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NÍVEIS CONSCIENCIAIS

"Níveis" - Bases e Fundamentos da Apometria


Observando os questionamentos que circulam em nossa lista percebemos que muito ainda
precisa ser estudado, pesquisado, experimentado e explicado para que todos entendam o
significado da designação “Desdobramento Múltiplo de Corpos” e “Dissociação de Níveis
Conscienciais”, já conhecidos da psicologia e do espiritualismo há séculos, e que os espíritos
apenas nos ensinaram a sintonizar e tratar. Evidentemente, não somos tão ingênuos a
pensar ou acreditar que estamos distorcendo o que o Criador estabeleceu, ou o que Dr.
Lacerda consignou, ou ainda, pensar que estamos fazendo ou inventando “escola” para
competir com outras escolas ou com quem quer que seja. Iludem-se aqueles que pensam
que isso é criação nossa. Basta atenta leitura, ou um pouco de informação sobre as inúmeras
bibliografias existentes acerca do assunto e observarão que o mesmo já foi amplamente
debatido, experimentado e divulgado, porém, pouco aplicado terapeuticamente. Em síntese,
falta pô-lo em prática.
Existem várias Escolas Iniciáticas que, desde o passado mais remoto, vêm explicando o
setenário e seus múltiplos. A teosofia é apenas um desdobramento de uma delas, não a
única e nem a detentora de toda a verdade. Apenas, estudou e teorizou sobre uma pequena
parte dessa verdade. Uma escola iniciática é, tão somente, uma instituição que agrega
determinado grupo de pessoas simpáticas a uma idéia, ou a um conjunto de idéias e
postulados. É um agrupamento de adeptos ou discípulos de um determinado “mestre” que
prega uma filosofia, ciência, religião ou arte, como, por exemplo, a própria escola apométrica
criada pelo Dr. Lacerda, nada mais que isso.
A título de informação, podemos dizer que a escola apométrica segue as pegadas das antigas
escolas vedantina, iniciatismo egípcio (Mistérios Tebanos e Menfíticos), Zend Avesta, Cabala
hebraica, os sistemas espiritualistas industânicos e as concepções dos antigos centros
iniciáticos greco-romanos.
Seguindo pelo mesmo caminho, estamos dentro dos sistemas utilizados pelas correntes neo-
espiritualistas contemporâneas: a Teosofia, o Rosacrucianismo, a Antroposofia, o Martinismo,
etc. Em todas, perfilham o setenário humano como modelo do complexo homem espírito
(Agregado Humano).
Stanislaus de Guaita, um dos mais eruditos e profundos ocultistas contemporâneos,
tentou estabelecer uma classificação baseada no setenário, a fim de unificar os ensinos da
Cabala com o Ocultismo oriental e ocidental. Sua classificação ficou assim definida: 1º o
espírito puro (Atma), 2º a alma inteligente e espiritual (Corpo Búdico), 3º a alma passional,
lógica e compreensiva (Corpo Mental Superior); 4º a alma instintiva e impulsiva (Corpo
Mental Inferior), 5º o corpo astral (Corpo Astral), 6º o corpo fosforescente (vitalidade),
(Duplo Etérico), 7º o corpo material (sarcossoma), (Corpo Físico). Na realidade, a mesma
classificação catalogada por Dr. Antonio J. Freire, em quem Dr. Lacerda também se baseou.
Essa composição setenária do homem, utilizada na Apometria, base fundamental de todo o
esoterismo do oriente e da Grécia antiga, representa apenas um desdobramento do bloco
intermediário do ternário clássico (Corpo, Perispírito e Espírito). E, se o Agregado Humano de
desdobra em sete corpos, se a palavra corpo significa bloco ou conjunto de elementos, logo,
cada corpo, por analogia e lógica, deve ser como um átomo cujos elementos giram ao redor
do núcleo (espírito) e que por sua vez deve ser divisível também, embora cada parte
contenha em si o Todo. Daí a lógica dos “eu’s”, “personalidades” ou “níveis”, girando em
torno de cada corpo, e todos (corpos, níveis e subníveis), em torno do espírito.
Ramatis, em seu livro “Elucidações do Além”, psicografia do professor Hercílio Maes, antiga
editora Freitas Bastos, fala do setenário e sua complexa e inimaginável estrutura com muita
propriedade. No capítulo Elucidações sobre o Perispírito, página 70, ele refere: “Assim, o
simples fato de o perispírito abranger o corpo mental, que é a fonte do pensamento e o
corpo astral, que dá vida aos desejos, sentimentos e emoções humanas, ele já se revela
um instrumento inconfundível e de assombrosa complexidade,...”.
De igual modo, são de extrema clareza as afirmações de Ramatis, na obra “Chama Crística”,
editora do Conhecimento, psicografada por Norberto Peixoto, e prefaciada, de forma
singular, por Mariléia de Castro:
“A DIVINA CHAMA DA VERDADE QUANDO ACESA EM VÓS CONDUZ À PAZ E À LUZ;
AO DESPERTAMENTO DO EU CRÍSTICO”.(pág.7)
“A revelação da Verdade sempre foi, e sempre será, gradual, embora o queiram
negar fanáticos e intolerantes de todos os tempos”. (pág. 14)
“A Espiritualidade é universalista, crística, não existindo do lado de cá
sectarismos, seitas ou religiões, dogmas ou ritualismos exclusivistas”. (pág. 15)
Assim, a mensagem de Ramatis, conquanto amorosa e tolerante, traz a franqueza
simples da verdade: “Não é a força dos mistérios ocultos que eleva o ser, e sim o
culto íntimo de cada um validado pelas obras”. E “Chama Crística” vem na tônica
peculiar da mensagem ramatisiana: jamais conformista ou repetitiva, sempre progressiva,
inserindo mais um degrau de conhecimento, um novo e instigante conteúdo do grande livro
da Sabedoria Divina, na qual nos graduaremos um dia. “Se não ficarmos relutando,
indefinidamente, para sair das primeiras lições...”. (pág. 16, texto extraído do prefácio
de Mariléia de Castro, último parágrafo).
“A centelha que está em vós, o espírito eterno, tem vários mediadores ou corpos
vibracionais. O mais denso, lento e pesado é o corpo físico, verdadeiro fardo sobre as
potencialidades plenas da alma, e tão necessário ao aprendizado. Os corpos mediadores,
que fazem parte do perispírito na sua evolução, servem-lhe para relacionar-se
com as várias dimensões vibratórias em que passará e atuará até chegar ao anjo.
São impermanentes, vão se desfazendo e se desintegrando, gradativamente,...”
(pág. 54).
Assim sendo, nós que pretendemos trabalhar com a terapêutica medianímica, precisamos
estabelecer um modelo ou classificação mais consentâneo, homogêneo e atualizado, para o
entendimento do significado e função dos corpos e seus desdobramentos em níveis e
subníveis (mesmo que alguns não queiram), e também correlacionar com as funções e
significado das designações chamadas de “consciente”, “subconsciente” e “inconsciente”, tão
pouco conhecidos ainda. Se conseguirmos isso, teremos as ferramentas através das quais
acessaremos os segredos do psiquismo e desvendaremos as milenares causas de
desarmonias que até hoje resistem aos avanços e perquirições da ciência.
Parece-nos que essas três instâncias, consciente, subconsciente e inconsciente, possuem
aptidões e atributos bem diferenciados conforme se observa nos desdobramentos e
incorporações apométricas. Da mesma forma, observa-se tal fato ocorre nos estados
alterados e estados modificados de consciência, constatados há tanto tempo durante as
sessões de Terapia de Vida Passada e Regressão de Memória.
As bases da Apometria, comprovadamente, têm seus fundamentos estruturados nos
conhecimentos advindos das teses de todas as escolas, das experiências realizadas por
algumas delas, e, principalmente, dos resultados obtidos pelos cientistas, espiritualistas e
pessoas que estudaram e estudam o animismo, o desdobramento e a multiplicidade de “eu’s”
na prática, e não na teoria ou na imaginação. Por conseguinte, a verdade é determinada
pelos resultados obtidos por intermédio da efetiva aplicação dos recursos utilizados na
Apometria, independentemente do que se possa colocar em livros, da opinião deste ou
daquele espírito, deste ou daquele pesquisador ou curioso. Até o presente momento, as
experimentações têm funcionado muito bem para quem tentou realizá-las. Atualmente, são
muitos os grupos que trabalham com essa técnica, com excelentes e incontestáveis
resultados, difíceis de serem negados por quem não experimenta da mesma forma.
Os resultados positivos já foram alcançados por inúmeros grupos de trabalho espalhados por
todo o Brasil, formados por pessoas sérias, estudiosas, bem intencionadas, fraternas e
amorosas. Ou seja, não existe no país apenas reduzida, seleta, iluminada e pretensiosa
agregação capacitada para tal fim.
Desmerecer o trabalho alheio é fácil. Trata-se da prerrogativa da ignorância. A sabedoria é o
dom dos pesquisadores incansáveis.
Com razão Kardec, ao estabelecer regras para avaliação de uma tese de trabalho baseada
em três princípios: o da universalidade; o da utilidade e o do bom senso.
01 - O princípio da universalidade pergunta:
P - O Desdobramento Múltiplo e Dissociação de Níveis ocorrem em lugares diferentes com
médiuns diferentes?
R - Sim, desde que haja médiuns sensíveis, sérios, dignos e bem treinados.
02 - O princípio da utilidade questiona:
PA - São úteis o desdobramento e a dissociação?
R - Sim. Sem dúvida proporcionam a possibilidade de compreensão e terapêutica para um
grande número de desarmonias mentais, psicológicas e físicas.
PB - Servem para auxiliar o semelhante?
R - Evidentemente que servem. Não há auxilio mais benemérito do que devolver a esperança
de cura para determinada doença aparentemente incurável, e o alívio à angústia ou dor
atormentadora.
PC - Facilitam a compreensão dos sintomas apresentados pelo paciente?
R - Sim, sem dúvida, facilitam. Além disto, nos possibilita uma ótima e decisiva orientação
comportamental ao paciente.
03 - O princípio do bom senso confirma: desdobrar os corpos em partes menores, já foi
feito, até mesmo por pesquisadores de renome. Faltava, tão somente, a prática da
incorporação.
Para negar tais evidências, necessário se faz negar as próprias afirmações e pensamentos de
André Luiz (com o estudo sobre animismo e as personalidades do passado), e os
experimentos do psicólogo e neurologista francês Pierre Janet (Professor de Psicologia na
Sorbonne e no Collège de France que em 1898 apresentou a tese das “personalidades
múltiplas” (Níveis conscienciais)). Da mesma forma, é a total negação das afirmações de
Jung, o qual dizia “que o funcionamento da psique baseia-se no princípio da oposição entre
os elementos contrários. E que, a tarefa do homem no caminho de individuação é unir os
opostos”. E, por fim, é negar as assertivas do grande psicólogo americano William James Um
dos pioneiros na identificação das “múltiplas personalidades” (“Eu’s” que nada mais são do
que os nossos níveis e subníveis conscienciais).
Negar as evidências elencadas é negar o próprio desdobramento dos corpos.
Portanto, o Desdobramento Múltiplo e Dissociação dos Níveis da Consciência tenderão a se
firmar cada vez mais como técnicas terapêuticas de altas possibilidades e eficácia no
tratamento das desarmonias de ordem energética e espiritual. E os resultados comprovam a
sua eficácia.
Para os que questionam ou entendem ser impossível o Desdobramento Múltiplo e a
conseqüente manifestação destes “eu’s” ou “níveis” desdobrados através do processo de
incorporação, transcreveremos um pequeno trecho do livro “A Alma da Matéria”, da Dra.
Marlene Nobre, Presidente da Associação Médico-Espírita (AME-Brasil e AME-Internacional),
no qual aduz sobre o comportamento dos pensamentos, dos veículos de consciência, e sua
similaridade com o comportamento das partículas atômicas, onde explica que as referidas
partículas, mesmo dissociadas, comportam-se como se fosse um todo, comportamento
parecido com o dos “níveis” ou “personalidades”.
“Essa independência do fator espacial remete-nos ao teorema de Bell, à realidade “não
local”. Trabalhando em Genebra, no CERN, nos anos de 1960, John Bell, físico britânico,
mostrou que duas partículas permanecem num todo, mesmo após terem sido
separadas longas distâncias, quando uma delas faz um movimento em
determinada direção, a outra, ao mesmo tempo, gira na mesma direção, em
sincronização perfeita”.
Coisa muito parecida com o que percebemos nas experiências de incorporações com esses
fragmentos de consciência chamados “níveis conscienciais”.
Roger Penrose, do Mathematical Institute de Oxford, Reino Unido, afirma que: “nossos
cérebros agem não-computacionalmente, quando nos dedicamos a processos de pensamento
consciente. Para explicar sua convicção, Penrose lembra que existe dois níveis distintos de
fenômenos físicos. De um lado o nível quântico em pequeno escala, em que
partículas, átomos, ou mesmo molécula, podem existir em pequenas
superposições quânticas, como nos foi demonstrado pelo teorema de Bell; de outro lado,
o nível clássico, como o de uma bolinha de golfe, por exemplo, onde não há possibilidade de
superposição”.
Então, se imaginarmos isso aplicado ao desdobramento de um corpo, um e outro estado
podem ser verdadeiros.
“Inicialmente descrito por Erwin Schrödinger, esse fenômeno de entrelaçamento entre as
partículas tem continuidade nos estudos de Penrose, que o chama de estado entrelaçado. O
fato é que existe uma importante lacuna na compreensão da física”.
Será que isso não induz a pensarmos que pode existir algo mais do que a Teosofia explicou?
“Como vemos, a ciência não para e ainda há um campo enorme a percorrer, em todas as
áreas do conhecimento humano. Relembrando Newton, tudo se passa como se estivéssemos
catando conchinhas na praia enquanto há um imenso oceano a percorrer, a enorme extensão
de nossa ignorância.
E o pior, é que ao invés de todos se dedicarem a explorar o oceano, existem pessoas que se
dedica a combater os colegas que conseguiram catar algumas conchinhas, numa
demonstração pura de cegueira espiritual.
Sobre a constituição do ser humano, os Instrutores Espirituais afirmam ainda que:
enxergamos apenas uma oitava parte do que acontece ao nosso redor, o que nos
dá idéia de quanto a ciência terá que avançar para descobrir as múltiplas dimensões da
vida e o tipo de “matéria” que entra na constituição de cada uma delas, o que
significa decifrar os múltiplos arranjos ou modo de “coagulação” da luz, que
entram na formação das partículas dessas diferentes dimensões. (...)
O ser humano é constituído além do corpo físico, do Espírito e de um elemento intermediário,
a que Paulo de Tarso denominou de corpo espiritual, e que Allan Kardec denominou de
perispírito. Uma leitura atenta da obra kardecista traz a luz o fato de que o perispírito é ele
formado de várias camadas, como, aliás, também assinala o espírito André Luiz.
De fato, quanto ao perispírito (em sentido amplo) ou corpo espiritual, as
revelações confluem para um modelo composto de camada, tipo “cebola”. Nesse
seu modelo de cebola, ele engloba vários corpos.
E para finalizar, vamos citar Ramatis, que adverte:
“Que importa o credo, a religião e a doutrina primitiva ou afidalgada, ante motivos e recursos
que Deus mobiliza para o homem desenvolver a tolerância, o amor, a fé, a esperança e
a humildade? No céu não existem departamentos estanques e apropriados a cada
conjunto religioso, porém é viveiro de almas amorosas, serviçais, heróicas e
universalistas. Inúmeras vezes a doença, a vicissitude e a desilusão significam
apenas o recurso determinado pelo Alto, a fim de dobrar a cerviz orgulhosa
humana, obrigando o ser a admitir e se filiar justamente ao credo, religião ou
doutrina, que ele mais detestava ou zombava”.
Por vezes, diante da obviedade dos textos elaborados por mestres maiores, flagro-me a
indagar: será que isso tudo é invenção de gente ingênua, simplória, mal intencionada e de
“egos avantajados?” Será que somente grupos apométricos com diretriz umbandista são
dirigidos por pessoas honestas e dignas de confiança? Será que somente bandeirantes
possuem luz?
Já afirmava um ilustre autor desconhecido e certamente ofendido: pessoas inteligentes
debatem idéias, as ineptas combatem pessoas.
É hora de repensar os nossos “egos avantajados”.

Apometria e o Fenômeno Anímico


Se nós, estudiosos da Terapêutica Apométrica, desejamos realmente compreender o
Fenômeno Anímico e sua complexidade, para desenvolver uma terapêutica eficaz e de
profundidade visando a cura do homem doentio, ansioso e estressado da atualidade,
precisamos estudar com afinco e pesquisar o Agregado Humano. Assim, estaremos dando, a
nós mesmos, a oportunidade de uma melhor qualidade de vida com mais saúde, harmonia,
paz e prosperidade, e, conseqüentemente, um novo impulso a nossa caminhada evolutiva.
Partiremos do princípio de que cada centelha divina (espírito), multiplicada pelo Criador,
precisou construir instrumentos (corpos) para que pudesse manifestar-se nos orbes onde
faria sua evolução. Estes, por darem condições de manifestação e percepção de outras
realidades dimensionais, tornaram-se “ferramentas” indispensáveis para que a personalidade
encarnada ou desencarnada pudesse agir e interagir, tirando o máximo de proveito e
aprendizado dessas múltiplas realidades onde se manifestava. E para nós, faz-se necessário
uma compreensão mais profunda do significado, importância e possibilidades da própria
encarnação.
Na medida em que adquirimos “olhos de ver”, passamos a perceber o fenômeno de
desdobramento, onde a criatura encarnada manifesta-se, simultaneamente, em uma ou
várias dimensões, independentemente de ter consciência disso. E ao melhoramos as nossas
capacidades de produzir este desdobramento, também adquirimos consciência dessas
múltiplas possibilidades. Então, percebida essa realidade sutil, passamos a ter ou desejar
certo domínio sobre as faixas vibracionais que compõem estes universos externos e internos.
Dessa forma, realiza a sua caminhada ascensional de maneira mais eficiente e proveitosa.
Conceitos
ANIMISMO - Etimologicamente, a palavra “ânima” vem do latim “animus”, significando sopro,
emanação, ar. Daí “Alma” como princípio vital, vida, espírito, self (de si mesmo).
Aksakof deu talvez a melhor definição sobre o tema, afirmou ele que: “Anímico ou animismo
é tudo aquilo que é relativo ao ânima. Engloba todos os fenômenos psíquicos, intelectuais e
físicos que deixam supor uma atividade extracorpórea ou à distância do organismo humano
e, mais especialmente, todos os fenômenos mediúnicos que podem ser explicados por uma
ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo, produzidos pelo ser humano,
conhecidos e desconhecidos, bem como muitos efeitos físicos ainda não explicados
adequadamente”.
Como doutrina o animismo considera a alma como princípio ou causa de todos os fenômenos
vitais como desdobramentos múltiplos de personalidade, aparições “materializadas”,
projeções da consciência (experiências fora do corpo), manipulação de objetos à distância,
manifestação dos sentidos, consciência, etc.
Em “Domínios da Mediunidade” lemos o relato de André Luiz sobre uma aula ministrada pelo
mentor Áulus, no plano astral, sobre a manifestação anímica, quando observando uma
incorporação (de um nível) ressaltou o seguinte sobre o fenômeno: “... essa mulher existe
ainda nela mesma. A personalidade antiga não foi eclipsada pela matéria densa como seria
de desejar”. Então, a antiga personalidade estava ali, ressuscitada do passado,
manifestando-se em incorporação anímica, criando dificuldade à personalidade atual, em
processo de construção. Ela, a encarnada, devia ser considerada uma enferma espiritual,
uma consciência torturada que precisava ser amparada e tratada, para entrar no campo da
renovação íntima, única base sólida para a sua recuperação definitiva.
Áulus ainda acrescentou que o fenômeno é muito mais comum do que se possa imaginar.
“Quantos mendigos que se vêem não com os trajes andrajosos do presente, mas com os
mantos de púrpura dos castelos de outrora! Quantos servos que mantêm o orgulho dos
poderosos senhores que já foram!” E nesses casos, vemos as dificuldades que algumas
pessoas têm para se conduzir em situações subalternas, tendo que obedecer às ordens de
seus patrões. Ordens que não aceitam que discutem ou aceitam com dificuldades. É como se
vivessem no presente, mas vendo o mundo e as pessoas através de um filtro correspondente
as vidas que tiveram no passado. Este fenômeno é provocado pela emersão das memórias
dessas existências a que foram apegados, provocando uma visão deformada e uma
interpretação totalmente distorcida da realidade presente.
Em muitos casos, isso ocorre também através de uma modalidade de obsessão espirítica ou
anímica (auto-obsessão), em que entidades desencarnadas ou níveis conscienciais contrários
a proposta encarnada ou a polaridade “vestida” pelas pessoas, as mantém vítimas sob efeito
de hipnose, em regressão de memória, em algum lugar do passado. E no caso, precisamos
ter noção clara do que é uma obsessão, uma auto-obsessão, ou uma emersão de memórias
referentes a vivências traumáticas do passado, com seu cortejo de emoções desordenadas e
cargas de sofrimento reprimido.
Entendemos ser primordial, o estudo profundo dessas questões anímicas e espirituais.
Somente através desses estudos é que poderemos resolver definitivamente a problemática
grave dos desentendimentos entre os membros do mesmo grupo, as relações tumultuadas
intergrupos, e as dificuldades existenciais das famílias e comunidades como um todo. Este
problema impede ou dificulta a alegria de viver, atrasa o progresso espiritual, atrapalha o
progresso material e intelectual das pessoas.
É interessante se observar que, depois de dois mil anos de cristianismo e de estudos do
Evangelho, ainda não se trabalha em profundidade as magnas sentenças de Jesus, quando
recomenda o “perdoa setenta vezes sete vezes”, sinalizando as drásticas conseqüências da
mágoa, ódio, frustração e ressentimentos guardados na memória consciente, subconsciente
e inconsciente. E para piorar, quando isso é levado para o mundo espiritual sem resolução,
reaparece na nova existência de forma mais desafiadora, lesiva e vigorosa, provocando
tumores, cânceres, tendinites, lúpus e outras doenças de etiologia obscura e de difícil
diagnóstico pelos métodos convencionais da ciência materialista.
Como instrumento de autodescobrimento e autoconhecimento para a resolução dessas
dificuldades mencionadas, Jesus deixou outra recomendação que é uma verdadeira chave
para se acessar, identificar e liberar essas cargas negativas de que somos portadores.
“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”, dando-nos a chave para o desvendar do
segredo para acessar a Verdade que liberta. A nossa verdade interna.
Falou também para que impuséssemos as mãos e curássemos, revelando que uma atitude
fraterna seria automaticamente acompanhada por reações que ainda desconhecemos, como
por exemplo, a projeção de energias curadoras, e poderíamos resolver problemas de saúde
do corpo físico, energético e até espiritual.
Agora imagine se o candidato a esse serviço fraterno estudar as propriedades da força
mental bem aplicada e bem dirigida, do efeito “milagroso” do amor fraterno e nos gestos de
carinho, amparo e compaixão?
Quando impomos as mãos e vibramos amorosamente energias e fluxos luminosos visando
curar, e induzimos as pessoas atendidas a pensar na causa geradora da dificuldade em
trabalho, quase sempre acessam e liberam velhas cargas de energias negativas, há muito
acumuladas em seu psiquismo. Invariavelmente, acabam por lembrar velhas mágoas, desta
ou de outras vidas, arquivadas no subconsciente ou inconsciente, que pensavam estar
esquecidas ou perdoadas.
Mas não pode haver perdão verdadeiro e total sem que haja a compreensão do fato, a
liberação dos recalques, da frustração, dos melindres, do sentimento de humilhação, do
sentimento de vingança, guardados pelo ofendido. Sem que se abra mão do desejo de
desforra e o inconformismo causado pela não aceitação dos eventos funestos, sem o
esquecimento dos prejuízos sofridos, e sem a compreensão sobre a inferioridade ou o
desequilíbrio do infrator que cometeu ou reincidiu no erro.
Já é sabido que pessoas portadoras de recalques provocadas por humilhações sofridas no
passado reagem e dão significado superdimensionado a qualquer atitude ou gesto que lhes
pareça ofensivo ou que lhes desperte reminiscências das humilhações sofridas no passado
distante, ainda não solucionado e compreendido. Não suportam críticas, são tímidas,
desconfiadas e inseguras, melindradas e agressivas.
Outro problema a ser estudado é o comportamento escamoteado, utilizados por pessoas
dissimuladas, que desenvolve atitudes agressivas como forma de não serem cobradas por
seus erros ou comportamentos lesivos aos demais familiares. São os tais “nervosos” que não
podem ser incomodados. Esse vício tem sido cultivado por muitas pessoas e é extremamente
prejudicial a harmonia doméstica. Os “nervosos” afirmam que não podem ser perturbados,
sob pena de entrarem em “surto”, e assim prosseguem fazendo só o que querem,
desrespeitando o direito dos outros, negando-lhes a chance de defesa, e furtando a
oportunidade de uma convivência saudável com todos. Outros se tornam cardíacos,
depressivos ou “bonzinhos”, os quais nunca dizem “não”, mascarando as frustrações, a
inveja, o ciúme e a raiva que abrigam em seu mundo emocional.
Existem ainda os que oprimidos por seus recalques e frustrações desenvolvem uma alegria
artificial e tornam-se eufóricos, festivos, sempre prontos a alguma diversão, a fazer alguma
brincadeira de mau gosto com alguém, fazem muitos cursos, mas não utilizam seus
“múltiplos conhecimentos” em nada, a não ser para exibição a uma pequena platéia
geralmente formada por alguns familiares ou amigos, igualmente iludidos e embevecidos
com o brilho da “inteligência” de seu afeiçoado. Desqualificam as outras pessoas, não
suportam ser confrontados e tornam-se agressivos por qualquer contrariedade, sentem-se
perseguidos, reclamam da falta de oportunidades e de reconhecimento pelos seus esforços e
talentos. Protestam contra o protecionismo e o “apadrinhamento” que os outros “menos
qualificados“ recebem. E assim, continuam p assando pela vida, reclamando, frustrando-se
mais ainda, justificando seus fracassos, suas tentativas frustradas. Mas na verdade, nunca se
empenham de verdade no que pretendem, gosta de facilidades, de proteção, do menor
esforço. Mentem o tempo todo para si mesmos, como forma de aliviar o fogo que requeima a
própria consciência.
Em “Obreiros da Vida Eterna”, o assistente Barcelos, benfeitor espiritual também ligado à
Psiquiatria sob novo prisma, traz importantes ponderações sobre a influência de encarnados
entre si. Refere-se às necessidades de esclarecimento dos homens, perante a própria
consciência e os seus companheiros de plano evolutivo:
“No círculo das recordações imprecisas, a se traduzirem por simpatia e antipatia, vemos a
paisagem das obsessões transferida ao campo carnal, onde, em obediência às lembranças
vagas e inatas, os homens e as mulheres, jungidos uns aos outros pelos laços de
consangüinidade ou dos compromissos morais, se transformam em perseguidores e verdugos
inconscientes entre si. Os antagonismos domésticos, os temperamentos aparentemente
irreconciliáveis entre pais e filhos, esposos e esposas, parentes e irmãos, resultam dos
choques sucessivos da subconsciência conduzidos a recapitulação retificadora do pretérito
distante. Congregados de novo, na luta expiatória ou reparadora, as personagens dos
dramas que se foram, passam a sentir e ver na tela mental, dentro de si mesmas, situações
complicadas e escabrosas de outra época, malgrado os contornos obscuros da reminiscência,
carregando consigo fardos pesados de incompreensão, atualmente definidos por” complexos
de inferioridade.” E, acrescentamos distúrbios e doenças de toda ordem.
Emmanuel, no prefácio do livro “Mediunidade e Sintonia”, diz que: “Não podemos nos
esquecer de que a idéia é um “ser” organizado por nosso espírito, a que o pensamento dá
forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção”. “Como nossas ações são fruto de
nossas idéias, geramos a felicidade ou a desventura para nós mesmos. O encarnado pode,
assim, ser perseguido por si mesmo, devido às suas próprias criações mentais”.
Estabelecido isso, já temos uma idéia das causas geradoras dos problemas. Agora,
precisamos entender a natureza dessas personalidades anímicas ou níveis, entender como
isso funciona, e como pode ser trabalhado terapeuticamente. E ao nosso ver, existem duas
terapêuticas que se completam e que podem resolver a maior parte da problemática
revelada: Apometria e Terapia de Vida Passada. Mas para que isso ocorra, teremos que
disseminá-las, tornando-as acessíveis a todas as pessoas. Desenvolver e treinar grupos
apométricos e formar terapeutas capacitados em TVP.
Agora temos, após o estudo do fenômeno anímico, algumas informações sobre as causas dos
problemas, mas ainda precisamos ter uma ligeira noção sobre outros temas correlatos.
HOMEM-ESPÍRITO - “o Homem-Espírito é um maravilhoso conjunto de fenômenos
constituído por energia pensante, energia modeladora e energia condensada, agindo e
interagindo, simultaneamente, em diversas faixas de vida, em um universo multidimensional,
igualmente fantástico e maravilhoso.”
CORPOS – Corpos são as ferramentas de ação do espírito, que lhe dá condição de operar e
manifestar-se nas mais variadas faixas vibratórias de que é constituído cada orbe onde
habita e faz sua evolução. São em número de sete. Interagem entre si e com o meio onde
vibram, através dos Níveis Conscienciais e demais elementos e estruturas do espírito,
formando e constituindo a individualidade eterna.
Cada corpo é formado por camadas de sete partes que denominamos níveis, e cada nível
também é formado por sete subníveis, onde se guardam ou ocultam as memórias de
passado portadoras das raízes de muitas desarmonias psíquicas e espirituais do ser. Cada
corpo, nível ou subnível, parece possuir instâncias semelhantes as estudadas pela psicologia,
consciente, sub-consciente e inconsciente.
NÍVEIS – Níveis são as partes setenárias de cada corpo e contém as informações de
encarnações passadas, com maior ou menor grau de consciência e potencialidade. Podem
ser chamados de “personas”, “máscaras”, “papéis”, “fachadas”, “eus”, “cisões” ou “múltiplas
personalidades”. Têm certa consciência de si mesmos e de suas possibilidades. São extratos
de personalidades ainda apegadas às existências que viveram. Cindidos de seu bloco
psíquico, passam a agir com maior consciência de si mesmos, e com relativa independência,
extraindo energia do corpo físico.
São velhos conhecidos dos mestres da psicologia, estudados e doutrinados nos consultórios
psicoterápicos, terapêuticos ou centros espíritas, apométricos ou não. Vivem “dentro” ou
“fora” de nós como se fossem outras pessoas ou parte delas.
Quando apegados em aspectos negativos de passadas encarnações ou em momentos
traumáticos vividos durante essas encarnações, podem gerar distúrbios de variada ordem.
Permanecerão assim até que sejam orientados (doutrinados) ou se dêem conta do equívoco
em que vivem.
SUBNÍVEIS - Subníveis são as divisões setenárias de cada Nível, resquícios de personalidades
vividas e não diluídas ou não integradas totalmente à individualidade, carregados de
informações residuais referentes às experiências realizadas ou vividas em existências
passadas mais antigas.
Essas estruturas (níveis) são verdadeiros bancos de dados onde se encontram os registros
das existências transatas, positivas ou negativas, em forma de reflexos condicionados e
incondicionados.
FUNÇÕES, PROPRIEDADES E NATUREZA DOS NÍVEIS E SUBNÍVEIS CONSCIENCIAIS - Agir,
reagir ou interagir, individualmente ou em grupos, de forma integradora ou desintegradora,
entre seus pares, dentro do campo vibracional dos corpos, provocando reações positivas ou
negativas em todo o cosmo consciencial, visando seu constante aprimoramento.
Esses níveis “hibernam” ou “acordam” “dentro” do bloco de consciência, conforme
necessidade de evolução ou capacidade de resolução do espírito, tornando-se mais ou menos
ativos, reativos, cooperadores, omissos ou antagônicos, dificultando ou facilitando a
construção da individualidade, até que um dia se integrem totalmente à personalidade
cósmica ou à individualidade eterna, abrindo mão dos individualismos gerados pelas
personalidades já vividas.
Cindidos, comportam-se como “pessoas” encarnadas, esquecidos da desencarnação sofrida.
Discutem, defendem supostos patrimônios, teses e postulados, fazem planos, agem e não se
dão conta de que estão ligados a uma personalidade física.
Outros se apresentam angustiados, agressivos, vingativos, arredios, e não entendem porque
têm de permanecer ligados a uma pessoa diferente (nova personalidade física). Atacam-na,
ironizam-na e a rejeitam.
Existem também os que se apresentam plenamente conscientes de sua condição, como
também os inconscientes. Uns tantos são simplórios, viciosos, confusos e perturbados, outros
são arrogantes, ignorantes, orgulhosos, soberbos e maldosos.
Não se integram a atual personalidade por que não querem ou não sabem o que está
acontecendo. Opõem-se à polaridade sexual que vestem, rejeitando-na. Dificultam a infância,
a maturidade, a velhice, a aparência, a família ou a condição social. Boicotam profissões,
criam dificuldades de toda a ordem, chegando a levar o encarnado a comprometer o
empreendimento encarnatório, etc.
Essas estruturas (níveis) se apresentam em várias formas, atitudes e comportamentos.
Quando vigorosos são formas extremas de sub-personalidades altamente potencializadas
com as memórias totais de uma vida passada.
Quando positivos chamamos de “personalidades alimentadoras”, “personalidades de base”,
“personalidades guias”, “personalidades mentoras”, etc. Procura guiar a consciência
encarnada, “ego”, para os aprendizados produtivos, para a moral e os bons costumes, a ética
e a religiosidade, a fraternidade, o amor e as grandes realizações. Representam a conhecida
“voz da consciência”.
Quando negativos denominamos de “pseudo-obsessores”, “personalidades parasitas,
omissas, vingativas, ociosas, doentias, negativas”, “lado ruim”, “resíduo de personalidade”,
“extrato de memória”, etc. Criam confusões de toda a espécie, destroem relações afetivas,
dificultam aprendizados, provocam desentendimentos, estimulam comportamentos e
viciações, rebelam-se, frustram-se, reagem, interferem, afastam-se, associam-se a outros
níveis ou a espíritos, em prejuízo da proposta encarnatória ou contra terceiros, familiares,
colegas de trabalho, vizinhos, conhecidos ou desconhecidos.
Essas personalidades ou níveis sempre acordam ativados por algum estímulo desencadeador
qualquer, no plano da consciência física ou espiritual, um vício, uma vibração, uma imagem,
um cheiro, um olhar, um tom de voz, um som, uma provocação, um ataque, um
descontentamento, uma humilhação, um medo, um trauma, etc. Desarmonizam o psiquismo,
prejudicam a saúde e drenam a economia energética dos encarnados.
Muitos permanecem adormecidos por séculos até que algo os ative, ou então, a própria
necessidade evolutiva da pessoa os despertará para que ressignifiquem seus conhecimentos
e conteúdos conscienciais.
Através de orientação podem se redirecionarem ou se integrarem ao bloco de “ego”. Ou
então, diante de atitudes positivas da consciência física entram em colapso, anulando-se ou
se integrando as atividades progressivas da consciência física ou espiritual.
Ao se integrar ao projeto encarnatório, diluem-se na personalidade atual, e depois, na
individualidade eterna. Juntos formam, aparentemente, o bloco de consciência física ou
“ego”, conservando os atributos que lhes são inerentes juntamente com o aprendizado de
suas experiências. Agrupam-se por afinidade.
Muitas vezes são mais inteligentes do que a própria personalidade encarnada, ou até mesmo
do que os doutrinadores e os terapeutas que tentam neutralizá-los. Daí a dificuldade com a
terapêutica psicológica, medicamentosa e mesmo a medianímica ou espiritual.
Terapeuticamente, interessam-nos os defeitos, comportamentos, distúrbios e sintomas, que
se apresentam em forma de traumas, melindres (recalques), medos, postulados, apegos
(hábitos), etc, resultantes das experiências dolorosas, vividas por cada personalidade em
algum momento de seu processo evolutivo, no plano físico ou espiritual.
APOMETRIA - A Apometria, na realidade, é uma técnica terapêutica composta por um
conjunto de procedimentos que faculta a abordagem, a compreensão e o manuseio das
estruturas dos sete corpos do agregado humano e seus elementos, perfeitamente de acordo
com a proposta Kardequiana, inserta em “O Livro dos Médiuns", Capítulo I, 2ª parte, página
72 da 51ª edição, FEB, onde trata da “Ação dos Espíritos sobre a Matéria”, quando diz:
“somente faremos notar que no conhecimento do perispírito está a chave de inúmeros
problemas até hoje insolúveis”,
Sua ação se faz através do impulso mental de um operador encarnado movido pela vontade.
Foi desenvolvida pelo Dr. José Lacerda de Azevedo, em 1965, no Hospital Espírita em Porto
Alegre, RS.
É composta por 13 leis (e mais uma em experimentação) e através de sintonia anímica,
possibilita o acesso aos registros dos arquivos de memória dos corpos, níveis e subníveis
(Perispírito), subconsciente e inconsciente, onde se ocultam as raízes das desarmonias
psíquicas e espirituais do ser.
O termo Apometria é composto das palavras gregas “apo” que significa “além de” e metrom
que significa medida. Designa o desdobramento espiritual, bastante estudado por diversos
autores clássicos.
Serve para se tratar terapeuticamente distúrbios de ordem pessoal, interpessoal,
transpessoal, psíquica, espiritual, anímica e física. É útil ainda como recurso e conhecimento
auxiliar das demais técnicas terapêuticas.
TVP OU TERAPIA DE VIDA PASSADA - É uma técnica que faculta a abordagem, o acesso e a
compreensão das causas geradoras de distúrbios psíquicos composta por um conjunto de
procedimentos tais como regressão de memória, catarse de conteúdos emocionais
traumáticos, reconstrução da personalidade, etc.
Sua ação se faz através do comando e orientação de um terapeuta, e aceita pela vontade do
interessado que permite o acesso a suas memórias subconscientes e inconscientes, desta e
de outras existências, onde se ocultam as raízes de muitas desarmonias psíquicas do ser
humano. Vem sendo utilizada desde tempos imemoriais.
Serve para tratar terapeuticamente distúrbios de ordem pessoal, interpessoal, transpessoal,
psíquica, anímica, comportamental e física. É útil, ainda, como recurso e conhecimento
auxiliar das demais técnicas terapêuticas.
Para se entender com mais clareza o funcionamento dos fenômenos que envolvem o
Agregado Humano precisamos ter uma noção das leis que os regem e conhecimento de
algumas de nossas próprias potencialidades. Assim, esclarecidos, poderemos agir com
tranqüilidade e segurança evitando os prejuízos e as conseqüências negativas derivadas do
mau uso dessas leis, que o desconhecimento e a ignorância costumam causar. Ao se ter uma
noção do seu funcionamento abrirá os portais dos “Templos Iniciáticos” e conheceremos os
seus mistérios, há muito procurado pelos buscadores da “Pedra Filosofal”.
Em ”Missionários da Luz”, André Luiz e seus colegas de estudos analisam a Lei de Causa e
Efeito e demonstram que o próprio ser humano põe-na em movimento em seu favor ou em
seu próprio prejuízo. Diz ele que “a epífise ou glândula pineal concentra e traduz as radiações
mentais e depois as distribui através do tálamo (massa composta por substância cinzenta).
Desse modo, a mente elabora as criações que lhe fluem da vontade, apropriando-se dos
elementos que a circundam, e o centro coronário incumbe-se, automaticamente, de fixar a
natureza da responsabilidade que lhes diga respeito, marcando no próprio ser as
conseqüências felizes ou infelizes de sua movimentação consciencial no campo do destino.“
Por radiações mentais entendemos o ato ou efeito de uma pessoa, de modo particular,
irradiar uma idéia ou um conjunto de idéias com valoração, atitudes, sentimentos e conceitos
peculiares a sua índole e caráter. Uma irradiação de energia luminosa, em linha reta através
do espaço, pode alcançar a velocidade de até 300.000 km/s. Segundo os espíritos, o
pensamento ou onda mental se irradia com maior velocidade ainda. Então, imaginemos o
impacto de um bombardeio contínuo de partículas mentais carregadas de energia negativa
em direção a um determinado alvo. Cientes de toda essa força e dos poderes que ela nos dá,
imaginemos também os danos que podemos ocasionar em nosso próprio corpo ou no corpo
das outras pessoas, ao irradiarmos mentalmente um pensamento negativo.
Por outro lado, pensamentos e sentimentos, negativos ou positivos, depois de irradiados, se
agregam, por atração e afinidade, a outros pensamentos e energias a fim de forma
cumulativa, aumentando a carga de que são portadores. Imaginemos a gravidade de
responsabilidade de quem arrojam de si mesmo pensamentos negativos ou desordenados.
Como se fosse um juiz severo e atento, o Chacra Coronário com seu automatismo regulador,
age imediatamente determinando o carma de seu irradiador. Seja o retorno positivo quando
irradiou energia luminosa e benéfica, ou o retorno negativo quando projetou energias
deletérias visando um fim ignóbil e maléfico.
Da mesma forma e atuando automaticamente, temos a “Lei da Correspondência Vibratória”,
que estabelece sintonia automática com correntes mentais que vibram no mesmo tipo de
onda. Diz André Luiz em “Mecanismos da Mediunidade” que isso ocorre porque “cada Espírito
gera em si mesmo, inimaginável potencial de forças mento-eletro-magnéticas, exteriorizando
nessa corrente psíquica os recursos e valores que acumula em si próprio. Ao gerar essa
força, assimila, espontaneamente, as correntes mentais que se harmonizem com o tipo de
onda emitido, impondo às mentes simpáticas o fruto de suas elucubrações e delas
recolhendo o que lhes seja característico, independentemente da distância espacial.”
Temos também o fenômeno ou “Lei de Ressonância Vibratória”, que nos parece muito
semelhante. (Ressonância em Física é o fenômeno que ocorre quando um sistema oscilante
(mecânico, elétrico, acústico, etc.) é excitado por agente externo periódico, com freqüência
idêntica à freqüência do receptor). No campo espiritual, ressonância é a transferência de
energia de um sistema radiante, indutor, para outro sistema radiante receptor, que tenham
freqüências sintônicas. Ou seja, ao se gerar uma vibração mental positiva ou negativa,
possivelmente, com vários níveis de ação, provocamos uma reação nos elétrons, átomos,
moléculas ou outros elementos que compõem as várias freqüências de radiação do outro ou
dos outros campos magnéticos que estejam em sintonia conosco.
Como conseqüência entra em ação a “Lei da Livre Semeadura e Colheita Obrigatória”
impondo retorno automático ao agente gerador da ação inicial. Diante disso, e por medida de
prudência, torna-se necessário a vigilância dos pensamentos, sentimentos, emoções e ações,
visando evitar-se as sintonias negativas, e criar as condições para construção de um futuro
mais feliz.
Em “Mecanismos da Mediunidade”, André Luiz comentando sobre o assunto informa: "Temos
plena evidência de que a auto-sugestão encoraja essa ou aquela ligação, esse ou aquele
hábito, demonstrando a necessidade de autopoliciamento em todos os interesses de nossa
vida mental, porquanto, conquistada a razão com a prerrogativa de escolha de nossos
objetivos, todo o alvo de nossa atenção se converte em fator indutivo, compelindo-nos a
emitir valores de pensamento contínuos na direção em que se nos fixe a idéia. Direção essa
na qual encontramos os princípios combináveis com os nossos, razão por que,
automaticamente, estamos ligados em espírito com todos os encarnados ou desencarnados
que pensam como pensamos.”< /o:p>
Correlacionamento entre Espiritismo e Animismo
O fenômeno anímico na esfera de atividades espíritas significa a intervenção da própria
personalidade do médium nas comunicações, através do desdobramento e incorporação
psicofônica. Essa interferência anímica, geralmente inconsciente, por vezes é tão sutil que os
médiuns, doutrinadores ou assistentes, têm dificuldade de perceber quando isso ocorre ou
quando é um espírito que intervém. Imagine isso ocorrendo no dia a dia, dentro das nossas
casas, sem que tenhamos o mínimo conhecimento do por que nosso familiar está se
comportando de forma estranha.
Também não podemos confundir o animismo com “mistificação”. Mistificação é a deliberação
consciente de enganar resultada da má intenção, animismo é a sintonia de níveis
consciências desdobrada.
Embora Kardec tenha recomendado “rejeitar dez verdades do que aceitar uma mentira”, não
vamos agir de forma obtusa rejeitando as dez verdades por medo de uma mentira, “in casu”,
a mistificação. Sejamos prudentes, observadores, atentos e racionais, conforme
recomendava o mestre. Vamos analisar o conteúdo, a qualidade das informações, e o
significado mais profundo dos fenômenos manifestados.
O fenômeno anímico, quando manifestado, pode também revelar o temperamento
psicológico das pessoas, as alegrias ou aflições, manhas ou venturas, sonhos ou derrotas.
Muitas vezes é assinalado por cenas dolorosas, fatos trágicos ou detestáveis, mostrando a
necessidade de tratamento, amparo e orientação para o nível desajustado ou doente que se
expressa de forma perturbadora. E nesse caso, a técnica apométrica, bem orientada e
compreendida, é o instrumento adequado para o tratamento terapêutico.
A Terapêutica
Conhecida a estruturação dos corpos, seus níveis e subníveis, fica bem mais fácil tratar os
distúrbios que apresentam através da terapêutica apométrica e da terapia de vida passada.
Jung dizia que: “O funcionamento da psique se baseia no princípio da oposição entre os
elementos contrários. E que, a tarefa do homem no caminho de individuação é unir os
opostos”. Evidentemente, que ao falar de elementos contrários está falando do “eus”,
“personalidades múltiplas” ou “níveis”, perfeitamente trabalháveis e passíveis de tratamento
terapêutico eficiente, graças a visão e dedicação do Dr. Lacerda, que soube aproveitar todo o
conhecimento existente sobre animismo e transformar nessa maravilhosa técnica a
Apometria.
Não menos importante o trabalho do espírito Joanna de Angelis, que aprofundou estudos na
área da psicologia transpessoal, ampliando as bases para uma terapêutica psicológica e
psíquica de profundidade, principalmente a TVP (Terapia de Vida Passada), que hoje se
encontra plenamente aceita e consolidada. Em nosso entender, o seu livro “O Homem
Integral”, representou um marco importante no desenvolvimento do psiquismo terapêutico.
Pelas suas afirmações podemos perceber que seu conhecimento é realmente notável: “Nos
alicerces do Inconsciente profundo encontram-se os extratos das memórias pretéritas,
ditando comportamentos atuais, que somente uma análise regressiva consegue detectar,
eliminando os conteúdos perturbadores, que respondem por várias alienações mentais.”
Conclusão
Este conjunto de fenômenos, bem estudado, compreendido e experimentado, nós traz
perspectivas promissoras e explica muitas coisas até então não explicadas. Está em
consonância com o que previa Kardec em "O Livro dos Médiuns", no Capítulo I, 2ª parte,
página 72, da 51ª edição, FEB, onde trata da Ação dos Espíritos sobre a Matéria, quando diz:
"somente faremos notar que no conhecimento do perispírito está a chave de inúmeros
problemas até hoje insolúveis". De igual modo, está coerente com o pensamento de Kopnin –
filósofo marxista contemporâneo quando afirma - “Quanto mais um conhecimento explica o
que não podia ser explicado antes, quanto mais ele prevê o que não podia ser previsto antes,
tanto mais científico é”.
BIBLIOGRAFIA
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XAVIER, Francisco Cândido & VIEIRA, Valdo (André Luiz, Espírito). Mecanismos da
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Decifrando o Psiquismo
Dentre as muitas pesquisas que faço em obras de literatura espiritualista, há uma, em
singular, que costumo me reportar em meus textos, ante a riqueza de conhecimentos que
apresenta. Denomina-se “Chama Crística”, de Ramatis, psicografia de Norberto Peixoto,
revisão e prefácio de Mariléia de Castro, Editora do Conhecimento.
Todavia, o mesmo ilustre autor, publicou recentemente obra denominada “O Jardim dos
Orixás”, cujos ensinamentos ali consignados parecem conflitar com os exarados na obra
supramencionada.
A fim de traçar um paralelo objetivando um estudo mais aprofundado, gostaria de
compartilhar com os demais amigos listeiros alguns questionamentos que me assaltaram e
aguçaram minha curiosidade durante a leitura da referida obra.
A experiência de trabalho medianímico, vivenciada nos últimos doze anos, em vários grupos
apométricos, demonstra de forma cabal a existência desses elementos, os quais chamamos
de “níveis”.
Alguns companheiros persistem em afirmar que esses elementos não existem e que nossas
teses são equivocadas, mesmo após comprovações práticas nos trabalhos apométricos.
As conclusões, conceitos e informações que defendemos já vêm de tempos remotos. Não
detemos a sua exclusividade. São experimentos e observações realizadas ao longo de anos
por cientistas de renome e por espíritos conceituados. Falam sobre isso Pierre Janet, William
James, Jung, André Luiz, Joanna de Angelis, Miramez, Charles Lancelin e tantos outros.
O algo “novo” que talvez tenhamos inventado, foi apenas dar a denominação de “níveis” para
os elementos que formam o primeiro bloco de desdobramento setenário de cada corpo, e
“subníveis” para os elementos menos densos que formam o bloco setenário de cada nível.
Tudo está de acordo e perfeitamente compatível com a descrição e complexidade do
setenário sagrado, revelado pelos mestres do passado.
Até então, esses elementos foram chamados de “personalidades múltiplas”, “eus”,
“elementos antagônicos”, “inconsciente coletivo pessoal”, “personalidades parasitas”,
“subpersonalidades”, “elementos da consciência”, etc.
Em nenhum momento pretendemos dar respostas definitivas e nem combater “verdades”
estabelecidas, já que a cada dia a ciência prova de forma incontestável a relatividade, a
dualidade, e a multidimensionalidade das coisas.
O que afirmamos sobre os elementos da consciência é o resultado da observação e
experimentação sobre a sua aparência no momento da sintonia medianímica, e o seu
comportamento e conseqüência dentro do Agregado Humano. Interessa-nos, sobremaneira,
estudá-los e conhecer-lhes a essência, função, propriedade e finalidade.
Nossa proposta é trabalhar, com fé e amor, para tentar aliviar a dor das pessoas tocadas
pelo sofrimento, as quais nos procuram em busca de auxílio. Não pretendemos a
unanimidade de conceitos, vez que na unanimidade não há evolução. Há somente
solidariedade.
O que chamamos “Níveis” são as conhecidas partes setenárias, resultantes do
desdobramento do Agregado Humano e de cada Corpo desse agregado. É ai que estão
gravadas as informações de encarnações passadas, com maior ou menor grau de consciência
e potencialidade. O fato de se chamar esses elementos de “personas”, “papéis”,
“pensamentos”, “máscaras”, “fachadas”, “eus”, “cisões” “níveis” ou “múltiplas
personalidades”, em nada altera a essência dos mesmos, e nem anula a realidade dos fatos.
Observemos as palavras de Kardec quando diz: “não sejamos muito apressados em rejeitar a
priori tudo o que não podemos compreender, porque longe estamos de conhecer todas as
leis e nem a natureza nos revelou ainda todos os segredos. O mundo invisível é um campo
de observação ainda novo, cujas profundezas seriam presunção supor exploradas, quando
incessantemente se estão patenteando a nossos olhos novas maravilhas". (A. Kardec, OP,
Capítulo 2, Parágrafo VII (Dos Homens Duplos..., item 9).
Assim, os “níveis”, ou o nome que se lhes dê, possuem certa consciência de si mesmos e de
suas possibilidades. Apresentam-se como espécies de “extratos” de antigas personalidades
encarnadas, ainda apegadas às existências físicas que viveram.
Cindidos de seu bloco consciencial (estado alterado de consciência), passam a agir
patologicamente com maior consciência de si mesmos, e com relativa independência,
extraindo energia do corpo físico e perturbando o equilíbrio e a harmonia da atual
personalidade encarnada.
São estudados e doutrinados nos consultórios psicoterápicos, terapêuticos ou centros
espíritas, apométricos ou não. “Vivem” ou manifestam-se “dentro” ou “fora” de nós como se
fossem outras pessoas ou parte delas.
Quando apegados em aspectos negativos de passadas encarnações ou em momentos
traumáticos vividos durante essas encarnações, podem gerar distúrbios de variada ordem.
Permanecerão assim até que sejam doutrinados ou se dêem conta de seus equívocos e
então, integrem-se à proposta encarnatória da atual personalidade em construção.
Quanto ao desdobramento e as personalidades, existem tantos estudos sérios dentro e fora
da doutrina espírita que não é dado a nenhum espiritualista ignorar ou negar isto sem se
colocar em condição delicada. A probabilidade maior é que o fenômeno realmente exista. Se
não existisse, não haveria os resultados benéficos depois do tratamento dos níveis.
Ao se observar os comportamentos dos níveis, podemos concluir por algumas de suas
finalidades, propriedades e funções. Dentre elas, o agir, reagir ou interagir, individualmente
ou em grupos, de forma integradora ou desintegradora, entre seus pares, dentro do campo
vibracional dos corpos, provocando reações positivas ou negativas em todo o cosmo
consciencial, visando, instigando ou forçando seu constante aprimoramento.
Esses níveis “hibernam” ou “acordam” “dentro” do campo vibracional do bloco de
consciência, conforme necessidade de evolução ou capacidade de resolução do espírito,
tornando-se mais ou menos ativos, reativos, cooperadores, omissos ou antagônicos,
dificultando ou facilitando a construção da individualidade, até que um dia se integrem
totalmente à personalidade cósmica ou à individualidade eterna, abrindo mão dos
individualismos gerados pelas personalidades já vividas, com seus vícios, equívocos, traumas
e apegos.
Cindidos, comportam-se como “pessoas”, esquecidos da desencarnação sofrida. Discutem,
defendem supostos patrimônios, teses e postulados, fazem planos, agem e não se dão conta
de que estão ligados a uma personalidade física.
Essas “personalidades” antigas, sempre acordam ativadas por algum estímulo deflagrador
qualquer no plano da consciência física ou espiritual, um vício, uma vibração, uma imagem,
um cheiro, um olhar, um tom de voz, um som, uma provocação, um ataque, um
descontentamento, uma humilhação, um medo, um trauma, etc. Desarmonizam o psiquismo,
prejudicam a saúde e drenam a economia energética dos encarnados.
Muitos permanecem adormecidos por séculos até que algo os ative, ou então, a própria
necessidade evolutiva os despertará para que ressignifiquem seus conhecimentos e
conteúdos conscienciais.
Através de orientação podem se redirecionar ou se integrar ao bloco de “ego”. Ou então,
diante de atitudes positivas da consciência física entram em colapso, anulando-se ou se
integrando às atividades progressivas da consciência física ou espiritual.
Muitas vezes são mais inteligentes do que a própria personalidade encarnada, ou até mesmo
do que os doutrinadores e terapeutas que tentam neutralizá-los. Daí a dificuldade com a
terapêutica psicológica, medicamentosa e mesmo a medianímica ou espiritual.
É comum ao dissociarmos o psiquismo de um indivíduo, encontrar evidências de uma ou
mais personalidades predominantes, que se revezam ou alternam durante o transcorrer de
um dia, percebidos e interpretados como estados de humor.
Essas personalidades, por vezes, assumem ou tentam assumir provisoriamente a consciência
da pessoas, promovendo comportamentos diversos, ou de forma mais demorada no distúrbio
chamado “dupla personalidade”, onde a pessoa se modifica a tal ponto que parece se
transformar em outra, e pelas evidências, isso acontece com espíritos também.
As personalidades invasoras se dividem em “Personalidades de Inversão”, “Personalidades de
Domínio”, “Personalidades Ambivalentes”, “Personalidades de Influenciação”.
No livro “Nos Domínios da Mediunidade” de André Luiz, psicografia de Francisco Xavier, O
instrutor Aulus explicou isso de forma bastante esclarecedora. Vejamos o texto: “Perguntado
se o fenômeno era comum, Áulus respondeu que é intensamente generalizado e
acrescentou: É a influenciação de almas encarnadas entre si que, à vezes, alcança o clima de
perigosa obsessão. Milhões de lares podem ser comparados a trincheiras de luta, em que
pensamentos guerreiam pensamentos, assumindo as mais diversas formas de angústias e
repulsão”.
Indagado também se o assunto poderia se enquadrado nos domínios da mediunidade,
respondeu:
“Perfeitamente, cabendo-nos acrescentar ainda que o fenômeno pertença à sintonia. Muitos
processos de alienação mental guardam nele as origens. Muitas vezes, dentro do mesmo lar,
da mesma família ou da mesma instituição, adversários ferrenhos do passado se
reencontram. Chamados pela Esfera Superior ao reajuste, raramente conseguem superar a
aversão de que se vêem possuídos, uns à frente dos outros, e alimentam com paixão, no imo
de si mesmos, os raios tóxicos da antipatia que, concentrados, se transformam em venenos
magnéticos, suscetíveis de provocar a enfermidade e a morte. Para isso, não será necessário
que a perseguição recíproca se expresse em contendas visíveis. Bastam as vibrações
silenciosas de crueldade e despeito, ódio e ciúme, violência e desespero, as quais,
alimentadas, de parte a parte, constituem corrosivos destruidores.”
E isso não acontece só em nossos lares, ocorre entre os grupos espiritualistas e apométricos
também, como também entre todos os demais agrupamentos humanos que levantam
alguma bandeira de luz, por nos faltar a Verdadeira Luz da Fraternidade.
Então, pode-se dizer que níveis ou “eus” são projeções do “si mesmo”, ou pensamentos que
tomam a forma das antigas personalidades vividas alhures, e permanecem ativas por pouco
ou muito tempo, dias, meses, anos ou séculos, até que compreendam que precisam se
integrar definitivamente a individualidade eterna e a proposta crística do Amor Fraterno.
Ramatis, espírito estudioso do assunto, sempre valorizou todos os esforços evolutivos, sem
discriminação nem sectarismos, e nos convida a perquirir sobre o psiquismo, o agregado
humano e o passado, bem como estudar o perispírito, aproveitando e extraindo tudo o que
puder auxiliar a nossa evolução. Em nenhum momento agiria em oposição as anteriores
assertivas, desestimulando o trabalho apométrico, ao utilizar-se de conceitos “anti-fraternos”.
Vejamos o texto considerado da autoria de Ramatis, inserido na obra “O Jardim dos Orixás”,
publicado em nossa lista, que parece contradizer textos da obra anterior (Chama Crística):
“Quanto ao que alguns “apômetras” estão “fazendo” com esses corpos, só temos a dizer que
é um exercício de imaginação fantasiosa, fruto da árvore do ego avantajado pelo
conhecimento meramente intelectual, alicerçado num método de trabalho técnico-milagreiro.
Pelo simples fato de que esses códigos da criação não estão ainda abertos ao conhecimento
em vosso plano existencial, e pelo atual estágio evolutivo da humanidade não é permitido
que sejam descritos pelos maiorais sidéreos, muito menos pelos homens. Tudo o mais que
vos for dito será um exercício de retórica é de uma “matematicidade” dispensável aos olhos
da Espiritualidade. ”(O Jardim dos Orixás)
O Próprio Ramatis afirma em “Chama Crística”:
“Não deveis estar presos a conceitos tradicionais, excessivamente lineares. Assim, como as
traças roem o fino tecido que é usado em ocasiões festivas, as larvas podem roer o canteiro
mental escassamente cultivado. (...) A lição de a mente não estar presa a conceitos
empoeirados, principalmente na pesquisa da psique humana e dos fenômenos psíquicos não
aceita pelos cientistas, é muito necessária à ciência terrícola, tão deficitária de humildade em
seus pesquisadores. A perquirição humilde será a prima essência que moverá a pesquisa
comprometida com as verdades ocultas.
Atentem ao fato de que, assim como na época da codificação da doutrina espírita,
começarão a jorrar, da fonte do Altíssimo, novos ensinamentos e conceitos que se
completarão e se confirmarão, em diversas localidades do vosso orbe, com provadamente
verídicos e sem estarem relacionados na sua formulação. Será como um guia epistemológico
do Astral, a baixar nas lides científicas terrícolas.” (Página 90)
“Vosso corpo, no conceito hermético, é um microcosmo, à semelhança do macrocosmo.
Encontra-se em constante interação com os diversos campos energéticos, que,
interiormente, o constituem e, exteriormente, o cercam. Uma vez entendendo a natureza e a
estrutura dessas correspondências, que devem estar em harmonia com como tudo no cosmo,
e não em desordem, podereis restabelecer e manter o equilíbrio”. (Página 110)
Também é de difícil compreensão as afirmações onde se nega a divisão ou dissociação “dos
vários corpos que permitem a relação do espírito com os planos do universo manifestado”,
nem tampouco a explicação sobre ressonância dos traumas vividos em existências passadas.
Vejamos o texto:
“Os vários corpos que permitem a relação do espírito com os planos do universo manifestado
não são passíveis de divisão nesses moldes, de “níveis e subníveis” associados à consciência
ou ao inconsciente como se fossem retalhos que se encontram. E muito menos em
“personalidades”, que são complexos de experiências e vivências.
Reside aí um tecnicismo atraente aos olhos dos encarnados, sequiosos de novidades por sua
própria instabilidade espiritual.
Quanto ao Corpo Mental Superior (Causal), as energias do espírito imortal nesse nível
vibratório não estão divididas em níveis nem subníveis, pois são únicas, e nesse plano mental
abstrato, não há traumas ressonantes de vidas passadas. Há, ao contrário, uma irradiação
perene do Eu Superior, que “impulsiona” a centelha espiritual aos planos búdico e átmico, ...”
.
Se concordarmos com o texto acima, possivelmente os terapeutas de vidas passadas, os
mestres da psicologia e os apometras em geral estiveram e continuam equivocados,
independentemente de sua formação, inteligência, caráter, ética, idoneidade, bondade e
amor fraterno, dedicadas ao trabalho socorrista através da técnica apométrica, do
desdobramento múltiplo e da TVP. Pois, se não há traumas ressonantes com vidas passadas
no plano abstrato, também não deve haver no plano concreto; se não há incorporações de
“personalidades” ou “subpersonalidades”, o fenômeno que se observa deve ser tido na conta
de ilusão, invenção ou mistificação.
Os anos de prática e pesquisa apométrica realizadas por Dr. Lacerda e seus companheiros,
bem como as dezenas de anos de pesquisa, observação e comprovação dos grandes
terapeutas com Hans Ten Dam, Morris Netherton, Edith Fiore, Jung e outros sobre vidas
passadas, com resultados altamente positivos, não podem ser negados nem ignorados.
Não se pode levar todo esse trabalho à conta da fantasia de “egos avantajados” e de
mistificadores que iludem o povo visando qualquer lucro. O atendimento apométrico é
gratuito e as próprias pessoas atendidas são testemunhas dos resultados benéficos que
obtiveram.
André Luiz e Joanna de Angelis pesquisam no astral, confirmam a existência das múltiplas
personalidades e suas manifestações perturbadoras, e corroboram os estudos acima
mencionados.
Segundo o que se depreende do livro em pauta (“O Jardim dos Orixás”), os espíritos não
podem desdobrar-se. Então, como interpretar o fenômeno que permite que em dezenas de
centros de umbanda se manifeste, simultaneamente, outras dezenas de Vovós Maria-Congas,
Vovós Joaquinas, Pais Tomés, Caboclo Pena Branca, Caboclos Sete Flechas, e outros? Tudo
isso em manifesta e indiscutível comprovação e afirmação de que isso, de alguma forma, é
possível.
A única coisa que se poderia aventar é que o fenômeno ainda é difícil de ser compreendido
com clareza. Tanto que o físico Jean Guitton asseverou em seu livro “Deus e a Ciência” que
“a realidade ‘em si’ não existe; que ela depende do modo pelo qual decidimos observá-la;
que as entidades elementares que a compõem podem ser uma coisa (uma onda) e ao
mesmo tempo outra (uma partícula). E que, de qualquer modo, essa realidade é, num
sentido profundo, indeterminada”.
Desta forma, parece-nos que as afirmações contidas no livro “O Jardim dos Orixás”
contradizem as afirmadas anteriormente no livro “Chama Crística” e demais livros do mestre
Ramatis.
Quanto aos corpos, se todos têm níveis conscienciais, isso não sabemos ainda o certo, até
porque só pesquisamos o Corpo Astral, Mental Concreto e Abstrato. Mas que eles podem ser
desdobrados, isso nos parece lógico, e tem sido feito regularmente há séculos. Atualmente, o
trabalho prossegue com a atividade dos grupos apométricos.
Não só os corpos sutis podem ser desdobrados (divididos) em partes, como também os
demais, incluindo o corpo físico. É por essa razão que a própria medicina é dividida em
especialidades, e cada uma cuida de um sistema do corpo. Sistema respiratório, sistema
nervoso, etc. Sistema também é divisão ou desdobramento.
Se não for verdade que uma pessoa encarnada (hoje) possa ter níveis nas faixas inferiores,
embora isso fique evidenciado nos tratamentos e cura de determinados sintomas onde esses
níveis foram encontrados, resgatados e tratados, precisamos encontrar outra causa e uma
nova explicação plausível para essa melhora e cura. Em termos de evolução, uma pessoa
encarnada em pleno século vinte e um, com níveis estacionados há dois mil anos no local de
sua vivência pretérita, significa que ainda é acomodada e tem apego demasiado nas suas
coisas e idéias, por mais equivocadas que estas sejam.
Portanto, o texto abordado não nos parece de autoria de Ramatis.
Da mesma forma, parte do texto de “Vovó Maria Conga”, apresenta-se dúbio:
“Muito menos se apaga a memória perene ou se reprograma níveis conscienciais outrora
vividos que estão a influenciar a atual consciência encarnada.”
Se não existem níveis, desnecessário combatê-los. Se existem, e o espírito supracitado está
dizendo que existem e influenciam a atual consciência, mas não se pode apagá-los, então
não há que se negar-lhes a existência. Basta estudar-lhes o comportamento e essência.
O conhecimento sobre a realidade do espírito informa que não se podem apagar as suas
memórias, vez que estas se constituem em patrimônio indisponível, e que podem apenas
serem adormecidas por algum tempo, se necessário, para diminuir-lhe a força perturbadora
até que a pessoa se fortaleça para enfrentá-las.
Em contrapartida, ao final da resposta, a entidade (Vovó Conga) recomenda:
“Os filhos devem se preocupar é com se entregar amorosamente às catarses que liberam os
consulentes dos sofrimentos.”
A recomendação é fraterna e sábia. Indicada a todos.
Há ainda, outras assertivas a serem analisadas, conforme segue abaixo:
“São tantos os níveis, subníveis, cordões coloridos, corpos, subcorpos, energia das estrelas,
reprogramações cármicas, campos de forças, que muitos filhos que almejavam serem deuses
poderosos no olimpo da Apometria estão como centauros perdidos na floresta e não sabem
mais o caminho de volta à trilha da simplicidade dos espíritos sábios, como Jesus ou
Francisco de Assis”.
Há Olimpo na Apometria? Centauros se perdem em florestas?
Olimpo era morada dos deuses, segundo a crença dos antigos gregos. Lá residiam, em
conjunto, as divindades. Como divindade suprema do Olimpo, chamado "pai dos deuses e
dos homens", Zeus simbolizava a ordem racional da Civilização Helênica. Zeus é o
personagem mitológico que, segundo Hesíodo e outros autores, nasceu de Réia e de Cronos,
o qual engolia os filhos para evitar que se cumprisse a profecia de que um deles o
destronaria. Após o nascimento de Zeus, Réia ocultou a criança numa caverna, em Creta, e
deu uma pedra envolta em faixas para o marido engolir. Quando chegou à idade adulta, Zeus
obrigou o pai a vomitar todos os seus irmãos, ainda vivos, e o encerrou sob a terra.
Transformou-se então no novo senhor supremo do cosmo, que governava da morada dos
deuses, no cume do Monte Olimpo. A esposa de Zeus foi sua irmã Hera, mas ele teve
numerosos amores com deusas e mulheres mortais, que lhe deram vasta descendência.
Entre as imortais, contam-se Métis, que Zeus engoliu quando grávida para depois extrair
Atena da própria cabeça; Leto, que gerou Apolo e Ártemis; Sêmele, mãe de Dioniso; e sua
irmã Deméter, que deu à luz Perséfone. Com Hera concebeu Hefesto, Hebe e Ares. Sem
esquecer a amada Temis.
Como os deuses gregos, nós, pobres mortais, ainda temos muito medo de ser destronados
de nossos olimpos imaginários, mesmo sendo espiritualistas. Por outro lado, Centauros não
se perdem em florestas, mas nós, apometras ou não, por falta de vigilância, ou pela
vigilância indébita sobre o que os outros estão fazendo, podemos nos perder em nossos
próprios egos.
Na mitologia grega, os centauros eram a personificação das forças naturais desenfreadas.
Centauro era um animal fabuloso, metade homem e metade cavalo, que habitava as
planícies da Arcádia e da Tessália. Seu mito foi, possivelmente, inspirado nas tribos semi-
selvagens que viviam nas zonas mais agrestes da Grécia. Segundo a lenda, era filho de Ixíon,
rei dos lapidas, e de Nefele, deusa das nuvens, ou então de Apolo e Hebe.
Mas nem todos os centauros apareciam caracterizados como seres selvagens. Um deles,
Quirão, foi instrutor e professor de Aquiles, Heráclito, Jasão e outros heróis, entre os quais
Esculápio. Entretanto, enquanto grupo, foram notórias personificações da violência, como se
vê em Sófocles.
Por conseguinte, a floresta é o habitat natural do Centauro.
Discutir críticas, sendo ainda mais crítico, tem o condão de despertar, de forma vigorosa, a
vontade de estudar e pesquisar, comparar, experimentar e comprovar de forma mais sólida e
incontestável a realidade do psiquismo humano.
A obra comentada acabou fomentando o interesse pelo assunto “níveis”, e o desejo de se
rever e melhorar as fundamentações da Apometria. E isso será realizado, incansavelmente,
até que o fenômeno anímico se aclare totalmente, e o psiquismo seja decifrado, em benefício
do ser humano.
Não foi a toa que Jung, ao desenvolver o seu famoso experimento de associação de palavras
e introduzir a noção de complexo no vocabulário da psicologia, na realidade, estava
explorando e confirmando a principal lição recebida de Pierre Janet: “A psique, tal como se
manifesta, é menos um continente do que um arquipélago, onde cada ilha representa uma
possibilidade autônoma de organização da experiência psíquica”.
Que forma interessante Jung encontrou para falar dessa constatação, onde coloca a imagem
da consciência (subentenda-se corpos de consciência como ilhas de um arquipélago, seus
níveis e subníveis conscienciais como habitantes dessas ilhas) como um arquipélago, onde,
cada ilha tem autonomia para organizar sua independência, mesmo que relativa.

Os 4 níveis da consciência como proposta topográfica em relação ao corpo

No passado havíamos mostrado um esquema do paradigma da consciência e ele se apresentava sob


uma divisão topográfica de sua dominância de comunicação no corpo humano.
Dividíamos a consciência de modo geral em 4 partes, mostrado que todas elas estavam ligadas ao Eu:
Eu-Subconsciente; Eu-Consciente; Eu-Superconsciente; Eu-Extraconsciente.

O Eu-Subconsciente estava relacionado ao tronco e abdômen. Indicava um conjunto de experiências


ligadas ao sonhar e ao transe. Funcionava também como um mediador de outros sistemas:
O Eu-Superconsciente e o Eu-Extraconsciente.
Quando qualquer um destes dois sistemas precisava mostrar informação pelos processos do Eu-
Consciente, esta interação se dava por meio do Eu-Subconsciente.

O Eu-Consciente estava relacionado à cabeça, acima do pescoço, sendo pescoço abaixo todo
relacionado ao Eu-Subconsciente. Representava a percepção em vigília.
Todos os processos iniciados com informação do corpo, pensamentos, linhas de raciocínio e com a
própria memória. Pensar, analisar, dialetizar, trialetizar, raciocinar, são processos ligados ao Eu-
Consciente.

O Eu-Superconsciente se localizava na região logo acima do couro cabeludo na cabeça.


Representava as relações que se davam em um nível ideativo acima da consciência.
Processos no imaginário, no simbólico, etéreos, arquetípicos, que viam além.
A importância do Eu-Superconsciente estava ligada às possibilidades de uma realidade extra-temporal.
Aquilo que foi. Aquilo que virá a ser.

O Eu-Extraconsciente se localizava em uma região espacial fora do corpo humano, distante dele, acima
da cabeça, 40 cm e, além disto.
Representava a capacidade da consciência se deslocar do seu centro de percepção e vontade, para
outros espaços conscienciais fora da consciência, fora do Eu.
Ainda assim por estar sendo percebida pelo Eu, se mostrava na própria natureza de comunicação, entre
o Eu e suas consciências e o que está Extra, além deste Eu, ainda na forma de consciência, ainda
relacionada a ele.

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