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Diretrizes para um Estudo Teosófico Comparativo

Ricardo Lindemann1

A Fraternidade Universal é o nosso primeiro e maior objetivo, de modo que o segundo


[“Encorajar o estudo de Religião Comparada, Filosofia e Ciência”] deve ser visto como
o seu importante auxiliar para remover as causas da ignorância, do egoísmo, do
preconceito, da discriminação, da superstição e da intolerância que são as causas da
guerra, sendo, pois, oportuno também recordar a Constituição da UNESCO que reza:
"uma vez que a guerra começa na mente dos homens, é na mente dos homens que as
defesas de paz devem ser construídas". Platão, Buddha, Shankara, Patañjali também
consideravam que a ignorância era a causa do mal, enquanto o Cristo afirmou
“Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará.” 2 Assim, a partir desse ponto de
concordância dos grandes Sábios e Mestres da antigüidade, surge a primeira e maior
diretriz do estudo teosófico comparativo: sua meta é a Libertação da Consciência
humana, visando remover as causas do sofrimento e das aflições que dificultam a
realização da Fraternidade Universal.

Estudo do Conhecimento Arcano, Yoga Preliminar e Ciência Oculta

O estudo sempre foi, é e será uma das mais importantes práticas preliminares para o
desenvolvimento das potencialidades humanas. Tamanha é a importância de tal estudo
preliminar que o Mahatma K.H. chega a afirmar: “Somente o progresso que um
indivíduo faça no estudo do conhecimento Arcano a partir dos seus elementos
rudimentares o leva gradualmente a compreender o nosso propósito. Só assim, e não de
outra forma, esse estudo vai fortalecendo e refinando aqueles misteriosos laços de
simpatia entre os homens inteligentes — fragmentos temporariamente isolados da Alma
universal e da própria Alma cósmica — trazendo-os a uma completa harmonia. Uma
vez estabelecidos isso, só então essas simpatias despertadas servirão, na verdade, para
conectar o ser humano com aquilo que, na falta de um termo científico europeu mais
adequado para expressar a idéia, sou novamente compelido a descrever como aquela
corrente de energia que une o Cosmo material e Imaterial — Passado, Presente e Futuro
— acelerando as suas percepções de modo que ele capte claramente não apenas todas as
coisas materiais, mas também as espirituais.”3

A Sra. Blavatsky também declarou, quando em outubro de 1888 fundou a Seção Interna
da Sociedade Teosófica, que “seu propósito geral é prepara e adequar o estudante para o
estudo do Ocultismo Prático ou Raja-Yoga” 4, ou ainda “Ciência Oculta”5. Da mesma
forma, Patañjali, que foi o primeiro codificador do Raja-Yoga, declara a necessidade do
estudo como parte da tríplice prática do Yoga Preliminar, conforme definiu nos Yoga-
Sutras: “Austeridade, auto-estudo (svadhyaya) e entrega a Ishvara (devoção à
Divindade) constituem o Yoga Preliminar – (kriya-yoga) é praticada para atenuar os
kleshas (aflições) e produzir o samadhi (êxtase).”6 Essa prática tríplice tem por objetivo
o desenvolvimento integrado de nosso ser abrangendo disciplinas físicas, mentais e
emocionais, respectivamente.

È interessante enfatizar, por analogia, que a altura final de um tripé é sempre


determinada por sua perna mais curta, independentemente de quão mais longas possam
ser as outras pernas. Um Mestre, por exemplo, não precisa ser um erudito, mas ele
precisa ter autoconhecimento ou sabedoria espiritual para não ser enganado ou se auto-
iludir ao trilhar a Senda Espiritual. Mesmo a tradição cristã, apesar de ser
predominantemente devocional, considera que o Senhor Cristo sabia antecipadamente
que seria traído por um de seus apóstolos, ainda que tenha aceitado tal fato como
necessário para o cumprimento de sua missão, porque é inconcebível imaginar um
Mestre que não sabe ou é enganado por simplificações ingênuas. Não basta ter a
estabilidade de uma saúde física perfeita, ou mesmo a poderosa propulsão de uma
intensa natureza devocional que nutra as emoções na busca da união com a Divindade.
Também é necessário o discernimento com faculdades mentais que devem ser
suficientemente desenvolvidas para orientar o caminho e dissipar as enganosas ilusões
que podem nos desviar em nossa busca pela Verdade. O mesmo pode ser dito, vice-
versa, em relação às outras qualificações, pois todas são necessárias, e, por outro lado,
como diz o ditado popular: “a corda sempre rompe no seu ponto mais fraco”.

Importância das Qualidades Integradas

Um sábio equilíbrio de qualidades é, portanto, muito necessário para se poder trilhar


com razoável segurança a Senda Espiritual. Na verdade, o desenvolvimento extremado
de uma única qualificação em detrimento do harmonioso equilíbrio em relação às outras
qualificações é freqüentemente a maior causa das assim chamadas quedas no caminho.
Assim, sendo o estudo um dos seus aspectos essenciais, ele deve ter um caráter
comparativo e integrador em relação aos outros aspectos de preparação de qualificações
para essa jornada. Uma das passagens magistrais da preciosa jóia intitulada Luz no
Caminho, que a Sra. Mabel Colins atribui aos Mahatmas que a inspiraram, comenta a
importância de se trilhar de modo equilibrado a Senda espiritual, considerada ali como
um todo integrado, enfatizando:

“Procura o caminho (...) Não o busques por qualquer via especial. Para cada
temperamento existe uma estrada que parece a mais desejável. O caminho, porém, não é
encontrado só pela devoção, só pela contemplação religiosa, pelo progresso ardoroso,
pelo trabalho com auto-sacrifício, pela atenta observação da vida. Nenhuma destas
coisas isoladamente é capaz de levar o discípulo mais do que um passo adiante. Todos
os degraus são necessários para formar a escada.”7

Como exemplo da importância da integração das qualidades com a técnica da atenta


observação, Dr. I.K.Tamni comenta: “Uma outra super-simplificação existente diz
respeito à técnica pela qual se começa imediatamente a perceber os conteúdos da mente,
a fim de descobrir o que está oculto atrás dela.(...) Tal técnica parece ser bastante
atraente, porque dá a impressão de que podemos alcançar um elevado grau de realização
humana de maneira muito simples e sem qualquer auxílio externo...

“Esta técnica, desde o início, tem como base o desenvolvimento da percepção de nossa
mente, suas atividades, tendências, preconceitos, predileções e predisposições devidos a
condicionamentos anteriores. Afirma-se que ao tornarmo-nos realmente apercebidos
disso, tais empecilhos começam a se dissolver, um após o outro, e a mente finalmente se
liberta de todas as tendências às quais está condicionada, alcançando o estado
completamente liberto de todo tipo de modificações, o que pode ser chamado de pura
Consciência ou Realidade [Nirvana, N.T.]. A apercepção que produz esse notável
resultado, evidentemente, não se trata da apercepção comum, da qual nos valemos
quando fazemos uma introspecção qualquer...
“Se a mente levar adiante todas as suas operações comuns em condições impuras,
desarmônicas e perturbadas, então, quando ela tratar de ver o significado das coisas, de
ver suas próprias faltas, suas tendências, suas distorções e as ilusões da vida que a
envolvem, ela ficará desamparada. Isto só não ocorrerá quando a luz de Buddhi (ou
intuição espiritual), vinda através de um veículo puro e harmônico, tiver possibilidade
de filtrar-se dentro da mente. Sabe-se muito bem como as pessoas, cujas mentes ficaram
tomadas de tendências e atividades más, são extremamente incapazes de ver qualquer
coisa de errado em suas próprias vidas e as ações, apesar dessas aberrações serem de
caráter grosseiro, claramente notadas pelos outros.

“O que mostra isso? Que até para começar com esse processo de observar a nossa
mente, necessitamos que ela esteja razoavelmente controlada, pura e harmônica, para
que, através dela mesma, ao menos alguma iluminação de Buddhi (ou intuição
espiritual) possa chegar. A mente do homem comum e estará em tais condições? Do
contrário, como poderá sequer começar esse trabalho, sem falar em completá-lo com
sucesso? (...)

“Assim sendo, como conseguir essa pureza mínima que é requerida mesmo no início do
processo de apercebimento das aberrações da mente? (...) Mas qualquer um pode
perceber que essa pureza mínima, tranqüilidade etc., pode ser conseguida por um
simples processo de disciplinar a mente. (...)Esta disciplina preliminar não requer que
estejamos apercebidos das condições de nossa mente. Basta seguir certas normas que
regulam as atividades da mente, das emoções, dos desejos e do curso das ações.
Qualquer um, portanto, pode começar com esse trabalho e leva-lo até o fim com
sucesso, sempre que o quiser e onde estiver. E, deste modo, quando a mente estiver
purificada, tranqüila, e a pura luz de Buddhi (ou intuição espiritual) começar a brilhar
através dela, adquirirá a capacidade de observar as suas próprias aberrações. Só então a
técnica da apercepção pode ser utilizada, como é feito em todos os sistemas de cultura
espiritual e Yoga(...).

“Aqueles que seriamente tentam usar esses métodos aparentemente simples


e fáceis logo descobrirão que, na realidade, eles implicam toda a técnica integral do
Yoga. Se tentamos galgar o cume de uma montanha seguindo um atalho, de acordo com
a Ciência, teremos que gastar a mesma quantidade que energia. Se pretendemos ganhar
tempo, precisaremos gastar energia mais aceleradamente. A Natureza não dá qualquer
coisa em troca de nada.”8

Estudar Profundamente as Leis Ocultas da Natureza

Esse exemplo parece ser bastante claro para enfatizar a necessidade de uma integração
geral da auto-observação, com a conduta, a disciplina física, o auto-estudo, a prática
devocional, como prescrito no yoga preliminar, etc. O Sr. Krishnamurti também
considera: “Entre o certo e o errado, o Ocultismo não admite acordo. A qualquer custo
aparente, tens de fazer o que é certo e não fazer o que é errado, sem dar importância ao
que o ignorante possa pensar ou dizer.Tu deves estudar profundamente as leis ocultas da
Natureza, e quando as conheceres organiza a tua vida de acordo com elas, utilizando
sempre a razão e o bom senso.”9

Um dos efeitos evidentes da Lei do Karma, por exemplo, é retribuir tanto mais ao
indivíduo com a capacidade de discernimento para distinguir entre o bem do mal quanto
mais houver de retidão ou boa intenção em sua conduta. O Dr. I.K.Taimni comenta: “Há
de se notar, entretanto, que, embora haja insistência em praticar o correto, a
interpretação do que é correto é sempre deixada à sua escolha. Ele deve fazer aquilo que
julga ser certo e não o que os outros lhe dizem. Se ele age errado, pensando ser o certo,
a natureza lhe ensinará, através do sofrimento, mas a vontade de acertar a qualquer
custo irá, progressivamente, clareando sua visão, conduzindo-o ao estágio onde ele
possa ver, infalivelmente, o certo. Daí a enorme importância da retidão na vida do
yogi”10
“O segundo ponto a ser notado é que não é necessária qualquer percepção introspectiva
na erradicação das tendências indesejáveis (...) São instruções para se cumprirem sem
discussões ou análises sobre nossos motivos. Por exemplo, se somos tentados a dizer
uma mentira, não devemos debater em nossa mente se as circunstâncias especiais
justificam que digamos algo não verdadeiro, ou investigar nossos motivos para dizer
uma mentira, ou tentar tornarmo-nos perceptivos à condição de nossa mente no
momento. Devemos simplesmente afastar todos os pensamentos hesitantes e dizer ou
fazer o correto sem mais questionamentos. Para isso bastam a percepção comum de
nossas atividades e das tendências mentais; se estamos resolvidos a praticar o ato
correto, estaremos aptos a fazê-lo sem qualquer dificuldade. Esta nossa natureza inferior
é uma entidade muito arguta e imaginará toda espécie de estratagemas para nos
compelir a fazer coisas erradas e continuar em nosso caminho do mal. Ela apresentará à
nossa mente todas as espécies de justificativas para o erro, usará um manto de virtude
por ocultar motivos e ações viciosos...”11 “Uma das conseqüências mais indesejáveis da
transigência com o mal é que este rapidamente nos envolve num círculo vicioso do qual
é muito difícil escaparmos. Ações, pensamentos e emoções maus vão enevoando
Buddhi [a intuição espiritual], e isto impede-nos cada vez mais de ver se uma
determinada ação é certa ou errada, e desse modo tende a nos envolver ainda mais no
mal. Assim acontece que gente normalmente sensata vai aos poucos deslizando numa
vida de maldade, sem mesmo perceber que está fazendo algo de errado. Nesse caso a
função discernidora de Buddhi [a intuição espiritual] foi interrompida.”12

Para muitos, existe essa estranha tentação de querer super-simplificar as dificuldades da


Senda do autoconhecimento e buscar ardentemente encontrar uma técnica esotérica que
encurte milagrosamente o caminho, sem que fosse sequer necessário preencher os
requisitos exotéricos mais básicos da retidão na observância da conduta prescrita nos
dez mandamentos judaico-cristãos ou nas cinco promessas do pancha-sila budista [a
saber: “Observo o preceito de me abster de destruir a vida dos seres; Observo o preceito
de me abster de roubar; Observo o preceito de me abster de relações sexuais ilegais;
Observo o preceito de me abster da mentira; Observo o preceito e me abster de
embriagar –me.”13]. Obviamente, o bom senso sugere que a capacidade de observância
dos ensinamentos exotéricos precede à prática de técnicas esotéricas, que se supõe
sejam mais avançadas, como costumava lembrar o eminente teósofo argentino Juan
Viñas. Por isso, deve ficar evidente a importância até mesmo do estudo comparado das
religiões exotéricas, conforme também é sugerido nas listas subsequentes, orientado
para a transformação e libertação da consciência na busca da Fraternidade Universal.

O Estudo como Referência para a Vivência Prática

Portanto, deduz-se como uma segunda diretriz geral que o estudo teórico deve ser uma
referência para a vivência prática, ou seja, o estudo de Religião Comparada não deve se
tornar um fim em si mesmo, mas deve visar o Autoconhecimento de modo a alcançar
aquela meta da Libertação da Consciência humana. Da mesma forma, o estudo da
Filosofia e da Ciência deve ter um caráter secundário, ainda que importante para dar
apoio na remoção dos obstáculos supramencionados como ignorância, superstição, etc.,
por meio da confrontação com a lógica e o conhecimento dos fatos da Natureza,
respectivamente.

Neste particular caráter de apoio, o Mahachohan menciona: “É absolutamente


necessário inculcá-la [‘a doutrina que promulgamos’] gradualmente, reforçando suas
teorias, fatos inquestionáveis para aqueles que sabem, com inferências diretamente
deduzidas de — e corroboradas por — evidências fornecidas pela ciência exata
moderna.”14 Tal é a ênfase que o Mahachohan dá à importância prioritária da
Fraternidade Universal, que chega a afirmar: “Antes pereça a S.T., com os seus dois
infelizes fundadores, do que permitirmos que ela se transforme em mera academia de
magia, um centro de ocultismo”15, ou ainda “torne-se uma simples escola de
Psicologia.”16
Ele nos incentiva ainda, como uma terceira diretriz geral, a investigar buscando a
verdade, por nossa própria observação: “Para serem verdadeiras, a religião e a filosofia
têm de oferecer a solução de todos os problemas. Que o mundo esteja moralmente em
tão má condição é uma evidência conclusiva de que nenhuma de suas religiões e
filosofias, aquelas das raças civilizadas menos do que qualquer outra, jamais possuíram
a verdade. As explanações corretas e lógicas sobre os problemas dos grandes princípios
duais — certo e errado, bem e mal, liberdade e despotismo, dor e prazer, egoísmo e
altruísmo — são tão impossíveis para elas agora como eram há 1881 anos atrás. Elas
estão tão longe da solução como sempre estiveram; mas deve haver, em algum lugar,
uma solução consistente para esses problemas e, se nossas doutrinas provarem sua
competência em oferece-la, então o mundo será o primeiro a confessar que esta deve ser
a verdadeira filosofia, a verdadeira religião, a verdadeira luz, a qual dá a verdade e nada
mais que a verdade.”17
Sobre uma auto-análise do valor prático do conhecimento, a Dra. Besant comenta: “O
mero conhecimento cerebral que capacita uma pessoa a conferenciar muito
inteligentemente, talvez, e ensinar aos outros, é totalmente irreal; o verdadeiro
conhecimento é somente aquele que é posto em prática na vida da pessoa. Há muitas
pessoas que têm o costume de sentar quietamente por um pouco de tempo a cada noite
antes de ir dormir, e revisar sua atividade naquele dia [conforme é sugerido nos Versos
Áureos de Pitágoras, N.T.]. Isso é uma coisa muito útil, mas se tu o fizeres, pergunta a ti
mesmo não meramente o que tu fizeste, o que tu sentiste, e o que tu pensaste, mas qual
tem sido a tua atitude. Se tu estiveste submergido nas coisas que tens feito, o tempo foi
em grande parte perdido; mas se tu fizeste as mesmas coisas como parte da obra divina
– como atos de sacrifício – elas teriam te ajudado e não te estorvado.”18

A Importância do Auto-Estudo visando o Autoconhecimento

Sobre o estudo preliminar das Escrituras, bem como do auto-estudo (svadhyaya) no


yoga preliminar, o Dr. Taimni ainda comenta: “A palavra svadhyaya é às vezes utilizada
em um sentido limitado para o estudo das Escrituras Sagradas. (...) Naturalmente o
estudante precisa, primeiro, familiarizar-se, por completo, com toda a literatura
essencial (...) como ocorre no estudo de qualquer ciência. (... Embora esse estudo seja
somente teórico e não o leve (o estudante) muito longe no caminho da Auto-Realização,
nem por isso deixa de ter grande valor para o estudante. Muitas pessoas empenhadas
nessa busca têm uma base intelectual muito vaga e confusa, faltando-lhes dominar o
assunto, de modo claro e amplo, o que é necessário para um progresso estável. Estando
insuficientemente providos do necessário conhecimento, tendem a simplificar
exageradamente os vários problemas envolvidos na questão e a esperar resultados
impossíveis. Mais cedo ou mais tarde, eles se tornam desencorajados e frustrados, ou
vítimas daquelas pessoas inescrupulosas, que se apresentam como grandes yogis e
prometem toda espécie de coisas fantásticas, para atrair as pessoas para o seu rebanho. É
necessário um preparo intelectual vasto e genérico para alcançar sucesso em qualquer
esfera do trabalho científico e, visto ser o Yoga uma ciência par excelence, o mesmo
aplica-se à a ciência do Yoga.

“Ainda que um estudo detalhado e completo da literatura do Yoga seja uma parte
integrante de svadhyaya, constitui apenas o primeiro passo. O próximo é uma constante
meditação e reflexão sobre os problemas mais profundos que foram estudados, no seu
aspecto intelectual, em livros etc. Esta constante reflexão prepara a mente para a
recepção do conhecimento real vindo do interior. Produz uma espécie de sucção e dirige
o alento da intuição para a mente. O estudante começa, assim, a obter um insight mais
profundo dos problemas da vida do Yoga. Quanto mais claro o insight destes problemas,
mais aguçado torna-se o desejo de uma solução real, ou de aquisição daquele
conhecimento transcendental sob cuja luz todas as dúvidas são completamente sanadas
e a Paz do Eterno, atingida. Essa meditação profunda e esta reflexão sobre as grandes e
fundamentais verdades da vida começam, de modo gradual e imperceptível, a tomar a
forma de meditação no sentido comum do termo, isto é, a mente torna-se cada vez mais
absorvida pelo objeto da busca. Tal objeto não precisa ser, necessariamente, uma
verdade abstrata de natureza filosófica. Pode ser um objeto de devoção com o qual o
sadhaka (aspirante) quer queira comungar e unir-se. A natureza do objeto irá variar
conforme o temperamento do indivíduo, mas a condição da mente — um estado de
profunda absorção e intenso desejo de saber — será, de certa forma. a mesma.”19
Sobre a natureza da Senda do Autoconhecimento, o Mahatma K.H. comenta: “A Ciência
Oculta não é uma na qual os segredos possam ser transmitidos subitamente mediante
uma comunicação escrita, nem mesmo oral. Se fosse assim, tudo o que os ‘Irmãos’ [os
Mestres] teriam de fazer seria publicar um Manual de Instruções que poderia ser
ensinado nas escolas como é a gramática... A verdade é que até que o neófito atinja a
condição necessária para aquele grau de iluminação ao qual e para o qual ele está apto e
qualificado, a maioria dos Segredos, senão todos eles, é incomunicável. A receptividade
tem de ser tão grande quanto o desejo de instruir. A iluminação tem de vir de dentro. Até
lá, nenhum truque de encantamento ou jogo de aparências, nem palestras ou discussões
metafísicas, e tampouco penitências auto-impostas, podem dar essa iluminação. Todos
estes são apenas meios para um fim, e tudo que podemos fazer é dirigir o uso destes
meios, que tem sido empiricamente descobertos pela experiência das idades, para
conduzir ao objetivo buscado. E isto nem foi nem tem sido segredo durante milhares de
anos. Jejum, meditação, castidade em pensamento, palavra e ação; silêncio durante
certos períodos de tempo para permitir que a própria natureza fale a quem se aproxime
dela em busca de informação; domínio das paixões e impulsos animais; completa
ausência de egoísmo nas intenções, e o uso de certo incenso e certas fumigações com
objetivos fisiológicos, têm sido apontados como instrumentos de desde a época de
Platão e Jâmblico, no Ocidente, e desde os tempos ainda mais remotos de nossos Rishis
hindus. A maneira como tudo isso deve ser posto em prática, de modo que seja
adequado para cada temperamento, é, naturalmente, tema de experimentação da própria
pessoa e de cuidadosa observação de seu tutor ou guru. Isso é de fato uma parte do seu
aprendizado, e seu guru ou iniciador só pode ajudá-lo com a sua experiência e força de
vontade, mas não pode fazer nada mais que isso, até a última e suprema iniciação.”20

O Estudo como Serviço

Deveria ser possível, portanto, idealmente encontrar um tipo de disciplina mental ou


estudo adequado e capaz de auxiliar a qualquer tipo de pessoa em qualquer estágio do
seu desenvolvimento. Dra. Besant chega a afirmar em seu magnífico livro Dharma: “Se
fracassamos ao ajudar as almas, seja qual for o seu nível, é porque somos professores
inexperientes.”21 O próprio ideal de servir à causa da Fraternidade Universal da
Humanidade ou aos Mahatmas que a apóiam é extremamente importante e motivadora
em um certo estágio do desenvolvimento do ser humano. Krishnamurti afirma:
“Qualquer homem rico pode alimentar o corpo, mas somente aqueles que sabem podem
alimentar a alma. Se tu sabes, é teu dever auxiliar outros a saber.(...) Estuda, então, mas
estuda em primeiro lugar aquilo que mais te habilite a auxiliar os outros. (...) Por muito
que desejes auxiliar, enquanto fores ignorante poderás fazer mais mal do que bem.”22

É muito necessário desenvolver o discernimento pela luz da intuição espiritual (Buddhi)


de modo a evitar as ilusões, simplificações exageradas e causas de auto-engano, como o
Mahatma K.H. sugere: “Como podes discernir o real do real, o verdadeiro do falso?
Somente através do alto desenvolvimento. Como conseguir isso? Primeiro, precavendo-
te contra as causas do auto-engano. E isso tudo podes fazer consagrando uma certa hora
ou horas fixas, a cada dia, totalmente só, à auto-contemplação, a escrever, a ler, à
purificação das tuas motivações, ao estudo e à correção de tuas falhas, ao planejamento
do teu trabalho na vida externa. Estas horas deveriam ser reservadas como algo sagrado
para este propósito, e ninguém, nem mesmo o teu amigo ou amigos mais íntimos,
deveriam estar contigo naquele momento. Pouco a pouco tua visão clareará, tu
descobrirás que as névoas se dissiparão, tuas faculdades interiores se fortalecerão, tua
atração por nós ganhará força e a certeza tomará o lugar das dúvidas.”23

A Importância do Estudo em Grupo

Por outro lado, no caso do estudo em grupo, para poder preservar uma diretriz mais
universalista, que tenha mais chance de atender às necessidades de todos, é conveniente
alternar os livros de estudo — diferentes temas com séries distintas de distintos graus de
avanço ou dificuldade. No caso de uma reunião semanal do Projeto ESTRELA., cujo
texto muito recomendado segue anexo com essa finalidade específica de auxiliar o
estudo em grupo, pode-se, por exemplo, alternar o estudo de um livro mais introdutório
ou básico nas semanas ímpares, com um mais avançado nas semanas pares. Para
desenvolver tal estudo, segue como sugestão para o Departamento Cultural e de Estudos
a seguinte lista de séries progressivas de livros recomendáveis para uso de Lojas e
Grupos de Estudo Teosóficos:

Listagem Sugerida de Livros para Estudo:

01- Estudos Introdutórios


LEADBEATER, C.W. – Introdução à Teosofia [ET]24
LINDEMANN, R. & OLIVEIRA, P. – A Tradição-Sabedoria [ET] 24
BESANT, A. – A Sabedoria Antiga [ET] 24
BLAVATSKY, H.P. – A Chave para a Teosofia [ET] 24
JINARAJADASA, C. – Fundamentos de Teosofia [EP] 25
BLAVATSKY, H.P. – Fundamentos da Filosofia Esotérica [ET] 24
COLLINS, M. – O Idílio do Lótus Branco [ET] 24
TAIMNI, I.K.– Autocultura à Luz do Ocultismo [ET] 24

02- Sociedade Teosófica e sua História


TAIMNI, I.K.– Princípios de Trabalho da Sociedade Teosófica [ET] 24
BESANT, A. – Os Ideais da Teosofia [ET] 24
OLCOTT, H.S.– Raízes do Oculto [I] 26
BURNIER, R. – Aprendendo a Viver a Teosofia [ET] 24
BURNIER, R. – Regeneração Humana [ET] 24
CRANSTON, S. – Helena Blavatsky [ET] 24

03- Senda Espiritual


KRISHNAMURTI, J. – Aos Pés do Mestre [ET] 24
BLAVATSKY, H.P. – A Voz do Silêncio [EP] 25
COLLINS, M. – Luz no Caminho [ET] 24
BLAVATSKY, H.P. – Ocultismo Prático [ET] 24
BESANT, A. – O Caminho do Discipulado [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – Os Mestres e a Senda [EP] 25
BESANT, A. & LEADBEATER, C.W. – Vegetarianismo e Ocultismo [ET] 24
BESANT, A. – Do Recinto Externo ao Santuário Interno [EP] 25
BESANT, A. – A Doutrina do Coração [ET] 24
MEHTA, R. – Procura o Caminho [SDLT] 27
BESANT. & LEADBEATER – Platicas sobre el Sendero del Ocultismo [O]28

04- Manuais Teosóficos Básicos


BESANT, A. – Os Sete Princípios do Homem [EP] 25
BESANT, A. – Reencarnação [EP] 25
BESANT, A. – Morte e... Depois? [EP] 25
BESANT, A. – Karma [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – O Plano Astral [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – O Plano Mental [EP] 25
BESANT, A. – O Homem e seus Corpos [EP] 25
BESANT, A. – Dharma [EP] 25

05- Síntese de Powell


POWELL, A.E. – O Duplo Etérico [EP] 25
POWELL, A.E. – O Corpo Astral [EP] 25
POWELL, A.E. – O Corpo Mental [EP] 25
POWELL, A.E. – O Corpo Causal e o Ego [EP] 25
POWELL, A.E. – O Sistema Solar [EP] 25

06- Fenômenos Psíquicos


LEADBEATER, C.W. – Os Chakras [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – Clarividência [EP] 25
BESANT, A. & LEADBEATER, C.W. – Formas de Pensamento [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – O Homem Visível e Invisível [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – O Que Há Além da Morte [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – Auxiliares Invisíveis [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – As Vidas de Órion [OE]29
BESANT, A. & LEADBEATER, C.W. – As Vidas de Alcyone [C]30
BESANT, A. & LEADBEATER, C.W. – Occult Chemistry [TPH] 31
HODSON, G. – Através do Portal da Morte [GAB] 32

07- Meditação
CODD, C. – Meditação, sua Prática e Resultados [ET] 24
GARDNER, A. – Meditação, um Estudo Prático [ET] 24
BEECHEY, K.A. – Meditações; Excertos de Cartas dos Mestres de Sabedoria [ET] 24
CODD, C. – A Técnica da Vida Espiritual [GAB] 32
SLATER, W. – Raja –Yoga [ET] 24
BESANT, A. – O Poder do Pensamento [EP] 25
LEEUW, J.J.V.D. – Deuses no Desterro [EP] 25
WOOD, E. – Curso Práctico de Concentración Mental [EK] 33
LEADBEATER, C.W. – A Mônada [EP] 25
JINARAJADASA, C. – Theosophia Prática [A]34
SRI RAM, N. – Pensamentos para Aspirantes [ET] 24
SRI RAM, N. – Em Busca da Sabedoria [ET] 24

08- Yoga
BESANT, A. – Uma Introdução ao Yoga [EP] 25
TAIMNI, I.K. – Preparação para a Yoga [ET] 24
TAIMNI, I.K. – A Ciência do Yoga [ET] 24
MEHTA, R. – Yoga a Arte da Integração [ET] 24
TAIMNI, I.K. – Auto-Realização pelo Amor [GAB] 32
TAIMNI, I.K. – O Segredo da Auto-Realização [ET] 24
TAIMNI, I.K. – Gayatri [ET] 24
TAIMNI, I.K. – Shiva-Sutra [GAB] 32

09- Cartas dos Mestres


CODD, C. – Teosofia como os Mestres a Vêem [ET] 24
JINARAJADASA, C. – Cartas dos Mestres de Sabedoria [ET] 24
CARTAS dos Mahatmas a A.P. Sinnett [ET] 24
JINARAJADASA, C. – As Cartas do Mestre KH a C.W. Leadbeater [STP] 35
HARRISON, V. – H.P.B Blavatsky and the S.P.R. [TUP] 36

10- Estudos Avançados


BESANT, A. – Um Estudo sobre a Consciência [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – A Vida Interna [ET] 24
BLAVATSKY, H.P. – Ísis sem Véu [EP] 25
TAIMNI, I.K. – O Homem, Deus e o Universo. [EP] 25
BESANT & LEADBEATER. – O Homem: Donde e Como Veio, e Para Onde Vai?
[EP]25
BLAVATSKY, H.P. – A Doutrina Secreta [EP] 25

11- Escolas de Mistérios


CODD, C. – As Escolas de Mistérios [ET] 24
LEADBEATER, C.W. – Pequena História da Maçonaria [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – A Vida Oculta na Maçonaria [EP] 25
LINDEMANN, R. – A Ciência da Astrologia e as Escolas de Mistérios [ET] 24

12- Religiões Comparadas


BESANT, A. – Cristianismo Esotérico [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – O Credo Cristão [EP] 25
LEADBEATER, C.W. – A Gnose Cristã [ET] 24
HODSON, G. – A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada [ET] 24
HODSON, G. – A Vida de Cristo do Nascimento à Ascensão [ET] 24
BESANT, A. (Trad.) – Bhagavad Gita [TPH] 31
BESANT, A. – Sugestões para o Estudo do Bhagavad Gita [EP] 25
BESANT, A. – Mahabharata [TPH] 31
BESANT, A. – A Sabedoria dos Upanishads [EP] 25
SHANKARA – Viveka-Chudamani [ET] 24
OLCOTT, H.S. – Catecismo Budista [ET] 24
ARNOLD, E. – A Luz da Ásia [EP] 25
DHAMMAPADA. Atthaka [EP] 25
SILVA, G. & HOMENKO, R. – Budismo: Psicologia do Autoconhecimento [EP] 25
MIRZA, N.G. – Reincarnation and Islam [TPH] 31
RAVINDRA, R. – Sussurros da Outra Margem [ET] 24
BESANT, A. – Seven Great Religions [TPH] 31

13- Filosofia
PITÁGORAS; sua Vida, sua Filosofia, sua Obra [ITP] 37
PLATÃO – Diálogos; A República [EDO]38
PLOTINO – Tratados das Enéadas [PEC] 39
REALE, G. – Para uma Nova Interpretação de Platão [EL] 40
REALE, G. – Plotino e Neoplatonismo [EL] 40
REALE, G. – História da Filosofia Antiga [EL] 40
REALE, G. & ANTISERI, D. História da Filosofia (v.1.) [P] 41
ORIGEN – On First Principles [HR] 42

14- Ciência
CAPRA, F. – O Tao da Física [EC] 43
CAPRA, F. – O Ponto de Mutação [EC] 43
STEVENSON, I. – 20 Casos Sugestivos de Reencarnação [EDC] 44
STEVENSON, I.. – Children Who Remember Previous Lives [UVP] 45
SHELDRAKE, R. – Sete Experimentos que Podem Mudar o Mundo [EC] 43
SHELDRAKE, R. – A New Science of Life [JPT] 46
WILBER, K. et alli – O Paradigma Holográfico [EC] 43
WILBER, K. – O Projeto Atman [EC] 43
GOSWAMI, A. – O Universo Autoconsciente [EA] 47
GOSWAMI, A. – A Física da Alma [EA] 47
BOHM, D. – A Totalidade e a Ordem Implicada [ME] 48
FADIMAN, J. & FRAGER, R. – Teorias da Personalidade [H] 49
SRINIVASAN, M., PhD. – Introduction to ‘Occult Chemistry’ [TPH] 31
ARNIKAR, H.J. – Essentials of Occult Chemistry and Modern Science [TPH] 31
PHILLIPS, S., PhD. – Extra-Sensory Perception of Quarks [TPH] 31

15- Krishnamurti
KRISHNAMURTI, J. – O Começo do Aprendizado [EC] 43
KRISHNAMURTI, J. – A Educação e o Significado da Vida [EC] 43
KRISHNAMURTI, J. – Liberte-se do Passado [EC] 43
KRISHNAMURTI, J. – A Primeira e Última Liberdade [EC] 43
KRISHNAMURTI, J. – Fora da Violência [EC] 43
KRISHNAMURTI, J. – A Rede do Pensamento [EC] 43
KRISHNAMURTI, J. & BOHM, D. – A Eliminação do Tempo Psicológico [EC] 43
NEVES, C.S. – Seleta de Krishnamurti [ELN] 50
KRISHNAMURTI, J. La Totalidad de la Vida [E] 51

Notas:
1- Presidente Nacional da Sociedade Teosófica no Brasil
2- BÍBLIA de Jerusalém, A. São Paulo, Paulus, 1995. p. 2008. [João VIII;
32.]
3- CARTAS dos Mahatmas a A.P. Sinnett. Brasília, Ed. Teosófica, 2001.v. 1,
p. 96-7.
4- BLAVATSKY, H.P. Ocultismo Prático, Brasília, Ed. Teosófica, 2001. p. 94.
5- Ibidem, p. 107-8.
6- TAIMNI, I.K.A Ciência do Yoga. Brasília, Ed. Teosófica, 1996. p.109-10..
7- COLLINS, M. Luz no Caminho. Brasília, Ed. Teosófica, 1999. p. 44-9.
[Regras 17 e 20]
8- TAIMNI, I.K. Preparação para a Yoga. Brasília, Ed. Teosófica, 1992. p.
139-144.
9- KRISHNAMURTI, J. Aos Pés do Mestre. Brasília, Ed. Teosófica, 1999. p.
26-7. [§ 10]
10- TAIMNI, op. cit. acima nota (6), p.176-7.
11- TAIMNI, op. cit. acima nota (8), p. 90-1.
12- TAIMNI, I.K. Autocultura à Luz do Ocultismo. Brasília, Ed. Teosófica,
1997. p. 149.
13- KRISHNAMURTI, op. cit., p.145-6.
14- JINARAJADASA, C. Cartas dos Mestres de Sabedoria. Brasília, Ed.
Teosófica, 1996. p. 17.
15- Ibidem, p. 21.
16- Ibidem, p. 21.
17- Ibidem, p. 22.
18- BESANT, A. & LEADBEATER, C.W. Talks on the Path of Occultism.
Chennai (Madras), India, The Theosophical Publishing House, 1980. v. 1,
p. 59-60.
19- TAIMNI, I.K , op. cit. nota (6), p.181-2.
20- CARTAS dos Mahatmas a A.P. Sinnett, op. cit., v.1., p. 134-5. (Carta 20)
21- BESANT, A. – Dharma. São Paulo, Ed. Pensamento, s.d. p. 67-8.
22- KRISHNAMURTI, op. cit., p.29-31. [§ 12-3]
23- JINARAJADASA, op. cit., p. 146.
24- Editora Teosófica, Brasília – DF.
25- Editora Pensamento, São Paulo – SP.
26- Edições IBRASA, São Paulo – SP
27- Serviço de Divulgação do Livro Teosófico, São Paulo – SP.
28- Orion, México – DF, México.
29- Oriom Editora, Mogi das Cruzes – SP.
30- Editora do Conhecimento, Limeira – SP.
31- The Theosophical Publishing House, Chennai (Madras), Índia.
32- Grupo Annie Besant, Rio de Janeiro – RJ.
33- Editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.
34- Editora Atlântida (1934).
35- Sociedade Teosófica de Portugal, Lisboa.
36- Theosophical University Press, Pasadena, CA, United States of America.
37- Instituição Teosófica Pitágoras, São Paulo – SP.
38- Edições de Ouro, Rio de Janeiro – RJ.
39- Polar Editorial & Comercial, São Paulo – SP.
40- Edições Loyola, São Paulo – SP
41- Paulus, São Paulo – SP.
42- Harper & Row, New York, NY, United States of America (USA).
43- Editora Cultrix, São Paulo – SP.
44- Editora Difusora Cultural, São Paulo – SP.
45- University of Virginia Press, Charlottesville, VA, USA.
46- J.P. Tarcher, Los Angeles, CA, United States of America.
47- Editora Aleph, São Paulo – SP.
48- Madras Editora, São Paulo – SP.
49- Harbra (Editora Harper & Row do Brasil), São Paulo – SP.
50- Editora Lua Nova, Rio de Janeiro – RJ.
51- Edhasa. Barcelona, Espanha.

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