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Tratamento Profilático

Antirrábico Humano

Deugles P. Cardoso
Médico Veterinário
Fundação de Vigilância em Saúde – FVS/AM
Departamento de Vigilância Ambiental – DVA
Gerência de Zoonoses – GZ
02
Programa Profilaxia da
Raiva Humana

Ano de implantação – 1973

1. Vacinação antirrábica anual


2. Vigilância epidemiológica laboratorial
3. Educação em saúde continuada
4. Tratamento profilático antirrábico
5. Controle populacional de cães e gatos
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O que é raiva ?
‒ Antropozoonose – inoculação viral (secreções)
‒ Doença comum aos animais mamíferos
‒ Vírus – Família Rhabdoviridae, Gênero Lyssavirus;
letalidade aproximada de 100%
• Neurotrópico – ação no SNC; encefalomielite aguda de
prognóstico fatal, decorrente da replicação viral nos
neurônios

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04
O que é raiva ?
‒ Doença de notificação compulsória imediata (Portaria MS nº
204, de 17/02/2016)

‒ Procedimentos em caso de surto de raiva humana ou animal:


- Investigação epidemiológica
- Divulgação – agressões anteriores e/ou abandono
- Vacinação de bloqueio (surto = repetir em 6 meses) 72
- Captura e envio de amostras
- Educação em Saúde (guarda responsável)
horas
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Ciclo de Transmissão do vírus da raiva
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Animais de baixo risco

Rattus norvegicus Rattus rattus Mus musculus

Oryetolagus cuniculus Cavea porcellus Mesocricetus auratus

Ofício Circular nº 09144 / MS, de 20 de agosto de 1985


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Formas de transmissão
✓ Mordedura
✓ Arranhadura
✓ Lambedura de mucosas e/ou pele lesionada
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Formas de transmissão
——— Cabeça
Face
Pescoço
Áreas em vermelho:
Acidentes graves

——— Mãos
Áreas em vermelho:
Acidentes graves

Fonte:
Guia Prático de Atendimento
Antirrábico no Rio Grande do Sul – 2017
——— Pés
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Período de incubação

- Extremamente variável
- Homem – 6 dias a 1 ano ou mais (média de 45 dias)
- Cão – de dias a 1 ano ou mais (média de 60 dias)
- Associado à gravidade da lesão, localização,
proximidade de troncos nervosos, quantidade de
vírus inoculado e espécie de animal agressor
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Período de transmissibilidade
- Cães e gatos:
• Vírus em secreções entre 2º e 5º dia antes do surgimento dos
sinais clínicos; persiste por toda evolução da doença
• Morte do animal – entre 3º e 5º dia após surgimento dos sintomas

- Morcegos podem albergar o vírus por longo período,


sem sintomatologia aparente
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O que fazer em caso de
exposição ao vírus?
‒ Atendimento médico imediato
‒ Manter animal vivo (cão e gato)
‒ Saber domicílio do animal (cão e gato)
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Ação do vírus rábico no
organismo humano
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Manifestações clínicas
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Imunobiológicos utilizados no Brasil

— Vacina humana de cultivo celular


• Sem contraindicação (gravidez, em lactação,
doença intercorrente ou outros tratamentos) –
letalidade de 100%
• Via intramuscular; aplicação profunda na região
do músculo deltóide ou vasto lateral da coxa
(crianças até 2 anos)
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Imunobiológicos utilizados no Brasil
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Imunobiológicos utilizados no Brasil
— Soro heterólogo
- Concentrado purificado de anticorpos
- Lesões extensas ou múltiplas – diluição !!!
- Infiltração inviável – região glútea (menor quantidade possível)
- Pacientes imunodeprimidos
- Pré-medicação – prevenir/atenuar possíveis reações adversas
imediatas em pacientes de risco
- Ofício Circular nº 05/2015 – DEVIT/SVS/MS – dose máxima de SAR
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Imunobiológicos utilizados no Brasil
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Produção de soro heterólogo

Fonte:
Instituto Vital Brazil
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Produção de soro heterólogo

Fonte:
Instituto Vital Brazil
e FUNED
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Produção de soro heterólogo

Fonte:
Instituto Vital Brazil
e FUNED
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Esquemas profiláticos antirrábico humano

1. Esquema de pré-exposição
2. Esquema de pós-exposição
3. Esquema de reexposição
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1. Esquema de pré-exposição para
profilaxia da raiva humana
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2. Esquema de pós-exposição para profilaxia
da raiva humana
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Amparo legal para alteração de conduta em
caso de agressão por cães e gatos observáveis
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Amparo legal para alteração de conduta em
caso de agressão por cães e gatos observáveis
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Condições do animal agressor
Tipo de exposição
Morcegos e outros animais silvestres
(inclusive os domiciliados)
Acidentes Leves
Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente
únicos, em tronco e membros (exceto mãos e polpas • Lavar com água e sabão;
digitais e planta dos pés); podem acontecer em
decorrência de mordeduras ou arranhaduras • Iniciar imediatamente o
causadas por unha ou dente. Lambedura de pele
com lesões superficiais. esquema profilático com
soro e 4 (quatro) doses de
Acidentes Graves
Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mãos, polpas
vacina administradas nos
digitais e/ou planta do pé Ferimentos profundos, dias 0, 3, 7 e 14, pela via IM,
múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo.
ou nos dias 0, 3, 7 e 28, pela
Lambedura de mucosas.
Lambedura de pele onde já existe lesao grave.
via ID.
Ferimento profundo causado por unha de animal.
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Evolução imunológica pela VARH
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3. Esquema de reexposição para
profilaxia da raiva humana
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Conduta em caso de abandono
do esquema profilático
• Garantir profilaxia – finais de semana e feriados
• Resgate imediato do paciente – responsabilidade do serviço
• Esquema de 04 doses – administração em 14 dias

Intervalos
normais 3 4 7

0 3 7 14

dose

dose

dose

dose

Intervalos
mínimos 2 2 7
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Interação entre espécies X disseminação viral
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Gerência de Zoonoses – GZ / DVA / FVS


Avenida Torquato Tapajós, n° 6.132
CEP 69.093-018 – Colônia Santo Antonio
Fone: (92) 3182-8544
E-mail:
fvs.gerenciadezoonoses@gmail.com

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