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1 / 01-2011
Bruno Sousa
bruno.campos@ehsportugal.com
Comunicação
A comunicação é:
Funções da Comunicação
Informar – difusão dos conhecimentos, serve para formular opiniões e juízos
acerca da realidade que nos rodeia.
Persuadir – está ligada è necessidade de ajustar as atitudes e comportamentos
entre os membros de um determinado grupo social.
Educar – função de educação, pois veicula a nossa herança social e cultural que
é apreendida pela nossa experiência.
Socializar – liga-se à função da educação, pois permite a interacção e
integração do indivíduo no meio a que pertence. Serve para assimilar as regras
e normas da sociedade.
Distrair - associado ao lazer e ao lúdico e difere de cultura para cultura.
Dimensões da comunicação
Linguagem Verbal
Linguagem Não-Verbal
Ao comunicar evite:
- braços cruzados;
- mãos na cintura;
- mãos nos bolsos;
- mãos atrás nas costas;
- gestos agressivos;
- apontar o dedo.
Elementos da Comunicação
1. Emissor
2. Receptor
3. Mensagem
4. Código
5. Canal/Meio
6. Contexto
Emissor
O que emite ou transmite a mensagem – ponto de partida de qualquer
mensagem.
Receptor
Deve estar sintonizado com o emissor para entender a mensagem. Deve captar
a mensagem e recebe-la.
Mensagem
Conteúdo da Comunicação
Conjunto de sinais com significado.
O emissor codifica a mensagem e o receptor interpreta a mensagem, dando -
lhe significado, descodificando-a.
Código
Canal/Meio
Contexto
Ruído e redundância
Distancia Psicológica
1. Construção da ideia
2. Codificação ex: língua, capacidade verbal
3. Expressão ex: dificuldade pronúncia, gaguez, dislexias…
4. Audição ex: surdez, cansaço
5. Descodificação
6. Interpretação
Ao nível do Contexto
Ao nível do Meio
Ao nível do Código
Ao nível da Mensagem
Emissor / Receptor
Quadros de referência
Capacidades de Expressão
Capacidades Físicas
Capacidades Psicológicas
Interesse/Atenção/Motivação
Carga Emocional
Tipos de Contexto
Incoerência de Elementos
Complexidade da mensagem
Corresponde à imagem que temos de nós próprios e ao valor que atribuímos à nossa
pessoa.
Depende muito da PERCEPÇÃO, isto é, da forma como tomamos conhecimento das
coisas e da forma como nos vemos.
Das várias características que possuímos valorizamos mais umas do que outras e isto
provoca atitudes e comportamentos diferentes.
Percepção é:
Global - para compreender uma dada situação não necessitamos de ter todas
as informações sobre ela, bastando alguns elementos essenciais.
Interesses e objectivos
Experiência passada
A aparência do outro
A posição hierárquica/social
Lugar
Momento
Suma:
Escuta Activa
A escuta activa encoraja os outros a continuar a falar, ao mesmo tempo que dá a quem
a pratica a certeza de estar a compreender o que estes estão a dizer.
Podemos afirmar que ouvimos metade do que é dito, prestamos atenção a metade do
que ouvimos e lembramo-nos apenas de metade do que prestámos atenção. De facto,
temos a tendência para ouvir o que queremos ouvir e ver o que queremos ver.
Derivado deste facto, a mensagem percebida por nós é muitas vezes completamente
diferente daquela que o emissor desejava transmitir.
As melhores ocasiões para se recorrer à escuta activa, são quando não estamos certos
de ter compreendido o emissor ou quando é transmitida uma mensagem fortemente
emocional (ou seja, quando o emissor de alguma forma indica que a mensagem é
importante).
A escuta activa encoraja os outros a conversar, pois ao sentirem que temos interesse
pelas suas palavras e que não os criticamos, ficam mais à vontade para continuar a
abrir-se perante nós.
- Assumir como atitude pessoal “colocar-se no lugar da outra pessoa”, para poder
compreender o que ela está a dizer e a sentir.
Modo de usar
Em sentido estrito, pode dizer-se que alguém pratica escuta activa quando, face a uma
mensagem recebida dum emissor, lhe diz o que entendeu daquilo que acabou de
ouvir, realçando o sentimento existente por detrás dessa mensagem.
Em sentido mais amplo, podemos dizer que a escuta activa é o resultado das seguintes
acções:
Mostrar interesse
Clarificar
Clarificar significa tornar mais clara uma mensagem. Serve para obter a informação
necessária para compreender melhor o que a pessoa está a dizer, ou o problema. “E tu
que fizeste nessa altura?”. “Há quanto tempo estão zangados?”. Para facilitar a acção é
costume utilizar perguntas abertas que são as que procuram provocar no interlocutor
um resposta alargada e não apenas um sim ou um não.
Parafrasear
Fazer eco
É o que atrás denominámos escuta activa em sentido estrito. Consiste em dizeres por
palavras tuas os sentimentos existentes por detrás do que o outro acabou de
expressar. Ajuda quem fala a clarificar os seus sentimentos. “Ficas frustrado por te
estarem sempre a acusar de seres o que mais falas nas aulas”. “Custa-te que ele te
esteja a acusar de nunca entregares os relatórios atempadamente”.
Resumir
Consiste em juntar a informação que nos vai sendo transmitida, referente quer a
sentimentos quer a factos. Oferece a quem fala uma boa oportunidade de corrigir ou
acrescentar algo ao já dito. “Então, se bem entendi, A falou com C, e tu ficaste
ofendido por te considerarem o causador do conflito” ou “Falaste de A e de B, mas não
entendo o que é que C tem a ver com tudo isto”.
Há um conjunto de sinais que poderemos utilizar para dar feed-back ao emissor. São
elementos que não acrescentam nada à informação, mas que mantêm a ligação e
reforçam o sistema de comunicação, dando segurança ao emissor e aumentando a
confiança mútua.
Relacionamento interpessoal
A relação interpessoal é tudo aquilo que fazemos na relação com o outro. Isto é, ao
estarmos em contacto com o outro, tudo o que fazemos, dizemos, sentimos e
exprimimos é a relação interpessoal.
Já reparou?!
(…) Já reparou que certas pessoas têm conflitos quase todos os dias, enquanto que,
outras são conciliadoras e diplomatas?
Já reparou que algumas pessoas são acessíveis, enquanto que, outras são frias e
distantes?
Isto acontece porque somos todos diferentes, ou seja, temos traços de personalidade
diferentes.
Importante:
Manipulação
Agir sobre os Agir sobre os Reagir aos outros, Reagir aos outros
outros, sem os outros, respeitando-os. sobrevalorizando-
respeitar. respeitando-os. os
Personalidade Passiva
• Roer as unhas.
• Mexer os músculos da face, rangendo os dentes.
• Bater com os dedos na mesa.
• Riso nervoso.
• Mexer frequentemente os pés.
• Está frequentemente ansioso.
• Tem insónias.
Em suma,
O agressivo procura:
dominar os outros;
valorizar-se à custa dos outros;
ignorar e desvalorizar sistematicamente o que os outros fazem e dizem.
Falar alto;
Interromper;
Fazer barulho com os seus afazeres enquanto os outros se exprimem;
Não controlar o tempo enquanto está a falar;
Olhar de revés o seu interlocutor;
Sorriso irónico;
Manifestar por mímica o seu desprezo ou a sua desaprovação;
Recorrer a imagens chocantes ou brutais.
Em suma,
Comunica sempre uma impressão de superioridade e de falta de respeito.
Ao sermos agressivos colocámos sempre os nossos desejos e direito acima
dos outros, violando os direitos dos outros.
As pessoas agressivas podem ganhar, ao assegurar-se que os outros perdem.
Personalidade Manipulativa
Personalidade Assertividade
O que se afirma:
Em suma,
Assertividade o que é?
No que concerne às capacidades de assertividade, estas permitem adoptar um
comportamento que possibilita ao indivíduo exprimir as suas ideias com eficácia,
tendo sempre em conta os argumentos do outro.
Uma pessoa realmente assertiva é capaz de expor o seu ponto de vista sem agredir o
dos outros, resistir a tentativas de manipulação, evidenciando um comportamento que
apreciamos naqueles que nos rodeiam. Ser assertivo permite também uma auto-
reflexão sobre actos/ atitudes, adoptando um comportamento positivo na resolução
de problemas.
Exemplos:
A utilização da assertividade
Ninguém é 100% assertivo com todas as pessoas e em todas as situações. O certo não
é ser assertivo sempre. Uma pessoa competente socialmente é capaz de transitar por
todos os perfis comunicacionais. Dependendo do objectivo da pessoa que estamos a
lidar, adoptamos por um comportamento ou outro. O comportamento assertivo é
específico da pessoa e da situação, não é universal. Numa situação onde a pessoa está
a ser assaltada, por exemplo, se a pessoa agir assertivamente, provavelmente irá
argumentar com o ladrão porque ele não deve levar a sua carteira. Nessa situação, ser
assertivo não iria ajudar em nada, muito menos traria benefícios aos dois
comunicadores. Aqui, o perfil passivo seria de todo o mais indicado a usar.
Figura 1: Exemplo em que a assertividade não deve ser aplicada
Fazer pedidos: Inclui pedir favores e pedir ajuda. Os pedidos devem ser claros,
directos, objectivos e não precisam de justificações ou pretextos.
Dizer não: Dizer “não” quando desejar e não se sentir culpado por fazê-lo com firmeza
e usando a persistência.
Receber críticas: O comportamento desejável seria deixar a crítica seguir até ao fim
para que expressemos o que desejamos, quer seja para nos justificarmos, quer seja
para pedirmos mais informações.
A atitude Básica
A atitude empática
A atitude discrepante
Sentimentos negativos
Atitude consequente
Informa à outra pessoa das consequências para ela não alterar o seu
comportamento e dá-lhe uma oportunidade para o fazer. Pode-se assim dizer á
pessoa: “não gostei do seu comportamento. se isso voltar a acontecer, não
tenho alternativa senão aplicar o procedimento disciplinar. Preferia não ter de o
fazer.”
Esclarecimento
Técnicas assertivas:
1. Disco riscado
2. Nevoeiro
3. Acordo Viável
5. Técnica do Cheeseburguer
6. Questão Negativa
Aptidões Assertivas
A pessoa assertivo deve defender os teus direitos de uma forma que seja eficaz. Isto
requer a aquisição e treino de um conjunto de aptidões. De entre o seguinte conjunto
de técnicas, devemos escolher aquelas que pensamos que serão mais úteis e adapta-
las ao nosso estilo pessoal.
Como fazer?
Devemos dizer aquilo que queremos realmente dizer, de forma o mais directa possível.
Se necessário, devemos dar exemplos que ilustrem aquilo que queremos dizer.
Não devemos pressupor que a outra pessoa já sabe o que quer apenas porque
sugerimos ou demos pistas.
Não devemos fazer prefácios às nossas frases ou pedidos com desculpas, justificações
ou coisas irrelevantes, falando muito para dizer pouco – o receptor recebe uma
mensagem pouco clara e pode interpretá-la mal ou interromper-te antes de
acabarmos.
Se uma resposta clara não for obtida, podemos repetir.
Exemplo:
Em vez de «Lembras-te que fizemos uma reunião de grupo há uns tempos?
Aquela a que tiveste de faltar? Será que a Ana te deu a informação?»
Não há afirmação (assertividade) sem “EU” – dizermos «eu» significa que assumimos a
responsabilidade pelos nosso pensamentos, sentimentos e acções e que não culpamos
os outros
Exemplo:
Em vez de «tu irritas-me»,
Podemos dizer «eu sinto-me irritado»
Em vez de «tens razão»,
Podemos dizer «eu concordo»
Em vez de «sabes como é, ninguém consegue encontrar soluções para tudo,
não é?»,
Podemos dizer «eu estou a Ter dificuldade em encontrar uma solução»
Como faze-lo?
Exemplo:
A)Podes-me dizer se consegues Ter a tua parte do trabalho pronta até para a
semana?
B)Tenho pena, mas vou Ter um teste e pode ser que haja um atraso
A)Eu compreendo que isto te vá criar dificuldades (empatia), mas já estás
atrasado...
Como faze-lo?
O outro, tal como nós, tem uma opinião e sentimentos sobre as situações. Quando
criticamos alguém ou rejeitamos um pedido, mostra-mos que, longe de ser um ataque
pessoal a esse alguém, estamos a dizer algo de específico ao comportamento/pedido
em questão.
Exemplo:
A: «Fico contente por teres percebido as tuas tarefas tão rapidamente, mas
estou preocupado com a tua pontualidade. Podes fazer o possível por chegar às
09:30?» (apreciação seguida de crítica construtiva e pedido de mudança)
Como faze-lo?
Exemplo:
B: «Penso que a tua apresentação foi muito comprida»
A:» Concordo. Vou repensá-la e cortar o tempo para metade (oferecer-se para
mudar)
Em suma,
A assertividade é uma habilidade social e como toda habilidade social precisa ser
praticada. Sem prática e exercícios não há aquisição de assertividade. Exactamente por
isso, os trabalhos para desenvolver assertividade dão prioridade ao aspecto
comportamental. No entanto, vale lembrar que os aspectos cognitivos e emocionais,
precisam de ser trabalhados para que a aquisição seja plena. A assertividade é uma
habilidade fundamental para o crescimento e desenvolvimento pessoal porque,
quando somos assertivos dizendo e fazendo o que queremos, ganhamos tempo e
energia para nos dedicarmos às coisas que realmente importam para nós. Um
desempenho social assertivo gera autoconfiança e motivação para potencializar forças
pessoais que promoverão o bem-estar e maior qualidade de vida.