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Eletricidade – parte 1.
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Geradores eletrostático.
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Em 1745, Pieter Von Musschenbrook (1692-1761) professor em Leyden
inventou um dispositivo capaz de armazenar a eletricidade. Era uma garrafa
de vidro recoberta, por dentro e por fora, por uma película de prata, que foi
chamada de “garrafa de Leyden”.
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Em 1807 o físico dinamarquês Hans Christian Oersted (1777-1851) iniciou
seus estudos relacionados com a ação da eletricidade sobre uma agulha
imantada. Em 1820, ele percebeu que ao aproximar uma agulha imantada
de um fio no qual passava uma corrente, a agulha sofria uma deflexão: a
relação entre magnetismo e eletricidade fora finalmente descoberta. Ele
apresentou seu resultado em julho do mesmo ano, mas não determinou as
leis quantitativas do fenômeno.
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O físico francês André Marie Ampère (1775-1836) ao tomar conhecimento
das experiências de Oersted sobre o desvio de agulhas magnéticas por
efeito de uma corrente elétrica, começou a estudar os fenómenos
eletromagnéticos e apresentou várias experiências no campo do
eletromagnetismo à Academie de Paris. Reconheceu que, sem a
intervenção de qualquer íman, dois fios exercem um sobre o outro uma
ação atrativa ou repulsiva consoante o sentido das correntes que os
percorrem.
Ele Observou que havia uma atração entre dois fios paralelos conduzindo
correntes elétricas se estas fluíssem na mesma direção, e uma repulsão se as
duas correntes fluíssem em direções opostas. Mostrou também que um fio,
enrolado numa espiral, por onde passasse uma corrente, comportava-se
exatamente como um imã. Ele deu o nome de Eletrodinâmica à ciência que
lidava com a ação mútua de correntes. Sugeriu que o magnetismo natural
era consequência de correntes fluindo no interior dos corpos magnetizados.
Cada molécula, ele escreveu, continha dentro de si uma corrente circular,
como se fosse um diminuto eletroímã. Num corpo qualquer, essas correntes
estavam orientadas aleatoriamente em todas as direções cancelando-se
umas às outras e o resultado líquido era nulo. Ampère não especulou sobre
as causas dos fenômenos que observou, ele apenas analisou
matematicamente esses fenômenos em termos de forças entre pares de
partículas, sem se preocupar com a natureza dessas forças. Em 1825,
inventou um aparelho que media correntes elétricas que chamou de
galvanômetro
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Observação
Antes de Ampère não havia uma maneira de medir a intensidade de uma corrente. Se
uma pilha produz uma corrente I, N pilhas produzem uma corrente NI. Colocando dois
fios paralelos com correntes em sentido inverso os fios são atraídos um para o outro.
Colocando pequenos pesos pendurados no fio inferior podemos ajustar o peso até que o
fio fique na direção horizontal. Temos assim uma medida da força entre os fios. Usando
essa deia Ampère construiu um aparelho (que passou a ser chamado de amperímetro)
para medir a intensidade da corrente.
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Faraday
Eletrólise
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Em 1831, observou que deslocando um imã próximo de um fio produzia
uma corrente elétrica nesse fio.
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Inventou o dínamo, um instrumento que gera uma corrente elétrica quando
um conjunto de espiras é girado próximo de um magneto
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Naquela época, a questão da identidade entre correntes elétricas
produzida pelo atrito e aquelas originadas de uma pilha de Volta estava em
aberto. Em 1833, Faraday mostrou que qualquer efeito da Eletricidade –
fisiológico, magnético, luminoso, calorífico, químico e mecânico – podia
ser obtido indiferentemente usando-a obtida pelo atrito ou de uma pilha
voltaica. Em 1843, forneceu a primeira prova experimental satisfatória da
conservação da carga elétrica.
Faraday recebera pouca educação e conhecia muito pouco de
Matemática. Por essa razão, procurava explicações para os fenômenos
físicos usando ideias simples e qualitativas e, sempre que possível,
analogias com outros fenômenos. Antes dele, as forças elétricas e
magnéticas, bem como as gravitacionais, eram imaginadas como atuando
através do espaço. Faraday não gostava do conceito de ação à distância.
Para visualizar as forças agindo entre as cargas elétricas, ou entre imãs,
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imaginou que o espaço entre elas era cheio de “algo” que pudesse puxar ou
empurrar. Escreveu em 1851:
Uma linha de força magnética pode ser definida como aquela que é
descrita por uma agulha magnética muito pequena quando ela é
deslocada em ambas as direções relativas ao seu comprimento, de
tal forma que a agulha é sempre tangente à linha do movimento;
ou é aquela linha ao longo da qual, se um fio transverso é
deslocado em ambas as direções, não há uma tendência para a
formação de uma corrente no fio, enquanto que, se ele é deslocado
em qualquer outra direção, essa tendência existe4.
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No vácuo, disse, devemos restringir nossas afirmações ao fato de que
existem coisas tais como linhas de forças ao longo das quais a ação é
transmitida. Dessa forma, as forças misteriosas agindo à distância entre os
corpos foram substituídas por alguma coisa continuamente distribuída por
todo o espaço entre elas, algo que se podia atribuir um valor definido em
qualquer ponto. Faraday chamou a atenção que um ponto importante na
definição das linhas de força é que elas fornecem não somente a direção de
atuação da força, mas também a sua intensidade. A quantidade relativa de
força, escreveu, em um dado espaço é indicada pela concentração ou
separação das linhas. Ele imaginou que as linhas formavam tubos, tal que o
produto da intensidade da força pela área da secção transversa do tubo
permanecia sempre constante ao longo do comprimento do tubo.
Do que essas linhas de forças consistem precisamente, do ponto de
vista físico, é difícil dizer; os cientistas as imaginaram, por um longo
tempo, como análogas a alguma espécie de tubos esticados entre dois
corpos. Faraday frisou que pretendia restringir o significado do termo linha
de força tal que ele implicasse apenas na condição da força em um dado
ponto (intensidade e direção) sem qualquer relação com a natureza da
causa física do fenômeno.
Faraday chamou de campo ao conjunto das linhas de força, mas ele não
deu uma definição precisa para este termo, que só veio a ser formalizado,
algum tempo depois, com Maxwell.
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Faraday se fundamentando na semelhança entre a forma de colocar as
limalhas de ferro ao redor de um imã e das partículas ao redor de um corpo
eletricamente carregado, propôs que a eletricidade deveria atuar através de
um meio, e não por ação à distância no espaço vazio, e que esse referido
meio transmitia a força elétrica ao longo das linhas de forças.
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