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Mod.102.01
FICHA TÉCNICA
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................3
2. OBJETIVOS......................................................................................................................................4
3. CONCEITOS FUNDAMENTAIS.........................................................................................................5
4. PRINCIPAIS REGRAS DEONTOLOGICAS NO EXERCICIO PROFISSIONAL.........................................8
5. SIGILO PROFISSIONAL..................................................................................................................10
6. ATOS ILÍCITOS E LÍCITOS..............................................................................................................12
7. DIREITOS DA PESSOA HUMANA...................................................................................................13
8. DIREITOS DAS CRIANÇAS.............................................................................................................15
9. VIDA | MORTE | LUTO.................................................................................................................16
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA..............................................................................................................19
O manual elaborado prende agregar todo o conhecimeno que foi desenvolvido ao londo do
curso de “Deontologia e Ética Profissional no Apoio à Comunidade”, servindo como uma
ferramenta funcional dos conhecimentos explorados pelos formandos ao longo das sessões.
Tem como principal finalidade, servir como instrumento de consulta no decorrer da
atividade profissional dos formandos, sempre que for necessário aceder ao suporte bibliográfico
para o mehor desempenho das suas funções.
De um modo pragmático, com uma linguagem clara e concisa, pretende-se que os
formandos, que desenvolvem funções de apoio à comunidade, conheçam os conceitos e
metodologias, para que possam aplicar de forma eficazes no local de trabalho e obterem melhores
resultados no desempenho das suas tarefas.
A ética constitui um saber cientifico que pode ser aprendido e valorizado em contexto
profissional. Os seus conhecimentos devem ser aplicados como mecanismo de sensibilização para
a melhoria das atitudes pessoais e profissionais na resolução de problemas e no apoio à
comunidade.
A deontologia assenta numa ética baseada em direitos e deveres que permitem executar as
nossas funções em qualquer situação, seja social ou profissional, favorecendo a qualidade da
assistencia prestada e salvaguardando as nossas condutas.
As relações interpessoais devem guiar-se por padrões éticos, sejam estas com utentes,
colegas, outros profissionais e/ou entidades e devem estar em sintonia com os padrões
organizacionais, profissionais e pessoais. Com esta equidade ética podemos evitar conflitos entre
o que se entende correcto/errada nas respectivas práticas .
Desta forma, pretende-se que este manual possa ser um pequeno contributo para a
melhoria e para o bem-estar da sociedade, na lisura dos procedimentos dos seus membros, dentro
e fora das instituição de apoio à comunidade.
2.1. Gerais
Reconhecer e aplicar os princípios fundamentais da deontologia e ética profissional no apoio à
comunidade.
Reconhecer e respeitar os direitos da pessoa humana.
2.2. Específicos
Dotar de competências ético-profissionais e saber reconhecer a sua importância no posto de
trabalho;
Reconhecer e aplicar os princípios fundamentais da deontologia e ética profissional, no apoio
à comunidade.
3.1. Comunidade
É um grupo local, de tamanho variável, integrado por pessoas que ocupam um território
geograficamente definido e estão ligados por uma herança cultural e histórica.
A comunidade é definida como uma unidade constitutiva de uma sociedade mais ampla e
varia quanto ao tamanho e organização. Todoas as comunidades apresentam qualidades comuns
tais como o habitat definido e instituições sociais suficientemente desenvolvidas para satisfazer as
necessidades da população.
Por outras palavras uma Comunidade é um agrupamento de pessoas que vivem dentro de
uma mesma área geográfica, seja rural ou urbana, com meios/serviços próprios, unidas por
interesses comuns e que participam nas activiades gerais.
O termo comunidade ainda é usado para denominar uma forma de associação muito íntima,
um grupo altamente integrado em que os membros encontram-se ligados uns aos outros por laços
de simpatia. Nesse sentido, qualquer grupo pode constituir uma comunidade, por exemplo,
comunidades que vivem sobre os mesmos valores ou ideais.
Exemplos: CPLP – Comunidade dos Paíes de Lingua Portuguesa; LGBT – Comunidade Lesbica
Gay Travestis, Transexuais e Transgêneros.
3.2. Moral
Moral é uma palavra de origem latina e que quer dizer “costume, maneira, comportamento
próprio". Trata-se de um conjunto de crenças, costumes, valores e normas que orientam o
comportamento humano, com intenção da sua integração na comunidade/sociedade. Por outras
palavras, Moral refere-se ao conjunto de regras, padrões e normas adquiridos numa sociedade por
meio da cultura, educação, quotidiano e costumes no âmbito da interação familiar e social.
As regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas. Os princípios morais
como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, determinam o sentido moral de cada
indivíduo.
4.1. Igualdade
Todos os cidadãos portugueses têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei -
Artigo 13º da constituição republica portuguesa. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado,
prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência,
sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução,
situação económica ou condição social.
4.3. Beneficência
Consiste no princípio de assistir, prestar os serviços em prol do bem-estar do outro,
independentemente do outro deseja-lo. Por outras palavras este princípio significa que o
profisional é obrigado a promover objectivamente o bem-estar e não apenas de evitar o mal. Esta
4.4. Justiça
É o principio básico que procura manter a ordem social através da preservação dos direitos
em sua forma legal ou na sua aplicação a casos específicos. Todos os individuos devem ser
tratadas de igual forma com base em critérios definidos e não de forma arbitraria.
As pessoas que são iguais em aspectos relevantes devem ser tratados igualmente, enquanto
que os indivíduos que são diferentes em aspectos relevantes devem ser tratados na proporção das
suas diferenças.
4.5. Privacidade
É a limitação do acesso às informações de uma dada pessoa, ao acesso à própria pessoa, à
sua intimidade, anonimato, sigilo. É a liberdade de não ser observado sem autorização.
4.6. Confidencialidade
É a garantia da preservação das informações dadas em confiança e a protecção contra a sua
revelação não autorizada.
4.7. Responsabilidade
Obrigação de dar conta dos seus atos e suportar as consequências dele. Um profissional
responsável é aquele que age com conhecimento e liberdade suficiente para com os seus atos
possam ser considerados como dignos, devendo responder por eles, é ainda um indivíduo que
dentro de um grupo pode tomar decisões.
Há quem pense que o sigilo profissional é um conceito exclusivo para profissionais como
médicos ou advogados mas este princípio faz parte das obrigações de todos os trabalhadores.
Qualquer profissional, independentemente da sua área de atividade ou posição deve
guardar lealdade ao seu empregador e isso implica manter confidenciais e sigilosas todas as
informações relativas à entidade empregadora (nomeadamente: informações sobre clientes,
negócios ou métodos de trabalho, por exemplo). Por outras palavras, o sigilo faz parte dos
valores éticos que devem ser seguidos por todos os profissionais.
Os fundamentos do sigilo profissional assentam no facto de haver informação e
conhecimentos pertencentes a um indivíduo, que os profissionais tomam conhecimento durante o
exercício da sua profissão.
Um indivíduo tem direito a que todas as informações que lhe pertencem sejam mantidas em
segredo, em confidencialidade, assegurando assim os seus interesses.
O segredo profissional é uma condição essencial para o relacionamento entre os
intervinentes, baseando-se no interesse moral, social e profissional, pressupondo uma base de
verdade e de mútua confiança. O silêncio exigido aos profissionais tem a finalidade de impedir a
publicidade sobre certos factos, cuja revelação traria prejuízos aos interesses morais e até
económicos dos doentes.
A privacidade de um indivíduo é, pois, uma mais-valia que consagra a defesa das liberdades
e garantias dos cidadãos e a segurança das relações privadas. A Declaração Universal dos Direitos
Humanos assegura mesmo o direito de cada pessoa ao respeito pela sua vida privada.
De acordo com os princípios doentologicos, os profissionais devem guardar segredo de
todos os factos de que tenha conhecimento em consequência da sua atividade, zelando para que
os seus colaboradores ou membros da equipa de que integra, se comportem em conformidade
com as regras do segredo profissional, cabendo-lhe esclarecer esses mesmos membros, quanto ao
carácter confidencial das informações.
Assegurar o sigilo é, ainda, medida que permite ao indivíduo resguardar suas peculiaridades
e idiossincrasias, a intimidade de seu modo de viver, escolhendo o que revelar ao julgamento do
mundo exterior ou mesmo de pessoas próximas.
É de extrema importância manter segredo das informações, nas situações adequadas, e
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preservar a privacidade, o que remete a questões de éticas, bem como aspectos
relacionados à humanização dos serviços. Deve-se considerar que em questões de privacidade,
não importa cor, sexo ou orientação sexual do individuo. É um aspecto que deve contemplar,
inclusive, a dimensão etária, estendendo-se desde os recém-nascidos até as pessoas idosas.
A decisão de quebrar o sigilo profissional deve ser pautada pela reflexão e prudência, devido
às repercussões éticas, penais e civis associadas a esse procedimento.
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6. ATOS ILÍCITOS E LÍCITOS
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válido, embora produza os seus efeitos sempre acompanhado de sanções. Da mesma feita, a
invalidade não acarreta também a ilicitude do ato.
Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos. Os direitos humanos
estão baseados no princípio de respeito em relação ao indivíduo. A sua suposição fundamental é
que cada pessoa é um ser moral e racional que merece ser tratado com dignidade. Estes são
chamados direitos humanos porque são universais. Enquanto as nações ou grupos especializados
usufruem dos direitos específicos que se aplicam só a eles, os direitos humanos são os direitos aos
quais todas as pessoas têm direito, não importa quem sejam ou onde morem, simplesmente
porque estão vivos.
7.1. INDEPENDÊNCIA
Ter acesso à alimentação, à água, à habitação, ao vestuário, à saúde, a ter apoio familiar e
comunitário.
Ter oportunidade de trabalhar ou ter acesso a outras formas de geração de rendimentos.
Poder determinar em que momento se deve afastar do mercado de trabalho.
Ter acesso à educação permanente e a programas de qualificação e requalificação
profissional.
Poder viver em ambientes seguros adaptáveis à sua preferência pessoal, que sejam
passíveis de mudanças.
Poder viver em sua casa pelo tempo que for viável.
7.2. PARTICIPAÇÃO
Permanecer integrado na sociedade, participar ativamente na formulação e
implementação de políticas que afectam diretamente o seu bem-estar e transmitir aos
mais jovens conhecimentos e habilidades.
Aproveitar as oportunidades para prestar serviços à comunidade, trabalhando como
voluntário, de acordo com seus interesses e capacidades.
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Poder formar movimentos ou associações.
7.3. ASSISTÊNCIA
Beneficiar da assistência e proteção da família e da comunidade, de acordo com os seus
valores culturais.
Ter acesso à assistência médica para manter ou adquirir o bem-estar físico, mental e
emocional, prevenindo a incidência de doenças.
Ter acesso a meios apropriados de atenção institucional que lhe proporcionem proteção,
reabilitação, estimulação mental e desenvolvimento social, num ambiente humano e
seguro.
Ter acesso a serviços sociais e jurídicos que lhe assegurem melhores níveis de autonomia,
proteção e assistência.
Desfrutar os direitos e liberdades fundamentais, quando residente em instituições que lhe
proporcionem os cuidados necessários, respeitando-o na sua dignidade, crença e
intimidade. Deve desfrutar ainda do direito de tomar decisões quanto à assistência
prestada pela instituição e à qualidade da sua vida.
7.4. AUTO-REALIZAÇÃO
Aproveitar as oportunidades para o total desenvolvimento de suas potencialidades.
Ter acesso aos recursos educacionais, culturais, espirituais e de lazer da sociedade.
7.5. DIGNIDADE
Poder viver com dignidade e segurança, sem ser objecto de exploração e maus-tratos
físicos e/ou mentais.
Ser tratado com justiça, independentemente da idade, sexo, raça, etnia, deficiências,
condições económicas ou outros factores.
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8. DIREITOS DAS CRIANÇAS
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9. VIDA | MORTE | LUTO
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o futuro; deve cada um contentar-se com aquela porção de tempo que lhe foi dada para viver.
Mais importante que a quantidade é a qualidade do tempo: o tempo para se viver, ainda que
breve, é suficientemente longo para se viver bem e com honra.
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Religião: encorajar as crenças religiosas e as práticas enriquecedoras. “Quando tudo está
perdido, incluindo a saúde, a faculdade espiritual de tender para Deus continua a ser um
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Almeida, F. (2010). Valores humanos e responsabilidade social das empresas. Principia editora.
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Barroco, M. S. (2003). Ética e serviço social: Fundamentos ontológicos. Cortez editora.
Carvalho, M. I. (2016). Ética aplicada ao serviço social: Dilemas e práticas profissionais. Lisboa:
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Criança, I. d. (2009). Guia dos Direitos da Criança. Lisboa: Temas e Debates.
Fernandes, P. (2009). Para que servem os direitos humanos? Angelus Novus.
Gelain, I. (1998). Deontologia e enfermagem. E.P.U.
Monteiro, A. R. (2005). Deontologia das profissões da educação. Lisboa: Almedina.
Neves, M. P., & Felix, A. B. (2017). Ética aplicada: Proteção social. Lisboa: Edições 70.
Pina, J. A. (2013). Ética, deontologia e direito médico. Lidel.
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