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Intervenção no âmbito da saúde da criança no contexto da

Atenção Básica

Profa. Dra. Aline Martins de Toledo

Pos-Doutorado – Faculty of Behavioural and Movement Sciences - Vriej Universitet - Amsterdam / The Netherlands
Mestrado e Doutorado em Fisioterapia (UFSCar)
Docente no Curso de Fisioterapia (Universidade de Brasília - UnB)
Docente nos Programas de Pós-graduação em Educação Física (PPG-EF) e Ciências da Reabilitação (PPG-CR) (UnB)
Programação

Primeira Parte – Politica Nacional de Atenção Integral a


saúde da criança

Segunda parte – Rede Cegonha


Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança

Até 12 anos
completos

Menos de
18 anos

pessoa na faixa etária de 0 a 9


anos, ou seja, de 0 até completar
10 anos ou 120 meses;
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança

DIRETRIZES
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança

EIXOS
ESTRATÉGICOS
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Apesar da alta cobertura da assistência pré-natal no Brasil
(rede privada e pública), a efetividade dessa assistência
ainda é baixa, o que pode favorecer uma alta incidência de
partos prematuros.
Viellas, et al., Caderno de Saúde Publica, 2014

Aline M. Toledo @ppgcr_unb www.ppgcr.unb.br


Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança

Saúde da Criança na Rede de Atenção às Urgências e


Emergências

Composição: atenção básica, SAMU 192, central


de regulação médica de urgências, sala de
estabilização, unidade de pronto atendimento e
atenção/internação domiciliar.

Objetivo: articular e integrar todos os equipamentos


de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso
humanizado e integral aos usuários em situação de
urgência e emergência nos serviços de saúde, de
forma ágil e oportuna
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança

Saúde da Criança na Rede de Cuidados da Pessoa Com


Deficiência

• Atenção Especializada;
• Centro Especializado em Reabilitação (CER);
• Oficina Ortopédica;
• Centro Especializado em Odontologia (CEO)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança

Saúde da Criança na Rede de Atenção Psicossocial - RAPS

Finalidade promover cuidado em saúde às pessoas com


sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com
necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas,
mediante a criação, ampliação e articulação de pontos de
atenção à saúde no âmbito SUS.

Dispositivos: Caps I, II, III, IV; Caps-AD (álcool e drogas) e


Capsi (infantojuvenil). O Caps III e o Caps-AD III
funcionam 24 horas.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança

Saúde da Criança na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas


Com Doenças Crônicas

Atenção Básica: ações de promoção à


saúde, de prevenção de agravos e também
articular com a atenção especializada a
oferta do diagnóstico, do tratamento e da
reabilitação.

Atenção Especializada: ambulatorial,


hospitalar e urgência e emergência.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança

• Saúde da Criança na Rede de Atenção Materna, Neonatal


e Infantil - Rede Cegonha;

Objetivos: garantir o acesso oportuno, com resolutividade e


qualificação da assistência, com a implementação de um novo
modelo de atenção à gestação, ao parto e ao nascimento e à
criança, visando promover a saúde neste ciclo da vida e reduzir
a morbimortalidade materna, fetal e infantil, com ênfase no
componente neonatal.
Fases: Pré-Natal; Parto e Nascimento; Puerpério e Atenção
Integral à Saúde da Criança; Sistema Logístico: transporte
sanitário e regulação
Rede Cegonha
Rede Cegonha

Descrição

Estratégia inovadora do Ministério da Saúde (2011) que visa implementar


uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao
planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e
ao puerpério e às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento
e ao desenvolvimento saudáveis
Rede Cegonha

Objetivos

• Fomentar a implementação de um novo modelo de atenção à saúde da


mulher e à saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao
nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança de zero
aos 24 meses;
• Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil que garanta
acesso, acolhimento e resolutividade e;
• Reduzir a mortalidade materna e infantil
Rede Cegonha

Bases para a Politica:

• RAS – Redes de atenção a Saúde (ortaria/GM nº 4279 de 30 de


dezembro de 2010)

• Política Nacional de Humanização (PNH): visa a autonomia e o


protagonismo desses sujeitos, a corresponsabilidade entre eles, o
estabelecimento de vínculos solidários e a participação coletiva no
processo de gestão
Rede Cegonha

Componentes

• I - Pré-natal;
• II - Parto e nascimento;
• III - Puerpério e atenção integral à saúde da criança;
• IV - Sistema logístico (transporte sanitário e regulação).
Rede Cegonha

Pré-Natal

• realização de pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS)


• acesso ao pré-natal de alto de risco quando necessário (acolhimento
com avaliação de risco e vulnerabilidade)
• realização dos exames de pré-natal de risco habitual (gravidez normal) e
de alto risco e o acesso aos resultados dos exames;
• vinculação da gestante desde o pré-natal ao local em que será realizado
o parto
Rede Cegonha

Pré-Natal

• apoio financeiro ao deslocamento das gestantes para a realização das


consultas de pré-natal e para o local onde será realizado o parto.

• implementação de estratégias de comunicação social e de programas


educativos relacionados à saúde sexual e à saúde reprodutiva
Rede Cegonha

Pré-Natal

• A anticoncepção é um fator importante na redução da morbimortalidade


materna e infantil. De acordo com a Pesquisa de Demografia e Saúde (PNDS,
2006), do total de nascimentos ocorridos nos últimos 5 anos, 46% não foram
planejados, sendo que 28% eram desejados para mais tarde e 18% não foram
desejados.
• É fundamental intensificar as ações de planejamento reprodutivo, valorizando
as ações de educação em saúde com estratégias diferenciadas para o público
adolescente, formação de grupos e valorização da paternidade, além de acesso
aos métodos anticoncepcionais para que mulheres e homens tenham filhos no
momento que desejarem.
Rede Cegonha

Parto e Nascimento

• Garantir a suficiência de leitos obstétricos e neonatais (UTI, UCI e Canguru) de


acordo com as necessidades de cada região
• Práticas de atenção à saúde baseada em evidências científicas e a realização
de acolhimento com classificação de risco nos serviços de atenção obstétrica e
neonatal;
• Garante o acompanhante durante o acolhimento e o trabalho de parto, parto e
pós-parto imediato
Rede Cegonha

Parto e Nascimento

• Propõe a instituição de um novo dispositivo de atenção à saúde materna e


infantil - as Casas de Gestante, Bebê e Puérpera. Além disso, investe na
implementação de Centros de Parto Normal Intra e Peri-hospitalares
Rede Cegonha

Parto e Nascimento

• Centros de Parto Normal Intra e Peri-hospitalares: são unidades de atenção


ao parto e nascimento da maternidade/hospital, que realizam o atendimento
humanizado e de qualidade, exclusivamente ao parto normal, e privilegiam a
privacidade, a dignidade e a autonomia da mulher ao parir em um ambiente
mais acolhedor e confortável e contar com a presença de acompanhante de sua
livre escolha.
• Essas unidades são geridas por enfermeiras (os) obstetras e devem estar
sempre organizadas no sentido de promover a ampliação do acesso, do vínculo
e da atenção humanizada ao parto e ao nascimento.
Rede Cegonha
Parto e Nascimento

• Casas de Gestante, Bebê e Puérpera: são unidades de cuidado peri-


hospitalares que acolhem, orientam e acompanham:
- (i) gestantes, puérperas e recém-nascidos de risco que demandam atenção
diária em serviço de saúde de alta complexidade, mas não exigem vigilância
constante em ambiente hospitalar (internação);
- (ii) gestantes, puérperas e recém nascidos que, pela natureza dos agravos
apresentados e pela distância do local de residência, não possam retornar ao
domicílio no momento de pré-alta e;
- (iii) puérperas com bebê internado na Unidade de Tratamento Intensivo
Neonatal do serviço de saúde e/ou que necessitam de informação, orientação e
treinamento em cuidados especiais com seu bebê.
Rede Cegonha

Parto e Nascimento

• Casas de Gestante, Bebê e Puérpera: devem estar vinculadas à maternidade


ou hospital de referência em gestação, parto, nascimento e puerpério de alto
risco. As unidades devem oferecer condições de permanência, alimentação e
acompanhamento pela equipe de referência, com especial empenho pela
manutenção da autonomia da mulher e a visita aberta, sendo fundamental
manter o modo de cogestão para as decisões da casa e uma ambiência
humanizada.
Rede Cegonha

Puerpério e atenção integral à saúde da criança

• Aos lactentes saudáveis: garantir para todos os recém-nascidos, boas práticas


de atenção, embasadas em evidências científicas e nos princípios de
humanização, como:
- garantia de permanência do RN ao lado da mãe durante todo o tempo de
internação, desde os primeiros momentos de vida, com contato pele a pele
- apoio à amamentação se possível ainda na primeira hora de vida,
- estímulo à participação do pai,
- evitar procedimentos “de rotina” iatrogênicos, sem embasamento cientifico,
- oferta de todas as triagens neonatais como o teste do pezinho, olhinho e
orelhinha, etc.
Rede Cegonha

Puerpério e atenção integral à saúde da criança

• Aos lactentes de risco: proposta de um grande investimento nas maternidades


de referência do país, para atendimento a gestantes e recém-nascidos de risco,
no sentido de se garantir leitos de UTI, UCI (Unidade de Cuidados Intermediários)
e leitos Canguru.
• MS estará aportando recursos não apenas no investimento para reformas,
melhoria da ambiência e de equipamentos dos leitos, mas também na tão
reivindicada ampliação do custeio dos mesmos, para as maternidades de
referência que aderirem à Rede Cegonha.
Rede Cegonha

Puerpério e atenção integral à saúde da criança

• Promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável


• Acompanhamento da puérpera e da criança na atenção básica com visita
domiciliar na primeira semana após a realização do parto e nascimento
• Busca ativa de crianças vulneráveis e a prevenção e tratamento das
DST/HIV/Aids e Hepatites
• Orientação e oferta de métodos contraceptivos
Rede Cegonha

Sistema logístico (transporte sanitário e regulação)

• o acesso ao transporte seguro


para as gestantes, as puérperas e
os recém nascidos de alto risco,
por meio do Sistema de
Atendimento Móvel de Urgência –
SAMU Cegonha
• inclui a implantação do modelo
“Vaga Sempre”

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