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Olá, amigo (a) concurseiro (a)!
Seja bem-vindo (a) mais uma aula do nosso curso. Não deixe sua APROVAÇÃO escapar por
detalhes.
Sem perder tempo, vamos ao que interessa:
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PARTO
Amigo (a), reavaliar a gestante 1 a 2 horas após o primeiro exame pode ser necessário para confirmar o
diagnóstico.
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A PERDA do TAMPÃO MUCOSO1 ou “sinal” e a FORMAÇÃO da BOLSA das águas2 são indicadores
menos precisos do trabalho de parto, na medida em que existem grande variações individuais entre o
aparecimento desses sinais e o início real do trabalho de parto.
Qualquer que seja a conduta adotada, o toque vaginal deve ser evitado até que a gestante esteja em
franco trabalho de parto, para minimizar os riscos de infecção ovular e puerperal.
Não existe um "momento ideal" para internar a gestante em trabalho de parto. Embora o desejável seja
a internação já na fase ativa.
É importante enfatizar que, quando existe excesso de contratilidade uterina (taquissistolia, hipertonia),
quer espontânea, quer iatrogênica, o sofrimento fetal agudo pode se instalar em poucos minutoss, o que exige
uma vigilância contínua da FCF até que o quadro seja revertido.
O controle rigoroso da frequência cardíaca fetal (FCF) durante o trabalho de parto assegura, na quase
totalidade dos casos, a adoção de medidas apropriadas para garantir o nascimento de uma criança em boas
condições.
A curva de dilatação cervical se processa de forma ascendente, de início com menor velocidade de
dilatação. No final, essa velocidade aumenta, ou seja, o parto se desenvolve mais rapidamente a partir dos 4
cm de dilatação.
1 O TAMPÃO MUCOSO é uma concentração de muco que sela o colo do útero e protege contra infecções e bactérias, fazendo uma
barreira protetora para o desenvolvimento do bebê.
2 O ÂMNIO é uma bolsa em forma de saco que está repleta de líquido amniótico e tem uma função protetora, permitindo que
o embrião se desenvolva num ambiente úmido, tal como acontece com os anfíbios e com os peixes que se desenvolvem na água, e por
outro lado protegendo o embrião, amortecendo os choques térmicos e mecânicos. A formação da bolsa das águas é o rompimento da
bolsa amniótica com o extravasamento do líquido amniótico.
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Medida da altura uterina.
Palpação obstétrica (para determinar a situação, posição, apresentação e insinuação).
Em regra, a parturiente poderá locomover-se durante o período de dilatação, até a rotura das
membranas. No caso de a paciente aguardar em repouso no leito, deve ficar em decúbito lateral, para a
melhoria das contrações uterinas e da oxigenação fetal e evitar a síndrome da hipotensão supina (compressão
do útero na veia cava inferior devido à posição decúbito dorsal, ocasionando tonturas e até perda da
consciência).
O mecanismo de parto constitui um conjunto de movimentos de adaptação do feto às diferentes formas
de trajeto.
Vamos estudar o mecanismo de parto para apresentação cefálica fletida. Reconhece-se a existência de
seis tempos:
Insinuação;
Descida ou progressão;
Rotação interna da cabeça;
Desprendimento cefálico;
Rotação externa da cabeça;
Desprendimento dos ombros e tronco.
Alguns autores, a exemplo de Resende (2012), simplificam os tempos do trabalho de parto em três:
Insinuação;
Descida ou progressão;
Desprendimento (rotação interna da cabeça, desprendimento cefálico, rotação externa da cabeça,
desprendimento dos ombros e tronco).
Tais tempos não são independentes, mas são contínuos uns aos outros, realizando movimento
harmônico espiral. A sequência dos tempos mecânicos está apresentada abaixo.
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Figura - Período expulsivo do parto (Brasil, 2001).
INSINUAÇÃO é passagem da maior circunferência da apresentação fetal por meio do estrito superior da
bacia. Clinicamente, a insinuação (quebra do ventre) pode ser percebida com mais evidência nas primigestas,
por ocorrer quinze dias antes de entrar em trabalho de parto, enquanto, nas multíparas, a insinuação ocorre
durante o trabalho de parto.
DESCIDA da apresentação é a passagem da cabeça fetal do estreito superior da bacia para o estreito
inferior. Clinicamente, para avaliar o grau de descida fetal, usa-se o plano De Lee, conforme descrição abaixo.
Plano zero (ponto de partida) refere-se à descida da cabeça fetal no nível das espinhas ciáticas.
Acima do plano zero, a descida da cabeça representada por -1, -2, -3... no plano De Lee, o que se
pode considerar uma apresentação alta, quando a cabeça encontra-se no plano De Lee -3.
Abaixo do plano zero a cabeça está +1, +2, +3..., e a partir de mais +3 inicia-se a esteriorização da
cabeça pela vulva.
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Figura - Plano De Lee (Barros et al., 2006).
1º PERÍODO - DILATAÇÃO
A DILATAÇÃO inicia-se com as contrações uterinas dolorosas, que começam a modificar ativamente a
cérvice (colo do útero), e termina quando sua ampliação está completa (10 cm).
As contrações uterinas iniciam com frequência de 2 a 3 em cada 10 minutos e com duração aproximada
de 40 segundos.
As contrações aceleram até que ocorram com frequência de 5 a cada 10 minutos e duração clínica de 70
segundos, quando se aproxima a expulsão do feto. Na expulsão, somam-se as contrações uterinas aos esforços
expulsivos voluntários da mãe. Cada contração dilata a colo uterino até que ele atinge 10 centímetros de
diâmetro.
O rompimento da bolsa das águas (bolsa amniótica), com evasão parcial do conteúdo líquido do ovo,
ocorre em 80% dos casos, no final da dilatação ou no início da expulsão.
A duração do trabalho de parto varia imensamente, mas em média dura cerca de 12 horas para
mulheres parindo pela primeira vez (primíparas), ou em torno de 8 horas em mulheres que já pariram
anteriormente (multíparas).
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2º PERÍODO - EXPULSIVO
O PERÍODO EXPULSIVO, ou seja, o segundo período do parto,
inicia-se com a dilatação total da cérvice termina com a expulsão do
feto. Caracteriza-se por esforços expulsivos maternos (puxos) e
sensação de preenchimento retal com desejo de evacuar, decorrente
da pressão da apresentação fetal sobre reto e músculos do assoalho
pélvico (ver figura à direita).
Na verdade, na prática diária, o período expulsivo deve ser
identificado pela dilatação cervical total, pelos puxos maternos e,
geralmente, pela rotura espontânea das membranas amnióticas.
Está estudando?
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E concentre-se!
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4º PERÍODO - GREENBERG OU PÓS-PARTO IMEDIATO
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As suturas e as fontanelas ajudam a moldar a cabeça fetal, diminuindo seu diâmetro durante o trabalho
de parto, fazendo os ossos deslizarem uns sobre os outros, permitindo sua entrada e, passagem pela pelve
materna.
A cesárea é um procedimento cirúrgico que, quando bem indicado, tem papel fundamental na
obstetrícia moderna como redutor da morbidade e mortalidade perinatal e materna.
Segundo o Ministério da Saúde (2001), os principais cuidados pós-operatórios da cesariana são:
Antibioticoterapia
A cesárea é tida como cirurgia potencialmente infectada. Nas gestantes submetidas à cesárea eletiva ou
em trabalho de parto, independentemente da integridade das membranas, recomenda-se antibioticoterapia
profilática.
Alimentação
Em condições de normalidade do ato cirúrgico, pode ser permitida a alimentação da puérpera em
tempo precoce, utilizando-se inicialmente dietas preferentemente líquidas. Decorrido período de
aproximadamente 8 a 12 horas, libera-se a dieta.
Deambulação
O levantar e caminhar precoces são recomendados. A restrição ao leito, além de desconfortável,
favorece o aparecimento de fenômenos tromboembólicos.
Amamentação precoce
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A amamentação deve ser estimulada e iniciada o mais precocemente possível. Oferece inúmeras
vantagens, entre as quais, o estabelecimento da integração psíquica mãe-filho.
Alta hospitalar
A cesárea é procedimento cirúrgico invasivo da cavidade abdominal, sujeita a complicações
intraoperatórias que obrigam à atenção pós-operatória.
Assim, recomenda-se esperar pelo menos o restabelecimento parcial da função intestinal após a
cesárea, e dar alta hospitalar ao final de 48 horas.
Retirada de pontos
O fechamento da pele com fio tipo nylon implica em retirada dos pontos entre o sétimo e décimo dia
pós-operatório.
Para Resende (2012), os principais cuidados pós-operatórios da cesariana são:
Terapia intravenosa
Durante as primeiras 12 horas pós-cesariana deve-se manter hidratração venosa generosa, de no
mínimo 2.000 ml.
Dieta e função intestinal
A parturiente deverá permanecer em dieta zero por 6 horas após a cesariana, quando então dieta
liquida/pastosa deverá ser introduzida. Após 12 horas da cirurgia, já se pode liberar dieta sólida.
Sondagem vesical contínua
A sonda vesical deverá ser retirada 12 horas pós-cirurgia, antes de levantar a paciente e encaminhá-la
para o banho de aspersão, assistido pela equipe de enfermagem.
Deambulação
A deambulação, em geral, deve ser iniciada após 12 horas do procedimento cirúrgico.
Retirada de pontos
Em geral, os pontos serão retirados, caso realizados com fio inabsorvível, em média após 7 a 10 dias da
cesariana.
Amamentação precoce
O aleitamento deverá ser estimulado precocemente, mesmo antes de se levantar a paciente do leito;
em média 4 horas após a cirurgia.
Alta hospitalar
Em média de 72 horas após o parto, podendo ser reduzida para 48 horas em determinadas situações.
Nobre guerreiro, vamos visualizar no quadro abaixo as recomendações sobre amamentação e
deambulação precoce do Ministério da Saúde e Rezende no pós-operatório imediato da cesariana.
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Ministério da Saúde (2001) Rezende (2012)
A apresentação fetal cefálica (ver figura abaixo) é a mais frequente e a que apresenta menos
complicação. Em regra, para esse tipo de apresentação, o parto indicado é o normal.
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As apresentações pélvica e transversa (córmica) devem ser vistas com maior atenção e a parturiente
deve ser encaminhada para uma maternidade com condições de realizar o parto com distócias.
Figura - Tipos de apresentação cefálica pélvica; completa (A) e incompletas (B, C, D, E), conforme Rezende, 2012.
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Essas aulas escritas (PDF) são atualizadas mensalmente - se for imprimir,
faça isso apenas das aulas que estiver acompanhando, pois o material é
ATUALIZADO E AMPLIADO MENSALMENTE.
Todos os dias são inseridos novos vídeos potenciais nas disciplinas deste
curso Completo de Enfermagem para Concursos.
QUESTÕES COMENTADAS
VAMOS MANTER O FOCO, A FORÇA E DETERMINAÇÃO
PARA JUNTOS LEVÁ-LO À APROVAÇÃO!
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COMENTÁRIOS
O diagnóstico do trabalho de parto se faz na pela presença das seguintes condições:
• Contrações uterinas a intervalos regulares, que vão progressivamente aumentando com o passar do
tempo, em termos de freqüência e intensidade, e que não diminuem com o repouso da gestante;
• Apagamento (esvaecimento) e dilatação progressivos do colo uterino.
Alguns dias antes do parto, a gestante entra num período denominado de pródromos. Nesse período, a
gestante apresenta contrações irregulares que cessão quando em repouso e vão aumentando com o tempo.
Pode ocorrer também a perda do tampão mucoso ou “sinal” e a formação da bolsa das águas que são sinais de
que o trabalho de parto se aproxima.
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COMENTÁRIOS:
Meu amigo (a), vamos analisar cada alternativa!
a) CORRETA. Denomina-se quarto período do parto (ou de Greenberg) ao período de pós-parto imediato,
após a dequitação. Não há na literatura consenso sobre sua duração exata, entretanto, inicia-se após a
dequitação da placenta.
As fases clínicas do parto são descritas em 4 períodos:
1. Dilatação: esse período vai do início do trabalho de parto verdadeiro até a dilatação completa do
colo;
2. Expulsão: da dilatação completa do colo até o nascimento do bebê;
3. Dequitação: do nascimento até a dequitação;
4. Greenberg: da dequitação até estabilizar a situação da paciente. Não há na literatura consenso sobre
sua duração exata, para alguns, a primeira hora, para outros, até segunda hora após o parto. É período de
risco materno, com possibilidade de grandes hemorragias, principalmente por atonia uterina.
b) Incorreta. É período de maior risco materno, com possibilidade de grandes hemorragias,
principalmente por atonia uterina.
c) Incorreta. Os sinais vitais, especialmente pressão arterial e pulso, devem ser mensurados em maior
frequência (a cada 15 min). Da mesma forma, deverá ser feito controle praticamente contínuo da retração
uterina e do sangramento.
d) Incorreta. Nesta fase, devem-se considerar as seguintes questões: verificação constante da contração
uterina (a cada 15 min), revisão do canal de parto sendo necessária a reparação das lesões
porventura existentes, por tornar o processo menos traumático.
e) Incorreta. A remoção da puérpera para a sala de recuperação (quando necessária) e enfermaria de
alojamento conjunto deverá ser efetuada após o quarto período.
Gabarito letra C.
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a) Trabalho de parto de gestação gemelar.
b) Rotura prematura das membranas com polo cefálico não encaixado.
c) Trabalho de parto pré-termo.
d) Gestantes com diabetes gestacional.
e) Polidramnia.
COMENTÁRIOS:
Nos casos de membranas rotas, a deambulação só deve ser recomendada com o pólo cefálico
completamente apoiado (encaixado) na bacia materna, para evitar a ocorrência de prolapso de cordão
umbilical. Sendo assim, a deambulação está contra-indicada na presença de rotura prematura das membranas
com polo cefálico não encaixado.
Gabarito letra B.
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- Vermelho: sangue materno ou fetal.
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d) O descolamento pelo mecanismo de Baudelocque-Duncan é o mais frequente, ocorrendo em cerca de 75%
dos casos.
e) O descolamento pelo mecanismo de Baudelocque-Schultze é o mais frequente, ocorrendo em cerca de 75%
dos casos.
COMENTÁRIOS:
O deslocamento da placenta ocorre se efetua de acordo com dois tipos de mecanismos: mecanismo
de Baudelocque-Duncan e mecanismo de Baudelocque-Schultze.
1. Mecanismo de Baudelocque-Schultze (75% dos casos): se dá quando a placenta inserida na parte
superior do útero inverte-se, e se desprende pela face fetal em forma de guarda-chuva. Nesse caso o
hematoma retroplacentário é iniciado no centro da inserção;
2. Mecanismo de Baudelocque-Ducan (25% dos casos): estando a placenta localizada na parede lateral
do útero, a desinserção começa pela borda inferior. Nesse caso o sangue se exterioriza primeiro que a placenta
que, por deslizamento se apresenta ao colo pela borda ou pela face materna.
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b) Manobra de Leopold-Zweifel: é um conjunto de quatro manobras que tem a finalidade de fornecer
dados para o diagnóstico da situação e da apresentação fetal constantemente utilizadas por enfermeiros da
atenção básica durante a consulta do pré-natal ou por enfermeiros obstetras na assistência a gestante durante
o trabalho de parto e parto.
c) Manobra de Mauriceau: essa manobra é utilizada para a extração da cabeça fetal ou liberação de
cabeça derradeira retida sendo útil no parto pélvico.
d) Manobra de Jacob Dublin: manobra que consiste em torcer suavemente a placenta expulsa (torção
axial) de modo que as membranas se disponham em fuso, facilitando deste modo seu desprendimento integral
para facilitar a dequitação e como prevenção de retenção ( permanência da placenta intra-útero, ou seja, não
descolada) por mais de 30 minutos após o parto e de restos de membranas amnióticas.
O secundamento ou dequitação corresponde ao terceiro período clínico do parto e se caracteriza pelo
descolamento, descida e expulsão da placenta, logo a manobra que corresponde a esse período é a Manobra
de Jacob Dublin.
12. (EBSERH/HUCAM-UFES/ACOP/2014) Identifique abaixo com (V) o que for sinais do trabalho de parto
verdadeiro ou (F) o que for sinais do trabalho de parto falso e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência
correta.
( ) Contrações frequentes com intervalos irregulares e duração de até 30 segundos.
( ) Contrações regulares com duração superior a 30 segundos.
( ) Dilatação cervical de 4cm.
( ) Desconforto abdominal com movimentação fetal elevada.
( ) As contrações não se interrompem com repouso e/ou analgesia.
( ) Dilatação cervical de 2 cm.
a) V – F – V – F – V – F.
b) V – F – F – V – F – V.
c) F – V – V – F – V – F.
d) V – F – V – F – F – V.
e) F – V – F – V – F – V.
COMENTÁRIOS:
O diagnóstico do trabalho de parto se faz pela presença das seguintes condições:
• Presença de contrações uterinas a intervalos regulares, que vão progressivamente aumentando com o
passar do tempo, em termos de freqüência e intensidade, e que não diminuem com o repouso da gestante. O
padrão contrátil inicial é, geralmente, de uma contração a cada 3-5 minutos e que dura entre 20 e 60
segundos;
• Apagamento (esvaecimento) e dilatação progressivos do colo uterino.
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13. (EBSERH/HUCAM-UFES/ACOP/2014) O Ministério da Saúde tem orientações específicas sobre a
assistência ao parto em todas as suas fases. Sobre essas recomendações, assinale a alternativa correta.
a) A presença de acompanhante na sala de parto deve ser desencorajada, pois facilita a ocorrência de infecção
puerperal.
b) A ocitocina deverá ser utilizada rotineiramente durante o trabalho de parto, pois aumenta o número de
contrações, abreviando o período expulsivo.
c) A realização de episiotomia deve ser reservada somente para os casos onde haja possibilidade de rotura
perineal e/ou lacerações, não sendo recomendado seu uso rotineiro.
d) O Fleet enema são procedimentos fundamentais na prevenção das infecções puerperais e, portanto, devem
ser realizados rotineiramente.
e) A realização da amniotomia está indicada para todas as gestantes em trabalho de parto ativo a partir de
3cm de dilatação e dinâmica uterina efetiva com 2-3 contrações em 10 minutos.
COMENTÁRIOS:
Vamos comentar cada uma das alternativas.
a) Incorreta. A presença de acompanhante na sala de parto deve ser encorajada, pois o fato de a mulher
permanecer sozinha durante o trabalho de parto gera medo. Esse é um direito garantido pela Lei nº
11.108/2005.
b) Incorreta. A ocitocina NÃO deverá ser utilizada rotineiramente durante o trabalho de parto, pois pode
produzir efeitos adversos como a taquissistolia, hipertonia e hiperestimulação uterina, podendo provocar
inclusive a rotura uterina.
c) CORRETA. A realização de episiotomia deve ser reservada somente para os casos onde haja
possibilidade de rotura perineal e/ou lacerações, não sendo recomendado seu uso rotineiro.
d) Incorreta. O Fleet enema não são considerados procedimentos fundamentais na prevenção das
infecções puerperais e, portanto, seu uso rotineiro deve ser desencorajado. Alternativa
e) Incorreta. A realização da amniotomia aumenta o risco de infecção ovular e puerperal. Dessa forma, a
rotura artificial da bolsa deve ser evitada, reservando-se seu uso para aquelas condições onde sua prática seja
claramente benéfica, como é o caso de algumas distócias funcionais.
14. (EBSERH/HUCAM-UFES/ACOP/2014) A evolução clínica do parto pode ser dividida em 4 períodos. Assinale
a alternativa correta para a sequência destes períodos.
a) Período de Greenberg; Dequitação; Dilatação; Expulsão.
b) Dequitação; Dilatação; Expulsão; Período de Greenberg.
c) Período de Greenberg; Dilatação; Expulsão; Dequitação.
d) Dilatação; Expulsão; Dequitação; Período de Greenberg.
e) Dilatação; Expulsão; Período de Greenberg; Dequitação
COMENTÁRIOS:
Os períodos do trabalho de parto são: dilatação, expulsão, dequitação ou secundamento e período de
Greenberg ou puerpério imediato.
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1º Período – Dilatação
A DILATAÇÃO inicia-se com as contrações uterinas dolorosas, que começam a modificar ativamente a
cérvice (colo do útero), e termina quando sua ampliação está completa (10 cm).
As contrações uterinas iniciam com frequência de 2 a 3 em cada 10 minutos e com duração aproximada
de 40 segundos. As contrações aceleram até que ocorram com frequência de 5 a cada 10 minutos e duração
clínica de 70 segundos, quando se aproxima a expulsão do feto. Na expulsão, somam-se as contrações uterinas
aos esforços expulsivos voluntários da mãe. Cada contração dilata a colo uterino até que ele atinge 10
centímetros de diâmetro.
O rompimento da bolsa das águas (bolsa amniótica), com evasão parcial do conteúdo líquido do ovo,
ocorre em 80% dos casos, no final da dilatação ou no ínicio da expulsão.
A duração do trabalho de parto varia imensamente, mas em média dura cerca de 12 horas para
mulheres parindo pela primeira vez (primíparas), ou em torno de 8 horas em mulheres que já pariram
anteriormente (multíparas).
2º Período - Expulsivo
O PERÍODO EXPULSIVO, ou seja, o segundo período do parto, inicia-se com a dilatação total da cérvice
termina com a expulsão do feto. Caracteriza-se por esforços expulsivos maternos (puxos) e sensação de
preenchimento retal com desejo de evacuar, decorrente da pressão da apresentação fetal sobre reto e
músculos do assoalho pélvico.
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Concomitantemente, ocorre o tamponamento trombótico dos vasos útero-placentários. Assim, os
mecanismos que coíbem o sangramento do pós-parto são:
Miotamponamento: inicia-se imediatamente depois da saída da placenta e consiste na contração
potente da musculatura uterina, tamponando a saída dos vasos sanguíneos que irrigavam a placenta. Se este
mecanismo não ocorrer de forma adequada, há a chamada "hipotonia uterina", que pode resultar em
sangramentos excessivos e coloca a vida da mulher em risco.
Trombotamponamento: depende da formação de pequenos coágulos (trombos) que obliteram vasos
uteroplacentários.
Diante do exposto, verificamos que a sequência desse período é: dilatação, expulsão, dequitação e
período de Greenberg ou 4º período.
15. (EBSERH/HUJM-UFMT/AOCP/2014) De acordo com a Resolução RDC ANVISA n°. 36/2008, o Serviço de
Atenção Obstétrica e Neonatal deve dispor de materiais e equipamentos para alívio não farmacológico da dor
e de estímulo à evolução fisiológica do trabalho de parto, tal como:
a) Pinard.
b) Eletroestimulador.
c) Espirômetro.
d) Escada de Ling.
e) Banheira terapêutica.
COMENTÁRIOS:
De acordo com a RDC ANVISA n°. 36/2008, o Serviço de Atenção Obstétrica e Neonatal deve dispor de
materiais e equipamentos para alívio não farmacológico da dor e de estímulo à evolução fisiológica do
trabalho de parto, tais como:
Barra fixa ou escada de Ling, representada na figura abaixo:
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Bola de Bobath ou cavalinho, representada na figura abaixo:
17. (EBSERH Nacional/AOCP/2015) Sobre os cuidados de enfermagem nas primeiras horas pós-parto, assinale
a alternativa correta.
a) Estimular deambulação tardia.
b) Orientar a puérpera para trocar absorvente a cada 2 horas.
c) Atentar para presença de Globo de segurança de Pinard.
d) Orientar a puérpera a deambular imediatamente após o parto.
COMENTÁRIOS:
Vamos rever alguns pontos importantes sobre o tema pós-parto, ou seja, puerpério:
Classificação do Puerpério De acordo com o Ministério da Saúde (2001), pode-se dividir o puerpério
didaticamente em:
Imediato (1 ° ao 10° dia);
Tardio (11 ° ao 42° dia); e
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Remoto (a partir do 43° dia).
Para Rezende (2012), o puerpério é dividodo em:
Imediato (1 ° ao 10° dia);
Tardio (10 ° ao 45° dia); e
Remoto (além do 45° dia).
Agora vamos analisar cada uma das alternativas:
a e d Incorretas. Estimular a deambulação precoce (após 6 horas do parto vaginal e 12 horas após o
parto cesáreo) evita riscos de tromboembolismo e acelera a recuperação puerperal.
b) Incorreta. Orientar a puérpera para trocar absorvente sempre que necessário.
c) Correta. Atentar para presença de Globo de segurança de Pinard (útero de consistência firme), que
se inicia com a saída da placenta, sendo um elemento primordial da hemóstase fisiológica e ocorre
para evitar possíveis hemorragias.
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COMENTÁRIOS:
O método de Dick-Read tem como objetivo principal evitar a tríade medo – tensão – dor, pois se baseia
no fato de que o conhecimento destrói o terror e evita a tensão, controlando a dor e dessa forma favorecendo
a evolução do trabalho de parto e do parto. Enfatizam a respiração lenta, o relaxamento muscular e as
técnicas para os esforços de puxos.
Logo, gabarito letra C.
20. (Prefeitura de Camocim - CE/CONSEP/2012) A dor representa um importante sinal do início do trabalho
de parto. O componente mais importante da dor é a dilatação do colo uterino, somado a outros fatores com
EXCETO:
a) Tração e pressão nas fibras uterinas.
b) Distensão do canal de parto, tração de anexos e peritônio.
c) Pressão sobre as raízes do plexo lombo-sacro.
d) Pressão na uretra, bexiga e outras estruturas pélvicas.
COMENTÁRIOS:
A dor representa um importante sinal do início do trabalho de parto e seu componente mais importante
é a dilatação do colo uterino, somado a outros fatores como:
contração e distensão das fibras uterinas;
distensão do canal de parto;
tração de anexos e peritônio;
pressão na uretra, bexiga e outras estruturas pélvicas;
pressão sobre as raízes do plexo lombo-sacro.
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“A aprovação é uma construção diária de estudo
direcionado, disciplina e motivação!”
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GABARITO
1-C
2-B
3-A
4-C
5-B
6-E
7-B
8-E
9-E
10 - D
11 - D
12 - C
13 - C
14 - D
15 - D
16 - E
17 - C
18 - D
19 - C
20 - A
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REFERÊNCIAS
Manuais do Ministério da Saúde:
Caderno de Atenção Básica nº 13, 2ª Ed. Câncer do Colo de Útero. Câncer de Mama. Políticas Públicas
em Saúde (http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab13).
Livros:
Rezende, J.F; Montenegro, C.A.B. Obstetricia Fundamental. 12. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2012.
Fernandes, R.A.Q; Narchi, N.Z (orgs). Enfermagem em Saúde da Mulher. 2. Ed. São Paulo: Manoele,
2012.
Barros, S.M.O (org). Enfermagem no ciclo gravídico-pueperal. São Paulo: Manoele, 2006.
Sites:
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/
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