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INOVAÇÃO
Marcia Maria da Graça Costa
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1 EMPREENDEDORISMO E O EMPREENDEDOR
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Marco Polo foi um mercador, embaixador e explorador veneziano cujas aventuras estão registradas
em As Viagens de Marco Polo, um livro que descreve para os europeus as maravilhas da China, de sua
capital Pequim e de outras cidades e países da Ásia. (WIKIPEDIA, s.d.).
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A Rota do Oriente, também conhecida como rotas das especiarias, foram percursos comerciais gerados
pelo comércio de especiarias provenientes da Ásia, interligando diversos povos ao longo do tempo, da
Europa à Ásia. (WIKIPEDIA, s.d.).
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O uso da palavra evoluiu com outro economista, dessa vez Jean-Baptiste Say (1767-
1832), que passa a associar o empreendedor ao aumento da produtividade. Seria
alguém que transfere recursos econômicos entre atividades com baixa e elevada
produtividade, tornando-se um elemento essencial no sistema econômico. Por fim,
mais um economista se envolve na definição do empreendedor. Dessa vez, Carl
Menger (1840-1921), que definiu o empreendedor como alguém que antecipa ações e
realiza previsões sobre as necessidades futuras do negócio. O papel e o perfil do
empreendedor continuaram a ser estudados e definidos pelos economistas. Já no
século XX, Ludwig von Mises (18881-1973) afirmava que o empreendedor é alguém
que toma decisões; enquanto Friedrich von Hayek (1899-1992) ampliou o conceito,
extrapolando o fator “assumir riscos” para alguém que identifica oportunidades de
mercado (CHIAVENATO, 2012; FABRETE, 2019).
Sexton e
1985 “O empreendedor consegue ter uma grande tolerância à ambiguidade”
Bowman
“O empreendedor procura a autoeficácia: controle da ação humana através
de convicções que cada indivíduo tem para prosseguir autonomamente na
1986 Bandura
procura de influenciar a sua envolvente para produzir os resultados
desejados
William
2002 “O empreendedor é a máquina de inovação do livre mercado”
Baumol
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É por isso que Jeffry Timmons afirmou que “o empreendedorismo é uma revolução
silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi para o
século 20” (TIMMONS, 1990 apud DORNELAS, 2018, p.1).
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que corre riscos para iniciar algo novo. A partir desse conceito inicial, Dornelas (2018,
p. 30) amplia o conceito para a definição que utilizaremos ao longo da disciplina,
quando afirma “que o processo empreendedor envolve todas as funções, atividades e
ações associadas à criação de novos negócios, não se limitando à abertura de
empresas”. Indo além, e desdobrando o conceito inicial, segundo o autor,
Dornelas (2018) alerta para o fato de que o ensino de empreendedorismo pode sofrer
alterações em virtude da instituição no qual é aplicado. Por isso, ele recomenda que
qualquer curso deve conter os itens a seguir.
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É claro que o ensino do empreendedorismo não garante que todos se tornarão mitos,
tais como Steve Jobs e Bill Gates, ou Luiza Trajano, Olavo Setúbal, Samuel Klein e Abílio
Diniz (para citar alguns brasileiros). Mas, certamente, proporcionará uma preparação
melhor para os empresários, resultando em empresas mais bem preparadas para gerar
empregos, renda e riqueza (DORNELAS, 2018).
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A longo do século XX, diversos empreendedores se tornaram pioneiros nas suas áreas
de atuação, deixando um extenso legado social e para a economia do país. Confira
alguns deles no quadro a seguir.
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PIONEIRO LEGADO
• Teatro Municipal;
• Clube A Hebraica;
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Nos anos 1990, com a abertura da economia promovida pelo Presidente Fernando
Collor (1949-) e a criação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae) e da Sociedade Brasileira para Exportação de Software (Softex). O Sebrae é
reconhecido como o principal órgão de apoio ao pequeno empresário, fornecendo
suporte para a formação de empreendedores, apoio para obter soluções para as
dificuldades e problemas dos negócios e consultoria especializada. A Sofitex contribuiu
para a expansão do segmento de softwares, capacitando os empresários de
informática em gestão e tecnologia, e apoiando a nascente indústria de tecnologia
nacional. Além desses exemplos, o programa Brasil Empreendedor, criado pelo
Governo Federal em 1999, proporcionou capacitação a mais de seis milhões de
empreendedores em todo o país, com investimento de R$ 8 bilhões (DORNELAS, 2018;
FABRETE, 2019).
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• Nascentes: negócio novo que ainda não pagou salários, pró-labores ou outra
forma de remuneração aos proprietários por mais de três meses;
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• Necessidade: o negócio foi iniciado pela falta de opções para gerar ocupação e
renda.
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Com base no autor, e em Fabrete (2019), iremos explorar essas características a seguir.
Necessidade de realização
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Autoconfiança
O indivíduo empreendedor é seguro em relação aos seus objetivos, bem como de sua
capacidade para enfrentar e superar os obstáculos e desafios. Acredita em suas
habilidades pessoais, e também no fato de que o sucesso depende do seu esforço.
São visionários
Conseguem estabelecer uma visão de como será o futuro de seu negócio e têm a
habilidade de implementar seus sonhos.
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Isso acontece porque eles, de acordo com Dornelas (2018, p. 24), “transformam algo
de difícil definição, uma ideia abstrata, em algo concreto, que funciona, transformando
o que é possível em realidade.” Dessa forma, pode-se afirmar que eles fazem a
diferença por transformar sonhos em realidades.
São dedicados
São otimistas, pois não consideram o fracasso, só enxergando o sucesso. E fazem isto
de maneira apaixonada, pois adoram o que fazem. É dessa forma que obtém a energia
que os mantem animados e autodeterminados.
Não querem ficar presos ao modelo de emprego tradicional, mas, ser seu próprio
patrão e assim determinar por si próprio seu caminho. Procuram a independência a
partir da criação de algo novo, que também gere empregos.
Ficam ricos
Empreendedores de sucesso não têm como meta central ficarem ricos. Eles
compreendem que o dinheiro é consequência de um bom trabalho e do sucesso dos
negócios.
O empreendedor de sucesso sabe que não pode fazer tudo sozinho e, portanto,
depende de outros para chegar ao sucesso. Por isso, estudam e exercitam a liderança
para manter seus colaboradores motivados e valorizados, obtendo, em contrapartida,
forte comprometimento e respeito de todos.
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São organizados
Possuem conhecimento
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Conclusão
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REFERÊNCIAS
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