René Descartes, nascido em 1596 em Estocolmo, foi um fenomenal filósofo
físico e matemático francês. Descartes propôs uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse totalmente fundamentada na verdade. A sua preocupação era com a clareza. Este sugeriu uma nova visão da natureza, que anula o significado moral e religioso da época. Acreditava que a ciência deveria ser prática e não especulativa. A matemática foi essencial para o desenvolvimento e entendimento do conhecimento tal que Descartes cria um método (posteriormente chamado de método cartesiano) para se sujeitar à dúvida e chegar a um conhecimento verdadeiro. Tal método, baseado na geometria, consiste basicamente nos processos de: verificação, análise, sintetização e enumeração dos problemas. Para aprender o método faz-se necessário conhecer a ciência matemática e todo o seu arsenal demonstrativo. O facto é que a partir da sujeição à dúvida a métodos racionais conseguir-se-ia alcançar uma verdade, a verdade do conhecimento como realidade. René Descartes percebe, então, que, nas matemáticas, há a possibilidade real de encontrarmos um conhecimento livre de obscuridades e, por conseguinte, aceito como certo. Para além dos seus descobrimentos, Descartes eternizou os seus feitos e a sua história em algumas obras. "O Mundo ou Tratado da Luz" (1632-1633) contém algumas das conquistas definitivas da física clássica: a lei da inércia, a da refração da luz e, principalmente, as bases epistemológicas contrárias ao que seria denominado de princípio da ciência escolástica, radicada no aristotelismo. Muitas outras obras foram também escritas tais como: Regras para a Direção do Espírito (1701), que apesar de ser escrita em 1628, foi publicada posteriormente, “O Discurso do Método”, cujo nome completo é “O discurso sobre o método para bem conduzir a razão na busca da verdade dentro da ciência”, “Meditações Metafísicas”, “A Busca da Verdade pela Luz Natural e Princípios da Filosofia” entre outros. Os estudos filosóficos de Descartes fizeram com que houvesse uma rutura na “época medieval” para dar lugar à modernidade filosófica havendo assim termos que mostram o seu lado. A dúvida metódica também conhecida como dúvida “hiperbólica” (devido ao caráter exagerado) ou “cartesiana” (referindo-se a Descartes) é um termo onde Descartes defende que tudo o que possa ser objeto de dúvida deve ser descartado como algo certo. Mesmo que não seja sensato duvidar disso, se for possível duvidar já é suficiente e quem duvida, pensa e se alguém pensa, dá-se conta de sua existência como ser pensante (Daí a sua máxima: “Cogito, ergo sum”- “Penso, logo existo!”). A expressão Génio Maligno designa uma hipótese que afirma que existe uma entidade enganadora, sem as pessoas o saberem, que manipula os seus pensamentos, trabalhando permanentemente para criar ilusões. É-lhe dado o nome de génio porque o seu poder é idêntico ao de um deus, embora não o seja pelo facto de revelar maldade ao querer enganar as pessoas. Com a introdução desta hipótese, Descartes procura dramatizar a posição dos céticos contra o conhecimento, mostrando simultaneamente que somos falíveis e que devemos ter muito cuidado quando analisamos os nossos próprios pensamentos de forma a evitar sermos enganados pelo gênio maligno.
Sincronicidade e entrelaçamento quântico. Campos de força. Não-localidade. Percepções extra-sensoriais. As surpreendentes propriedades da física quântica.