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Cura de Pai
Obaluaiyê
É com imensa satisfação, muita emoção, que nós da Tenda de Umbanda Pai Oxalá e Caboclo
Pena Preta vamos iniciar o curso do Portal de Cura de Pai Obaluaiyê. Se estamos hoje reunidos foi com
certeza e permissão de nosso Pai Maior que concedeu mais um presente para todos nós.
Essa é mais uma etapa, mais um degrau nessa longa jornada que efetuamos no caminho de volta
à nossa casa, à casa do nosso Pai e dessa vez como aprendizes do nosso Pai Obaluaiyê.
Não é de hoje que o esoterismo, o oculto, a magia, devem ter equilíbrio entre a razão e a emoção;
a lógica, o raciocínio, o conhecimento, devem ser procurados, mas desde que possamos aplicar em nossas
vidas; pois sabendo da existência do tamanho dos mundos de nosso Pai, podemos e devemos passar ao
nosso semelhante e dessa forma ajudar, ensinar, estender uma mão ao próximo, ao amigo, ao irmão acima
de tudo amar como Jesus nos ensinou.
Agradecemos a todos colaboradores da Tenda de Umbanda Pai Oxalá e Caboclo Pena Preta e
acima de tudo agradecemos a Deus, aos Orixás, aos Pais e Mães do outro lado, aos Guias e Entidades da
Direita, da Esquerda, do em cima e do Embaixo e dedicamos a eles toda nossa vida e existência.
ENERGIA – (Prana)
Prana, do sânscrito, de “pra”, para fora e de “na”, respirar, viver, significa a energia cósmica, força
total e dinâmica, que vitaliza todas as coisas e todos os planos de atividade do espírito imortal, de onde se
manifesta a Vida. Textualmente, quer dizer “Sopro de Vida”, ou energia vital.
Prana é a vida manifestada em cada plano de atividade do espírito eterno; é o sopro vital de cada
coisa e de cada ser. Na matéria ele é a energia que edifica e coordena moléculas físicas, ajustando-as de
modo a comporem as formas em todos os reinos, como o mineral, o vegetal, o animal e o hominal. Sem
Prana, sopro indispensável, não haveria coesão molecular nem a consequente formação de um todo
definido, pois é ele que congrega todas as células independentes e as interliga em íntima relação
sustentando as formas.
O Prana, energia vital é o fio dadivoso que une as contas de imenso colar de moléculas para
plasmar as múltiplas formas de vida. Recorrendo a rude exemplo, diríamos que assim como o cimento une
os tijolos de um edifício, o Prana é a liga, o elo vital ou o elemento oculto, que associa os átomos, as
moléculas e as células para compor o universo!
AURA
A aura se divide em camadas e são definidas pela localização, cor, brilho, forma, densidade, fluidez
e função.
Corpo físico (0)
Consiste de uma estrutura definida de linhas de força sobre a qual se modela e firma a matéria
física dos tecidos do corpo. Sua cor varia do azul-claro ao cinzento e sua forma é muito parecida com o
corpo físico.
É a camada que envolve e dá proteção ao corpo físico. Qualquer desequilíbrio debilita este campo
e ficamos vulneráveis a interferências de todos os tipos.
Seu formato segue aproximadamente os contornos do corpo físico, mas não o duplica. Sua
estrutura é fluídica e parece feito de nuvens coloridas de substância fina em contínuo movimento.
Neste corpo estão nossos sentimentos (amor, raiva, ódio, e outros) e nossas sensações (medo,
coragem, tristeza, alegria, e outros). Quanto maior for o sentimento ou sensação, mais forte será a
mensagem transmitida, pelo nosso corpo emocional ao corpo físico. Em resposta a isso temos doenças,
temores, choro, etc.
Aparece geralmente como luz amarela brilhante que se irradia nas proximidades da cabeça e dos
ombros e se estende em volta do corpo. Como camada ímpar contém a estrutura de nossas ideias.
Pensamentos habituais tornam-se forças “bem formadas” muito poderosas, que depois exercem influências
em nossas vidas.
Neste corpo prevalece a voz interior, a razão, respeito aos limites. É o consciente e intuição. É
neste corpo que é permitido a uma pessoa que dê revelações, sejam nas cartas, no tarô, búzios, etc.
O corpo astral tende a ter o mesmo conjunto de cores do corpo emocional, mas geralmente
impregnadas da luz do amor (rosa). Estende-se para fora a uma distância de 15 a 30 cm do corpo. Verifica-
se grande dose de interação entre as pessoas no nível astral. Grossas bolhas de cor de várias formas
movem-se, rápidas, de um lado para outro. Umas são agradáveis outras não. Mesmo que as pessoas
digam que não, o processo de troca existe.
È o superconsciente, avalia, disciplina, controla e julga. É este corpo que decide o que será ou
não absorvido pelos outros corpos.
Também chamado de corpo Etérico Padrão, contém todas as formas que existem no plano físico,
como se fosse o negativo de uma fotografia. Estende-se a uma distância de 45 a 70 cm do corpo.
É a ligação entre o universo, Deus e nós mesmos. É o cordão que nos mantém ligados a uma
fonte suprema de energia. A ligação entre a energia da natureza e as nossas energias.
EQUILÍBRIO e RESPONSABILIDADE
Em você, existe um admirável sistema de controle e de equilíbrio planejado para manter o seu
campo áurico, o seu corpo físico e você em perfeitas condições de funcionamento. Isso é chamado de
sistema de equilíbrio. O sistema traz em si o seu padrão pessoal de totalidade. Sempre que alguma coisa
está desequilibrada ele procura automaticamente restaurar o equilíbrio. A maior parte desse sistema
funciona abaixo do nível consciente. A sabedoria que faz parte dessa região do seu ser é muito maior do
que você imagina.
No nível físico o sistema funciona sem você perceber. Se o seu estômago precisa de mais ácido,
ele não se dá o trabalho de lhe comunicar, ele simplesmente produz mais ácido. Se seu corpo precisa de
mais oxigênio, seu corpo respira mais rápido e pronto. Se, por outro lado, o corpo precisa de alguma coisa
que ele não pode dar a si mesmo, o sistema de equilíbrio funciona através dos seus sentidos para lhe avisar
do problema a fim de que você possa tomar as providências necessárias. Por exemplo, sede.
CHACRAS
Os Chacras, centros ou vórtices de energia são partes muito importantes do corpo bioplasmático.
Do mesmo modo que no corpo físico há órgãos vitais e órgão de menor importância, o corpo bioplasmático
apresenta chacras maiores, menores e mínimos.
Os maiores têm cerca de 7,50 a 10,00 cm. Controlam e energizam os principais órgãos e vitais do
corpo físico. São como usinas geradoras que fornecem energia vital a esses órgãos.
Quando essa usina funciona mal, esses órgãos adoecem porque não têm suficiente energia para
operarem adequadamente. Os menores têm cerca de 2,50 a 5,00 cm, enquanto os mínimos são menores
que 2,50 cm.
REDE DE CHACRAS
É responsável pela vitalidade e pela manutenção dos aspectos sólidos do corpo. Representa
manifestação da vida física.
Este chacra se relaciona com a juventude a ilusão, a cólera, a avareza e a sensualidade. O chacra
básico está relacionado com as glândulas suprarrenais, cujos hormônios são parte essencial de
manutenção da vida no corpo.
2.Chacra Esplênico:
3.Chacra Umbilical:
4.Chacra Cardíaco:
5.Chacra Laríngeo:
Localização: garganta
Como um dos três primeiros chacras superiores, ele se relaciona com a expressão transpessoal
e com o Eu Superior, o espírito e a alma.
6.Chacra Frontal:
Localiza-se entre as sobrancelhas, é ligada a glândula pituitária ou hipófise que tem função
coordenadora de todas as outras glândulas endócrinas. Deste modo o chacra desempenha papel
importantíssimo na vigília espiritual e toda a química do corpo.
7.Chacra Coronário:
É o centro da União Divina, é a sede da consciência, associado ao sétimo chacra está a glândula
pineal que tem por atividade receber as energias dos chacras e distribuí-las na função celular de todo o
sistema endócrino.Localiza-se no topo da cabeça.
Para que se faça o encaminhamento (cruzar sofredores), é necessário estar disposto a fazer a
caridade, antes de mais nada. O ato de “cruzar”, não pode ser usado como uma simples maneira de “se”
curar, pois ao fazê-lo estamos ajudando nossos irmãos desencarnados.
Eles estavam sofrendo e segundo seu merecimento receberam a chance de poder “passar” pelos
nossos corpos e receber a luz da chama sagrada de uma vela, curar seus machucados, suas feridas e
serem acolhidos pelo nosso sagrado Pai Obaluaiê. Dessa forma eles retomam suas evoluções, já
ordenadas pela lei (Ogum) e amparados pela justiça (Xangô), para que retornem à Vida (Yemanjá) e voltem
a vibrar sentimento de amor (Oxum) para toda a humanidade (Oxalá).
A incorporação que ocorre numa sessão de cura é muito sutil, às vezes é até difícil para as pessoas
senti-las. Para tanto é necessário que se faça em lugar tranquilo e que se tenha uma concentração muito
grande, SEMPRE COM UM COPO D’ÁGUA EMBAIXO. Essa água é jogada fora na pia com água
corrente........
Cada pessoa tem uma sensação diferente, (as pessoas não são iguais), mas com certeza aquele
que já incorpora seus guias não terá dificuldades para senti-las. Vale lembrar também que não
necessariamente as pessoas terão que ser médiuns de umbanda, este trabalho poderá ser feito pôr todos
os médiuns.
Como já foi explicado, temos ao redor de nossos corpos físicos um campo magnético, não visível,
ou visível apenas para videntes, onde se alojam os espíritos afins dos nosso ou seja, do mesmo mistério,
só atraímos para esse campo o que pertence ao nosso mistério.
A partir do momento que nos dispomos ao Sagrado Pai Obaluaiê nossos irmãos serão sempre
encaminhados pelo Pai, independentemente de termos contato com outras pessoas. Sofredores e espíritos
afins estarão em todos os lugares e quando nosso campo magnético estiver cheio sentiremos a
necessidade de encaminhá-los.
No ato da cura (“cruzar”) poderá ocorrer a incorporação de sofredores, eguns, quiumbas e exús.O QUE
SÃO SOFREDORES?
Sofredores são espíritos desencarnados que caíram nos polos negativos da sua própria vibração
mental. Um dia clamaram pôr perdão à deus e o Pai os atendeu, dando a chance de serem ajudados.
Eles são recolhidos pôr Exús de Lei, trabalhadores da Lei Divina, que os direcionam até nós para
serem ajudados segundo a vontade do sagrado Pai Obaluaiê. Com nossa energia vital, como instrumentos
do Pai, e com a luz da chama sagrada de uma vela nossos irmãos são curados pelo nosso amor e
encaminhados para um maravilhoso portal no cruzeiro sagrado aos pés do Pai Obaluaiê, como uma
oferenda viva.
Os eguns são espíritos desencarnados, soltos no tempo, e de há muito longe da sua consciência
divina perante às leis da fé, do amor e da vida em Deus. Encontram-se completamente vazios e ocos em
seus mentais, para eles nada mais importa.
Eles ficam localizados na sua grande maioria, no meio (caos) e sem que se apercebam já estão
sob os domínios da nossa Divina Mãe Oiá que é a Orixá regente da linha de forças religiosa conhecida
como “linha do tempo”.
Nessa linha ela forma um par vibratório com o orixá Obaluaiê e através da chama sagrada de uma
vela são recolhidos e encaminhados ao próprio Pai para serem distribuídos nos sub-níveis vibratórios para
que retomem suas evoluções.
Os quiumbas também são espíritos desencarnados conscientes de seu mental negativo, porém
desconhecem que são “escravos” de executores da lei e que pela lei já foram absorvidos. Os Exús utilizam-
se deles para serem instrumentos das trevas.
No momento em que a lei o absorve ele é capturado contra sua vontade. A chama sagrada de
uma vela (branca) colocada sobre a coroa do médium e a determinação, faz com que a ordenação maior
da lei encarregue-se de transformá-los em ovoides ou não.
Esses são chamados Exús de lei que trabalham para a Lei Divina, resgatam sofredores, eguns e
quiumbas. Nessa tarefa muitas vezes ocorrem batalhas e confrontos desgastando suas reservas
(vitalidade) até o ponto de ferirem-se.
Precisam da incorporação para reestabelecer seus níveis energéticos, limpar seus campos
magnéticos de larvas e miasmas e cicatrizar seus ferimentos podendo, dessa forma, continuar seguindo
sua missão.
Há casos em que entidades de luz tal como Caboclos, Baianos e outros são aprisionados em
níveis vibratórios negativos (prisões, vórtice, etc). Eles são resgatados e amparados pelos Exús de Lei.
Mais uma vez, com a Luz da chama sagrada de uma vela (branca0 e a energia vital do médium,
sem esquecer do amparo dos Sagrados Orixás, serão novamente direcionados para os níveis vibratórios
positivos e suas amadas e verdadeiras moradas do astral.
Obaluaiyê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as
passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro.
O Orixá Obaluaiyê é o regente do pólo magnético masculino da linha da Evolução, que surge a partir da
projeção do Trono Essencial do Saber ou Trono da Evolução.
O Trono da Evolução é um dos sete Tronos essenciais que formam a Coroa Divina regente do planeta, e
em sua projeção faz surgir, na Umbanda, a linha da Evolução, em cujo pólo magnético positivo, masculino
e irradiante, está assentado o Orixá Natural Obaluaiyê, e em cujo pólo magnético negativo, feminino e
absorvente está assentada a Orixá Nanã Buruquê. Ambos são Orixás de magnetismo misto e cuidam das
passagens dos estágios evolutivos.
Ambos são Orixás terra-água (magneticamente, certo?). Obaluaiyê é ativo no magnetismo telúrico e
passivo no magnetismo aquático. Nanã é ativa no magnetismo aquático e passiva no magnetismo telúrico.
Mas ambos atuam passivamente, o outro atua ativamente
Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiyê estabelece o cordão energético que une o
espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcança o desenvolvimento celular
básico (órgãos físicos).
É o mistério “Obaluaiyê” que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique do tamanho do corpo carnal
alojado no útero materno. Nesta redução, o espírito assume todas as características e feições do seu novo
corpo carnal, já formado.
Muito associam o divino Obaluaiyê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo!
Mas Obaluaiyê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o “Senhor das Passagens” de um plano para
outro, de uma dimensão para a outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa.
Espero que os Umbandistas deixem de temê-lo e passem a amá-lo e adorá-lo pelo que ele realmente é:
um Trono Divino que cuida da evolução dos seres, das criaturas e das espécies, e que esqueçam as
abstrações dos que se apegaram a alguns de seus aspectos negativos e os usam para assustar seus
semelhantes.
Estes manipuladores dos aspectos negativos do Orixá Obaluaiyê certamente conhecerão os Orixás
cósmicos que lidam com o negativo dele. Ao contrário dos tolerantes Exús da Umbanda, estes Obaluaiyês
cósmicos são intolerantes com quem invoca os aspectos negativos do Orixá maior Obaluaiyê para atingir
seus semelhantes. E o que tem de supostos “pais de Santo” apodrecendo nos seus pólos magnéticos
negativos só porque deram mau uso aos aspectos negativos de Obaluaiyê... Bem, deixemos que eles
mesmos cuidem de suas lepras emocionais. Certo?
Oferenda: Velas brancas e brancas/pretas; vinho rosé licoroso, água potável; coco fatiado coberto com mel
e pipocas; rosas, margaridas e crisântemos, tudo depositado no cruzeiro do cemitério, á beira-mar ou á
beira de um lago.
Omulú
Omulú é o orixá que rege a morte, ou no instante da passagem do plano material para o plano espiritual
(desencarne)
É com tristeza que temos visto o temor dos irmãos umbandistas quando é mencionado o nome do nosso
amado Pai Omulu. E no entanto descobrimos que este medo é um dos frutos amargos que nos foram
legados pelos ancestrais semeadores dos orixás em solo brasileiro, pois difundiram só os dois extremos
do mais caridoso dos orixás, já que Omulu é o guardião divino dos espíritos caídos. O orixá Omulu guarda
para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação
de seus vícios emocionais. Mas ele não pune ou castiga ninguém, pois estas ações são atributos da Lei
Divina, que também não pune ou castiga. Ela apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o
desencarne. E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal, mas amparado pela própria
Lei, que o recolhe a um dos sete domínios negativos, todos regidos pelos orixás cósmicos, que são
magneticamente negativos. E Tatá Omulu é um desses guardiões divinos que consagrou a si e à sua
existência, enquanto divindade, ao amparo dos espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a
todas as manifestações da vida..
Esta qualidade divina do nosso amado pai foi interpretada de forma incorreta ou incompleta, e o que
definiram no decorrer dos séculos foi que Tatá Omulu é um dos orixás mais “perigosos” de se lidar, ou um
dos mais intolerantes, e isto quando não o descrevem como implacável nas suas punições.
Ele, na linha da Geração, que é a sétima linha de Umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório
com nossa amada mãe Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os
princípios que dão sustentação às manifestações da vida. Em Tatá Omulu descobri o amor de Olorum, pois
é por puro amor que uma divindade consagra-se por inteiro ao amparo dos espíritos caídos. E foi por amor
a nós que ele assumiu a incumbência de nos paralisar em seus domínios, sempre que começássemos a
atentar contra os princípios da vida. Enquanto a nossa mãe Yemanjá estimula em nós a geração, o nosso
pai Omulu nos paralisa sempre que desvirtuamos os atos geradores.
Mas esta “geração” não se restringe só à hereditariedade, já que temos muitas faculdades além desta, de
fundo sexual. Afinal, geramos idéias, projetos, empresas, conhecimentos, inventos, doutrinas,
religiosidades, anseios, desejos, angústias, depressões, fobias, leis, preceitos, princípios, templos, etc.
Temos a capacidade de gerar muitas coisas, e se elas estiverem em acordo com os princípios sustentados
pela irradiação divina, que na Umbanda recebe o nome de “linha da Geração” ou “sétima linha de
Umbanda”, então estamos sob a irradiação da divina mãe Yemanjá, que nos estimula.
Mas, se em nossas “gerações”, atentarmos contra os princípios da vida codificados como os únicos
responsáveis pela sua multiplicação, então já estaremos sob a irradiação do divino pai Omulu, que nos
paralisará e começará a atuar em nossas vidas, pois deseja preservar-nos e nos defender de nós mesmos,
já que sempre que uma ação nossa for prejudicar alguém, antes ela já nos atingiu, feriu e nos escureceu,
colocando-nos em um de seus sombrios domínios. Ele é o excelso curador divino pois acolhe em seus
domínios todos os espíritos que se feriram quando, por egoísmo, pensaram que estavam atingindo seus
semelhantes. E, por amor, ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação, nós mesmos tenhamos
nos curado para retomarmos ao caminho reto trilhado por todos os espíritos amantes da vida e
multiplicadores de suas benesses.
Todos somos dotados dessa faculdade, já que todos somos multiplicadores da vida, seja em nós mesmos,
através de nossa sexualidade seja nas idéias, através de nosso raciocínio, assim como geramos muitas
coisas que tornam a vida uma verdadeira dádiva divina. Tatá Omulu, em seu pólo positivo, é o curador
divino e tanto cura alma ferida quanto nosso corpo doente. Se orarmos a ele quando estivermos enfermos
ele atuará em nosso corpo energético, nosso magnetismo, campo vibratório e sobre nosso corpo carnal, e
tanto poderá curar-nos quanto nos conduzir a um médico que detectará de imediato a doença e receitaria
medicação correta.
O orixá Omulu atua em todos os seres humanos, independente de qual,. seja a sua religião. Mas esta
atuação geral e planetária processa-se através de, uma faixa vibratória especifica e exclusiva, pois é
através dela que fluem as irradiações divinas de um dos mistérios de Deus, que nominamos de “Mistério
da Morte”. Tatá Omulu, enquanto força cósmica e mistério divino, é a energia que se condensa em torno
do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem
de um plano para o outro.
Neste caso ele não se apresenta como o espectro da morte coberto com manto e capuz negro,
empunhando o alfanje da morte que corta o fio da vida. Esta descrição é apenas uma forma simbólica ou
estilizada de se descrever a força divina que ceifa a vida na carne. Na verdade, a energia que rompe o fio
da vida na carne é de cor escura, e tanto pode parti-lo num piscar de olhos quando a morte é natural e
fulminante, como pode ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o espírito, que já
entrou em desarmonia vibratória porque a passagem deve ser lenta, induzindo o ser a aceitar seu
desencarne de forma passiva.
O orixá Omulu atua em todas as religiões e em algumas é nominado de “Anjo da Morte” e em outras de
divindade ou “Senhor dos Mortos”. No antigo Egito ele foi muito cultuado e difundido e foi dali que partiram
sacerdotes que o divulgaram em muitas culturas de então. Mas com o advento do Cristianismo seu culto
foi desestimulado já que a religião cristã recorre aos termos “anjo” e “arcanjo” para designar as divindades.
Logo, nada mais lógico do que recorrer ao arquétipo tão temido do “Anjo da Morte”, todo coberto de preto
e portando o alfanje da morte, para preencher a lacuna surgida com o ostracismo do orixá ou divindade
responsável por este momento tão delicado na vida dos seres.
O culto a Tatá Omulu surgiu entre os negros levados como escravos ao antigo Egito, que o identificaram
como um orixá e o adaptaram às suas culturas e religiões. Com o tempo, ele foi, a partir desse sincretismo,
assumindo sua forma definitiva, até que alcançou o grau de divindade ligada à morte, à medicina e às
doenças. Já em outras regiões da África, este mistério foi assumindo outras feições e outros orixás
semelhantes surgiram, foram cultuados e se humanizaram. “Humanizar-se” significa que o orixá ou a
divindade assumiu feições humanas, compreensíveis por nós e de mais fácil assimilação e interpretação.
Tatá Omulu não vibra menos amor por nós do que qualquer um dos outros orixás e está assentado na
Coroa Divina, pois é um dos Tronos de Olorum, o Divino Criador. Atotô, meu pai!
OS PRETOS VELHOS
São espíritos de velhos africanos que foram trazidos para o Brasil como escravos e que trabalham na
Umbanda como símbolos da fé e da humildade. Seus trabalhos são de ajuda aqueles que estão em
dificuldade material ou emocional, sendo que, o seu trabalho se desenvolve mais para o lado emocional e
físico, das pessoas que os procuram, sendo chamados, carinhosamente de psicólogos dos aflitos.
Sua paciência em escutar os problemas e aflições dos consulentes, fazem deles as entidades mais
procuradas na Umbanda, são chamados de Vovôs e Vovós da Umbanda.
Também usam ervas em seus trabalhos de magia e principalmente para rezar pessoas doentes e crianças
que estão com mal olhado, suas rezas são conhecidas como poderosas, usam também de patuás,
saquinhos que são depositados elementos de magia e que os consulentes usam no corpo para proteção.
Da mesma forma que os Caboclos, os Pretos Velhos usam cachimbos para limpeza espiritual, jogando sua
fumaça sobre a pessoa que esta recebendo o passe
OMOLÚ E OBALUAIYÊ
Omulú, o orixá velho que é também Obaluaiyê, o orixá jovem, senhor da evolução dos seres.
São responsáveis pela estabilização da ordem, sem a qual nada se sustenta, pois nada evolui e a vida
pára.
Pai Obaluaiyê é uma divindade de dupla representação, ele tanto sustenta cada coisa no seu lugar como
conduz cada uma a ele.
Omulú é o senhor e guardião das passagens de um plano para o outro, em ambos os sentidos; da carne
para o espírito e do espírito para a carne.
Omulú e Obaluaiyê são também orixás da cura, assim como São Lázaro no catolicismo. São eles os
protetores que auxiliam e estendem suas graças para o bem estar, para melhores condições da qualidade
de vida para os enfermos.
SÃO LÁZARO
São Lázaro é um personagem bíblico que, segundo João, foi ressuscitado por Jesus e é, às vezes,
confundido com seu homônimo Lázaro (mendigo e leproso), personagem da parábola de Lucas.
Por ter sido ressuscitado, Lázaro conheceu a passagem existente entre os mundos físico e espiritual. Assim
como Omolú/Obaluaiê que é o guardião do portal entre o mundo dos vivos e o dos mortos.
Obaluaiyê é considerado como um Deus na umbanda. É representado com o corpo coberto de palhas por
causa de sua aparência deformada por chagas.
São Lázaro é considerado um santo católico. Era conhecido como o amigo de Jesus que foi ressuscitado
de seu túmulo em um dos milagres mais impressionantes narrados na bíblia.
4-Pedra de Exú (em geral as pedras pretas, para lidar com energias mais pesadas. A Turmalina
Preta para transformar a energia negativa e dissolvê-la).
5-Cruz coberta com a palha da costa (a cruz abre o lado sagrado dos seres, a palha da costa
representa a eternidade e transcendência, como prova da imortalidade e reencarnação, tem também outras
utilidades nas religiões e cultos africanos).
6-Fio de naylon com os cascalhos nas cores; branco, vermelho e preto. Uma guia que colocada no
chão aberta circundando os elementos se torna um portal.
7-Xaxarazinho ou xaxará (Sàsàrà) (espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha
do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as
energias negativas, bem como "varre" as doenças, impurezas e males sobrenaturais).
Vale ressaltar que Magia é a “Mãe” de todas as Ciências, pois é a manipulação e transformação da matéria,
portanto até no simples ajoelhar para rezar, de acender uma vela, de dar um passe energético, de benzer,
de defumar, de bater cabeça, encontramos ações magísticas, afinal mudamos nossas energias ao
manifestar tais atos, não é mesmo?
O caso é que a Umbanda é uma religião ligada essencialmente à natureza, ou seja, essencialmente aos
quatros elementos da natureza, tanto é que os Orixás representam essas forças da Natureza.
O fato é que o AR, a TERRA, o FOGO, a ÁGUA são a base de nossa Umbanda, seja nos rituais, nos atos
magísticos como manipulação de energias, nas manifestações das Forças naturais dos Orixás, nos
assentamentos…
Portanto é importantíssimo saber e entender o que representam esses quatros elementos, assim como
atuam, o que significam, o que ativam, o que realizam em nós e de que forma.
Enfim, aproveitem as relações energéticas, magnéticas e vibracionais desses quatros elementos que
pontuo abaixo e percebam o quanto a Umbanda tem fundamento, só é preciso Saber Preparar.
ÁGUA: A energia da água pode estimular a intuição e ajudar a expressar os sentimentos com mais
facilidade. Atua também em questões práticas, como adquirir jogo de cintura em situações complicadas e
vencer a timidez. Elemento que simboliza a Vida, que Alimenta, que ‘lava’ (descarga fluídica) e ‘conduz’
(meio condutor de fluidos). Lida diretamente com as questões EMOCIONAIS. As oferendas feitas à beira
d’água limpam, sutilizam e magnetizam o corpo astral.
FOGO: A vibração do elemento fogo certamente proporciona mais entusiasmo e otimismo. Potencialmente
usado para transformar o sentimento de desânimo, para motivar ações, nos momentos de colocar objetivos
em prática e ainda aumenta a criatividade e bom humor. Elemento que simboliza o “espírito vivo”, a
purificação e a Luz, é energia purificadora e energética. Lida diretamente com as questões do DESTINO.
As oferendas feitas perto do fogo, como é no caso de fogueiras, queima miasmas, larvas astrais e energiza.
TERRA: Este elemento está ligado às conquistas materiais, à saúde e ao trabalho. Sua influência é ideal a
quem busca segurança e determinação, para começar um projeto novo ou procurar emprego. Energia
transformadora e curadora. Lida diretamente com as questões do FÍSICO. As oferendas feitas diretamente
na terra potencializam o magnetismo mental e a concentração energética fortalecendo a pessoa
vibratóriamente.
AR: O elemento ar pode ser ativado para desenvolver a inteligência, o lado racional, a memória e a
capacidade verbal e corporal. Energia expansora e movimentadora. Lida diretamente com as questões do
MENTAL. As oferendas feitas em campos abertos, ativando a energia do ar, dilata os sete corpos e deixa
a pessoa mais leve e harmonizada.
Pemba - A pemba é tão importante que fazemos referencias na Umbanda como “Lei de Pemba”
que é a Lei Divina, “filho de pemba” que é filho de Deus. Devemos respeitar e utilizar essa
ferramenta importantíssima com cautela e zelo.
A Pemba tem como matéria prima o calcário, rochas sedimentares, composto de ferro, argila,
cálcio, calcita, fluorita, entre outros minérios naturais. É verdade também que a pemba usada hoje
não é a mesma usada pelos mais antigos, a qual era importada da África e a matéria prima era
Caulim. Ambas tem formato oval para facilitar a utilização.
A pemba é também um dos elementos mais utilizados dentro da Umbanda, pois praticamente todo
e qualquer ritual existe a necessidade da utilização da pemba, pode ser usada para pontos
riscados, cruzamentos, imantações, descarrego, energizações, condensar energias, consagrar
objetos e etc.
A pemba é um dos elementos que ligam o mundo espiritual ao mundo material, no qual os Guias
de luz se utilizam para realizar os seus trabalhos e firmarem suas energias dentro do terreiro ou
onde necessitarem.
Ajoelhado com a mão espalmada sobre o espaço que preparei com os elementos
de pai Obaluaye, vela acesa faço movimento sentido horário para abrir o portal.
EM NOME DE DEUS DA LEI MAIOR DA JUSTIÇA DIVINA.
PEÇO LICENÇA AOS GUARDIOES DO PORTAL DE PAI OBALUAYÊ
PARA ABRIR SEUS MISTÉRIOS.
AMÉM.
Peço que esse portal possa trabalhar fazendo a purificação deste ambiente,
recolhendo o que tem que recolher e trazendo o que tem que trazer, segundo
a vontade divina e de nosso pai Obaluaiyê.
AMÉM.
Rubens Saraceni.