvolvidos.
Consiste em uma rede integrada de tubulações dotada de dispositivos
especiais que, automaticamente, descarregam água sobre um foco de
incêndio, em quantidade suficiente para controlá -lo e eventualmente
extingui -lo.

É um sistema dotado de alarme e assim que um foco de incêndio é detectado,


os chuveiros são acionados e é emitido um aviso aos ocupantes da edificação,
ou seja, este sistema realiza automaticamente três funções básicas:

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* detectar o fogo;
* ativar o alarme sonoro e identificar o setor da edificação atingida;
*controlar e extinguir o fogo.

12. E.P.I (Equipamento de proteção Individual)


12.1 Conceito legal
• Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo ou produto , de uso individual ,utilizado pelo
trabalhador , destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho

12.2 Obrigatoriedade
• Lei 6514 de 22/12/77 altera o Capítulo V do Título II da CLT , estabelecendo uma série de disposições
quanto a segurança e medicina do trabalho.
• Portaria n.o 3214 / 78 , aprova as Normas Regulamentadoras - NR do mesmo Capítulo.
• Inicia com 36 normas , dentre as quais a NR-06 - Equipamentos de Proteção Individual.

12.3 Legislação
•A empresa é obrigada a fornecer aos empregados , de forma gratuita , EPI adequado ao risco , em perfeito
estado de conservação e funcionamento , nas seguintes circunstâncias:(6.3)
a) Sempre que medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do
trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas.
c) Para atender situações de emergência
12.4 Obrigações do empregador
A. Cabe ao empregador:
• adquirir o adequado ao risco da atividade;
• exigir seu uso
• fornecer somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente;
• orientar e treinar o trabalhador quanto a seu uso , guarda e conservação;
• substituir imediatamente quando extraviado ou danificado;
• responsabilizar-se por sua manutenção e higienização.
• Comunicar ao M T E qualquer irregularidade observada.
12.5 Obrigações do empregado
Cabe ao empregado:
• Usar , utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
• responsabilizar-se por sua guarda e conservação;

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• comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
• cumprir as determinações do empregador sobre seu uso adequado.

EPIs
12.6 Proteção da cabeça

• Capacete :
Proteção do crânio contra impactos , choques elétricos e no combate a incêndios.

• Capuz :
Proteção do crânio contra riscos de origem térmica , respingos de produtos
químicos e contato com partes móveis de máquinas.

12.7 Proteção dos olhos e face


• Óculos:
Proteção contra partículas , luz intensa , radiação ,
respingos de produtos químicos;

• Protetor facial:
Proteção do rosto

12.8 Proteção da pele


• Proteção da pele contra a ação de produtos químicos em geral;
• Grupo 1 - creme água resistente
• Grupo 2 - creme óleo resistente
• Grupo 3 - cremes especiais

12.9 Proteção dos membros superiores


• Luvas de proteção
• Mangas
• Mangotes
• Dedeiras
Proteção de mãos , dedos e braços de riscos mecânicos , térmicos e químicos

12.10 Proteção dos membros inferiores


• Calçados de segurança
• Botas e botinas
Proteção de pés , dedos dos pés e pernas contra riscos de
origem térmica , umidade , produtos
químicos , quedas

12.11 Proteção Respiratória


• Proteção do sistema respiratório contra gases , vapores ,
névoas , poeiras.

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• Máscaras de proteção respiratória

12.12 Proteção para o corpo em geral

• Calças
• Conjuntos de calça e blusão
• Aventais
• Capas
Proteção contra calor , frio , produtos químicos , umidade , intempéries.

13. Equipamentos de detecção de alarme (ABNT NBR 17240:2010 ), e de


comunicações:

13.1 O alarme de incêndio é o sistema responsável pela informação de todos os


usuários envolvidos em uma determinada área da iminência da ocorrência de um
incêndio ou no princípio do mesmo.
É constituído por detectores automáticos, baseados na detecção de fumo, chama ou
calor, por acionadores manuais, baseados na observação humana do princípio de
incêndio para posterior acionamento do alarme que envia alerta para uma central de alarme. Esta central de
alarme por sua vez envia sinais de alerta para dispositivos de sinalização audiovisual como sirenes e luzes
de emergência. No Brasil, a norma técnica oficial que define os parâmetros dos sistemas de alarme e
detecção de incêndio é a norma 17240:2010. Os sistemas de alarme, bem como os detetores de fumaça ou
de calor que acionam o alarme,devem ser testados mensalmente, as condições do painel de controle devem
ser verificadas periodicamente. Nos sistemas que utilizam baterias, deve ser verificado as condições de uso
e carga.

13.2 Iluminação de emergência; é um equipamento destinado a


fornecer luminosidade adequada para evacuação de pessoas
ausentes de iluminação natural. Possui como característica o
funcionamento imediato em caso de interrupção de energia,
podendo o equipamento ser autônomo ou coletivo.

13.3 Comunicações: Nas plantas em que houver mais de um


pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser estabelecido previamente um sistema
de comunicação entre os brigadistas, a fim de facilitar as operações durante a
ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência; Essa comunicação pode
ser feita por meio de telefones, quadros sinópticos, interfones, sistemas de alarme,
rádios, alto-falantes, sistemas de som interno etc; Caso seja necessária a comunicação
com meios externos (Corpo de Bombeiros ou Plano de Auxílio Mútuo), o(a)
telefonista ou operador de rádio é o(a) responsável. Para tanto, faz-se necessário que
essa pessoa seja devidamente treinada e que esteja instalada em local seguro e
estratégico para o abandono.

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14. Riscos específicos da planta.
14.1 Plano de ação em caso de sinistro.
-Procedimentos para a atuação da brigada em caso de sinistro ,onde consta o passo a passo das atividades a
serem levadas a efeito em caso de incêndio e/ou acidente
- Os procedimentos operacionais escritos que possam estar contidos no Plano de Ação especialmente
elaborado para a sua empresa, é de fundamental importância nas situações de emergência.
- As instruções relativas a uma eventual evacuação devem ser claras e bem detalhadas, definindo,
inclusive, as pessoas destinadas ao controle da situação, para evitar que o pânico se instale.
Todas as saídas devem ser claramente sinalizadas.
No caso de um prédio de vários andares, sendo as escadas normalmente utilizadas nas situações de
emergência, nunca se deve armazenar qualquer volume em seus degraus, mesmo temporariamente.
- Após os trabalhos de evacuação, cabe as pessoas encarregadas se certificarem se realmente não há mais
ninguém no prédio.
Pessoas inválidas ou que estejam recebendo cuidados médicos especiais, devem ser orientadas e,se
possível, retiradas por pessoas treinadas especificamente para esses casos.
- As simulações de incêndios devem ser levadas a efeito frequentemente. Deste modo, além do Plano de
Ação revelar possíveis falhas, o pessoal se especializa cada vez mais, através do treinamento.

14.2 Plano de Abandono de Área:


- O Plano de abandono de área são as medidas necessárias para evacuação de um determinado local ou
região em casos em que haja uma situação de emergência com alto potencial de gravidade.
Serve para manter a integridade física das pessoas envolvidas em um determinado local,ocorrendo o
deslocamento das mesmas para um outro local seguro e que não haja riscos.

14.3 Brigada de abandono:


O principal responsável pela brigada de incêndio (Coordenador geral) determina o início do abandono,
devendo priorizar o(s) local(is) sinistrado(s), o(s) pavimento(s) superior(es) a este(s), o(s) setor(es)
próximo(s) e o(s) local(is) de maior risco.
a) Coordenador da Brigada de Abandono :
Ø Fiscalizar e desenvolver o programa de treinamento da Brigada de Abandono;
Ø Planejar, elaborar e controlar o plano de Prevenção e Emergências;
Ø Fiscalizar a inspeção e manutenção dos equipamentos de Prevenção e Combate a Incêndios;
Ø Selecionar os colaboradores que irão compor a Brigada de Abandono;
Ø Assessorar a compra de equipamentos de proteção contra incêndios para a execução das missões da
Brigada;
Ø Fiscalizar a aplicação dos exercícios simulados: abandono do prédio e salvamento;
Ø Elaborar relatório sobre as condições de segurança contra incêndio e também sobre ocorrência e
atividades da Brigada.

b) Coordenador do Setor:
Ø É o responsável pelo controle de abandono em seu setor;
Ø Determina a organização da fila do setor;
Ø Confere os componentes de seu setor e verifica se todos estão na fila;
Ø Inspeciona todo o setor, inclusive salas de reunião e sanitários;

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Ø Determina o início da descida ou saída;
Ø Ao chegar ao ponto de encontro ou concentração pré-determinado confere novamente todo o pessoal,
através de uma listagem previamente elaborada;
Ø Criar e manter lista atualizada com nomes de todos os colaboradores que trabalham no setor;
Ø Dar atenção especial para remoção de pessoas idosas, deficientes físicos, gestantes.

c) Puxa-Fila:
Ø É o primeiro componente da brigada de Abandono de cada pavimento;
Ø Ao ouvir o alarme de abandono, deve assumir o local pré-determinado e iniciará a saída ou descida
organizada;
Ø Determinará a velocidade da saída;
Ø Deve possuir identificação no uniforme com especificação do setor em que é responsável.
Ø Deve ajudar a manter a calma e ordem do seu grupo;
Ø Deve formar uma fila indiana intercalando homem, idoso, mulher.

d) Serra -Fila
Ø É o último componente da Brigada, responsável por ajudar na conferência do pessoal da fila, auxilia o
coordenador do setor;
Ø Auxilia na organização para evitar flutuação da fila;
Ø Responsável pelo fechamento das portas que ficarem para trás;
Ø Não deve permitir espaçamento, algazarras, conversas em demasia ou retardar a saída;
Ø Auxiliar as pessoas em caso de acidentes ou mal súbito.

e) Auxiliar:
Ø É o componente da Brigada sem função específica;
Ø É o componente que substituirá tanto o Puxa Fila, Cerra Fila e Coordenador do andar em caso de falta;
Ø Auxilia os demais componentes na vistoria das dependências do estabelecimento.

RECOMENDAÇÕES GERAIS
Em caso de simulação ou fato real, adotar os seguintes procedimentos:
a) Manter a calma;
b) Caminhar em ordem e sem atropelos;
c) Não correr e não empurrar;
d) Não gritar e não fazer algazarras;
e) Não ficar na frente de pessoa em pânico, se não puder acalmá-la, evite-a, se possível avisar um
brigadista;
f) Todos os colaboradores, independente dos cargos que ocupem na empresa, devem seguir rigorosamente
as instruções dos brigadistas;
g) Nunca voltar para apanhar objetos; fechar as portas e janelas ao sair;
h) Não se afastar do grupo e não parar no caminho;
i) Levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;
j) Sapatos de salto alto, devem ser evitados;
k) Não acender ou apagar luzes, principalmente se sentir cheiro de gás;
l) Deixar a rua e as entradas livres para a ação dos bombeiros e do pessoal de socorro médico;
m) Não subir a escadas, procurar sempre descer.

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14.4. ABANDONO DE ÁREA:
- O Plano de abandono de área são as medidas necessárias para evacuação de um determinado local ou
região em casos em que haja uma situação de emergência com alto potencial de gravidade.

14.5. PARA QUE SERVE O ABANDONO DE ÁREA E QUAL A SUA FINALIDADE?


Serve para manter a integridade física das pessoas envolvidas em um determinado local, ocorrendo o
deslocamento das mesmas para um outro local seguro e que não haja riscos.

14.6 OS QUATRO PRINCIPAIS TIPOS DE EMERGÊNCIA PARA ABANDONO DEÁREA SÃO:


1° ) Incêndios de grande porte em prédios e equipamentos;
2° ) Incêndios de grande porte em embarcações;
3° )Incêndios que envolvam produtos químicos e/ou carga perigosa, posto de abastecimento de GLP,
Diesel e subestações elétricas;
4°) Vazamento com produtos químicos e/ou carga perigosa.

OBS: salientando sempre que o abandono deverá ser realizado após alarme e com orientação após
avaliação da emergência.

14.7-QUAIS SÃO OS PONTOS DE ENCONTRO PARA ABANDONO DE ÁREA ?


Na área externa da edificação serão definidas os pontos de encontro para abandono de área:

14.8 PRÉDIOS E LOCAIS NO QUAL DEVEM SER REALIZADOS OS DEVIDOS


DESLOCAMENTOS PARA ABANDONO DE ÁREA:
A população fixa e flutuante que encontrarem-se nestes prédios, deverão em caso de acionamento de
alarme e orientação, deslocar-se pelas rotas de fuga (pré determinadas) até o ponto de encontro para
abandono de área que serve para estes prédios.

14.9 RESGATISTAS -
- Serão nomeadas componentes da brigada para a realizar a “varredura” do local (verificar se não ficou
nenhum retardatário no local);
- Os Encarregados e/ou responsáveis pelo setor deverão realizar e verificar a lista de presença,após o
abandono de área.
- Quando ocorrerem treinamentos de simulação haverá cronometragem de tempo e anotações de possíveis
falhas durante operação de abandono de área, afim de que sejam realizadas futuras correções.

14.10 DICAS EM GERAL :


# Em caso de emergência, chame imediatamente a Segurança do Trabalho
# Desligar máquina ou equipamento;
# Apagar toda e qualquer chama, fechando fonte de ignição;
# Não deixar ferramentas e objetos no caminho;
# Retirar-se calmamente e em ordem,seguindo o caminho indicado.
#Procurar conhecer todas as saídas de emergência que possam existir no prédio ou em outro local de
trabalho( área operacional etc)
# Evitar correrias, gritarias ou brincadeiras que possam criar pânico.

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14.11 ORIENTAÇÕES:
– Se estiver de salto, retire- os! Isso irá facilitar, proporcionando uma locomoção mais rápida;
– Ao sair fechar portas e janelas. Isso diminui o oxigênio no local e pode evitar que a propagação evolua;
– Fique atento a pessoas nervosas e descontroladas, elas podem representar um perigo para os demais;
– Não fazer brincadeiras. Manter o foco, nessa hora seriedade é fundamental. Isso até em simulados;
– Não voltar para pegar qualquer objeto. Nada vale mais do que a vida;
– Não se afaste dos orientadores;
– Não utilize o elevador;
– Não pare entre os andares, a menos que seja orientado para isso. Não volte, ande até a saída segura mais
próxima;
– Desça sempre pelo lado direito da escada. Isso ajudará na organização da descida, e a facilitará o
trabalho de quem precisa subir para combater o fogo.
– O abandono deve ser feito pelas escadas sem afobamentos.
– Se um incêndio ocorrer em seu setor ou escritório, saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não
acreditarem que um incêndio possa se alastrar com rapidez;
– Se você ficar preso em meio a fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações. Se possível molhe um
lenço e utilize-o como máscara improvisada.
– Utilize as escadas, nunca o elevador. Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia para os
elevadores. Feche, mas não tranque todas as portas que ficarem atrás de você, pois assim retardará a
propagação do fogo.
– Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, fique junto ao piso, onde o ar é sempre melhor. Se
possível fique perto de uma janela de onde poderá chamar por socorro.
– Toque a porta com a mão. Se estiver quente, não abra. Se estiver fria, faça este teste: abra vagarosamente
e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura,mantenha fechada.
– Se você não poder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Porta serve como couraça. Procure um
lugar perto da janela, e abra-as em cima e em baixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você poderá
respirar pela abertura inferior.
– Procure conhecer os equipamentos de combate a incêndio do seu setor, para utilizá-los com eficiência
em caso de emergência.
– Um prédio pode lhe dar várias opções de salvamento. Conheça-as previamente, não salte dos prédios.
Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em minutos.
– Se houve pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure outra saída.

UMA VEZ QUE VOCÊ TENHA CONSEGUIDO ESCAPAR, NÃO RETORNE.

– Ao constatar um princípio de incêndio, fique calmo e ligue imediatamente para a Segurança do trabalho
(Ramal) ou para a telefonista/unidade de segurança patrimonial fornecendo as seguintes informações:

Número do telefone de onde está falando (se for o caso );


Nome correto do local onde está ocorrendo o incêndio , emergência.
Nome completo de quem está falando;
Relato do que está ocorrendo.

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15. PSICOLOGIA EM EMERGÊNCIAS
Situações de emergência podem causar grande quantidade de estresse físico e emocional. Aprender como
lidar com isso pode ajudar a reduzir o impacto desse choque e aumentar significantemente as chances de
sobreviver. A grande a causa de mortes dentro de situações de perigo é a perda da vontade de viver . Como
responder a uma situação de emergência irá determinar suas chances de sobreviver.
Reações comuns a um sinistro:
Ansiedade e pânico –>O medo do que pode acontecer causa estes dois sintomas. Assim que o pânico se
estabelece você deve rapidamente imaginar que está apenas alimentando o problema. Respirando
profundamente, diga a você mesmo que seus pensamentos não podem te machucar e comece a fazer um
plano sobre a sua ação.
Depressão –>Esse sintoma em uma situação de sobrevivência pode ser mortal. Assim que a depressão
toma conta torna-se quase impossível fazer decisões racionais. Você tem que fazer de tudo para manter sua
mente focada em pensamentos positivos. Sempre tome um pouco de tempo para comemorar as pequenas
vitórias.
Hiperatividade –> Quando expostas ao perigo algumas pessoas podem se tornar facilmente agitadas.
Quando isso acontece a vítima pode se tornar facilmente distraída e tomar ações que serão prejudiciais à
situação de sobrevivência.
Raiva –> Essa é uma resposta comum em uma situação de emergência. Em alguns casos a raiva pode ser
útil, pode te dar mais força e melhor atenção quando confrontando um perigo imediato, porém em outros
casos pode dificultar seus julgamentos e forçá-lo a fazer decisões incoerentes .
Culpa –> É muito comum que sobreviventes sintam culpa por ter sobrevivido. Muitas vezes um
sobrevivente irá se lamentar pelo que ele poderia ter feito pelos outros ou culpar-se pela situação.
Formas de lidar com os sentimentos acima:
Treinamento –> Pessoas que estão preparadas e sabem o que esperar durante uma situação de emergência
são menos propensas a cair nas armadilhas listadas acima. Tenha certeza de treinar com o seu equipamento
para que você se sinta o mais confortável possível durante uma situação real.
Leitura –> Conhecimento é a chave para a sobrevivência, saber o que fazer quando tudo está indo por
água abaixo vai ajudá-lo a manter a cabeça no lugar em qualquer situação.
Pratique técnicas de relaxamento –> Aprender como relaxar em situações estressantes é crucial para sua
sobrevivência. Técnicas de respiração, Yoga e outras técnicas são habilidades valorosas para se aprender.
Coisas para se adicionar à sua mochila de fuga ou kit:
– Carregue fotos de família ou de pessoas amadas em seu kit de sobrevivência.
– Independente de religião, carregue também algum item (livro, amuleto ou outro) que proporcione maior
conforto espiritual, que renove sua fé.
– Ter um meio para se entreter pode manter sua mente saudável e sua moral boa. Um baralho pode ser uma
ótima adição ao seu kit.
Ter um bom conhecimento de como você funciona sobre pressão e em real perigo é de imprescindível
importância para garantir o foco na sobrevivência. Ao dominar seus instintos (que geralmente agem

29
irracionalmente) você pode perceber o ambiente a sua volta e assim, utilizar todos os meios possíveis para
continuar vivo.
A IRRACIONALIDADE DO MOMENTO DE PÂNICO:
Pessoas em estado de pânico e mesmo em breves instantes de situações de pânico não agem de forma
"normal". Eis algumas características do pânico:
Perda da racionalidade. Não adianta conversar com a pessoa em pânico tentando convencer que "não há
perigo" ou que "está tudo normal". Muitas vezes, a pessoa entra em pânico por uma discussão
aparentemente boba como um conflito de trânsito. A pessoa entra em pânico, por exemplo, pelo
aparecimento de um "cara folgado" que, muitas vezes sem querer, produz um disparo na situação de
pânico. A pessoa que entra em pânico não diminui seu grau de pânico enquanto aquela pessoa que possui o
disparo da situação permanecer nas proximidades.
A melhor solução é levar, mesmo que seja à força, a pessoa sob pânico para longe do local. Cuidado para
não levar os contendores para o mesmo local. A polícia, precisa, infelizmente, levar os envolvidos para
uma delegacia. Estando todos na mesma delegacia, os ânimos de re-exaltam e reacende o pânico.
Reações Instintivas: É muito forte a reação instintiva de preservação da integridade. Muitos homens fortes
não conseguem segurar uma frágil senhora em pânico. O melhor é gritar por socorro para atrair mais
pessoas para que, em grupo, consigam segurar e levar a pessoa para longe do local.

O QUE NÃO FUNCIONA NA SITUAÇÃO DE PÂNICO:


1 - Conversa que tenta convencer o contrário.
Se a pessoa em surto de pânico está "errada", nem tente convencê-la do contrário.
Seu inconsciente vai produzir mais adrenalina.
2 - Cartazes com recomendações.
Na hora do pânico, em que tudo mundo corre para tudo quanto é lado, um cartaz na parede não é nem
notado pelas pessoas. Mesmo escrito com letras garrafais, ninguém tem "cabeça" para parar e ficar lendo o
cartaz.
3 - Aparelhos, instrumentos e componentes que exigem racionalidade.

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Extintor de incêndio cheio de "frescuras" com e "lacres" e "pinos de segurança". É muita atividade
preparatória e a adrenalina não permite "lembrar" de todas aquelas instruções recebidas no treinamento. Se
é que a pessoa passou por um treinamento.
Extintor bom é aquele que a gente pega e aperta.
Instruções escritas no próprio extintor também não servem para nada. A adrenalina não dá tempo para
apreciar leituras naquele instante.
Outra coisa que não funciona é a mangueira que é dobrada no meio e que precisa ser esticada por inteiro
antes de ser conectada no hidrante.
4 - Placas devem ser visíveis em qualquer situação.
Placas com simples pinturas não são visíveis pois os olhos, tomados pela adrenalina "não exerga nada". A
pessoa "fica cega".
Placas refletivas também não funcionam pois à noite ou numa situação de incèndio, as luzes são cortadas e
as placas refletivas não tem nenhuma luz para refletir
Todas as placas orientativas em situações de pânico devem ter luminosidade própria.
Para a aprovação, os órgãos responsáveis devem solicitar um atestado de visibilidade em situações de
pânico, obtidas por meio de ensaios de visibilidade realizados por
laboratório credenciado.
Uma placa indicando a Saída de Emergência em um salão, por
exemplo, deve ser visível a partir de qualquer ponto do salão mesmo
no escuro e o salão tomado por grossa fumaça carregada de fuligem.
5 - Não parar, não abaixar e nem agachar quando estiver num fluxo
de pessoas saindo. Ao diminuir a velocidade, parar ou abaixar a
pessoa será empurrada pelos que vêm atrás e vai cair. Caindo será
pisoteada.

16 Procedimentos de segurança GLP (gás de cozinha


)
GLP ou Gás Liquefeito de Petróleo, o produto é um dos resultados
do refino do petróleo ou gás natural, que, quando mantido sob
pressão, apresenta-se no estado líquido. É considerado relativamente
estável e, por isso, pode ser armazenado e utilizado em casa.
De fácil combustão, o GLP é inodoro mas, por motivo de segurança,
uma substância do grupo MERCAPTAN é adicionada ainda nas
refinarias. Ela produz o cheiro característico percebido quando há
algum vazamento de gás. O GLP não é corrosivo, poluente e nem
tóxico, mas se inalado em grande quantidade produz efeito anestésico.

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Existem atualmente disponíveis botijões de 5 kg e 8 kg, mas o botijão tradicional tem capacidade para
abrigar 13 kg de GLP, do qual uma parte encontra-se no estado líquido e outra, no estado gasoso. A parte
líquida se localiza sempre na parte de baixo do botijão, por isso, na parte de cima, há uma válvula de saída
do GLP no estado gasoso e um dispositivo de segurança, que libera o GLP em caso de aumento de
temperatura no ambiente (por exemplo, incêndio), evitando uma explosão do vasilhame.
Toda essa tecnologia é pensada para evitar acidentes, basta saber usá-la. Antes de começar a instalar o
botijão, verifique se o local em que pretende colocá-lo é adequado.
Ele deve ser instalado em ambiente ventilado, nunca em compartimentos fechados, como armários,
gabinetes e porões. Deve ficar longe de instalações elétricas, como tomadas e interruptores, e também de
ralos e grelhas. Ao ligá-lo ao fogão, certifique-se de que todos os botões dos queimadores estão
desligados, e que não existe chama acesa por perto. Esta conexão é feita através de uma mangueira e de
um regulador de pressão, cujos prazos de validade estão escritos em seu corpo. Confira sempre a
validade antes de usar .
É muito importante saber que o regulador de pressão é feito para ser instalado manualmente, portanto, não
devem ser utilizadas ferramentas como martelo ou alicate ou mesmo aquelas
‘especializadas’ que você encontra na feira. Também nunca passe a mangueira por
trás do fogão. Isto faz com que ela seja submetida a altas temperaturas, perca sua
flexibilidade e se torne quebradiça, podendo vir a produzir vazamento, mesmo dentro
do prazo de validade.
Maneira simples de verificar se está vazando gás. Basta passar espuma de sabão
ao redor da conexão e se bolhas surgirem, é sinal de vazamento. Neste caso, repita a
operação de instalação, pois talvez seja apenas rosqueamento errado. Caso o
vazamento continue, você deve levar o botijão para um local ventilado,
deixando o regulador de pressão desconectado, e chamar a assistência
técnica do fornecedor de gás. Jamais utilize fósforo, isqueiro ou vela para
o teste de vazamento de gás.
O gás pirata, adquirido em revendas clandestinas, oferece alto risco de
acidentes. Sempre compre de revenda oficial e legalizada de gás. Toda
revenda legalizada tem por obrigação manter na fachada, visível ao público
consumidor, uma placa contendo a razão social, o CNPJ e o número da
autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis), bem como a capacidade de armazenamento de botijões.
Visualmente, o gás legalizado e o pirata podem ser iguais, por isso o
consumidor deve fazer uma checagem mais detalhada.
Sempre verifique se os botijões estão com o lacre e a etiqueta, e se eles são
da mesma empresa que está estampada no botijão. Isto permite garantir a
segurança de todo o processo, como verificação visual, prazo de validade
do botijão e quantidade correta de gás.
- Nunca transporte ou utilize o botijão que não seja na posição vertical, pois
o regulador de pressão só funciona no estado gasoso do GLP.
- Não devem ser usadas capas de tecido nem de plástico para cobrir o
botijão, pois são materiais facilmente inflamáveis e que podem provocar o
rompimento da mangueira.
- Quando você não estiver utilizando o fogão, o registro do regulador de
pressão de gás deve permanecer fechado.
- A mangueira deve ser de plástico PVC flexível transparente com reforço de fibra têxtil, com tarja

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amarela, ter a gravação do código NBR 8613, logotipo do INMETRO e do prazo de validade, e medir de
0,80 a 1,25 metros de comprimento.

Válvulas e mecanismos de segurança do botijão.


P-2: A válvula do botijão P-2 (NBR 8614) é do tipo automática, ou seja, quando o engate é rosqueado ele
empurra um pino que libera a saída do gás. Esta válvula possui uma rosca
especifica para ser acoplada a dispositivos como lampiões, fogareiros e
maçaricos em alta pressão. Este tipo de botijão não deve ser utilizado com
regulador e não conta com válvula de segurança para sobrepressão ou
aquecimento.
P-5 e P13: A válvula destes botijões (NBR 8614) também é do tipo
automática e é própria para que seja encaixado um regulador de pressão
doméstico. Estes botijões possuem um 'parafuso fusível' que se derrete se a
temperatura do botijão chegar perto de 70 °C, liberando o gás e evitando que
o botijão exploda em caso de incêndio.
P-45 e P-90: A válvula destes botijões (NBR 13794) consiste de um registro com abertura manual e é
própria para ser ligada a uma mangueira (rabicho) que irá interligar o botijão a um tubo coletor. No corpo
do registro há um dispositivo de segurança que libera o gás se a pressão dentro do botijão ultrapassar um
certo limite, evitando assim que o botijão exploda em caso de incêndio.

BOILING LIQUID-EXPANDING VAPOR EXPLOSION (BLEVE) - EXPLOSÃO DE VAPORES


EXPANDIDOS DE LÍQUIDOS EM EBULIÇÃO:
É a explosão ( liberação súbita de pressão ) de vapor em expansão de um líquido com temperatura superior
a seu ponto de ebulição através da passagem de líquido para vapor. Neste processo de expansão, é gerada a
energia que agride a estrutura do recipiente, projetando os fragmentos e ocasionando a rápida mistura do
gás com o ar (que dá por resultado uma bola de fogo característica).
PROTEÇÃO CONTRA O BLEVE- Para proteger recipientes de explosões, deve-se resfriá-los com
água, utilizando-se uma linha de proteção com jato d'água em forma de neblina, isolando o local de
estranhos aos serviços de bombeiros e resfriando os recipientes de gases até que não seja mais necessário.
CUIDADOS COM OS RECIPIENTES- O maior número de ocorrências é com botijões de 13 kg de
GLP, mais comuns nas residências e as causas mais prováveis de vazamentos, com e sem fogo, são:
mangueira furada, diafragma da válvula furada, rosca
da válvula mal fechada, plugue-fusível fundido e
corrosão do botijão.

Sistema de Comando de Incidentes (SCI )

É uma ferramenta de gerenciamento que tem como


objetivo a estabilização do incidente e a proteção da
vida, da propriedade e do meio ambiente.
O Sistema de Comando de Incidentes (SCI) ou

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Incident Command System (ICS) foi desenvolvido nos anos 70, em resposta a uma série de incêndios
florestais que praticamente destruíram o sudoeste da Califórnia.
Naquela ocasião, as autoridades de municípios, de condados e do próprio governo estadual colaboraram
para formar o FIrefighting RESources of California Organized for Potential Emergencies (FIRESCOPE).
Problemas identificados
O FIRESCOPE identificou inúmeros problemas comuns às respostas a sinistros envolvendo múltiplos
órgãos e jurisdições, tais como:
Falta de uma estrutura de comando clara, definida e adaptável às situações; Dificuldade em estabelecer
prioridades e objetivos comuns; Falta de uma terminologia comum entre os órgãos envolvidos; Falta de
integração e padronização das comunicações; e Falta de planos e ordens consolidados.
Os esforços para resolver essas dificuldades resultaram no desenvolvimento do modelo original do SCI
para gerenciamento de incidentes.
O SCI foi originalmente desenvolvido para combater incêndios florestais, evoluindo posteriormente para
um sistema aplicável a qualquer tipo de emergência. Muito do sucesso do SCI é resultado da aplicação
direta de uma estrutura organizacional comum e princípios de gerenciamento padronizados
História do desenvolvimento do SCI
1970 – Incêndios na Califórnia 1973 – Primeira versão do SCI 1980 – SCI comprova eficiência 2003 –

A Instituição do SCI
Devido ao sucesso experimentado pelos órgãos de emergência americanos que utilizavam o SCI no
gerenciamento de emergências, o presidente americano George W. Bush expediu, no dia 28 de fevereiro
de 2003, a Diretiva Presidencial de nº 5 (HSPD 5 – Homeland Security Presidential Directive nº 5), que
instituiu o SCI.
Por meio dessa Diretiva, ficou determinado o estabelecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Emergências (NIMS – National Incident Management System) e do Sistema de Comando de Incidentes
(ICS – Incident Command System) como as ferramentas a serem oficialmente utilizadas para o
gerenciamento de emergências e desastres em território norte-americano, independentemente da causa,
magnitude ou complexidade do evento.
Devido ao sucesso experimentado pelos órgãos de emergência americanos que utilizavam o SCI no
gerenciamento de emergências, o presidente americano George W. Bush expediu, no dia 28 de fevereiro
de 2003, a Diretiva Presidencial de nº 5 (HSPD 5 – Homeland Security Presidential Directive nº 5), que
instituiu o SCI.
Por meio dessa Diretiva, ficou determinado o estabelecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Emergências (NIMS – National Incident Management System) e do Sistema de Comando de Incidentes
(ICS – Incident Command System) como as ferramentas a serem oficialmente utilizadas para o
gerenciamento de emergências e desastres em território norte-americano, independentemente da causa,
magnitude ou complexidade do evento.
Veja outros exemplos de uso do Sistema de Comando de Incidentes
Tremores de terra; Explosões;
Incêndios em edificações com grande densidade de usuários;
Incêndios em instalações e depósitos de inflamáveis;
Incêndios florestais em áreas de relevante interesse ecológico e que fujam ao controle dos órgãos que têm
atribuições específicas para combatê-los;
Acidentes no transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, aquático e metroviário;
Incidentes com produtos perigosos;
Acidentes em estruturas industriais;
Intoxicações coletivas;

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Acidentes relacionados a substâncias e equipamentos radioativos;
Desastres relacionados à contaminação de mananciais e sistemas de abastecimento de água;
Desastres relacionados a riscos de colapso ou exaurimento de recursos energéticos;
Pânico em eventos planejados, como celebrações, desfiles, concertos, visitas de dignitários, competições
esportivas, grandes aglomerações de público;
Desastres relacionados à construção civil: patologias das edificações, desabamentos de prédios, viadutos,
pontes, dentre outros;
Rompimento de barragens; Tufões, tornados, vendavais, tempestades, alagamentos e inundações;
Estiagem e quedas intensas da umidade do ar;
Escorregamentos e deslizamentos da terra e subsidências de solo;
Desocupação de prédios e/ou áreas públicas invadidas;
Fugas e motins em estabelecimentos prisionais;
Raptos e sequestros;
Atentados terroristas; e
Ações individuais, de bandos ou quadrilhas organizadas que comprometam a segurança pública com
capacidade para gerar pânico ou aterrorizar a população.
O Sistema de Comando de Incidentes é uma ferramenta de gerenciamento de incidentes padronizada para
todos os tipos de sinistros, que permite a seu usuário adotar uma estrutura organizacional integrada, para
suprir as complexidades e demandas de incidentes únicos ou múltiplos, independente das barreiras
jurisdicionais.
S – Sistema Combinação de partes coordenadas para um mesmo resultado, com a finalidade de formar um
conjunto, com ordenamento de elementos interdependentes relacionados entre si e com seu entorno.
C – Comando Ação e efeito de impulsionar, designar, orientar e conduzir os recursos.
I - Incidente Evento de causa natural ou provocado por ação humana que requer a intervenção de equipes
dos serviços de emergência para proteger vidas, bens e ambiente.

Princípios do SCI
Considerando as particularidades dos órgãos envolvidos em um incidente, o SCI adota 9 (nove) princípios
que permitem assegurar o deslanche rápido, coordenado e efetivo dos recursos, minimizando a alteração
das políticas e dos procedimentos operacionais próprios das instituições envolvidas. São eles:
Terminologia comum, Comunicações integradas ,Comando unificado, Alcance de controle, Plano de ação
no incidente, Instalações padronizadas, Organização modular, Cadeia de comando ,Manejo integral dos
recursos.
-Terminologia comum- Durante a resposta ao incidente, não se pode desperdiçar tempo tentando
identificar termos ou nomenclaturas, por isso, se não há uma linguagem única, a confusão se instala.
Adotam-se, portanto, nomes comuns para os recursos, as instalações, as funções e os níveis de sistema
organizacional, padronizando-se assim a terminologia.
Área de Espera – E; Heliponto - H1; Oficial de Segurança- OS; Área de concentração de vítimas – ACV;
Posto de Comando do Incidente – PC;
Alcance de controle- Para que não haja perda de controle nas ações operacionais, o profissional envolvido
no incidente não pode se reportar a um número muito grande de pessoas. Sendo assim, o SCI considera
que o número de indivíduos que uma pessoa pode ter sob sua supervisão com efetividade é no máximo 7
(sete), sendo que o ideal é 5 (cinco). Para que o alcance de controle seja sempre mantido, na medida em
que os recursos forem chegando, torna-se necessária a expansão da estrutura do SCI.
O alcance de controle é um princípio básico do SCI.
Organização modular- A organização modular do SCI está baseado no tipo, magnitude e complexidade
do incidente, sendo que a sua expansão ocorre de baixo para cima, à medida que os recursos são

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designados na cena, e estabelecidos de cima para baixo, de acordo com as necessidades determinadas pelo
comandante do incidente. Esse princípio permite que as posições de trabalho possam somar-se (expansão)
ou serem retiradas (contração) com facilidade.
O organograma representa uma estrutura, em que o comandante do incidente, ainda não delegou a maioria
das possíveis funções do SCI, e a quantidade de recursos existentes ainda é mínima. Parte-se da premissa
de que a primeira pessoa que chega à cena, com capacidade operacional, deve assumir inicialmente o
comando do incidente e todas as funções até que as delegue.
Comandante do incidente
Grupo - Força tarefa
- equipe integrada
- Recurso único
Comunicações integradas - Na estrutura do SCI, as comunicações são estabelecidas em um único plano,
no qual é utilizada a mesma terminologia, os canais e as frequências são comuns ou interconectados, e as
redes de comunicação são estabelecidas dependendo do tamanho e complexidade do incidente
Plano de Ação no Incidente (PAI) É um planejamento especifico para responder a um incidente. A
grande maioria dos incidentes não necessita de um PAI escrito, mas sim mental, uma vez que, para o
período inicial (fase reativa), ou seja, as primeiras 4 (quatro) horas do incidente, ele não se faz necessário.
O plano se apresenta com a seguinte estrutura: objetivos, estratégias e táticas

Plano de Ação, Objetivos; Estratégias; e Táticas.


O PAI deverá ser feito no momento da resposta, na cena, e deve corresponder a cada período
operacional. Normalmente, os primeiros períodos operacionais de qualquer incidente não são superiores a
24 horas e, a partir do momento em que as ações tornam-se rotineiras, os períodos operacionais podem ser
prolongados, podendo durar semanas. Considerações importantes (PAI)
Para a implementação do PAI, é importante realizar um briefing com a equipe de trabalho e repassar os
objetivos, estratégias e táticas.
Para definir o PAI, devem ser levados em consideração alguns pontos importantes:
Considerações importantes para definição dos objetivos: Inicialmente o comandante do incidente
estabelece os objetivos. Os objetivos tornam-se a base para todas as atividades do incidente. Os objetivos
devem ser atingíveis, mensuráveis e flexíveis. Todo trabalho deve ser conduzido com base no resultado
desejado. Após a definição dos objetivos, as estratégias e as táticas são implementadas e trabalhadas pelo
staff.
Considerações importantes para definição das estratégias: A estratégia nada mais é do que como
chegar ao resultado esperado. São determinadas pelo chefe da seção de operações. Considere estratégias
alternativas baseadas em considerações das prioridades e limitações. Considere sempre a possibilidade: “e
se…”.
Considerações importantes para estabelecer as táticas: São estabelecidas pelo chefe da seção de operações
com o suporte da seção de planejamento e deve responder as seguintes perguntas: quem, o que, onde e
quando?
Cadeia de comando
No SCI, cada pessoa responde e informa somente a uma pessoa designada (comandante do incidente,
oficial, chefe, encarregado, coordenador, líder ou supervisor), proporcionando a eficácia no cumprimento
das ordens.
Comando unificado
O comando unificado aplica-se quando várias instituições com competência técnica e jurisdicional
promovem acordos conjuntos para comandar um incidente em que cada instituição conserva sua

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autoridade, responsabilidade e obrigação. No comando unificado, as instituições contribuem no processo
para:
 Planejar de forma conjunta as atividades;
 Determinar os objetivos para o período operacional;
 Conduzir as operações de forma integrada;
 Otimizar o uso dos recursos; e
 Designar as funções do pessoal sob um só plano de ação do incidente.
Embora as decisões sejam tomadas em conjunto, deve haver um único comandante, que será da
instituição de maior pertinência ou competência legal no incidente
Principais características do comando unificado:
 Instalações compartilhadas;
 Um posto de comando do incidente;
 Funções compartilhadas;
 Um processo coordenado para requisitar recursos; e
 Um só processo de planejamento e Plano de Ação do Incidente (PAI)

Instalações padronizadas
No SCI, as instalações devem possuir localização precisa, denominação comum e estar bem sinalizadas e
em locais seguros. Algumas das instalações que são estabelecidas em um incidente são: posto de comando
do incidente, base, área de espera, área de concentração de vítimas, heliponto, etc.
Manejo integral dos recursos
O manejo integral dos recursos garante:
A Garantia da segurança do pessoal
A otimização;
O controle e a contabilidade dos recursos;
A Redução da dispersão no fluxo das comunicações;
A Diminuição das intromissões; e
Cada recurso utilizado no incidente, independentemente da instituição a que pertença, passa a fazer parte
do sistema, ficando sob a responsabilidade do comandante do incidente.

O SCI, se cumprido conforme seus princípios, não falha. As pessoas que o executam é que podem,
eventualmente, falhar na sua utilização.

Funções do SCI
Durante o atendimento a um incidente, o comandante do incidente (CI), inicialmente, desempenha todas
as funções. Na medida em que o incidente cresça em magnitude ou complexidade e necessidade de
pessoal, o CI poderá ativar seções e designar responsáveis para dirigi-las. Essa necessidade independe dos
limites institucionais dos respondedores, reforçando a importância do trabalho
Os respondedores devem facilitar a interdependência das instituições que chefiam. Compreender que
trabalhar integrados na preparação aperfeiçoará a capacidade para responder de maneira adequada à
emergência.
Coordenar o uso efetivo de todos os recursos disponíveis não é fácil, por isso, é necessário formalizar uma
estrutura de gestão e operação que proporcione direção, eficácia e eficiência à resposta. O Sistema de
Comando de Incidentes, praticado no trabalho cotidiano, é a ferramenta organizacional para estabelecer
essa estrutura.
Todos os incidentes, independentemente de sua magnitude e complexidade, devem ter um só comandante
do incidente (CI). Chegando à cena, ele assume a responsabilidade das ações no local até que a autoridade

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de comando seja transferida a outra pessoa.

O Sistema de Comando de Incidentes está baseado em oito funções:


 Comando do incidente;
 Planejamento;
 Operações;
 Logística;
 Administração e finanças;
 Segurança;
 Informação pública; e Ligação.

Responsabilidades do comandante do incidente


O comandante do incidente (CI) é a pessoa encarregada pelo SCI e que possui a máxima autoridade,
devendo estar plenamente qualificado para conduzir a resposta ao incidente.
As responsabilidades do CI são:
 Assumir o comando e estabelecer o PC;
 Zelar pela segurança do pessoal e da Segurança Pública;
 Avaliar as prioridades do incidente;
 Determinar os objetivos operacionais;
 Desenvolver e executar o Plano de Ação do Incidente (PAI);
 Desenvolver uma estrutura organizacional apropriada;
 Manter o alcance de controle;
 Administrar os recursos; Manter a coordenação geral das atividades;
 Coordenar as ações das instituições que se incorporem ao sistema;
 Autorizar a divulgação das informações pelos meios de comunicação públicos;
 Manter um quadro de situação que mostre o estado e a aplicação dos recursos; e
 Encarregar-se da documentação e do controle de gastos e apresentar o relatório final.

Um CI deve ser decidido, seguro, objetivo, calmo, adaptável ao meio físico, mentalmente ágil e flexível,
deve ser realista acerca de suas limitações e ter a capacidade de delegar funções de forma apropriada e
oportuna para manter o alcance de controle.
O comando do incidente será assumido pela pessoa de maior idoneidade, competência ou nível
hierárquico que chegue primeiro à cena. À medida que cheguem outros, será transferido a quem possua a
competência requerida para o controle geral do incidente. Nesse aspecto, serão muito úteis os planos de
emergência e contingência, as normas, os protocolos e os procedimentos operacionais acordados entre as
instituições.
Quando os incidentes crescem em dimensão ou complexidade, a autoridade jurisdicional, técnica ou
institucional correspondente, responsável pelo seu atendimento, pode designar um CI melhor qualificado.
Ao transferir o comando, o CI que sai deve entregar um relatório completo ao que o substituiu e também
notificar ao pessoal sob sua direção que houve a mudança.

Staff de comando
Na medida em que o incidente cresce e aumenta a utilização de recursos, o CI pode delegar autoridade a
outros para o desempenho de certas atividades. Quando a expansão é necessária, em termos de segurança,
trato com a mídia e articulação com outras instituições, o CI estabelecerá as posições do staff de comando.
Cada posição do staff será ocupada por um profissional (oficial, praça, delegado, agente, etc).

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Oficial de segurança
O oficial de segurança tem a função de vigilância e avaliação de situações perigosas e inseguras, bem
como o desenvolvimento de medidas para a segurança do pessoal. Mesmo podendo exercer autoridade de
emergência para deter ou prevenir ações inseguras quando a situação requer providências imediatas, ele
geralmente corrige ações ou condições inseguras por meio da linha normal de comando. O oficial de
segurança mantém-se interado de toda a operação.
Responsabilidades do oficial de segurança:
Obter um breve relato do comandante do incidente;
Identificar situações perigosas associadas com o incidente;
Participar das reuniões de planejamento e revisar os Planos de Ação do Incidente;
Identificar situações potencialmente inseguras durante as operações táticas;
Fazer uso de sua autoridade para deter ou prevenir ações perigosas;
Investigar/pesquisar os acidentes que ocorram nas áreas do incidente;
Revisar e aprovar o plano médico;
Revisar o Plano de Ação do Incidente.

Oficial de informação pública


O oficial de informação pública servirá, às vezes, de ponto de contato com os meios de comunicação ou
outras organizações que busquem informação direta sobre o incidente. Ainda que vários órgãos possam
designar membros de seu pessoal como oficiais de informação pública, durante um incidente haverá um só
“porta-voz”. Os demais servirão como auxiliares. Toda a informação deverá ser aprovada pelo CI.
 Obter um breve relato do comandante do incidente;
 Estabelecer contato com a instituição jurisdicional para coordenar as atividades de informação
pública; Estabelecer um centro único de informações, sempre que possível;
 Tomar as providências para proporcionar espaço de trabalho, materiais, telefone e pessoal;
 Obter cópias atualizadas dos formulários SCI 201 e 211;
 Preparar um resumo inicial de informações depois de chegar ao incidente;
 Respeitar as limitações para a emissão de informações impostas pelo CI;
 Obter a aprovação do CI para a emissão de informação;
 Emitir notícias aos meios de imprensa e enviá-las ao posto de comando e a outras instâncias
relevantes; Participar das reuniões para atualizar as notas de imprensa;
 e Responder às solicitações especiais de informação.

Oficial de ligação
O oficial de ligação é o contato para os representantes das instituições que estejam trabalhando no
incidente ou que possam ser convocadas. Isso inclui organismos de primeira resposta, saúde, obras
públicas ou outras organizações.
É conveniente que o oficial de ligação e os representantes de todas as instituições atuantes se conheçam
mutuamente.
Responsabilidades do oficial de ligação
 Obter um breve relato do comandante do incidente;
 Proporcionar um ponto de contato para os representantes de todas as instituições;
 Identificar os representantes de cada uma das instituições, incluindo sua localização e linhas de
comunicação;

39
 Responder às solicitações do pessoal do incidente para estabelecer contatos com outras
organizações; e Observar as operações do incidente para identificar problemas atuais ou potenciais
entre as diversas organizações.

Em um incidente, a decisão de expandir ou contrair a estrutura do SCI fundamenta se na:


Proteção à vida -A primeira prioridade do comandante do incidente é sempre a proteção da vida dos que
respondem ao incidente e da comunidade.
Estabilidade do acidente- O CI é o responsável por estabelecer uma estratégia que minimize o efeito do
incidente sobre a área circundante e maximize a resposta utilizando eficientemente os recursos. Em um
incidente de pequena magnitude, pode ser que a estrutura deva expandir-se devido à complexidade (nível
de especificidade da resposta).
Ex.: Um incêndio em um pequeno depósito de produtos químicos agropecuários necessitará de uma
estrutura expandida com posições especializadas (inflamáveis, tóxicos, venenos e explosivos). Em um
incidente de grande magnitude, por exemplo, um incêndio em uma grande madeireira, pode ser que seja
necessária uma estrutura simples de manejo de fogo e nada mais.
Preservação de bens O CI tem a responsabilidade de minimizar os danos aos bens, ao mesmo tempo em
que cumpre com os objetivos de atendimento do incidente.
Quando o comandante do incidente necessita de um tipo ou quantidade de recursos que superam seu
alcance de controle, pode ativar uma ou mais seções, ou outras posições. Cada chefe de seção tem
autoridade para expandir sua organização interna.
Comandante do incidente
Staff comando - Operações
- Planejamento
- Logística
- adm/finanças
Veja no gráfico que as seções são posições subordinadas diretamente ao CI, que estão sob a
responsabilidade de um chefe e contêm unidades específicas.

Estrutura
Para que todas as atividades sejam realizadas de forma coordenada, deve-se manter uma organização, e
em cada nível da organização do SCI as posições e os responsáveis têm títulos diferentes que devem ser
conhecidos por aqueles que trabalham com esse sistema. Observe o quadro abaixo:
Seções Níveis da estrutura que têm a responsabilidade de uma área funcional principal no incidente
(Planejamento, Operações, Logística, Administração e Finanças).

40
O CI pode implementar setores funcionais (Exs.: Operações aéreas e controle de trânsito). Também
podem ser setores geográficos que conduzirão operações em áreas geográficas delimitadas. Na estrutura
do SCI os setores são encontrados nas seções de operações e logística.
Setor
Nível da estrutura com responsabilidade funcional ou geográfica designada pelo CI, sob direção de um
chefe de seção
O CI pode implementar setores funcionais (Exs.: Operações Aéreas, Controle de Trânsito). Também
podem ser setores geográficos que conduzirão operações em áreas geográficas delimitadas. Na estrutura
do SCI os setores são encontrados nas seções de operações e logística.
Divisão
Nível da estrutura que tem a responsabilidade de atuar dentro de uma área geográfica definida.
As divisões cobrem operações em áreas geográficas delimitadas quando o número de divisões ou grupos
excede os cinco recomendados para o alcance de controle do chefe de seção recursos sejam administrados
sob suas linhas de subordinação

Grupo
Nível da estrutura que tem a responsabilidade de uma designação funcional específica. Os grupos cobrem
funções específicas de operação.
Observações:
O primeiro nível da estrutura se define com recursos únicos, forças tarefa e equipes de intervenção.
A divisão e o grupo são níveis organizacionais que se encontram entre força-tarefa, equipe de intervenção,
recursos únicos e o nível de setor, caso esse tenha sido implementado.
A partir da posição grupo, as que seguem indicam níveis dentro da estrutura. Esses níveis serão
estabelecidos à medida que o alcance de controle se faça necessário

Unidade
Nível da estrutura que tem a função de apoiar as atividades de planejamento, logística e de administração e
finanças. A seção de planejamento tem a unidade de documentação que recolhe e mantém todos os
documentos do incidente; a seção de logística possui a unidade médica, a unidade de alimentos e outras.

Estrutura ampliada do Sistema de Comando de Incidentes

Seção de operações
A seção de operações é a responsável pela execução das ações de resposta. O chefe da seção de operações
tem como objetivos:

41
Reporta-se ao CI; Determina a estrutura organizacional interna da seção; Dirige e coordena todas as
operações cuidando da segurança do pessoal da seção; Assiste ao CI no desenvolvimento dos objetivos da
resposta ao incidente; e Executa o Plano de Ação do Incidente (PAI).
Suas responsabilidades são:
Obter um rápido relatório do CI; Desenvolver a parte operacional do Plano de Ação do Incidente
(PAI) em conjunto com a seção de planejamento; Apresentar um rápido relato e dar destino ao
pessoal de operações, de acordo com o PAI; Supervisionar as operações;
Determinar as necessidades e solicitar recursos adicionais; Compor as equipes de resposta
designadas para a seção de operações; e Manter informado o CI acerca de atividades especiais da
operação.
Seção de planejamento
As funções dessa seção incluem recolher, avaliar, difundir e usar a informação acerca do desenvolvimento
do incidente e manter um controle dos recursos. Esta seção elabora o Plano de Ação do Incidente (PAI),
no qual define as atividades de resposta e o uso dos recursos durante um período operacional.
• Unidade de recursos: Responsável por todas as atividades de registro e controle dos recursos, inclusive
pessoal e equipamentos designados para o incidente.
• Unidade de situação: Compila e processa as informações sobre a condição atual do incidente. Prepara
apresentações e resumos sobre a situação, desenvolve mapas e projeções.
• Unidade de documentação: Prepara a parte escrita do Plano de Ação do
Incidente, mantém toda a documentação relacionada com o incidente e provê as cópias necessárias.
• Unidade de desmobilização: Em emergências complexas ou de grande magnitude, ajuda a efetuar a
desmobilização do pessoal de maneira ordenada, segura e rentável, quando deixa de haver necessidade de
seu uso no incidente.
• Especialistas: Profissionais especializados que poderão auxiliar no planejamento quando for necessário.
O chefe da seção de planejamento reporta-se ao CI, determina a estrutura organizacional interna da seção e
coordena as atividades.
Veja a lista de responsabilidades do chefe da seção de planejamento o obter breve informação do CI; o
ativar as unidades da Seção de Planejamento; o designar o pessoal de intervenção para as posições do
incidente, de forma apropriada; o estabelecer as necessidades e agendas de informação para todo o Sistema
de Comando do Incidente (SCI); o notificar a unidade de recursos acerca de todas as unidades da Seção de
Planejamento que tenham sido ativadas, incluindo os nomes e os locais onde está todo o pessoal
designado; o estabelecer um sistema de obtenção de informações meteorológicas, quando necessário; o
supervisionar a preparação do Plano de Ação do Incidente; o organizar as informações acerca de
estratégias alternativas; o organizar e desfazer as equipes de intervenção que não sejam designadas às
operações; o identificar a necessidade de uso de recursos especializados; o dar conta do planejamento
operacional da Seção de Planejamento; o proporcionar previsões periódicas acerca do potencial do
incidente; o compilar e distribuir informações resumidas acerca do estado do incidente.
Seção de logística
A seção de logística é a responsável por prover instalações, serviços e materiais, incluindo o pessoal que
operará os equipamentos solicitados para atender no incidente. Essa seção é indispensável quando as
operações são desenvolvidas em áreas muito extensas e são de longa duração.
As funções dessa seção são de apoio exclusivo aos que respondem ao incidente. Ela supervisiona o
coordenador do setor de serviços e o coordenador do setor de apoio. E os líderes das unidades que são
divididas em:
Unidade médica Desenvolve o plano médico e provê primeiros socorros e atenção médica intensiva ao
pessoal designado para a emergência. Essa unidade também desenvolve o plano de transporte médico do
incidente (por terra e/ou ar) e prepara relatórios médicos.

42
Unidade médica:
Desenvolve o plano médico e provê primeiros socorros e atenção médica intensiva ao pessoal designado
para a emergência. Essa unidade também desenvolve o plano de transporte médico do incidente (por terra
e/ou ar) e prepara relatórios médicos.
Unidade de suprimentos
Relaciona o pessoal, equipamentos e materiais. Além disso, armazena, mantém e
controla os materiais de distribuição, assim como ajusta e conserta os equipamentos.
Unidade de instalações
Instala e mantém qualquer estabelecimento requerido para apoiar o incidente. Provê as pessoas que vão
trabalhar nas bases e acampamentos, e apoio de segurança às instalações e ao incidente, sempre que
solicitado.

Responsabilidades do chefe da seção de logística:


 Planejar a organização da seção de logística;
 Designar lugares de trabalho e tarefas preliminares ao pessoal da seção;
 Notificar à unidade de recursos acerca das unidades da seção de logística que sejam ativadas,
incluindo nome e localização do pessoal designado;
 Compor os setores e proporcionar informação sumária aos diretores e aos líderes das unidades;
 Participar da preparação do Plano de Ação do Incidente;
 Identificar os serviços e as necessidades de apoio para as operações planejadas e esperadas;
 Dar opinião e revisar o plano de comunicações e o plano médico; Coordenar e processar as
solicitações de recursos adicionais;
 Revisar o Plano de Ação do Incidente e fazer uma estimativa das necessidades da seção para o
período operacional seguinte;
 Apresentar conselhos acerca das capacidades disponíveis de serviços e apoio;
 Preparar os elementos de serviços e apoio do Plano de Ação do Incidente;
 Fazer uma estimativa das necessidades futuras de serviços e apoio;
 Receber o plano de desmobilização da seção de planejamento;
 Recomendar a descarga de recursos da unidade de acordo com o plano de desmobilização; e
 Assegurar o bem-estar geral e a segurança do pessoal da seção de logística.
 O chefe da seção se reporta diretamente CI, determina a estrutura organizacional interna da seção e
coordena as atividades.

Seção de administração e finanças


Apesar de frequentemente não receber a importância que merece, a seção de administração e finanças é
crítica para manter o controle contábil do incidente.
É responsável por justificar, controlar e registrar todos os gastos e por manter em dia a documentação
requerida para processos indenizatórios.
Essa seção é especialmente importante quando o incidente apresenta um porte que poderia resultar na
decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública. Ela dirige os líderes das seguintes
unidades:
O chefe da seção se reporta ao CI, determina a estrutura organizacional interna da seção e coordena as
atividades.

43
Instalações

Principais instalações.
São três as instalações comuns que o CI pode estabelecer em um incidente. São elas:
 Posto de comando (PC)
 Áreas de Espera (E)
 Área de concentração de vitima (AVC)

Posto de comando (PC) O posto de comando é o lugar a partir do qual se exercem as funções de
comando, devendo ser instalado em todas as operações que utiliza o SCI, independentemente do tamanho
e da complexidade da situação. No entanto, suas características terão relação direta com o tamanho e a
complexidade do evento. Só haverá um PC para cada cena e este deverá ter a seguinte sinalização: um
retângulo de fundo alaranjado com as letras “PC” em preto, nas medidas de 90cm x 110cm.
Condições para estabelecer um PC Local seguro (fora da zona de risco) e longe do ruído e da confusão
que geralmente acompanha um incidente; Possibilidade de (mantendo a condição anterior) uma visão
integral da cena do incidente; Possibilidades de expansão, caso o incidente o requeira; Capacidade para
prover vigilância (segurança) e para controlar o acesso quando necessário;
Informação de sua ativação e localização assim que for estabelecido;
 Sinalização, de modo a ser identificado por todas as pessoas que estejam envolvidas na resposta ao
incidente; e
 Disponibilidade de comunicação.

Localização do PC
No PC ficam instalados o comando do incidente, os oficiais do staff de comando e os chefes de seção.
Ao escolher inicialmente a localização do PC, é preciso considerar as características do incidente, sua
provável duração, se está em crescimento ou diminuição e se o local é suficientemente amplo e seguro. Em
incidentes de longa duração, é desejável procurar uma instalação com boa ventilação, bem iluminada e
adequadamente protegida.
Alguns incidentes precisarão de instalações amplas, especialmente aqueles que:
Necessitam reunir diversas instituições sob um comando unificado; Tenham longa duração; e Requeiram o
uso do staff de comando e representantes das instituições.
Área de espera (E)
A área de espera é um local delimitado e identificado, para se dirigirem os recursos operacionais que se
integrarem ao SCI, onde ocorre a recepção (check-in) e o cadastramento dos recursos.

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Caso os recursos não sejam necessários imediatamente, eles permanecem em condições de pronto
emprego, aguardando o seu acionamento. No começo da operação, pode ocorrer a designação direta dos
recursos, sem passar pela área de espera, sendo necessário fazer o check-in pelo rádio. À medida que um
incidente cresce, requer recursos adicionais. Para evitar os problemas que poderiam provocar a
convergência massiva de recursos à cena e para administrá-los de forma efetiva, o comandante do
incidente (CI) poderá estabelecer as áreas de espera que considerem necessárias.
A experiência mostra que é muito mais difícil cadastrar os recursos operacionais que estão no local da
operação depois que eles já estão espalhados e atuando.

A área de espera proporciona as seguintes vantagens:


Melhora a segurança do pessoal de resposta e a possibilidade de dar conta dos recursos; Evita a
designação prematura de recursos; Facilita a entrada oportuna e controlada do pessoal na área do
incidente; e Proporciona um lugar para registro de chegada e entrada de pessoal, equipamentos e
ferramentas, tornando mais fácil o controle.
Requisitos de um local para a área de espera:
Estar afastado da cena do incidente a uma distância não superior a cinco minutos de deslocamento;
Estar longe de qualquer zona perigosa; Ter rotas diferentes para a entrada e saída dos recursos; Ser
suficientemente grande para acomodar os recursos disponíveis e para expandir-se caso o incidente
o necessite; e Oferecer segurança tanto para o pessoal quanto para os equipamentos.
O sinal de identificação da área de espera é um círculo com fundo amarelo e um “E” de cor preta em seu
interior, com 90cm de diâmetro.

Funções do encarregado da área de espera


Uma vez que o comandante do incidente (CI) identifique a necessidade de estabelecer áreas de espera,
designa os encarregados delas, os quais deverão:
Obter um relatório do chefe da seção de operações ou do CI; Supervisionar o procedimento de registro de
chegadas de pessoal e recepção de equipamento (Formulário SCI 211); Responder às solicitações de
recursos, designando os recursos disponíveis de acordo com o indicado pelo CI ou o chefe de operações;
Monitorar o estado dos recursos; e Manter informados o CI e o chefe da seção de operações, acerca do
estado dos recursos nas áreas de espera.
Procedimentos da área de espera
Ao receber do chefe de operações, a solicitação de uma unidade de resgate na área do incidente, o
encarregado pode adotar dois procedimentos:
Pessoalmente acionar a unidade de resgate, repassando as informações, despachando para o local
solicitado e registrando a movimentação em seu controle; e
Solicitar ao responsável pelas unidades de resgate que escolherá a unidade adequada e a encaminhará ao
encarregado, que então repassa a ela as informações, despachando-a para o local solicitado e registrando a
movimentação em seu controle.
Durante a execução do PAI, o encarregado da área de espera repassará informações a unidade
denominada unidade de recurso, cujo líder é subordinado à seção de planejamento.

Área de concentração de vítimas (ACV)


É o local no cenário do incidente onde estarão concentradas as vítimas, aguardando o momento exato
para serem transportadas ao hospital de referência
A equipe de atendimento começa a sua atuação conduzindo as vítimas de maneira ordenada, de acordo
com a sua gravidade, para a área de concentração de vítimas.

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Dentro da ACV, as vítimas são constantemente monitoradas e reclassificadas pela equipe de atendimento
pré-hospitalar, equipe essa que atua em 4 (quatro) divisões:
 1 – Transporte;
 2 – Estabilização e monitoramento;
 3 – Triagem; e
 4 – Manejo de mortos (da ACV).

Local adequado para ACV


O lugar escolhido como ACV deve ser:
Seguro;
De fácil acesso;
Perto do incidente (cerca de minutos);
Provido de recursos necessários para atender as vitimas;
Coberto quando for possível;
Iluminado;
Caso necessário, ter capacidade para ampliar seu espaço.
O sinal de identificação da área de concentração de vítimas é um círculo com fundo amarelo e um “ACV”
de cor preta em seu interior, com 90cm de diâmetro.

Outras instalações
As principais instalações cumprem com as necessidades da maioria dos incidentes. Em alguns incidentes
específicos, o CI poderá determinar a necessidade de outras instalações, tais como:
 Base;
 Acampamento;
 Heliponto.
Base
A base é uma instalação utilizada em grandes incidentes, sendo o lugar onde se realizam as funções
logísticas primárias.
Geralmente há somente uma base em cada incidente, no entanto, existem eventos em que pode haver
bases auxiliares, como nos incêndios florestais, que muitas vezes atuam em mais de uma frente de
combate. A base, pela sua característica, muitas vezes é um bom local para se instalar o PC.
O sinal de identificação da base é um círculo com fundo amarelo e um “B” de cor preta em seu interior,
com 90cm de diâmetro.

Acampamento
Lugar dentro da área geral do incidente, equipado e preparado para proporcionar ao pessoal um local para
alojamento, alimentação e instalações sanitária
O acampamento pode localizar-se na base e desempenhar a partir daí as funções específicas. Em um
incidente, poderão se estabelecer vários acampamentos, sendo que cada um deve ter um encarregado e ser
identificado por nome geográfico ou número.
O sinal de identificação do acampamento é um círculo com fundo amarelo e um “A” de cor preta em
seu interior, com 90cm de diâmetro.

Helibase
Lugar de estacionamento, abastecimento e manutenção de helicópteros.
O sinal de identificação da helibase é um círculo com fundo amarelo e um “H” de cor preta em seu
interior, com 90cm de diâmetro.

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Heliponto ou zona de pouso de helicópteros – ZPH
É o local preparado para que os helicópteros possam aterrissar, decolar, carregar e descarregar pessoas,
equipamentos e materiais.
“H1”(“H2”, “H3”) de cor preta em seu interior, com 90cm de diâmetro.
O sinal de identificação do heliponto é um círculo com fundo amarelo com um triangulo branco.

EMERGÊNCIAS QUÍMICAS E TECNOLÓGICAS

Um desastre tecnológico é um evento catastrófico causado por erro humano no controle da tecnologia ou
pelo mau funcionamento de um sistema de tecnologia. Desastres de base tecnológica são tão sérios quanto
desastres naturais. Às vezes, os sintomas de desastre podem aparecer gradualmente ao longo de alguns
anos, mas outros impactos podem interromper imediatamente a sociedade e os negócios. . A agência de
resposta a desastres do governo federal, a FEMA, agora opera seu próprio programa de colaboração do
setor de tecnologia para lidar com desastres tecnológicos.

Os desastres causados pela tecnologia envolvem a falha ou quebra de sistemas, equipamentos e padrões de
engenharia que prejudicam as pessoas e o meio ambiente. O termo em si inclui uma ampla gama de
questões modernas e consequências da má administração da tecnologia e erros de engenharia. Desastres
tecnológicos incluem colapsos estruturais, como pontes, minas e edifícios, mas também acidentes
industriais, como explosões químicas ou nucleares. Os efeitos da poluição, como poluição e chuva ácida,
são desastres causados pelo homem a longo prazo. Cuidar do desastre súbito pode ser direto, mas os
problemas crônicos às vezes dividem as comunidades ou colocam o público em conflito com o
governo. Pode ser difícil identificar quem é o responsável final pela causa de um desastre complexo e
pagar pelos custos da recuperação.

O desastre pode crescer cronicamente despercebido ou pode resultar de um único evento importante. Por
exemplo, se um trem descarrila e derrama produtos químicos perto de uma área residencial, as pessoas são
evacuadas e o evento é reconhecido. No entanto, se baixas quantidades de contaminação química
ocorrerem durante um longo período de tempo, pode não haver nenhuma pessoa ou organização para
culpar. Desastres agudos são eventos breves e bem definidos que podem ter consequências a longo
prazo. Isso pode ser um derramamento de óleo de uma só vez do navio ou uma violação em uma maldição
de mineração. Um desastre natural como uma inundação pode romper um tanque de armazenamento de
combustível subterrâneo. No entanto, os desastres crônicos são mais prováveis de ocorrer devido a
comportamentos repetidos que são ignorados ou não relatados. Problemas crônicos são frequentemente
expostos após eventos agudos. Por exemplo, toxinas que são despejadas ilegalmente serão lixiviadas no
meio ambiente.

Os efeitos dos desastres tecnológicos


Desastres induzidos por tecnologia são muito estressantes porque são caóticos, prejudiciais e
imprevisíveis. Indivíduos, famílias e comunidades são todos afetados em diferentes níveis. Para os
indivíduos, eles podem experimentar perda de renda, emprego e certeza sobre o futuro. Algumas pessoas
experimentam depressão grave e até mesmo transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Quando se trata
de comunidades, as pessoas podem se sentir coletivamente frustradas com funcionários públicos,
profissionais de resposta e aqueles que gerenciam a tecnologia. Devido a rumores e falta de comunicação,
as pessoas podem não ter confiança, tomar decisões erradas e esperar demais dos serviços públicos. Tudo
somado, a comunidade pode ser dividida por vários pontos de vista. Quando se trata de empresas, elas

47
experimentam perda de receita devido a serviços de negócios suspensos ou ficam sobrecarregadas com
muita demanda por funções.

A chave para o gerenciamento de desastres tecnológicos é através do indivíduo, da comunidade, do


primeiro socorrista e do preparo do governo. Planos de resposta a emergências, hierarquias de
comunicação, estruturas de comando e educação pública ajudam. Qualquer desastre tecnológico pode ser
tratado através de comunicação, colaboração e comunicação adequadas.

PRODUTOS PERIGOSOS

Incidentes envolvendo produtos químicos requerem sempre cuidados e medidas específicas a


serem desencadeadas para o controle das diferentes situações que podem ocorrer, razão pela qual a
intervenção de pessoas devidamente capacitadas e equipadas é fundamental para o sucesso destas
operações.
Um fator de extrema importância para um atendimento emergencial adequado é o conhecimento
dos perigos intrínsecos às substâncias químicas. As principais classes de riscos são:

 Substâncias explosivas;
 Gases (inflamáveis, não inflamáveis ou tóxicos);
 Líquidos inflamáveis;
 Sólidos inflamáveis ou reativos;
 Oxidantes e peróxidos orgânicos;
 Substâncias tóxicas;
 Substâncias corrosivas
A equipe deve ser condicionada a atuar em condições de intenso estresse, visto ser essa uma
característica das emergências químicas. Para isso é essencial o treinamento permanente da equipe.
É conveniente que as equipes possuam um POP - Procedimento Operacional Padrão, onde
poderão estar descritas as suas atribuições bem como os principais aspectos a serem observados durante
uma resposta emergencial, de modo a nortear suas ações, propiciando dessa forma maior segurança e
eficiência no atendimento.
De uma forma geral, a eficiência na resposta a um atendimento de emergência envolve fatores
como:
 Rapidez e eficiência no acionamento das equipes;
 Avaliação correta e desencadeamento de ações compatíveis com a situação apresentada;
 Disponibilidade de recursos humanos e materiais e capacidade para a sua mobilização.
 Os procedimentos de resposta devem ser periodicamente testados, avaliados e
aprimorados;
 O controle de um vazamento não pode nunca sacrificar os requisitos de segurança dos
atendentes;
 Todos os envolvidos nas ações de campo devem estar capacitados em sua área de atuação,
além de possuir os conhecimentos mínimos necessários para sua segurança;
 As medidas de controle, só deverão ser desencadeadas após o pleno conhecimento dos
riscos envolvidos e quando os recursos básicos estiverem disponíveis;
 É essencial a avaliação rápida das possíveis consequências ambientais associadas ao
evento para que medidas imediatas de proteção possam ser efetivamente adotadas.

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Independentemente das ações a serem tomadas em campo durante o atendimento emergencial,
faz-se necessária a realização de planejamentos anteriores aos sinistros, de forma a estarem devidamente
estabelecidas as responsabilidades e respectivas áreas de atuação dos participantes, visando agilizar os
trabalhos; ou seja, é essencial a elaboração de planos locais e regionais de emergência para o atendimento
a acidentes envolvendo substâncias químicas.

Planos de Auxílio Mútuo Aspectos de segurança


Conhecimentos básicos
são necessários para não devem ser
sobre primeiros socorros
resposta a acidentes negligenciados com
são necessários
maiores produtos químicos

Aproximação

Para aproximação do local da ocorrência deverão ser observadas as seguintes condutas de


segurança:

 Aproximar-se cuidadosamente;
 Utilizar equipamentos adequados de monitoramento para garantir a segurança;
 Manter-se sempre de costas para o vento;
 Evitar manter qualquer tipo de contato com o produto (tocar, pisar, ou inalar);
 Se o produto envolvido for inflamável, verificar e eliminar, se possível, todas e quaisquer fontes de
ignição, tais como, cigarros, motores ligados, superfícies aquecidas, chamas, etc.;
 Se necessário, isolar o local e/ou interditá-lo;
 Se necessário solicitar o auxílio de especialistas e autoridades.
Avaliação da Ocorrência

Esta etapa tem como objetivo identificar o tipo da ocorrência e coletar dados de modo que
possam ser definidos os procedimentos a serem adotados para minimização dos riscos a comunidade e
conseqüências indesejáveis ao meio ambiente. Nessa etapa as principais atividades são:
 Caracterização dos riscos potenciais ou efetivos devido à exposição ao(s) produto(s) envolvido(s),
através da identificação de suas características físicas, químicas e toxicológicas;
 Definição das frentes de trabalho;
 Definição dos equipamentos de proteção individual ou coletivo a serem utilizados;
 Definição dos parâmetros e equipamentos de monitoramento ambiental;

49
 Formação e/ou manutenção de equipe de apoio para intervenção imediata, caso necessário;
 Dimensionamento dos recursos humanos e materiais necessários para o desencadeamento das
ações de combate;
 Avaliação quanto à necessidade de acionamento de outras entidades.

Também deverão ser contempladas nesta etapa, observações do cenário local, tais como:

 Áreas confinadas;
 Topografia da região;
 Áreas atingidas pelo vazamento; aspectos ecológicos e ambientais;
 Condições meteorológicas;
 Acesso para equipamentos.

Medidas de Controle

De acordo com os resultados da avaliação realizada na etapa anterior, a qual serve como base para
o planejamento das ações a serem desenvolvidas, estas deverão ser desencadeadas considerando-se todos
os aspectos relevantes, como: segurança das pessoas, isolamento da área, segurança de instalações, do
patrimônio público e privado e impactos ambientais, entre outros. As ações a serem desenvolvidas nesta
etapa têm por finalidade controlar a situação emergencial, e embora os trabalhos possam variar caso a
caso, os mesmos deverão contemplar medidas para:

 Estanqueidade do vazamento;
 Contenção do produto vazado;
 Abatimento de vapores;
 Neutralização e/ ou remoção do produto;
 Prevenção e combate a incêndios;
 Minimização dos impactos ambientais / remediação ambiental
 Monitoramento ambiental;
 Recolhimento ou transbordo de carga, no caso de acidentes durante o transporte.

Utilização da água no combate ao fogo e a vazamentos

Incêndios envolvendo produtos químicos podem resultar em consequências bastante diversificadas, em


função do comportamento de diferentes substâncias quando expostas ao fogo. Embora a água seja o agente
de extinção mais comumente empregado, a mesma pode ser ineficaz em alguns casos, razão pela qual
deve-se utilizar alguns critérios para a escolha do agente a ser empregado. Tais informações deverão ser
obtidas junto a especialistas ou em documentação técnica a respeito do(s) produto(s) envolvido(s), como
manuais de emergência, fichas de informações sobre produtos químicos, etc.

Descontaminação

Os técnicos envolvidos no atendimento a acidentes com produtos químicos podem se contaminar


de diversas maneiras:

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 Através de contato com vapores, gases, névoas ou material particulado;
 Por respingos do produto;
 Através de contato direto com poças de produto;
 Através de contato com solo contaminado e;
 Quando da manipulação de instrumentos ou equipamentos contaminados.

Roupas de proteção e respiradores ajudam a prevenir a contaminação do usuário. Boas práticas de


trabalho ajudam a reduzir a contaminação de roupas, instrumentos e equipamentos. No entanto, mesmo
seguindo estas regras de segurança poderá ocorrer a contaminação.

Simbologia
Classe 1 – Explosivos Classe 2 – Gases

Classe 3 - Líquidos inflamáveis Classe 4 - Sólidos inflamáveis;


Substâncias sujeitas a combustão
Espontânea; Substâncias que, em
contato com a água, emitem gases
inflamáveis.
Classe 5 - Substâncias oxidantes e Classe 6 - Substâncias tóxicas
peróxidos orgânicos (venenosas) e substâncias infectantes

Classe 7 - Materiais radioativos Classe 8 – Corrosivos

Classe 9 - Substâncias perigosas


diversas

Painéis de segurança
O primeiro número X423 Na figura ao
indica produto sólido, libera lado vemos a
vapores e é inflamável. A posição de
letra X que precede o
número indica que o produto colocação da
deve reagir em contato com placa de
água. O número 2257 é o identificação
número correspondente ao da substância.
Potássio.
Todas as placas de
identificação de produto
possuem a cor laranja, com
números e letras pretas. As
placas de identificação de
produto e os rótulos de risco
são obrigatórios no
transporte de produtos
perigosos em todo território
nacional.

51
Nesta figura vemos a Nesta figura
posição de colocação da vemos a
placa de identificação da lateral do
substância, bem como o veículo, com a
rótulo de risco, na parte posição de
traseira do veículo. colocação das
placas de
identificação
da substância,
bem como o
rótulo de
risco.
Nesta figura vemos o caso Nesta outra
em que dois produtos figura temos o
diferentes, mas de mesma caso em que
Classe são transportados no dois produtos
mesmo veículo. de diferentes
classes são
transportados
no mesmo
veículo.
Em um caso como o
anterior, é importante
observar que o padrão de
colocação das placas no
veículo (frente e traseira)
sofre alteração como vista
na figura ao lado.

Diamante de Hommel

Uma outra simbologia bastante aplicada em vários países, no entanto sem obrigatoriedade, é o
método do diamante de HOMMEL.
Diferentemente das placas de identificação, o diamante de HOMMEL não informa qual é a
substância química, mas indica todos os riscos envolvendo o produto químico em questão.

Os riscos representados no Diamante de Hommel são os seguintes:

VERMELHO - INFLAMABILIDADE, onde os riscos são os seguintes:

4 - Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis, materiais pirotécnicos;


3 - Produtos que entram em ignição a temperatura ambiente;

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2 - Produtos que entram em ignição quando aquecidos moderadamente;
1 - Produtos que precisam ser aquecidos para entrar em ignição;
0 - Produtos que não queimam.

AZUL - PERIGO PARA SAÚDE, onde os riscos são os seguintes:

4 - Produto Letal;
3 - Produto severamente perigoso;
2 - Produto moderadamente perigoso;
1 - Produto levemente perigoso;
0 - Produto não perigoso ou de risco mínimo.

AMARELO - REATIVIDADE, onde os riscos são os seguintes:

4 - Capaz de detonação ou decomposição com explosão a temperatura ambiente;


3 - Capaz de detonação ou decomposição com explosão quando exposto a fonte de energia severa;
2 - Reação química violenta possível quando exposto a temperaturas e/ou pressões elevadas;
1 - Normalmente estável, porém pode se tornar instável quando aquecido;
0 - Normalmente estável;

BRANCO - RISCOS ESPECIAIS, onde os riscos são os seguintes:

OXY Oxidante forte;


ACID Ácido forte;
ALK Alcalino forte.

Evite o uso de água

Radioativo

Uma observação muito importante a ser colocada quanto à utilização do Diamante de HOMMEL
é que o mesmo não indica qual é a substância química em questão, mas apenas os riscos envolvidos; ou
seja, quando considerado apenas o Diamante de HOMMEL sem outras formas de identificação este
método de classificação não é completo.

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APH
(Atendimento pré hospitalar )

A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO INICIAL DE EMERGÊNCIA


Vários fatores devem ser considerados nos atendimentos de emergência, sendo um deles a qualidade na
assistência. Para que seja possível ter um atendimento de emergência de qualidade, é necessário um
modelo definido, que possibilite a agilidade e o emprego das melhores práticas, por meio de uma tomada
de decisão rápida e precisa.
Em uma situação inesperada que coloca a saúde ou até mesmo a vida em risco, é muito importante que os
leigos (indivíduos não pertencentes a área de saúde ) estejam treinados para reconhecer rapidamente a
emergência e iniciar manobras que podem mudar totalmente a resposta da vítima em situação de risco. A
isso é o que chamamos primeiros socorros, são ações imediatas prestadas à vítima que esteja apresentando
um evento clínico ou traumático. Esse atendimento deve ser dado até que o socorro médico de urgência
chegue.
Em nosso país, a realização de primeiros socorros é pouco divulgada, necessitando de esforços para que a
população saiba quais manobras realizar e como realizar para que elas melhorem os resultados das vítimas.
Qualquer pessoa capacitada poderá realizar os primeiros socorros até a chegada da assistência
especializada, no entanto, é necessário manter a calma, evitar pânico e assumir a situação.
ASPECTOS LEGAIS
Alguns aspectos legais que envolvem o atendimento de primeiros socorros
IMPRUDÊNCIA: expor-se a si próprio e/ou a outrem a um risco ou perigo sem as precauções necessárias
para evitá-los. Exemplo: é imprudente o socorrista que dirige um veículo de emergência sem colocar o
cinto de segurança, ou ainda, excedendo o limite de velocidade permitido na via.
IMPERÍCIA: falta de conhecimento técnico ou destreza em determinada arte ou profissão. Exemplo:
(Medicar) É um ato de imperícia a aplicação de uma injeção por parte de um socorrista que desconhece os
detalhes da adequada técnica de como fazê-lo. Se o socorrista presta assistência a uma pessoa além de seu
nível de capacitação e, com isso lhe causa algum dano, incorre em imperícia e pode responder penalmente

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pela lesão causada (Ver Art. 13, § 2o, letra “a” e Art. 129, § 6o do CP).
NEGLIGÊNCIA: descumprimento dos deveres elementares correspondentes a determinada arte ou
profissão. Exemplos: é negligente o socorrista que deixa de monitorar os sinais vitais de uma vítima
traumatizada, durante seu transporte do local do acidente até o hospital (Ver Art. 13, § 2o, letra “a”
combinado com o Art. 121, § 3o - homicídio culposo do CP).
É negligente o socorrista que deixa de usar EPI.
OMISSÃO DE SOCORRO: capitulada pelo Código Penal no artigo 135 - Deixar de prestar assistência,
quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou
ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública. Exemplo: se o Médico do Hospital não presta o devido socorro ou não permite que uma vítima de
acidente seja atendida em seu Pronto Socorro responde pelo crime de omissão de socorro.

Atendimento inicial à Vítima :


O objetivo do atendimento inicial à vítima é identificar rapidamente situações que: coloquem a vida em
risco e demandem atenção imediata pela equipe de socorro.
Deve ser rápido, organizado e eficiente permitindo decisões quanto ao atendimento e ao transporte
adequados, assegurando à vítima maiores chances de sobrevida.
Divide-se em quatro etapas sequenciais:
1. Controle da cena;
2. Abordagem primária;
3. Abordagem secundária;
4. Sinais vitais e
5. Escalas de coma e trauma (Glascow )
Controle da Cena Segurança do Local .
• Antes de iniciar o atendimento propriamente dito, a equipe de socorro deve garantir sua própria condição
de segurança, das vítimas e dos demais presentes.
• De forma alguma qualquer membro da equipe deve se expor a um risco com chance de se transformar
em vítima, o que levaria a deslocar ou dividir recursos de salvamento disponíveis para aquela ocorrência.
Mecanismo de Trauma
• Enquanto se aproxima da cena do acidente, o socorrista examina o mecanismo de trauma observando e
colhendo informações pertinentes.
• Em uma colisão entre dois veículos, por exemplo, avaliar o tipo de colisão (frontal, lateral, traseira),
veículos envolvidos, danos nos veículos, número de vítimas, posição dos veículos e das vítimas, etc. Em
caso de queda de altura, observar qual a altura ,qual a parte do corpo que atingiu primeiramente o
solo,descolamento de órgãos internos,fraturas etc.
Abordagem Primária
Visa identificar e manejar situações de ameaça à vida, A abordagem inicial é realizada sem mobilizar a
vítima de sua posição inicial, salvo em situações especiais que possam comprometer a segurança ou
agravar o quadro da vítima, tais como:
• Situações climáticas extremas: geada, chuva, frio, calor, etc.;
• Risco de explosão ou incêndio;
• Risco de choque elétrico;
• Risco de desabamento.
Só se justifica mobilizar a vítima de sua posição inicial na abordagem primária quando a situação de risco
não possa ser afastada. Por exemplo: risco iminente de choque elétrico e sendo possível a interrupção da
passagem de energia, não há necessidade de mobilizar a vítima.

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Na abordagem primária, havendo mais de uma vítima, o atendimento deve ser priorizado conforme o
risco, ou seja, primeiro as que apresentem risco de morte, em seguida as que apresentem risco de perda de
membros e, por último todas as demais.
§ Esta recomendação não se aplica no caso de acidente com múltiplas vítimas onde os recursos para o
atendimento são insuficientes em relação ao número de vítimas e, por tanto, o objetivo é identificar as
vítimas com maiores chances de sobrevida.
A abordagem primária é realizada em duas fases: 1)Abordagem primária rápida; 2) Abordagem primária
completa.
Abordagem Primária Rápida É a avaliação sucinta da consciência, respiração e circulação. • Deve ser
finalizada em no máximo 30 segundos. • Tem por finalidade a rápida identificação de condições de risco
de morte, o início precoce do suporte básico de vida (SBV) e o desencadeamento de recursos de apoio, tais
como médico no local e ambulância para o transporte.

Abordagem Primária Rápida :Devem ser seguidos os seguintes passos:


1) Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da mesma está voltada, garantindo-lhe o controle
cervical.
2) Observar se a vítima está consciente e respirando. Tocando o ombro da vítima , apresente-se, acalme-a
e pergunte o que aconteceu com ela: “Eu sou o...(nome do socorrista), da ..., e estou aqui para te ajudar. O
que aconteceu?”. Uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente, que as vias
aéreas estão permeáveis e que respira. Caso não haja resposta, examinar a respiração. Se ausente a
respiração, iniciar as manobras de controle de vias aéreas e a ventilação artificial .
3) Simultaneamente palpar pulso radial (em vítima inconsciente palpar direto o pulso carotídeo) e definir
se está presente e sua qualidade (normal, muito rápido ou lento). Se ausente, palpar pulso de artéria
carótida ou femoral (maior calibre) e, caso confirmado que a vítima está sem pulso, iniciar manobras de
reanimação .

4) Verificar temperatura, umidade e coloração da pele e enchimento capilar. Palidez, pele fria e úmida
Enchimento capilar acima de dois segundos são sinais de comprometimento da perfusão ou oxigenação
dos tecidos (choque hipovolêmico por hemorragia interna ou externa), Que exigem intervenção imediata.
5) Observar rapidamente da cabeça aos pés procurando por hemorragias ou grandes deformidades.

Abordagem Completa
Na abordagem primária completa segue-se uma sequencia fixa de passos estabelecida cientificamente.
Para facilitar a memorização, convencionou-se o minemônico “ABCD do trauma” para designar essa
sequência fixa de passos, utilizando-se as primeiras letras das palavras (do inglês) que definem cada um
dos passos:
1) Passo “A” (Airway) – Vias aéreas com controle cervical;
2) Passo “B” (Breathing) – Respiração (existente e qualidade);
3) Passo “C” (Circulation) – Circulação com controle de hemorragias;
4) Passo “D” (Disability) – Estado neurológico;
5) Passo “E” (Exposure) – Exposição da vítima (para abordagem secundária)

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! Somente passar para próximo passo após ter completado o passo imediatamente anterior.
! Durante toda a abordagem da vítima o controle cervical deve ser mantido.
! Suspeitar de lesão de coluna cervical em toda vítima de trauma.
Passo “A” – Vias Aéreas com Controle Cervical .
Após o controle cervical e a identificação, pergunte à vítima o que aconteceu. Uma pessoa só consegue
falar se tiver ar nos pulmões e se ele passar pelas cordas vocais. Portanto, se a vítima responder
normalmente, é porque as vias aéreas estão permeáveis (passo "A" resolvido) e respiração espontânea
(passo "B" resolvido). Seguir para o passo "C".
Se a vítima não responder normalmente,
examinar as vias aéreas. • Desobstruir vias
aéreas de sangue, vômito, corpos estranhos ou
queda da língua, garantindo imobilização da
coluna cervical. Para a manutenção da abertura
das vias aéreas pode ser utilizada cânula
orofaríngea ou nasofaríngea.
Estando as vias aéreas desobstruídas, passar para o exame da respiração (passo "B").

Passo “B” – Respiração


Checar se a respiração está presente e efetiva (ver, ouvir e sentir). Se a
respiração estiver ausente, iniciar respiração artificial (passo "B" resolvido
temporariamente). Estando presente a respiração, analisar sua qualidade: lenta ou
rápida, superficial ou profunda, de ritmo regular ou irregular, silenciosa ou ruidosa.
Se observar sinais de respiração difícil (rápida, profunda, ruidosa), reavaliar vias aéreas (passo "A") e
solicitar a presença do médico no local.
• A necessidade de intervenção médica é muito provável. Se observar sinais que antecedam parada
respiratória (respiração superficial, lenta ou irregular), ficar atento para iniciar respiração artificial.
Passo “C” – Circulação com Controle de Hemorragias .
O objetivo principal do passo "C" é estimar as condições do sistema circulatório e controlar grandes
hemorragias.
Para tanto devem ser avaliados: pulso; perfusão Periférica, coloração, temperatura e umidade da pele.
Neste passo também devem ser controladas as hemorragias que levem a risco de vida eminente.
Pulso • Em vítima consciente, verificar inicialmente o pulso radial; se este não for percebido, tentar
palpar o pulso carotídeo ou o femoral; em vítima inconsciente, examinar o pulso carotídeo do lado em que
você se encontre. Passo “C” – Circulação com Controle de Hemorragias . A avaliação do pulso dá uma
estimativa da pressão arterial. Se o pulso radial não estiver palpável, possivelmente a vítima apresenta um
estado de choque hipovolêmico descompensado, situação grave que demanda intervenção imediata.
Se o pulso femoral ou carotídeo estiver ausente, iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar. Estando
presente o pulso, analisar sua qualidade: lento ou rápido, forte ou fraco, regular ou
irregular.
Perfusão Periférica • A perfusão periférica é avaliada através da técnica do
enchimento capilar. É realizada fazendo-se uma pressão na base da unha ou nos lábios,
de modo que a coloração passe de rosada para pálida. Retirando-se a pressão a
coloração rosada deve retomar num tempo inferior a dois segundos.
Se o tempo ultrapassar dois segundos é sinal de que a perfusão periférica está
comprometida (oxigenação/perfusão inadequadas). Lembre-se que à noite e com frio essa avaliação é
prejudicada.
Coloração, Temperatura e Umidade da Pele • Cianose e palidez são sinais de comprometimento da

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oxigenação/perfusão dos tecidos. Pele fria e úmida indica choque hipovolêmico. (hemorrágico) . Se o
socorrista verificar hemorragia externa, deve utilizar métodos de controle.
• Observando sinais que sugerem hemorragia interna, deve agilizar o atendimento e transportar a vítima o
mais brevemente possível ao hospital, seguindo sempre as orientações da Central de Emergências
Passo “D” – Estado Neurológico
Tomadas as medidas possíveis para garantir o “ABC”, importa conhecer o estado neurológico da vítima
(passo "D"), para melhor avaliar a gravidade e a estabilidade do quadro .
• O registro evolutivo do estado neurológico tem grande valor. A vítima que não apresente alterações
neurológicas num dado momento, mas passe a apresentá-las progressivamente, seguramente está em
situação mais grave que outra cujo exame inicial tenha mostrado algumas alterações que permaneçam
estáveis no tempo.
Na avaliação do estado neurológico o socorrista deve realizar a avaliação do nível de consciência e o
exame das pupilas.
Deve sempre ser avaliado o nível de consciência porque, se alterado, indica maior necessidade de
vigilância da vítima no que se refere às funções vitais, principalmente à respiração. A análise do nível de
consciência é feita pelo método “AVDI”, de acordo com o nível de resposta que a vítima tem aos
estímulos:
A – Vítima acordada com resposta adequada ao ambiente.
V – Vítima adormecida. Os olhos se abrem mediante estímulo verbal.
D – Vítima com os olhos fechados que só se abrem mediante estímulo doloroso. O estímulo doloroso
deve ser aplicado sob a forma de compressão intensa na borda do músculo trapézio, na região
pósterolateral do pescoço.
I – Vítima não reage a qualquer estímulo (inconsciente).
A alteração do nível de consciência pode ocorrer pelos seguintes motivos:
• Diminuição da oxigenação cerebral (hipóxia ou hipoperfusão);
• Traumatismo cranioencefálico (hipertensão intracraniana);
• Intoxicação por álcool ou droga;
• Problema clínico metabólico
Exame das pupilas: Em condições normais as pupilas reagem à luz, aumentando ou diminuindo seu
diâmetro conforme a intensidade da iluminação do ambiente.
• O aumento do diâmetro, ou midríase, ocorre na presença de pouca luz.
• A diminuição, ou miose, ocorre em presença de luz intensa .
Quanto à simetria, as pupilas são classificadas em:
• Ísocóricas (pupilas normais ou simétricas), que possuem diâmetros iguais.
• Anisocóricas (pupilas anormais ou assimétricas) de diâmetros desiguais.
•Midríase :pupilas dilatadas

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Midríase paralítica pode ser indicativo de hipóxia cerebral, edema intracraniano, hipovolemia, TCE.
Miose pode indicar envenenamento, intoxicação.
A presença de midríase e miose juntas, geralmente indica edema intracraniano por TCE, sendo que o
edema nesses casos localiza-se do lado da midríase. Utiliza-se uma lanterna clínica para avaliação e
independe do estado de consciência da vítima. Deve-se avaliar as pupilas da vítima em relação ao
tamanho, simetria e reação à luz.
• Pupilas anisocóricas (desiguais ) sugerem traumatismo ocular ou cranioencefálico. • Neste caso a
midríase em uma das pupilas pode ser consequência da compressão do nervo oculomotor no nível do
tronco encefálico. Pupilas normais se contraem quando submetidas à luz, diminuindo seu diâmetro. • Se a
pupila permanece dilatada quando submetida à luz, encontra-se em midríase paralítica, normalmente
observada em pessoas inconscientes ou em óbito. Se houver depressão do nível de consciência e
anisocoria, ficar alerta, pois existe o risco de parada respiratória. Manter-se atento para o “ABC”.

Sinais vitais - Temperatura corporal, pulso, pressão arterial e respiração.


Os sinais vitais dão informações importantes sobre funções básicas do corpo:pressão arterial, pulso
(frequência cardíaca), respiração (frequência respiratória) e temperatura corporal.
Temperatura corporal
Para medir a temperatura corporal:
* Pode ser medida em diferentes partes do corpo: boca, reto, orelha ou axila.
* Siga as instruções do termômetro.
* Limpe o termômetro após cada uso.
* Use termômetros diferentes para cada pessoa, se possível

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Temperatura corporal normal
A temperatura corporal varia de pessoa para pessoa. Temperatura corporal é geralmente menor de manhã e
maior mais tarde no dia.
Temperatura corporal média de cada local do corpo:
* Boca: 37°C.
* Reto: 37.5°C.
* Orelha: 37.5°C.
* Axila: 36°C.

Pulso (frequência cardíaca)


Para medir o pulso:
* Coloque seus dedos indicador e médio sobre a parte inferior do punho, abaixo da base do polegar.
* Pressione firmemente os dedos planos até sentir o pulso (não use seu polegar para medir o pulso).
* Com um relógio, conte os batimentos cardíacos por 1 minuto, ou por 30 segundos multiplicando por 2.
Essa é a frequência cardíaca.
Frequência cardíaca ou pulso normal:
* Bebês de menos de 1 ano: 100 a 160 batimentos por minuto.
* Crianças de 1 a 10 anos: 70 a 120 batimentos por minuto.
* Crianças de mais de 10 anos e adultos: 60 a 100 batimentos por minuto.
* Atletas bem treinados: 40 a 60 batimentos por minuto.

Pressão arterial
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias.
Valores normais : 120/80mmg/ hg
Para medir a pressão arterial:
* Use um medidor de pressão arterial.

Respiração (frequência respiratória)


Para medir a respiração (frequência respiratória):
* Tenha a pessoa deitada.
* Conte quantas vezes o peito sobe por 1 minuto. Essa é a frequência respiratória.
Respiração (frequência respiratória) normal, pela idade:
* Recém-nascidos: 44 respirações por minuto.
* Bebês: 20 a 40 respirações por minuto.
* Crianças em idade pré-escolar: 20 a 30 respirações por minuto.

VIAS AÉREAS - Causas de obstrução e liberação


OVACE.(Obstrução das vias aéreas por corpo estranho )
A obstrução das vias aéreas classifica-se em sinais de obstrução leve e obstrução grave. A obstrução grave
é uma emergência que causará a morte em minutos, se não for tratada. Uma vítima inconsciente pode
desenvolver uma obstrução das vias aéreas por causas intrínsecas (língua), que é o motivo mais frequente
ou extrínsecas (corpos estranhos).
São sinais de obstrução grave: sinal universal de asfixia, oxigenação inadequada e aumento da dificuldade
para respirar, tosse silenciosa, cianose ou incapacidade para falar ou respirar.

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Causas de obstrução das vias aéreas
Existem 3 formas comuns de obstrução das vias aéreas em adultos e para cada uma, há um tratamento
diferente:
1. Corpo estranho: um corpo estranho (p. ex., alimento) pode instalar-se nas vias aéreas e bloqueá-las;
2. Língua relaxada: a língua pode cair para trás, na garganta, obstruindo as vias aéreas levando a vítima à
inconsciência;
3. Edema das vias aéreas: o edema e a obstrução das vias aéreas superiores ou inferiores podem produzir-
se por doenças como asma, infecção ou alergia. A posição da cabeça ou do pescoço e a manobra de
Heimlich não eliminam tal forma de obstrução.
1. Confirme sinais de obstrução de vias aéreas;
2. Pergunte: Você está engasgado? Se a vítima sinalizar afirmativamente com
a cabeça, a ajuda será necessária;
3.Coloque-se em pé atrás do paciente, envolva a cintura dele com seus
braços;
4. Feche uma das mãos, coloque o lado onde está o polegar contra o
abdômen do paciente, entre o umbigo e o processo xifóide;
5. Segure a mão que está fechada com a outra mão e pressione-a contra o
abdômen do paciente, com movimentos para trás e para cima, em direção ao
diafragma até ocorrer a desobstrução ou o paciente perder a consciência;
6. Se o paciente perde a consciência, abra as vias aéreas com a manobra de
inclinação da cabeça e elevação do queixo, observe a boca e tente visualizar
o objeto. Somente nesse caso realize a varredura digital para retirar o objeto ou utilize uma pinça.
Promova duas ventilações. Após a primeira ventilação, observe se há expansão torácica, caso não haja
reposicione a cabeça do paciente e faça uma nova ventilação. Se a obstrução persistir, inicie RCP.

Observação: as diretrizes da American Heart Association preconizam que as compressões torácicas


realizadas durante a RCP aumentam a pressão intra-torácica para níveis tão altos ou superiores aos obtidos.
Nas vítimas muito obesas ou gestantes conscientes, substitua as compressões abdominais por compressões
torácicas, no terço médio do esterno.
Comprima até que o objeto seja expelido das vias aéreas ou o paciente fique inconsciente. Nesse caso,
apoiar o paciente prevenindo queda e inicie RCP.

Obstrução das vias aéreas em crianças e lactentes

A causa mais comum de obstrução das vias aéreas em pacientes pediátricos inconscientes é a língua.
Portanto, quando a criança for encontrada inconsciente, abra as vias aéreas utilizando a manobra indicada
para elevar a língua e afastá-la da faringe, deixando as vias aéreas livres.

Manobra de inclinação da cabeça com elevação do queixo

1. Se o paciente está inconsciente e não há suspeita de trauma, abra as vias aéreas da criança inclinando a
cabeça para trás e elevando o queixo;

2. Coloque uma mão na testa da criança e, suavemente, incline a sua cabeça para trás;

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3. Ao mesmo tempo, coloque a ponta dos dedos da outra mão na parte óssea da mandíbula inferior, perto
da ponta do queixo, elevando-o para abrir as vias aéreas (não comprima as partes moles abaixo do queixo,
porque isso pode bloquear as vias aéreas).

Manobra de tração da mandíbula


No caso de suspeita de lesão craniana ou cervical, utilize, preferencialmente, a
manobra de tração da mandíbula para abrir as vias aéreas.
1. Coloque os dedos indicadores e médios de ambas as mãos sob cada ângulo
da mandíbula e eleve-a;
2. O socorrista deverá apoiar seus cotovelos no chão ou em suas coxas,
garantindo a estabilização da coluna cervical do paciente.

Sinais de OVACE
Os seguintes sinais indicam uma obstrução das vias aéreas em lactentes:
1. incapacidade para emitir sons ou chorar;
2. cianose;
3. fraqueza ou agitação;
4. tosse fraca e ineficaz;
5. sons inspiratórios agudos ou ausentes;
6. dificuldade respiratória.

Descrição da técnica:
1. O socorrista deverá apoiar o lactente em seu antebraço com o rosto
voltado para baixo, e sustentar a cabeça ligeiramente mais baixa que o tórax,
com cuidado para evitar a compressão de partes moles da garganta do
lactente. O socorrista deverá apoiar o seu braço sobre sua coxa, garantindo
uma maior estabilidade para o lactente;
2. Com a mão espalmada, aplicará 5 golpes dorsais, entre as escápulas do
lactente;
3. Depois, colocará sua mão livre na parte posterior da cabeça do paciente,
girando-o em monobloco, mantendo-o apoiado em seu antebraço;

4. Logo após, aplicará 5 compressões no tórax, do mesmo modo e local das


compressões torácicas de RCP;

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5. O socorrista repetirá a sequência, até que o objeto seja expulso ou a vítima fique inconsciente;

6. Se o paciente perde a consciência, abra as vias aéreas com a manobra de inclinação da cabeça e
elevação do queixo, observando a boca e tentando visualizar o objeto.
Somente nesse caso realize o pinçamento do objeto com dois dedos ou utilize
uma pinça para retirar o objeto.
Promova duas ventilações, após a primeira ventilação, observe se há expansão
torácica, caso não haja reposicione a cabeça do paciente e faça uma nova
ventilação.
Se a obstrução persistir, inicie RCP.

RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR(E CEREBRAL)


RCP(C): SUPORTE BÁSICO
PCR/RCP: Epidemiologia
No Brasil: cerca de 200.000 PCR por ano.
Metade dos casos em hospitais (deterioração progressiva: assistolia/atividade elétrica sem pulso)
A outra metade, extra-hospitalar: casas, shoppings, aeroportos, estádios etc. (arritmias decorrentes de
quadros isquêmicos agudos ou problemas elétricos primários: fibrilação ventricular ou taquicardia
ventricular sem pulso)

RCP: Sucesso?
Depende de uma sequência de procedimentos sistematizada em uma corrente de sobrevivência
Elos: ações com impacto na sobrevivência e que não podem ser consideradas isoladamente
Evidências científicas recentes têm apontado para uma necessidade de mudança de foco e de fluxo,
alterando toda a sequência de ações da RCP

RCP: Mudanças.
Menos interrupções das compressões torácicas
Foco em compressões torácicas de qualidade, com frequência e profundidade adequadas.
O sucesso de uma desfibrilação depende da qualidade das compressões torácicas realizadas.
Simplificação de procedimentos, principalmente para o socorrista leigo (maior aderência a possíveis
tentativas de ressuscitação de sucesso
Manter registros hospitalares de RCP (informações valiosas para maior sucesso das tentativas)
Evidências insuficientes sobre drogas e dispositivos no suporte avançado de vida
Maior atenção à pós-ressuscitação:
Ventilação, oxigenação e pressão arterial.
Hipotermia terapêutica.
Reperfusão miocárdica de emergência .Educação, implementação e retreinamento: as habilidades
adquiridas após um treinamento em RCP se perdem em 3 a 6 meses (sem uso)
Quanto maior a chance de um profissional de saúde atender uma PCR (atendimento pré-hospitalar, PS/PA,
equipe de parada cardíaca hospitalar, UTI etc.), maior a necessidade de treinamento contínuo de
habilidades, procedimentos e dispositivos.

RCP: Suporte Básico


A realização imediata de RCP em uma vítima de PCR, ainda que apenas compressões torácicas no pré-

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hospitalar, aumenta as taxas de sobrevivência 56-74% das PCR, no âmbito pré-hospitalar, ocorrem em
fibrilação ventricular (FV).
O sucesso da RCP está relacionado à desfibrilação precoce (idealmente dentro dos primeiros 3 a 5 minutos
após o colapso)
A cada minuto transcorrido do início do evento arrítmico súbito, sem desfibrilação, as chances de
sobrevivência diminuem em 7% a 10%
Com a RCP, essa redução é mais gradual, entre 3% a 4% por minuto de PCR
Programas internacionais de RCP e desfibrilação externa automática precoce, realizadas por leigos, com
taxas de sobrevivência de até 85%, podem servir de modelo para melhorar o manejo da PCR.Os minutos
iniciais de atendimento a uma PCR são críticos em relação à sobrevivência da vítima
O suporte básico de vida (SBV) define a sequência primária de ações para salvar vidas
Por mais adequado e eficiente que seja um suporte avançado, se o SBV não for adequado, será muito
baixa a chance de sobrevivência da vítima de PCR
Padrão (SBV): Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação (adaptado à realidade brasileira )
Em uma PCR, um mnemônico pode ser usado para lembrar os passos do SBV - “CABD primário”:
C: Checar responsividade e respiração da vítima, Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima,
Compressões (30 compressões)
A: Abertura das vias aéreas
B: Boa ventilação (2 ventilações)
D: Desfibrilação

SBV: Sequência Completa


Segurança do local
Primeiramente, avalie a segurança do local,certifique se o local é seguro para você e para a vítima, para
não se tornar uma próxima vítima.
Caso o local não seja seguro (por exemplo, uma via de trânsito), torne-o seguro (desviando o trânsito) ou
remova a vítima para um seguro.
Se o local for seguro, prossiga o atendimento.
Avalie a responsividade e a respiração da vítima
Avalie a responsividade da vítima, chamando-a e tocando-a pelos ombros
Se a vítima responder, apresente-se e converse com ela perguntando se precisa de ajuda.
Se a vítima não responder, avalie sua respiração, observando se há elevação do tórax, em menos de 10
segundos

Avalie a responsividade e a respiração da vítima


Caso a vítima tenha respiração, fique ao seu lado e aguarde para ver sua evolução e, caso seja necessário,
chame ajuda, se a vítima não estiver respirando ou estiver somente com “gasping”, chame ajuda
imediatamente
Chame ajuda
Em ambiente extra-hospitalar, ligue para o número local de emergência (por exemplo, SAMU – 192
,BOMBEIROS-193 )
Se um DEA estiver disponível no local, vá buscá-lo
Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar e conseguir um DEA, enquanto continua o SBV
É importante designar pessoas para que sejam responsáveis em realizar essas funções.
A pessoa que ligar para o Serviço de Emergência deve estar preparada para responder às perguntas (local
do incidente, condições da vítima, tipo de primeiros socorros que está sendo realizado etc.)
Nos casos de PCR por hipóxia -diminuição do aporte de oxigênio ou baixa concentração de oxigênio nos

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tecidos. (afogamento, trauma, overdose de drogas e para todas as crianças), realizar cinco ciclos de
RCP e depois chamar ajuda, se estiver sozinho (socorrista).

Cheque o pulso
Cheque o pulso carotídeo da vítima em <10 seg
Caso haja pulso, faça 1 ventilação a cada 6 seg (10 vpm) e cheque o pulso a cada 2 min
Se não houver pulso ou houver dúvida, inicie os ciclos de compressões e ventilações
Não é enfatizada a checagem de pulso: leigos e profissionais têm dificuldade em detectar o pulso.

Inicie ciclos de 30 compressões e 2 ventilações


Inicie ciclos de 30/2, considerando que existe um dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso)
para se ventilar.
Compressões torácicas efetivas são essenciais para promover o fluxo de sangue, devendo ser realizadas em
todos pacientes em parada cardíaca.

Ciclos de 30 compressões e 2 ventilações

Compressões torácicas
1-Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos distantes um do outro (estabilidade).
2-Afaste ou corte a roupa que está sobre o tórax da vítima, para deixá-lo desnudo.
3-Coloque a região hipotenar de uma mão sobre o esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira,
entrelaçando-a.
4-Estenda os braços.
5-Posicione-os cerca de 90º acima da vítima
6-Faça, no mínimo, 100 e no máximo 120 compressões/minuto com profundidade de, no mínimo, 5cm
Ou seja, comprima rápido e forte! Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, sem
retirar as mãos do tórax.
Minimize interrupções das compressões.
Reveze com outro socorrista a cada dois minutos (evitar a fadiga, mantém boas compressões).As
manobras de RCP devem ser ininterruptas, exceto: se a vítima se movimentar, durante a fase de análise do
desfibrilador, na chegada da equipe de resgate, posicionamento de via aérea avançada ou exaustão do
socorrista.

65
Ventilações.
Para não retardar as compressões torácicas, a abertura das vias aéreas deve ser feita somente depois de
aplicar trinta compressões as ventilações devem ser feitas em uma proporção de 30 compressões para 2
ventilações (30/2), com apenas um segundo cada, ofertando a quantidade de ar suficiente para promover a
elevação do tórax.
Hiperventilação é contraindicada: gera insuflação gástrica, podendo causar regurgitação e aspiração;
aumenta a pressão intratorácica e diminui a pré-carga, reduzindo débito cardíaco e a sobrevida.
É indicado que o socorrista utilize mecanismos de barreira para aplicar as ventilações (Biossegurança),
como o lenço facial com válvula antirrefluxo, máscara de bolso (“pocket-mask”) ou bolsa-válvula-máscara
Independentemente da técnica usada para aplicar ventilações, será necessária a abertura de via aérea, que
poderá ser realizada com a manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixo ou, se houver suspeita
de trauma, a manobra de elevação do ângulo da mandíbula.

Inclinação da cabeça e elevação do queixo Elevação do ângulo da mandíbula

Quando o socorrista não conseguir realizar a manobra de elevação do ângulo da mandíbula e o mesmo
suspeita apenas de trauma cervical, sem evidência de lesão na cabeça, deve-se utilizar a manobra de
inclinação da cabeça e elevação do queixo (apenas 0,12 a 3,7% das vítimas têm lesão espinal, sendo o
risco elevado quando há lesão craniofacial ou Glasgow <8)

Ventilações com lenço facial e válvula antirrefluxo (unidirecional)


Atente para os lados indicados no lenço (um lado voltado para a vítima e outro para o socorrista)
Posicione a válvula antirrefluxo na boca da vítima
Abra a via aérea, estabilize a mandíbula, vede o máximo possível a boca com o lenço facial, pince o nariz
da vítima e realize as ventilações.

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Ventilações com máscara de bolso (pocket-mask)
Máscara que envolve a boca e o nariz da vítima e pode ter formato redondo ou uma parte mais estreita, a
qual fica voltada para o nariz da vítima.
Uma válvula unidirecional, geralmente, acompanha a máscara e deve ser encaixada na mesma

ESCALA DE GLASGOW
Escala neurológica que permite medir/avaliar o nível de consciência de uma pessoa que tenha sofrido um
traumatismo crânio-encefálico. É usada durante as primeiras 24 horas posteriores ao trauma e avalia três
parâmetros: a abertura ocular, a resposta motora e a resposta verbal.
O traumatismo crânio-encefálico (TCE) ocorre na sequência de uma pancada exercida no crânio e pode
causar diversas lesões. Os seus sintomas mais frequentes são a dor de cabeça, a sonolência, as náuseas e as
convulsões.
Consoante à resposta do paciente, se atribui um valor a cada parâmetro. A soma dos três valores constitui
o resultado final da escala de Glasgow. Analisando a forma como o paciente abre os olhos, a pontuação
pode ir de 1 (se o paciente não responder) até 4 (se a abertura ocular ocorrer de forma espontânea). No
caso da resposta verbal, os valores começam em 1 (quando não há qualquer resposta) e vão até 5 (resposta
orientada). Por fim, relativamente à resposta motora, a escala contempla valores de 1 (ausência de
resposta) a 6 (quando a pessoa reage às ordens expressadas pela voz).
No que diz respeito aos valores, o valor mais baixo que se pode obter com a escala de Glasgow é de 3
pontos, ao passo que o valor mais alto é de 15 pontos. O paciente que obtenha menor pontuação é quem
sofre de danos crânio-encefálicos mais graves. Consoante o resultado da escala de Glasgow, compete ao
médico prescrever o tratamento a seguir.

67
FERIMENTOS
Ferimento é qualquer lesão ou perturbação produzida em qualquer tecido por um agente externo, físico ou
químico.
Os agentes capazes de produzir um ferimento podem ser físicos (mecânico, elétrico, irradiante e térmico) e
químicos (ácidos ou álcalis).

Classificação Geral dos Ferimentos


Ferimentos Fechados
São os ferimentos onde não existe solução de continuidade da pele, a pele se
mantém íntegra. Podendo ser classificada em:

Ø Contusão: lesão por objeto contundente que danifica o tecido subcutâneo


subjacente, sem romper a pele.

Ø Hematoma: extravasamento de sangue no


subcutâneo com formação de coleção (aumento de volume), pela ruptura de
veias e arteríolas, conseqüência de uma contusão. Quando localizado no couro cabeludo, é o
hematoma subgaleal.

Ø Equimose: extravasamento de sangue no subcutâneo sem formação de


coágulos, conseqüência da ruptura de capilares.

Ferimentos Abertos
São os ferimentos que rompem a integridade da pele, expondo tecidos
internos,
geralmente com sangramento. Também são denominados feridas.

As feridas são traumas de alta ou baixa energia, decorrentes da superfície de


contato do agente vulnerante. Segundo este conceito, as feridas podem ser
classificadas em:

Ø Incisivas/cortantes: produzidas por agentes


vulnerantes cortantes, afiados, capazes de penetrar a pele
(bisturi, faca, estilete etc), produzindo ferida linear com bor-
das regulares e pouco traumatizadas

Ø Contusas: causadas por objetos com superfície romba (instrumento cortante


não muito afiado - pau,pedra, soco etc.), capazes de romper a integridade da
pele, produzindo feridas com bordas traumatizadas,
além de contusão nos tecidos arredores. São as feridas cortocontusas.

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Ø Perfurantes: o objeto que as produz a ferida é geralmente fino e
pontiagudo, capaz de perfurar a pele e os tecidos subjacentes,
resultando em lesão cutânea puntiforme ou linear, de bordas regulares
ou não. As feridas perfurantes podem ser:

Perfurocontusas: ocorre quando o objeto


causador da ferida é de superfície romba (ferimento
por arma de fogo);

Perfurocortantes: quando o agente vulnerante


possui superfície de contato laminar ou pontiagudo
(ferimento causado por arma branca - faca, estilete, adaga).

Penetrante: quando o agente vulnerante


atinge uma cavidade natural do organismo, geralmente
tórax ou abdômen. Apresenta formato externo variável,
geralmente linear ou puntiforme.

Transfixante: este tipo de lesão constitui uma variedade de ferida que


pode ser perfurante ou penetrante; o objeto vulnerante é capaz de penetrar e atra
vessar os tecidos ou determinado órgão em toda a sua espessura saindo na
outra superfície. Pode-se utilizar como exemplo as feridas causadas por projétil de
arma de fogo, que são feridas perfurocontusas, podendo ser penetrantes e/ou
transfixantes. As ferida transfixantes possuem:

Orifício de Entrada: ferida circular ou oval, geralmente pequena, com bordas


trituradas e com orla de detritos deixada pelo projétil (pólvora, fragmentos de roupas).

Orifício de Saída: ferida geralmente maior, com bordas irregulares, voltadas


para fora.

Escoriações ou abrasões: produzidas pelp atrito de uma superfície áspera e dura


contra a pele, sendo que somente esta é atingida. Freqüentemente contém
partículas de corpo estranho (cinza, graxa, terra).

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Avulsão ou amputação: ocorre quando uma parte do corpo é cortada ou
arrancada (membros ou parte de membros, orelhas, nariz etc.).

Lacerações: quando o mecanismo de ação é


uma pressão ou tração exercida sobre o tecido,
causando lesões irregulares. Os exemplos são
inúmeros.

Objetos empalados:São corpos estranhos encravados no corpo e não devem


ser removidos fora de um centro especializado . O Rx revela a angulação e
profundidade do objeto .

Cuidados para com as Vítimas de Ferimentos

O atendimento pré-hospitalar dos ferimentos visa a três objetivos principais:


Proteger a ferida contra o trauma secundário;
Conter sangramentos;
Proteger contra infecção.

Na fase pré-hospitalar deve-se evitar perder tempo em cuidados excessivos com os ferimentos que não
sangram ativamente e não atingem os planos profundos. Estes cuidados retardam o transporte ao hospital,
o que pode agravar o estado geral dos pacientes com lesões internas associadas.

No atendimento à vítima com ferimentos deve-se seguir os seguintes passos e cuidados:


1) Controle do ABC é a prioridade como em qualquer outra vítima de trauma.
Ferimentos com sangramento importante exigem controle já no passo C.

2) Avaliação do ferimento, informando-se sobre a natureza e a força do agente causador, de como ocorreu
a lesão e do tempo transcorrido até o atendimento.

3) Inspeção da área lesada, que deve ser cuidadosa. Pode haver contaminação por presença de corpo
estranho e lesões associadas. O ferimento deve ser exposto e, para isto, pode ser necessário cortar as
roupas da vítima; evite movimentos desnecessários com a mesma.

4) Limpeza da superfície do ferimento para a remoção de corpos estranhos livres e detritos; utilizar uma
gaze estéril para remoção mecânica delicada e, algumas vezes, instilação de soro fisiológico, sempre com
cautela, sem provocar atrito. Não perder tempo na tentativa de limpeza geral da lesão, isto será feito no
hospital. Objetos impalados não devem ser removidos, mas sim imobilizados para que permaneçam fixos
durante o transporte.

5) Proteção da lesão com gaze estéril que deve ser fixada no local com bandagem triangular ou, se não

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estiver disponível, utilizar atadura de crepe.

Cuidados nos Diversos Tipos de Ferimentos

Nas escoriações, é comum a presença de corpo estranho (areia, graxa, resíduos de asfalto etc.), fazer a
tentativa de remoção conforme descrito anteriormente; em seguida, cubra a área escoriada com gaze estéril
fixando-a no local com atadura ou bandagem triangular.

Nas feridas incisivas, aproximar e fixar suas bordas com um curativo compressivo, utilizando atadura ou
bandagem triangular.

Nas feridas lacerantes, controlar o sangramento utilizando os métodos de pressão direta e/ou elevação do
membro, proteger com uma gaze estéril firmemente pressionada. Lesões graves podem exigir a
imobilização da parte afetada.

Nas avulções e amputações, os cuidados de emergência requerem,além do controle de sangramento, todo


o esforço da equipe de socorro para preservar a parte amputada. No caso de retalhos de pele, recoloca-lo
na posição normal delicadamente, após a limpeza da superfície; em seguida, fazer o curativo.
Partes do corpo amputadas devem ser colocadas em bolsa plástica seca, estéril,selada e se possível
resfriada (jamais congelar), que deve acompanhar o paciente até o hospital.

Nas feridas perfurantes, por arma de fogo, devem ter os orifícios de entrada e saída do projétil
igualmente protegidos. Arma branca que permanece no corpo não deve ser removida e sim fixada para que
permaneça imobilizada durante o transporte, pois a retirada pode agravar o sangramento.

Ferimentos em cabeça, tórax e abdome exigem atenção redobrada pela equipe de socorro pelo risco de
comprometer as funções vitais (nível de consciência, respiração e circulação). Quando na cabeça, não
pressionar a área atingida sob risco de lesão de cérebro por extremidades ósseas fraturadas. Ferimentos
penetrantes em tórax podem comprometer o mecanismo da respiração pela entrada de ar na cavidade
pleural; o curativo deve ser oclusivo sendo que um dos lados do mesmo não é fixado (três pontas).

Nas eviscerações (saída de vísceras abdominais pelo ferimento) não tentar recolocar os órgãos para
dentro da cavidade abdominal; cobrir com plástico esterelizado próprio para este fim ou compressas
úmidas (embebicidas em soro fisiológico).

Conforme a análise do mecanismo que produziu a lesão, caracterítica do ferimento (profundo,


complicado), a região do corpo atingido (cabeça, pescoço, tórax e abdome) e o grau de sangramento o
médico deve ser acionado caso não esteja presente no local do acidente.

Resumo do Atendimento à Vítima de Ferimento


1) Controle do ABC e análise do mecanismo de lesão.
2) Expor o ferimento para inspeção.
3) Controle do sangramento.
4) Limpeza de superfície da lesão.
5) Proteção com gaze estéril.

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6) Bandagem triangular ou atadura de crepe para fixar a gaze. Certifique-se da presença de pulso distal
após a colocação da bandagem porque pode estar muito apertada.
7) Mantenha a vítima imóvel, quando possível. Movimentos desnecessários podem precipitar ou aumentar
sangramentos.
8) Conforte a vítima, informando os procedimentos adotados, assim ela se tranqüiliza e colabora com o
atendimento.
9) Cuidados para choque hipovolêmico como: oxigênio, aquecimento e elevação de MMII nos ferimentos
graves com sangramentos importantes.
10)Não retardar o transporte desnecessariamente.

Curativos
Curativos são procedimentos que consistem na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma
ferida, com a finalidade de promover a hemostasia, cicatrização, bem como, prevenir contaminação e
infecção.
Geralmente nos serviços pré-hospitalares os curativos são realizados com aplicação de gaze ou compressas
cirúrgicas e fixadas com esparadrapo.

HEMORRAGIAS.
É o extravasamento de sangue dos vasos sangüíneos através de ruptura nas suas paredes.

Classificação
A hemorragia pode ser classificada em:
Ø Hemorragia externa – visível porque extravasa para o meio ambiente.
Exemplos: ferimentos em geral, hemorragia das fraturas expostas, epistaxe (hemorragia nasal).
Ø Hemorragia interna – o sangue extravasa para o interior do próprio corpo,dentro dos tecidos ou
cavidades naturais.
Exemplos: trauma contuso, ruptura ou laceração de órgãos de tórax e abdômen, hemorragia de músculo ao
redor de partes moles.

Tipos de hemorragia
Ø Arterial:
Ocorre quando há perda de sangue de uma artéria. O sangue tem coloração viva,vermelho claro,
derramado em jato, conforme o batimento cardíaco, geralmente rápido e de difícil controle.
Ø Venosa:
:Ocorre quando há perda de sangue por uma veia. Sangramento de coloração vermelho escuro, em fluxo
contínuo, sob baixa pressão. Pode ser considerada grave se a veia comprometida for de grosso calibre.
Ø Capilar:
Ocorre quando há sangramento por um leito capilar. Flui de diminutos vasos da ferida. Possui coloração
avermelhada, menos viva que a arterial, e facilmente controlada.

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Fatores determinantes da gravidade da hemorragia
Ø Volume de sangue perdido:
A perda de pequeno volume em geral não produz efeitos evidentes; já a perda de 1,5 litro em adulto ou 200
ml em criança pode ser extremamente grave, inclusive colocando a vida em risco.
Ø Calibre do vaso rompido:
O rompimento de vasos principais de pescoço, tórax, abdômen e coxa provoca hemorragias severas, e a
morte pode sobrevir em 1 a 3 minutos.
Ø Tipo do vaso lesado:
O sangramento arterial é considerado de maior gravidade. As veias geralmente estão mais próximas da
superfície do corpo do que as artérias, sendo de mais fácil acesso.
O sangramento capilar é lento e, via de regra, coagula espontaneamente em 6 a 8 minutos. O processo de
coagulação desencadeado em boa parte dos pequenos e médios sangramentos pode ser suficiente para
controlar a hemorragia, e o coágulo formado age como uma rolha, impedindo a saída de sangue.
Ø Velocidade da perda de sangue
A perda rápida de 1 litro de sangue pode colocar o indivíduo em risco de vida.
Quando a perda de sangue é lenta, o organismo desenvolve mecanismos de compensação, suportando
melhor a situação.

Sinais e sintomas da hemorragia


A hemorragia externa, por ser visualizada, é facilmente reconhecida. A hemorragia interna pode
desencadear choque hipovolêmico, sem que o socorrista identifique o local da perda de sangue. As
evidências mais comuns de sangramento interno são áreas extensas de contusão na superfície corpórea.
Alguém com fratura de fêmur perde facilmente até um litro de sangue, que fica confinado nos tecidos
moles da coxa, ao redor da fratura.

Outros sinais que sugerem hemorragia severa:


● Pulso fraco e rápido;
● Pele fria e úmida (pegajosa);
● Pupilas dilatadas com reação lenta à luz;
● Queda da pressão arterial;
● Paciente ansioso, inquieto e com sede;
● Náusea e vômito;
● Respiração rápida e profunda;
● Perda de consciência e parada respiratória; e
● Choque

Métodos de controle da hemorragia externa


Ø Pressão Direta
Quase todos os casos de hemorragia externa são controlados pela aplicação de
pressão direta na ferida, o que permite a interrupção do fluxo de sangue e favorece a
formação de coágulo. Preferencialmente, utilizar uma compressa estéril,
pressionando-a firmemente por 10 a 30 minutos; a seguir, promover a fixação da
compressa com bandagem. Em sangramento profuso(abundante), não perder tempo
em localizar a compressa (pressionar

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diretamente com a própria mão enluvada).
Após controlar um sangramento de extremidade, certifique-se de que existe pulso distal; em caso negativo,
reajuste a pressão da bandagem para restabelecer a circulação.
Pressão direta é o método mais rápido e eficiente para o controle da hemorragia externa

Ø . Elevação da área traumatizada


Quando uma extremidade é elevada, de forma que a área lesionada fique acima do
nível do coração, a gravidade ajuda a diminuir o fluxo de sangue
Aplicar este método simultaneamente ao da pressão direta. Não o utilizar, porém,
em casos de fraturas, luxações ou de objetos empalados na extremidade.

Ø Pressão digital sobre o ponto de pulso


Utilizar a pressão sobre pulso de artéria quando os dois métodos anteriores
falharem ou não tiver acesso ao local do sangramento
(esmagamento, extremidades presas em ferragens).

É a pressão aplicada com os dedos sobre os pontos de pulso de


uma artéria contrauma superfície óssea. É necessária habilidade do
socorrista e conhecimento dos pontos exatos de pressão das
artérias.
Principais pontos:
- artéria braquial - para sangramento de membros superiores
- artéria temporal- para sangramento de couro cabeludo
- artéria radial e ulnar – para sangramentos nas mãos

Ø Aplicação de gelo
O uso de compressas de gelo diminui o sangramento interno ou
mesmo interrompe sangramento venosos e capilares. Nas contusões, a aplicação de gelo previne a
equimose (mancha arroxeada). Deve-se observar o tempo de uso, evitando-se uso demasiada mente
prolongados, pois diminui a circulação, podendo causar lesões de tecidos. Nunca colocando o gelo
diretamente na área lesada pois pode cusar queimadura deve-se envolver em um tecido ou gase.

Ø Torniquete
Deve ser considerado como o último recurso (praticamente em desuso), o torniquete só será utilizado se
todos os outros métodos falharem, devendo ser considerado apenas nos casos de destruição completa ou
amputação de extremidades, com sangramento severo.
Consiste numa bandagem constritora colocada em torno de uma
extremidade até que o fluxo sangüíneo pare por completo. Podem
ser utilizados tubos de borracha, gravatas, etc.
Apertado demais pode lesar tecidos, músculos, nervos e vasos.
Deve ser colocado entre a ferida e o coração, observado
explicitamente o horário de aplicação. O membro abaixo do
torniquete deve tornar-se pálido, e o pulso arterial, abaixo do
torniquete, desaparecer. Caso não esteja apertado o suficiente
pode interromper o fluxo venoso sem interromper o fluxo arterial, dando como resultado maior
sangramento pela ferida.

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Métodos de controle da hemorragia interna
Para suspeitar que a vítima esteja com hemorragia interna, é fundamental conhecer o mecanismo de lesão.
Os traumas contusos são as principais causas de hemorragias internas (acidentes de trânsito, quedas,
chutes e explosões).
Alguns sinais de alerta para suspeitar de hemorragia interna: fratura da pelve ou ossos longos (braços ou
coxa), rigidez abdominal, área de equimose em tórax e abdômen, ferida penetrante em crânio, tórax ou
abdômen.
O tratamento de hemorragia interna é cirúrgico. O atendimento pré-hospitalar consiste em instalar duas
vias venosas após garantir a respiração da vítima e transportá-la a um centro médico. Administrar oxigênio
em altas concentrações durante o transporte.
Para detectar hemorragia interna, conhecer o mecanismo de lesão, observar lesões que possam provocar
sangramento interno e estar permanentemente atento aos sinais e sintomas que a vítima apresentar.

Choque
Choque é a situação de falência do sistema cardiocirculatório em manter suficiente sangue circulando para
todos os órgãos do corpo.
Trata-se de uma condição de extrema gravidade, cuja identificação e atendimento fazem parte da
abordagem primária da vítima. Uma vez que o estado de choque atinja certo nível de severidade, o
paciente não será salvo. Todo esforço deverá ser feito pela equipe de socorro para identificar o choque,
tomando-se as medidas necessárias e transportando a vítima rapidamente ao tratamento definitivo no
hospital.

Vítima de trauma que recebe o tratamento definitivo no hospital até uma hora após sofrer a lesão tem
maior chance de sobrevida.

Ø Mecanismo do choque
Como já visto, o aparelho cardiovascular é responsável por transportar oxigênio e nutrientes para todos os
tecidos do corpo e eliminar gás carbônico e resíduos resultantes do processo de nutrição celular. Para
realizar adequadamente esse trabalho, o sistema circulatório retira oxigênio dos pulmões, nutrientes do
intestino e fígado e leva-os para todas as células do organismo. Depois disso, retira o gás carbônico e
detritos celulares da intimidade dos tecidos, levando-os para os órgãos responsáveis pela excreção
(pulmões,rins, fígado etc.). A esse processo, que ocorre em nível de capilares, dá-se o nome de perfusão
tecidual.
Para que esse sistema funcione de forma eficiente e adequada, é necessário que o coração se mantenha
bombeando o sangue, que o volume de sangue circulante seja suficiente para encher os vasos e que o
calibre dos vasos se ajuste às condições normais.
Uma falha em qualquer desses fatores irá provocar falha na perfusão tecidual, levando a vítima a
desenvolver o estado de choque.

O CHOQUE PODE ESTAR RELACIONADO A:


1°) CORAÇÃO - falha de bomba
2°) SANGUE - perda de sangue ou plasma
3°) DILATAÇÃO DOS VASOS SANGUINEOS - capacidade do sistema circulatório muito maior que o
volume de sangue disponível para enchê-lo.
Com a diminuição de perfusão tecidual, os órgãos terão sua função prejudicada basicamente pela falta de

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oxigênio, nutrientes e acúmulo de resíduos. A falha na circulação cerebral leva à diminuição do nível de
consciência da vítima, os rins diminuem o débito urinário e o coração aumenta a freqüência de batimentos,
num esforço para manter o fluxo de sangue para órgãos vitais; com o agravamento do choque, o músculo
cardíaco comprometido desenvolve bradicardia e parada cardíaca.

Tipos de Choque:
Ø Choque hipovolêmico
Tipo mais comum de choque que o socorrista vai encontrar
no atendimento pré hospitalar. Sua característica básica é a
diminuição acentuada do volume de sangue.
Pode ser causado pelos seguintes fatores:
● Perda direta de sangue: hemorragia interna e externa;
● Perda de plasma: em caso de queimaduras, contusões e
lesões traumáticas;
●Perda de líquido pelo trato gastrointestinal: provoca
desidratação (vômito ou diarréia).
●No caso de fratura de fêmur, estima-se a perda de aproximadamente 1 litro de sangue circulante, parte
devido ao sangramento e parte à transudação (perda de plasma e outros fluidos nos tecidos moles
danificados pela fratura).
●Nas queimaduras, quantidade considerável de plasma deixa a circulação em direção aos tecidos
adjacentes à area queimada.

A redução no volume de sangue circulante causa diminuição no débito cardíaco e reduz toda a circulação
(perfusão tecidual comprometida). O reconhecimento precoce e o cuidado efetivo no atendimento do
choque hipovolêmico podem salvar a vida do paciente.

O tratamento definitivo do choque hipovolêmico é a reposição de líquidos (soluções salinas ou sangue).

Ø Sinais e sintomas
Sinais e sintomas do choque hipovolêmico podem variar e não aparecer em todas as vítimas. O mais
importante é suspeitar e estabelecer os cuidados antes que se desenvolvam.
A vítima apresentaria os seguintes sinais e sintomas:
● Ansiedade e inquietação;
● Náusea e vômito;
● Sede, secura na boca, língua e lábios;
● Fraqueza, tontura e frio;
● Queda acentuada de pressão arterial (PA menor que 90mm/Hg);
●Respiração rápida e profunda - no agravamento do quadro, a respiração torna-se superficial e irregular;

●Pulso rápido e fraco em casos graves; quando há grande perda de sangue, pulso difícil de sentir ou até
ausente;
● Enchimento capilar acima de 2 segundos;
● Inconsciência parcial ou total;
● Pele fria e úmida (pegajosa);
● Palidez ou cianose (pele e mucosas acinzentadas); e
●Olhos vitrificados, sem brilho, e pupilas dilatadas (sugerindo apreensão e medo). casos graves; quando
há grande perda de sangue, pulso difícil de sentir ou até ausente;

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Cuidados de emergência

O tratamento definitivo do choque hipovolêmico é a reposição de líquido (soluções salinas ou sangue)


O socorrista deve providenciar a chegada do profissional médico à cena do atendimento ou o transporte
rápido para o hospital.

Aplicar as seguintes medidas às vítimas em choque:


●Tratar a causa: interromper sangramento quando acessível (usar o método da pressão direta, elevação do
membro);
●Assegurar via aérea permeável e manutenção da respiração;
●Administrar oxigênio em alta concentração (12 litros por minuto sob máscara facial perfeitamente
ajustada);
●Imobilizar fraturas - diminui a dor e o sangramento;
●Confortar o paciente - quanto mais calmo e colaborativo, melhores chances de sobrevida;
●Colocar a vítima em posição de choque: a melhor é em decúbito
dorsal, com aspernas elevadas mais ou menos 25 cm. O objetivo é
concentrar o volume sanguíneo na cabeça, no tórax e na parte alta do
abdômen.
Caso essa posição não seja possível, isto é, se causar dor ou
desconforto ao paciente, mantenha-o no plano. Se estiver vomitando e
não houver qualquer contra-indicação, transporte-o em decúbito
lateral;
●Não dar nenhum líquido ou alimento;
●Monitorar o paciente durante o transporte; conferir os sinais vitais a
cada 5 minutos e comunicar qualquer alteração; e
●Manter o paciente aquecido; certificar-se de que esteja coberto sob e sobre o corpo, remover a roupa
úmida, considerando a temperatura do meio ambiente para não provocar sudorese.
Em resumo, a vítima de trauma em choque hipovolêmico deve ter a via aérea permeável, oxigenação
restaurada, ser rápida e eficientemente imobilizada e transportada imediatamente ao hospital para receber
tratamento definitivo.

Choque hipovolêmico na criança


O trauma na infância geralmente resulta em perda significativa de sangue. No entanto, as características
fisiológicas próprias da criança fazem com que, muitas vezes, as alterações dos sinais vitais sejam
pequenas e o choque hipovolêmico em fase inicial passe despercebido. Daí resulta a indicação para
monitorar cuidadosamente a evolução dos sinais vitais em crianças traumatizadas.
A primeira alteração perceptível é a taquicardia que, entretanto, pode ocorrer também como resposta ao
estresse psicológico, à dor e ao medo. Considere que a freqüência cardíaca varia em função da idade da
criança .
De modo geral, taquicardia com extremidades frias e PA sistólica menor que 70 mmHg são indicadores de
choque na criança.
Os cuidados de emergência a serem dispensados pelo socorrista são os mesmos descritos para adultos,
ressaltando-se que a perda de calor corporal numa criança hipotensa pode ser letal.

Choque Cardiogênico
Decorre de uma incapacidade do coração bombear o sangue de forma efetiva. Este enfraquecimento do

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músculo cardíaco pode ser conseqüência de infarto agudo do miocárdio, situação freqüente, sendo que a
vítima, normalmente, apresenta dor torácica antes de entrar em choque. Outras situações que podem gerar
choque cardiogênico:
● Arritmias cardíacas (prejuízo da eficácia de contração); e
● Tamponamento pericárdico (por restrição de expansão do coração).
Os sinais e sintomas são semelhantes aos do choque hipovolêmico e o pulso pode estar irregular. Já com
relação aos cuidados de emergência, a vítima não necessita de reposição de líquidos ou elevação de
membros inferiores; freqüentemente respira melhor semi-sentada. Administrar oxigênio e, se necessário,
manobras de reanimação.

Choque neurogênico
Causado por falha no sistema nervoso em controlar o diâmetro dos vasos, em consequência de lesão na
medula espinhal, interrompendo a comunicação entre o cérebro eos vasos sangüíneos. O resultado é a
perda da resistência periférica e a dilatação da redevascular. Se o leito vascular estiver dilatado, não
existirá sangue suficiente para preencher a circulação, havendo perfusão inadequada de órgãos.
Com exceção do pulso, os sinais e sintomas do choque neurogênico são os mesmos do choque
hipovolêmico. O paciente apresenta bradicardia (pulso lento).

Choque psicogênico
De mecanismo semelhante ao choque neurogênico, aparece em condições de dor intensa, desencadeado
por estímulo do nervo vago e tem como característica principal braquicardia inicial seguida de taquicardia
na fase de recuperação. O paciente se recupera espontaneamente se colocado em decúbito dorsal.

Choque anafilático
Resulta de uma reação de sensibilidade a algo a que o paciente é extremamente alérgico; como picada de
inseto (abelhas, vespas), medicação, alimentos, inalantes ambientais, etc.
A reação anafilática ocorre em questão de segundos ou minutos após o contato com a substância a que o
paciente é alérgico.
Alguns sinais e sintomas são característicos:
● Pele avermelhada, com coceira ou queimação;
● Edema de face e língua;
● Respiração ruidosa e difícil devido ao edema de cordas vocais; e
●Finalmente queda da pressão arterial, pulso fraco, tontura, palidez e cianose; - coma.
●O paciente em choque anafilático necessita de medicação de urgência para combater a reação,
administrada por médico.

Ao socorrista cabe:
●Dar suporte básico de vida à vítima (manter vias aéreas e oxigenação); providenciar o transporte rápido
ao hospital que deverá ser comunicado antecipadamente.

Choque séptico
Numa infecção severa, toxinas são liberadas na circulação, provocando dilatação dos vasos sangüíneos e
conseqüente aumento da capacidade do sistema circulatório.
Além disso, ocorre perda de plasma pela parede dos vasos, diminuindo o volume sanguíneo.
Esse tipo de choque ocorre em pacientes hospitalizados, sendo excepcionalmente visto por socorrista no
atendimento pré-hospitalar.

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QUEIMADURAS
As queimaduras são lesões frequentes e a quarta causa de morte por trauma. Mesmo quando não levam a
óbito, as queimaduras severas produzem grande sofrimento físico e requerem tratamento que dura meses,
até anos. Sequelas físicas e psicológicas são comuns. Pessoas de todas as faixas etárias estão sujeitas a
queimaduras, mas as crianças são vítimas frequentes, muitas vezes por descuido dos pais ou responsáveis.
O atendimento definitivo aos grandes queimados deve ser feito preferencialmente em centros
especializados.

Classificação das Queimaduras

As queimaduras se classificam de acordo com a causa, profundidade, extensão, localização e gravidade.

-- Quanto às Causas
●Térmicas: causadas por gases, líquidos ou sólidos quentes, revelam-se as queimaduras mais comuns.
●Químicas: causadas por ácidos ou álcalis, podem ser graves; necessitam de um correto atendimento pré-
hospitalar, pois o manejo inadequado pode agravar as lesões.
●Por eletricidade: geralmente as lesões internas, no trajeto da corrente elétrica através do organismo, são
extensas, enquanto as lesões das áreas de entrada e saída da corrente elétrica na superfície cutânea,
pequenas. Essa particularidade pode levar a erros na avaliação da queimadura, que costuma ser grave.
●Por radiação: causadas por raios ultravioleta (UV), por raios-X ou por radiações ionizantes. As lesões por
raios UV são as bem-conhecidas queimaduras solares, geralmente superficiais e de pouca gravidade. As
queimaduras por radiações ionizantes, como os raios gama, são lesões raras. Nesta situação, é importante
saber que a segurança da equipe pode estar em risco se houver exposição a substâncias radioativas
presentes no ambiente ou na vítima.

--Quanto à Profundidade
As queimaduras, principalmente as térmicas, classificam-se de acordo com a profundidade da lesão: de
primeiro, segundo e terceiro graus. Essa classificação é importante porque direciona desde o atendimento
pré-hospitalar até o definitivo no centro de queimados. Trata-se de conhecimento importante para a
atividade do socorrista. A avaliação da profundidade da lesão se faz apenas por estimativa; muitas vezes, a
real profundidade da lesão só se revela depois de alguns dias.

1°) Primeiro grau (espessura superficial): queimaduras que atingem apenas a epiderme.
2°) Segundo grau (espessura parcial): queimaduras que atingem a epiderme e aderme, produzindo dor
severa. A pele se apresenta avermelhada e com bolhas; as lesões que atingem a derme mais profunda
revelam-se úmidas. São as queimaduras que mais se beneficiam do curativo efetuado corretamente.
3°) Terceiro grau (espessura total): atingem toda a
espessura da pele e chegam ao tecido subcutâneo. As
lesões são secas, de cor esbranquiçada, com aspecto de
couro, ou então pretas, de aspecto carbonizado.
Geralmente não são dolorosas,porque destroem as
terminações nervosas; as áreas nos bordos das lesões de
terceiro grau podem apresentar queimaduras menos
profundas, de segundo grau,portanto bastante dolorosas.

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-- Quanto à Extensão
A extensão da queimadura, ou a porcentagem da área da superfície
corporal queimada, é um dado importante para determinar a gravidade
da lesão e o tratamento a ser
instituído, tanto no local do acidente quanto no hospital. Utiliza-se para
esse cálculo a "regra dos nove". O resultado obtido é aproximado, mas
suficiente para uso prático. No adulto, cada membro superior
corresponde a 9% da superfície corporal; as partes ventral e
dorsal do tronco correspondem a 18% cada; cada membro inferior a
18%, a cabeça a 9% e a área genital a 1 %. As crianças pequenas
apresentam, proporcionalmente, cabeça maior que a dos adultos, assim
correspondendo a 18% da superfície corporal; cada membro inferior a
13,5%. Para avaliar a extensão de queimaduras menores, utilizar como
medida a mão da vítima, que corresponde a aproximadamente 1 % da área da superfície corporal.

-- Quanto à Localização
Queimaduras variam de gravidade de acordo com a localização. Certas áreas,como mãos, face, pés e
genitais, são consideradas críticas. Queimaduras que envolvam as vias aéreas são também bastante graves.

-- Quanto à Gravidade
Sete fatores são usados para determinar a gravidade da queimadura:
● Profundidade;
● Extensão (pela regra dos nove);
● Envolvimento de áreas críticas (mãos, pés, face e genitália);
● Idade da vítima (crianças e idosos têm maior risco);
● Presença de lesão pulmonar por inalação;
● Presença de lesões associadas (outros traumatismos);
● Doenças preexistentes (Diabetes mellitus, insuficiência renal etc.).

– Queimaduras Críticas
● Primeiro grau maiores que 75% da superfície corporal;
● Segundo grau maiores que 25% da superfície corporal;
● Terceiro grau maiores que 10% da superfície corporal;
● Terceiro grau envolvendo face, mãos, pés ou genitais;
● Queimaduras associadas a fraturas ou outras lesões de partes moles
● Queimaduras das vias aéreas ou lesão respiratória por inalação;
● Queimaduras elétricas;
● Vítimas idosas ou com doenças graves preexistentes.

Atendimento ao Queimado
O atendimento inicial de queimados segue a mesma sequência do atendimento a vítima de outras formas
de trauma. Considerar o grande queimado como um politraumatizado, inclusive porque, frequentemente,
existem outras lesões associadas.

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Particularidades no Atendimento
1) Extinguir as chamas sobre a vítima ou suas roupas;
2) Remover a vítima do ambiente hostil;
3) Remover roupas que não estejam aderidas a seu corpo, estando aderida à pele, usar uma tesoura para
cortar o tecido em volta da queimadura
4) Utilizar água para promover o resfriamento da lesão e de fragmentos de roupas ou substâncias, como
asfalto, aderidos ao corpo do queimado.
5) Nunca utilizar sobre a queimadura ,manteiga, clara de ovo, pó de café, etc.
6) Cobrir local com gase estéril e umidecida com soro fisiológico ou água tratada.

FRATURAS
Perda, total ou parcial, da continuidade de um osso. A fratura pode ser simples (fechada) ou exposta
(aberta). Na fratura simples não há o rompimento da pele sobre a lesão e nas expostas sim, isto é, o osso
fraturado fica exposto ao meio ambiente, possibilitando sangramentos e um aumento do risco de infecção.
No caso de fraturas, a vítima geralmente irá queixar-se de dor no local da lesão. O socorrista poderá
identificar também, deformidades, edemas, hematomas, exposições ósseas, palidez ou cianose das
extremidades e ainda, redução de temperatura no membro fraturado.
A imobilização provisória é o socorro mais indicado no tratamento de fraturas ou
suspeitas de fraturas.
Tipos de fraturas
Fechada (simples):A pele não foi perfurada pelas extremidades ósseas;

Aberta (exposta):O osso se quebra, atravessando a pele, ou existe uma ferida


associada que se estende desde o osso fraturado até a pele.
Classificação:
A fratura pode ser fechada (não há rompimento da pele, o osso não aparece) e externa ou aberta (quando o
osso exterioriza-se).
Sinais e Sintomas
Deformidade: a fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que não possui articulação;
Sensibilidade: geralmente o local da fratura está muito sensível ou não há sensação nos extremos do
membro lesado;
Crepitação: se a vítima se move podemos escutar um som áspero, produzido pelo atrito das extremidades
fraturadas. Não pesquisar este sinal intencionalmente, porque aumenta a dor e pode provocar lesões;
Edema e alteração de coloração: quase sempre a fratura é acompanhada de um certo inchaço provocado
pelo líquido entre os tecidos e as hemorragias. A alteração de cor poderá demorar várias horas para
aparecer;
Incapacidade ou Impotência funcional: perda total ou parcial dos movimentos das extremidades. A vítima
geralmente protege o local fraturado, não pode mover-se ou o faz com dificuldade e dor intensa;
Fragmentos expostos: numa fratura aberta, os fragmentos ósseos podem se projetar através da pele ou
serem vistos no fundo do ferimento;
Dor: sempre acompanha a fatura de forma intensa;
Secção de tecido: o osso ou parte dele rompe o tecido e se retrai para sua posição original ou interna;

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Mobilidade anormal: a vítima da fratura não consegue movimentar-se normalmente, apresentando
dificuldades ao se deslocar ou segurar algo;
Hemorragia: a lesão pode ser acompanhada de sangramento abundante ou não, dependendo de secção ou
não de artéria importante;
Hematoma: em caso de ferimentos fechados, é um bom indicador de trauma ósseo ou suspeita deste;
Espasmos musculares: logo após a fratura, há a tendência de que, as lesões em ossos longos, mais
especificamente no fêmur, o músculo que trabalha nesta região e que sempre permaneceu tenso, ao ter o
osso fraturado, começa a vibrar intensamente por alguns momentos até se relaxar e se contrair
bruscamente.

Em síntese
Dor intensa no local edema (inchaço)
Coloração roxa no local da fratura
Membro ou local afetado fica em posição disforme (braço, perna, etc.), anatomicamente mal posicionado.
Dificuldade para movimentar o membro ou ausência de movimentos
Presença ou não de pulso (pulsação arterial) no membro.
Atendimento
Evite movimentar o local fraturado
Caso o socorro for demorar ou seja um local onde não tenha como chamar uma ambulância e for
necessário transportar, serão necessários procedimentos para atender a vítima antes de transportá-
la.(imobilização adequada).
Se foi chamado socorro, não realize esses procedimentos, deixe que a equipe de socorro o faça, pois eles
dispõem de material adequado para o mesmo.
Se a fratura for em braço ,dedo ou perna, retire objetos que possam interferir na circulação (relógio, anéis,
calçados, etc.), porque ocorre edema (inchaço) no membro atingido.
Em caso de fratura exposta, há sangramento, podendo ser intenso ou de pouco fluxo, proteja a área com
um pano limpo e enrole com uma atadura no local do sangramento
Evite comprimir o osso
Improvise uma tala. Utilize revistas, papelão, madeiras. Imobilize o membro da maneira que se encontra,
sem movimentá-lo
Fixe as extremidades com tiras largas
Não fixe com tiras em cima da área fraturada, em função do edema e também para observar a evolução e
para não forçar o osso para dentro, podendo romper vasos sangüíneos e causar intensa dor.
Utilize uma tipóia, lenço ou atadura.
Não tente recolocar o osso no lugar, isso é um procedimento médico realizado dentro do hospital, com
todos os cuidados necessários.
Se suspeita de fratura no crânio ou coluna cervical, proteja a cabeça da vítima de maneira que ela não
possa realizar movimentos, não lateralize a cabeça e não eleve-a.
Em caso de fratura de bacia, o risco de ter hemorragia interna deve ser avaliado. pois pode ter rompido
vasos sangüíneos importantes, como a artéria femural e ou a veia femural, observe se há presença de sinais
e sintomas que possam levar ao Estado de Choque.
Caso tenha que transportar, imobilize toda a vítima, o ideal é uma superfície rígida (tipo uma tábua), fixe-a
com tiras largas em todo o corpo e também faça um colar cervical
Mantenha-a avaliada constantemente.
Verifique a perfusão pois,a atadura pode estar muito apertada ,inibindo o fluxo sanguíneo.

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DEA (Desfribilador Externo Automático)
A desfibrilação é um choque elétrico no coração para acabar com uma arritmia ou uma parada cardíaca
que ameaça a vida do paciente. O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um dispositivo capaz de
detectar o ritmo cardíaco que precisa receber um choque
automaticamente.Se estiver perto de alguém que apresente uma parada
cardíaca súbita.

Preparando-se para usar o desfibrilador


1 Confirme a parada cardíaca. Se vir uma pessoa que parece estar
passando mal, é preciso verificar para ter certeza de que é uma parada
cardíaca antes de usar o desfibrilador. Veja se a vítima responde ao
chamado, se está respirando e se tem pulsar. Se não houver pulso ou
respiração, é preciso começar a reanimação.
 Via respiratória: veja se a via respiratória está aberta antes de verificar a respiração. Para fazer isso, incline
a cabeça para trás e levante o queixo da pessoa.Se vir um objeto bloqueando a via, retire-o.
 Respiração: chegue bem perto para ouvir a respiração. Olhe para ver se o
peito está levantando e abaixando.
 Circulação: sinta o pulso. Os sinais de problemas circulatórios incluem
mudanças de cor, suor e baixo nível de consciência.

2 Tente acordar a pessoa. Se encontrar uma pessoa e não tiver a menor


ideia de quanto tempo ela está inconsciente, é preciso ter certeza de que
ela está passando mal e não apenas dormindo. Para tentar acordá-la,
chacoalhe, grite no ouvido ou bata palmas perto da pessoa. Se não houver
sinais de resposta, confirme a parada cardíaca.
 Nunca chacoalhe uma criança ou bebês. Fazê-lo pode causar machucados
sérios.
3 Ligue para o SAMU. Assim que perceber que é uma situação de
emergência, ligue para chamar uma ambulância. Explique para eles onde
está e o que está acontecendo. Diga que está com um desfibrilador e
pretende usá-lo.
 Se houver mais alguém com você, peça para a pessoa fazer a ligação
enquanto você tenta reanimar a vítima. Essa pessoa pode ir buscar o
desfibrilador também. Assim, as coisas irão mais depressa, o que é
importante para o procedimento.
4 Comece a massagem cardíaca. Se não estiver sozinho, comece a
massagem cardíaca enquanto a outra pessoa pega o desfibrilador. Se estiver
só, ligue para a emergência e então comece a massagem.
 Faça 30 compressões no peito e duas respirações boca a boca a cada 30
compressões. A respiração boca a boca não deve demorar mais de um
segundo. Evite a super ventilação e dê ar suficiente para ver o peito
expandir.

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 Faça cerca de 100 compressões no peito por minuto. Não exceda 125 compressões por minuto. O ideal é
comprimir o peito 5 cm para baixo e deixá-lo expandir para cima completamente evitando interrupções ao
máximo.
 A massagem cardíaca deve ser feita imediatamente se você não sabe a quanto tempo a pessoa está
inconsciente, na sequência, use o desfibrilador.
1 Verifique se a vítima está seca. Antes de usar o desfibrilador, é preciso ter
certeza de que a pessoa que você está ajudando não está molhada. Se estiver, é
preciso secá-la primeiro. Se houver água por perto, é preciso mover a pessoa
para um local seco.
 A água conduz eletricidade. Se a vítima estiver molhada ou houver água por
perto, ela pode se machucar seriamente.

2 Ligue o desfibrilador. Assim que tiver certeza de que não há água, é preciso
ligar o aparelho. Assim que ele ligar, dará instruções de como agir.
Provavelmente o aparelho pedirá que você plugue os cabos dos coxins na
máquina. Geralmente eles devem ser colocados acima da luz piscante em cima
da máquina.
 Ele também dará instruções de como preparar a pessoa assim que os coxins
estiverem conectados.

3 Prepare a área do peito. Para usar os coxins do desfibrilador, é preciso remover certos objetos da
vítima. Abra ou corte a camisa da pessoa. Se o peitoral tiver muito pelo, é preciso removê-lo. Procure
também por sinais de dispositivos implantados, como marca-passos. Se vir
quaisquer joias ou acessórios de metal, remova-os também, já que o metal
conduz eletricidade.
 A maioria dos desfibriladores vem com uma lâmina para depilar ou uma
tesoura para cortar os pelos do peito da vítima, se for necessário.
 É possível ver se há um marca-passo ou outro dispositivo implantado pelo
peito. Você também pode procurar por uma pulseira médica de alerta.
 Se a vítima for mulher, é preciso tirar qualquer sutiã que tenha suporte de metal embaixo. Esse suporte
pode conduzir eletricidade da mesma forma que joias.

4 Aplique os coxins. Os eletrodos do desfibrilador geralmente são coxins adesivos. O aparelho dirá para
você colocar os eletrodos ou coxins no lugar. É preciso ter certeza de que eles
estão colocados de forma correta para que a vítima receba o maior choque
necessário. Um coxim deve ser colocado abaixo do clavícula na parte superior
direita do peito nu. O outro deve ser colocado abaixo do mamilo ou do peito à
esquerda, abaixo do coração, um pouco mais para o lado esquerdo.
 Não deve haver nenhum tecido ou outro objeto entre os coxins e a pele.
Qualquer obstrução impedirá o desfibrilador de funcionar.
 Se os coxins não estiverem posicionados corretamente, o aparelho pode repetir
uma mensagem dizendo “verifique os eletrodos”.
 Se encontrou um dispositivo implantado ou um piercing, os coxins precisam ficar a pelo menos 2,5 cm de
distância deles.

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5 Deixe o desfibrilador automático analisar a situação.
Assim que os coxins estiverem posicionados corretamente, é preciso afastar todas
as pessoas da vítima. Assim que todos derem alguns passos para trás, pressione o
botão “analisar” no aparelho. Ele vai começar a analisar o ritmo cardíaco da
vítima.
 O desfibrilador então dirá se é preciso aplicar um choque ou se você deve
continuar com a massagem cardíaca. Se não for necessário dar choque, isso
significa que a vítima recuperou o pulso ou está com um ritmo que não necessita
de choque.
 Se aparecer “não é recomendado choque”, é preciso continuar a massagem cardíaca até que a equipe de
emergência chegue.

6 Dê o choque na vítima se necessário. Se o aparelho aconselhar que é necessário


dar o choque na pessoa, é preciso verificar mais uma vez que a vítima está pronta.
Assim que fizer isso, aperte o botão “choque” no desfibrilador automático. Isto
enviará um choque elétrico pelos eletrodos para ajudar a reanimar o coração.
 O desfibrilador dará apenas um choque por vez. Não é demorado, mas espere ver a
vítima se mover pela força do choque.

7 Continue a massagem cardíaca. Assim que tiver dado um choque na vítima, é


preciso continuar a massagem. Faça-a por mais dois minutos e então recomece o
desfibrilador para verificar o ritmo cardíaco novamente. Mantenha essa sequência
até que o SAMU chegue.
 Se a vítima voltar a respirar sozinha ou recuperar a consciência, pode parar.
 O desfibrilador automático provavelmente o lembrará de que já se passaram dois
minutos e dizer “pare a massagem cardíaca”.

Se o desfibrilador não estiver analisando ou dando choque na vítima, sempre deve ter alguém fazendo
massagem cardíaca nela. Isso evita que o coração seja afetado.
Não utilize algodão com álcool para limpar o peito da vítima antes de colocar os coxins.

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Emergências Clinicas
Doenças Cardiovasculares
As doenças cardiovasculares ocupam a primeira causa geral de mortalidade em nosso meio. Mais de
250.000 brasileiros morrem por ano em decorrência principalmente do infarto agudo do miocárdio (IAM).
Cinqüenta por cento das vítimas morrem antes de chegar ao hospital, nas primeiras duas horas após o
início dos sintomas. Assim, a morte súbita por ataque cardíaco (PCR – parada cardiorrespiratória) é a
emergência clínica mais importante nos dias de hoje.
Sinais e Sintomas:
–Dor torácica retroesternal(atrás do externo) ou precordial (às vezes, desconforto), desencadeada por
esforço físico, estresse, refeição volumosa ou exposição a temperaturas muito frias.
–A dor pode irradiar-se para membros superiores, ombros, mandíbula e porção superior do abdome.
Raramente ultrapassa dois a cinco minutos, desaparecendo com repouso e uso de vasodilatador sublingual.

Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar


● Confortar e acalmar o paciente;
● Mantê-lo em repouso, em posição confortável;
● Informar-se sobre o uso do vasodilatador sublingual e se o tem;
● Passar os dados clínicos para o médico e aguardar instruções;
Se houver necessidade de transporta-lo, faze-lo sem sirene, devagar e monitorando sinais vitais e se
possível monitorização cardíaca

Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)


Condição em que ocorre necrose (morte) de parte do miocárdio como resultado da falta de oxigênio. Isso
acontece por estreitamento ou oclusão da artéria coronária que supre de sangue a região. O infarto agudo
do miocárdio (IAM) é a causa mais freqüente de morte súbita (50% das mortes ocorrem nas primeiras
horas); muitas dessas vítimas poderiam ser salvas com medidas prontas e relativamente fáceis (manobras
de RCP). Daí a importância de identificar precocemente o infarto agudo do miocárdio.
A causa principal do IAM é a aterosclerose das coronárias, que pode ser desencadeada por esforço físico,
situação de estresse, fadiga, mas também no repouso. A principal complicação do IAM é a alteração do
ritmo cardíaco. Drogas, como a cocaína, podem provocar IAM por espasmo do vaso.

Sinais e Sintomas
●Dor torácica de forte intensidade, prolongada (30 minutos a várias horas), que localiza atrás do esterno e
irradia-se para o membro superior, ombro, pescoço, mandíbula, etc. Geralmente o repouso não alivia a dor;
● Falta de ar;
● Náusea, vômitos, sudorese fria;
● Vítima ansiosa, inquieta, com sensação de morte iminente;
●Alteração do ritmo cardíaco – bradicardia, taquicardia, assistolia, fibrilação ventricular;
● Na evolução, a vítima perde a consciência e desenvolve choque cardiogênico.

Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar

● Assegurar vias aéreas;


● Tranqüilizar a vítima – abordagem calma e segura (objetiva diminuir o trabalho do coração);
● Mantê-la confortável, em repouso absoluto. Não permitir seu deslocamento;
● Administrar oxigênio;

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● Examinar sinais vitais com freqüência;
● Monitorização cardíaca;
● Saturação de oxigênio (oxímetro de pulso);
● Conservar o calor corporal;
● Se o médico não estiver presente, reporte ao médico coordenador a história com os dados vitais da
vítima e aguarde instruções;
● Transporte imediatamente, de forma cuidadosa, calma, sem sirene, com o objetivo de não aumentar sua
ansiedade, para hospital equipado com serviço coronariano previamente avisado da chegada da vítima;
● Em vítima inconsciente por parada cardiopulmonar, iniciar manobras de RCP e comunicar
imediatamente o médico coordenador. Se desenvolver choque (hipotensão), aplicar os cuidados de
emergência para choque cardiogênico .

Síncope ou Desmaio
Caracteriza-se por qualquer tipo de perda de consciência de curta duração que não necessite manobras
específicas para a recuperação. O termo lipotimia tem sido utilizado para designar episódio de perda
incompleta de consciência. A causa fundamental da síncope é a diminuição da atividade cerebral, podendo
ser classificada em :
Síncope Vasogênica
Mais freqüente, acontece devido à queda súbita da PA, por causa emocional, dor súbita, esforço físico,
ambiente lotado, cena de sangue, calor excessivo, etc.
● O episódio sincopal surge geralmente quando a vítima está em pé.
O paciente pode apresentar-se pálido, frio, com respiração suspirosa; após alguns minutos, ocorre tontura,
visão embaraçada e súbita perda de consciência.
Síncope Metabólica
Quando a causa é por alteração metabólica, como diabete ou hipoglicemia.
Síncope Neurogênica
Agressão direta ao encéfalo, como em trauma, intoxicações exógenas, hipertensão intracraniana, etc.

Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar


Mantê-lo deitado, preferencialmente com a cabeça abaixo do corpo; se estiver deitado, elevar-lhe os
membros inferiores mais ou menos 20 cm; mantê-lo deitado por alguns minutos após recuperar-se.
● Se estiver em local mal ventilado ou ambientes lotados, providenciar a remoção para outro mais
apropriado.
● Liberar vestimentas apertadas;
● Não dar nada para o paciente comer ou beber.
● Informar-se sobre a história da vítima (doenças, medicamentos utilizados, etc.), reporta-la ao médico e
aguardar instruções.

Coma
As alterações do nível de consciência variam de uma confusão mental até coma profundo. Na prática, é
útil classificar em subcategorias pacientes com alteração do nível de consciência de acordo com o estágio
em que ele se encontre, sendo importante registrar as respostas do paciente aos vários estímulos realizados.
As subcategorias de alteração do nível de consciência são:
Confusão – incapacidade de manter uma linha de pensamento ou ação coerente com desorientação no

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tempo e no espaço.
● Sonolência – dificuldade de se manter em alerta.
● Estupor – dificuldade de despertar, resposta incompleta aos estímulos dolorosos e verbais. Com
respostas motoras adequadas.
● Coma superficial – respostas motoras desorganizadas aos estímulos dolorosos, não apresenta resposta de
despertar.
● Coma profundo – completa falta de resposta a quaisquer estímulo.

As principais causas de alteração de consciência são divididas em :


● Primárias do cérebro
○ Trauma;
○ Doença cerebrovascular – AVC;
○ Infecções (meningites, encefalites, etc.);
○ Neoplasias (tumor )
○ Convulsões.

●Sistêmicas ou secundárias
○ Metabólicas (hipoglicemia, cetoacidose diabética, distúrbio do cálcio, etc.);
○ Encefalopatias hipóxicas (insuficiência cardíaca congestiva, doença pulmonar obstrutiva, etc.);
○ Intoxicações (drogas, álcool, monóxido de carbono, etc.);
○ Causas físicas (insolação, hipotermia);
○ Estados carenciais.
No atendimento a uma vítima inconsciente o socorrista deve proceder de forma ordenada e sistemática
monitorando os sinais vitais no sentido de impedir a progressão da lesão neurológica.
● Colher uma história rápida – doenças prévias, medicações, alcoolismo, uso de drogas, trauma, etc.
● Realizar exame físico com atenção especial aos seguintes aspectos:
● Sinais vitais:
○ pele – sinais de trauma, de picadas de agulha, insuficiência vascular
○ cabeça – sinais de trauma craniano, rigidez de nuca
○ hálito – alcoólico, diabético, etc.
●Exame neurológico – avaliar nível de consciência, pupilas, escala de coma de Glasgow.

Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar


● Manter vias aéreas pérvias – cânula de guedel;
● Mantê-la confortável, em repouso absoluto;
● Conservar o calor corporal;
Se o médico não estiver presente, reporte ao
médico coordenador a história com os dados
vitais da vítima e aguarde instruções;
● Trasporte imediatamente, de forma cuidadosa,
ao hospital previamente avisado da chegada da
vítima. Se não houver evidência de trauma,
transportar a vítima em decúbito lateral.(posição
de segurança)

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Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC)
AVC é uma desordem do sistema cardiovascular, causada por oclusão ou ruptura de um dos vasos que
suprem o cérebro de sangue. Embora ocorram predominantemente nas pessoas mais idosas,
freqüentemente surpreendem jovens, comprometendo sua capacidade laborativa.
Acidente Vascular Isquêmico
O vaso pode ser obstruído por trombo ou êmbolo, ou sua luz comprimida por tumor ou trauma. Como
resultado, a função de parte do cérebro que depende do sangue oxigenado será afetada. A causa mais
freqüente é a aterosclerose cerebral.
Acidente Vascular Hemorrágico
Ruptura da parede de um vaso sangüíneo provocando hemorragia cerebral. Parte do cérebro ficará
comprometida pela falta de oxigênio e poderá haver aumento da pressão intracraniana. Essa situação é de
maior gravidade pelo risco de compressão de áreas cerebrais responsáveis pelas funções vitais.

Sinais e Sintomas
Dependem do vaso lesado e da importância funcional da área cerebral envolvida.
Podem surgir:
● cefaléia, tontura, confusão mental;
● perda de função ou paralisia de extremidades (geralmente de um lado do corpo);
● paralisia facial (perda de expressão, geralmente de um lado da face, com
defeito na fala);
● anisocoria, pulso rápido, respiração difícil, convulsão, coma.
Os casos podem ser súbitos e fugazes (recuperação espontânea) ou mais graves, confirmando a extensão
do comprometimento cerebral.

. Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar


● Assegurar abertura e manutenção de vias aéreas;
● Tranqüilizar o paciente e mantê-lo em repouso;
● Monitorar sinais vitais;
● Reavaliar nível de consciência e escala de Glasgow;
● Não administrar nada via oral;
● Mantê-lo aquecido;
● Administrar O2;
● Aguardar orientações médicas;
● Transportar ao hospital.

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Crise Convulsiva
A convulsão é uma desordem cerebral. Durante breve período de tempo, o cérebro deixa de funcionar
normalmente e passa a enviar estímulos desordenados ao resto do corpo, iniciando as crises convulsivas,
também conhecidas por ataques.
A convulsão é um sintoma comum em uma população em geral e em países em desenvolvimento pode
chegar a 50 casos a cada 1.000 habitantes.
Ela é mais comum na infância, quando é maior a vulnerabilidade a infecções do sistema nervoso central
(meningite), acidentes (traumatismos do crânio) e doenças como sarampo, varicela e caxumba, cujas
complicações podem causar crises epiléticas.
Traumatismo cranioencefálico, infecções, parasitoses (principalmente neurocisticercose), mal formações e
tumores cerebrais e abuso de drogas e álcool são as causas mais comuns de convulsão em adultos.
Quando a vítima apresenta crises convulsivas repetidas ao longo de sua vida caracteriza-se então uma
doença denominada epilepsia, que não é contagiosa.
Às vezes, a pessoa com epilepsia perde a consciência, mas outras experimenta apenas pequenos
movimentos corporais ou sentimentos estranhos. Se as alterações epiléticas ficam restritas a uma parte do
cérebro, a crise chama-se parcial; se o cérebro inteiro está envolvido, chama-se generalizada.
Manifestações Clínicas
Existem várias formas de manifestações clínicas das crises convulsivas e a mais importante no aspecto de
atendimento de emergência são as crises generalizadas tônico- clônicas.
A convulsão pode ou não ser precedida de algum sintoma que avisa que ela está se iniciando. Logo a
seguir, a crise se inicia com um grito que precede a perda súbita de consciência e enrijecimento (fase
tônica) do corpo seguido por movimentos tipo abalos (fase clônica) das quatro extremidades, face e
cabeça. Durante a crise a vítima pode apresentar queda e se ferir, morder a língua ou ter perda de urina. A
convulsão demora em média três a cinco minutos e é seguida por um período de inconsciência. A consciên
cia é recuperada aos poucos e o paciente pode apresentar dor de cabeça, vômitos e confusão mental.
Outro tipo comum de epilepsia é o “pequeno mal” ou “crise de ausência”, quando a pessoa fica com o
olhar fixo por alguns instantes, sem se lembrar depois daquele desligamento. Existem vários outros tipos
de crise mas sem importância no atendimento pré-hospitalar.

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Se as crises duram muito tempo (crises prolongadas, ou crises seguidas sem recuperação de consciência)
com duração igual ou superior a 30 minutos, se caracterizam uma emergência clínica podendo nesse caso
haver risco de morte e a vítima deverá ser encaminhada ao hospital pois poderá ocorrer dano ao cérebro;
são as chamadas crises subentrantes ou estado de mal epiléptico. Porém, a maioria das crises não provoca
dano algum, pois são de curta duração e autolimitadas.

Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar


● Manter-se calmo e procurar acalmar os demais;
● Colocar algo macio sob a cabeça da vítima protegendo-a;
● Remover da área objetos que possam causar-lhe ferimento ( mesa,cadeira ,etc);
● Afrouxar gravata ou colarinho de camisa, deixando o pescoço livre de qualquer coisa que o incomode;
● Girar-lhe a cabeça para o lado. Visando a que a saliva não dificulte sua respiração – desde que não haja
qualquer suspeita de trauma raquimedular;
● Não introduzir nada pela boca, não prender sua língua com colher ou outro objeto (não existe perigo
algum de o paciente engolir a própria língua);
● Não tentar faze-lo voltar a si, lançando-lhe água ou obrigando-o a tomá-la;
● Não o agarre na tentativa de mantê-lo quieto. Não se oponha aos seus movimentos apenas o proteja de
traumatismos.
● Ficar ao seu lado até que a respiração volte ao normal ele se levante;
● Se a pessoa for diabética, estiver grávida, machucar-se ou estiver doente durante o ataque, transporte ao
hospital.

Diabetes Mellitus
Todas as células do organismo necessitam de glicose (açúcar) para a produção de energia. A circulação
sangüínea distribui esse açúcar para as células, entretanto, para que possa entrar no interior da célula é
necessária a presença de insulina.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas cuja principal função é permitir a entrada de glicose na
célula. Caso este hormônio esteja ausente, a glicose se acumula na circulação e a célula sem seu
“combustível”, rapidamente sofre danos irreversíveis. As células do sistema nervoso (neurônios) são muito
sensíveis à falta de glicose e as primeiras a sofrer danos com sua ausência.
. Definição
Diabete é uma doença de evolução crônica em que o organismo é incapaz de utilizar a glicose para
produção de energia por diminuição ou ausência de insulina. Sem a insulina, a glicose não entra na célula,
se acumulando na circulação e, como conseqüência, ocorre um aumento do volume urinário na tentativa de
eliminar o excesso de açúcar da corrente sangüínea. Esta reação é a principal responsável pelos sintomas
principais do diabete, a saber: polidipsia (sede intensa), poliúria (aumento do volume de urina) e fadiga
facial com diminuição de capacidade de trabalho.
Entre as complicações do diabete, a acidose, o coma diabético e a hipoglicemia-choque insulínico
constituem as mais graves, requerendo tratamento imediato e geralmente caracterizam o descontrole da
doença em sua expressão máxima.

Acidose e Coma Diabético


Uma vês que a célula não pode utilizar a glicose para produção de energia, ela busca outra fonte de energia
– a gordura. Entretanto, esta não é tão eficiente quanto a glicose, além de produzir resíduos ácidos. Essa
situação de acidose orgânica, caso não corrigida de imediato, leva ao coma diabético – situação grave que
necessita de atendimento de emergência.

91
Sinais e Sintomas
Geralmente de evolução lenta (até dias), iniciando por polidipsia, poliúria, vômito,dor abdominal,
respiração rápida e profunda, pulso rápido e fraco, alteração da consciência iniciando por confusão,
estupor até coma.

Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar


● Obter informações da história clínica da vítima e repassar informações ao médico:
○ se é portador de diabete;
○ se usa insulina e se o faz corretamente;
○ condições alimentares;
○ uso de álcool;
○ infecção recente, etc.
● Administrar oxigênio em altas concentrações.
● No caso de vômitos, transportar a vítima em decúbito lateral esquerdo.
● Transporte imediato ao hospital.

Hipoglicemia – Choque Insulínico


Ocorre quando o nível de glicose no sangue está muito baixo. Rapidamente o açúcar circulante entra nas
células e não existe glicose suficiente para manter o suprimento constante das células cerebrais. Sobrevém
a inconsciência em questão de minutos.
Entre as causas principais, o paciente diabético que usou a insulina em dose maior do que a desejada ou
que não se alimentou adequadamente ou aquele que praticou exercício físico em excesso.
Sinais e Sintomas
São de início rápido (minutos), com tontura,cefaléia, confusão mental e evoluindo para convulsão e coma,
Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar
● Obter informações da história clínica da vítima.
● Vítimas conscientes – administrar açúcar (suco ou água com açúcar).
●Vítimas com alteração da consciência ou inconscientes – não fornecer nada via oral.
● Administrar oxigênio.
● Decúbito lateral no caso de vômito.
● Transporte imediato para o hospital.

Movimentação,remoção e transporte de vítimas


A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser feita com um máximo de cuidado, a fim de não
agravar as lesões existentes. Antes da remoção da vítima, devem-se tomar as seguintes providências:
Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa.
Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de um
casaco ou cobertor.
Para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca,
lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima. Se precisar improvisar uma maca,
use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós.
Apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás.
Na presença de hemorragia abundante, a movimentação da vítima podem levar rapidamente ao estado
de choque.
Se houver parada respiratória, inicie imediatamente a respiração boca-a-boca e faça massagem
cardíaca.

92
Imobilize todos os pontos suspeitos de fratura.
Se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal, como um
só bloco, levando até a sua maca.
No caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o
levantamento e o transporte.
Lembre-se sempre de não fazer movimentos bruscos.
Atenção
Movimente o acidentado o menos possível.
Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte.
O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo para a
vítima.
Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem
necessárias. Nem mesmo durante o transporte.

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE BRIGADISTA

O presente questionário deve ser aplicado, durante a realização das vistorias, aos brigadista que
constam no atestado fornecido.

O bombeiro militar vistoriador deve assinalar CERTO, quando a resposta estiver correta, e ERRADO,
quando o
brigadista errar ou não responder.

As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra incêndio existentes na edificação.

1 – Onde se localizam as escadas de segurança existentes na edificação?

( ) CERTO ( ) ERRADO

2 – As portas corta-fogo de uma escada de segurança podem permanecer abertas?

( ) CERTO ( ) ERRADO

3 – Onde se localiza a central de alarme?

93
( ) CERTO ( ) ERRADO

4 – Onde se localiza a central de iluminação de emergência?

( ) CERTO ( ) ERRADO

5 – Onde se localiza a central de detecção de incêndio?

( ) CERTO ( ) ERRADO

6 – Cite uma forma correta de acondicionamento da mangueira de incêndio no interior do abrigo:

( ) CERTO ( ) ERRADO

7 – Solicito que aponte um acionador manual do sistema de alarme instalado na edificação:

( ) CERTO ( ) ERRADO

8 – Solicito que demonstre a localização do registro de recalque:

( ) CERTO ( ) ERRADO

9 – Solicito que demonstre a forma de acionamento de um hidrante existente na edificação:

( ) CERTO ( ) ERRADO

10 – Solicito que demonstre a forma de funcionamento do sistema de espuma existente na edificação:

( ) CERTO ( ) ERRADO

11 – Cite 3 elementos que formam o tetraedro do fogo?

( ) CERTO ( ) ERRADO

12 – Quais são os métodos de extinção do fogo?

( ) CERTO ( ) ERRADO

13 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe A?

( ) CERTO ( ) ERRADO

14 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe B?

( ) CERTO ( ) ERRADO

94
15 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe C?

( ) CERTO ( ) ERRADO

16 – Solicito que demonstre a forma de utilização de um extintor de incêndio existente na edificação:

( ) CERTO ( ) ERRADO

17 – Qual o telefone para acionamento do Corpo de Bombeiros?

( ) CERTO ( ) ERRADO18 – Qual a sequência para análise primária de uma vítima?

( ) CERTO ( ) ERRADO

19 – Como deve ser realizado a RCP em um adulto?

( ) CERTO ( ) ERRADO

20 – Onde se localiza a chave geral de energia elétrica da edificação?

( ) CERTO ( ) ERRADO

21 – O comando seccional (CS) do sistema de chuveiros automáticos deve permanecer aberto ou

fechado?

( ) CERTO ( ) ERRADO

22 - Solicito que demonstre o procedimento para acionamento manual da bomba de incêndio:

( ) CERTO ( ) ERRADO

23 - Como é o acionamento e/ou desativação manual do sistema fixo de gás (CO2 ou outros)?

( ) CERTO ( ) ERRADO

24 - Aponte as rotas de fuga da edificação:

( ) CERTO ( ) ERRADO

Ocupação: _________________________________End.:______________________________________

No Vistoria:_________________________

No Proposta:___________________________

Nome do avaliado (1) ______________________ No de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado

95
Nome do avaliado (2) ______________________No de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado

Data:____/______/_________ Horário: _____________

Avaliados:

Assinatura:

__________________________________ ( )__________________________________

__________________________________ ( )_______________________________ ___

__________________________________ ( )__________________________________

__________________________________ ( )___________________________________

__________________________________ ( )___________________________________

_______________________________
Vistoriador (Avaliador)

________________________________
Responsavel da empresa

CONSULTAS:

Lei no 12.929/13/Ba – que dispõe sobre a Segurança contra Incêndio e Pânico e dá outras providências.

Decreto no 16.302/15/Ba - regulamenta a Lei no 12.929, de 27 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a
Segurança contra Incêndio e Pânico e dá outras providências.

IT no 17/2016 do CBMBA – Brigada de incêndio.

IT no 17/2014 do CBPMESP – Brigada de incêndio.

NPT no 017/2011 do CBMPR – Brigada de incêndio.

IT no 012/2012 do CBMMG – Brigada de incêndio.

NT no 007/2011 do CBMDF – Brigada de incêndio.

NBR 14276 – Brigada de incêndio - requisitos.

96
NBR 14277 – Instalações e equipamentos para treinamento de combate a incêndio - requisitos.

NBR 15219 – Plano de emergência contra incêndio – requisitos.


Manual de Combate a Incêndio modulo 6 Ações de segurança e princ combate CBMDF 2015.pdf

Manuais Técnicos de Bombeiros 12


RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS

A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO NO BRASIL


Alexandre Itiu Seito • Alfonso Antonio Gill • Fabio Domingos Pannoni • Rosaria Ono
Silvio Bento da Silva • Ualfrido Del Carlo • Valdir Pignatta e Silva-Projeto Editora ,São Paulo

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