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“Para cuidar de si mesmo, use a cabeça. Para cuidar dos outros, use seu coração.


Eleanor Roosevelt
Necessidades Humanas
Necessidades Humanas
ABRAHAM MASLOW
Psicólogo de grande destaque por causa de seu estudo relacionado às necessidades humanas.
Maslow define cinco categorias de necessidades humanas: fisiológicas, segurança, afeto,
estima e as de autorrealização.
Esta teoria é representada por uma pirâmide onde na base se encontram as necessidades mais
básicas pois estas estão diretamente relacionadas com a sobrevivência.
Segundo Maslow, um indivíduo só sente o desejo de satisfazer a necessidade de um próximo
estágio se a do nível anterior estiver sanada, portanto, a motivação para realizar estes desejos
vem de forma gradual.
 O ser humano busca sempre melhorias para sua vida. Dessa forma, quando uma necessidade é suprida
aparece outra em seu lugar, tais necessidades são representadas na pirâmide hierárquica. Quando as
necessidades humanas não são supridas sobrevém sentimentos de frustração, agressividade, nervosismo,
insônia, desinteresse, passividade, baixa auto-estima, pessimismo, resistência a novidades, insegurança
e outros. Tais sentimentos negativos podem ser recompensados por outros tipos de realizações.

As NHB variam ao longo do ciclo da vida de acordo com alterações


biológicas, psicológicas e sociais da pessoa;
O que é Cuidar?
Cuidar implica:
 Conhecer: Esforçar-se por compreender um acontecimento na medida em que ele é
importante para o outro;
 Estar com: estar emocionalmente disponível para o outro;
 Fazer por: fazer pelo outro aquilo que ele próprio faria se lhe fosse possível;
 Possibilitar: facilitar ao outro a passagem por momentos de transição na vida (ex.
nascimento, morte, doença);
 Acreditar: ter fé na capacidade do outro para ultrapassar um acontecimento ou uma
mudança e enfrentar um futuro com significado.
Graus de Dependência
Comunicação VS Cuidar

 “nós somos aquilo que comemos”, nós somos, sem sombra de dúvida, aquilo que
comunicamos!” in Visão
Comunicar…

  A palavra comunicar vem do latim communicare – pôr em comum. Depreende-se daí que
a essência da palavra comunicar está associada à ideia de convivência, comunidade,
relação com o grupo, sociedade.

 a comunicação é um ato próprio da atividade psíquica, que deriva do pensamento, da


linguagem e do desenvolvimento das capacidades psicossociais de relação. A troca de
mensagens (que pode ser verbal ou não verbal) permite ao individuo influenciar os demais
e ser influenciado, por sua vez.
Comunicar…
A comunicação é relevante para a prática do cuidar por 3 motivos:

1. A comunicação estabelece um relacionamento terapêutico, porque


implica a condução de informações e a troca de pensamentos e
sentimentos.
2. A comunicação é um meio pelo qual as pessoas influenciam o
comportamento das outras, tornando assim possível promover
alteração de comportamentos adaptativos;
3. A comunicação é o próprio relacionamento, necessário para se poder
cuidar.
Tipos de comunicação:
 Comunicação Verbal: ocorre através das palavras, escritas ou faladas; Inclui a linguagem
gestual e o Braille; Podemos cessar;

 Comunicação Não Verbal: ocupa todos os cinco sentidos e engloba tudo o que não
envolve a palavra escrita ou falada. Não podemos cessar;
Exemplos:
 Ruídos e sons para linguísticos;
 Tom, timbre, velocidade, entoação da fala;
 Movimentos de corpo: expressão facial e postura;
 Uso intencional ou não d objectos por uma pessoa, como roupas ou outros (caneta);
 Espaço: distância física entre duas pessoas;
 Toque;
Qual terá maior poder na
comunicação?

Comunicação Comunicação
VERBAL NÃO VERBAL
Facilitadores de comunicação:
Cuidar de alguém implica comunicar, desta forma existem alguns pormenores que devemos ter em
consideração de modo a facilitar o processo de comunicação:
 Reconheça a presença da pessoa, cumprimentando-o;
 Trate a pessoa pelo nome;
 Dirija o olhar à pessoa enquanto fala com ela;
 Tenha uma postura corporal aberta: braços e pernas descruzados;
 Valorize e revele respeito pela pessoa;
 Evite juízos de valor;
 Não ridicularize ou inferiorize;
 Mostre interesse no que está a ser dito pela pessoal;
 Seja empático;
 Tenha sentido de humor;
 Seja sincero e utilize vocabulário adequado;
Obstáculos à comunicação:
Contexto
Preconceito
Ruído
Crenças
ideologias

Rede

Distância

Língua

Tipo de
AparênciaPo informação
Status
stura
Estilos de comunicação:
Comunicação assertiva
 Entre um estilo de comunicação mais passivo e um estilo mais agressivo, encontra-se a
comunicação assertiva, em que se expressam as nossas ideias e opiniões com firmeza e
segurança. A palavra assertividade está intimamente relacionada com asserção, que
significa afirmação. Assim, comunicar de forma assertiva é mostrar a nossa posição com
objetividade, convicção e sem rodeios, respeitando o outro;
 O comunicador que usa este estilo de comunicação fá-lo, normalmente, com elegância,
clareza e serenidade: articula corretamente as palavras, fala pausadamente, não eleva o tom
de voz e, em situação de conflito, nunca permite que a ira o domine, mesmo que “o clima
comece a aquecer”.
 Tem uma enorme sensibilidade e inteligência emocional, porque se coloca sempre no lugar
do seu interlocutor, respeitando sempre os seus argumentos.
Como é que se comporta uma pessoa assertiva?

 Diz aos outros o que pensa e sente sobre uma situação;


 Diz o que quer;
 Tem uma postura confiante;
 Olha as pessoas nos olhos ;
 Fala com clareza ;
 Sente-se bem consigo própria;
 Respeita os direitos e as opiniões das outras pessoas;
 É respeitada e ouvida pelos outros;
Comunicação assertiva
 No que respeita à linguagem não-verbal, o comunicador assertivo controla bem as suas
emoções, apresentando uma atitude empática, uma postura correta e gestos moderados; mantém
o contacto visual com o interlocutor e uma boa expressividade facial.
 Em relação à linguagem verbal, a clareza e precisão da mensagem são, sem dúvida, os seus
sinais distintivos: a sua mensagem é direta e objetiva; utiliza palavras positivas e uma
argumentação muito bem fundamentada; usa a 1.ª pessoa do singular, a fim de evitar o
confronto: “Provavelmente não me fiz entender…”, opta por verbos declarativos “Respeito,
mas discordo da sua decisão”; “Admito que fiz uma má escolha e assumo as
responsabilidades”.
Como é que se comporta uma pessoa passiva?

 Pode ser descrita como sendo “fraquinha” ;


 Não expressa/guarda para si própria os seus desejos e necessidades;
 Permite que outras pessoas tomem as decisões por ela;
 Não tem uma postura confiante;
 Não se sente bem consigo própria;
 Permite que as outras pessoas “passem por cima” dela;
 Está “bloqueada” interiormente;
 Não olha as outras pessoas nos olhos;
 Não fala de forma clara ;
 Olha para o chão quando fala com outras pessoas;
 Pode sentir-se triste ou mal consigo própria;
 Pode parecer zangada ou ressentida
Como é que se comporta uma pessoa
manipulativa?
 Pode mostrar-se “apagada” ou “imponente” conforme as circunstâncias;
 Toma decisões pelas outras pessoas – leva-as a tomar as decisões que são importantes para
si mesma;
 Estuda as características do interlocutor ou da situação e age de maneira a conseguir o que
quer;
 Tem o olhar fugidio ou dominante – ambíguo;
Como é que se comporta uma pessoa
agressiva?
 Como se estivesse zangada, com raiva;
 Quer sempre ganhar;
 Não se importa com os sentimentos das outras pessoas;
 Não respeita os outros;
 Não ouve os outros;
 Fala muito alto;
 É tensa e pode fechar os punhos e os dentes;
 É muitas vezes zangada e ressentida;
 Faz com que as pessoas à sua volta sintam que têm de se proteger;
 Pode sentir-se mal depois de falar de forma agressiva com os outros;
 Comporta-se de forma pouco saudável nas suas relações com os outros, mas também é pouco
saudável para si própria;
“ Comportamento gera comportamento!”
Empatia, o que significa?

 Capacidade psicológica de se colocar no lugar de outra pessoa que vivencia determinada


experiência.
 Consiste em tentar compreender os sentimentos e emoções, procurando experimentar de
forma objetiva e racional o que sente o outro indivíduo.
ENVELHECIMENTO
Envelhecimento é:
Conjunto de processos de natureza física, psicológica, e social, que, com o tempo produzem
mudanças na capacidade de funcionamento dos indivíduos e influenciam a sua definição
social.
 Surge desde o momento da conceção!
Tipos de envelhecimento:

 Biológico: alterações fisiológicas;

 Psicológico: alteração da forma como cada um ser percebe. A sua identidade.

 Social: Alteração dos papeis que o idoso tem na sociedade;


Envelhecimento Biológico
O envelhecimento biológico é o processo de mudança do organismo que com o tempo diminui a
probabilidade de sobrevivência e reduz a capacidade:

 Fisiológica de autorregulação e reparação;


 De adaptação às exigências ambientais;
 Sistema imunitário: perde a sua eficácia – aumento de infeções;
 Altura: reduz devido ao encurtamento da coluna vertebral, estreitamento das vertebras e aumento da
curvatura da coluna;
 Equilíbrio e motricidade: idoso inclina-se para a frente de forma a manter o centro da gravidade; os
movimentos ficam mais lentos, são menos precisos, a marcha fica mais lenta, o tamanho do passo
encurta aumenta o risco de queda!!;
 Peso: aumento do tecido gordo;
 Temperatura: existe maior dificuldade em manter o interior do organismo quente; Aumenta o risco
de hipotermia e golpe de calor;
 Sistema nervoso e sensorial: após os 80 anos não há regeneração das células do SNC e o número das
células cerebrais diminui.
 Alterações visuais: diminuição do tamanho da pupila, diminuição do campo visual; diminuição da
visão noturna; dificuldade em ler letras mais pequenas; redução da acomodação a clarões e
iluminação súbita; O olho capta melhor cores vivas (vermelho, amarelo e laranja) e com mais
dificuldades as cores azul, violeta e verde.
 Pálpebras: ficam relaxadas, podem inverter para dentro ou para fora.
 Alteração da audição: diminuição da acuidade auditiva por acumulação de cerume (cera)ou devido
alteração dos elementos da audição; Surgem os acufenos.
 Tacto: diminuição da sensibilidade táctil após os 40 anos; após os 60-70 perda de sensibilidade na
planta do pé ( perda de equilíbrio) e palma da mão;
 Sistema Cardiovascular: alteração do tamanho do coração e da sua capacidade de contractilidade.
Os vasos sanguíneos perdem a sua elasticidade e acumulam placas de gordura no seu interior;
 Paladar: diminuição da produção de saliva e do paladar que leva à diminuição do apetite; para
muitos idosos os alimentos sabem a ácido ou amargo; Diminui sede e apetite;
 Olfato: a diminuição é superior à perda do paladar; Devido aumento pêlos narinas e atrofia;
 Sistema digestivo: dificuldade na digestão, diminuição dos movimentos intestinais e sucos gástricos;
Perda de dentição.
 Sistema Urinário: diminuição de eliminação de detritos; diminuição da capacidade de retenção
urinária e diminuição da força do músculo da bexiga – incontinência; HBP
 Sistema Respiratório: diminuição da capacidade de ventilação devido alterações fisiológicas e
anatómicas dos sistema pulmonar (DPOC).
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
(DPOC) é uma doença respiratória crónica,
que resulta de uma obstrução das vias aéreas.
A DPOC é uma doença caracterizada por
limitação progressiva do fluxo de ar
(obstrução), associada a uma resposta
inflamatória alterada a partículas e ou a gases
nocivos, acompanhada por dificuldade
respiratória, tosse, pieira e aumento
da produção de expetoração, que podem
limitar a capacidade de um doente realizar as
atividades quotidianas normais.
 Sistema reprodutor: a mulher entra na menopausa, perde a sua lubrificação (feridas),
enquanto no homem entra na andropausa e tem mais dificuldade em atingir a ereção;
 Ossos: ficam mais porosos e frágeis;
 Músculos: Atrofiam, diminuição da força muscular. Perda de massa muscular;
 Articulações: tornam-se menos flexíveis e menos lubrificadas, surgem deformações;
 Pele: diminuição da flexibilidade e elasticidade da pele; as rugas surgem devido à perda de
tecido na hipoderme (camada de gordura da pele); a pele torna-se mais seca, e a sudação
diminui;
 Cabelos: mudam de coloração, tornam-se mais finos e menos densos;
 Unhas: tornam-se mais baças, quebradiças, perdem flexibilidade, crescem mais lentamente;
 Sono: torna-se mais fragmentado e mais leve, há diminuição das horas de sono; dificuldade
em adormecer;
Envelhecimento Saudável
A Organização Mundial da Saúde e a Comissão da União Europeia consideram de grande
importância todas as medidas, políticas e práticas, que contribuam para um envelhecimento
saudável. Com este objetivo, vários aspetos são valorizados:
 A autonomia é uma vertente central do envelhecimento saudável. Promover a autonomia das
pessoas idosas, o direito à sua autodeterminação, mantendo a sua dignidade, integridade e
liberdade de escolha;
 A aprendizagem ao longo da vida é um outro especto que muito contribui para se envelhecer
saudavelmente, porque contribui para que se conservem as capacidades cognitivas;
 Manter-se ativo mesmo após a reforma é uma das formas que mais concorre para a manutenção
da saúde da pessoa idosa nas suas diversas componentes, física, psicológica e social.
A prevenção das doenças, atrasando o seu aparecimento ou diminuindo a sua gravidade é uma
componente fundamental do envelhecimento saudável. De seguida salientamos alguns aspetos
relacionados com a prevenção das doenças mais comuns das pessoas idosas.

Doenças cardiovasculares e Acidente Vascular Cerebral (AVC)


Para prevenção destas doenças é conveniente:
 Fazer atividade física regular e adequada à idade e ao estado de saúde da pessoa idosa;
 Dar atenção à alimentação, evitando o consumo excessivo de sal, de gorduras, açúcar e
aumentando a ingestão de frutas e vegetais;
 Tentar diminuir o excesso de peso;
 Diminuir ou cessar os hábitos tabágicos;
 Fazer o controlo médico da tensão arterial, dos níveis de glicose e colesterol do sangue.
 Cancro:

Para prevenção destas doenças é conveniente:


Alguns cuidados a ter na prevenção do cancro são coincidentes com os das doenças cardiovasculares e
AVC, como a prática da atividade física, os cuidados com a alimentação, a diminuição do excesso de
peso e não fumar.
Para além destes comportamentos preventivos, em relação ao cancro importa ter presente:
- Que deve evitar a exposição demorada ou excessiva ao sol;
- É importante fazer os rastreios periódicos ƒ do cancro do colo do útero; ƒ do cancro da mama; ƒ do
cancro do cólon e do recto;
 Solidão

 A promoção do envelhecimento saudável tem como uma das suas principais vertentes a
prevenção do isolamento social e da solidão das pessoas idosas. A qualidade de vida, o bem-
estar, a manutenção das qualidades mentais estão diretamente relacionadas com a atividade
social, o convívio, o sentir-se útil a familiares e/ou à comunidade.
 As pessoas idosas devem participar em atividades de grupo, de preferência intergeracionais,
atividades de aprendizagem e de conhecimento de novos lugares.
 É também indispensável participar em grupos de suporte para pessoas isoladas, viúvas/os,
pessoas idosas com deficiência, motora, cognitiva ou outra e, em certos casos, procurar o
aconselhamento por profissionais de saúde mental, serviço social ou terapeutas ocupacionais.
 Medicação

As pessoas idosas têm com alguma frequência vários medicamentos para tomar.
Como é importante não trocar o horário em que se devem tomar os diferentes medicamentos, tenha
consigo uma folha de papel com a informação detalhada das horas a que deve tomar os diferentes
medicamentos para que não existam enganos.
 Depressão

A depressão é uma das afeções mais comuns das pessoas idosas com grande influência no seu
bem-estar. A tristeza e o isolamento, em geral acompanham este problema.
Numa perspetiva de promoção da saúde mental, a depressão pode ser evitada ou pode melhorar
com as atividades de ar livre e de grupo que podem ser uma das formas principais de terapia para a
depressão das pessoas idosas.
 Funções mentais e cognitivas

As funções mentais e cognitivas têm uma enorme importância na autonomia da pessoa idosa. Estas
capacidades têm tendência a diminuir com a idade, mas pode ser feita a prevenção desse
enfraquecimento com atividades de vários tipos, que devem ser fomentadas.
Em especial, são promotoras das capacidades cognitivas: a leitura, os treinos da memória, a
aprendizagem de novos conhecimentos, as atividades com as mãos, o convívio com outras pessoas,
de preferência de várias gerações.
 Sociabilidade

Conviver, é fundamental para a prevenção de diversos problemas das pessoas idosas e para a
promoção do envelhecimento saudável. Todas as estratégias que sejam possíveis de desenvolver e que
promovam o convívio e a sociabilidade são de grande valia para as pessoas idosas, tendo um efeito na
sua saúde, qualidade de vida e bem-estar.
O trabalho voluntário pode ser um instrumento essencial para a promoção da sociabilidade, porque
desenvolve o sentido de pertença a uma comunidade, o sentimento de ajuda e de se sentir útil, com
efeitos positivos na auto estima e na saúde, em suma é uma excelente forma de promover o
envelhecimento saudável.
“A maioria dos idosos não vive, existe. E existir, sem ser
visto, é uma espécie de morte.”
-Josias Gyll -
MORTE
 “Não é somente o corpo que morre, é o homem que morre. O homem todo, corpo e alma, inteligência e
liberdade, compromisso e amor…”
Gevaert

 “A morte não é apenas um facto biológico e objetivo, mas uma condição humana e existencial”
Teixeira

 “ A vida são umas férias que a morte nos concedeu.”


Autor desconhecido

“A morte é um dia que vale a pena viver”


Ana Cláudia Arantes
Estádios Processo Morrer

Doença terminal – aquela cuja recuperação está para além da expectativa razoável. Neste tipo de
situação a pessoa passa por uma série de etapas até aceitar efetivamente a morte.

Estádios do Processo Morrer:


 1º -NEGAÇÃO–Recusa “Não, não eu, não a mim…”
 2º -RAIVA–Revolta “Porquê eu?”
 3º -NEGOCIAÇÃO–“Sim, mas se…”
 4º -DEPRESSÃO–“Sim, eu…”
 5º -ACEITAÇÃO–“Estou pronto”
Direitos da pessoa antes de morrer:

 Ser tratado como um ser humano com vida até à morte;


 Manter uma sensação de esperança, independentemente do que ela possa mudar;
 Expressar os sentimentos e emoções sobre a aproximação à morte, à sua maneira;
 Participar nas decisões sobre o seu cuidado, sempre que for possível;
 Não ter dor;
 Esperar a atenção dos médicos e enfermeiros mesmo quando as medidas de cura são
modificadas para medidas de conforto;
 Não morrer sozinho;
Direitos da pessoa antes de morrer:
 Obter respostas honestas às perguntas;
 Não ser enganado;
 Ter ajuda da família na aceitação da morte;
 Morrer em paz e dignamente;
 Manter a individualidade e não ser julgado por decisões que possam ser contrárias às crenças dos
outros;
 Discutir e aumentar as experiências religiosas e / ou espirituais, não importando o que possam
significar para os outros;
 Esperar que seja respeitada a inviolabilidade do corpo após a morte;
 Ser cuidado por pessoas interessadas, sensíveis e especializadas, que tentarão compreender as suas
necessidades e serão capazes de obter satisfação em ajudar a enfrentar a morte;
O que é o LUTO?
O luto é uma reação emocional a uma perda significativa. É um processo natural e um modo de
recuperação emocional face à perda. Esta reação ocorre em diversos tipos de perdas, incluindo:
 A morte de alguém significativo;
 O fim de um relacionamento significativo;
 Alguém que te é próximo e que está a experienciar uma doença crónica ou terminal;
 A perda de fatores importantes na vida como segurança económica, um emprego ou curso que
gostavas;
 A morte de um animal de estimação;
 Uma mudança negativa no que diz respeito à saúde ou funcionamento físico e psíquico;
Fatores que influenciam o processo de luto:

 Caraterísticas da pessoa que morreu;


 Tipo de relação / vinculação;
 Circunstâncias da perda;
 História pessoa ( história de perdas significativas);
 Personalidade ( caraterísticas pessoais);
 Variáveis sociais ( religião, crenças, contexto, etc.);
Fases do processo de luto:

 Negação da perda;
 Choque da perda;
 Tristeza profunda;
 Aceitação da perda.
Como ajudar alguém em processo de luto:
 Ser um bom ouvinte;
 Estar presente / disponível;
 Perguntar sobre a sua perda;
 Deixar a pessoa sentir-se triste;
 Não minimizar a sua perda;
 Fazendo perguntas sobre o que está a sentir;
 Ter consciência e conhecimento da dor;

O luto é uma das experiências mais dolorosas e intensas que qualquer ser humano pode vivenciar e
testemunhar. No entanto, quanto mais conscientes estivermos da intensidade e individualidade com que
cada um vive este processo, mais facilmente o conseguiremos experienciar, tendo sempre em conta que a
dor é inevitável
ACIDENTES E IMOBILIDADE
Devido ao envelhecimento biológico e a todas a limitações físicas que este
acarreta surgem algumas complicações das quais destacamos:
- Demência;
-Quedas;
-Problemas relacionados com a imobilidades – Úlceras de Pressão;
Demência – Alzheimer
 O que é a doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro (morte das células


cerebrais e consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com
causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e,
progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a
completa ausência de autonomia dos doentes. 
Os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa,
deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase
sempre, acamados.
É uma doença muito relacionada com a idade, afetando as pessoas com mais
de 50 anos. A estimativa de vida para os pacientes situa-se entre os 2 e os 15 anos.
 Qual é a causa da doença de Alzheimer?
A causa da doença de Alzheimer ainda não está determinada. No entanto, é aceite pela comunidade científica que
se trata de uma doença geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Isto é, não
implica que se transmita entre familiares, nomeadamente de pais para filhos.
 Como se faz o diagnóstico?
Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença. A única forma de o fazer é
examinando o tecido cerebral obtido por uma biopsia ou necrópsia. Assim, o diagnóstico da doença de Alzheimer
faz-se pela exclusão de outras causas de demência, pela análise do historial do paciente, por análises ao sangue,
tomografia ou ressonância, entre outros exames. Existem também alguns marcadores, identificados a partir de
exame ao sangue, cujos resultados podem indicar probabilidades de o paciente vir a ter a doença de Alzheimer.
 Quais são os sintomas da doença de Alzheimer?
Ao princípio observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente aceites pelos familiares
como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se
confusos e, por vezes, agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta.
Acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. À
medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de
locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para
as atividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc.
Sinais de alerta:
1. Perda de memória
É normal esquecer ocasionalmente reuniões, nomes de colegas de trabalho, números de telefone de amigos, e
lembrar-se deles mais tarde. Uma pessoa com a doença de Alzheimer esquece-se das coisas com mais
frequência, mas não se lembra delas mais tarde, em especial dos acontecimentos mais recentes.

2. Dificuldade em executar as tarefas domésticas

As pessoas muito ocupadas podem temporariamente ficar tão distraídas que chegam a deixar as batatas no forno
e só se lembram de as servir no final da refeição.
O doente de Alzheimer pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição ou esquecer-se de que já
comeu.

3. Problemas de linguagem

Toda a gente tem, por vezes, dificuldade em encontrar a palavra certa.


Porém, um doente de Alzheimer pode esquecer mesmo as palavras mais simples ou substituí-las por palavras
desajustadas, tornando as suas frases de difícil compreensão.
4. Perda da noção do tempo e desorientação

É normal perdermos – por um breve instante – a noção do dia da semana ou esquecermos o sítio para onde vamos.
Porém, uma pessoa com a doença de Alzheimer pode perder-se na sua própria rua, ignorando como foi dar ali ou como voltar para casa.
5. Discernimento fraco ou diminuído

As pessoas podem por vezes não ir logo ao médico quando têm uma infeção, embora acabem por procurar cuidados médicos.
Um doente de Alzheimer poderá não reconhecer uma infeção como algo problemático e não ir mesmo ao médico ou, então, vestir-se
inadequadamente, usando roupa quente num dia de Verão.

6. Problemas relacionados com o pensamento abstrato

Por vezes, as pessoas podem achar que é difícil fazer as contas dos gastos.
Mas, alguém com a doença de Alzheimer pode esquecer completamente o que são os números e o que tem de ser feito com eles. Festejar
um aniversário é algo que muitas pessoas fazem, mas o doente de Alzheimer pode não compreender sequer o que é um aniversário.
7. Trocar o lugar das coisas

Qualquer pessoa pode não arrumar corretamente a carteira ou as chaves.


Um doente de Alzheimer pode pôr as coisas num lugar desajustado: um ferro de engomar no frigorífico ou um relógio de pulso no
açucareiro.
8. Alterações de humor ou comportamento
Toda a gente fica triste ou mal-humorada de vez em quando.
Alguém com a doença de Alzheimer pode apresentar súbitas alterações de humor – da
serenidade ao choro ou à angústia – sem que haja qualquer razão para tal facto.
9. Alterações na personalidade
A personalidade das pessoas pode variar um pouco com a idade.
Porém, um doente com Alzheimer pode mudar totalmente, tornando-se extremamente confuso,
desconfiado ou calado. As alterações podem incluir também apatia, medo ou um comportamento
inadequado.
10. Perda de iniciativa
É normal ficar cansado com o trabalho doméstico, as atividades profissionais do dia-a-dia ou as
obrigações sociais; porém, a maioria das pessoas recupera a capacidade de iniciativa.
Um doente de Alzheimer pode tornar-se muito passivo e necessitar de estímulos e incitamento
para participar.
Demência - Corpos de Lewi
O que é a DCL? 
A demência por corpos de Lewy (DCL), ou doença corpuscular de Lewy, é uma doença neurológica rara
que afeta principalmente o pensamento e os movimentos. 

Quais são os sintomas? 


É característica a presença de três sintomas principais nas pessoas afetadas por esta doença, além de
problemas que afetam o pensamento. 
Os três sintomas principais são: 
 (1) sintomas da doença de Parkinson, tais como lentidão dos movimentos, rigidez dos braços e das pernas, passo
irregular e diminuição das expressões faciais (rosto sem expressão) 
 (2) alucinações visuais, em que a mente engana a pessoa e esta pode ver objetos ou pessoas que não estão
presentes 
 (3) flutuações, ou seja a pessoa encontra-se no seu estado normal (como se não tivesse problema nenhum) e
depois muda, sem qualquer motivo, para um estado de sonolência ou de confusão, voltando depois ao seu estado
normal. 
Quedas
Algumas causas:

Medicação ansiolítica e indutora do sono;


Alteração da marcha e equilíbrio;
Problemas de visão;
Ambiente com pouca iluminação;
Escadas e pisos escorregadios;
Cadeiras, camas ou sanitas muito baixas e sem apoio para
sentar ou levantar;
Banheiras/ chuveiros sem barra de apoio;
Obstáculos no caminho: móveis, tapetes, fios ou animais
de estimação;
Bengalas ou andarilhos danificados;
Quedas – Prevenção

 Prática de exercício físico: melhora a flexibilidade, o equilíbrio, a força e diminui a perda óssea;
 Usar sapatos e roupa adequada;
 Verificas estado do andarilho e bengala;
 Manter travada a cadeira de rodas;
 Melhorar a iluminação dos espaços frequentados pelo idoso e usar luzes de presença;
 Evitar fios pelo chão;
 Usar tapetes anti-derrapantes e fixar as pontas dos tapetes;
 Desimpedir o espaços de passagem;
 Colocar fita anti-derrapante em todos os degraus das escadas e corrimão;
Quedas – Prevenção

 Usar chuveiro em vez de banheira ( com as devidas proteções);


 Usar elevador de sanita;
 Manter elevadas grades da cama e se existir rodas, travá-las; quando é possível regular a altura
da cama mantê-la o mais baixo possível;
 Nos espaços exteriores atenção às folhas/ flores húmidas e animais de estimação;
 Antes de efetuar levante permanecer alguns minutos com pernas pendentes;
Em caso de queda…
Barreiras e imobilizações
O ideal para os clientes é um ambiente sem barreiras. Os clientes com alterações das
capacidades cognitivas estão frequentemente em risco de acidentes por se perderem, caírem e
terem um comportamento agitado ou perturbado. Os que correm risco de cair, os que estão
confusos e cuja agitação os torna perigosos para si e para terceiros. As imobilizações não são
uma solução para o problema do cliente, mas um meio temporário de o manterem segurança.
Imobilização envolve a utilização de qualquer instrumento físico ou mecânico que não possa
ser removido pelo cliente, que restrinja a sua atividade ou impeçam acesso normal ao corpo e
que geralmente não faz parte do plano de tratamento indicado para a situação ou sintomas
daquela pessoa.
Tipos de Imobilidade

 Física;
 Emocional;
 Intelectual;
 Social;
Para evitar algumas das complicações, ou pelo menos tentar atenuar estas complicações devemos:

 Providenciar ao indivíduo alternância de decúbitos;


 Nos posicionamentos é importante um bom alinhamento do corpo ;
 Tanto na cama como na cadeira deve ter-se em consideração a cabeça, o tronco, as
extremidades superiores e inferiores.
 O alinhamento correto do corpo implica posicionar deforma a que as articulações, os tendões,
os ligamentos e os músculos não fiquem em esforço excessivo.
 Intervalo padrão para mudança de posição de 2 em 2H pode não prevenir lesões de pressão.
PONTOS DE PRESSÃO

RISCO DE ÚLCERA DE PRESSÃO


Úlcera de Pressão - UP
As úlceras por pressão também chamadas escaras, chagas ou úlceras de decúbito são
feridas que surgem devido à pressão constante do corpo sobre uma superfície
(colchão, almofada…). Esta pressão impede a circulação do sangue no local levando
à morte dos tecidos e ao aparecimento de uma ferida. Estas feridas podem e devem
ser prevenidas!
Posicionamentos – Alternância de Decúbitos
Posicionamentos – Alternância de Decúbitos
Posicionamentos – Alternância de Decúbitos
Alimentação
Alimentação Saudável…
Ter hábitos alimentares saudáveis não significa fazer uma alimentação restritiva ou monótona.
Pelo contrário, um dos pilares fundamentais para uma alimentação saudável é a variedade.
Quanto mais variada for a sua seleção alimentar, melhor! Diferentes alimentos contribuem
com diferentes nutrientes o que, potencialmente, enriquece o dia alimentar de cada pessoa. Ao
optar por hábitos alimentares mais saudáveis, não tem que abdicar daqueles alimentos menos
saudáveis de que tanto gosta. O importante é que o consumo desses alimentos constitua a
exceção e não a regra do seu dia a dia alimentar. 
Os valores de energia médios aconselhados para adultos saudáveis variam geralmente entre as
1800 e as 2500 calorias, dependendo como já foi referido, do estilo de vida de cada pessoa,
designadamente do dispêndio em actividade física.
Nas mulheres os valores médios variam geralmente entre as 1500 e as 1800 calorias e nos
homens estes valores podem variar entre as 2000 e as 2500 calorias.
A alimentação, entre muitas outras funções:
 Assegura a sobrevivência do ser humano;
 Fornece energia e nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo;
 Contribui para a manutenção do nosso estado de saúde físico e mental;
 Desempenha um papel fundamental na prevenção de certas doenças (ex.: obesidade,
doenças cardiovasculares, diabetes, certos tipo de cancro, etc.);
 Contribui para o adequado crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes.
A Nova Roda dos Alimentos é composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões,
os quais indicam a proporção com que um deles deve estar presente na alimentação diária .
Várias refeições ao dia…

 Iniciar sempre o seu dia com um pequeno-almoço completo (ex.: 1 copo de leite meio-gordo, um pão
escuro e uma peça de fruta);
 A meio da manhã evite os snacks pré-preparados que são ricos em açúcar e gordura e opte, por
exemplo, por iogurte magro;
 Inicie o seu almoço com uma sopa rica em hortaliças e legumes, no prato tenha uma pequena porção
de peixe ou carne acompanhada por hortícolas (em salada ou preparados de outro modo) e arroz,
massa, leguminosas ou batatas; para a sobremesa procure optar sempre por uma peça de fruta fresca;
 A meio da tarde pode ingerir por exemplo 1 copo de leite e 1 pão escuro ou cereais sem açúcar,
juntamente com uma peça de fruta;
 Ao jantar faça uma refeição semelhante à do almoço, mas de preferência menos abundante nas
quantidades, procurando alternar sempre carne com peixe e variar na fruta consumida à sobremesa;
 Se é costume deitar-se tarde, pode sentir a necessidade de consumir algum alimento ao deitar, neste
caso 1 iogurte ou uma infusão quente de cidreira ou camomila acompanhada de um pequeno pedaço
de pão escuro pode ser o suficiente para evitar a fome durante a noite.
 Não se esqueça de beber água em abundância ao longo de todo o dia e não apenas quando sente
sede!
Regras para alimentação saudável…
 1. Não omitir refeições, evitando estar mais de 3h30 sem comer;
 2. As refeições devem ser pouco volumosas e facilmente digeríveis;
 3. Preferir alimentos nutricionalmente densos como frutos e hortícolas;
 4. Adaptar a consistência dos cozinhados quando existirem dificuldades ao mastigar e
engolir ou flatulência;
 5. Preparar as refeições com diferentes cores, sabores, formas, texturas e aromas. Ter em
atenção a apresentação das refeições;
 6. Fazer as refeições com companhia, sempre que possível, e num ambiente calmo e
agradável;
 7. Experimentar novos alimentos e novas receitas evitando consumir enlatados e pré-confeccionados
por sistema;
 8. Utilizar ervas aromáticas, condimentos e sumo de limão para temperar os cozinhados (evitando o
excesso de sal), de forma a melhorar o sabor dos alimentos, minimizado assim as consequências da
diminuição do paladar;
 9. Beber água regularmente, mesmo não sentindo sede;
 10. Moderar o consumo de açúcar, sal, gorduras e bebidas alcoólicas;
 11. Confecionar bem os alimentos (ovos, carnes, peixe e marisco), para evitar toxi-infecções
alimentares;
 12. Lavar corretamente e desinfetar frutos e hortícolas antes do seu consumo;
 13. Dar uma caminhada antes das refeições para estimular o apetite e estar atento às alterações do
mesmo;
Défice de nutrientes no envelhecimento
Atenção:
 Doente diabéticos;
 Doente hemodialisados;
 Doente com intolerâncias alimentares (glúten, lactose, etc.);
 Doentes hipertensos;
 Doentes com deslipidémia;
 Doente com UP;
 Doente oncológico;
Alimentação no Idoso
Os idosos são mais suscetíveis de desenvolverem doenças crónicas, o que significará um maior
apoio. Este grupo é o que apresenta uma maior taxa de crescimento na sociedade e tem
necessidades nutricionais muito específicas. Conhecer a roda dos alimentos é um dos pilares
essências para uma alimentação saudável.
No processo de envelhecimento a pessoa sofre algumas alterações fisiológicas que comprometem
a sua alimentação entre elas:
 Dificuldade em engolir;
 Perda do paladar;
 Perda de dentes;
 Recusa alimentar;
Alimentação enteral (SNG)
A alimentação por sonda nasogástrica, consiste
em alimentar o doente com uma sonda que vai
desde a narina ao estômago do mesmo. É um
procedimento muito comum em situações de
recusa alimentar, e ou dificuldade na
deglutição.
A alimentação poderá ser fornecida em bólus,
várias vezes ao dia, ou de forma continua,
através de equipamento apropriado;
Cuidados a ter com a pessoa portadora de
SNG:
 Após lavar a cara ou tomar banho secar o tubo e trocar o adesivo de fixação ao nariz. Deve estar
sempre limpo e seco, evitando o desconforto para o paciente e o mau cheiro;
 Não dar puxões, pois o tubo pode sair do sítio e deixar de cumprir a sua função;
 Limpar as narinas e tomar cuidado para não pressionar a narina ao fixar o tubo, causando feridas;
 Posicionar o doente semi-sentado ou sentado antes de o alimentar;
 Manter sonda clampada, principalmente durante o seu manuseamento;
 Antes de alimentar o doente verificar existência de conteúdo gástrico ,se existir (sup 50%),
desperdiçar, e aguardar 1 a 2 horas para voltar alimentar;
 Lavar a sonda com água após administração de dietas ou medicamentos, mantendo sua
permeabilidade, evitando que esta entupa.
 Vigiar possível vómitos durante e após alimentação;
 É importante, manter uma boa higiene da boca e narinas, para evitar possíveis infeções; A
não utilização da cavidade oral, leva á diminuição da produção de saliva, aumentando o risco
de infeção oral.
 Estar atento a possíveis dejeções diarreicas;
 Proceder á hidratação do doente com cerca 1,5L/dia.
Eliminação

Processo corporal com caraterísticas especificas:


Movimento e evacuação de resíduos sob a forma de excreção.

 URINA – eliminação vesical


 FEZES – eliminação intestinal
Eliminação intestinal

É um tipo de eliminação que permite a evacuação de fezes pela defecação, habitualmente


uma vez por dia, fezes moles e moldadas. Esta função apesar de simples pode ser afetada
por fatores físicos e psicológicos;

Características das fezes:


 Cor
 Odor
 Consistência
 Formato
 Existência de componentes incomuns;
Eliminação intestinal
- alterações -

 Obstipação
 Impactação - Fecalomas
 Flatulência
 Diarreia
 Incontinência fecal
 Ostomias
Eliminação Vesical
- alterações -
Eliminação vesical: fluxo e excreção da urina por meio de micção.

Habitualmente:
 4-6 vezes durante o período diurno
 1000 a 2000 ml nas 24 horas

Problema mais comum de saúde da pessoa idosa é a incontinência urinária. A pessoa idosa
sadia tende a urinar com mais frequência e em maior grau de urgência.
Caraterísticas da urina:

 Cor : varia entre o pálido e o âmbar ( em contacto com o ar oxida);


 Aspeto: transparente. Se turva, presença de bactérias, esperma ou líquido prostático;
 Odor: caraterístico; Se amoniacal – presença de bactérias; se adocicado – presença de
corpos cetónicos;
 Outros aspetos considerar: quantidade de urina, queixas associadas à micção, presença de
sangue ou piúria;

Padrões anormais de Eliminação Vesical:


 Retenção urinária;
 Incontinência Urinária:
Dispositivos de incontinência
Cateterismo Vesical
A sonda vesical é utilizada, frequentemente, em doentes que perderam a capacidade de urinar
espontaneamente.
Neste método a sonda é mantido dentro da bexiga e a urina sai continuamente. A sonda liga-se
a um saco coletor, que pode ser fixado na parte lateral da cama, da cadeira de rodas ou na
perna do paciente (caso ele ande).
Cuidados a ter com a sonda vesical

A algaliação é uma técnica que para além dos seus benefícios, acarreta algumas preocupações,
uma delas é a infeção urinária. Para isso é importante ter alguns cuidados como:

 Lavar as mãos antes de manipular a sonda;


 Limpar a pele em torno da sonda com água e sabão pelo menos duas vezes ao dia para
evitar o acúmulo de secreção;
 Manter o saco coletor sempre abaixo do nível da cama, (abaixo do nível da bexiga) e não
deixar que fique muito cheio, para evitar que a urina retorne para dentro da bexiga;
Cuidados a ter com a sonda vesical

 Não deixe que a sonda se dobre.


 Antes de esvaziar o saco da urina é necessário fechar a sonda para evitar perdas de urina.
 A sonda não precisa de nenhum tipo de fixação externa, porque tem um balão (bexiga)
interno que a impede de sair do lugar. (cuidado para não puxar a sonda, porque pode causar
traumatismo na uretra).
 Estar atento se a quantidade diária de urina diminuir significativamente;
 Quando a sonda entope e não sai urina deve contactar o médico/enfermeiro.
Sinais de sintomas de ITU
É importante estar atento a todos os sinais e sintomas de uma infeção urinária, principalmente
em doente algaliados, pois estes tem uma maior predisposição.

 Urina escura ou com sedimentos;


 Urina com sangue;
 Cheiro muito intenso (fétido);
 Diminuição da quantidade de urina excretada;
 Febre;
 Dor lombar ou perineal;
Ostomias:

Ostomia urinária ou intestinal: desvio da saída do conteúdo intestinal / urinário para fora do
corpo sem ser pelo ânus ou uretra, através de orifício criado cirurgicamente (ostomia);

 Ileostomia;
 Colostomia;
 Urostomia;
 Muda de fralda vídeo
 https://www.youtube.com/watch?v=myK_Mzhn2jE
 Transferencia cama cadeirão
 https://www.youtube.com/watch?v=myK_Mzhn2jE
 (...)Oúnico impossível é o que julgarmos que não somos capazes de construir. Temos mãos
e um número sem fim de habilidades que podemos fazer com elas. Nenhum desses truques
é deixá-las cair ao longo do corpo, guardá-las nos bolsos, estendê-las à caridade. Por
isso, não vamos pedir, vamos exigir. Havemos de repetir as vezes que forem necessárias:
temos direito a viver. Nunca duvidámos de que somos muito maiores do que o nosso
currículo, o nosso tempo não é um contrato a prazo, não há recibos verdes capazes de
contabilizar aquilo que valemos.(…) José Luís Peixoto, in 'Abraço'

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