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POLÍTICAS DE SAÚDE em Atenção

à Criança e ao Adolescente
Professora Regivania Santos
O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS):

 Definido pela Constituição de 1988;


 Regulamentada em 1990;
 Através da Lei que define o modelo operacional do SUS.
O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

 Concebido como conjunto de ações e serviços de saúde, prestado por órgãos e instituições
públicas federais, estaduais e municipais. A iniciativa privada poderá participar do SUS em
caráter complementar.
OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES DO SUS

 Formular as políticas de saúde;


 Fornecer assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde;
 Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica;
Estatuto da criança e do Adolescente

 Art.2º. Considera-se criança, para efeitos desta lei, a


pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
PNAISC

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da


Criança (PNAISC) foi instituída pela 
Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015, após 4
anos de construção coletiva do Ministério da
Saúde com as Coordenações de Saúde da Criança
das Secretarias Estaduais de Saúde e Municipais
das capitais, com o apoio metodológico da
Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos
Saudáveis EBBS/IFF/FIOCRUZ.
Princípios do PNAISC
 I–Direito a vida e a saúde.
 II-Prioridade absoluta da
criança.
 III- Acesso universal a saúde.
 IV- Integralidade do cuidado.
 V- Equidade em saúde.
 VI- Ambiente facilitador a vida.
 VII- Humanização da atenção.
 VIII- Gestão participativa e
controle social.
PNAISC- Objetivos

* Promover e proteger a saúde da criança


e o aleitamento materno, mediante a
atenção e cuidados integrais e
integrados da gestação aos 9 (nove)
anos de vida, com especial atenção à
primeira infância e às populações de
maior vulnerabilidade, visando à
redução da morbimortalidade.
PNAISC- Objetivos

 OBJETIVOS:
 CRIAR CONDIÇÕES P/ O ATENDIMENTO À SAÚDE DA CRIANÇA DE ZERO A CINCO
ANOS COM ÊNFASE À AQUELAS COM RISCO DE ADOECER E MORRER.
Eixos estratégicos da política
 Atenção humanizada e qualificada á
gestão, parto, nascimento e recém-
nascido.
 Aleitamento materno e alimentação
complementar saudável.
 Promoção e acompanhamento do
crescimento e do desenvolvimento
integral.
 Atenção à criança em situação de
violências, prevenção em acidentes e
promoção da cultura de paz.
 Atenção à saúde de crianças com
deficiência ou em situações específicas
e de vulnerabilidade.
 Vigilância e prevenção do aleitamento
materno.
Programa de Assistência Integral à
Saúde da Criança (PAISC)
 DIRETRIZES:
 UTILIZAR O ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO COMO
METODOLOGIA PARA ORGANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À CRIANÇA;
 PROMOVER O ALEITAMENTO MATERNO E ORIENTAR A ALIMENTAÇÃO NO
PRIMEIRO ANO DE VIDA;
 AUMENTAR OS NÍVEIS DE COBERTURA VACINAL DE ACORDO COM AS NORMAS
TÉCNICAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE;
 IDENTIFICAR PRECOCEMENTE OS PROCESSOS PATOLÓGICOS,FAVORECENDO O
DIAGNÓSTICIO E TRATAMENTO OPORTUNOS;
 PROMOVER A EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE, DESTACANDO A IMPORTÂNCIA DA
PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NAS ATIVIDADES DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA.
(PAISC)

 AÇÕES BÁSICAS:
 FUNDAMENTAM-SE NUMA POLÍTICA DE EXPANSÃO E CONSOLIDAÇÃO DA REDE
DE SERVIÇOS BÁSICOS;
 AS ATIVIDADES PRIORITÁRIAS SE CARACTERIZAM POR: ALTA EFICÁCIA NA
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ESPECÍFICOS DE SAÚDE,BAIXO
CUSTOS,COMPLEXIDADE TECNOLÓGICA ADEQUADA PARA EXECUÇÃO DE VÁRIOS
NÍVEIS DOS SERVIÇOS.
ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO (PAISC)
 CRIAÇÃO OU APERFEIÇOAMENTO DE SISTEMAS DE REFERÊNCIA;
 DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DAS SECRETARIAS DE SAÚDE,BUSCANDO
SEU APRIMORAMENTO GERENCIAL E OPERATIVO;
 PREPARO TÉCNICO DO PESSOAL ENVOLVIDO DIRETAMENTE NA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS E COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO.
Atenção Integrada às Doenças
Prevalentes na Infância (AIDPI)
 OBJETIVO:
 Reduzir a mortalidade na infância e contribuir de maneira significativa com o
crescimento e desenvolvimento saudáveis das crianças.
 Foi elaborado pela OMS e pelo UNICEF a fim de alcançar as crianças doentes
que chegam ao nível primário de atenção. Em vez de treinamentos
específicos para cada doença, propõe um atendimento sistematizado
envolvendo as doenças mais comuns até os cinco anos;
 Indica uma abordagem completa que pretende avaliar, classificar e
estabelecer normas para encaminhamentos e/ou tratamentos, incluindo ações
educativas à mãe/responsável;
Atenção Integrada às Doenças
Prevalentes na Infância (AIDPI)
 Entendendo que as doenças não são fenômenos isolados e se constituem um
processo com vários fatores interligados, o AIDPI visa alcançar pelo menos os
fatores de ordem biológica e cultural, promovendo um impacto sobre a morbi
- mortalidade infantil nos países em desenvolvimento;
 O programa é adaptado em cada país às normas nacionais e às características
epidemiológicas da população;
Financiamento do PNAISC

 É de responsabilidade tripartite de acordo


com pactuação nas instâncias colegiadas
de gestão do SUS
Marcos Legais
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990
Marco Legal da Primeira Infância - Lei 13.257 de 8 de março de
2016
Inovações:

- Paternidade: Ampliação da licença paternidade (empresa cidadã);


inclusão de nome do pai gratuita na certidão de nascimento; Faltas
abonadas para pré-natal e puericultura
- Parto: Direito ao parto natural cuidadoso; direito ao acompanhante
de preferência
- Aleitamento e alimentação saudável: Banco de Leite Humano em
todas as UTIs neonatais; proteção contra pressão consumista e
exposição precoce à comunicação mercadológica; orientação
aleitamento em equipamentos de saúde
- Brincar: prioridade para políticas públicas com criação de espaços
lúdicos
Cuidar da Saúde da Criança
é...
 Promover e garantir o seu potencial de crescimento e
desenvolvimento desde a gestação, em um ambiente
seguro, com afeto e sem violência.

 Prevenir e tratar doenças, vacinar e prevenção às


violências. Caderneta
atualizada
 Políticas e programas de saúde de qualidade. sempre!!!

 Identificar as potencialidades e
vulnerabilidades familiares e construir
fortes
vínculos de proteção

socioassistênciais,
Identificar todos os serviços de saúde,
culturais,
educacionais, comunitários,
estabelecendo
protetivos, fluxos, protocolos integrados 1 2 3 4 5
visando
fortalecer uma rede integrada de proteção e cuidado ano anos anos anos anos
as crianças
Rede de Atenção à Saúde e sua articulação- RAS

Necessária boa comunicação e


estabelecimento de linhas de
cuidado

Intersetorialidade

Integração
Centro de
Atenção
Especializada
Acompanhamento da Criança
Muitos avanços nas ações de saúde

• Redução da mortalidade na infância ( até 5 anos)em 77% em 22 anos; 14/1.000


• Redução da mortalidade infantil ( < que 1 ano) em 45% em 10 anos; 14,6/1.000
• Redução da mortalidade neonatal (27 dias) em 31% em 10 anos; 10,2/1.000
PSE- programa saúde na escola

 O PSE é uma política


intersetorial do Ministério da
Saúde e do Ministério da
Educação,artigo n. 6.286
instituído em 05 de Dezembro
de2007 por decreto
presidencial.
 A partir desse ano o Projeto
Saúde e prevenção nas
escolas (SPE) passa a
integrar o PSE.
Para quem é o PSE
 O PSE deve ser estendido aos
educando de todas as escolas de
educação pública básica no país.
 A partir de 2013 podem fazer
parte do PSE:
 Creches (inclusive as
conveniadas).
 Pré- escolas.
 Ensino fundamental.
 Ensino médio.
 Educação de jovens e adultos.
As principais estratégia do PSE
Avaliação Antropométrica;
Avaliação da Saúde Bucal;
Saúde Ocular;
Verificação da situação vacinal;
Promoção da Segurança Alimentar e
Promoção da
Alimentação Saudável;
Promoção da Saúde mental no Território
escolar: criação de
grupos intersetoriais de discussão de ações de
saúde mental
no contexto escolar, em articulação com o
GTI municipal;
 Saúde e Prevenção nas Escolas:
direito sexual e reprodutivo
 e prevenção das DST/aids;
 Saúde e Prevenção nas Escolas:
Prevenção ao uso de
 álcool, tabaco, crack e outras drogas;
 Capacitar os profissionais em
Vigilância Alimentar e
 Nutricional;
 Capacitar os profissionais para
trabalhar com promoção da
 alimentação saudável;
 Capacitar os profissionais para
trabalhar com direitos
 sexual e reprodutivo e prevenção das
DST/aids;
Saúde do Adolescente
 Dentre as ações da Coordenação
Geral da Saúde dos Adolescentes
e do Jovens, encontram-se:
 Implementação das Diretrizes
Nacionais para a Atenção Integral
à Saúde de Adolescentes e Jovens
na promoção, proteção e
recuperação da saúde;
 Implementação da Caderneta da
Saúde do(a) Adolescente;
 Implementação da Política
Nacional de Atenção Integral à
Saúde de Adolescentes em
conflito com a lei, em regime de
internação provisória;
 Implementação do Plano de Ação
Nacional de Atenção Integral à
Saúde de Adolescentes e Jovens.
PROSAD- Programa saúde do
adolescente
PROGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

 PROSAD – Programa de Atenção à Saúde do


Adolescente, fundamentado em áreas prioritárias como
o acompanhamento do crescimento e do
desenvolvimento, a sexualidade, a saúde bucal, a
saúde mental, a saúde reprodutiva, a saúde do escolar
adolescente, a prevenção de acidentes, o trabalho
cultural, o lazer e o esporte.
Programa Saúde do Adolescente
(PROSAD)
 DIRETRIZES:
 INTEGRALIDADE DAS AÇÕES DE
SAÚDE;
 MULTIDISCIPLINARIEDADE NO
TRATO DAS QUESTÕES DE SAÚDE;
 INTEGRAÇÃO INTERSETORIAL E
INTERINSTITUCIONAL DOS ORGÃOS
ENVOLVIDOS.
Programa Saúde do Adolescente
(PROSAD)
 AÇÕES BÁSICAS:
 POLÍTICA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE;
 IDENTIFICAÇÃO DE GRUPOS DE RISCOS;
 DETECÇÃO PRECOCE DE
AGRAVOS;TRATAMENTO ADEQUADO E
REABILITAÇÃO.
Programa Saúde do Adolescente
(PROSAD)
 OBJETIVOS:
 PROMOVER SAÚDE INTEGRAL DO
ADOLESCENTE;NORMATIZARAS AÇÕES
CONSIDERADAS NA ÁREAS PRIORITÁRIAS;
 ESTIMULAR E APOIAR A IMPLANTAÇÃO DOS
PROGRAMAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS;
PROGRAMA SAÚDE DO ADOLESCENTE
(PROSAD)
 OBJETIVOS:
 PROMOVER E APOIAR ESTUDOS E PESQUISAS
MULTICÊNTRICAS RELATIVAS A
ADOLESCÊNCIA;
 CONTRIBUIR COM AS ATIVIDADES INTRA E
ITERINSTITUCIONAL, VISANDO UMA
POLÍTICA NACIONAL PARA A ADOLESCÊNCIA
E JUVENTUDE.
PROGRAMA SAÚDE DO ADOLESCENTE
(PROSAD)
 ATIVIDADES:
 ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE;
 ACOMPANHAMENTO DA SEXUALIDADE;ACOMPANHAMENTO DA SAÚDE
BUCAL,SAÚDE MENTAL,SAÚDE REPRODUTIVA E SAÚDE DO ESCOLAR
ADOLESCENTE;
 PREVENÇÃO DE ACIDENTES;
 ACOMPANHAMENTO NO TRABALHO, CULTURA, ESPORTE E LAZER.
Portarias
 PORTARIA
MS/SAS N°647, DE 11 DE
NOVEMBRO DE 2008-
 Aprova, na forma dos Anexos I, II, III e
IV desta portaria, as normas para a
implantação e implementação da
política de atenção integral à saúde dos
adolescentes em conflito com a lei, em
regime de internação provisória -
PNAISARI, em unidades masculinas e
femininas, os parâmetros para
construção, ampliação ou reforma de
estabelecimento de saúde nas unidades
de internação e internação provisória e
o plano operativo estadual de atenção
integral à saúde dos adolescentes em
conflito com a lei, em regime de
internação e internação provisória.
 PORTARIA INTERMINISTERIAL
MS/SeDH/SPM N° 1426, DE 14 DE
JULHO DE 2004
 Aprova as diretrizes para a
implantação e implementação da
atenção à saúde dos adolescentes
em conflito com a lei, em regime de
internação e internação provisória,
e dá outras providências.
 Todo adolescente que esta em um
CIP tem direito a realizar atividade
socioculturais.

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