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PLANO DE EMERGÊNCIA

Segundo Pereira (2009), o plano de evasão é um conjunto de informações e


orientações dadas aos ocupantes de uma edificação (residencial, comercial,
industrial, escritórios, institucionais, etc.), com o intuito de preservar a integridade
física e proporcionar condições para a evacuação da edificação seguramente, caso
ocorra um sinistro. Para isso, serão necessárias medidas preliminares de
planejamento, exercícios de evacuação e execução adequadamente.

Normas que precisam ser respeitadas em se tratando de plano de


emergência:

■ Lei Estadual n.º 17.774, de 29 de novembro de 2013 — Estabelece a


utilização de material informativo na forma de vídeo sobre as medidas de segurança
em boates, casas noturnas e shows (Inserido pela Portaria do CCB, n.º 06/14).
■ NBR 15219/2005 — Plano de emergência contra incêndio —
Requisitos. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas.
■ FUNDACENTRO, “Introdução à Engenharia de Segurança de
Sistemas”, 4 ed.. São Paulo: Fundação, 1994.
■ FireEx Internacional de Proteção Industrial Ltda.“Introdução à Análise
de Risco — sistemática e métodos”, 1.ª edição, 1997.
■ IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, “Manual de
Regulamentação de Segurança contra Incêndios”, 1992.
■ NFPA 1620. “Recommended Practice for Preincident Planning”. Quincy:
National Fire Protection Association, 1998.
■ NFPA. “Handbook of Fire Protection”. 18 ed. Quincy National Fire
Protection Association, 1998.
■ SELLIE, Gerald. “Seminário sobre a Intervenção dos Bombeiros no
Meio Industrial”. São Paulo: FireEx Internacional de Proteção Industrial Ltda.,1997.
■ SEITO, Alexandre Itiu et al, “A Segurança Contra Incêndio no Brasil”.
São Paulo: Projeto Editora, 2008.
■ SFPE, “The SFPE Handbook of Fire Protection Engineering”, 2 ed.
Quincy: National Fire Protection Association.

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Na elaboração do Plano de emergência contra incêndio, é necessária a
realização de uma análise preliminar dos riscos de incêndio, de modo a identificar,
relacionar e representar em planta de risco de incêndio todos esses riscos.

Dependendo dos riscos de incêndio existentes, o levantamento desses riscos


e a elaboração do plano de emergência serão realizados por engenheiros, técnicos
ou especialistas em gerenciamento de emergências. Os riscos de incêndios dentre
várias situações o material da construção da edificação e o material armazenado no
interior da edificação.

O profissional habilitado deve realizar uma análise dos riscos da edificação


com o objetivo de minimizar e/ou eliminar todos os riscos existentes, recomendando-
se a utilização de métodos consagrados, tais como: What if, Check list, HAZOP,
Árvore de Falhas, Diagrama Lógico de Falhas.

A ferramenta a ser utilizada para a análise dos riscos da edificação


dependerá da experiência do profissional e dos riscos encontrados na edificação,
algumas dessas ferramentas podem ser feitas mensalmente, outras, em
determinadas situações de risco.

O Plano de emergência contra incêndio deve conter, no mínimo, as


informações contidas no modelo a seguir, para que, em caso de emergência, os
procedimentos sejam executados corretamente.

Modelo de plano de emergência contra incêndio, conforme CSCIP-CB/ PMPR


- NPT 016/2014 (p. 6) — Plano de Emergência contra incêndio.

Inicialmente, no plano de emergência contra incêndio, deve-se fazer uma


descrição completa da área de risco, ocupação e dos riscos existentes na
edificação.

1) Descrição da edificação ou área de risco


1.1) Identificação da edificação: identificar o nome da empresa.
1.2) Localização: indicar o tipo de localização: se urbana ou rural, endereço,
característica da vizinhança, distância do Corpo de Bombeiros e meios de ajuda

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externa (Plano de Auxílio Mútuo — PAM).
1.3) Estrutura (Construção): indicar o tipo, por exemplo, de alvenaria, concreto,
metálica, madeira, etc.
1.4) Dimensões: indicar área total construída e de cada uma das edificações,
altura de cada edificação, número de andares, se há subsolos, garagens e outros
detalhes.
1.5) Ocupação: indicar o tipo de ocupação de acordo com o Regulamento de
segurança contra incêndio.
1.6) População: indicar a população fixa e flutuante, e suas características,
total e por setor, área e andar.
1.7) Características de funcionamento: indicar os horários e turnos de trabalho,
os dias e horários fora do expediente de funcionamento e as demais características
da planta, departamentos, responsáveis e ramais internos.
1.8) Pessoas portadoras de necessidades especiais: indicar o número de
pessoas e sua localização na planta.
1.9) Riscos específicos inerentes à atividade: detalhar todos os riscos
existentes (por exemplo: cabine primária, caldeira, equipamentos, cabine de pintura,
etc.).
1.10) Recursos humanos: indicar o número de membros da Brigada de
Incêndio, de Brigadistas Profissionais, de Corpo de Bombeiros e outros meio de
ajuda externa.
1.11) Sistemas de Segurança contra Incêndio: indicar os equipamentos e
recursos existentes (sistema de hidrantes, chuveiros automáticos, sistema de
espuma e resfriamento, reserva técnica de incêndio, reserva de líquido gerador de
espuma, grupo motogerador, etc.).
1.12) Rotas de fuga: indicar as rotas de fuga e os pontos de encontro,
mantendo-os sinalizados e desobstruídos.

Depois de termos as características da edificação, é necessário prever no


plano de emergência os procedimentos de emergência contra incêndio que devem
ser seguidos para que ocorra a desocupação da edificação, confinamento do
sinistro, isolamento da área e extinção do incêndio, caso seja o caso.

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2) Procedimentos básicos de emergência contra incêndio
Os procedimentos a seguir estão relacionados em uma ordem lógica e devem
ser executados conforme a disponibilidade do pessoal, com prioridade ao
atendimento de vítimas.

2.1) Alerta: deve contemplar como deve ser dado o alerta em caso de incêndio
(por exemplo: através de alarme, telefone ou outro meio), especificar órgãos e
telefones de quem deve ser avisado e como os membros da Brigada e a população
em geral devem ser avisados sobre o alerta.
2.2) Análise da situação: deve identificar quem vai realizar a análise da
situação, qual a responsabilidade dessa pessoa, a quem ela vai informar, caso seja
confirmada a emergência e demais providências necessárias.
2.3) Apoio externo: deve identificar quem é a pessoa responsável por acionar
o Corpo de Bombeiros ou outro meio de ajuda externa. Deve estar claro que essa
pessoa deve fornecer, no mínimo, as seguintes informações:
a. Nome e número do telefone utilizado;
b. Endereço da planta (completo);
c. Pontos de referência;
d. Características do incêndio ou do sinistro;
e. Quantidade e estado das eventuais vítimas. PT 016 — Plano de
emergência contra incêndio.
Uma pessoa, preferencialmente um brigadista, deve orientar o Corpo de
Bombeiros ou o meio de ajuda externa, quando da sua chegada, sobre as condições
e acessos e apresentá-los ao Chefe da Brigada.

2.4) Primeiros socorros e hospitais próximos: devem indicar quem são as


pessoas habilitadas para prestar os primeiros socorros às eventuais vítimas e aos
hospitais próximos.
2.5) Eliminar riscos: deve indicar quem é a pessoa responsável pelo corte da
energia elétrica (parcial ou total) e pelo fechamento das válvulas das tubulações, se
necessário.
2.6) Abandono de área: deve indicar a metodologia a ser usada, caso seja
necessário abandonar o prédio e as pessoas responsáveis por este processo.

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Os procedimentos básicos de emergência contra incêndio devem seguir o
fluxograma a seguir, visto que é a forma mais rápida e, seguindo o fluxograma, não
faltará nenhuma parte importante do plano de emergência, considerando que o
atendimento às vítimas deve ser prioridade.

O Plano de Emergência contra Incêndio deve ser discutido com todos os


brigadistas, para que, em caso de emergência, todos saibam como proceder, quais
são os procedimentos de emergência que devem ser adotados. Esses
procedimentos devem ser informados aos visitantes mediante panfletos, vídeos e/ou

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palestras para que, se ocorrer uma situação de emergência saiba o que e quem
devem seguir. O plano de emergência contra incêndio deve fazer parte dos
treinamentos de formação, treinamentos periódicos e reuniões ordinárias dos
membros da brigada de incêndio, dos brigadistas profissionais, do grupo de apoio,
etc.

Os exercícios simulados devem ser executados para verificar se as rotas de


fuga, pontos de encontro, e se os brigadistas estão preparados para o combate ao
incêndio e todas as situações adversas na retirada das pessoas parcial ou
totalmente. A periodicidade desses simulados tem que ser de, no máximo, um ano
para simulados completos.

Após o término do simulado, deve ser realizado e discutido um relatório, em


uma reunião extraordinária, para a avaliação e, se necessário, correções no plano
de emergência. Deve ser feita uma ata na qual contenha, segundo o Regulamento
de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco:

a. Data e Horário do Evento;


b. Tempo Gasto no Abandono;
c. Tempo Gasto no Retorno;
d. Atuação dos Profissionais Envolvidos;
e. Comportamento da População;
f. Participação do Corpo de Bombeiros e Tempo Gasto para a sua
chegada;
g. Ajuda Externa (Por Exemplo: PAM — Plano de Auxílio Mútuo, etc.);
h. Falha de Equipamentos;
i. Falhas Operacionais;
j. Demais Problemas Levantados na Reunião.
A revisão do plano de emergência contra incêndio deve ser realizada por um
profissional habilitado sempre que ocorrer alguma das seguintes situações,
conforme o Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de:

a. Ocorrer uma alteração significativa nos processos industriais,


processos de serviços, de área ou leiaute;
b. For constatada a possibilidade de melhoria do plano;

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c. Completar 12 meses da última revisão.
Após a conclusão do plano de emergência contra incêndio e aprovado
através dos simulados, caso a planta sofra alguma modificação ou a disposição das
máquinas, ou equipamentos seja alterada, deve ser informado a um profissional
habilitado, preferencialmente o profissional que elaborou o plano, para este analisar
se é necessário alteração do plano de emergência. Uma cópia do plano de
emergência deve permanecer na portaria, pois, caso ocorra um sinistro ou uma
vistoria, o Corpo de Bombeiros pode requerer essa cópia para análise da edificação.

PLANTA DE RISCO DE INCÊNDIO

O plano de emergência contra incêndio precisa de uma planta de risco de


incêndio para facilitar o reconhecimento do local por parte das equipes de
emergência e dos ocupantes da edificação e área de risco. De acordo com o
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, essa
planta deve ter, no mínimo, as seguintes informações:

a. Principais riscos (explosão e incêndio);


b. Paredes e portas corta-fogo;
c. Hidrantes externos;
d. Número de pavimentos;
e. Registro de recalque;
f. Reserva de incêndio;
g. Local de manuseio e/ou armazenamento de produtos perigosos;
h. Vias de acesso às viaturas do corpo de bombeiros;
i. Hidrantes urbanos próximos da edificação;
j. Localização das saídas de emergência.
A planta de risco de incêndio tem que estar visivelmente colocada na estrada
da edificação, portaria ou recepção, nos pavimentos de descarga e junto ao “hall”
dos demais pavimentos, de tal forma que todos os ocupantes, visitantes e o corpo
de bombeiros possam facilmente encontrá-la em caso de emergências.

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Se as edificações sofrerem alterações substanciais de risco, a planta de risco
de incêndio deve ser substituída. Tal planta pode ser impressa em formato A2, A3
ou A4.

Brunacini (1985) apud Seito (2008, p. 327) faz várias recomendações que
ajudam a organizar a administração da emergência e que também devem ser
praticadas nos simulacros.

As sete funções de comando:

1) assumir, confirmar e posicionar o comando

2) avaliar a situação

3) estabelecer, manter e controlar as comunicações

4) identificar a estratégia, desenvolver um plano de ataque e designar equipes

5) organizar o atendimento no cenário da emergência

6) analisar, avaliar e revisar o plano de ataque

7) continuar, transferir e encerrar o comando.

Vários autores citam as formas mais adequadas de agir em caso de


emergência, o que fizemos é mencionar, nessa parte da unidade, o que o código
dos bombeiros recomenda e que está em vigor até o momento da elaboração deste
material.

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA E ALARME DE INCÊNDIO

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A iluminação de emergência, consoante Camillo Jr. (2012), são sistemas de


luzes com acionamento automático por baterias ou gerador, acionadas na falta de
energia elétrica, proporcionando clareamento nos locais onde estão instaladas, com

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o objetivo de sinalizar as rotas de fugas e iluminando os locais por onde as pessoas
possam descer e/ou sair com calma e sem risco, mesmo que a energia elétrica seja
totalmente desligada.

Normas Brasileiras que precisam ser respeitadas em se tratando de


iluminação de emergência:

■ NBR 5410 — Instalações elétricas de baixa tensão.


■ NBR 10898 — Sistema de iluminação de emergência.
■ NBR 15465 — Sistema de eletrodutos plásticos para instalações
elétricas de baixa tensão — Requisitos de desempenho.
■ Os componentes da fonte de energia centralizada de alimentação do
sistema de iluminação de emergência, bem como seus comandos, devem ser
instalados em local não acessível ao público, sem risco de incêndio, ventilado e que
não ofereça risco de acidentes aos usuários.
■ Se houver baterias reguladas por válvulas, o painel de controle pode
ser instalado no mesmo local das baterias. O local da instalação deverá ser em lugar
ventilado e protegido do acúmulo de gases.
■ A vida útil das baterias usadas nesse sistema deve ser de quatro anos,
comprovada pelo fabricante.

Os sistemas de iluminação de emergência devem estar dispostos em um local


que facilite a iluminação no caso de queda de energia, bem como ajude na
evacuação das edificações. Devem ser também, a base de baterias que precisam
estar sempre carregadas, lembre-se, nunca sabemos quando iremos utilizá-las.

■ As baterias para sistemas autônomos devem ser de chumbo ácido,


selada ou níquel-cádmio, isentas de manutenção.
As baterias das iluminações de emergência são isentas de manutenção, ou
seja, não são substituídas. Caso essas, por ventura, pare de funcionar, devem ser
substituídas pela iluminação completa.

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Figura: Iluminação de emergência

■ No caso de instalação aparente, a tubulação e as caixas de passagem


devem ser metálicas ou em PVC rígido antichama, conforme NBR 15465/08.
■ A distância máxima entre os pontos de iluminação de emergência não
deve ultrapassar 15 m e entre o ponto de iluminação e a parede, 7,5 m. Outro
distanciamento entre pontos pode ser adotado, desde que atenda aos parâmetros
da NBR 10898/99.
■ Deve-se garantir um nível mínimo de iluminamento de 3 lux em locais
planos (corredores, halls, áreas de refúgio) e 5 lux em locais com desnível (escadas
ou passagens com obstáculos).
■ O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, na vistoria, poderá exigir que
os equipamentos utilizados no sistema de iluminação de emergência sejam
certificados pelo Sistema Brasileiro de Certificação.
O sistema de iluminação de emergência deve garantir que todos os locais das
edificações sejam iluminados, para conduzir todas as pessoas em segurança até o
ponto de encontro. Devem seguir as recomendações de 3 lux para corredores, halls,
áreas de refúgio e de 5 lux para escadas ou passagens com obstáculos, além de
que todos os equipamentos utilizados devem possuir certificação do INMETRO.

SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO

O alarme de incêndio, conforme Camillo Jr. (2012), corresponde aos


conjuntos compostos de dispositivos manuais, tipo quebra vidro e campainhas de
alta potência, instalados em locais propícios. Quando estes forem acionados,
disparam um sinal luminoso e sonoro no painel central, com o objetivo de informar
uma situação de perigo ou incêndio e reunir, o mais rapidamente possível, os

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brigadistas. O sinal pode ser utilizado como sinal para o abandono da edificação.
Normas Brasileiras que precisam ser respeitadas no que diz respeito ao Sistema de
detecção e alarme de incêndio:

■ NBR 11836 — Detectores automáticos de fumaça para proteção contra


incêndio.
■ NBR 13848 — Acionador manual para utilização em sistemas de
detecção e alarme de incêndio.
■ NBR 17240 — Sistemas de detecção e alarme de incêndio — projeto,
instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de
incêndio — Requisitos.
■ NFPA 72 — National Fire Alarm Code.

Figuras: Alarmes contra incêndio

■ Todo sistema deve ter duas fontes de alimentação. A principal é a rede


do sistema elétrico da edificação e a auxiliar é constituída por baterias, nobreak ou
gerador. Quando a fonte de alimentação auxiliar for constituída por bateria de
acumuladores ou nobreak, esta deve ter autonomia mínima de 24 horas em regime
de supervisão, sendo que, no regime de alarme, deve ser de, no mínimo, 15 minutos
para suprimento das indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para o
abandono da edificação. Quando a alimentação auxiliar for por gerador, também
deve ter os mesmos parâmetros de autonomia mínima.
O nobreak ou gerador do alarme de incêndio tem que prever o tempo máximo
de evacuação da edificação, assim como a iluminação de emergência. Tem que
prever a chegada da brigada de incêndio, o tempo que todos os funcionários e
ocupantes levarão para entender ser uma emergência, e a saída destes da
edificação.

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■ As centrais de detecção e alarme devem ter dispositivo de teste dos
indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos.
■ A central de detecção, alarme e o painel repetidor devem ficar em local
onde haja constante vigilância humana e de fácil visualização.
■ A central deve acionar o alarme geral da edificação, devendo ser
audível em toda edificação.
■ Em locais de grande concentração de pessoas, o alarme geral pode ser
substituído por um sinal sonoro (pré-alarme) apenas na sala de segurança, junto à
central, para evitar tumulto, com o intuito de acionar primeiramente a brigada de
incêndio para verificação do sinal de pré-alarme. No entanto, para esse caso, a
central deve possuir um temporizador para o acionamento posterior do alarme geral,
com tempo de retardo de, no máximo, 2 minutos, caso não sejam tomadas as ações
necessárias para verificar o pré-alarme da central. Nesses tipos de locais, pode-se
ainda optar por uma mensagem eletrônica automática de orientação de abandono,
como pré-alarme, sendo que só será aceite essa comunicação desde que exista
brigada de incêndio na edificação. Mesmo com o pré-alarme na central de
segurança, o alarme geral é obrigatório para toda a edificação.
Na ocasião em que o alarme de incêndio for ativado, este acionará um alerta
na central, por isso essa central deve possuir alguém durante todo o período de
trabalho de vigilância. A partir desse alarme inicial, a brigada de incêndio se
deslocaria para os locais onde o alarme soou e, em seguida, soaria um alarme para
todos os funcionários. Esse tempo é muito rápido, pois qualquer desperdício de
tempo pode ser fundamental para o controle do incêndio.

■ A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer


ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não deve ser
superior a 30 metros.
■ Preferencialmente, os acionadores manuais devem ser localizados
junto aos hidrantes.
■ Nos edifícios com mais de um pavimento, deve ser previsto pelo menos
um acionador manual em cada pavimento.
■ Nas edificações anteriores a 20 de março de 1983, o posicionamento
dos acionadores manuais deverá ser junto aos hidrantes.

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A distância entre os acionadores dos alarmes de incêndio deve ser
respeitada, a presença do hidrante próximo ao acionador faz com que economize
tempo, acionando o alarme e já começando com o auxílio de outros brigadistas a
armar a linha de hidrantes.

■ Nos locais onde não seja possível ouvir o alarme geral devido a sua
atividade sonora intensa, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e
sonoros.
■ Nos locais de reunião de público, tais como: casa de show, música,
espetáculo, dança, discoteca, danceteria, salões de baile, etc., onde se tem,
naturalmente, uma situação acústica elevada, será obrigatória também a instalação
de avisadores visuais, quando houver a exigência do sistema de detecção ou de
alarme.
Em locais que possuem muito ruído, deve-se instalar, com o acionador e
alarme, uns avisadores visuais, além dos sonoros. Os avisadores, ascendendo,
indicarão ser necessária a evacuação da edificação por todos os funcionários.

■ Nas centrais de detecção e alarme, é obrigatório conter um


painel/esquema ilustrativo indicando a localização com identificação dos
acionadores manuais ou detectores dispostos na área da edificação, respeitadas as
características técnicas da central. Esse painel pode ser substituído por um display
da central que indique a localização do acionamento.
■ Em locais de ocupação de indústria e depósito com alto risco de
propagação de incêndio, podem ser acrescentados sistemas complementares de
confirmação de indicação de alarme, tais como: interfone, rede rádio, etc., estando
devidamente sinalizados.
■ A colocação de leds de alto brilho, para aviso visual sobre as saídas de
emergência, pode ser acrescentada à execução do sistema de alarme e detecção,
nos locais onde a produção de fumaça seja esperada em grande quantidade.

Dependendo do local onde serão instalados esses alarmes de incêndio, deve


ser analisado caso a caso, para que, de forma fácil e rápida, os funcionários e
visitantes entendam que, por motivo de emergência, a edificação deve ser
evacuada, seja com avisadores visuais, acústicos, interfones, rádios de

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comunicação ou mesmo led de alto brilho que devem ser usados em caso de
fumaça. Independente do tipo, todos devem estar avisados e obedecer à brigada de
incêndio que procederá calmamente e eficiente a evacuação da edificação.

SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A porta conta fogo, conforme Camillo Jr. (2012), é uma porta construída
especialmente, ou seja, de um material resistente ao fogo, que tem como objetivo
isolar do local incendiado os ocupantes da edificação, por meio da proteção das
escadas, garantindo tempo suficiente para que todos os ocupantes da edificação
possam evacuar o prédio.

A escada de emergência, conforme Camillo Jr. (2012), é uma escada


especialmente projetada e construída com o objetivo de retardar a expansão do
calor e proteger da fumaça proveniente de um incêndio. É dotada de portas, corta-
fogo, por onde os ocupantes da edificação devem abandonar o local em segurança.

Normas que precisam ser respeitadas, com relação à sinalização de


emergência:

■ NBR 7500 — Símbolos de risco e manuseio para o transporte e


armazenamento de materiais.
■ NBR 13434-1 — Sinalização de segurança contra incêndio — Parte 1:
Princípios de projeto.
■ NBR 13434-2 — Sinalização de segurança contra incêndio — Parte 2:
Símbolos e suas formas, dimensões e cores.
■ NBR 13434-3 — Sinalização de segurança contra incêndio — Parte 3:

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Requisitos e métodos de ensaio.
■ Portaria n.º 204:1997 do Ministério dos Transportes — Instruções
complementares ao Regulamento do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
■ Norma ISO 6309:1987 — Fire protection – safety signs.
■ Norma ISO 3864:1984 — Safety colours and safety signs.
■ Norma BS 5378-1:1980 — Safety signs and colours. Specifications for
colour and design.
■ Norma BS 5499-1:1990 – Fire safety signs, notices and graphic
symbols. Specification for fire safety signs.
■ Directive 92/58/EEC (OJ L 245, 26.8.1992) Minimum requirements for
the provision of safety and/or health signs at work Germany, Spain, Italy.
A sinalização de emergência divide-se em sinalização básica (proibição,
alerta, orientação e salvamento, equipamentos) e sinalização complementar.

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