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O mundo está passando por transformações cada vez mais intensas e mais rápidas,
modificando as características da sociedade e as relações sociais. Este estudo teve como
objetivo geral analisar a empreendedorismo na gestão organizacional e o papel do indivíduo
dentro das organizações, seu processo criativo e empreendedor, avaliando sua contribuição
para a gestão das organizações. Com essa análise, o presente ensaio tem como ponto
norteador apresentar o empreendedorismo, o intraempreendedorismo e a inovação que surgem
como fundamentais para a sobrevivência e manutenção das mais diversas organizações. Para
tal utilizou-se de metodologia de pesquisa exploratória, tendo como coleta de dados o
levantamento bibliográfico de autores relevantes sobre o tema, como Alonso (2007), Bateman
e Snell (2011), Bittencourt (2006), Dornelas (2008), Drucker (1987), Filion (1999),
Maximiano (2011)), dentre outros. As conclusões mais relevantes perpassam pela necessidade
organizacional de utilizarem o empreendedorismo na gestão para gerenciar as oportunidades
de negócios frente à competitividade do mercado e outras ameaças ao sucesso, sensibilizando
sobre a iminente implementação de efetivas ferramentas de gestão empreendedora nas
organizações.
1 Introdução
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Pós-graduando em Gestão Contábil e Financeira na Escola Superior Aberta do Brasil – ESAB.
glaucio.contabilidade@gmail.com
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A palavra “empreendedor”, de acordo com Cruz (2005), foi utilizada pela primeira vez
no início do século XVI para identificar homens responsáveis pela coordenação de operações
militares. Ao longo do tempo o termo foi ganhando novos significados.
De acordo com Cruz (2005) a relação entre risco e empreendedorismo surgiu no
século XVII quando os empreendedores firmavam contrato de prestação de serviço ou
fornecimento de produtos com preços pré-fixados, sendo os lucros ou prejuízos provenientes
da operação responsabilidade exclusiva do empreendedor.
De acordo com Cruz (2005) e Dornelas (2008) o termo empreendedor chegou a ser
utilizado para identificar empreiteiros, construtores de pontes, pessoas que se associavam a
donos de terras, entre outras.
O termo francês “entrepreneur” significa algo como “empreiteiro”, sendo traduzido
para o inglês como aventureiro remetendo às aventuras comerciais em que muitas pessoas
embarcavam.
Na Inglaterra diversos autores se dedicaram a compreender o papel do empreendedor
no desenvolvimento econômico. Entre os teóricos que contribuíram para a compreensão do
tema estão Adam Smith e Alfred Marshall (CRUZ, 2005).
Smith descrevia o empreendedor como um proprietário de capital, fornecedor de
capital e administrador que atua na relação entre trabalhador e consumidor. Esta percepção
corrobora com a visão que prevalecia na época do empreendedor como alguém que buscava
multiplicar o capital.
Por outro lado, Marshall associava a figura do empreendedor à capacidade de assumir
riscos reunindo o capital e o trabalho necessário para conduzir o negócio e ainda assume a
supervisão detalhada em busca do sucesso do empreendimento. Este autor ressalta ainda a
capacidade de inovação como característica do empreendedor (CRUZ, 2005).
Dornelas (2001) relata que no final do século XIX e início do século XX o termo
empreendedor foi adotado para designar gerentes ou administradores. Essa relação que coloca
o empreendedor sempre a serviço do capitalismo vigora até os dias atuais.
Como depreende-se a origem do termo empreendedor é antiga, porém seu significado
sofreu grandes transformações ao longo da história sendo compreendido atualmente como
elemento essencial para o desenvolvimento econômico e também social (CRUZ 2005).
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4 Empreendedorismo na Gestão
Fonte: Adaptado de Melo Neto e Froes (2002, p. 11) apud Oliveira (2004, p. 13).
observar que os empreendedores normalmente não são motivados inicialmente pelo dinheiro e
sim por uma necessidade muito forte de realização.
Neste cenário está se desenvolvendo o conceito do intraempreendedorismo, que surge
como oportunidade para as pessoas e também para as organizações. Estas, atualmente vivem
conflitos relacionados à competitividade, devido à abertura de mercado imposta pela
globalização e até mesmo pela ampliação das iniciativas empreendedoras dos concorrentes.
A definição inicial de intraempreendedorismo advém de Pinchot (1989), ao
argumentar que as empresas necessitam cada vez mais de pessoas com liberdade para criar e
estabelecer o próprio ritmo, sendo menos controladas e mais estimuladas, através do
estabelecimento de metas.
Não existe empreendedorismo e consequentemente o intraempreendedorismo sem a
perspectiva e a prática da inovação. A inovação é o instrumento essencial dos
empreendedores. O meio pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para o
negócio da organização.
Drucker (2003) infere que a inovação não é algo esporádico, eventual e sim um
fenômeno que os intraempreendedores precisam buscar, de forma deliberada. É uma forma de
estabelecer mudanças que permitam o aproveitamento das oportunidades.
A importância da inovação no empreendedorismo e na Gestão organizacional é uma
unanimidade, sendo uma premissa defendida por todos os pesquisadores que se dedicaram a
este assunto e, dentre eles, Drucker (2003).
6 Conclusão
Referências
CERRI, A. A palavra que move o mundo. Revista HSM Management. p. 59-66. Set./Out.
2007.
PINCHOT, G. Intrapreneuring: por que você não precisa deixar a empresa para tornar-
se um empreendedor. São Paulo: Harbra, 1989.