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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTERIO DA EDUCAÇÃO

ESCOLA DE SAÚDE CASTELO, LIMITADA

TRABALHO DE ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM SAÚDE DA


CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

SAÚDE MATERNO-INFANTIL

11ºCLASSE

TURMA: T-1

CURSO: ENFERMAGEM

Eugênia Manuel

DOCENTE: __________________

Luanda,2023
TRABALHO DE ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM SAÚDE DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

SAÚDE MATERNO-INFANTIL

11ºCLASSE

TURMA: T-1

CURSO: ENFERMAGEM
Integrantes do grupo

Nº1 Adélia Coxe


Nº5 Ana Karina
Nº7 Camilo Basílio
Nº Clara Matias
Nº17 Inês da Silva
Nº20 Josué Zau
Nº24 Maria Daniel
Nº25 Marlene Himi
Índice

Situação de Saúde materno-infantil em angola……………………….6


Estratégias para a diminuição da mortalidade materna e infanto-juvenil……………..7

Saúde materna e infantil: Maneiras de melhorar a qualidade dos cuidados nas unidades
de saúde………………………………………………………………………..………8
Papel do enfermeiro e do técnico de enfermagem na assistência materno-infantil………11

Conclusão…………………………………………………………………………..14
Referencias bibliográficas………………………..…………………….15
Introdução

Saúde materno-infantil é uma área que tem como objectivo promover o


desenvolvimento e o bem-estar de todas as crianças bem como as mães ou gestantes.

O termo “materno-infantil” é relativo a mãe ou futura mãe e ao seu bebé.

Trata-se de um modelo de atenção que garante às mulheres e às crianças uma


assistência humanizada e de qualidade, por meio da ampliação do acesso e da melhoria
da qualidade do pré-natal, da vinculação da gestante à unidade de referência e ao
transporte seguro, da implementação de boas práticas na atenção ao parto.
Situação de Saúde materno-infantil em angola

A saúde materno-infantil é uma área de grande importância para a saúde pública


em Angola.

A mortalidade materna e infanto-juvenil continua a ser um problema de saúde


pública em Angola. Muitos problemas de saúde que ocorrem durante a gestação podem
ser evitados, identificados e tratados atempadamente através das consultas pré-natais e
partos realizados por profissionais de saúde qualificados. Porém, apenas 61% das
gestantes fizeram quatro ou mais consultas pré-natais e apenas 46% dos partos ocorrem
numa unidade de saúde, registando-se uma enorme disparidade entre o meio urbano e o
rural, onde apenas 16% das mulheres tiveram o parto numa unidade sanitária.

A saúde neonatal em Angola está gradualmente a melhorar, mas um número


elevado de crianças continua a morrer antes de completar os cinco anos, sendo que 35%
dessas mortes ocorre nos primeiros 28 dias de vida. De notar que apenas 23% das
mulheres com um nascimento entre 2015 e 2016 fizeram uma consulta pós-parto dois
dias após o parto.

Estima-se a taxa de mortalidade de menores de cinco anos em 68 por 1000 nados


vivos, e do recém-nascido de 24 em cada 1000 nados-vivos. A mortalidade neonatal
estima-se em 24 mortes por cada 1.000 nados-vivos, e a mortalidade pós-neonatal
estima-se em 20 mortes por cada 1.000 nados-vivos.

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Estratégias para a diminuição da mortalidade materna e infanto-
juvenil

Uma das prioridades do Ministério da Saúde é a redução da mortalidade materna


e infanto-juvenil, tendo sido definidas para alcançar estes objectivos, as seguintes
estratégias: o atendimento na gravidez e no parto e a imunização.

No atendimento pré-natal foi é a cobertura da prestação de serviços de saúde, a


qualificação profissional do trabalhador que fez o atendimento pré-natal, o tempo de
gestação na primeira consulta pré-natal e o número de consultas realizadas.

No atendimento ao parto, por sua vez, foi estimada a cobertura de partos


realizados pelos serviços de saúde, o lugar em que este ocorreu, o tipo de profissional
que o realizou, as complicações ocorridas e as suas consequências na mortalidade
neonatal precoce.

A imunização evita o contágio de doenças evitáveis. Segundo estimativas da


OMS, as vacinas infantis salvam a vida de 4 milhões de crianças a cada ano. Os dois
principais motivos para se vacinar são proteger a nós mesmos e aos que nos rodeiam.

Estas estratégias serão alcançadas através de advocacia e políticas, assistência


técnica e criação de modelos de práticas promissoras que podem ser replicados e
expandidos.

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Saúde materna e infantil: Maneiras de melhorar a qualidade dos
cuidados nas unidades de saúde
A seguir apresentamos algumas das recomendações da Organização Mundial da
Saúde (OMS) sobre como os países podem melhorar a qualidade dos cuidados em suas
unidades de saúde e prevenir a morte materna e neonatal, com base em seus Padrões para
melhorar a qualidade da atenção materna e neonatal em estabelecimentos de saúde.

1. As mulheres grávidas devem receber os cuidados certos, nos momentos


certos
A OMS recomenda que uma mulher consulte seu médico pelo menos 8 vezes
durante a gravidez para detectar e corrigir problemas potenciais e reduzir a probabilidade de
morte materna ou morte neonatal. Os cuidados pré-natais também oferecem uma
oportunidade para os profissionais de saúde fornecerem uma gama de apoio e informação
às mulheres grávidas, incluindo estilos de vida saudáveis, prevenção de doenças e
planeamento familiar.

2. Os recém-nascidos devem receber cuidados essenciais imediatamente


após o nascimento
Os recém-nascidos devem ser mantidos em contato pele-a-pele no peito da mãe e
habilitados para amamentar. Eles precisam ser mantidos limpos e quentes, e dado o cuidado
de seus olhos e cordão umbilical. O banho deve ser adiado por 24 horas, vitamina K e
vacinas administradas de acordo com as diretrizes nacionais, temperatura monitorada e
complicações identificadas e gerenciadas. Uma avaliação completa antes da alta,
normalmente em torno de 24 horas, serve como um primeiro check-up pós-natal.

3. Bebês pequenos e doentes devem ser bem cuidados em um hospital.


Bebês pequenos (como bebês prematuros ou bebês nascidos pequenos para a sua
idade gestacional) correm um risco muito maior de morte durante o período neonatal e de
problemas de saúde a longo prazo e incapacidades permanentes. Esses bebês devem ser
mantidos quentes em todos os momentos e alimentados com o leite materno de suas
próprias mães. Recém-nascidos muito pequenos e doentes devem ser cuidados em unidades
neonatais bem equipadas e monitorados de perto por pessoal treinado para complicações.

4. Todas as mulheres e recém-nascidos devem receber cuidados que


evitem infecções hospitalares
As infecções adquiridas no hospital aumentam o risco de doença e de morte e
aumentam o custo dos cuidados e a duração do internamento. As precauções padrão são
essenciais para prevenir infecções hospitalares. Estes incluem lavar as mãos com sabão e

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água ou álcool antes e depois de examinar um paciente, armazenar e eliminar com
segurança os resíduos infecciosos e objetos afiados e esterilização e desinfecção de
instrumentos na área de trabalho e de parto e área de cuidados do recém-nascido.

5. As instalações de saúde devem ter um ambiente físico adequado


As instalações de saúde devem ter água, energia, saneamento, higiene das mãos e
instalações de eliminação de resíduos que sejam funcionais, fiáveis e seguras. O espaço
precisa ser projetado, organizado e mantido para permitir a privacidade e facilitar a
prestação de serviços de qualidade. As instalações também precisam ter reservas adequadas
de medicamentos, suprimentos e equipamentos.

6. A comunicação com as mulheres e suas famílias deve ser eficaz e


responder às suas necessidades
Os pacientes devem receber todas as informações sobre seus cuidados e devem se
sentir envolvidos em todas as decisões tomadas com relação ao seu tratamento. A
comunicação eficaz entre profissionais de saúde e pacientes pode reduzir a ansiedade
desnecessária e tornar o parto uma experiência positiva para uma mulher, mesmo se ela
tiver complicações.

7. Mulheres e recém-nascidos que necessitam de encaminhamento


devem obtê-los sem demora
As instalações de saúde devem dispor de serviços de transporte equipados
disponíveis que funcionem 24 horas por dia, 7 dias por semana, para transportar mulheres e
recém-nascidos, conforme necessário. Uma lista de instalações de rede conhecidas e seus
números de telefone devem estar prontamente disponíveis. O sistema de referência também
deve ser supervisionado e responsável, com uma política que protege as mulheres de
barreiras financeiras.

8. Nenhuma mulher deve ser submetida a práticas nocivas durante o


trabalho de parto, o parto e o período pós-natal precoce
Práticas desnecessárias e prejudiciais podem levar a complicações e prejudicar as
mães e seus recém-nascidos. Estes incluem enemas de rotina e limpeza de pelos púbico ou
perineal antes do parto vaginal, banho imediato do bebê, manter os bebês bem longe da
mãe, e publicidade ou promover substitutos de aleitamento materno e mamadeira.

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9. As unidades de saúde precisam de pessoal bem treinado e motivado e
disponível para prestar os cuidados necessários.
Todas as áreas de trabalho e parto da unidade de saúde devem ter pessoal
competente e bem treinado e atendentes qualificados presentes 24 horas por dia em número
suficiente para lidar com a carga de trabalho esperada. As barreiras comuns para o pessoal
de saúde fornecer cuidados de qualidade incluem baixa estima social, salários baixos,
longas horas de trabalho, pessoal insuficiente e falta de ambientes de instalações totalmente
funcionais. É importante concentrar-se na educação profissional e na gestão da força de
trabalho de saúde, que se baseia nas experiências das parteiras.

10. Todas as mulheres e recém-nascidos devem ter um registro médico


completo, preciso e padronizado.
Todos os bebês devem receber uma certidão de nascimento. O registro médico
completo e preciso é importante para a documentação de cuidados, acompanhamento
clínico, detecção precoce de complicações e resultados de saúde e ajuda a identificar áreas
de melhoria. Os dados sobre os recém-nascidos, incluindo as vacinas, a idade gestacional, o
peso ao nascer e os resultados dos exames, devem ser registados num sistema que permita
ligar as mulheres e os recém-nascidos em todos os registos.

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Papel do enfermeiro e do técnico de enfermagem na assistência materno-
infantil

A persistência dos altos índices de mortalidade infantil e materna, motivaram o


surgimento de várias políticas públicas voltadas ao ciclo gravídico-puerperal.Vários
estudos demonstraram que a ausência de assistência pré-natal está associada a maior
taxa de mortalidade perinatal.
A evidência é clara: a importância das enfermeiras de saúde materno-infantil
para salvar vidas. o enfermeiro de saúde materno-infantil desempenha um papel
fundamental na melhoria, parto e apoio à saúde sexual, reprodutiva, materna, neonatal e
infantil para as mães e seus bebês.
Enquanto que o técnico de enfermagem é responsável por dar assistência a
pacientes em recuperação; fornecer cuidados pré e pós-operatórios; manter o ambiente
limpo para prevenir infecções e a disseminação de doenças; auxiliar o enfermeiro a
planejar a rotina do setor, entre outras diversas funções.

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Conclusão
Com a realização deste trabalho podemos resumir e concluir que a vasta maioria
destas mortes podem ser evitadas. Hábitos saudáveis e intervenções simples, mas de
grande impacto, como administração de complemento nutricional e o uso de
mosquiteiros, vacinas básicas e hábitos de boa higiene podem prevenir muitas das
mortes de mães e crianças angolanas.

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Referencias bibliográficas

Saúde materna e infantil: 10 Maneiras de melhorar a qualidade dos


cuidados nas unidades de saúde – ANGOMED NEWS
Atenção Materno Infantil | Secretaria da Saúde (saude.pr.gov.br)

Sites:
https://www.unicef.org/angola/sa%C3%BAde-materna-e-infantil
08Chapter8.pdf (dhsprogram.com)

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