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A construção dos principais conceitos e das aplicações fundamentais da eletrostática para distribuições
discretas de cargas como ponto de partida da moderna teoria eletrodinâmica clássica.
PROPÓSITO
Compreender os conceitos e as aplicações de carga elétrica, força elétrica, campo elétrico e potencial
elétrico para adquirir as habilidades essenciais à teoria eletromagnética, modernamente chamada de
eletrodinâmica clássica.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos uma calculadora científica.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
A experiência humana com o universo ocorre por meio do eletromagnetismo. Os fenômenos químicos e
biológicos, as forças típicas da mecânica, os princípios elétricos e magnéticos naturais, toda a nossa
tecnologia e os meios de observar a natureza. Tudo isso gira em torno do eletromagnetismo.
Neste tema, você visitará a eletrostática para distribuições discretas de cargas elétricas: a carga elétrica,
a Lei de Coulomb, o campo elétrico e o potencial elétrico.
ELETROSTÁTICA E A DISTRIBUIÇÃO DE
CARGAS ELÉTRICAS
MÓDULO 1
A despeito de modelos teóricos e de algumas evidências indicando haver algo mais entre o céu e a
terra, principalmente quando investigamos os modelos cosmológicos e de partículas fundamentais, são
essas quatro interações que temos por fortes fenomenologias, experiências e teorias físicas.
Mas e as forças de fricção? E a força normal que nos impede de afundar no chão? E as forças químicas
que mantêm moléculas e células? E as tensões e as forças de contato que tanto estudamos em
mecânica newtoniana?
A resposta é que todas essas forças fazem parte da interação eletromagnética. Não só isso, mas toda a
nossa experiência diária, o contato com a natureza e o universo ocorrem por meio da interação
eletromagnética.
VOCÊ SABIA?
Toda a química e a biologia são derivações dessa interação, porque as interações nucleares forte e fraca são
de curtíssimo alcance no domínio de escalas das partículas subatômicas.
A interação gravitacional é tão pouco intensa que somente grandes massas de corpos cósmicos são
capazes de causar efeitos sobre nossa existência. Para termos ideia da diferença de escalas, se a força
de ligação entre um elétron e um próton, em um átomo de hidrogênio, tivesse a mesma intensidade da
interação gravitacional, esse simples átomo seria maior que nosso universo conhecido.
EXEMPLO
A repulsão elétrica entre dois elétrons é 1042 vezes maior que sua atração gravitacional.
Assim, percebemos a interação gravitacional somente nas vizinhanças das grandes massas da Terra, da
Lua, do Sol, das galáxias e de todos os corpos cósmicos muito massivos que admiramos ao vislumbrar
o universo.
Além disso, a teoria eletromagnética, que chamaremos de teoria eletrodinâmica clássica, é o modelo
teórico e fenomenológico mais bem-sucedido que pudemos construir e o conjunto de fenômenos mais
bem compreendidos que conhecemos. A teoria foi sendo descoberta ao longo de séculos por inúmeros
cientistas e pesquisadores, como:
(Fonte: Wikipedia)
Político, cientista e inventor americano cujos experimentos mostraram que as nuvens são carregadas de
eletricidade e que os raios são, portanto, essencialmente descargas elétricas, o que lhe permitiu a
invenção dos para-raios. Seu trabalho sobre eletricidade o levou a formular conceitos como eletricidade
negativa e positiva ou condutor elétrico.
Físico francês que enunciou a Lei de Coulomb, cujo princípio afirma que a força entre duas cargas
elétricas é proporcional ao produto dessas cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância
entre elas. As forças de Coulomb são umas das mais importantes envolvidas nas interações entre
átomos.
Físico francês que fundou a lei empírica do eletromagnetismo, conhecida como Lei de Ampère, a qual
descreve matematicamente a força magnética entre duas correntes elétricas.
(Fonte: Wikipedia)
HANS CHRISTIAN OERSTED (1777-1851)
Físico e químico dinamarquês que descobriu a ação magnética de correntes elétricas. Com base em
uma série de experimentos, ele estabeleceu a conexão entre os fenômenos elétricos e magnéticos.
(Fonte: Wikipedia)
Cientista britânico, um dos físicos mais proeminentes do século XIX, que descreveu matematicamente a
lei que governa a produção de eletricidade por um ímã através da dinâmica de campos magnéticos
sobre circuitos ou enrolamentos de condutores. Ele também realizou vários experimentos eletroquímicos
que lhe permitiram relacionar diretamente a matéria com a eletricidade.
Físico holandês cujo trabalho afirma que os fenômenos da eletricidade se devem a movimentos de
partículas elétricas elementares por ele chamadas de elétrons. Em sua teoria, a matéria aparece como
um complexo de átomos formado por elétrons negativos. Logo depois, com efeito, afirmou-se que o
átomo é composto por elétrons que viajam por órbitas elípticas em torno do núcleo. A força de interação
entre partículas carregadas e de correntes elétricas com campos elétricos e magnéticos leva seu nome
(Força de Lorentz), por relevantes contribuições.
Mas foi James Clerk Maxwell que, reunindo todas essas contribuições, compreendeu sua matemática,
unificou a eletricidade e o magnetismo, ajustou o que faltava, explicou os fenômenos ópticos e
ondulatórios em uma única teoria unificada sobre a qual discutiremos agora.
(Fonte: Wikipedia)
Físico britânico que introduziu o conceito de onda eletromagnética, o qual permite uma descrição
matemática adequada da interação entre eletricidade e magnetismo por meio de suas famosas
equações, que descrevem e quantificam campos de força. Sua teoria sugeria a possibilidade de
geração de ondas eletromagnéticas em laboratório, fato comprovado anos após sua morte, que,
mais tarde, marcou o início da era da comunicação rápida a distância.
Após Maxwell, ficou claro que os fenômenos elétricos, magnéticos, ópticos e toda radiação
eletromagnética, desde as ondas de rádio e as micro-ondas até as radiações infravermelhas e
ultravioletas, os raios-X e os raios gama são manifestações da mesma teoria eletrodinâmica clássica.
(HERTZ, 1888)
A teoria eletromagnética é o modelo de interação entre cargas elétricas, campos elétricos e magnéticos.
Na presença desses campos, as cargas experimentam forças.
Os campos elétricos variáveis geram campos magnéticos, e os campos magnéticos variáveis geram
campos elétricos. Não é possível separá-los. Os campos elétricos e magnéticos são os mediadores da
interação entre cargas, mas a teoria também prevê os campos puros, sem fontes.
CARGAS ELÉTRICAS
Os fenômenos elétricos eram conhecidos há milênios apesar de não compreendidos. Não faz muito
tempo, nossos antepassados estavam tentando entender a causa desses fenômenos.
Vamos dar um salto histórico e seguir diretamente à pergunta que preocupou as gerações nas ciências:
Por fenômenos elétricos, podemos citar uma infinidade de fenômenos em consequência da interação
elétrica. Na eletrodinâmica clássica, duas são as interações que compõem a interação eletromagnética:
a interação elétrica e a interação magnética.
Inicialmente, devemos pensar nos fenômenos elétricos estáticos não dinâmicos e refazer a pergunta:
QUAL É A CAUSA DA INTERAÇÃO ELETROSTÁTICA,
A CONHECIDA FORÇA DE ATRAÇÃO E REPULSÃO
ELETROSTÁTICA?
Manteremos nosso foco na causa desses fenômenos eletrostáticos clássicos, isto é, não vamos
adentrar, neste tema, no universo quântico da origem desses fenômenos: as cargas elétricas do ponto
de vista quântico. Antes, nos situaremos somente nos fenômenos clássicos eletrodinâmicos. Por esse
viés, a carga elétrica clássica não precisa de uma explicação de origem microscópica, mesmo porque,
na escala de energias e tamanhos dos fenômenos eletrodinâmicos clássicos, da teoria de Maxwell, não
existem partículas quânticas.
Assim, a carga elétrica é a fonte da interação eletrostática, usualmente presente na matéria, que pode
acumular ou ceder cargas elétricas, dando origem à interação eletrostática.
EXEMPLO
Um material carregado eletricamente ou eletrizado terá um superávit de cargas elétricas negativas, e aquele
carregado positivamente terá um déficit de cargas elétricas negativas.
Só há uma carga elétrica clássica, negativa por convenção, sendo as cargas positivas a ausência de
cargas negativas. Os materiais podem se carregar negativamente, com excesso de cargas elétricas
negativas, ou se descarregar, com déficit de cargas negativas, apresentando carga efetiva positiva.
Esta compreensão introduz o princípio de conservação da carga. A totalidade das cargas elétricas
deve ser conservada nos sistemas físicos clássicos.
RESUMINDO
Na teoria de Maxwell, observaremos e trataremos das cargas elétricas com dois atributos: cargas atributo
negativas e cargas atributo positivas.
Atualmente, conhecemos a origem quântica das cargas elétricas, a existência do elétron, mas a origem
dessa partícula fundamental não está prevista nos fenômenos clássicos, pois a teoria não atinge escala
de energias em que possam ser definidas. No entanto, estão sujeitas às interações eletromagnéticas
clássicas também.
Apesar de sabermos da existência do elétron, como origem fundamental das cargas elétricas de
atributo negativas, a teoria clássica não os prevê. Para isso, temos uma teoria quântica: a
eletrodinâmica quântica, na qual os elétrons e pósitrons são corretamente definidos.
ELÉTRON
O elétron, partícula fundamental da natureza, descoberto por J.J. Thomson em 1897, não foi
antecipado teoricamente pela Teoria Eletrodinâmica Clássica de J.C. Maxwell, em 1867, ou seja,
30 anos antes. Na verdade, a Teoria Eletrodinâmica Clássica de Maxwell apresenta a carga
elétrica como causa dos fenômenos elétricos, mas não apresenta a partícula fundamental de carga
elétrica, pois habitam escalas de energias e distâncias completamente diferentes, apesar de
sabermos hoje em dia do que são constituídas as cargas de Maxwell em essência. Para a
descrição dinâmica da Teoria do Elétron, como partícula fundamental, temos a Eletrodinâmica
Quântica, proposta nos anos 1920, por P. M. Dirac. Esta teoria também antecipou a descoberta
posterior de outra partícula fundamental chamada por Dirac de pósitron. Assim, a teoria clássica de
Maxwell apenas necessita da existência de cargas elétrica como causa de fenômenos, mas não do
que são constituídas as cargas elétricas. Essa diferença de escalas de energias físicas costuma
provocar incompreensão conceitual muito comum.
DICA
Na teoria clássica de Maxwell, basta compreendermos que existem cargas elétricas que são, por convenção,
negativas. As cargas positivas são efetivamente ausências de cargas negativas.
Vale o princípio de conservação da carga. Podemos tratar a teoria com dois atributos de cargas, que são
a causa dos fenômenos eletrostáticos. Sabemos, fenomenologicamente, com alta precisão, o valor da
carga fundamental eletrônica, e que os materiais se carregam em múltiplos inteiros dessa carga
fundamental, mas isso é objeto da teoria quântica.
Nas figuras a seguir estão os esquemas dos aparatos experimentais usados por Joseph John
Thomson, na descoberta do elétron, e por Robert Andrews Millikan, que mediu a carga fundamental
eletrônica:
(Fonte: Wikimedia)
JOSEPH JOHN THOMSON (1856-1940)
Físico britânico que investigou a natureza dos raios catódicos e mostrou que os campos elétricos
podem desviá-los. Em 1897, descobriu uma nova partícula, a qual seria batizada com o nome de
elétron, que era cerca de mil vezes mais leve que o hidrogênio. Thomson foi, portanto, o primeiro a
identificar partículas subatômicas e chegou a conclusões importantes sobre partículas carregadas
negativamente: com o aparelho que construiu, obteve a relação entre a carga elétrica e a massa
do elétron.
(Fonte: Wikipedia)
Físico americano cujos trabalhos tinham o objetivo de medir a carga do elétron, bem como estudar
o efeito dos campos elétricos e gravitacionais sobre uma gota de água e óleo. Também realizou
estudos sobre a absorção de raios-X, o movimento browniano dos gases, o espectro ultravioleta e
a natureza dos raios cósmicos, especificando a variação sazonal de sua intensidade com a
altitude.
Fonte: Biografías y Vidas – La Enciclopedia Biográfica en Línea. Tradução livre.
(Fonte: Openstax)
Equipamento da experiência do tubo de raios catódicos de Thomson e a descoberta do elétron.
(Fonte: Wikipedia)
Experimento da gota líquida de Millikan e a medida da carga fundamental eletrônica.
Vamos resumir o já que sabemos e definir, agora, as cargas elétricas com base em alguns princípios.
O fato é que cargas elétricas ocorrem em dois atributos, e essas nomenclaturas de cargas positivas e
negativas são, atualmente, apenas convencionais, usadas somente para identificar os dois atributos de
cargas, não possuindo maior fundamentação física.
CARGAS ELÉTRICAS SÃO CONSERVADAS
A totalidade de cargas elétricas no universo é constante. Se retirarmos cargas negativas ou positivas de
um corpo, essas cargas irão para outro corpo. Dizemos que as cargas se conservam global e
localmente.
LEI DE COULOMB
A interação eletrostática é a força de interação entre duas cargas elétricas estacionárias. É um
fenômeno da natureza.
Cargas eletrostáticas interagem segundo uma lei vetorial de força, proporcional ao produto das cargas,
inversamente proporcional ao quadrado da distância que separa essas cargas, agindo na mesma
direção da linha de ação entre as cargas, com sentido atrativo, se as cargas tiverem atributos opostos,
de acordo com a convenção, positiva e negativa, ou sentido repulsivo, se as cargas tiverem o mesmo
atributo, positiva e positiva ou negativa e negativa.
SAIBA MAIS
A Lei de Coulomb foi obtida por Charles Augustin de Coulomb, em 1783, modelando o fenômeno diretamente
da experimentação. É fundamental que você perceba que a Lei de Coulomb das interações eletrostáticas é
uma lei vetorial, e assim deve ser tratada.
(Fonte: Wikipedia)
Forças são objetos vetoriais, e suas magnitudes são somente parte da informação sobre uma força, que
chamamos de módulo ou magnitude da força. Então, para representar matematicamente uma força,
precisamos, além de seu módulo, descrever sua direção e sua orientação (sentido).
Vamos entender, agora, como se relaciona a Lei de Coulomb com as cargas elétricas, a existência da
força eletrostática entre cargas elétricas.
Considere duas cargas elétricas estáticas (q1 e q2). A força de Coulomb entre elas será:
A força de Coulomb atua na direção da linha de ação entre as cargas sobre cada carga. Assim, a carga
→ →
q2 experimenta uma força F 1,2, da esquerda para a direita, na direção de r 1,2, e a carga q1 experimenta
→ →
uma força F 2,1, da direita para a esquerda, na mesma direção de r 1,2.
DICA
Essas duas forças terão o mesmo módulo e a mesma direção, mas sentidos opostos. Se calcularmos uma,
saberemos a outra.
Se tivermos uma distribuição discreta de cargas elétricas (qi ) e uma carga de prova (Q0),
poderemos utilizar o princípio da superposição, que estabelece que a interação elétrica entre duas
cargas não é afetada pela presença das outras cargas.
Assim, podemos calcular a força de Coulomb entre cada carga fonte (qi ) e a carga de prova (Q0),
→ → → →
F R = F 1 + F 2 + F 3 + …
RELEMBRANDO
→
Para cada duas dessas cargas, o vetor deslocamento relativo entre elas ( r i , 0) será, em princípio, diferente.
Logo, temos:
(Fonte: o Autor)
A permissividade do vácuo é:
C2
- 12
ϵ 0 = 8,85. 10
N . m2
1 N . m 2
k= = 8,99. 10 9
4π ϵ 0 C2
DEMONSTRAÇÃO
Sejam duas cargas elétricas (+q e –q), que estão posicionadas sobre o eixo x, de um sistema
coordenado xy, nas posições –a e +a, respectivamente. Obteremos a força elétrica de Coulomb
→
resultante (F R) experimentada por uma carga de prova (Q) em um ponto qualquer do eixo y.
RESOLUÇÃO
Vamos aos cálculos:
→ qQ
F1 = k r̂ 1
| |
→
r1 2
→
r 1 = a î + y ȷ̂
| |
→
r1 = √a 2 + y 2
→
r1 aıˆ + yˆȷ
r̂ 1 = =
| r1 |
→
√a 2 + y 2
→
F1 = k
qQ
(a +y ) (a +y )
2 2
⋅
[ ] 2
aıˆ + yˆȷ
2 1/2
→
F1 = k
( a2 + y2
qQ
) 3/2 [ ]
aı̂ + y ȷ̂
→ qQ
F2 = - k r̂ 2
| r2 | 2
→
→
r 2 = - aı̂ + y ȷ̂
| |
→
r2 = √a 2 + y 2
→
r2 - aıˆ + yˆj
r̂ 2 = =
| r2 |
→
√a 2 + y 2
→
F2 = - k
(a +y )
2
qQ
2 [ ] - aıˆ + yˆȷ
√a 2 + y 2
→
F2 = - k
(a +y )
2
qQ
2 3/2 [ ]
- aı̂ + y ȷ̂
(Fonte: o Autor)
→ →
Assim, aqui, F R só terá componente horizontal. Como a segunda carga tem atributo negativo, a força F 2
sobre Q será atrativa. Logo:
→ → →
FR = F1 + F2 = k
(
qQ
a2 + y2 ) 3/2 []
2aı̂
MÃO NA MASSA
Q = 2NC
N . M 2
K≈ 9. 10 9
C2
Q = 1NC
A = 10CM
Y = 17,32CM
→
A) F R = 4,5N î
→
B) F R = 4,5 . 10 - 7N î
→
C) F R = 4,5 . 10 - 7N
→
D) F R = 4,5 . 10 - 7N ĵ
2. SEJAM DUAS CARGAS ELÉTRICAS IGUAIS (Q E Q), POSICIONADAS SOBRE
O EIXO X, DE UM SISTEMA COORDENADO XY, NAS POSIÇÕES –A E +A,
RESPECTIVAMENTE. O CÁLCULO DA FORÇA ELÉTRICA DE COULOMB
→
RESULTANTE (F R), EXPERIMENTADA POR UMA CARGA DE PROVA (Q), EM UM
PONTO QUALQUER DO EIXO Y, É:
A)
→
A) F R = k
(a +y )
2
qQ
2 3/2 []
2y î
A)
B)
→
B) F R = k
(
qQ
a2 + y2 ) 3/2 []
2y
B)
C)
→
C) F R = k
(
qQ
a2 + y2 ) 3/2 []
2a î
C)
D)
→
D) F R = k
(
qQ
a2 + y2 ) 3/2 []
2y ĵ
D)
3. UMA CARGA POSITIVA, Q 1 = 4NC, FOI POSICIONADA NA ORIGEM DE UM
SISTEMA COORDENADO XY. OUTRA CARGA POSITIVA, Q 2 = 12NC, FOI
POSICIONADA NO PONTO (4,4) DESSE PLANO CARTESIANO.
A)
( )
→
A) F R = (12,75 nN) î + 12,75nN ĵ
A)
B)
( )
→
B) F R = (12,75 nN) + 12,75nN
B)
C)
( )
→
C) F R = (12,75 N) î + 12,75N ĵ
C)
D)
→
D) F R = (12,75nN) î
D)
4. (ADAPTADO DE: TIPLER, 2011) EM UM ÁTOMO DE HIDROGÊNIO, O ELÉTRON
ESTÁ SEPARADO DO PRÓTON NUCLEAR POR, APROXIMADAMENTE,
R = 5,3. 10 - 11M. CALCULE A RELAÇÃO ENTRE A INTENSIDADE DA FORÇA DE
COULOMB ENTRE AS PARTÍCULAS E A INTENSIDADE DA FORÇA DE ATRAÇÃO
GRAVITACIONAL ENTRE ELAS.
O RESULTADO DO CÁLCULO É:
A) 2,28 × 10 39
B) 8,2 × 10 - 8
C) 3,6 × 10 - 47
D) 1,0 × 10 42
A)
→
A) F R = 4,5N î
A)
B)
→
B) F R = - 5,184 . 10 - 5N î
B)
C)
→
C) F R = - 5,184 . 10 - 5N ĵ
C)
D)
→
D) F R = 4,5 . 10 - 7N ĵ
D)
A)
| |
→
A) F 3 = 4,0. 10 - 5N
A)
B)
| |
→
B) F 3 = 3,87. 10 - 7N
B)
C)
| |
→
C) F 3 = 6,93. 10 - 5N
C)
D)
| |
→
D) F 3 = 2,5. 10 - 7N
D)
GABARITO
1. Consideremos o mesmo problema anterior, mas, agora, com os seguintes dados numéricos:
q = 2nC
N . m 2
k≈ 9. 10 9
C2
Q = 1nC
a = 10cm
y = 17,32cm
Lembre-se de que 1nC = 10 - 9C e 1cm = 10 - 2m. Todas as unidades devem ser expressas no
Sistema Internacional de Unidades (SI), para que o resultado da intensidade da força seja em
newtons (N). Calcule a força resultante:
→
FR = k
(
qQ
a2 + y2 ) 3/2 []
2aı̂
( 9 ⋅ 10 ) ⋅ ( 2 ⋅ 10 ) ⋅ ( 1 ⋅ 10 )
[ ]
9 -9 -9
→
FR = 2 ⋅ 10 ⋅ 10 - 2ı̂
[( 10 ⋅ 10 - 2 ) 2
+ ( 0,1732 ) 2 ] 3/2
→
FR =
[
18 ⋅ 10 - 9
0,01 + 0,02999 ] 3 / 2
[ ]
⋅ 0,2ı̂
→ 18 ⋅ 10 - 9 ⋅ 0,2ı̂
FR = 0,00799
→
F R = 4,5 ⋅ 10 - 7N î
()
→ →
Se não tivéssemos a cota de y, o resultado seria uma função de y, F R = F R y .
2. Sejam duas cargas elétricas iguais (q e q), posicionadas sobre o eixo x, de um sistema
coordenado xy, nas posições –a e +a, respectivamente. O cálculo da força elétrica de Coulomb
→
resultante (F R), experimentada por uma carga de prova (Q), em um ponto qualquer do eixo y, é:
SUPERPOSIÇÃO DE FORÇAS 1
3. Uma carga positiva, q 1 = 4nC, foi posicionada na origem de um sistema coordenado xy. Outra
carga positiva, q 2 = 12nC, foi posicionada no ponto (4,4) desse plano cartesiano.
Calcule o vetor força de Coulomb resultante sobre uma terceira carga elétrica negativa,
q 3 = - 2nC, localizada no ponto (2,2), no mesmo plano cartesiano. As unidades de comprimento
estão em metros. O resultado do cálculo é:
SUPERPOSIÇÃO DE FORÇAS 2
4. (Adaptado de: TIPLER, 2011) Em um átomo de hidrogênio, o elétron está separado do próton
nuclear por, aproximadamente, r = 5,3. 10 - 11m. Calcule a relação entre a intensidade da força de
Coulomb entre as partículas e a intensidade da força de atração gravitacional entre elas.
N . m 2
A constante da gravitação universal de Newton é G = 6,67. 10 - 11 , e as massas do elétron e
( Kg ) 2
do próton são, respectivamente, dadas por m e = 9,1. 10 - 31Kg e m p = 1,67. 10 - 27Kg, no Sistema
Internacional de Unidades (SI).
O resultado do cálculo é:
ke 2
( 9 × 10 9 )( 1,6 × 10 - 19 ) 2
F Coulomb = 2
= = 8,2 × 10 - 8N
r
( 5,3 × 10 ) - 11 2
Gm em p ( 6,67 × 10 ) ( 9,1 × 10 ) ( 1,67 × 10 )
- 11 - 31 - 27
F Gravitacional = 2
= = 3,6 × 10 - 47N
r
( 5,3 × 10 )
- 11 2
F Coulomb 8,2 × 10 - 8
= - 47
≈ 2,28 × 10 39
F Gravitacional 3,6 × 10
Logo, a força de Coulomb é, aproximadamente, 1039 mais intensa que a força gravitacional entre elétron
e próton em um átomo de hidrogênio.
5. Uma carga elétrica q1 = 6nC está sobre o eixo y em y = 3cm, e outra carga q2 = - 6nC está sobre
N . m 2
o eixo y em y = - 3cm. Considere a constante de Coulomb no vácuo k ≈ 9. 10 9 .
C2
Calcule a força elétrica sobre uma carga de prova q0 = 2nC, localizada no eixo x em x = 4cm.
Como foi solicitado o cálculo da intensidade da força resultante sobre a carga q3, podemos utilizar a
regra do paralelogramo para calcular a força resultante pela Lei dos Cossenos, lembrando que o ângulo
formado entre a duas forças sobre q3, devido às cargas q1 e q2, é de 60°. Assim, temos:
→ → →
F 3 = F 1,3 + F 2,3
→ q1 ⋅ q3
F 1,3 = k ⋅ r̂ 1,3
| r 1,3 |
→ 2
→ q2 ⋅ q3
F 2,3 = k ⋅ r̂ 2,3
| |
r 2,3 2
→
| | ( 9 × 10 ) ( 4 × 10 ) ( 1 × 10 )
9 -7 -7
→ k ⋅ q 1q 3
F 1,3 = =
| r 1,3 |
→ 2 9
| |
→
F 1,3 = 4 × 10 - 5N = | →
F2 , 3 |
| | |
→
F3
2 →
= F1 , 3 | |
2 →
+ F2 , 3 | 2
| | |(
→
+ 2 F1 , 3 F2 , 3
→
cos60 o )
|| ()
→ 2 1
F3 = 16 × 10 - 10 + 16 × 10 - 10 + 2 × 16 × 10 - 10 2
= 48 × 10 - 10
|F | = 6,93 × 10
→
3
-5
N
TEORIA NA PRÁTICA
Uma partícula livre, com massa m = 1,80. 10 - 9Kg, foi eletrizada com uma pequena carga
q = 32. 10 - 19C e está sob a ação elétrica de outra partícula, porém imóvel, com carga Q = - 32. 10 2C. A
partícula q gira em um plano horizontal, sem fricção, em um Movimento Circular Uniforme (MCU), sob a
ação da força elétrica devido à carga Q.
RESOLUÇÃO
Para solucionarmos o problema, basta escrevermos a força elétrica e a força centrípeta, que devem ser
iguais em módulo para uma trajetória circular em raio constante de um MCU. Assim, obteremos a
velocidade tangencial da partícula q. Vamos aos cálculos:
→ kq | Q |
F Coulomb = - r̂
r2
→ mv 2
F Centripeta = - r̂
r
kqQ mv 2
=
r2 r
kqQ
v 2 = mr
( 9 × 10 ) ( 32 × 10 ) ( 32 × 10 )
9 - 19 2
v2 =
( 1,80 × 10 ) ( 1 ) -9
v 2 = 51.200
v = 226,27m / s
VERIFICANDO O APRENDIZADO
N . M 2
K = 8,99. 10 9 .
C2
A) y = 0,130m
B) y = 0,361m
C) y = 234,6m
D) y = 256,0m
(FONTE: O AUTOR)
N . M 2
9
CONSIDERE K ≈ 9. 10 . QUAL É A FORÇA RESULTANTE SOBRE A CARGA
C2
Q3 ?
→
A) F R = 0,50N î
→
B) F R = 3,20N î
→
C) F R = 2,30N î
→
D) F R = 1,80N ĵ
GABARITO
1. Uma gotícula de óleo, com massa m = 1,80. 10 - 9Kg, que foi eletrizada com uma pequena carga
q = 16. 10 - 19C, está sob a ação eletrostática de outra partícula, imóvel, com carga positiva
Q = 16. 10 - 2C. Ambas estão em uma mesma vertical exata, mas a partícula Q está apoiada sobre
uma mesa. O sistema todo se encontra no vácuo.
N . m 2
de Coulomb no vácuo é k = 8,99. 10 9 .
C2
Com qual distância vertical (y) entre as cargas essa circunstância de equilíbrio poderia ser
possível?
A força peso da gotícula de óleo e a força de Coulomb entre as cargas devem se equilibrar neste
problema. Assim, para encontrarmos a distância entre as partículas, seus módulos devem ser iguais.
Vamos aos cálculos:
→
P = - mg ȷ̂
→ KqQ
F Coulomb = ȷ̂
y2
|P | = | FCoulomb |
→ →
kqQ
mg =
y2
y 2 = 0.13033
y = 0,361m
2. (TIPLER, 2011) Três cargas elétricas puntiformes estão alinhadas sobre o eixo x. A carga
q 1 = 25μC está na origem, q 2 = 10μC está em x = 2m, e q 3 = 25μC está em x = 3m, como mostra o
gráfico a seguir:
(Fonte: o Autor)
N . m 2
Considere k ≈ 9. 10 9 . Qual é a força resultante sobre a carga q3?
C2
→
kq 1q 3
F1 , 3 = 2 ı̂
x 1,3
→
kq 2q 3
F2 , 3 = 2 ı̂
x 2,3
→ → →
FR = F1 , 3 + F2 , 3
→ ( 9 × 10 ) ( 25 × 10 ) ( 20 × 10 )
9 -6 -6
F1 , 3 = ı̂
32
→
( 9 × 10 ) ( 10 × 10 ) ( 20 × 10 )
9 -6 -6
F2 , 3 = ı̂
12
→
F R = 0,5Nı̂ + 1,8Nı̂
→
F R = 2,30Nı̂
CAMPO ELÉTRICO
A despeito de sua importância na previsão do cálculo da interação eletrostática, a Lei de Coulomb é uma
lei de força fenomenológica, obtida da observação e experimentação do fenômeno e modelada para
representá-lo.
SAIBA MAIS
Em nenhum momento, a Lei de Coulomb explica como o fenômeno ocorre. De outra forma, se ela prevê o
surgimento da força eletrostática entre duas cargas posicionadas em pontos espaciais determinados, é certo
que se trata de uma lei de ação a distância, ou seja, sem contato.
Logo, como é possível que uma carga elétrica saiba, ou melhor, detecte a existência da outra carga
elétrica e, então, sobre ela atue a força de Coulomb? Quem transmite a informação da interação
eletrostática?
VOCÊ SABIA?
Nosso órgão óptico (olho) possui cargas elétricas disponíveis em nossas células fotossensíveis da retina
humana, que são excitadas eletricamente na presença de campo elétrico.
A luz, composta por radiação eletromagnética, com componente elétrica e magnética, ao atingir a retina
de qualquer animal, excita, essencialmente, as cargas nessas células por meio do campo elétrico. Essa
excitação elétrica ou vibração é transmitida por canais neurais até nosso cérebro, que decodifica essa
informação como imagem. Então, o que enxergamos são campos elétricos. Nossa evolução e de todas
as espécies vivas com visão nos permitiu compreender essa radiação elétrica detectada como um de
nossos sentidos.
RESUMINDO
Quem transmite a informação elétrica é o campo elétrico. Por campo, definimos como uma distribuição
contínua de certa grandeza em uma região do espaço.
(Fonte: Wikipedia)
“Físico alemão que explicou as leis que regem o movimento dos corpos e das estrelas, unificando
a física terrestre e celeste. Um de seus trabalhos deu uma interpretação do efeito fotoelétrico com
base na hipótese de que a luz é composta de quantum individual, mais tarde chamado de fótons.
Outros trabalhos lançaram as bases da Teoria da Relatividade – ponto de partida da física
moderna.”
Essa é a essência da interação a distância mediada por um mediador de interação a distância, que os
físicos de partículas chamam, em uma representação matemática elegante de campos potenciais, de
campo de Gauge, campo mediador ou campo de fótons – esta última em uma descrição quântica.
Duas cargas elétricas interagem mediadas por um campo elétrico, que transmite a informação elétrica –
nesse caso, eletrostática.
Mas a teoria eletrodinâmica clássica não prevê fenômenos de partículas fundamentais. Assim, apesar de
conhecermos a natureza do campo elétrico, como um campo Fotônico, a teoria de Maxwell não lida com
essa escala de energias e tamanhos.
(Fonte: Wikipedia)
Físico britânico que enunciou as leis que regem o movimento das partículas subatômicas com a
ideia revolucionária de uma descrição quântica e relativística desses fenômenos, onde a dinâmica
do elétron pode ser descrita por uma equação quântico-relativística quadridimensional, numa
extensão da mecânica quântica de Erwin Schrödinger. Conclui-se dessa representação que o
elétron deve possuir um grau de liberdade intrínseco (spin eletrônico), estritamente quântico, e
também que pode ser encontrado em estados de energia negativa. A esse respeito, Dirac sugeriu
que um elétron naquele estado seria equivalente a uma partícula carregada positivamente de vida
curta. Posteriormente, sua hipótese se mostrou correta e a nova partícula detectada foi chamada
de pósitron, a primeira partícula de anti-matéria detectada após sua descrição teórica prévia. Uma
inversão da ordem natural até então. Uma frase famosa de Dirac diz: Se a matemática é elegante
e bela, deve satisfazer algum fenômeno da natureza. A partir de Dirac, os modelos teóricos de
partículas passaram a anteceder as observações”.
O que a teoria eletrodinâmica clássica prevê perfeitamente é que esse fenômeno, da mediação de
uma interação por um campo de interação a distância, é relativístico, a despeito de Maxwell ter
acreditado na hipótese do éter.
RESUMINDO
A informação propaga à velocidade limite das informações, à velocidade da luz, exatamente como
previsto por Einstein em sua relatividade especial.
A grande curiosidade disso é que a teoria de Maxwell e todas as suas interpretações foram propostas
por ele em 1867, enquanto a teoria da relatividade especial de Einstein, em 1905, mas a teoria de
Maxwell satisfaz os princípios relativísticos de Einstein.
(Fonte: o Autor)
Linhas de campo eletrostático.
Cargas de atributo negativo
Sim, as cargas eletrostáticas são fontes dos campos eletrostáticos, emitidos e detectados por
distribuições discretas de cargas — objetivo de estudo neste módulo.
As figuras a seguir nos auxiliam na compreensão desse fenômeno das linhas de campo elétrico em três
situações:
(Fonte: o Autor)
FIGURA A
Esta figura é da distribuição do campo elétrico visualizado indiretamente, pelo depósito da limalha de
ferro no fundo do recipiente, indicando haver campo elétrico emitido pela carga Q.
(Fonte: o Autor)
FIGURA B
Denota as linhas de campo elétrico emitidas e recebidas por duas cargas, uma carga positiva e outra
negativa. Repare que com cargas opostas, as linhas de campo parecem se abraçar, pois a força elétrica
é atrativa nesse caso.
(Fonte: o Autor)
FIGURA C
Denota as linhas de campo elétrico emitidas por duas cargas positivas. As linhas de campo se repelem,
pois a força de Coulomb é repulsiva nesse caso.
Sempre que detectarmos força elétrica de Coulomb, haverá campo elétrico, que faz a mediação entre as
cargas. Então, funciona assim:
Mas como identificamos o campo elétrico de cargas elétricas? Vejamos a partir de agora.
→ → →
F = F 1 + F 2 + F 3… =
→
4πϵ 0
1
( q 1Q
2
r1
r̂ 1 +
q 2Q
2
r2
r̂ 2 +
q 3Q
2
r3
r̂ 3 + …
)
Q
= 4πϵ
0 ( q 1r̂ 1
2
r1
+
q 2r̂ 2
2
r2
+
q 3r̂ 3
2
r3
+…
)
→ →
F = QE
1 n qi
→
E(r) ≡ 4πϵ ∑ 2 r̂ i
0 i=1 r i
Na qual:
Permissividade do vácuo:
C2
ϵ 0 = 8,85 × 10 - 12
N . m2
1 N . m 2
k = 4πϵ = 8,99 × 10 9 2
0 C
→
Assim, podemos definir o campo eletrostático (E) a partir da Lei de Coulomb. Toda carga elétrica fonte
será emissora de campo elétrico. Além disso, toda carga elétrica de prova será excitada por campo
elétrico, sofrendo a ação da força de Coulomb.
DEMONSTRAÇÃO
Sejam duas cargas elétricas (+q e –q) que estão posicionadas sobre o eixo x, de um sistema
coordenado xy, nas posições –a e +a, respectivamente. Vamos obter o campo elétrico de Coulomb
→
resultante (E R) em um ponto qualquer do eixo y.
RESOLUÇÃO
→
Neste exemplo, E R terá somente componente horizontal. Por convenção, o campo elétrico da carga +q (
→ →
E 1) será repulsivo. Como a segunda carga fonte tem atributo negativo (-q), seu campo elétrico (E 2) será,
por convenção, atrativo.
Estas convenções são largamente usadas: cargas positivas têm campo repulsivo, e cargas negativas
têm campo atrativo, como nas linhas de campos das figuras a, b e c analisadas anteriormente.
(Fonte: o Autor)
→ q
E1 = k r̂ 1
| |
→
r1 2
→
r 1 = a î + y ȷ̂
| |
→
r1 = √a 2 + y 2
→
r1 aıˆ + yˆȷ
r̂ 1 = =
| r1 |
→
√a 2 + y 2
→
E1 = k
q
(a +y ) (a +y )
2 2
⋅
[ ] aıˆ + yˆȷ
2 2 1/2
→
E1 = k
( a2 + y2
q
) 3/2 [ ]
aı̂ + y ȷ̂
→ q
E2 = - k r̂ 2
| r2 | 2
→
→
r 2 = - aı̂ + y ȷ̂
| |
→
r2 = √a 2 + y 2
→
r2 - aıˆ + yj
r̂ 2 = =
| r2 |
→
√a 2 + y 2
→
E2 = - k
(a + y )
2
q
2 [ ]
- aıˆ + yj
√a 2 + y 2
→
E2 = - k
(a + y )
2
q
2 3/2 [ ]
- aı̂ + y ȷ̂
→
Então, E R será igual a:
→ → →
ER = E1 + E2
→
ER = k
( a2 + y2
q
) 3/2 []
2aı̂
MÃO NA MASSA
A = 10CM
Y = 17,32CM
→
A) E R = 450,56N ĵ
→ N
B) E R = 450,56 ĵ
C
→
C) E R = 450,56
→ N
D) E R = 450,56 î
C
A)
→
A) E R = k
(
q
a2 + y2 ) 3/2 []
2y ĵ
A)
B)
→
B) E R = k
(a +y )
2
q
2 3/2 [] 2y
B)
C)
→
C) E R = k
(a +y )
2
qQ
2 3/2 [] 2a ĵ
C)
D)
→ q
D) E R = k 3 [2y] î
( a2 + y2 ) 2
D)
A)
( )
→
A) E R = (12,75N) î + 12,75N ĵ
A)
B)
( - 6,37N / C )
→
B) E R = (- 6,37N / C) +
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
B)
C)
( - 6,37N / C )ĵ
→
C) E R = (- 6.37N / C) î +
C)
D)
→
D) E R = (- 12,74N / C)
D)
A)
→
A) E R = 4,5N / C î
A)
B)
→
B) E R = - 5,184. 10 - 5N ĵ
B)
C)
→
C) E R = - 25.920N / C ĵ
D)
→
D) E R = 25.920N / C
D)
| |
→
V0 = 10 6M / S, PERPENDICULAR A ESSE CAMPO.
ABSOLUTA E | | = 1,6. 10 - 19
C, A MASSA DO ELÉTRON M E = 9,1. 10 - 31KG E O
| |
→
F ELE .
A) 2,8 × 10 - 14
B) 2,8 × 10 13
C) 3,6 × 10 - 14
D) 3,6 × 10 13
A)
→
( ) ( )
A) E R = 4 × 10 4N / C î + 8 × 10 5N / C ĵ
A)
B)
→
( ) ( )
B) E R = 4 × 10 3N / C î + 8 × 10 4N / C ĵ
B)
C)
→
( ) ( )
C) E R = 8 × 10 4N / C î + 4 × 10 5N / C ĵ
C)
D)
→
( ) (
D) E R = 4 × 10 4N î + 8 × 10 5N ĵ)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
D)
GABARITO
1. Vamos considerar o mesmo problema anterior, mas, agora, com os seguintes dados
numéricos:
q = 2nC
2
N.m
k≈ 9. 10 9 2
C
a = 10cm
y = 17,32cm
Lembre-se de que 1nC = 10 - 9C e 1cm = 10 - 2m. Todas as unidades devem ser expressas no
Sistema Internacional de Unidades (SI), para que o resultado da intensidade do campo elétrico
seja em newtons/coulomb (N / C). O campo elétrico resultante é:
→
ER = k
(a +y )
2
q
2 3/2 [] 2a î
( 9 ⋅ 10 ) ⋅ ( 2 ⋅ 10 )
[ ]
9 -9
→
ER = 2 ⋅ 10 ⋅ 10 - 2ı̂
[ ( 10 ⋅ 10 ) -2 2
+ ( 0,1732 ) 2 ] 3/2
→
ER =
18
→ 18 ⋅ 0,2
ER = ı̂
0,00799
→ N
E R = 450,56 C î
()
→ →
Se não tivéssemos a cota de y, o resultado seria uma função de y : E R = E R y .
2. Sejam duas cargas elétricas iguais (q e q), posicionadas sobre o eixo x, de um sistema
coordenado xy, nas posições –a e +a, respectivamente. O campo elétrico de Coulomb resultante (
→
E R), experimentado por uma carga de prova (Q), em um ponto qualquer do eixo y, é:
SUPERPOSIÇÃO DE CAMPOS 1
3. Uma carga positiva, q 1 = 4nC, foi posicionada na origem de um sistema coordenado xy. Outra
carga positiva, q 2 = 12nC, foi posicionada no ponto (4,4) desse plano cartesiano.
Calcule o campo eletrostático resultante que atua sobre uma terceira carga elétrica negativa,
q 3 = - 2nC, localizada no ponto (2,2), no mesmo plano cartesiano. As unidades de comprimento
estão em metros. O resultado do cálculo é:
SUPERPOSIÇÃO DE CAMPOS 2
4. Uma carga elétrica q 1 = - 6nC está sobre o eixo y em y = 3cm, e outra carga q 2 = - 6nC está
N . m 2
sobre o eixo y em y = - 3cm. Considere a constante de Coulomb no vácuo k ≈ 9. 10 9 .
C2
Qual é o campo elétrico que atua sobre uma carga de prova q 0 = 2nC, localizada no eixo x, em x =
4cm?
| | = 2.000N / C, com
→
5. Um elétron é lançado em um campo elétrico uniforme de módulo E
| |
→
velocidade inicial, em módulo, v 0 = 10 6m / s, perpendicular a esse campo.
Suponha que a velocidade do elétron ainda possa ser considerada um problema clássico.
Considere a carga elétrica absoluta e | | = 1,6. 10 - 19C, a massa do elétron m e = 9,1. 10 - 31Kg e o
Comparando o peso do elétron à força elétrica que atua sobre ele, calcule a relação do módulo da
| |
→
F ele .
| Fele |
→
| |
e E
→
( 1,6 × 10 ) ⋅ ( 2.000 )
- 19
= =
|P | m |g |
( 9,1 × 10 ) ( 9,81 )
→ →
- 31
= 3,6 × 10 13
6. Seja uma carga de prova Q = 5nC, posicionada em determinado ponto do espaço, sob ação de
uma força elétrica:
( ) ( )
→
F elet . = 2. 10 - 4 N î + 4. 10 - 3 N ĵ
→ →
F elet. = QE
→ ( 2 × 10 N ) ı̂ + ( 4 × 10 N ) ȷ̂
-4 -3
E=
5 × 10 - 9C
( N
) (
E = 4 × 10 4 C ı̂ + 8 × 10 5 C ȷ̂
N
)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
TEORIA NA PRÁTICA
Considere os antigos tubos de imagem de TV. Um dos elétrons emitidos dentro do tubo possui
||
→
velocidade inicial, em módulo, v 0 = 10 6m / s, perpendicular a um campo elétrico uniforme de módulo
|E | = 2.000N / C.
→
Qual será a deflexão vertical desse elétron após percorrer 1cm horizontalmente?
Suponha que essa velocidade do elétron possa ainda ser considerada como de um problema clássico.
Considere a carga elétrica absoluta e | | = 1,6. 10 - 19C e a massa do elétron m e = 9,1. 10 - 31Kg.
RESOLUÇÃO
Para o elétron percorrer 1cm na horizontal, será necessário um tempo t, tal que, nesse intervalo de
tempo, desloque-se na vertical como em um Movimento Uniformemente Variado (MUV), pois sua
aceleração será fornecida pela força elétrica de Coulomb, partindo de velocidade inicial vertical nula.
Assim, temos:
Δx 10 - 2m
t= v = 6 = 10 - 8s
0 10 m / s
( |e | |E |
)
→
1 1
Δy = 2 at 2 = 2 me
t2
Δy =
1
2 ( 1,6 × 10 - 19 ⋅ 2000
9,1 × 10 - 31 ) (10 ) -8 2
Δy = 0 ,01758 m ≡ 1 ,76 cm
VERIFICANDO O APRENDIZADO
(FONTE: O AUTOR)
A)
→
kq 1 kq 2
A) E = - î - î
x2 (x-a) 2
A)
B)
→
kq 1 kq 2
B) E = î + î
x2 (x-a) 2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
B)
C)
→
kq 1 kq 2
C) E = -
x2 (x-a) 2
C)
D)
→
kq 1 kq 2
D) E = î - î
x2 (x-a) 2
D)
(FONTE: O AUTOR)
→
A) E R = -
kq 2a
( a2 + y
2
)
3
2
î +
[ ] kq 1
y2
+
kq 2y
a3
ĵ
A)
B)
→
B) E R = -
kq 2a
2
(a +y
2
)
3
2
î +
[ kq 1
a2
+
2
(a +y
kq 2y
2
)
3
2 ] ĵ
B)
C)
→
C) E R = -
kq 2a
( a2 + y
2
)
3
2
î +
[ kq 1
y2
+
( a2 + y
kq 2y
2
)
3
2 ] ĵ
C)
D)
→
D) E R = -
kq 1a
y2
[
î +
kq 2
y2
+
kq 2y
( a2 + y
2
)
3
2 ] ĵ
D)
GABARITO
1. (Adaptado de: TIPLER, 2011) Uma carga positiva (q 1) está na origem de um sistema
coordenado, e uma segunda carga (q 2) está sobre o eixo x em x = a. Observe:
(Fonte: o Autor)
Calcule o campo elétrico resultante em pontos sobre o eixo x, na região 0 < x < a, entre as
cargas, ou seja, o campo como função de x, para essa região, relativa às cargas. O resultado do
cálculo é:
Temos aqui três regiões de campo elétrico ao longo do eixo x : x > a, 0 < x < a e x < 0. Nessas regiões,
o campo elétrico terá sentidos diferentes.
Na região x > a, o campo terá orientação positiva para as duas cargas. Na região 0 < x < a, o campo de
q 1 terá orientação positiva, mas o campo de q 2 terá orientação negativa. Na região x < 0, o campo será
negativo para ambas as cargas. Assim, temos:
→
E=
kq 1
x2
ı̂ +
(
kq 2
x - a )2 ( )
ı̂ x > a
→
E=
kq 1
x2
ı̂ -
kq 2
(x-a) 2 ( )
ı̂ 0 < x < a
→
E= -
kq 1
x2
ı̂ -
(
kq 2
x - a )2
( )
ı̂ x < 0
2. Uma carga positiva (q 1) está na origem de um sistema coordenado, e uma segunda carga (q 2)
está sobre o eixo x em x = a. Observe:
(Fonte: o Autor)
Calcule o campo elétrico resultante em um ponto P sobre o eixo y, ou seja, o campo como função
de (x, y) em P. O resultado do cálculo é:
(Fonte: o Autor)
→
→ →
ER = E1 + E2
→ kq 1
E1 = r̂ 1
| | →
r1 2
→
r 1 = y ȷ̂
r̂ 1 = ȷ̂
→ kq 1
E 1 = 2 ȷ̂
y
→ kq 2
E2 = r̂ 2
||
→ 2
r2
→
r 2 = - aı̂ + y ȷ̂
| |
→
r2 = √a 2 + y 2
aı̂ + yȷ̂
r̂ 2 = -
√a 2 + y 2
→
E2 =
(
kq 2
a2 + y2 ) 3/2 ( ) - aı̂ + y ȷ̂
Então:
→
ER = -
(a +y )2
kq 2a
2 3/2
ı̂ +
[ kq 1
y2
+
kq 2y
(a +y )
2 2 3/2 ] ȷ̂
MÓDULO 3
POTENCIAL ELÉTRICO
Potencial elétrico é a energia potencial elétrica, por unidade de carga elétrica, necessária para deslocar
uma carga de prova na presença de um campo elétrico, com unidade volt, do Sistema Internacional de
Unidades (SI), também chamada de Diferença de Potencial Elétrico (DDP) ou tensão elétrica.
EXEMPLO
Se estabelecermos uma Diferença de Potencial Elétrico entre dois pontos, digamos, uma tomada elétrica, ao
posicionarmos cargas elétricas nesse campo elétrico, isto é, cargas disponíveis em um fio condutor, essas
cargas serão deslocadas.
Carga de prova é a que detecta a existência de campo elétrico. Somente cargas elétricas detectam
campos elétricos.
A definição mais simples do conceito de potencial elétrico é a energia potencial elétrica por carga de
prova para trazer tal carga da região de potencial zero, também chamado de neutro, até o ponto de
localização da carga.
RESUMINDO
Se liberarmos uma carga de prova positiva em uma região de campo elétrico repulsivo, ela tenderá à posição
do potencial neutro.
Para cada estrutura de campo elétrico, teremos uma Diferença de Potencial Elétrico entre dois pontos
diferentes. De outra maneira, entre dois pontos quaisquer em um campo elétrico haverá uma Diferença
de Potencial Elétrico entre eles, que é a energia, por unidade de Carga, necessária para deslocar uma
carga elétrica entre os mesmos dois pontos.
(Fonte: o Autor)
DDP entre dois pontos na presença de campo elétrico.
O potencial elétrico é uma grandeza escalar com comportamento dependente de cada estrutura de
campo elétrico a ser definida pela fonte do campo. Mas será sempre a energia, por carga, que cargas
elétricas adquirem entre dois pontos, como na imagem anterior. Assim, em uma rede ou instalação
elétrica, a DDP é a energia, por carga, que as cargas disponíveis nessa rede adquirem e as faz mover.
Para cada estrutura de campo elétrico, teremos superfícies equipotenciais, ou seja, superfícies de
mesmo potencial elétrico nessa estrutura de campo elétrico, de forma que, nessas superfícies, a energia
por carga será a mesma ao longo dessas superfícies.
Nas figuras a seguir, vemos superfícies equipotenciais para cargas puntuais e placas paralelas
carregadas. Repare que as Superfícies Equipotenciais têm o mesmo valor de potencial elétrico, a
depender da distância da fonte de campo elétrico:
(Fonte: o Autor)
Superfícies equipotenciais.
→ → →
Considere uma carga elétrica de prova (Q) submetida à força elétrica F = Q E em um campo elétrico (E).
Se quisermos deslocar a carga de um ponto inicial a até um ponto final b, necessariamente, deveremos
executar um trabalho mecânico. A força necessária ao trabalho, com velocidade constante, deverá ser
→
- QE, que é oposta à força elétrica.
Pense no exemplo gravitacional. Se o peso que age sobre uma massa m é uma força vertical, de cima
→
para baixo, igual a P = - mg ĵ, para levantarmos essa mesma massa, à velocidade constante e
contrariamente à atração gravitacional, deveremos executar um trabalho mecânico com uma força
→
oposta ao peso: F = mg ĵ.
Se substituirmos, nesta equação, a força necessária ao trabalho mecânico sobre uma carga de prova (Q
→
) entre os pontos inicial e final, na presença de um campo elétrico (E), teremos:
b → →
W = - ∫ aQE. d l
W
Potencial Elétrico: ∆ V = V b - V a = .
Q
→ →
∆ V = V b - V a = - ∫ baE. d l
Nesse momento, é necessário que o campo elétrico seja conservativo, isto é, que o trabalho mecânico
em uma trajetória fechada seja nulo, o que equivale à integral acima ser 0 (zero) quando a = b. Logo,
temos:
→ →
∮ E. d l = 0
Desse modo, o potencial elétrico não dependerá do caminho como a carga de prova (Q) se desloca
desde a até b, mas somente desses pontos inicial e final.
ATENÇÃO
Em termos do potencial elétrico, a diferença de potencial entre um ponto e ele mesmo, em uma trajetória
fechada, deverá ser 0 (zero). Parece óbvio, quando medimos o potencial elétrico (tensão elétrica ou
DDP) em uma rede elétrica no mesmo ponto, mas somente forças e campos conservativos satisfazem a
esse princípio.
EXEMPLO
Por exemplo, campos elétricos induzidos por variações de fluxos de campos magnéticos não satisfazem a
esse preceito, como veremos mais tarde. Forças de fricção também não satisfazem a esse princípio de
conservação.
Mas, por enquanto, as forças elétricas com que lidamos são coulombianas, ou seja, inversamente
proporcionais ao quadrado da distância entre as cargas, o que garante comportamento conservativo,
pois pertencem à classe das forças centrais, assim como a atração gravitacional de Newton.
Assim sendo, não se preocupe. Por ora, estamos lidando com campos eletrostáticos, que satisfazem à
Lei de Coulomb e à definição de Diferença de Potencial Elétrico da equação anterior. Além disso, o
princípio de conservação da energia se aplica local e globalmente.
ATENÇÃO
Cuidado com a similaridade de nomenclaturas entre a Diferença de Potencial Elétrico e a energia potencial
elétrica, que são conceitos diferentes.
A Diferença de Potencial Elétrico tem, como definição de unidade no SI, 1 Volt = 1 joule / coulomb.
Energia potencial elétrica
A energia potencial elétrica (U = QV) tem unidade de energia, que, no SI, é joule.
newton volt
É muito comum o uso, como unidade de campo elétrico, de 1 coulomb = 1 metro . Então, generalizando a
definição de potencial elétrico, temos:
→ →
V(r) = - ∫ ar E. d l
Na qual a é um ponto de referência espacial, em que V(a) = 0. O potencial será positivo ou negativo,
dependendo da carga fonte do campo.
Também podemos inverter a operação da equação e escrever, de forma equivalente, o campo como o
gradiente da função potencial:
→ →
E = - ∇ V(r)
Esta última forma é muito útil quando temos a função potencial e desejamos calcular o campo elétrico.
DEMONSTRAÇÃO
→
Se nossa carga de prova (Q) for deixada em uma região de campo elétrico (E), sofrerá a ação da força
→ →
elétrica F = Q E acelerada na direção e no sentido das linhas de campo elétrico, como mostra a figura a:
(Fonte: o Autor)
A carga de prova ganhará energia cinética, perdendo, em troca, sua energia potencial, e se deslocará da
região de campo elétrico com maior potencial elétrico, onde o campo elétrico é mais intenso, pois as
linhas estão mais próximas, para a região de campo elétrico com menor potencial elétrico, onde as
linhas de campo estão mais afastadas (figura a).
DICA
As linhas de campo elétrico sempre apontam na direção e no sentido do potencial elétrico decrescente.
Na configuração mais simples para o cálculo da Diferença de Potencial Elétrico, considere uma única
carga eletrostática positiva (q) como fonte do campo eletrostático radial, conforme apresentado na figura
b anterior.
Agora, calculemos a Diferença de Potencial Elétrico, quando uma carga de prova (Q) se desloca vindo
de regiões mais afastadas, no sentido de encontrar a fonte q.
ATENÇÃO
A Diferença de Potencial Elétrico será o trabalho, por unidade de carga, necessário para deslocar a carga de
prova (Q) desde o ponto a até o ponto b, mais próximo da fonte do campo.
Logo, aplicando a definição de cálculo da Diferença de Potencial Elétrico, conforme a figura b, temos:
→ →
∆ V = V b - V a = - ∫ baE. d l
Quando lidamos com energias e potenciais, precisamos definir a referência de zero energia e potencial
de cada sistema físico. No caso de distribuições discretas de cargas eletrostáticas, usamos a distância
infinita r a → ∞, em que o potencial elétrico será claramente 0 (zero): V a → ∞ = 0.
Assim, a Diferença de Potencial Elétrico deste problema e de toda carga eletrostática discreta terá
solução para qualquer valor de r (potencial coulombiano), com exceção da origem, onde não é
definida na teoria clássica:
k q
V(r) = r
Ou seja, a carga q será fonte de campo elétrico coulombiano e do potencial elétrico da equação acima.
Então, o trabalho mecânico para trazer a carga de prova (Q) desde a distância onde o potencial
elétrico V(r) é zero, no infinito, até uma distância r será:
k qQ
W = QV(r) =
r
N q i
V(p) = V 1 + V 2 + V 3 + …V N = ∑ k r
i=1 i
MÃO NA MASSA
A) V(P) = 9,0 × 10 9V
B) V(P) = 4,44 × 10 4V
C) V(P) = 1,62 × 10 4V
D) V(P) = 12,93 × 10 4V
A) W = 0,11J
B) W = 10,95J
C) W = 1,62J
D) W = 12,93J
B) ∆ V = 1,25 × 10 5 volts
C) ∆ V = 1,25 × 10 6 volts
D) ∆ V = 1,25 × 10 - 6 volts
kq
A) V(p) =
( a + y )
2 2 1/2
B) V(p) = 0
2kq
C) V(p) =
( a + y )
2 2 1/2
2kq
D) V(p) =
( a + y ) 1 / 2
kq
A) V(p) =
( a + y )
2 2 1/2
B) V(p) = 0
2kq
C) V(p) =
( a + y )
2 2 1/2
2kq
D) V(p) = 1
( a + y ) 2
GABARITO
Desenhe o ponto de medida P, em P = (0,3)m, e calcule as distâncias diagonais desse ponto às três
cargas sobre o eixo x nas posições das cargas: em x = 0, x = 3m e x = 6m. Aplicando o princípio de
superposição, temos:
()
V P = V1 + V2 + V3
()
V P =
kq 1
r1
+
kq 2
r2
+
kq 3
r3
()
V P = 9 × 10 9
[ 2C
3
-
2C
3√ 2
+
2C
√45 ]
() [
V P = 9 × 10 9 0,6667 - 0,4714 + 0,2981 ]
V(P) = 4,44 × 10 9 volts
2. Três cargas eletrostáticas positivas de 2μC cada estão nos vértices de um quadrado com 3m
de aresta. Qual é o potencial elétrico medido no vértice vazio?
Duas das cargas distam 3m, e a outra, 3√2m do vértice vazio. Então:
kq 1 kq 2 kq 3
V= r1
+ r2
+ r3
V= 9×
( )( 10 9
2 × 10 - 6
3
+
2 × 10 - 6
3
+
2 × 10 - 6
3√ 2 )
V = 1,62 × 10 4V
3. Três cargas eletrostáticas positivas de 3μC cada estão nos vértices de um quadrado com 2m
de aresta. Qual é o trabalho (W) necessário para posicionar uma quarta carga de igual valor no
vértice vazio?
4. Considere uma partícula com carga elétrica Q = 10 - 6C e massa m = 10 - 3kg, que é acelerada,
na presença de um campo elétrico uniforme e unidimensional, desde o repouso até atingir uma
velocidade de 50m / s. Qual é a Diferença de Potencial Elétrico necessária para fazer a partícula
atingir essa velocidade?
W = ΔK
1 2 1 2
W= mv final - mv inicial
2 2
W=
1
2 ( ) (
× 1 × 10 - 3 × 50) 2
W = 1,25 Joules
5. Considere duas cargas elétricas (+q e –q), de um dipolo elétrico, que estão posicionadas sobre
o eixo x de um sistema coordenado xy, nas posições –a e +a, respectivamente. Calcule o
potencial elétrico em um ponto p ao longo da direção y:
POTENCIAL DE DIPOLO
6. Considere duas cargas elétricas positivas (+q e +q) que estão posicionadas sobre o eixo x, de
um sistema coordenado xy, nas posições –a e +a, respectivamente. Calcule o potencial elétrico
em um ponto p qualquer ao longo da direção y:
Pela definição de potencial elétrico de cargas discretas, basta calcular a distância escalar entre as
cargas fonte e o ponto p e somar as duas contribuições. Assim, temos:
V 1(p) =
(a +y )
2
kq
2 1/2 ()
V 2 p =
(a +y )
2
kq
2 1/2
() ()
V p = V1 p + V2 p ()
()
V p =
(a +y )
2
2kq
2 1/2
TEORIA NA PRÁTICA
Uma carga elétrica puntiforme (q) gera, a partir da origem de um espaço tridimensional (x, y, z), uma
k q
função potencial com expressão: V(x, y, z) = . Calcule a componente do campo elétrico
√ ( x2 + y2 + z2 )
na direção x.
RESOLUÇÃO
Vamos aplicar a definição do campo elétrico a partir do gradiente do potencial e expressar o campo E x.
Assim, temos:
→ →
E = - ∇V
( ∂ ∂
E = - ı̂ ∂ x + ȷ̂ ∂ y + k̂ ∂ z V x, y, z
∂
)( )
∂
E x = - ∂ x V x, y, z
( )
Ex = - ∂ x
∂
[( √
kq
x2 + y2 + z2 ) ]
E x = - kq ⋅ ( )-2
1
(
⋅ x2 + y2 + z2 ) -3/2
⋅ 2x
k q x
Ex =
(x +y +z )
2 2 2 3/2
VERIFICANDO O APRENDIZADO
q
A) V(r) = k
r2
q
B) V(r) = - k
r
()
C) V r = k r
q
q2
D) V(r) = k r
→ q
A) E(r) = k
r2
→ q
B) E(r) = k r
→ q
C) E(r) = k r r̂
→ q
D) E(r) = k 2 r̂
r
GABARITO
1. Considere o campo elétrico coulombiano tridimensional de uma partícula carregada com carga
→ q
elétrica (q) positiva, ou seja, E(r) = k 2 r̂. Calcule o potencial elétrico gerado por essa partícula
r
como função da distância radial esférica:
Aplicando a definição de potencial elétrico para uma partícula carregada, vamos considerar, como de
hábito, que o potencial seja nulo na distância infinita da fonte do campo (V(∞) = 0):
→ q
E(r) = k 2 r̂
r
→ → →
r
V(r) = - ∫ ref E ⋅ d l onde d l = r̂dr
()
V r' = - ∫∞
r ' kq
r2
(r̂ ⋅ r̂ )dr
|
r'
() r ' kq kq
V r' = - ∫ ∞ 2 dr =
r r
∞
kq
V(r) = r
2. Considere o potencial elétrico tridimensional de uma partícula carregada com carga elétrica (q)
q
positiva, ou seja, V(r) = k r , na qual r é a distância radial esférica. Calcule o vetor campo elétrico
gerado por essa partícula como função da distância radial:
kq
V(r) =
r
→ →
E (r) = - ∇ V(r)
→ ∂ 1 ∂ 1 ∂
∇ ≡ r̂ + θ̂ + ϕ̂
∂r r ∂θ r sen θ ∂ ϕ
[]
→ ∂ kq
E (r) = - r̂ ∂ r r
→ kq
E (r) = r̂
r2
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A compreensão da teoria eletromagnética e de seus fenômenos pressupõe o estudo dos conceitos de
carga elétrica, campo elétrico, potencial elétrico e suas relações, o que entendemos hoje como teoria
eletrodinâmica clássica. Esses conceitos são a base de toda a nossa tecnologia e experiência
contemporânea.
Neste tema, você estudou os fenômenos, os conceitos e as definições da eletrostática para distribuições
discretas de cargas elétricas. Aqui, discutimos e exercitamos os fundamentos clássicos da carga
elétrica, da Lei de Coulomb, do campo elétrico, do potencial elétrico e suas aplicações práticas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BARROS, L. M. Física Teórica Experimental III. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2017.
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo. 10. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2018. v. 3.
NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: Eletromagnetismo. 1. ed. digital. São Paulo: Blucher,
2018.
TIPLER, P. A. Física para cientistas e engenheiros. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física III – Sears & Zemansky. 14. ed. São Paulo: Addison Wesley,
2015. v. 3.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, pesquise:
James Clerk Maxwell. Grupo de História, Teoria e Ensino de Ciências da Universidade de São
Paulo (GHTC/USP);
CONTEUDISTA
Gentil Oliveira Pires
CURRÍCULO LATTES