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Notas de aula ...

História da Eletricidade

• A palavra eletricidade vem do grego elektron (âmbar), por


consequência da propriedade que este material tem de atrair
partículas de pó quando friccionado. Tales de Mileto
constatou este fato quando esfregou âmbar com pele de
carneiro, observando pequenos pedaços de palha a serem
atraídos pelo âmbar.
História da Eletricidade
História da Eletricidade
História da Eletricidade
História da Eletricidade

• No Ocidente pensa-se que objetos que foram encontrados no


Iraque, com data de 250 A.C., já eram usados servindo de
bateria.
• O primeiro cientista a estudar com afinco a eletricidade (e o
magnetismo) foi William Gilbert. Ele verificou que para além
do âmbar existiam outros materiais que também tinham a
propriedade de atrair outros corpos.
• 1600 – Médico da rainha da Inglaterra, publica sua obra De
Magnete na qual relata estas propriedades e surge pela
primeira vez as palavras eletricidade e eletrização
História da Eletricidade
História da Eletricidade

• 1660 – Otto Von Guericke inventa a máquina eletrostática que


era capaz de gerar cargas elétricas por fricção.

• 1729 – Stephen Gray fez a distinção entre materiais


condutores e não condutores.

• 1730 – Charles Francis Dufay descobriu que a eletricidade


produzida por fricção podia ser de duas classes – positiva ou
negativa
História da Eletricidade
História da Eletricidade

• 1744 – Universidade de Leyden – Holanda foi inventado um


dispositivo chamado garrafa de Leyden

• Benjamin Franklin – Estados Unidos – carregou uma garrafa


de Leyden utilizando pipas durante tempestades e constatou
que os raios são uma forma de eletricidade.

• Esta descoberta de Franklin possibilitou a invenção dos


primeiros para raios.
História da Eletricidade
História da Eletricidade
História da Eletricidade
História da Eletricidade

• No século XVIII acreditava-se que a eletricidade era um fluido.


Com base nesta teoria Franklin estabeleceu (1750) os termos
“eletricidade positiva“ e “eletricidade negativa” assim como as
propriedades de atração e repulsão entre corpos carregados.

• 1780 – Itália – Luigi Galvani, professor de Anatomia, descobre


que as pernas de um sapo morto, que estava sobre uma placa
metálica, sofriam uma contração quando tocadas com um
bisturi.

• Galvani atribui este fenômeno à descarga elétrica; mas a


explicação iria demorar mais alguns anos...
História da Eletricidade

• Alessandro Volta – Itália – descobre que ocorre uma reação


química quando dois metais diferentes ficam em contato com
uma solução acida. Devido esta reação surge uma corrente
elétrica.

• 1796 – Volta construiu a primeira pilha utilizando discos de


cobre e zinco, separados por um material que continha uma
solução acida.
História da Eletricidade
História da Eletricidade
História da Eletricidade

• 1820 – Dinamarca – Hans Christian Oersted descobre que


uma corrente elétrica fluindo em um condutor é capaz de
alterar a agulha de uma bússola

• 1831 – Inglaterra – Michael Faraday descobriu que se um


condutor se movimentasse dentro do campo magnético de
um ímã, uma força eletromotriz era induzida nos terminais do
condutor

• 1800 – França – Charles Augustin Coulomb descobriu que a


força entre dois pólos carregados é inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre eles e
diretamente proporcional à suas magnitudes.
História da Eletricidade

• 1820 – França – André Maria Ampère, demonstrou que


condutores percorridos por correntes elétricas desenvolvem
forças de atração ou de repulsão. Ele inventou o solenóide.

• 1827 – Ampère elaborou a formulação matemática do


eletromagnetismo , a conhecida “Lei de Ampère”

• 1827 – Alemanha – George Simon Ohm descobre a relação


entre corrente, tensão e resistência em um condutor elétrico
surgindo uma das mais utilizadas expressões na eletricidade ,
“ Lei de Ohm”
História da Eletricidade

• 1833 – Alemanha – Wilhelm Weber e Karl Gauss


desenvolveram um telégrafo eletromagnético que
posteriormente foi aperfeiçoado por Werner Von Siemens e
Samuel Morse

• 1833 – Inglaterra – Michael Faraday estabeleceu as leis da


eletrólise, da capacitância elétrica e inventou o motor
elétrico, o dínamo e o transformador
História da Eletricidade
História da Eletricidade

• Em 1873, o cientista Zénobe Gramme constatou que através


de cabos condutores aéreos, era possível fazer a transmissão
de eletricidade, de um a outro ponto.

• 1875 – Estados Unidos – Alexander Graham Bell inventou o


telefone

• 1830 – Estados Unidos – Joseph Henry descobriu a “indução


eletromagnética” e a conversão do magnetismo em
eletricidade.
História da Eletricidade

• 1880 – Estados Unidos – Thomas Edison desenvolveu a


lâmpada elétrica incandescente
História da Eletricidade
História da Eletricidade

• 1882 – Thomas Edison projetou e construiu as primeiras


usinas geradoras , uma em Londres e duas nos Estados
Unidos. Ambas eram de pequeno porte e forneciam
eletricidade em corrente contínua.

• 1864 – Inglaterra -James Maxwell desenvolveu as equações


fundamentais do eletromagnetismo – Leis de Maxwell
História da Eletricidade

• 1886 Estados Unidos , George Westhinghouse inaugurou o


primeiro sistema de energia elétrica em CA utilizando um
transformador eficiente desenvolvido por W. Stanley.

• 1887 já havia algumas usinas em CA que alimentavam cerca


de 135000 lâmpadas.

• A transmissão era feita em 1000 volts

• 1890 – Sérvia – Nikola Tesla criou o sistema de geração de


energia elétrica trifásico, que passou a ser utilizado em 1896.
História da Eletricidade
História da Eletricidade
História da Eletricidade
Eletrônica I
Objetivos
• Introduzir conceitos relacionados aos dispositivos
amplificadores.

• Conhecer e estudar o comportamento dos transistores dos


tipos bipolar, de junção e de efeito de campo.
Eletrônica I
Ementa
• Noções sobre as válvulas a vácuo.

• A estrutura dos materiais semicondutores e o processo de


dopagem. A Junção PN.

• Os Semicondutores Especiais. O Transistor – Formação, tipos,


curvas, características e polarização. Parâmetros e Modelo do
Transistor.
Eletrônica I
Temas de Estudo
• 1 - As Válvulas
– 1.1 - Noções sobre válvulas a vácuo

• 2 - Os Semicondutores
– 2.1 - Materiais semicondutores: Si e Ge (estrutura);
– 2.2 - Dopagem (formação de regiões tipo P e Tipo N).

• 3 - A Junção PN
– 3.1 - Junção PN.
– 3.2 - Diodos diretamente e inversamente polarizados.
– 3.3 - Corrente inversa de saturação.
Eletrônica I
Temas de Estudo
• 4 - Os Semicondutores Especiais
– 4.1 - Semicondutores Especiais
• 4.1.1 - Diodo Túnel
• 4.1.2 - Diodo Zener
• 4.1.3 - LED
• 4.1.4 - Varactor
• 4.1.5 - SCR
• 4.1.6 - DIAC
• 4.1.7 - TRIAC
Eletrônica I
Temas de Estudo
• 5 - O Transistor
– 5.1 - Formação
– 5.2 - Tipos (PNP e NPN) e configurações (Emissor, Base e Coletor
Comum)
– 5.3 - Curvas características (Regiões ativa, de corte e saturação);
– 5.4 - Polarização e estabilidade térmica.

• 6 - Parâmetros e Modelo do Transistor


– 6.1 - Parâmetros híbridos
– 6.2 - Modelos do transistor como amplificadores lineares para
pequenos sinais
– 6.3 - Cálculos de sua resistência de entrada, saída, ganhos de tensão e
corrente.
– 6.4 - Comparação entre as três configurações de um mesmo transistor.
História da Eletrônica
História da Eletrônica

• A Eletrônica é o campo da engenharia e das ciências que trata


do processamento de sinais eletrônicos.

• Os sinais eletrônicos são formados sempre pela corrente


elétrica que nada mais é que o deslocamento de elétrons
dentro de um meio condutor.

• Podemos dizer que as primeiras experiências eletrônicas


ocorreram com Thomas Edson quando este inventou a
lâmpada incandescente.
História da Eletrônica

• O conceito de eletrônica é a capacidade de controlar a


intensidade da corrente elétrica para obter resultados
esperados.

• Na eletrônica, diferentemente do que acontece nos circuitos


elétricos, o controle da corrente é feito atuando-se
diretamente sobre os elétrons que formam a corrente
elétrica, utilizando para isto, fenômenos eletrônicos.

• Nos experimentos da lâmpada de Edson, a intensidade da


corrente elétrica não podia ser controlada, mas era apenas
uma consequência das características da fonte que alimentava
o circuito e da resistência do filamento.
História da Eletrônica

• Foi um outro efeito descoberto por Thomas Edison, chamado


de “Efeito Edison”, que permitiu futuramente a construção
dos primeiros componentes eletrônicos (válvulas eletrônicas).

• Ele descobriu que quando aquecia um filamento no vácuo


parcial, era possível provocar a circulação de corrente entre
este filamento e uma placa metálica dentro deste mesmo
vácuo.
História da Eletrônica

• Além disto, ele descobriu que o sentido desta corrente era


sempre o mesmo e se a polaridade da fonte de tensão fosse
invertida a corrente parava de circular.

• Thomas Edison concluiu que a corrente elétrica circulava


conduzida por transmissores elétricos que mais tarde seriam
chamados de elétrons. O Efeito Edson é a base do
funcionamento das válvulas termiônicas, utilizadas nos
aparelhos eletrônicos antes da descoberta do transistor.
História da Eletrônica

• A partir das descobertas de Thomas Edison, HeinrichHertz,


William Hallwachs, e os alemães Elster e Geitel, no final dos
anos 1800 e início dos anos 1900, surgiu em 1905 o primeiro
elemento eletrônico de uso prático, inventado pelo físico
inglês J.A. Fleming.

• O componente inventado por ele foi o diodo termiônico e foi


utilizado para detectar sinais telegráficos na época, dando
início à radio telegrafia que viria a revolucionar as
comunicações.
Eletrônica I
Válvulas Eletrônicas ou Termoiônicas
• O diodo construído a partir das experiências de Fleming foi
aperfeiçoado em 1906 pelo inventor americano Lee de Forest
que introduziu um terceiro elemento no interior do diodo que
permitia o controle da intensidade da corrente elétrica
circulante.
Eletrônica I
Válvulas Eletrônicas ou Termoiônicas
Eletrônica I
Válvulas Eletrônicas ou Termoiônicas
Eletrônica I
Válvulas Eletrônicas ou Termoiônicas
• Aplicações: radares, equipamentos de potência, áudio, forno
de microondas.
Eletrônica I
Válvulas Eletrônicas ou Termoiônicas
Materiais Elétricos
Relembrando...
Materiais Elétricos
Relembrando...
Materiais Elétricos
1. Materiais Elétricos
• Materiais são as substâncias com as quais se produz objetos
ou coisas,
• e os Materiais Elétricos são utilizados na fabricação de
máquinas, equipamentos e dispositivos elétricos.
Materiais Elétricos
1. Materiais Elétricos
• Há uma necessidade do profissional de engenharia elétrica,
entre outras atividades, no que se refere aos diversos
materiais utilizados em equipamentos e componentes
elétricos e magnéticos, de no mínimo:

1 - Distinguir, recomendar e aplicar.


2 - Conhecer as tendências atuais.
3 - Perceber as perspectivas futuras.
4 - Entender como as propriedades químicas, elétricas, físicas,
térmicas, óticas, mecânicas, a disponibilidade e o custo se
relacionam no projeto e na seleção.
Materiais Elétricos
1. Materiais Elétricos
5 - Saber que apesar do avanço das ciências, muitos desafios
ainda estão por vir, como por exemplo tudo que se relaciona
com Impacto Ambiental e Sustentabilidade.

6 - Correlacionar as propriedades dos metais, ligas, materiais


cerâmicos, semicondutores, plásticos e outros polímeros com
suas propriedades estruturais.
Materiais Elétricos
1. Materiais Elétricos
O estudo dos Materiais Elétricos permite selecionar esses
materiais visando:

• Aumento da confiabilidade, que é a probabilidade do


equipamento não apresentar defeitos

• Redução de custo de fabricação.

• Redução do custo de manutenção.


Materiais Elétricos
1. Materiais Elétricos
• 1 - Propriedades físicas, mecânicas, químicas e elétricas.

• 2 - Facilidade de obtenção

• 3 - Viabilidade de custo.

• Por conveniência, a Engenharia divide os materiais nas seguintes


famílias:

– METÁLICOS
– POLIMÉRICOS
– CERÂMICOS
– COMPOSTOS
– ELETRÔNICOS
Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
• 1. Materiais Condutores
– Materiais Metálicos e as Ligas Metálicas

– São substâncias inorgânicas, via de regra sólidas com um ou


mais elementos metálicos (pode conter elementos não
metálicos) com as seguintes características básicas:

Estrutura cristalina.

Átomos ordenados.

Bons condutores de calor e eletricidade.


Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
Relativamente resistentes e dúcteis.
Podem ser ainda subdivididos em:
Ferrosos, que contêm maior percentagem de Ferro como por
exemplo o Aço, o Ferro Fundido, etc. e

Não Ferrosos como é o caso de Alumínio, Cobre, Zinco, Níquel,


ligas, etc.
Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
Materiais metálicos

Materiais cerâmicos

Materiais Poliméricos
Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
Tipos de Materiais:
Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
Os metais, apresentam as seguintes características:

a) Estrutura Cristalina: Todos os metais possuem estrutura cristalina e,


como tal, apresentam uma disposição regular e ordenada dos seus
átomos.

b) Brilho Típico: Exatamente por isso são chamados de brilho metálico.


Os metais possuem elevada capacidade de reflexão à luz.
Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
c) Opacidade: Os metais mantêm essa propriedade até que sejam
reduzidos a lâminas muito finas, com espessura inferior a 0,001mm.

d) Elevada Condutividade Elétrica e Térmica: Comparados com os


metalóides ou não-metálicos, todos os metais são todos os metais
são bons condutores de calor e de corrente elétrica.
Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
Além disso, os metais com condutividades elétricas elevadas, como a
prata, o cobre e o alumínio, apresentam também condutividades
térmicas elevadas.

Os não-metais e as ligas de metais como os metalóides apresentam, à


temperatura ambiente, condutividade elétrica tão baixa que são
classificados como isolantes.

Tais corpos ainda possuem uma variação da resistência em função da


temperatura, inversa à dos metais, ou seja, eles elevam sua
resistência com a elevação da temperatura, apresentando assim um
coeficiente de resistência ( α ) positivo.
Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
e) São Geralmente Sólidos: Tomando como referência a temperatura
ambiente, todos os metais, com exceção do mercúrio, são sólidos.
O mercúrio se solidifica apenas a -39°C.

f) Capacidade de Deformação e Moldagem: Perante elevação de


temperatura e aplicando esforços mecânicos por meio de prensas,
laminadoras, etc., os metais são transformados em suas seções
transversais. Muitas vezes, por outro lado, os isolantes são rígidos e
quebradiços.
Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
g) Encruamento: Metais deformados a frio endurecem e reduzem sua
condutividade elétrica. Essa característica é chamada de
encruamento, que pode ser eliminado por um recozimento.
Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
h) Transformam-se em derivados metálicos, quando expostos a certos
ambientes. Assim, perante o oxigênio do ar, formam-se óxidos; em ácidos
sob ação de sais. Os óxidos metálicos, por sua vez, dissolvidos em ácidos,
resultam em sais. Como regra geral, todos os derivados metálicos são
menos condutores que os metais de origem.

I) Pela capacidade de se combinarem entre si, podem formar ligas metálicas.


Essas ligas têm grande importância nas aplicações elétricas/eletrônicas. A
título de informação cabe observar, ainda, que, alguns elementos se
apresentam simultaneamente na forma de metal e de metalóide, como é
o caso do selênio, do carbono e do estanho.

Obs: Semimetal ou metalóide é designação clássica e genérica de elementos


químicos que exibem tanto características de metais quanto de ametais,
quer nas propriedades físicas, quer nas químicas.
Materiais Elétricos
1. Materiais Condutores
Eletrônica I
Temas de Estudo
• 2 - Os Semicondutores
– 2.1 - Materiais semicondutores: Si e Ge (estrutura);
– 2.2 - Dopagem (formação de regiões tipo P e Tipo N).

• 3 - A Junção PN
– 3.1 - Junção PN.
– 3.2 - Diodos diretamente e inversamente polarizados.
– 3.3 - Corrente inversa de saturação.
Eletrônica I
Os Semicondutores

Revisão sobre estruturas de banda nos sólidos

Em todos condutores, semicondutores e em muitos materiais isolantes


somente a condução eletrônica existe.

A magnitude da condutividade elétrica é fortemente dependente do


número de elétrons disponíveis para participar do processo de
condução.

Para cada átomo individual existe níveis de energia discretos que podem
ser preenchidos pelos elétrons.
65
Eletrônica I
Os Semicondutores

Bandas de Energia
– Um átomo é formado por elétrons que giram ao redor do núcleo
(prótons e nêutrons).
– O número de elétrons, prótons e nêutrons é diferente para cada
tipo de elemento químico.

Figura 1 - Modelo atômico de Niels Bohr

66
Eletrônica I
Os Semicondutores

Bandas de Energia
– A quantidade de elétrons da última camada define quantos deles
podem se libertar do átomo em função da absorção de energia
externa ou se esse átomo pode se ligar a outro através de ligações
covalentes.

Figura 2 - Elétron Livre e Banda de condução

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Eletrônica I
Os Semicondutores

Bandas de Energia
– Os elétrons da banda de valência são os que têm mais facilidade de
sair do átomo.
• Eles têm uma energia maior
• Por causa da distância ao núcleo ser grande, a força de atração é
menor (menor energia externa)
– A região entre uma órbita e outra do átomo é denominada banda
proibida, onde não é possível existir elétrons.
– O tamanho da banda proibida na última camada de elétrons define
o comportamento elétrico do material.

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Eletrônica I
Os Semicondutores

Bandas de Energia

Energia Energia Energia

Banda de condução Banda de Condução Banda de Condução

Banda Proibida Banda Proibida

Banda de Valência Banda de Valência Banda de Valência

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Eletrônica I
Os Semicondutores

Bandas de Energia
– Material isolante: banda proibida grande exigindo do elétron muita
energia para se livrar do átomo.

– Material condutor: um elétron pode passar facilmente da banda de


valência para a banda de condução sem precisar de muita energia.

– Material semicondutor: um elétron precisa dar um salto pequeno.


Os semicondutores possuem características intermediárias em
relação aos dois anteriores.

70
Eletrônica I
Os Semicondutores

Definição – Materiais (...Retornando...)


– Condutor é qualquer material que sustenta um fluxo de carga,
quando uma fonte de tensão com amplitude limitada é aplicada
através de seus terminais.

– Isolante é o material que oferece um nível muito baixo de


condutividade sob pressão de uma fonte de tensão aplicada.

– Um semicondutor é, portanto, o material que possui um nível de


condutividade entre os extremos de um isolante e um condutor.

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Eletrônica I
Os Semicondutores

Condução Eletrônica

A corrente elétrica é resultante do movimento de partículas


carregadas eletricamente como resposta a uma força de
natureza elétrica, em função do campo elétrico aplicado.

Partículas carregadas positivamente são deslocadas


(aceleradas) na direção do campo elétrico, enquanto as
partículas carregadas negativamente na direção oposta.

Na grande maioria dos materiais sólidos a corrente elétrica


surge do fluxo de elétrons.
Eletrônica I
Os Semicondutores

– A classificação dos materiais em condutor, semicondutor ou isolante


é feita pelo seu valor de resistividade (ρ).

– A tabela abaixo apresenta os valores de resistividades típicos dos


materiais.

Valores de resistividade típicos

Condutor Semicondutor Isolante


47x10-2 Ω-cm
1.72x10-6 Ω-cm (Cobre) 1012 Ω-cm (Mica)
(Germânio)
2.82x 10-8Ω-cm (Alumínio) 6.4x102 Ω-cm (Silício)
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Adendo-Lacuna

• É o efeito quântico dos elétrons da banda de valência.

• São associados aos poucos estados desocupados na banda de


valência.
Adendo-Lacuna

• Apresentam o efeito equivalente a partículas de carga positiva =


+ 1.6 E-19 C.

• Na verdade não existem como partícula, mas para efeitos


práticos, podemos adotar que existam.
Adendo-Resistividade

• A resistividade elétrica é uma característica específica de cada


material que define o quanto ele se opõe à passagem de uma
corrente elétrica.

• de forma que: quanto maior for a resistividade elétrica de um


material, mais difícil será a passagem da corrente elétrica, e
quanto menor a resistividade, mais ele permitirá a passagem
da corrente elétrica.
Adendo-Resistividade

• Quando um material é submetido a uma diferença de potencial,


é estabelecida uma corrente elétrica entre os seus terminais,
que é caracterizada pelo movimento das cargas elétricas livres
em seu interior.

• Durante esse movimento desordenado das cargas, vários


elétrons chocam-se uns com os outros e com os átomos que
constituem o condutor (normalmente algum metal), o que
dificulta a passagem da corrente elétrica. Essa dificuldade é
denominada resistência elétrica.
Adendo-Resistividade

• A resistência elétrica depende das características e do material


de que é feito o condutor. Observe a figura:

Condutor de eletricidade com área de seção transversal A e comprimento L


Adendo-Resistividade

• Quanto maior for a área de seção transversal A, menor será a


resistência do condutor, uma vez que é mais fácil a passagem
das cargas elétricas por uma área maior;

• Quanto maior for o comprimento L do condutor, maior será a


resistência, pois maior será o espaço que as cargas elétricas
percorrerão, aumentando a probabilidade de colisões internas
e perda de energia;
Adendo-Resistividade

• A natureza elétrica do material também influencia na


resistência: quanto maior for a quantidade de elétrons livres,
maior será a facilidade de a corrente elétrica ser estabelecida.
Essa característica específica de cada material é a resistividade
elétrica.

• Conhecendo essas relações de proporcionalidade entre a


resistência e as características do condutor, podemos obter
uma equação para a resistência elétrica:
R=ρ L
A
Adendo-Resistividade

• Sendo que:
– ρ é a resistividade elétrica específica do material;
– L é o comprimento do condutor;
– A é a área de seção transversal do condutor.
• A equação acima pode ser reescrita para que obtenhamos
matematicamente a resistividade elétrica do material:
ρ = A.R
L
• A unidade de medida da resistividade elétrica no S.I. é Ω.m.
Adendo-Resistividade

• Podemos observar que os materiais que possuem menor


resistividade elétrica são os metais. Sendo assim, os condutores
metálicos são os que apresentam menor resistência elétrica e,
por isso, os mais indicados a serem utilizados nas linhas de
transmissão de eletricidade.

• O valor da resistividade nem sempre é constante, pois ela


aumenta com a temperatura. Isso ocorre porque o calor causa
aumento na agitação molecular, ocasionando colisões no
interior do condutor, o que aumenta a resistência do material.
Adendo-Resistividade

• A relação entre a temperatura e a resistividade elétrica é dada


pela expressão:
ρ = ρ0 [ 1+ α(t – t0)]

• O ρ0 é a resistividade do material a uma temperatura inicial t0,


que normalmente é 20ºC.

TEIXEIRA, Mariane Mendes. "Resistividade elétrica"; Brasil Escola.


Disponível em:
<http://brasilescola.uol.com.br/fisica/resistividade-
eletrica.htm>. Acesso em 17 de agosto de 2016.
Eletrônica I
Os Semicondutores

84
Eletrônica I
Os Semicondutores

– Semicondutores Intrínsecos
– Os semicondutores mais comuns e mais utilizados são o silício
(Si) e o germânio (Ge).
– Eles são elementos tetravalentes, possuindo quatro elétrons
na camada de valência.

Representação Plana dos Semicondutores

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Eletrônica I
Os Semicondutores

– Semicondutores Intrínsecos
– Cada átomo compartilha 4 elétrons com os vizinhos, de modo
a haver 8 elétrons em torno de cada núcleo

Compartilhamento de elétrons
86
Eletrônica I
Os Semicondutores Tipo N e Tipo P

– Se um cristal de silício for dopado com átomos pentavalente


(arsênio, antimônio ou fósforo), também chamados de impurezas
doadora, será produzido um semicondutor do tipo N (negativo) pelo
excesso de um elétron nessa estrutura.

Semicondutor tipo N

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Eletrônica I
Os Semicondutores Tipo N e Tipo P

– Material semicondutor tipo N

Semicondutor tipo N com Arsênio

88
Eletrônica I
Os Semicondutores Tipo N e Tipo P

– Assim, o número de elétrons livres é maior que o número de


lacunas. Neste semicondutor os elétrons livres são portadores
majoritários e as lacunas são portadores minoritários.

- - - + - -
- - - - - -
- + - - - -
- - - - - -
- - - + - -
- - - - - -
- - + - - -

Semicondutor Tipo N

89
Eletrônica I
Os Semicondutores Tipo N e Tipo P

– Se um cristal de silício for dopado com átomos trivalente (alumínio,


boro ou gálio), também chamados de impurezas aceitadora, será
produzido um semicondutor do tipo P (positivo) pelo falta de um
elétron nessa estrutura.

Semicondutor tipo P

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Eletrônica I
Os Semicondutores Tipo N e Tipo P

– Material semicondutor tipo P

Semicondutor tipo P com Índio

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Eletrônica I
Os Semicondutores Tipo N e Tipo P

– Assim, o número de lacunas é maior que o número de elétrons


livres. Neste semicondutor as lacunas são portadores majoritário e
os elétrons livres são portadores minoritários.

- + + + +
+ + + + +
+ + + - +
+ + + + +
+ - + + +
+ + + + +
+ + + - +
Semicondutor Tipo P

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Eletrônica I
Os Semicondutores

• Junção PN
– A união de dois cristais (P e N) provoca uma recombinação de
elétrons e lacunas na região da junção, formando uma barreira de
potencial.
íons negativos íons positivos

- + + + + - - - + - -
+ + + + + - - - - - -
+ + + - + - + - - - -
+ + + + + - - - - - -
+ - + + + - - - + - -
+ + + + + - - - - - -
+ + + - + - - + - - -
P N
Barreira
Barreira de Potencial
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Eletrônica I
Os Semicondutores

• Junção PN
– Cada lado do diodo recebe um nome: O lado P chama-se de anodo
(A) e o lado N chama-se de catodo (K).

A K
P N

A K

Imagem e símbolos do Diodo

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Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Polarização direta da junção PN


– Consiste em colocarmos o terminal positivo da bateria no elemento
P da junção PN e o terminal negativo da bateria ao lado N.

Junção PN polarizada diretamente

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Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Polarização inversa da junção PN


– Consiste em colocarmos o terminal positivo da bateria no elemento
N junção PN e o terminal negativo da bateria no lado P.

Junção PN polarizada inversamente

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Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Principais Especificações do Diodo

– Na polarização direta só existe corrente elétrica se a tensão aplicada


ao diodo for maior que Vd (0,7V). Existirá uma corrente máxima que
o diodo poderá conduzir (Idm) e uma potência máxima de
dissipação (Pdm): Pdm = V.Idm

– Na polarização reversa existe uma tensão máxima chamada de


tensão de ruptura ou breakdown (Vbr) e uma corrente muito
pequena denominada de corrente de fuga.(If)

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Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Curva Característica do Diodo


– Na polarização direta

Diodo polarizado diretamente e sua curva característica

98
Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Curva Característica do Diodo


– Na polarização inversa

Diodo polarizado inversamente e sua curva característica

99
Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Curva Característica do Diodo


– Gráfico completo

Curva característica do Diodo

100
Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Reta de Carga
– Método para determinar o valor exato da corrente e da tensão
sobre o diodo.

Reta de carga do Diodo


101
Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Aproximações do Diodo
– 1ª aproximação (Diodo ideal)

Diodo como chave

102
Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Aproximações do Diodo
– 2ª aproximação

Diodo como chave e fonte


103
Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Aproximações do Diodo
– 3ª aproximação

Diodo como chave, fonte e resistência

104
Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Teste de Diodos com Multímetro Digital

– Coloque a chave seletora na posição com o símbolo do diodo e


meça o componente nos dois sentidos.

– Num sentido o visor deve indicar um valor de resistência e no outro


ficar apenas no número "1".

105
Eletrônica I
Diodo Semicondutor

106
Eletrônica I
Diodo Semicondutor

• Teste de Diodos com Multímetro Digital

– Coloque a chave seletora na posição com o símbolo do diodo e


meça o componente nos dois sentidos.

– Num sentido o visor deve indicar um valor de resistência e no outro


ficar apenas no número "1".

• 10/09/2018

107
Eletrônica I
Temas de Estudo
• 4 - Os Semicondutores Especiais
– 4.1 - Semicondutores Especiais
• 4.1.1 - Diodo Túnel
• 4.1.2 - Diodo Zener
• 4.1.3 - LED
• 4.1.4 - Varactor
• 4.1.5 - SCR
• 4.1.6 - DIAC
• 4.1.7 - TRIAC
Eletrônica I
Adendo: O Sinal Senoidal
• Sinal elétrico alternado mais comum e pode ser representado
matematicamente por:

f (t ) = A  sen(t +  )

• Onde:
• A - amplitude ou valor máximo da senóide (Vp);
•  - frequência angular (radianos por segundo);
• t - tempo (segundos); e
•  - ângulo de fase (radianos).
Eletrônica I
Adendo: O Sinal Senoidal

f (t ) = A  sen(t +  )

• Onde:
• Valor de pico a pico (Vpp): Vpp = 2.Vp;
• Valor médio da senóide (Vmed): Vmed = 0;
• Valor eficaz ou RMS (Vef): Vef = 0,707.Vp;
Eletrônica I
Adendo: O Sinal Senoidal
A raiz do valor quadrático médio ou Root Mean Square ou valor eficaz é uma
medida estatística de uma quantidade variável.

O conceito de valor eficaz de uma tensão ou corrente alternada senoidal está


diretamente ligado à potência transferida por esse par de grandezas; é
através do valor eficaz que se pode comparar a potência associada a
grandezas AC com potências associadas a grandezas DC.

Fisicamente , o valor eficaz de uma corrente alternada é o valor da


intensidade de uma corrente contínua que produziria, numa resistência, o
mesmo efeito calorífico que a corrente alternada em questão.
Eletrônica I
Adendo: O Sinal Senoidal
“O valor rms, ou médio quadrático, é também chamado valor eficaz e é
equivalente ao mesmo valor numérico para uma corrente DC no efeito de
aquecimento que ele cria numa resistência”.

O valor eficaz ou RMS de uma onda periódica de corrente e tensão está


relacionado com o calor dissipado em uma resistência.

Fórmula clássica de potência que permite obter o valor médio da potência


dissipada em uma certa resistência:

Average
Eletrônica I
Adendo: O Sinal Senoidal
O valor eficaz representa o valor de uma tensão (ou corrente) contínua que
produz a mesma dissipação de potência que a tensão (ou corrente)
periódica.

A potência instantânea dissipada em uma resistência:


Eletrônica I
Adendo: O Sinal Senoidal
A potência média dissipada:
Eletrônica I
Adendo: O Sinal Senoidal
Igualando as duas equações de potência média obtêm-se as equações:
Eletrônica I
Adendo: O Sinal Senoidal
Igualando as duas equações de potência média obtêm-se as equações:
Eletrônica I
Adendo: O Sinal Senoidal
Valor eficaz ou RMS e potência, considerando uma resistência de 1Ω.
Eletrônica I
Adendo: O Sinal Senoidal
Igualando as duas equações de potência média obtêm-se as equações:
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• ************************************************************
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.1 - Diodo Túnel
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.1 - Diodo Túnel
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.3 – LED
Num diodo, quando polarizado diretamente, uma grande quantidade de
portadores atravessa a junção e alguns deles recombinam-se com átomos
ionizados. Nesse processo, os elétrons perdem energia na forma de
radiação, liberando de energia na forma de luz.

Esse diodos são chamados de diodos emissores de luz ou LED (Light Emitting
Diode) e podem emitir luz visível, infravermelho ou ultravioleta.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.3 – LED

A K
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.3 – LED
Os LEDs de luz visível são fabricados acrescendo partículas de fósforo,
podendo irradiar luz verde, vermelha, amarela, laranja ou azul. Utilizados
na sinalização de aparelhos eletrônicos, por exemplo.

Os LEDs infravermelhos são fabricados com InSb (antimoneto de Índio) com


aplicação em alarmes, transmissão de dados por fibra ótica, controle
remoto e etc.

Os LEDS ultravioletas são fabricados a partir do sulfato de Zinco (ZnS).


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Os Semicondutores Especiais
• 4.1.3 – LED

Rs ID

+
9V + VD
-
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Os Semicondutores Especiais
• 4.1.3 – Fotodiodo
Um fotodiodo é um diodo com uma janela sobre a junção PN que permite a
entrada da luz. Essa luz produz elétrons livres e lacunas aumentando a
quantidade de portadores, o que controla a corrente reversa.

A K
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.3 – Fotodiodo
Desta forma, quanto maior a incidência de luz, maior a corrente no fotodiodo
polarizado reversamente.

Deve-se sempre ligá-los em série com um resistor limitador de corrente, para


não danificá-los quando ficarem polarizados diretamente.

Os fotodiodos são sensíveis a luz infravermelha, ultravioleta, etc. sendo


aplicados em alarmes, medidores de intensidade luminosa e etc.
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• 4.1.3 – Fotodiodo

Rs IR

V
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Os Semicondutores Especiais
• 4.1.4 – Optoacoplador

Um optoacoplador (ou acoplador óptico) nada mais é do que um LED


associado a um fotodiodo num mesmo invólucro.

Representação é mostrada abaixo:

Rs Rs
1 2

V +
1
V
2
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Os Semicondutores Especiais
• 4.1.4 – Optoacoplador

Quando o LED é polarizado diretamente ele emite uma luz que atinge o
fotodiodo, fazendo com que sua corrente reversa seja proporcional a
intensidade luminosa emitida pelo LED.

Isso significa que a corrente de saída depende da corrente de entrada mesmo


havendo uma isolação elétrica entre os dois estágios. O meio transmissor
é a luz.

Este dispositivo é muito utilizado em aparelhos com circuitos em altas e


baixas tensões, permitindo uma isolação segura entre eles.

Também são utilizados na decodificação de sinais pulsados, como em


mouses, leitura de cartões perfurados, etc.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.4 – Optoacoplador
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.2 - Diodo Zener

O diodo zener é um dispositivo que tem quase as mesmas características que


um diodo normal. A diferença está na forma como ele se comporta
quando está polarizado reversamente.

No diodo normal, polarizado reversamente, ocorre um fenômeno chamado


de efeito avalanche ou efeito zener, que consiste num aumento repentino
da corrente reversa, dissipando potência suficiente para ruptura da junção
PN, danificando o diodo.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.2 - Diodo Zener

A tensão na qual ocorre o efeito zener é chamada de tensão de


ruptura ou Breakdown voltage (VBR)

O diodo zener é construído com uma área de dissipação de potência


suficiente para suportar o efeito avalanche. Assim, a tensão na qual
este efeito ocorre é denominado de tensão zener (VZ) e pode variar
em função do tamanho e do nível de dopagem da junção PN.
Comercialmente são encontrados diodos com VZ de 2 a 200 volts.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.2 - Diodo Zener

Pela curva característica, observa-se que a tensão reversa VZ mantém-se


praticamente constante quando a corrente reversa está entre IZmin
(mínima) e IZmax (máxima).
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.2 - Diodo Zener

Nesta região, o diodo zener dissipa uma potência PZ que pode ser calculada
por:

PZ = VZ . IZ

Com esta sua propriedade de tensão constante, a grande aplicação do diodo


Zener é de atuar como regulador de tensão.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.2 - Diodo Zener

Regulador de Tensão com Zener


– No circuito abaixo formado por um diodo zener polarizado
reversamente pela fonte VE e um resistor limitador de corrente, temos
que:

VE = RS . IZ + VZ
Rs

Iz +
+ Vz
Ve _
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Os Semicondutores Especiais
• 4.1.2 - Diodo Zener

Regulador de Tensão com Zener


– A tensão VZ permanece constante para correntes entre IZmin e IZmax.
Podendo o diodo ser substituído pelo seu modelo ideal.

Iz Iz

+ -
Vz
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.2 - Diodo Zener

Regulador de Tensão com Zener


– Para uma melhor precisão nos cálculos pode-se usar o modelo real
que contém uma resistência RZ em série.

Iz Iz Rz

+ -
Vz
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• 4.1.2 - Diodo Zener
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.5 – Varactor (variable reactor)
• A polarização inversa de um diodo faz surgir na junção uma região com
características de dielétrico (região de depleção).

• A largura da região de depleção depende, entre outras coisas, da tensão


inversa, enquanto a tensão de ruptura não é atingida.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.5 – Varactor
• Como a largura da região de depleção varia, tem-se uma capacitância
variável.

• Diodos construídos para funcionar com capacitância variável são


denominados diodos varactores ou varicaps.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.5 – Varactor
• Principais aplicações:
– transceptores móveis;
– redes locais de computadores via rádio;
– receptores de televisão, etc.
• Todo diodo apresenta as características do varactor. Entretanto, os diodos
que são produzidos especificamente para funcionar como varactor tem
estas características enfatizadas na produção.
• Nem todo varactor é formado por diodo. Os varactores podem ser
construídos através da implantação de uma região fortemente dopada
positivamente (implante P+) dentro de uma região levemente dopada
positivamente
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.5 – Varactor
• C0 (geralmente 0,2 pF) e V0
(geralmente 0,5 V) são constantes;

• γ é um expoente que varia entre 1/3 e


5, de acordo com o perfil de dopagem
do semicondutor. Valor típico: 0,5;

• Rj é uma resistência em série da


junção e de contato com os terminais,
da ordem de poucos ohms;
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.5 – Varactor
• A capacitância da junção varia de
0,1 pF a 0,2 pF para variações de tensão
de polarização de 2,0 a 0 volts.

• A largura da região de depleção é,


geralmente, proporcional à raiz
quadradada tensão aplicada
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.5 – Varactor
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.5 – Varactor
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• Retificadores não controlados (AC para DC) – converte uma tensão
monofásica ou trifásica em uma tensão DC e são usados diodos como
elementos de retificação.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• Retificadores controlados (AC para DC) – converte uma tensão monofásica
ou trifásica em uma tensão variável e são usados SCRs como elementos de
retificação.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
5. Retificador controlado de silício (SCR)
• O SCR é um dispositivo de três terminais, chamados de anodo (A), catodo
(K) e gatilho (G), como mostra a figura a seguir:
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
5. Retificador controlado de silício (SCR)
• Pode-se considerar o SCR um diodo controlado pelo terminal de gatilho.
No SCR, apesar da tensão ser positiva, o mesmo ainda permanece
bloqueado (corrente nula).

• Só quando for aplicado um pulso de gatilho, é que o SCR passará a


conduzir corrente, comportando-se como um curto-circuito.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
5. Características Básicas do SCR
• Análogo a um diodo com um 3º terminal (gatilho).

• Para conduzir, além de estar polarizado diretamente, deve receber um


pulso de corrente no gatilho.

• São chaves estáticas biestáveis, ou seja, trabalham em dois estados: não


condução e condução, com a possibilidade de controle.

• Em muitas aplicações podem ser considerados chaves ideais, mas há


limitações a serem consideradas na prática.
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
5. Características Básicas do SCR
Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
5. Características Básicas do SCR

• Apresentam alta velocidade de comutação e elevada vida útil;


• Possuem resistência elétrica variável com a temperatura, portanto,
dependem da potência que estiverem conduzindo;
• Controles de relés e motores;
• Fontes de tensão reguladas;
• Choppers (variadores de tensão CC);
• Inversores CC-CA;
• Ciclo conversores (variadores de frequência);
• Carregadores de bateria;
• Controles de iluminação;
• Inversores de frequência;
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Os Semicondutores Especiais
5. Polarização Direta de um SCR

• J1 e J3 polarizados diretamente

• J2 polarizado reversamente:
apresenta maior barreira de potencial

• Flui pequena corrente de fuga direta


do ânodo para o cátodo, IF

• Bloqueio direto – DESLIGADO


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Os Semicondutores Especiais
5. Polarização Reversa de um SCR

• J2 diretamente polarizada

• J1 e J3 reversamente polarizadas:
apresentam maiores barreiras de
potencial

• Flui pequena corrente de fuga reversa


do cátodo para o ânodo, IR

• Bloqueio reverso - DESLIGADO


Eletrônica I
Os Semicondutores Especiais
• 4.1.6 – DIAC
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• 4.1.5 – SCR
Eletrônica I
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• 4.1.7 - TRIAC
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Os Semicondutores Especiais
• 4.1.1 - Diodo Túnel
• 4.1.2 - Diodo Zener
• 4.1.3 - LED
• 4.1.4 - Varactor
• 4.1.5 - SCR
• 4.1.6 - DIAC
• 4.1.7 - TRIAC

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