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MANUAL DE APOIO

CURSO /MÓDULO: Desenvolvimento Pessoal / Ética e


Deontologia Social
FORMADOR/A: Ismael Cardoso
HORAS DE FORMAÇÃO: 12 Horas

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ÍNDICE:

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OBJECTIVO GERAL:

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
• Perceber o conceito de Ética e a sua aplicação prática,
• Compreender os princípios da Ética Social,
• Interpretar o conceito de Ética em ambientes específicos,
• Conceptualizar a dimensão de Anti-ética.
• Perceber o conceito de Ética e a sua perspectiva especulativa
• Perceber o conceito de Ética e a sua perspectiva normativa,
• Compreender os conceitos de Ética Individual e Social e as suas
aplicações práticas,
• Compreender a aplicação do conceito de Deontologia.
• Perceber o conceito de Ética e a sua perspectiva especulativa
• Perceber o conceito de Ética e a sua perspectiva normativa,
• Compreender os conceitos de Ética Individual e Social e as suas
aplicações práticas,
• Compreender a aplicação do conceito de Deontologia.

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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:
• Definição do conceito de Ética,
• Definição de Códigos de Ética,
• A ética em Ambientes Específicos,
• Conceito de Anti-ética,
• Princípios da Ética Social.
• Definição do conceito de Ética,
• Definição do conceito de Costume,
• Definição do conceito de Moral,
• Definição do conceito de Ética Individual,
• Definição do conceito de Ética Social,
• Definição do conceito de Deontologia.
• Definição do conceito de Ética,
• Definição do conceito de Costume,
• Definição do conceito de Moral,
• Definição do conceito de Ética Individual,
• Definição do conceito de Ética Social,
• Definição do conceito de Deontologia.

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INTRODUÇÃO:
A ética relaciona-se com o estudo da moral e da acçã o humana. O conceito provém do
termo grego ethikos, que significa “cará cter”. Uma sentença ética é uma declaraçã o moral que
elabora afirmaçõ es e define o que é bom, mau, obrigató rio, permitido, etc. relativamente a
uma acçã o ou a uma decisã o.

Portanto, quando alguém aplica uma sentença ética sobre uma pessoa, está a realizar
um juízo moral. Como tal, a ética estuda a moral e determina como devem actuar os membros
de uma sociedade. Por esse motivo, é definida como sendo a ciência do comportamento moral.

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Conceito de Ética

O termo ética deriva do grego ethos (cará cter, modo de ser de uma pessoa). É tica é um
conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética
serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém
saia prejudicado no meio e contexto onde se insere.
Neste sentido, a ética, embora nã o possa ser confundida com as leis jurídicas de uma
sociedade, está relacionada com o sentimento de justiça social. A ética é construída por uma
sociedade com base nos valores histó ricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a É tica é
uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos.

Códigos de Ética

Cada sociedade e cada grupo possuem seus pró prios có digos de ética. Num país, por
exemplo, sacrificar animais para pesquisa científica pode ser ético. Em outro país, esta atitude
pode desrespeitar os princípios éticos estabelecidos.
Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a
ética de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar:
• ética médica,
• ética profissional
• ética empresarial,
• ética educacional,
• ética no desporto,
• ética jornalística,
• ética na política, etc.

Conceito de Anti-ética

Uma pessoa que nã o segue a ética da sociedade a qual pertence e se insere é


considerado antiético, assim como o acto por este praticado. Os princípios da ética social sã o

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de suma importâ ncia, pois eles sã o o fundamento e o parâ metro do comportamento ético do
indivíduo em sociedade, assim como do comportamento das organizaçõ es de todos os níveis,
naturezas e dimensõ es.

Princípios clássicos da ética social

Os seis princípios clá ssicos da ética social dizem respeito a:


• Dignidade da Pessoa,
• Direito de Propriedade,
• Primazia do Trabalho,
• Primazia do Bem Comum,
• Solidariedade,
• Subsidiariedade.

Dignidade da Pessoa

Dignidade significa qualidade, nobreza, respeitabilidade. A dignidade existe


independentemente das posses, dos cargos e dos títulos das pessoas. Nã o se deve confundir a
dignidade de uma determinada pessoa, que é considerada um bem absoluto, com os bens
singulares ou particulares que ela possa ter.

Direito de Propriedade

O direito de propriedade é o direito de todo que possibilita possuírem coisas, para


atender à s suas necessidades, para seu uso. É um direito pacificamente reconhecido por todos

Primazia do Trabalho

Da vasta actividade do ser humano interessa destacar, para efeitos a É tica Social,
aquela actividade que ele realiza para sobreviver, ganhar a vida e crescer como pessoa, a qual
se denomina trabalho. O trabalho é a actividade de primordial importâ ncia, sem dú vida a mais
expressiva da pessoa humana. A pessoa mesma está em seu trabalho.

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As pessoas apresentam-se pelo nome e pelo trabalho. Nã o só a subsistência pessoal e
de familiares depende do trabalho, mas antes a pró pria pessoa, seu crescimento, seu
desenvolvimento.

Primazia do Bem Comum

O bem comum, em termos gerais, é o bem de interesse de um grupo de indivíduos e só


pode ser alcançado com a colaboraçã o de todos os integrantes do grupo. Os seres humanos
buscam naturalmente a uniã o, primeiro porque sã o essencialmente sociais e segundo porque
sentem inú meras limitaçõ es ao agir isoladamente. É o conjunto de condiçõ es sociais que
permite e favorece aos membros da sociedade o seu desenvolvimento pessoal e integral.

Solidariedade Social

A palavra “solidariedade” é derivada do termo “obligatio in solidum”, que no direito


romano expressava, primitivamente, a obrigaçã o comunitá ria, ou seja, as responsabilidades
que o indivíduo tinha em relaçã o a uma colectividade à qual pertencia e de cuja manutençã o
se beneficiava, como a família. Assim, a solidariedade social subentende, a princípio, a ideia de
que os seus praticantes se sintam integrantes de uma mesma comunidade e, portanto, sintam
se interdependentes

Principio da Subsidiariedade

O papel do Estado é fomentar o bem comum e para isso deve estimular a actividade
pró pria da sociedade, com as ajudas oportunas.
A palavra que traduz esta ajuda é subsídio e daí um princípio muito importante que é o
princípio da subsidiariedade. "O que pode ser feito por uma sociedade ou um ente menor, nã o
deve ser feito por uma sociedade ou um ente maior".

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Conceitos Diferenciados

O Costume, relaciona-se com os actos conscientes ou inconscientes, habitualmente


praticados. A Moral, reflecte-se nos actos certos e bons conscientemente praticados. A É tica é
a ciência que estuda os actos morais do homem para orientá -lo em sua acçã o.

Os conceitos normativos da É tica sã o oferecidos aos homens, como princípios de vida,


como regras de conduta ou como leis morais, que devem ser obedecidas. O homem moral é
aquele que aceita as normas éticas como um dever a ser cumprido. Por isso, a É tica é
conhecida, também, como "a ciência do dever”
Como ciência especulativa, a É tica subordina-se à Filosofia, pois esta é a ciência que
busca a verdade total, a realidade ú ltima das coisas.

Como ciência normativa, ela subordina-se à Psicologia, quando estuda os actos morais
do indivíduo, e à Sociologia, quando estuda os actos morais do indivíduo no grupo ou na
sociedade.
A É tica tem dois meios de expressã o: o indivíduo (a pessoa isolada) e a sociedade (a
pessoa no grupo), resultando daí, a É tica Individual e a É tica Social.
A É tica Individual cuida dos deveres do homem para consigo mesmo.
A É tica Social cuida dos deveres do homem para com o seu pró ximo.

Ética Individual

A É tica Individual cuida dos deveres do homem para consigo mesmo, como já foi dito.
Há dois deveres do indivíduo para consigo: o dever de conservaçã o e o dever de
reproduçã o.
O dever de conservaçã o leva o homem a cuidar de suas necessidades físicas: comer, beber,
dormir, repousar e exercitar; saú de: higiene, profilaxia e tratamento; preservar a sua vida:
evitando vícios, acidentes, suicídio e assassinato; prover-se de recursos financeiros: trabalho
(alimentaçã o, habitaçã o, vestuá rio).

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O dever de conservaçã o leva o homem a cuidar de suas necessidades psíquicas:
afirmaçã o pessoal e social, realizaçã o humana ( familiar, profissional, social ) , recreaçã o.
O dever de conservaçã o leva o homem a cuidar de suas necessidades recreativas: lazer,
diversã o, sociabilidade.
O dever de conservaçã o leva o homem a cuidar de suas necessidades culturais: instruçã o
e meios de expressã o.
O dever de conservaçã o leva o homem a cuidar de suas necessidades espirituais: fé,
religiã o, culto, etc.
O dever de reproduçã o leva o homem a cuidar de sua sexualidade : natureza ( erecçã o,
frequência e fertilidade ), sanidade, casamento, procriaçã o.

Ética Social

O homem é um ser gregá rio, que realiza contacto com outros de sua espécie . A
necessidade de sobrevivência leva o homem a viver em grupo, surgindo daí a sociedade.
Sociedade é um grupo de pessoas que convivem numa relaçã o de direitos e deveres , em
razã o de origem, de interesses ou de ideais comuns.
A vida em sociedade produz direitos (limitaçã o da liberdade) e deveres ( ampliaçã o da
responsabilidade ) .
A sociedade limita a liberdade do indivíduo porque a liberdade de um tem que se ajustar
à liberdade dos outros. A sociedade amplia a responsabilidade porque o cuidado que o
indivíduo tinha que ter sobre si , agora se estende sobre os demais membros do grupo
O conjunto de actos morais , encontrados numa sociedade , chama-se moralidade .
A falta de moralidade enfraquece a sociedade e a leva à destruiçã o.
A É tica Social estuda os actos morais dos indivíduos na sociedade , visando orientá -los ,
para preservar a sociedade e ajudá -la a se desenvolver.

Conceito de Deontologia

A deontologia também se refere ao conjunto de princípios e regras de conduta — os


deveres — inerentes a uma determinada profissã o. Assim, cada profissional está sujeito a uma

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deontologia pró pria a regular o exercício de sua profissã o, conforme o Có digo de É tica de sua
categoria.
Neste caso, é o conjunto codificado das obrigaçõ es impostas aos profissionais de uma
determinada á rea, no exercício de sua profissã o.
Sã o normas estabelecidas pelos pró prios profissionais, tendo em vista nã o exactamente
a qualidade moral mas a correcçã o de suas intençõ es e acçõ es, em relaçã o a direitos, deveres
ou princípios, nas relaçõ es entre a profissã o e a sociedade.

As Minorias

Numa sociedade global uma minoria é uma sociedade particular caracterizada por
possuir um modo de viver pró prio que a distingue do conjunto e que, de certo modo, a põ e à
parte. Uma minoria nã o está necessariamente afastada ou isolada da sociedade nacional…

É por isso que nem sempre se identifica com um grupo marginal e nã o é


necessariamente objecto de segregaçã o.
Uma minoria constitui-se como colectividade ou comunidade particular na base da raça,
da língua, da religiã o ou de uma forma de vida e de cultura muito diferentes do resto do país
ou conjunto. Deste modo criam-se ligaçõ es afectivas e afinidades que tendem a afastar este
grupo do resto da populaçã o ainda que ele se encontre disperso. Minoria também pode
constituir a referência a categorias ou grupos que, pela sua posiçã o só cio-político-econó mico-
cultural, ocupam um lugar de destaque e de influência na sociedade, sendo aqui sinó nimo de
“elite”.

Esta minoria-maioria (nú mero vs poder) deverá ser enquadrada na perspectiva do


poder institucionalizado de uma maioria. Com o crescimento cada vez maior da globalizaçã o,
as culturas vã o sofrendo alteraçõ es comprometendo as identidades culturais.

É uma espécie de “rotulaçã o” mundial da cultura ou uma globalizaçã o cultural. Na


sociedade consumista onde vivemos actualmente, os meios de comunicaçã o em massa
determinam o que devemos comer vestir, assistir, ouvir, usar, comprar, entre outras
imposiçõ es.

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Diante da “padronizaçã o” cultural, existem vá rios grupos com prá ticas culturais,
religiosas peculiares, sã o grupos diferentes denominados de minorias, correspondem a
grupos ou naçõ es que lutam por seus ideais. Os grupos lutam pelo respeito e cidadania,
enquanto que as naçõ es aspiram pela sua independência territorial, cultural, religiosa e
política, para defender os interesses de suas peculiaridades.

Mas as minorias nã o sã o compostas apenas de naçõ es reivindicando sua independência


territorial, existem as minorias inseridas em praticamente todas as sociedades. A situaçã o de
exclusã o e/ou discriminaçã o provoca o surgimento de organizaçõ es que procuram a
dignidade e o respeito através de acçõ es políticas.

Podemos exemplificar vá rios grupos de minorias, como os homossexuais, os sem-abrigo,


as feministas e os povos indígenas, todos eles tem seus motivos para lutar e no fim todos
apenas querem o mesmo, ser respeitados.

Os Direitos das Minorias

Os direitos das minorias étnicas e raciais sã o protegidos por leis internacionais de


direitos humanos como se segue.

Direito de estar protegido contra a discriminação racial, o ódio e a violência

A legislaçã o internacional de direitos humanos exige dos Estados que nã o perpetrem


acçõ es de discriminaçã o racial e que implementem medidas para preveni-las em instituiçõ es
pú blicas, organizaçõ es e relaçõ es pessoais. A natureza das medidas pode variar de tratado
para tratado, mas devem incluir a obrigaçã o de rever leis e políticas para assegurar.

Direito á igual protecção diante das leis relativas à questão de origem étnica e
racial

A maioria dos tratados de direitos humanos contêm provisõ es específicas contra a


discriminaçã o e exigem dos Estados que apliquem os princípios da lei dos direitos humanos
igualmente face a todas as pessoas independentemente de sua raça, religiã o, origem social,
etc… As minorias étnicas e raciais têm direitos iguais e a lei deve ser igualmente aplicada aos
vá rios grupos civis, políticos, sociais e culturais.

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Direito de grupos étnicos e raciais de desfrutar de sua própria cultura, de praticar
sua própria religião e de usar sua própria língua

Esse direito aparece em muitos tratados internacionais de direitos humanos e é de


consenso que todos os grupos étnicos e raciais sã o livres para agir de acordo com suas
heranças culturais . Algumas vezes, podem ocorrer conflitos entre as prá ticas culturais,
religiosas, linguísticas e de valores de um Estado e as prá ticas de grupos minoritá rios

Direito de se beneficiar de medidas afirmativas adoptadas pelo Estado para


promover a harmonia racial e os direitos das minorias raciais

Os Estados devem promover e implementar o entendimento racial por meio do sistema


educacional com Direito de pedir asilo por razõ es bem fundamentadas pelo receio de
perseguiçã o com base na raça, religiã o, nacionalidade, pertença um grupo social particular ou
opiniã o política.

Os governos sã o obrigados a tomar medidas especiais que assegurem o


desenvolvimento e a protecçã o adequados à s minorias raciais.

Direito de pedir asilo por razões bem fundamentadas pelo receio de perseguição
com base na raça, religião, nacionalidade, pertença um grupo social particular ou
opinião política

Essa provisã o dentro das leis de protecçã o internacional aos refugiados permite que os
indivíduos procurem por asilo em outro Estado se o país de origem é incapaz para protegê-lo
de perseguiçã o por motivos raciais entre outros.

Este é um dos poucos casos nos quais a incapacidade do Estado em assegurar leis de
protecçã o aos direitos humanos concede aos indivíduos a possibilidade de procurarem
protecçã o noutro país.

Além disso, os Estados devem aplicar as provisõ es das leis de protecçã o internacional
aos refugiados de modo a nã o discriminar ninguém com base racial.

Direito à Assistência

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Os governos devem assegurar serviços de protecçã o e assistência efectiva por meio de
tribunais nacionais competentes e outras instituiçõ es estatais. Os indivíduos também devem
ter o direito de procurar a justa e adequada reparaçã o de danos por intermédio desses
tribunais.

Esta disposiçã o pode ser clara com relaçã o a acçõ es individuais, mas é altamente
controversa quando aplicada na reparaçã o de danos causados a grupos inteiros de pessoas.

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CONCLUSÃO:

A ética, como expressã o ú nica do pensamento correcto conduz à ideia da


universalidade moral, ou ainda, à forma ideal universal do comportamento humano, expressa
em princípios vá lidos para todo pensamento normal e sadio.
O termo ética assume diferentes significados, conforme o contexto em que os agentes estã o os
agentes envolvidos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CASTRO, Celso A. Pinheiro. “Sociologia do Direito”, 3ª Ed., Sã o Paulo: Atlas, 1993. p.14).

DILTHEY, Wilhelm. “Sistema da Ética”. Trad. Edson Bini, Sã o Paulo: Ícone, 1994 – (Col.
Fundamentos de Direito).

FRONDIZI, Risieri.¿Qué son los valores? Introducción a la axiología. 3ª ed., México:


Fondo de Cultura Econó mica-FCE, 1972. p.14-15.

LÉ VI-STRAUSS, C. “Aula Inaugural”. In Alba Zaluar (org.). Desvendando Má scaras


Sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975. p. 215.

REALE, Miguel. In “A Boa-fé no Código Civil”, 2003, acessado em agosto/2009:


http://www.miguelreale.com.br/artigos/boafe.htm

ROUSSEAU, Jean-Jacques. “Do Contrato Social”, Traduçã o: Pietro Nassetti, Sã o Paulo:


Martin Claret, 2000.

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