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SAÚDE DA

CRIANÇA/POLÍTICAS
PÚBLICAS.

•Gecilda Régia Ramalho Vale Cavalcante


•Médica de Família e Comunidade.
BRAINSTORMING

O que eu preciso saber para


realizar Açõ es de Cuidado
Integral à Saú de da Criança
no territó rio?
OBJETIVOS EDUCACIONAIS.
ESTRATÉGIAS PÚBLICAS DE
ATENÇÃO À SAÚDE
DA CRIANÇA

• Para que se desenvolva de forma adequada, além do conhecimento


sobre as características relacionadas aos indicadores de
morbimortalidade, é necessá rio compreender os aspectos
bioló gicos, demográ ficos e socioeconô micos, bem como os demais
determinantes sociais no processo de saú de-doença.
A MAIS RECENTE é a PNAISC:
envolve toda rede de Atenção a saúde da criança.

Desde a atenção humanizada perinatal e ao recém-


nascido até a prevenção do óbito infantil:

• rede cegonha,
• pessoa com deficiência,
• urgência e emergência,
• atenção psicossocial e
• doenças crônicas .
Algumas definições relacionadas à criança,
primeira infância e adolescência:
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA PNAISC
DIRETRIZES DA PNAISC :Importantes para elaboração dos planos,
programas, projetos e ações de saúde voltadas para a saúde da criança,

• Gestã o interfederativa das açõ es de saú de da criança;


• Organizaçã o das açõ es e serviços na rede de atençã o;
• Promoçã o da saú de;
• Fomento à autonomia do cuidado e da corresponsabilidade da família;
• Qualificaçã o da força de trabalho do SUS;
• Planejamento e desenvolvimento de açõ es;
• Incentivo à pesquisa e à produçã o de conhecimento;
• Monitoramento e avaliaçã o;
• Eixo I – Atençã o humanizada e qualificada à gestaçã o, ao
parto, ao nascimento e ao recém-nascido
• Eixo II – Aleitamento materno e alimentaçã o
complementar saudável
• Eixo III – Promoçã o e acompanhamento do crescimento
e do desenvolvimento integral
• Eixo IV – Atençã o integral a crianças com agravos
prevalentes na infâ ncia e com doenças crô nicas
EIXOS • Eixo V – Atençã o integral à criança em situaçã o de
violências, prevençã o de acidentes e promoçã o da
ESTRATÉGICOS cultura de paz
DA PNAISC: • Eixo V I – Atençã o à saú de de crianças com
deficiência ou em situaçõ es específicas e de
vulnerabilidade
• Eixo VII – Vigilâ ncia e prevençã o do ó bito infantil,
fetal e materno
EIXO I:– Atençã o humanizada e qualificada à gestaçã o, ao parto, ao nascimento e ao recém-
nascido

• Promover a melhoria do acesso, cobertura, qualidade e humanizaçã o da


atençã o obstétrica e neonatal, integrando as açõ es do pré-natal e
acompanhamento da criança na atençã o bá sica com aquelas desenvolvidas
nas maternidades, conformando-se uma rede articulada de atençã o
EIXO II:– Aleitamento materno e alimentaçã o complementar saudável

• Estratégia ancorada na promoçã o, proteçã o e apoio ao aleitamento


materno, iniciando na gestaçã o, considerando-se as vantagens da
amamentaçã o para a criança, a mã e, a família e a sociedade, bem como a
importâ ncia de estabelecimento de há bitos alimentares saudáveis
EIXO III:– Promoçã o e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral

• Consiste na vigilâ ncia e estímulo do pleno crescimento e desenvolvimento da


criança, em especial do “Desenvolvimento na Primeira Infâ ncia (DPI)”, pela
atençã o bá sica à saú de, conforme as orientaçõ es da “Caderneta de Saú de da
Criança”, incluindo açõ es de apoio à s famílias para o fortalecimento de
vínculos familiares
EIXO IV:–Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crô nicas

• Estratégia para o diagnó stico precoce e a qualificaçã o do manejo de doenças


prevalentes na infâ ncia e açõ es de prevençã o de doenças crô nicas e de
cuidado dos casos diagnosticados, com o fomento da atençã o e internaçã o
domiciliar sempre que possível. ( AIDPI)
EIXO V - Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz

• Visa articular um conjunto de açõ es e estratégias da rede de saú de para a


prevençã o de violências, acidentes e promoçã o da cultura de paz, apoiar os
serviços especializados nos processos formativos para a qualificaçã o da atençã o à
criança em situaçã o de violência de natureza sexual, física e psicoló gica,
negligência e/ou abandono (Manual sobre a Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas
Famílias em Situação de Violências)
EIXO VI – Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade

• Articulaçã o de um conjunto de estratégias intrassetoriais e intersetoriais,


para inclusã o dessas crianças nas redes temá ticas de atençã o à saú de,
mediante a identificaçã o de situaçã o de vulnerabilidade e risco de agravos e
adoecimento, reconhecendo as especificidades deste pú blico para uma
atençã o resolutiva.
EIXO VII – Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno

• Consiste na contribuiçã o para o monitoramento e investigaçã o da


mortalidade infantil e fetal e possibilita a avaliaçã o das medidas necessá rias
para a prevençã o de ó bitos evitáveis
ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA
Programa Nacional de Imunizaçã o – PNI

• TEM objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenças


imunopreveníveis no territó rio brasileiro.

• doenças imunopreveníveis, como a varíola , a


poliomielite/paralisia infantil , sarampo, tuberculose, rubéola,
gripe, hepatite A e B, febre amarela, entre outras.

• As crianças indígenas contam com calendá rio de vacinaçã o


diferenciado, atendendo as suas especificidades e respeitando
os aspectos culturais envolvidos

• Para reduzir as taxas de morbimortalidade das doenças


imunopreveníveis é importante conhecer a situaçã o dessas
doenças, que devem ser notificadas imediatamente pela
equipe de saú de, para se traçar as medidas de prevençã o e
controle.

Programa Saú de na Escola – PSE

• Saú de como tema transversal à s disciplinas e à s açõ es no


contexto escolar, nas dimensõ es da promoçã o da saú de,
prevençã o de doenças e agravos e de atençã o e cuidados à saú de
de crianças e adolescentes

• Tem como principais desafios o uso de estratégias pedagó gicas


coerentes com a produçã o de educaçã o e saú de integral,
fundamental para produzir autocuidado, autonomia e
participaçã o dos escolares de acordo com a idade que se
encontram

• A avaliaçã o das condiçõ es de saú de tem por objetivo avaliar a


saú de bucal, ocular, auditiva, situaçã o vacinal, vigilâ ncia
alimentar e nutricional e o desenvolvimento, com
encaminhamento para a rede de saú de, quando necessá rio.
Atençã o à Saú de Bucal

• Brasil Sorridente, política inserida de forma transversal, integral e intersetorial


nas linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança, com o objetivo de
promover a qualidade de vida desse pú blico, por meio das açõ es de promoçã o,
prevençã o, cuidado, qualificaçã o e vigilâ ncia em saú de,
• O acesso à saú de bucal deve ter início no pré-natal . A equipe de saú de deve
trabalhar de forma articulada, encaminhando a gestante para a consulta
odontoló gica ao iniciar o pré-natal, garantindo ao menos uma consulta
odontoló gica durante esse período;
• Para criança, recomenda-se que todos os profissionais da equipe de saú de
incorporem, em sua rotina, o exame da cavidade bucal , enfatizando a
importâ ncia do acompanhamento da saú de bucal e direcionando a criança para
as consultas odontoló gicas perió dicas
• Para o 1º ano de vida da criança recomendam-se duas consultas odontoló gicas: a
primeira consulta por volta do nascimento do primeiro dente de leite, e uma
segunda consulta aos 12 meses de idade.A partir dai de acordo com a
Saúde da Criança nas Redes Temáticas

• As Redes de Atençã o à Saú de (RAS) sã o arranjos organizativos de açõ es e


serviços de saú de, de diferentes densidades tecnoló gicas que, integradas por
meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestã o, buscam garantir a
integralidade do cuidado,
• A RAS reú ne um conjunto de açõ es e serviços de saú de articulados em níveis
de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da
assistência à saú de, em consonâ ncia com as diretrizes para a organizaçã o da
RAS, no â mbito do Sistema Ú nico de Saú de.
Rede Cegonha , abrangendo a atençã o à gestante e atençã o à criança até 24 m

• Estratégia para fortalecer a integraçã o entre as açõ es de saú de da mulher e da


criança até os 2 anos, momento da vida de grande vulnerabilidade e maior
necessidade de proteçã o,
• Assim como as mortes maternas, as mortes infantis concentram-se nas
primeiras 24 a 48 horas apó s o parto, e a RC visa à reduçã o de mortes
evitáveis por açã o dos serviços de saú de
• A interrupçã o da gravidez sem trabalho de parto, com a banalizaçã o da
cesariana eletiva (inclusive antes de 39 semanas de gestaçã o), as relaçõ es
assimétricas de poder e de decisã o, com a alienaçã o e manipulaçã o da
informaçã o, compõ em o cená rio de medicalizaçã o, terceirizaçã o e
mercantilizaçã o do processo de nascimento.
• Oferta o cuidado seguro e adequado, conforto e respeito, promover vínculo,
afeto, saú de física, psíquica e prevençã o de efeitos adversos imediatos e
Rede de Atenção às Urgências

• Entre as diretrizes da Rede de Atençã o à s Urgências temos:


a ampliaçã o do acesso e acolhimento, contemplando a classificaçã o de risco e
a intervençã o adequada aos diferentes agravos;
 a garantia da universalidade, equidade e integralidade ;
 a humanizaçã o da atençã o, garantindo efetivaçã o de um modelo centrado no
usuá rio e baseado nas suas necessidades de saú de;
 a regulaçã o articulada entre todos os componentes da RUE;
 o bem como a qualificaçã o da assistência por meio da educaçã o permanente
das equipes
• A Rede também é integrada por outros serviços de urgência 24 horas, do
componente hospitalar: portas hospitalares de urgência, leitos clínicos de
retaguarda, leitos de UTI, unidades de cuidados prolongados e
tranversalizada por uma linha do cuidado em trauma.
Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência
RCPD

• Estabeleceu diretrizes para o cuidado à s pessoas com


deficiência, temporá ria ou permanente, progressiva,
regressiva ou estável, intermitente ou contínua. O eixo de
Atençã o à Saú de tem como foco a organizaçã o do cuidado
integral em rede, contemplando as á reas de deficiência
auditiva, física, visual, intelectual, ostomia e transtorno do
espectro do autismo.
• Em toda visita domiciliar ou atendimento da criança, a equipe de
saúde deve estar atenta a alguns sinais de alerta: como atraso
nas aquisições neuropsicomotoras, comportamentos
estereotipados e repetitivos, apatia frente a estímulos do
ambiente, dificuldade em fixar visualmente o rosto da mãe e
objetos do ambiente, ausência de resposta aos estímulos
sonoros, entre outros
Rede de Atenção Psicossocial – Raps

• Tem por finalidade promover cuidado em saúde às pessoas


com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com
necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas,
mediante a criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde no
âmbito SUS
• Um dos objetivos essenciais a promoção do cuidado para grupos mais vulneráveis,
especialmente crianças adolescentes, jovens, pessoas em situação de rua e
populações indígenas, com sofrimento ou transtorno mental e crianças que
sofreram violência
• É fundamental fortalecer os vínculos familiares: a relação da mãe com o bebê, os
cuidados da família com a criança, seu percurso escolar desde os primeiros anos,
enfim, como essa criança é recebida e “endereçada” ao mundo, são fatores
fundamentais para o pleno desenvolvimento saudável da criança e evitae

Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônica

• Realizar a atençã o de forma integral à s crianças com doenças


crô nicas, em todos os pontos de atençã o, com oferta de açõ es
e serviços de promoçã o e proteçã o da saú de, prevençã o de
agravos, diagnó stico, tratamento, reabilitaçã o, reduçã o de
danos e manutençã o da saú de;
• Alguns atributos indispensáveis nos processos de trabalho,:
o acolhimento, a atenção centrada na criança e na família, o cuidado continuado e
a atenção programada, a equipe interdisciplinar, o Projeto Terapêutico Singular e o
fomento do autocuidado.
• AB deve realizar ações de promoção à saúde, de prevenção de agravos articular
com a atenção especializada a oferta do diagnóstico, do tratamento e da
reabilitação para que a atenção seja resolutiva, tais como as respiratórias, as
endócrinas, as cardiovasculares e as oncológicas.
REFERÊNCIAS :

• BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção


integral à saúde da criança Brasília (DF), 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.

• BRASIL, Ministério da Saúde. Carteira de serviços da


atenção primária à saúde (CaSAPS). Brasília, 2019.

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