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MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS

Profa. Msc. Dária Neves


• https://drive.google.com/drive/folders/1grnj6C98s
z29u1oFQI9RRYFsnhFcLuAs?usp=sharing

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3
Métodos Comportamentais
• Abstinência periódica
- Dias padrão
- Tabelinha ou Ogino-Knaus
- Muco cervical ou Billings
- Curva Térmica da Temperatura Basal
- Sintotérmico (associação de métodos)
- Persona*

• Abstinência periódica

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http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm
Métodos de Barreira
• Condom
- Feminino ou vaginal
- Masculino ou peniano

• Espermicidas
• Diafragma
• Capuz cervical

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http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm
Métodos de Barreira
• Condom
- Feminino ou vaginal
- Masculino ou peniano

• Espermicidas
• Diafragma
• Capuz cervical

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http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm
Método da amenorréia da lactação

•Bloqueio da ovulação resultantes das hormonais


alterações
produzidas pela lactação

•Até seis meses

• Deve estar em amenorréia

•Aleitamento materno exclusivo, dia e noite

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http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm
Dispositivos intrauterinos não hormonais (Tcu/Ag)

•Alterações histológicas e bioquímicas no endométrio

•Altera a fisiologia normal da espermomigração

•Fertilização do óvulo e implantação doblastocisto

•Os íons de cobre ou prata: diminuem a vitalidade, a motilidade espermática e a


sobrevida do óvulo no trato genital

• A ovulação não é bloqueada

http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm 8
Métodos Definitivos
• Feminino
- Ligadura Tubárea – Técnica Pomeroy
- Laparoscopia – Anéis de Yoon
- Histeroscopia – Essure*
- Quinacrina *

• Masculinos
- Vasectomia

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Métodos Hormonais

• Contraceptivos com progestagênios


• Contraceptivos combinados (estrogênios +progestagênios)
- Orais
- Orais: Monofásicos, Bifásicos, Trifásicos
- Injetáveis: trimestrais
- Injetáveis mensais
- Implantes
- Vaginal: anel, pílula
- Sistema intrauterino
- Adesivo cutâneo
• Emergência

http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm 1
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Anticoncepção Hormonal
Mecanismo de ação

• Bloqueio da ovulação
• Os progestagênios atuam inibindo o bloqueio de LH
• Os estrogênios atuam diminuindo a secreção de FSH –bloqueando
a foliculogênese
• Atrofia ou decidualização do endométrio
• Espessamento do muco cervical
• Alteração da motilidade das tubas

http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm 11
Evolução dos estrogênios contidos nos
anticoncepcionais combinados
Anos 60
A primeira pílula continha 50μg de MESTRANOL O ETINILESTRADIOL na dose de 75μg substitui o Mestranol

Anos 70
Introduz-se as pílulas bifásicas e trifásicas e as de menor dosagem contendo 50μg de ETINILESTRADIOL

Anos 80
Pílulas de baixa dosagem contendo 30μg de ETINILESTRADIOL

Anos 90
Pílulas com 20 e 15μg de ETINILESTRADIOL

2009
O Etinilestradiol é substituído pelo estrogênio natural: ESTRADIOLT
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Evolução dos progestagênios contidos nos
anticoncepcionais combinados
Anos 60
As primeiras pílulas continham
Progestagênios de 1a. GERAÇÃO
NORETINODREL ou NORGESTREL

Anos 70
Pílulas com progestagênios de 2a. GERAÇÃO: LEVONORGESTREL

Anos 80
Pílulas com progestagênios de 3a. GERAÇÃO DESOGESTREL 150μg e GESTODENO com 75μg

Anos 90
A dosagem de progestagênio é reduzida GESTODENO com 60μg

2009
Dois novos progestagênios: DROSPIRENONA e DIOGESTE

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Arie et al. História da anticoncepção. São Paulo, 2009.
Química e farmacocinética dos progestagênios

• Derivado da testosterona: 19-nortestosterona


- Estranos
- Gonanos

• Derivados Progesterona: 17-OH-progesterona e 19-norprogesterona


- Pregnanos

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PROGESTÁGENOS
ESTRANOS GONANOS
PREGNANOS

1a. GERAÇÃO ESPIROLACTONA Não possui classificação


2a. GERAÇÃO 3a. GERAÇÃO
de geração

Acetato de
H
Híbrido (Grupo 4a. GERAÇÃO
17 α ethinil Medroxiprogesterona
NORETHINDRONA
I
substituído por
cianometil) dl-Norgestrel Desogestrel
Acetato de
DROSPERINONA
clomardinona
DIENOGESTE

ACETATO DE Acetato de
NORETHINDRONA ciproterona
Levonorgestrel Gestodene

Norpregnanos:
Norgegestrol e Nestorona
DIACETATO DE ETNODIOL
Norgestimato

LINESTRENOL

NORETHINODREL

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Vigo et al. FEMINA | Março 2011 | vol 39 | nº 3
Tabela comparativa das ações das
diferentes progestinas

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Vigo et al. FEMINA | Março 2011 | vol 39 | nº 3
Anticoncepcionais hormonais

Novas perspectivas

• Manter eficácia anticoncepcional.


• Melhorar tolerabilidade e controle de ciclo.
• Diminuir efeitos sobre o metabolismo.
• Abolir o intervalo livre de hormônio.

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Cheryl A. Frye, PhD An overview of oral contraceptives. Mechanism of action and clinical use. NEUROLOGY 2006;66(Suppl 3):S29 –S36
Via oral
• 10% das mulheres adultas esquecem três ou
mais pílulas no 1o. mês de uso e 15% durante o
3o. mês .
• 25 e 50% esquecem no período de 1 ano.

Razões:
✓ Riscos potenciais➔tromboembolismo, intolerância a
glicose, dislipidemias e metabolismo hepático.
✓ Eventos adversos ➔ Sintomas gastro-intestinais.
✓ Ingestão diária de pílula.
✓ Dificuldade de controle do ciclo.
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Formulações
• Pílulas monofásicas, bifásicas,
trifásicas.
• Etinil-estradiol
• Linestrenol
• Norgestrel
• Levonorgestrel
• Desogestrel
• Gestodeno
• Acetato de ciproterona
• Noretisterona
• Drosperinona
• Clomardinona
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Efeitos colaterais
Menores: incidência inferior a 10%.
• Náuseas
• Cefaléia leve
• Sensibilidade mamária
• Leve ganho de peso
• Acne
• Alterações do humor como depressão ou nervosismo
• Menor interesse sexual

Se persistirem por mais de 3 meses:


• Ofereça outro ACOC ou pílula de progestogênio.

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Manejo das intercorrências ou complicações

Alterações do ciclo menstrual:


• Manchas
• Sangramento nos intervalos entre as menstruações
• Amenorréia
Perguntar se:
• Não sangra nada ➔ neste caso, tranquilizá-la.
• Está realmente tomando a pílula diariamente.
• Esqueceu de tomar 2 ou + pílulas consecutivamente ➔ interromper a pílula e usar
condom até a próxima menstruação ou até possibilidade de gravidez afastada.
• Apresentou vômitos ou diarréia, se está tomando rifampicina ou
anticonvulsivantes (exceto ácido valpróico).

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Riscos pós parto

✓ Não recomendado para lactantes pois


afetam a qualidade e quantidade do leite.

✓ Preocupação teórica com o risco de


exposição aos hormônios esteróides pelo
lactente durante as primeiras 6 semanas
pós-parto

✓ Risco de trombose. A coagulação sanguínea


e a fibrinólise normalizam-se em torno de 3
semanas pós-parto.

http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm
Riscos hepáticos

✓ Metabolizado no fígado pode oferecer risco às mulheres com função hepática


comprometida.
✓ Pode aumentar o risco para tumores de fígado, sendo extremamente raros os tumores
malignos.
✓ Pode estar associado com doença biliar podendo agravar doença pré-existente.
✓ História de colestase associada ao método pode aumentar o risco para episódios
subseqüentes.
✓ Rifampicina, griseofulvina e anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, barbituratos,
primidona) são indutores de enzimas hepáticas e reduzem a eficácia da pílula.

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Riscos cardiovasculares

• Muito raramente, podem causar acidentes vasculares, tromboses venosas


profundas ou infarto.

• Quando existem múltiplos fatores de risco (idade avançada, fumo, diabetes e


hipertensão arterial) o risco cardiovascular pode ser inaceitável.

• Para todas as categorias de hipertensão.

• Entre mulheres com doença cardíaca valvular ➔ aumenta risco para trombose arterial.
• Pesquisar trombofilia

http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm
Riscos neurológicos

• Portadoras de enxaqueca com sintomas neurológicos focais (visão turva, perda


temporária de visão, escotomas cintilantes, linhas em zigue-zague, dificuldade
para falar e se locomover) apresentam maior risco para AVC do que as
assintomáticas.

• O uso do anticoncepcional oral combinado aumenta em até 2-4 vezes o risco


para AVC entre mulheres com enxaqueca.

http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm
Riscos neoplásicos

• Parece NÃO aumentar o risco para câncer de colo uterino e


mama; porém, novos estudos são necessários.

• Aumento do risco de progressão da doença em mulheres


com câncer de mama atual ou no passado.

• Dúvidas sobre a possível aceleração da evolução de outros


cânceres pré-existentes.

http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm
Critérios Médicos De Elegibilidade Da OMS
Para Uso De Métodos Anticoncepcionais

OMS 1: o método pode ser usado sem restrições.

OMS 2: o método pode ser usado. As vantagens geralmente superam riscos


possíveis ou comprovados. As condições da categoria 2 devem ser consideradas
na escolha de um método. Se a mulher escolhe este método, um
acompanhamento mais rigoroso pode ser necessário.

OMS 3: o método não deve ser usado, a menos que o profissional de saúde
julgue que a mulher pode usar o método com segurança. Os riscos possíveis e
comprovados superam os benefícios do método. Deve ser o método de
última escolha e, caso seja escolhido, um acompanhamento rigoroso se faz
necessário.

OMS 4: o método não deve ser usado. O método apresenta um risco inaceitável.

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Categoria 1: O método
pode ser usado sem restrições.

• Idade desde a menarca até 39 anos (a) • Epilepsia


• Nuliparidade ou multiparidade • Sangramento vaginal irregular não
volumoso, ou volumoso e prolongado
• 21 dias pós parto ou mais (b)
• Endometriose (d)
• Pós-aborto (primeiro ou segundo trimestre
ou aborto infectado)
Cefaléia leve
ou moderada, exceto enxaqueca (para início de uso)
• Tumores ovarianos benignos (incluindo
cistos)
• Antecedente de gravidez ectópica (c)
• Dismenorréia grave
• Antecedente de cirurgia pélvica
• Doença trofoblástica gestacional benigna ou
• História de diabetes gestacional
maligna
• Cirurgia de pequeno porte sem imobilização
• Doença mamária benigna
• Varizes
• História familiar de câncer de mama
• Ectopia cervical

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Categoria 1: O método
pode ser usado sem restrições.
• Câncer de ovário ou de endométrio (e)
• Mioma uterino (f)
• Doença inflamatória pélvica no passado, com ou sem gravidez subseqüente, ou atual (g)
• Doença sexualmente transmissível (DST) atual ou nos últimos três meses, vaginite semcervicite purulenta, ou
risco aumentado para DST (g)
• HIV positivo ou AIDS, ou risco para HIV
• Portador assintomático de hepatite viral
• Esquistossomose não complicada ou com fibrose hepática leve
• Tuberculose pélvica ou não pélvica
• Malária
• Tireoidopatias (bócio simples, hipertireoidismo, hipotireoidismo)
• Talassemia
• Anemia ferropriva (h)
• Antibióticos (exceto rifampicina ou griseofulvina)

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Categoria 2: O método pode ser usado. As vantagens geralmente superam riscos
possíveis ou comprovados. As condições da categoria 2 devem ser consideradas
na escolha de um método. Se a mulher escolhe esse método, um
acompanhamento mais rigoroso pode ser necessário.

• Amamentação 6 meses ou mais pós-parto • Hiperlipidemias - categoria 2/3 (f)

• Idade maior ou igual a 40 anos (a) • Doença cardíaca valvular não complicada (g)

• Fumante com menos de 35 anos de idade • Cefaléia leve ou grave, exceto enxaqueca (para continuação do uso)

• Obesidade (IMC maior ou igual a 30k/m²) (b) • Sangramento vaginal inexplicado (antes da investigação) (h)

• História de hipertensão gestacional (se a PA atual é normal) (c) • Nódulo mamário sem diagnóstico (i)

• História familiar de doença tromboembólica (parentesco de • Neoplasia cervical intraepitelial (j)

primeiro grau) (d) • Câncer de colo uterino( aguardando tratamento)

• Diabetes sem doença vascular (insulino- dependente ou não) (e) • Doença da vesícula biliar tratada com cirurgia ou assintomática

• Cirurgia de grande porte sem imobilização prolongada • Antecedente de colestase associada à gravidez (k)

• Tromboflebite superficial • Anemia falciforme (l)

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Categoria 3: O método não deve ser usado, a menos que o profissional de saúde julgue
que a mulher pode usar o método com segurança. Os riscos possíveis e comprovados
superam os benefícios do método. Deve ser o método de última escolha e, caso seja
escolhido, um acompanhamento rigoroso se faz necessário.

• Lactantes entre 6 semanas e menos de 6 mesespós-parto


• < 21 dias pós-parto (não lactantes)
• Idade maior ou igual a 35 anos e fumante (menos de 15cigarros/dia)
• Múltiplos fatores de risco para doença arterial cardiovascular (como idade avançada, fumo, diabetes e hipertensão arterial)-categoria 3/4
• História de hipertensão arterial, se não é possível avaliar a pressão arterial (incluindo hipertensão gestacional)
• Hipertensão arterial adequadamente controlada, se é possível avaliar a pressão arterial
• Hipertensão arterial: PA sistólica 140-159 ou PA diastólica 90-99
• Enxaqueca sem sintomas neurológicos focais e idade menor que 35 anos (para continuação do uso)
• Enxaqueca sem sintomas neurológicos focais e idade maior ou igual a 35 anos (para início de uso)
• Câncer de mama no passado ou sem evidência de doença nos últimos cinco anos
• Diabetes com mais de 20 anos de duração ou doença vascular(nefropatia, neuropatia, retinopatia)- categoria 3/4
• Doença da vesícula biliar atual ou tratada com medicamentos
• História de colestase relacionada ao uso de anticoncepcional oralcombinado
• Cirrose compensada
• Uso de rifampicina, griseofulvina e anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina,barbituratos, primidona)

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/ 32
Categoria 4: O método não deve ser usado.
O método apresenta um risco inaceitável
• Lactantes com menos de 6 semanas após o parto
• Idade maior ou igual a 35 anos e fumante (15 ou maiscigarros/dia)
• Hipertensão arterial
• 160 - 179+/100 - 109+
• com doença vascular
• Doença tromboembólica em atividade no momento ou nopassado
• Cirurgia de grande porte com imobilização prolongada
• Cardiopatia isquêmica
• Antecedente de acidente vascular cerebral (AVC) (c)
• Doença cardíaca valvular complicada (hipertensão pulmonar, fibrilação atrial, história de endocardite
bacteriana) (d)
• Enxaqueca com sintomas neurológicos focais (e)
• Enxaqueca sem sintomas neurológicos focais e idade maior ou igual a 35 anos (para continuação de uso)
• Câncer de mama atual (f)
• Cirrose hepática descompensada (g)
• Hepatite viral em atividade (g)
• Tumores de fígado malignos ou benignos (g)
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De progestogênio
Formulações:

Composição Marca comercial Apresentação

Noretisterona Micronor®, Norestin


35 ativas
0,35mg ®
Levonorgestrel Nortrel ®, Minipil ® 35 ativas
0,030mg

Exluton ® 28 ativas
Linestrenol 0,5mg
Cerazette ®, Kelly ®,
Desogestrel Nactalli ®, 28 ativas
0,075mg Pérola ®
Efeitos colaterais

✓ Prolongar a amenorréia, causar sangramento irregular,


fluxo menstrual abundante, prolongado ou manchas
(spotting)
• Ao final de um ano, aproximadamente 50% das mulheres
apresentaram amenorréia ou sangramento infrequente e
• Apenas 4% continuaram com sangramento frequente.
✓ Cefaléia (6,8%),
✓ Acne (4,1%),
✓ Sensibilidade mamária (3,7%),
✓ Náusea (3,3%),
✓ Vaginite (3,2%),
✓ Dismenorréia (1,4%).
Riscos
• Praticamente não apresenta riscos
importantes à saúde.
• O risco mais importante é a falha
anticoncepcional.
• Para minimizar o risco de gravidez,
deve ser tomada sempre à mesma
hora, todos os dias.
• Algumas horas de atraso já são
suficientes para aumentar o risco de
gravidez em mulheres que não estão
amamentando.
Critérios médicos de elegibilidade da OMS para
Uso de Anticoncepcionais Progéstagenos

OMS 1: o método pode ser usado sem restrições.

OMS 2: o método pode ser usado. As vantagens geralmente superam riscos


possíveis ou comprovados. As condições da categoria 2 devem ser consideradas na
escolha de um método. Se a mulher escolhe este método, um acompanhamento
mais rigoroso pode ser necessário.

OMS 3: o método não deve ser usado, a menos que o profissional de saúde
julgue que a mulher pode usar o método com segurança. Os riscos possíveis e
comprovados superam os benefícios do método. Deve ser o método de última
escolha e, caso seja escolhido, um acompanhamento rigoroso se faz necessário.

OMS 4: o método não deve ser usado. O método apresenta um risco inaceitável.

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Categoria 1: O método pode ser
usado sem restrições.
• Lactantes: > 6 semanas até 6 meses ou mais pós-parto • História de diabetes gestacional
• Não lactantes: < 21 dias ou 21 dias ou mais (a) • História familiar de doença tromboembólica (parentesco
de primeiro grau)
• Pós-aborto (primeiro ou segundo trimestre ou aborto
séptico) (b) • Cirurgia de grande porte sem imobilização prolongada
• Idade: desde a menarca até 45 anos ou mais • Cirurgia de pequeno porte sem imobilização
• Fumante (qualquer idade) • Varizes
• Hipertensão arterial: • Tromboflebite superficial
• PA controlada adequadamente onde não é possível • Doença cardíaca valvular complicada ou não
avaliar PA.
• Cefaléia leve ou grave
• PA sistólica 140-159 ou PA diastólica 90-99.
• Enxaqueca sem sintomas neurológicos focais e qualquer idade
• História de pré-eclâmpsia (para início de uso)

• Doença mamária benigna


• História familiar de câncer de mama

• Ectopia cervical
https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Categoria 1: O método pode
ser usado sem restrições.

• Neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) • Mioma uterino


• Câncer de colo uterino (aguardando tratamento) • Obesidade: IMC > 30k/m2
• Câncer de ovário ou de endométrio • Tireoidopatias (bócio simples, hipertireoidismo,
• Doença inflamatória pélvica no passado, com ou sem gravidez hipotireoidismo)
subseqüente, ou atual • Talassemia
• Doença sexualmente transmissível (DST) atual ou nos últimos três • Doença trofoblástica gestacional benigna ou maligna
meses, vaginite sem cervicite purulenta, ou risco aumentado para
DST • Anemia falciforme
• HIV positivo ou AIDS, ou risco para HIV • Anemia ferropriva
• História de colestase relacionada à gravidez • Epilepsia (d)
• Portador assintomático de hepatite viral (c)

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Categoria 1: O método pode
ser usado sem restrições.

• Esquistossomose não complicada ou com fibrose hepática leve


• Malária
• Antibióticos (exceto rifampicina ou griseofulvina)
• Nuliparidade ou multiparidade
• Dismenorréia grave
• Tuberculose pélvica ou não pélvica
• Endometriose
• Tumores ovarianos benignos (inclusive cistos)
• Cirurgia pélvica no passado

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Categoria 2: O método pode ser usado. As vantagens geralmente superam riscos possíveis ou
comprovados. As condições da categoria 2 devem ser consideradas na escolha de um método.
Se a mulher escolhe esse método, um acompanhamento mais rigoroso pode sernecessário.

• Hipertensão: PA sistólica >160 ou PA diastólica > 100 ou • Hiperlipidemias


doença vascular
• Enxaqueca, sem sintomas neurológicos focais e qualquer
• Múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular idade (para continuação de uso)
(como idade avançada, fumo, hipertensão e diabetes)
• Enxaqueca, com sintomas neurológicos focais (para início
• História de doença tromboembólica de uso)
• Cirurgia de grande porte com imobilização prolongada • Sangramento vaginal irregular não volumoso, ou volumoso
• Diabetes insulino-dependente ou não e prolongado

• Diabetes com mais de 20 anos de duração ou com • Sangramento vaginal inexplicado (antes da investigação) (a)
doença vascular (retinopatia, nefropatia, neuropatia) • Nódulo mamário sem diagnóstico (b)
• Doença cardíaca isquêmica atual ou no passado (para • Antecedente de colestase relacionada ao uso de
iniciar o uso) anticoncepcional oral combinado (c)
• História de AVC (para iniciar o uso) • Doença biliar sintomática ou assintomática
• Cirrose hepática leve (compensada)

• Antecedente de gravidez ectópica (d) 42


https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Categoria 3: O método não deve ser usado, a menos que o profissional de saúde julgue que a
mulher pode usar o método com segurança. Os riscos possíveis e comprovados superam os
benefícios do método. Deve ser o método de última escolha e, caso seja escolhido, um
acompanhamento rigoroso se faz necessário.

• Lactantes com menos de 6 semanas pós-parto (a)


• Doença tromboembólica atual (b)
• Doença cardíaca isquêmica atual ou no passado (para continuação de uso) (c)
• AVC (para continuação de uso) (c)
• Enxaqueca com sintomas neurológicos focais (para continuação do uso)
• Câncer de mama no passado e sem evidência de doença nos últimos 5 anos
• Hepatite viral aguda (d)
• Cirrose hepática grave (descompensada) (d)
• Tumores hepáticos benignos ou malignos (d)
• Uso de rifampicina, griseofulvina e anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, barbituratos, primidona (e)

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Categoria 4: O método não deve ser usado.
O método apresenta um risco inaceitável.

• Câncer de mama atual

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Anticoncepcionais orais de emergência

• Como são usadas por tempo muito curto, elas não


apresentam os problemas potenciais.
Formulações

COMPOSIÇÃO MARCAS COMERCIAIS

Minipil – 2 Post, Poslov, Pilem


Levonorgestrel 0,75mg Postinor 2, Postinor uno
Pozato, Pozato uni

Manual de Anticoncepção Febrasgo


Efeitos secundários
Os efeitos colaterais mais comuns são: náuseas, vômitos, tontura, fadiga,
cefaléia, mastalgia, diarréia, dor abdominal e irregularidade menstrual.
Efeitos Secundários / Yuzpe Levonorgestrel p
Porcentagem (n=979) (n=977)

Náuseas 50,5 23,1 <


0,01

V ô m it o s 18,8 5,6 <


0,01

Tontura 16,7 11,2 <


0,01

F a d ig a 28,5 16,9 <


0,01

Cefaléia 20,2 16,8 0,06

Sensibilid ade m a m á r i a 12,1 10,8 0,40

D o r a b d o m in a l 20,9 17,6 0,07

Outros 16,7 13,5 0,06

Manual de Anticoncepção Febrasgo


Manejo das Intercorrências ou Complicações

✓ Náusea: alimentar-se logo após ingerir as pílulas. Antieméticos meia hora antes do uso e
depois a cada 4 - 6 horas.
✓ Vômitos: se vomitar dentro de duas horas após tomar as
pílulas ➔ tomar nova dose.
✓ A próxima menstruação pode começar um pouco antes ou depois da data esperada ➔
sem significado.
✓ Menstruação escassa, menstruação ausente dentro de quatro semanas ou menstruação
dolorosa ➔ retornar para avaliação clínica.

Manual de Anticoncepção Febrasgo


Critérios médicos de elegibilidade da OMS
para Uso de Anticoncepção de Emergência

Categoria 1: O método pode ser usado sem restrições.

• História de gravidez ectópica


• Abuso sexual
• Amamentação
• Uso repetido de anticoncepção de emergência

O uso frequente de anticoncepção de emergência pode representar risco para mulheres que apresentam
as condições classificadas como 2, 3 ou 4 para os métodos hormonais.

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Critérios médicos de elegibilidade da OMS para Uso
de Anticoncepção de Emergência

• Categoria 2: O método pode ser usado. As vantagens geralmente superam riscos possíveis ou
comprovados. As condições da categoria 2 devem ser consideradas na escolha de um método. Se a
mulher escolhe esse método, um acompanhamento mais rigoroso pode ser necessário.

• História de complicações cardiovasculares graves (doença cardíaca isquêmica, AVC ou


outras condições tromboembólicas) (a)
• Angina pectoris (a)
• Enxaqueca (a)
• Doença hepática grave (inclusive icterícia) (a)

As evidências atuais sugerem que a quantidade de hormônio usada na


anticoncepção de emergência é muito pequena para ter impacto clínico significativo

https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/
Quando interromper a
anticoncepção ou trocar o método

✓ Baseado no princípio de livre escolha do método anticoncepcional, a mulher


pode optar por outro método anticoncepcional se e quando assim o desejar
ou se apresentar problemas com os quais o uso da pílula não é adequado.

✓ É livre (e informada) a decisão da mulher optar por não usar qualquer


método anticoncepcional, se assim o desejar por qualquer motivo.

✓ Utilizar os critérios de elegibilidade para realizar a troca do método

Manual de Anticoncepção Febrasgo 50


RODA COM OS CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE
PARAO USO DE MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
Referências Bibliografias:

• http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/manual.htm

• Critérios de Elegibilidade Médica sobre Uso de Contraceptivos.


www.who.int/entity/reproductivehealth

• Manual de Planejamento Familiar. Ministério da Saúde

• Manual de Anticoncepção Febrasgo

• https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/mec-wheel-5th/pt/

• Anticoncepção, endocrinologia e infertilidade:soluções para as questões de ciclicidade


feminina. Carmagos et al, 2011. ISBN 978-85-7825-033-1
• https://drive.google.com/drive/folders/1grnj6C98s z29u1oFQI9RRYFsnhFcLuAs?usp=sharing

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