A abordagem ética

De acordo com essa abordagem, os contadores devem se comportar de maneira justa, em vez
de serem tendenciosos contra todas as partes interessadas. Deve ser baseado no conceito de
verdade e justiça. Embora todos concordem que a contabilidade deve ser "verdadeira", "justa"
e "imparcial", como disse Hendrickson, é difícil definir objetivamente o que é "justo",
"verdadeiro" ou "imparcial".
Alguns autores colocam grande ênfase nos métodos éticos, porém, por ser muito subjetivo,
apresenta o perigo de, por conveniência, continuarmos a aceitar as normas contábeis vigentes
no estado atual da contabilidade, sem estudar as mudanças que podem ser adotadas. Além
disso, a abordagem ética não distingue bem as necessidades diferenciadas dos diferentes
usuários, e visa apresentar um único conjunto de informações que deve ser "justo" para todos.
Na verdade, isso não é viável neste estágio.

A abordagem comportamental

Sob essa abordagem, as informações contábeis devem ser "personalizadas" para que os
usuários possam reagir e tomar a decisão certa. Este método envolve os campos da psicologia,
sociologia e economia. O foco está na forma como o relatório contábil é usado, não no
desenvolvimento lógico do relatório. Em outras palavras, os procedimentos empíricos que
levam a decisões corretas são melhores do que os procedimentos contábeis conceitualmente
corretos que podem levar a decisões ou comportamentos inadequados. Este método se baseia
em julgamentos subjetivos sobre a qualidade do comportamento ou resposta. Muitas
pesquisas ainda são necessárias no campo da teoria comportamental antes que esse método
possa ser aplicado à contabilidade com maior intensidade.

A abordagem macroeconômica
 
O método da macroeconomia é semelhante ao método da teoria comportamental, mas é
fixado em um objetivo econômico claro. Ele usa métodos da teoria comportamental para
atingir certos objetivos macroeconômicos. Por exemplo, durante uma recessão econômica, os
relatórios contábeis podem ser preparados distribuindo mais dividendos ou maiores despesas
de capital e seguindo um conjunto de princípios que conduzem à recuperação do progresso
econômico. Como a teoria comportamental, esta abordagem propõe aspectos subjetivos que
são difíceis de avaliar com base no atual estágio de desenvolvimento econômico. Por outro
lado, visto que se limita a atingir certos objetivos macroeconômicos que geralmente são
determinados pelo planejamento central nacional, esse método só é adequado para
economias altamente planejadas.
Em nossa opinião, a maneira mais simples e direta de o governo atingir certos objetivos é por
meio de suas políticas fiscais e monetárias que permitam às unidades microeconômicas
realizar a tarefa de mensurar de forma adequada e consistente seus resultados. Em nossa
opinião, a função da contabilidade não é "equilibrar" os lucros de cada período, mas relatar os
lucros "reais" de uma empresa aplicando conscientemente um conjunto de premissas,
princípios, regras e procedimentos. , Habilitando os investidores a tomarem plenamente suas
decisões de distribuição, investimento e financiamento.
A abordagem sociológica
 
A Contabilidade, nesta abordagem, é julgada por seus efeitos no campo sociológico. É uma
abordagem do tipo “bem-estar social”, no sentido de que os procedimentos contábeis e os
relatórios emanados da Contabilidade deveriam atender a finalidades sociais mais amplas,
inclusive relatar adequadamente ao público informações sobre a amplitude e a utilização dos
poderes das grandes companhias
As inter-relações de interesses afetados pelo uso dos poderes e recursos das grandes
sociedades são inúmeras e, às vezes, contrastantes. Nos países em desenvolvimento, por
exemplo, esta abordagem poderia ser confundida com restrições à ação das multinacionais e
ser motivo para grandes disputas que escapariam do âmbito contábil. Todavia, não há dúvidas
de que certos itens de “despesa” das grandes sociedades mereceriam uma explicação melhor,
mas isto pode ser obtido por intermédio de normas bem precisas sobre a evidenciação em
notas explicativas ou em quadros suplementares ao balanço.

A abordagem sistêmica
 
Esta parece ser uma base profícua para a Contabilidade, que, de fato, pode ser conceituada
como o método de identificar, mensurar e comunicar informação econômica, financeira, física
e social, a fim de permitir decisões e julgamentos adequados por parte dos usuários da
informação. Esse processo de comunicação implica o reconhecimento dos tipos de informação
necessária para cada principal usuário da informação contábil e a avaliação da habilidade dos
usuários em interpretar a informação adequadamente.
Não parte de posições doutrinárias sobre qual é o tipo de decisão que leva a resultados
adequados e não entra em critérios de julgamento tanto sobre a ética de determinado
procedimento como sobre o uso dos poderes societários, mas procura entender as
necessidades expressas de cada usuário e fornecer uma resposta adequada, com a única
ressalva de que envolve, por parte do contador, um entendimento sobre as restrições do
usuário, para utilizar uma grande gama de informações, e sobre as restrições de mensuração
da própria Contabilidade.