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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA


GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO/SAÚDE
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE EMILIA NSANGU

(ITPSEN)

Pré-Projecto do Curso Médio de Enfermagem

CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRESTADOS A PUERPÉRAS COM


IDADES COMPREENDIDAS ENTRE OS 18-36 ANOS COM
HEMORRAGIA PÓS-PARTO ATENDIDAS NA SALA PÓS-PARTO DA
MATERNIDADE LUCRÉCIA PAÍM, EM JANEIRO DE 2023

LUANDA,2022
CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRESTADOS A PUERPÉRAS COM
IDADES COMPREENDIDAS ENTRE OS 18-36 ANOS COM
HEMORRAGIA PÓS-PARTO ATENDIDAS NA SALA PÓS-PARTO DO
LUCRÉCIA PAÍM, EM JANEIRO DE 2023

Pré-projecto que será apresentado à Comissão


Científica do ITPSEN para aprovação da
execusão do Trabalho de Conclusão do Curso

Médio de Enfermagem
Integrantes do grupo nº 23

Nome: Ângela da Nome: Felicidade Rosa


Conceição Lucala Garcia Venda
Guimarães Nº de inscrição:9553
Nº de inscrição:10288 Nº do BI
Nº do BI:009596454LA048

Nome: Carina Mateus Nome: Iduína Graça Bondo


Karil Nº de inscrição:8759
Nº de inscrição:8604 Nº do BI:007340436LA041
Nº do BI

Nome: Débora Luzala Nome: Isabel Mendonça


Makiesse Vita Cassanga
Nº de inscrição:9262 Nº de inscrição:8963
Nº do BI:007124766LA040 Nº do BI

Nome: Elizeth Pedro Nome: Ismael Diogo


Simão Sagrada Cardoso António
Nº de inscrição:10544 Nº de inscrição:8974
Nº do BI Nº do BI

Nome: Estefânia de Nome: Luisa António


Carvalho Cassule Jeremias
Nº de inscrição:7657 Nº de inscrição:8860
Nº do BI:008862264LA044 Nº do BI

Orientador
Eduardo Mateus Pedro
LUANDA, 2022
Lic. em ciências de enfermagem
ii

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS (OPCIONAL)

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


ANVISA -Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Apud – Citado por
BRA -Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina
cicl/min – Ciclos por minuto
Apena exemplo
iii

Sumário
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1. INTRODUÇÃO

Em 2015, segundo a OMS, ocorreram cerca de 303.000 mortes maternas


relacionadas com a gravidez ou com o trabalho de parto, 99% das quais em países
desenvolvidos estima-se que a maioria poderia ter sido prevenida. A mortalidade
materna em países em desenvolvimento é de 239 por 100.000 nados vivos e países
desenvolvidos é de 12 por 100.000 nados vivos.

Além de ser responsável por cerca de 27,1% das mortes de mulheres a nível
mundial, a hemorragia pós-parto também está associada a importante morbilidade e
sequelas ao curto e longo prazo. É uma situação que implica o risco de vida que
pode ocorrer com poucos sinais e, frequentemente, passa despercebida até a mãe
ter sintomas graves, (ibiden). A sua prevalência é de aproximadamente 6% em todos
os partos no mundo, sendo maior em África com 10,45% .

Desde 1995 a 2004, houve um aumento de cerca de 27,5% da prevalência de


hemorragia pós-parto, maiorialmente pelo aumento da atonia uterina em países
desenvolvidos, sem modificação das restantes causas durante este periodo de
tempo.

A hemorragia pós-parto foi a principal causa de mortalidade materna em 2016


no município de Luanda, seguida da málaria, com um total de 562 mortes maternas,
sendo o distrito urbano da Ingombota o mais afectado,(Multisectoria).

O mapa que compila os indicadores dos seis distritos urbanos do município


de Luanda indica que no distrito da Ingombota registaram-se 36.677 partos
institucionais. Desde número, 35.475 foram nados vivos e registaram-se 526 mortes
maternas, enquanto nos 3.119 partos institucionais no Kilamba Kiaxi, 35 resultaram
em mortes maternas, sendo que no Sambizanga, em 3.168 partos institucionais, três
acabaram em mortes maternas.
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1.1.Formulação do problema

Ao decorrer dos nossos estágios observacional, preliminar e curricular


realizados em diversas Unidades Sanitárias de Luanda, principalmente em
Maternidades, constatávamos uma taxa elevada de casos de puérperas com
hemorragia pós-parto e que na sua abordagem alguns profissionais nem
sempre aferiam a temperatura e apressão arterial, não cumpriam com todos
os procedimentos na realização da massagem uterina, não as colocavam no
decúbito Trendelemburg e nem sempre concluiam com os 13 certos na
administração de drogas uterotônica para o estancamento da hemorragia. E
muitas mulheres, no estado crítico eram transferidas com maior frequência na
Maternidade de referência Lucrécia Paím.

Atendendo a esta situação surgiu-nos a seguinte pergunta:

 Quais são os cuidados de enfermagem prestados a puérperas com


idades compreendidas entre os 18-36 anos com hemorragia pós-parto,
atendidas na sala pós-parto na Maternidade Lucrécia Paím, em Janeiro
de 2023?

1.2. Justificativa

A escolha do nosso tema foi de âmbito consensual para adquirir e transmitir


conhecimentos técnicos e científicos de modo a diminuir a taxa de morbimortalidade
da hemorragia pós-parto no nosso País, Angola. Por se tratar de uma emergência
obstétrica que pode levar a várias consequências e ate mesmo conduzir várias
puérperas a morte.

Esperamos que esse tema possa dar contributo como base de pesquisa as
futuras gerações na promoção e prevenção da Saúde no contexto social através da
IEC.
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1.3. Objectivos

1.3.1. Geral

Descrever os cuidados de enfermagem prestados a puerpéras com idades


compreendidas entre os 18-36 anos com hemorragia pós-parto atendidas na sala
pós-parto da maternidade lucrécia paím, em janeiro de 2023.

1.3.2. Específicos

 Caracterizar amostra de acordo aos dados sociodemográficos (Idade,


Género, Categoria profissional e Tempo de serviço);
 Detalhar amostra quanto aos cuidados gerais de enfermagem prestados a
puérperas com Hemorragia Pós-Parto, como: Aferição dos Sinais Vitais,
Administração de medicamentos segundo os trezes certos na administração
de medicamentos, higienização das mãos, aplicação de acesso venoso
periférico, uso de EPI, anotação de enfermagem.
 Identificar amostra quanto aos cuidados específicos de enfermagem
prestados a puérperas com Hemorragia Pós-Parto, como: Colocação do
balão de tamponamento intrauterino, aplicação de algalia, realização da
massagem bimanual, hidratação da puérpera, administração de uterotônicos
e posição de Trendelemburg.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.

2.1. Definição De Termos e Conceitos

2.1.1. Cuidados de Enfermagem

Cuidado de Enfermagem é definido como um fenômeno intencional, essencial


à vida, que ocorre no encontro de seres humanos que interagem, por meio de
atitudes que envolvem consciênciam zelo, solidariedade e amor (VALE, E. G, 2008).
Ele implica controlar o estado dos doentes com uma certa regularidade (11 de Julho
de 2019).

2.1.2. Hemorragia Pós-Parto

Segundo a OMS (2012), é definida como perda de 500ml de sangue ou mais


no periódo de 24h após o parto.Algumas referências definem a HPP considerando a
via de parto: perda de sangue igual ou maior que 500 ml após parto vaginal e perda
de sangue igual ou maior que 1000 ml após cesariana. Os efeitos fisiológicos do
sangramento não diferem de acordo com a via de parto, as repercussões variam
conforme o volume de sangue perdido. O sangramento pode ser classificado em
menor (500-1000ml) e maior (>1000ml). O sangramento maior pode ser subdivido
em moderado (1000-2000ml) e severo (>2000ml).

Segundo Martins(2014), a HPP pode ser primária (precoce), quando ocorre


dentro das primeiras 24 horas do puerpério, ou secundária (tardia), quando o
sangramento incide entre 24 horas e 12 semanas pós-parto.

2.1.3. Etiologia e fatores de risco

Segundo mnemônico dos quatros "T"s (Rezende,2014), sendo


eles:Tônus(atonia uterina com 70% dos casos), traumas(lacerações, hematomas,
inversão e roptura uterina com 19% dos casos), tecido( retenção do tecido
placentário, coágulos, acretismo placentário com 10% dos casos),
trombinas(coagulopatias congênitas ou adquiridas, uso de medicamentos
anticoagulantes com 1% dos casos).
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Atonia uterina: é a principal causa da hemorragia pós parto, corresponde a


perda da capacidade de contração do útero(incapaciadade do miométrio se contraír
após a retirada da placenta), permitindo assim que as perdas sanguíneas
aumentem,colocando em risco a vida da mulher.Ocorre após a terceira etapa do
trabalho de parto podendo ser imediata ou tardia (Graça,2010,P.421).

Traumatismo:segundo Alessandro Mariano(2010p.47) essa é a segunda


principal causa da hemorragia pós parto.Corresponde ao conjunto de acidentes
ocasionados pelas feridas e contuções na vulva, vagina, colo do útero, laceração do
períneo, hematomas da vulva.

Tecido:é definido como o agrupamento de células que apresentam formas e


funções semelhantes, se falarmos de retenção placentária normalmente aguarda-se
30 minutos para que a placenta se desprenda do útero. Caso a placenta não saia
após esse período, considera-se retenção placentária, e pode-se tentar a extracção
manual da placenta.

A maioria dos casos de HPP não possui fatores de risco identificáveis. Atonia
uterina prévia, raça hispânica, pré-eclâmpsia e corioamnionite foram considerados
fatores de risco independentes. Alguns outros fatores de risco, como: placenta
acreta, multiparidade, obesidade, indução do parto, trabalho de parto prolongado ou
rápido, anestesia geral, gemelaridade, polidrâmnio, macrossomia, anemia, também
demonstraram relação com HPP.

2.1.4. Diagnóstico

O diagnóstico da HPP é efeito através do reconhecimento de um


sangramento maior do que o esperado (≥500ml) ao exame físico da paciente. O
sangramento é geralmente mensurado visualmente, como consequência muitas
vezes é subestimado. A maioria dos guidelines não estabelece um método de
escolha para quantificação do sangramento e sugere que mais estudos sejam
realizados a fim de estabelecer um parâmetro fidedigno para diagnóstico adequado
e precoce.

Ao exame físico, podem ser observados sinais e sintomas como: palidez,


tontura, confusão, aumento da frequência cardíaca, hipotensão, saturação de
oxigênio < 95% em ar ambiente, entre outros sinais e sintomas de hipovolemia.

2.1.5. Prevenção
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são estabelecidas condutas específicas prévias à terceira fase do parto


(definida pelo nascimento até a dequitação), a fim de prevenir a HPP. Sugere-se que
pacientes submetidas à cesariana prévia tenham o sítio de implantação da placenta
definido por ecografia durante a gestação. Entretanto, não existem evidências que
suportem a embolização profilática das artérias pélvicas em pacientes com placenta
acreta/percreta para prevenção de HPP. A conduta ativa na terceira fase do parto
reduz o risco de HPP causada por atonia uterina e deve ser oferecida a todas as
pacientes.

2.2. Cuidados gerais prestados a puérperas com Hemorragia Pós-Parto

Os cuidados de enfermagem adequados por profissionais qualificados reduz


as complicações e a morte materna por hemorragia pós parto, por esse factor o
enfermeiro deve estar apto para a segurança, detecção e o controle de
complicações.Entre os cuidados a pecientes com HPP podemos detalhar( Santana,
2018):

2.2.1. Aferição dos sinais vitais

São indicadores básicos que nos espelham o estado nfuncional de um


organismo que devem ser reslizadas no atendimento pré-hospitalar pois ajudam a
diagnostiucar uma possível infermidade acompanhar a evolução do paciente e
orientar o melhor tratamento para o indivíduo.Destes podemos citar: temperatura,
dor, frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e oximetria do
pulso, (BENTO,2019).

2.2.2.Admistração de medicamentos segundo os 13 certos


É uma das tarefas essencias realizadas diariamente por toda a enfermagem e
é de grande imporância para a recuperaço do paciente para além de promover uma
segurança para o profissional e para o paciente, dentre eles citaremos: Paciente
certo: antes de administrar a medicação, cheque se o paciente é o certo, ou seja, se
a medicação é destinada a ele. Confira o nome completo, número do leito, pulseira
de identificação. Voçê pode também perguntar direitamente ao paciente como ele
sse chama; Medicamento certo: nós sabemos que não é incomum, trocar
medicações de pacientes. Isso ocorre por inúmeros motivos. Para evitar ou
minimizar tal erro, confira o nome e composição da medicação, data de validade,
estado da embalagem, verifique caso seja necessário realizar diluição ou cálculo de
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medicação; Dosagem certa: a dosagem é a quantidade de medicamento (posologia)


que será administrada no paciente. Verifique se será dosagem única, múltiplas
doses ou dosagem contínua. Também cheque o tempo de intervalo entre as
dosagens. Faça anotações adequadas e claras para a próxima dose no prontuário;
Aspectos da medição certa: nseste requesito, vamos verificar o estado geral da
embalagem e da substância (droga ativa). Verifique se a embalagem foi violada ou
apresenta vazamentos, assim como se há mudanças na textura ou coloração da
medicação; Prazo de validade certo: confira o prazo de validade. Medicamentos que
estejam vencidos devem ser encaminhados imediatamente ao setor de farmárcia do
hospital ou unidade de saúde. Mesmo que a medicação tenha vencido a poucas
horas ou poucos dias, não se deve realizar a administração no paciente;Via de
administração certa: confira nosso guia de vias de administração de medicamentos!
Verifique se a medicação é adequada para a via escolhida. Muitas vezes, voçê
encontrará essa infomação na própria embalagem/rótulo. Compare com a via que
prescrita pelo médico. Em casos de diferença, consulte quem prescreveu a
medicação. Compreenda a maneira como o fármaco é administrado, podendo ser
via: enteral ( uso interno) e parenteral que pode ser direita ou indireta ( uso externo);
Horário certo: a medicação deve ser preparada no momento em que for
administrada. Assim, evita-se, por ex.: o acúmulo de mais de um medicamento no
corpo do paciente. Uma prática muito comum na enfermagem é montar um carrinho
com vários medicamentos ou soros para serem administrados nos leitos ao mesmo
tempo. É algo que devemos ter cuidado, pois há risco de confundir as prescrições;
Compatibilidade certa: confira se a medicação é incompatível com outras
medicações e se é compatível com a ingestão de alimentos. Algumas podem ser
fornecidas junto com alimentos, outras não; Orientação Certa: forneça ao paciente a
orientação correta quanto a: dosagem, indicação, possíveis efeitos da medicação,
reações, alergias, sinais ou sintomas. Esclareça possíveis dúviadas; Direito de
recusa: informe ao paciente que se ele desejar e conhecer os riscos, poderá se
recusar a receber o medicamento; Registro certo: relate no prontuário as seguintes
informações: medicamento, dosagem, horário, via de administração, cancelamentos,
agendamentos, adiamentos, eventos adversos ou qualquer outra informação que
julgar pertinente; Tempo de administração: cheque por quanto tempo a droga será
infundida (4h, 12h, 24h…); Ação certa: o medicamento deverá ter indicação correta,
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para minimizar desconfortos ou promover a cura de patologias. Confira a indicação e


se ele irá ter a esperada ação no organismo, (DOCA, 2014).

2.2.3.Higienização das mãos

Consiste na ação mecânica realizadas com as mãos, água e sabonete


podendo também utilizar formulações anti-cépticas. Para boa realização deste
cuidados citaremos os seguintes procedimentos: 1 - Abra a torneira e molhe as
mãos, evitando encostar na pia; 2 - Aplique na palma da mão quantidade suficiente
de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos; 3 - Ensaboe as
palmas das mãos, friccionando-as entre si; 4 - Esfregue a palma de uma mão contra
o dorso da outra, entrelaçando os dedos; 5 - Esfregue o dorso dos dedos de uma
mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-
vem; 6 - Esfregue o polegar de uma mão com auxílio da outra, utilizando
movimentos circulares; 7 - Friccione as pontas dos dedos e unhas de uma mão
esquerda contra a palma da outra; 8 - Esfregue, com movimentos circulares, um dos
punhos com o auxílio da palma da mão oposta; 9 - Enxágue as mãos, evitando
contato direto das mãos ensaboadas com a torneira; 10 - Se não for possível abrir a
torneira sem o uso das mãos, utilize um pedaço de papel; 11 - Seque as mãos com
papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos; 12 - Caso
não existam torneiras por perto e as mãos estejam sem sujeira aparente, o uso do
álcool gel substitui a lavagem com água e sabão. Em suma, é a forma mais simples
e importante para a prevenção e controle de infecções e bactérias. Além de saber
como fazer, é preciso estar atento a quando fazer o procedimento. (OMS, 2012)

2.2.4. Uso de EPI

EPI é um Equipamento de Proteção Individual utilizado individualmente por


um trabalhador durante sua atividade laboral. O objetivo é proteger o funcionário de
qualquer risco à sua saúde no ambiente de trabalho.O uso desse item é obrigatório,
pois ele elimina os riscos de incidentes durante o desenvolvimento de alguma
atividade. Quando os equipamentos não são utilizados ou não oferecem uma
proteção completa, pode-se aumentar a chance de ocorrer algum acidente de
trabalho ou doença profissional. Temos dentre eles: Luvas; Óculos de proteção;
Avental; Máscara cirúrgica; Sapatos fechados; Touca; Máscara com filtro químico;
Máscara.(DOCA, 2014).
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2.2.5. Anotação de enfermagem.


A anotação de enfermagem é um registro de informações relativas ao
paciente organizado cronologicamente de modo a reproduzir a ordem de
acontecimento dos fatos. (RODRIGUES, 2018)

A realização das anotações tem como objetivo descrever os cuidados


prestados, de forma a comprovar a execução do processo de enfermagem realizado
com base nos princípios técnicos e científicos visando um atendimento qualificado
ao paciente e podem garantir a continuidade do serviço de enfermagem de forma
ininterrupta.

2.2.6. Aplicação de acesso venoso periférico

O acesso venoso periférico (AVP) se dá pela introdução de um cateter de


tamanho curto na circulação venosa periférica, sendo uma via capaz de prover a
infusão de grandes volumes ao paciente diretamente na corrente sanguínea, além a
infusão de drogas de efeitos diversos com a obtenção de rápida resposta. É um
procedimento indicado quando desejamos fazer a administração de drogas
anestésicas e adjuvantes, por exemplo, assim como fluidos intravenosos (como soro
ou medicações), transfusões de sangue e/ou hemoderivados. O tempo de
permanência do cateter variou entre três e 120 horas, com a média de 49 horas. A
Enfermagem desenvolve importante papel na prevenção das complicações
associadas à manutenção do acesso venoso periférico, devendo avaliar
criteriosamente os riscos de flebite, (COSTA, 2017).

2.3. Cuidados específicos a puéperas com Hemorragia Pós-Parto

2.3.1. Colocação do balão de tamponamento intrauterino

O Balão de Tamponamento Uterino BT-CATH é um cateter balão indicado


para hemorragia pós-parto vaginais e cesarianas. Ao diminuir e controlar o fluxo
sanguíneo e aliviar a hemostasia, possibilita o tratamento da hemorragia por
técnicas conservadoras ou a recuperação da contração uterina em caso de atonia.

Se ocorrer falha do tratamento medicamentoso deve-se tentar o uso do balão


de tamponamento intrauterino. Essa é uma tecnologia útil no controle do
sangramento uterino em pacientes com atonia uterina. O balão sinaliza a
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necessidade de abordagem cirúrgica. O BTI pode ser colocado após o parto vaginal,
através do colo uetrino, ou após a cesariana, por meio da histerotomia. Auxiliam na
diminuição da morbimortalidade materna relacionada à HPP. O tempo máximo que a
mulher pode permanecer com o balão é de 24 horas (RODRIGUES, 2018).

2.3.2. Aplicação da Algália

É uma sonda introduzida através da uretra até a bexiga. O procedimento é


estéril, logo, são necessários luva de procedimento estéril, assepsia e antissepsia,
campo e lidocaína. A sondagem vesical de alívio é realizado com a sonda uretral
(cateter ou sonad de Nélaton) está indicada quando é necessário promover o
esvaziamento constante da bexiga, monitorar o débito urinário, fazer o preparo
cirúrgico, realizar irrigação vesical ou para diminuir o contacto da urina com lesões
de pele próximas à região genital. Já na sonadgem vesical de demora é realizado
com o cateter (ou sonda) de Foley (cateter flexível com duplo ou triplo lúmen), e tem
como principais indicações: Drenagem vesical por obstrução aguda ou crônica;
Disfunção vesical (bexiga neurogênica);

2.3.3. Realização da massagem bimanual

Consiste em uma manobra invasiva de controle transitório do sangramento


nos casos de atonia uterina. Se o útero estiver hipotônico ou atônico, a compressão
uterina bimanual (ou manobra de Hamilton) deve ser realizada imediatamente,
porém ela não deve retardar o início dos demais tratamentos.

Nesta técnica, para a sua eficácia, deve ser colocado uma sonda vesical para
esvaziar a bexiga da paciente (FLORIANÓPOLIS, 2013). Coloca-se uma mão no
abdômen da paciente e uma mão em punho fechado dentro da cavidade uterina,
fazendo-se uma compressão do útero. É importante esvaziar a bexiga antes para
melhorar eficiência da manobra. Deve ser feita enquanto se está aguardando os
efeitos dos medicamentos uterotônicos.

2.3.4. Hidratação da puérpera


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Durante HV, é fundamental a monitorização do peso, decúbito urinário,


densidade urinária e eletrólitos para nortear os ajustes necessários na composição
da venosa e evitar a hiperidratação, hipoidratação e os distúrbios eletrolíticos. Os
valores normais esperados dos parâmetros mencionados acima são: o peso diminui
0,5 a 1% ao dia; a diurese oscila entre 1 a 2ml/kg/hora com densidade urinária (DU)
de 1008 a 1010 (Jouclas, 2012).

2.3.5. Administração de uterotômicos

Os medicamentos uterotônicos são fármacos que causam contração uterina e


são a primeira linha de escolha no tratamento e prevenção de hemorragia pós-parto.
Os três uterotônicos mais efetivos para a prevenção da HPP ≥ 500 mL foram a
combinação de ergotamina mais ocitocina (IM/IV, 10 UI), a carbetocina e a
combinação de misoprostol e ocitocina. Todas as puérperas devem receber
uterotómicos durante a terceira fase do parto como forma de prevenção, (World
health, 2007).

2.3.6. Posição de Trendelemburg

A posição trendelemburg (Consiste em colocar o indivíduo em decúbito dorsal


com a bacia mais elevada do que os ombros e a cabeça), é indicada para clientes
que realizaram cirurgias da região pélvica, estado de choque, tromboflebites, casos
que se deseja melhor irrigação cerebral, drenagem de secreção pulmonar, etc. Ela
também favorece o sistema cardiovascular, preservando os índices de fluxo
sanguíneo na saída do ventrículo esquerdo, dimuni a expansibilidade pulmonar,
diminuindo assim o factor ventilação-perfusão e repercutindo nas trocas gasosas.
(COSTA, 2017)
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3. METODOLOGIA

3.1. Tipo de estudo

Será realizado um estudo observacional, descritivo e transversal com uma


abordagem qualitativa e quantitativa.

3.2. Local de estudo

Será realizado na Maternidade Lucrécia Paím, situado em Angola, província


de Luanda, no município da Maianga, bairro Sagrada Família, delimitado ao oeste
pelo Alvalade Maianga, ao leste pelo Maculusso, ao sul pelo Mártires e ao norte pelo
Kinaxixi.

3.3. População em estudo

Será constituído por 20 profissionais de enfermagem que atendem as


puérperas na sala de parto da Maternidade Lucrécia Paím em Janeiro de 2023.

3.4. Amostra

Será uma amostra probabilística de 15 profissionais de enfermagem retirados


de forma aleatória simples.
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3.5. Critérios de inclusão

Serão incluídos todos os profissionais de enfermagem que cuidam de


puérperas entre 18-36 anos de idade que aceitarem participar do nosso estudo
mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

3.6. Critérios de exclusão

Serão excluídos todos os profissionais de enfermagem que cuidam de


puérperas entre 18-36 anos de idade que não aceitarem participar do nosso estudo.

3.7. Instrumentos de recolha de dados

Serão coletados por meio de um questionário elaborado com perguntas


abertas e fechadas.

3.8. Aspectos éticos

Para salvaguardar os princípios éticos, a Direção do Instituto Técnico Privado


de Saúde Emília Nsangu, após ter aprovado o trabalho de conclusão de Curso,
enviará um credencial á Direção da Maternidade Lucrécia Paím. Após a autorização
da pesquisa com entidades competentes procederá a recolha dedados. Aos sujeitos
de pesquisa, serão apresentados um termo de consentimento livre e esclarecido
onde constará todas informações e objetivos de pesquisa de forma a aceitarem
participar ou não.

3.9. Variáveis de estudo

Aferição dos Sinais Vitais, Administração de medicamentos segundo os trezes


certos na administração de medicamentos, higienização das mãos, aplicação de
acesso venoso periférico, uso de EPI, anotação de enfermagem, Colocação do
balão de tamponamento intrauterino, aplicação de algalia, realização da massagem
bimanual, hidratação da puérpera, administração de uterotônicos e posição de
Trendelemburg.

3.10. Análise e processamentos de dados

Os dados serão analisados e processados no programa Microsoft Excel 2013


em formas de tabelas, digitalizado em Microsoft Word 2013 e apresentado em
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Microsoft PowerPoint 2013. A digitalização do texto será feito coma base da


orientação da escola de formação de saúde de Luanda, onde usaremos o tipo de
letra Arial, tamanho do título 14, tamanho do subtítulo 12, espaçamento de texto
1,5cm, no resumo 1cm, margem lateral esquerdo 3cm, superior 3cm, lateral direita
2cm e inferior 2cm. Usaremos citações direitas e indiretas conforme as normas de
ABNT.
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referências Bibliográficas
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APÊNDICES (TERMO de consentimento e questionário)

recursos( humanos, materiais e financeiros)


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cronograma de actividades
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glossário

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