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Rascunho dos tópicos para

apresentação do seminário sobre o


Discurso do Método
Parte I

➢ Generalidade da razão/ bom senso.


➢ Argumento: ninguém deseja possuir mais razão do que já tem, como é
improvável que todos se enganem a esse respeito, o bom senso/ razão é
uma característica comum a todos os seres humanos.
➢ Todos possuem a mesma razão, nos surgem os atritos pelas diferentes
formas de se guiar a razão.
➢ A razão é igual em todos, o que distingue um ser do outro é a aplicação da
razão. Donde a razão iguala e as opiniões, paixões, costumes e preconceitos
os diferenciam.


➢ Descartes busca estabelecer um método que possa ser seguido por todo
ser humano que anseia pela verdade e não pela verossimilhança e que
busque priorizar a razão frente a opiniões.
➢ A razão é o que diferencia os humanos dos animais
➢ Preocupação em discernir o verdadeiro do falso que remete aos
primórdios da filosofia com Parmênides, Heráclito, Platão e os sofistas.
➢ O objetivo de Descartes com o Discurso não é ditar como todos devem
guiar suas razões e sim mostrar como ele o fez, na esperança de que isso
possa ajudar os outros sem que faça mal a ninguém.
➢ Crença prévia de que “as letras” eram capazes de fornecer conhecimento
claro e seguro de tudo.
➢ Mudança de opinião devido, ao terminar seus estudos e se considerar um
erudito, encontrava-se com mais dúvidas do que antes o que ressalta mais
sua ignorância do que seu conhecimento.
➢ Referência a Sócrates (Só sei que nada sei).
➢ Dúvida hiperbólica (por se considerar com igual capacidade racional, decide
colocar em dúvida tudo o que aprendeu até então e não se deixar guiar por
ninguém além da sua própria razão).
➢ A importância das viagens e das observações na construção de seu novo
método.
➢ Sua predileção pelas ciências matemáticas devido a suas bases sólidas.
Contudo critica elas por não terem tido aplicação até então (“não notava
ainda seu verdadeiro emprego e pensava que serviriam apenas para às artes
mecânicas”)
➢ A teologia para Descartes: seu conhecimento e crítica não eram do alcance
humano, sendo possível apenas por revelação divina. Isso implica que a
mesma não era alvo de sua dúvida hiperbólica.
➢ Sobre a filosofia: tudo é posto em dúvida devido a falta de consenso
entre os grandes nomes da filosofia sobre o mesmo assunto
(ceticismo).

➢ Demais ciências: possuem grande base na filosofia, logo, não seriam de


muito úteis devido sua base frágil.

Parte II

● O que é pensado por muitos x o que é pensado por um único


● Sucesso de Esparta se deve por suas leis serem poucas, redigidas por um único
homem e cumpridas seriamente
● Sendo as ciências especulativas (ciências sem demonstrações) pensadas por
muitos e possuindo várias “leis”, seriam mais desordenadas e propensas a
precipitações
● Decide, então, basear seu método em poucos preceitos (máximas) que seriam
seguidas duramente
● Preceitos do método cartesiano:
● Primeiro: Jamais acolher uma coisa como verdadeira que não se conhece
evidentemente como tal(evitando assim a precipitação) (DÚVIDA HIPERBÓLICA)
● Segundo: Dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quanto possível ou
necessário, não precipitar (a razão possui mais condições de resolver um problema
quando delimita)
● Terceiro: conduzir por ordem os seus pensamentos, começando por objetos mais
simples até elevar seu conhecimento às coisas mais complexas (característica das
ciências exatas) (como degraus de uma escada)
● Quarto: fazer em toda parte enumerações tão completas e revisões tão gerais, que
se tivesse a certeza de nada omitir

Parte III

➢ Antes de colocar em dúvida todas as suas crenças, necessitava de uma moral


provisória com a qual pudesse se valer até encontrar suas verdades por meio de
sua razão (vida prática)
➢ Busca por compreender a si mesmo que o levou a suspender os juízos quanto aos
costumes e convenções
➢ Descartes possui um pensamento muito diferente do usual eurocêntrico que
desvaloriza a razão de outros povos e culturas
➢ Moral provisória:
➢ Primeira máxima: obedecer às leis e aos costumes de seu país, conservando sua
religião. Com relação a todo o resto, governar-se de modo a evitar os excessos,
buscando as opiniões moderadas que fossem comumente acolhidas em prática
pelos mais sensatos daqueles com os quais teria de viver. (Crítica-Sexto Empírico/
abole o probabilismo.)
➢ A liberdade não deve ser suprimida nesse processo, pois esta é condição da busca
da verdade.
➢ Segunda máxima: ser o mais firme e o mais resoluto possível em minhas ações e
opiniões que fossem tomadas.
➢ O erro é mais tolerado que a hesitação. Os homens que hesitam andam em círculos,
os que seguirem a segunda máxima e errarem podem recomeçar orientados pela
razão, e assim, não trilharmos novamente esse caminho. ( como hipóteses
científicas)
➢ Terceira máxima: procurar sempre vencer a mim próprio do que a fortuna e a
modificar antes os meus desejos do que a ordem do mundo; e, em geral, a de
acostumar-se a crer que nada há que esteja inteiramente em nosso poder, exceto os
nossos pensamentos.As mudanças se iniciam pela consciência individual.
➢ Influência do estoicismo no pensamento cartesiano: os estóicos acreditavam que a
inconstância e a irresolução eram contrárias à virtude .
➢ A moral consiste em uma escolha de vida. Reafirmando a importância da liberdade.
➢ Descartes buscava com sua dúvida hiperbólica não chegar ao ceticismo, mas ao
contrário, eliminar as coisas falsas para, assim, chegar às verdades (que os céticos
diziam serem impossíveis de se conhecer)
➢ Método baseado em observações e adquirir muitas experiências para depois
obter outras mais certas
➢ Bom resultado da aplicação de sua moral provisória e caráter
de observação da realidade de seu método

➢ Demora (nove anos) até que ele comece a desenvolver a


base de sua filosofia, pois necessitava antes remover suas
crenças equivocadas

Parte IV

➢ Sua dúvida hiperbólica consegue colocar em xeque tudo, menos o fato de ele estar
duvidando.

➢ Se há dúvida, necessariamente há aquele ou aquilo que dúvida.


➢ Consequência: duvidar/ pensar implica em existir. (Parmênides)
➢ Daí surge:
➢ O Primeiro alicerce de sua filosofia:

○ “penso, logo existo”, existe uma alma separada do corpo que é imortal e
existe algo mais perfeito que nós (Deus)
➢ Alicerce este que ele julgava sólido e incontestável (diferentemente de tudo que
havia antes na filosofia).
○ Consequência: separação entre o corpo que perece e a alma imortal, pois
algo que é não pode deixar de ser (Parmênides).
○ É ilógico que algo que exista (ser) possa surgir daquilo que não existe (não
ser) tanto quanto algo que é (alma) possa vir a não ser:
○ Como ele não pode duvidar da sua existência por estar pensando, é fato que
o ser que pensa existe
○ Como algo existe (aquele que pensa) esse algo deve ser imortal e separado
do corpo (pois esse é mortal)

➢ Havendo duas naturezas opostas que compõem o homem (corpo e alma), sendo
que a alma é infinitamente mais perfeita que o corpo é razoável pensar que esse
ser pensante é imperfeito.

➢ Analisando a origem de suas ideias sobre perfeição, Descartes chega à


conclusão de existir algo mais perfeito que ele, de onde resultaria às ideias de
perfeição (Platão)
➢ Algo que é imperfeito não pode imaginar/ ter noções/ pensamentos sobre a
perfeição, baseado na premissa que é tão ilógico pensar que algo pode surgir do
nada.
➢ A ideia de perfeição, não sendo originada no nada nem em seres imperfeitos, tenha
sido posta na razão por um ser perfeito.
➢ Só um ser sumamente perfeito pode ser causa de si mesmo.
➢ A origem também é sua causa.(Perfeição)
➢ Essa origem/ causa precisa existir, caso contrário inviabilizaria a própria ideia de
perfeição. (Contradição)
➢ Separação entre imaginação e razão
➢ Pq a imaginação provém das experiências dos sentidos e sendo a razão “separada”
do processo imaginativo, o pensamento racional sobre algo mais perfeito que esse
ser pensante teria obrigatoriamente que surgir de um ser perfeito (Deus)
➢ O que é necessário para que algo seja verdadeiro assim como o “cogito, ergo sum”?
○ Seu critério de verdade é perceber com clareza, sem a possibilidade de
duvidar

➢ União de sua filosofia com seu método (o princípio de sua filosofia, cogito, ergo
sum, possibilitou que ele encontrasse uma verdade incontestável que o mostrou que
seu critério de verdade é o pensar com clareza)

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