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Olá, amigo (a) concurseiro (a)!

Seja bem-vindo (a) mais uma aula do nosso curso. Não deixe sua APROVAÇÃO escapar por
detalhes.
Sem perder tempo, vamos ao que interessa:

Profº. Rômulo Passos


Profª. Joanna Mello
Profª Raiane Ribeiro
Profª Sthephanie Abreu

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PARTO

A HUMANIZAÇÃO do PARTO e do NASCIMENTO pode ser entendida como o conjunto de condutas e


procedimentos que visam a promoção do parto e nascimento saudáveis e a prevenção da morbimortalidade
materna, fetal e perinatal, com a utilização de tecnologia apropriada.
O diagnóstico do trabalho de parto se faz, em geral, pela presença das seguintes condições:
 Presença de CONTRAÇÕES UTERINAS a intervalos regulares, que vão progressivamente
aumentando com o passar do tempo, em termos de frequência e intensidade, e que não
diminuem com o repouso da gestante. O padrão contrátil inicial é, geralmente, de uma
contração a cada 3-5 minutos e que dura entre 20 e 60 segundos.
 APAGAMENTO (esvaecimento) e DILATAÇÃO progressivos do colo uterino.

“A aula é importante, mantenha a concentração!”

Amigo (a), reavaliar a gestante 1 a 2 horas após o primeiro exame pode ser necessário para confirmar o
diagnóstico.

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A PERDA do TAMPÃO MUCOSO1 ou “sinal” e a FORMAÇÃO da BOLSA das águas2 são indicadores
menos precisos do trabalho de parto, na medida em que existem grande variações individuais entre o
aparecimento desses sinais e o início real do trabalho de parto.
Qualquer que seja a conduta adotada, o toque vaginal deve ser evitado até que a gestante esteja em
franco trabalho de parto, para minimizar os riscos de infecção ovular e puerperal.
Não existe um "momento ideal" para internar a gestante em trabalho de parto. Embora o desejável seja
a internação já na fase ativa.
É importante enfatizar que, quando existe excesso de contratilidade uterina (taquissistolia, hipertonia),
quer espontânea, quer iatrogênica, o sofrimento fetal agudo pode se instalar em poucos minutoss, o que exige
uma vigilância contínua da FCF até que o quadro seja revertido.
O controle rigoroso da frequência cardíaca fetal (FCF) durante o trabalho de parto assegura, na quase
totalidade dos casos, a adoção de medidas apropriadas para garantir o nascimento de uma criança em boas
condições.
A curva de dilatação cervical se processa de forma ascendente, de início com menor velocidade de
dilatação. No final, essa velocidade aumenta, ou seja, o parto se desenvolve mais rapidamente a partir dos 4
cm de dilatação.

Figura - Curva de Evolução da


Dilatação Cervical (Brasil, 2001).

O exame físico da gestante deve incluir:

 Medida dos dados vitais (pressão arterial, pulso e temperatura);


 Avaliação das mucosas para inferir a presença ou não de anemia;
 Presença ou não de edema e varizes nos membros inferiores; e
 Ausculta cardíaca e pulmonar.
O exame obstétrico na admissão da gestante para o trabalho de parto deve incluir obrigatoriamente:
 Ausculta da frequência cardíaca fetal (antes, durante e após a contração uterina);

1 O TAMPÃO MUCOSO é uma concentração de muco que sela o colo do útero e protege contra infecções e bactérias, fazendo uma
barreira protetora para o desenvolvimento do bebê.
2 O ÂMNIO é uma bolsa em forma de saco que está repleta de líquido amniótico e tem uma função protetora, permitindo que

o embrião se desenvolva num ambiente úmido, tal como acontece com os anfíbios e com os peixes que se desenvolvem na água, e por
outro lado protegendo o embrião, amortecendo os choques térmicos e mecânicos. A formação da bolsa das águas é o rompimento da
bolsa amniótica com o extravasamento do líquido amniótico.

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 Medida da altura uterina.
 Palpação obstétrica (para determinar a situação, posição, apresentação e insinuação).
Em regra, a parturiente poderá locomover-se durante o período de dilatação, até a rotura das
membranas. No caso de a paciente aguardar em repouso no leito, deve ficar em decúbito lateral, para a
melhoria das contrações uterinas e da oxigenação fetal e evitar a síndrome da hipotensão supina (compressão
do útero na veia cava inferior devido à posição decúbito dorsal, ocasionando tonturas e até perda da
consciência).
O mecanismo de parto constitui um conjunto de movimentos de adaptação do feto às diferentes formas
de trajeto.
Vamos estudar o mecanismo de parto para apresentação cefálica fletida. Reconhece-se a existência de
seis tempos:
 Insinuação;
 Descida ou progressão;
 Rotação interna da cabeça;
 Desprendimento cefálico;
 Rotação externa da cabeça;
 Desprendimento dos ombros e tronco.
Alguns autores, a exemplo de Resende (2012), simplificam os tempos do trabalho de parto em três:
 Insinuação;
 Descida ou progressão;
 Desprendimento (rotação interna da cabeça, desprendimento cefálico, rotação externa da cabeça,
desprendimento dos ombros e tronco).

Tais tempos não são independentes, mas são contínuos uns aos outros, realizando movimento
harmônico espiral. A sequência dos tempos mecânicos está apresentada abaixo.

Deixe o celular no modo silencioso!

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Figura - Período expulsivo do parto (Brasil, 2001).

INSINUAÇÃO é passagem da maior circunferência da apresentação fetal por meio do estrito superior da
bacia. Clinicamente, a insinuação (quebra do ventre) pode ser percebida com mais evidência nas primigestas,
por ocorrer quinze dias antes de entrar em trabalho de parto, enquanto, nas multíparas, a insinuação ocorre
durante o trabalho de parto.
DESCIDA da apresentação é a passagem da cabeça fetal do estreito superior da bacia para o estreito
inferior. Clinicamente, para avaliar o grau de descida fetal, usa-se o plano De Lee, conforme descrição abaixo.
 Plano zero (ponto de partida) refere-se à descida da cabeça fetal no nível das espinhas ciáticas.
 Acima do plano zero, a descida da cabeça representada por -1, -2, -3... no plano De Lee, o que se
pode considerar uma apresentação alta, quando a cabeça encontra-se no plano De Lee -3.
 Abaixo do plano zero a cabeça está +1, +2, +3..., e a partir de mais +3 inicia-se a esteriorização da
cabeça pela vulva.

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Figura - Plano De Lee (Barros et al., 2006).

A sequência correta do mecanismo de trabalho de parto é, respectivamente: insinuação, descida,


flexão, rotação interna, extensão, rotação externa e expulsão (desprendimento).
Guarde isto: a insinuação vem antes da descida.
Os períodos do trabalho de parto são: dilatação, expulsão, dequitação ou secundamento e período de
Greenberg ou puerpério imediato.

1º PERÍODO - DILATAÇÃO
A DILATAÇÃO inicia-se com as contrações uterinas dolorosas, que começam a modificar ativamente a
cérvice (colo do útero), e termina quando sua ampliação está completa (10 cm).
As contrações uterinas iniciam com frequência de 2 a 3 em cada 10 minutos e com duração aproximada
de 40 segundos.
As contrações aceleram até que ocorram com frequência de 5 a cada 10 minutos e duração clínica de 70
segundos, quando se aproxima a expulsão do feto. Na expulsão, somam-se as contrações uterinas aos esforços
expulsivos voluntários da mãe. Cada contração dilata a colo uterino até que ele atinge 10 centímetros de
diâmetro.
O rompimento da bolsa das águas (bolsa amniótica), com evasão parcial do conteúdo líquido do ovo,
ocorre em 80% dos casos, no final da dilatação ou no início da expulsão.
A duração do trabalho de parto varia imensamente, mas em média dura cerca de 12 horas para
mulheres parindo pela primeira vez (primíparas), ou em torno de 8 horas em mulheres que já pariram
anteriormente (multíparas).

“NÃO DEIXE DE REVISAR OS CONTEÚDOS!”

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2º PERÍODO - EXPULSIVO
O PERÍODO EXPULSIVO, ou seja, o segundo período do parto,
inicia-se com a dilatação total da cérvice termina com a expulsão do
feto. Caracteriza-se por esforços expulsivos maternos (puxos) e
sensação de preenchimento retal com desejo de evacuar, decorrente
da pressão da apresentação fetal sobre reto e músculos do assoalho
pélvico (ver figura à direita).
Na verdade, na prática diária, o período expulsivo deve ser
identificado pela dilatação cervical total, pelos puxos maternos e,
geralmente, pela rotura espontânea das membranas amnióticas.

Está estudando?
Deixa o celular no silencioso
E concentre-se!

3º PERÍODO - DEQUITAÇÃO OU SECUNDAMENTO


Durante o SECUNDAMNETO, ocorre a separação e expulsão da placenta (dequitação). Compreende ao
desprendimento, descida e expulsão da placenta e membranas. Ocorre entre 5 a 10 minutos após termino do
período expulsivo. Os principais riscos maternos são a hemorragia Figura– Período Expulsivo (Rezende, 2012).
durante ou após essa separação e a retenção de restos placentários.
A hemorragia pós-parto é uma das principais causas de
mortalidade materna e a maioria desses casos ocorre em
países em desenvolvimento.
O exame da placenta, cordão umbilical e membranas,
imediatamente após a expulsão, é prática indispensável,
principalmente para verificar a integridade, certificando-se de
que não foram deixados restos placentários ou de membrana
na cavidade uterina.
Se a integridade da placenta e membranas for duvidosa,
a revisão com exploração da cavidade uterina deve ser
iniciada.

Figura - Alterações processadas no útero durante o


terceiro período. 1) à esquerda (traço cheio cinza):
imediatamente após o parto do feto; 2) traço cheio
preto: desceu a placenta e ocupa o segmento inferior;
3) traço pontilhado: secundamento completado.
Observar a correspondência com os esquemas da
direita (Rezende, 2012).

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4º PERÍODO - GREENBERG OU PÓS-PARTO IMEDIATO

Classicamente denomina-se 4° período do parto (ou de GREENBERG) ao período de pós-parto imediato,


após a dequitação. Inicia-se após a dequitação da placenta e estende-se pelas primeiras horas pós-parto.
É período de risco materno, com possibilidade de grandes hemorragias, principalmente por atonia
uterina. Expulsa a placenta, por ação da gravidade ou por leve expressão/compressão do fundo uterino,
assegura-se a hemostasia pela retração uterina persistente (globo de segurança de Pinard), que promove
oclusão dos vasos na porção muscular, constituindo as ligaduras vivas de Pinard.
Concomitantemente, ocorre o tamponamento trombótico dos vasos útero-placentários. Assim, os
mecanismos que coíbem o sangramento do pós-parto são:
 Miotamponamento: inicia-se imediatamente depois da saída da placenta e consiste na contração
potente da musculatura uterina, tamponando a saída dos vasos sanguíneos que irrigavam a placenta. Se este
mecanismo não ocorrer de forma adequada, há a chamada "hipotonia uterina", que pode resultar em
sangramentos excessivos e coloca a vida da mulher em risco.
 Trombotamponamento: depende da formação de pequenos coágulos (trombos) que obliteram vasos
uteroplacentários.
Diante do exposto, verificamos que o período clínico do parto compreende a dilatação, a expulsão,
delivramento ou dequitação e período de greenberg ou 4º período.
Em resumo, os períodos do trabalho de parto são: dilatação, expulsão, dequitação ou secundamento e
período de Greenberg ou puerpério imediato.
1º Período - Dilatação: inicia-se com as contrações uterinas dolorosas, que começam a modificar
ativamente a cérvice (colo do útero), e termina quando sua ampliação está completa (10 cm), ou melhor,
corresponde à fase de dilatação da cérvice uterina e é subdividido em três fases: latente, ativa e de transição.
2º Período - Expulsivo: inicia-se com a dilatação total da cérvice termina com a expulsão do feto.
3º Período - Dequitação ou Secundamento: ocorre a separação e expulsão da placenta (dequitação).
Compreende ao desprendimento, descida e expulsão da placenta e membranas. Ocorre entre 5 a 10 minutos
após termino do período expulsivo.
4º Período - Greenberg ou Pós-parto Imediato: inicia-se após a dequitação da placenta e estende-se
pelas primeiras horas pós-parto.
Vejamos a correlação entre Estágios do Parto (Mãe) x Mecanismos do Parto em Vértice (Feto):

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As suturas e as fontanelas ajudam a moldar a cabeça fetal, diminuindo seu diâmetro durante o trabalho
de parto, fazendo os ossos deslizarem uns sobre os outros, permitindo sua entrada e, passagem pela pelve
materna.

Figura - Cabeça fetal (Barros et al., 2006)

A cesárea é um procedimento cirúrgico que, quando bem indicado, tem papel fundamental na
obstetrícia moderna como redutor da morbidade e mortalidade perinatal e materna.
Segundo o Ministério da Saúde (2001), os principais cuidados pós-operatórios da cesariana são:
 Antibioticoterapia
A cesárea é tida como cirurgia potencialmente infectada. Nas gestantes submetidas à cesárea eletiva ou
em trabalho de parto, independentemente da integridade das membranas, recomenda-se antibioticoterapia
profilática.

 Sondagem vesical contínua


Aconselha-se a drenagem vesical em sistema fechado, por período de aproximadamente seis horas,
dadas as óbvias dificuldades de deambulação e à distensão vesical por demora no restabelecimento da micção
espontânea.

 Alimentação
Em condições de normalidade do ato cirúrgico, pode ser permitida a alimentação da puérpera em
tempo precoce, utilizando-se inicialmente dietas preferentemente líquidas. Decorrido período de
aproximadamente 8 a 12 horas, libera-se a dieta.

 Deambulação
O levantar e caminhar precoces são recomendados. A restrição ao leito, além de desconfortável,
favorece o aparecimento de fenômenos tromboembólicos.

 Amamentação precoce

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A amamentação deve ser estimulada e iniciada o mais precocemente possível. Oferece inúmeras
vantagens, entre as quais, o estabelecimento da integração psíquica mãe-filho.
 Alta hospitalar
A cesárea é procedimento cirúrgico invasivo da cavidade abdominal, sujeita a complicações
intraoperatórias que obrigam à atenção pós-operatória.
Assim, recomenda-se esperar pelo menos o restabelecimento parcial da função intestinal após a
cesárea, e dar alta hospitalar ao final de 48 horas.
 Retirada de pontos
O fechamento da pele com fio tipo nylon implica em retirada dos pontos entre o sétimo e décimo dia
pós-operatório.
Para Resende (2012), os principais cuidados pós-operatórios da cesariana são:
 Terapia intravenosa
Durante as primeiras 12 horas pós-cesariana deve-se manter hidratração venosa generosa, de no
mínimo 2.000 ml.
 Dieta e função intestinal
A parturiente deverá permanecer em dieta zero por 6 horas após a cesariana, quando então dieta
liquida/pastosa deverá ser introduzida. Após 12 horas da cirurgia, já se pode liberar dieta sólida.
 Sondagem vesical contínua
A sonda vesical deverá ser retirada 12 horas pós-cirurgia, antes de levantar a paciente e encaminhá-la
para o banho de aspersão, assistido pela equipe de enfermagem.
 Deambulação
A deambulação, em geral, deve ser iniciada após 12 horas do procedimento cirúrgico.
 Retirada de pontos
Em geral, os pontos serão retirados, caso realizados com fio inabsorvível, em média após 7 a 10 dias da
cesariana.
 Amamentação precoce
O aleitamento deverá ser estimulado precocemente, mesmo antes de se levantar a paciente do leito;
em média 4 horas após a cirurgia.
 Alta hospitalar
Em média de 72 horas após o parto, podendo ser reduzida para 48 horas em determinadas situações.
Nobre guerreiro, vamos visualizar no quadro abaixo as recomendações sobre amamentação e
deambulação precoce do Ministério da Saúde e Rezende no pós-operatório imediato da cesariana.

“O sono não será mais forte que a sua vontade de vencer.”


“A aula é importante, mantenha a CONCENTRAÇÃO!”

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Ministério da Saúde (2001) Rezende (2012)

 A amamentação deve ser


 O aleitamento materno deverá ser
estimulada e iniciada o mais
estimulado precocemente, mesmo
precocemente possível. Oferece
antes de se levantar a paciente do leito;
inúmeras vantagens, entre as quais,
em média 4 horas após a cirurgia.
o estabelecimento da integração
psíquica mãe-filho.
 A deambulação, em geral, deve ser
iniciada após 12 horas do procedimento
 O levantar e caminhar precoces são
cirúrgico.
recomendados. A restrição ao leito,
além de desconfortável, favorece o
aparecimento de fenômenos
tromboembólicos.

A apresentação fetal cefálica (ver figura abaixo) é a mais frequente e a que apresenta menos
complicação. Em regra, para esse tipo de apresentação, o parto indicado é o normal.

Figura - Apresentação fetal cefálica (Rezende, 2012).

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As apresentações pélvica e transversa (córmica) devem ser vistas com maior atenção e a parturiente
deve ser encaminhada para uma maternidade com condições de realizar o parto com distócias.

Figura - Apresentação fetal transversa (Rezende, 2012).

Nesses casos, o parto cesariano pode ser a opção mais indicada.

Figura - Tipos de apresentação cefálica pélvica; completa (A) e incompletas (B, C, D, E), conforme Rezende, 2012.

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Essas aulas escritas (PDF) são atualizadas mensalmente - se for imprimir,
faça isso apenas das aulas que estiver acompanhando, pois o material é
ATUALIZADO E AMPLIADO MENSALMENTE.

Todos os dias são inseridos novos vídeos potenciais nas disciplinas deste
curso Completo de Enfermagem para Concursos.

As questões online estão sendo ampliadas diariamente


(todas comentadas em vídeo) - estude por elas para ser aprovado(a).

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você fazer download e imprimir seu certificado, com
código de autenticidade.

QUESTÕES COMENTADAS
VAMOS MANTER O FOCO, A FORÇA E DETERMINAÇÃO
PARA JUNTOS LEVÁ-LO À APROVAÇÃO!

1. (Prefeitura de Criciúma-SC/FEPESE/2014) A gestante deve ser orientada sobre os sinais e sintomas de


trabalho de parto durante o pré-natal. Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F) em
relação ao assunto.
( ) A perda do tampão mucoso é um sinal de que iniciou o trabalho de parto.
( ) As contrações de trabalho de parto verdadeiro cessam somente com a sedação.
( ) O desconforto ou “dor” apenas no abdome é um sinal de falso trabalho de Parto.
( ) No verdadeiro trabalho de parto, as contrações são eficazes para apagarem e dilatarem progressivamente
a cérvix uterina.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – V – F – F
b) V – F – F – V
c) F – F – V – V
d) F – F – F – V
e) F – F – F – F

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COMENTÁRIOS
O diagnóstico do trabalho de parto se faz na pela presença das seguintes condições:
• Contrações uterinas a intervalos regulares, que vão progressivamente aumentando com o passar do
tempo, em termos de freqüência e intensidade, e que não diminuem com o repouso da gestante;
• Apagamento (esvaecimento) e dilatação progressivos do colo uterino.
Alguns dias antes do parto, a gestante entra num período denominado de pródromos. Nesse período, a
gestante apresenta contrações irregulares que cessão quando em repouso e vão aumentando com o tempo.
Pode ocorrer também a perda do tampão mucoso ou “sinal” e a formação da bolsa das águas que são sinais de
que o trabalho de parto se aproxima.

Sendo assim, a alternativa correta letra C.

2. (Prefeitura de Jucás-CE/Instituto AOCP/2014) Os tempos do mecanismo do parto fisiológico são


basicamente três. Marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA destes mecanismos.
a) Insinuação, desprendimento e descida.
b) Insinuação, descida e desprendimento.
c) Desprendimento, insinuação e descida.
d) Desprendimento, descida e insinuação.
e) Insinuação, desprendimento e expulsão.
COMENTÁRIOS:
Os tempos do mecanismo do parto são três:
1. Insinuação ou encaixamento: corresponde a passagem da maior circunferência da apresentação
através do anel do estreito superior;
2. Descida: Trata-se do avanço da apresentação (cefálica/pélvica) do estreito superior para o inferior;
3. Desprendimento: é representado pela exteriorização vulvar completa da apresentação.

Portanto, alternativa correta letra B.

3. (EBSERH/MEAC e HUWC UFC/Instituto AOCP/2014/JM) A assistência de enfermagem é importante


durante todo o período do parto e pós-parto. Com relação ao quarto período, podemos afirmar que:
a) denomina-se quarto período do parto (ou de Greenberg) ao período de pós-parto imediato, após
a dequitação. Não há na literatura consenso sobre sua duração exata, entretanto, inicia-se após a
dequitação da placenta.
b) é período de menor risco materno, com possibilidade de pequenas hemorragias, principalmente por
atonia uterina.
c) os sinais vitais, especialmente pressão arterial e pulso, devem ser mensurados a cada quatro horas.
Da mesma forma, deverá ser feito controle praticamente contínuo da retração uterina e do sangramento.
d) nesta fase, devem-se considerar as seguintes questões: verificação constante da contração uterina (a cada
quatro horas), revisão do canal de parto sendo desnecessária a reparação das lesões porventura existentes,
por tornar o processo mais traumático.
e) a remoção da puérpera para a sala de recuperação (quando necessária) e enfermaria de
alojamento conjunto somente deverá ser efetuada durante o quarto período.

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COMENTÁRIOS:
Meu amigo (a), vamos analisar cada alternativa!
a) CORRETA. Denomina-se quarto período do parto (ou de Greenberg) ao período de pós-parto imediato,
após a dequitação. Não há na literatura consenso sobre sua duração exata, entretanto, inicia-se após a
dequitação da placenta.
As fases clínicas do parto são descritas em 4 períodos:
1. Dilatação: esse período vai do início do trabalho de parto verdadeiro até a dilatação completa do
colo;
2. Expulsão: da dilatação completa do colo até o nascimento do bebê;
3. Dequitação: do nascimento até a dequitação;
4. Greenberg: da dequitação até estabilizar a situação da paciente. Não há na literatura consenso sobre
sua duração exata, para alguns, a primeira hora, para outros, até segunda hora após o parto. É período de
risco materno, com possibilidade de grandes hemorragias, principalmente por atonia uterina.
b) Incorreta. É período de maior risco materno, com possibilidade de grandes hemorragias,
principalmente por atonia uterina.
c) Incorreta. Os sinais vitais, especialmente pressão arterial e pulso, devem ser mensurados em maior
frequência (a cada 15 min). Da mesma forma, deverá ser feito controle praticamente contínuo da retração
uterina e do sangramento.
d) Incorreta. Nesta fase, devem-se considerar as seguintes questões: verificação constante da contração
uterina (a cada 15 min), revisão do canal de parto sendo necessária a reparação das lesões
porventura existentes, por tornar o processo menos traumático.
e) Incorreta. A remoção da puérpera para a sala de recuperação (quando necessária) e enfermaria de
alojamento conjunto deverá ser efetuada após o quarto período.

Sendo assim, gabarito letra A.

4. (Prefeitura de Suzano-SP/VUNESP/2011/JM) No parto normal, o segundo período se caracteriza:


a) Pelo apagamento do colo uterino.
b) Pela dilatação do colo uterino.
c) Pela expulsão do feto.
d) Pelo deslocamento, descida e expulsão da placenta.
e) Pela contratura uterina fixa, após expulsão completa da placenta e anexos.
COMENTÁRIOS:
O segundo período do parto (período expulsivo) se inicia com a dilatação total da cérvice termina com a
expulsão do feto.

Gabarito letra C.

5. (Prefeitura de Jí Parana-RO/FUNCAB/2013/JM) Utilizam-se algumas técnicas de relaxamento durante o


trabalho de parto, uma delas é a deambulação. No entanto, em algumas situações a deambulação está
contraindicada no trabalho de parto. Marque a alternativa que contém uma contraindicação.

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a) Trabalho de parto de gestação gemelar.
b) Rotura prematura das membranas com polo cefálico não encaixado.
c) Trabalho de parto pré-termo.
d) Gestantes com diabetes gestacional.
e) Polidramnia.
COMENTÁRIOS:
Nos casos de membranas rotas, a deambulação só deve ser recomendada com o pólo cefálico
completamente apoiado (encaixado) na bacia materna, para evitar a ocorrência de prolapso de cordão
umbilical. Sendo assim, a deambulação está contra-indicada na presença de rotura prematura das membranas
com polo cefálico não encaixado.

Gabarito letra B.

6. (EBSERH/HU-UFGD/Instituto AOCP/2014/JM) Assinale a alternativa que pode ser indicativo de sofrimento


fetal agudo, ao se avaliar os batimentos cardiofetais (BCF) no anteparto.
a) 112 bpm.
b) 137 bpm.
c) 149 bpm.
d) 153 bpm.
e) 168 bpm.
COMENTÁRIOS:
As alterações da freqüência cardíaca fetal que sinalizam sofrimento fetal são:
1. Taquicardia: frequência cardíaca fetal com valores acima de 160 bpm, por período superior a
10 minutos, sendo um indicativo de hipoxemia fetal (exceto nos casos de febre materna, uso de
drogas simpaticomiméticas);
2. Bradicardia: frequência cardíaca abaixo de 110 bpm, por período superior a 10 minutos.

Portanto, alternativa correta letra E.

Recomendamos a leitura do seguinte texto: Sofrimento fetal agudo

7. (Serviço Social do Comércio–SESC-BA/FUNCAB/2013/JM) Durante o trabalho de parto, a presença de


líquido amniótico de coloração esverdeada indica:
a) placenta prévia.
b) sofrimento fetal.
c) incompatibilidade rh.
d) má-formação fetal.
e) anencefalia.
COMENTÁRIOS:
Variações de cor do líquido amniótico podem indicar sofrimento fetal. Vejamos:
- Verde: indica liberação de mecônio do tubo digestivo fetal;
- Amarelo a âmbar: sugere a presença de bilirrubina;

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- Vermelho: sangue materno ou fetal.

Logo, gabarito letra B.

Leitura complementar: Análise do líquido amniótico

8. (MPE-RS/MPE-RS/2014) Em uma maternidade, no exame obstétrico da parturiente identificou-se


apresentação fetal córmica. Isto indica que:
a) omento fetal apresenta-se próximo à pelve fetal.
b) a cabeça fetal apresenta-se próxima à pelve materna.
c) a pelve fetal apresenta-se próxima à pelve materna.
d) a fontanela fetal apresenta-se próxima à pelve fetal.
e) o ombro fetal apresenta-se próximo à pelve materna.
COMENTÁRIOS:
Tipos de apresentação fetal:

a. Cefálica: cabeça fetal aproxima-se da pelve materna;


b. Pélvica: pelve fetal aproxima-se da pelve materna;
c. Córmica: ombro fetal aproxima-se da pelve materna.

Portanto, alternativa correta letra E.

9. (Prefeitura de Criciúma-SC/FEPESE/2014) No período de dequitação ocorre descolamento, descida e


expulsão da placenta para fora da cavidade uterina. Em relação ao assunto, assinale a alternativa correta.
a) No mecanismo de Baudelocque-Duncan, ocorre a formação do hematoma retroplacentário e o
sangramento só ocorre após a saída da placenta.
b) No descolamento pelo mecanismo de Baudelocque-Schultze, a placenta está aderida na face lateral do
útero e desce em forma de “guarda chuva”.
c) No descolamento pelo mecanismo de Baudelocque-Duncan, a placenta está aderida no fundo do útero e
desce em forma de “guarda chuva”.

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d) O descolamento pelo mecanismo de Baudelocque-Duncan é o mais frequente, ocorrendo em cerca de 75%
dos casos.
e) O descolamento pelo mecanismo de Baudelocque-Schultze é o mais frequente, ocorrendo em cerca de 75%
dos casos.
COMENTÁRIOS:
O deslocamento da placenta ocorre se efetua de acordo com dois tipos de mecanismos: mecanismo
de Baudelocque-Duncan e mecanismo de Baudelocque-Schultze.
1. Mecanismo de Baudelocque-Schultze (75% dos casos): se dá quando a placenta inserida na parte
superior do útero inverte-se, e se desprende pela face fetal em forma de guarda-chuva. Nesse caso o
hematoma retroplacentário é iniciado no centro da inserção;
2. Mecanismo de Baudelocque-Ducan (25% dos casos): estando a placenta localizada na parede lateral
do útero, a desinserção começa pela borda inferior. Nesse caso o sangue se exterioriza primeiro que a placenta
que, por deslizamento se apresenta ao colo pela borda ou pela face materna.

Logo, a alternativa correta letra E.

10. (Residência de Enfermagem – UFRN/UFRN/2014) O exame do cordão umbilical após o secundamento é


prática indispensável, principalmente para o diagnóstico de eventuais anormalidades relacionadas a
malformações fetais. Em condições normais, o cordão umbilical deve apresentar:
a) uma artéria e duas veias.
b) duas artérias e duas veias.
c) uma artéria e uma veia.
d) duas artérias e uma veia.
COMENTÁRIOS:
O exame do cordão umbilical após o secundamento é prática indispensável, principalmente para o
diagnóstico de eventuais anormalidades relacionadas a malformações fetais, especialmente as cardíacas.
Portanto, em condições normais, o cordão umbilical deve apresentar duas artérias e uma veia.

O gabarito da questão é a letra D.

11. (Residência de Enfermagem – UFRN/UFRN/2014) O secundamento corresponde ao terceiro período


clínico do parto e se caracteriza pelo descolamento, descida e expulsão da placenta. A conduta adequada
nessa fase é a:
a) Manobra de Pajot.
b) Manobra de Leopold-Zweifel.
c) Manobra de Mauriceau.
d) Manobra de Jacob Dublin.
COMENTÁRIOS:
Vejamos o conceito de cada manobra e posteriormente iremos relacioná-las com a questão.
a) Manobra de Pajot: manobra utilizada na assistência ao parto pélvico. Usada para liberar braços
elevados para frente ou para trás da cabeça.

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b) Manobra de Leopold-Zweifel: é um conjunto de quatro manobras que tem a finalidade de fornecer
dados para o diagnóstico da situação e da apresentação fetal constantemente utilizadas por enfermeiros da
atenção básica durante a consulta do pré-natal ou por enfermeiros obstetras na assistência a gestante durante
o trabalho de parto e parto.
c) Manobra de Mauriceau: essa manobra é utilizada para a extração da cabeça fetal ou liberação de
cabeça derradeira retida sendo útil no parto pélvico.
d) Manobra de Jacob Dublin: manobra que consiste em torcer suavemente a placenta expulsa (torção
axial) de modo que as membranas se disponham em fuso, facilitando deste modo seu desprendimento integral
para facilitar a dequitação e como prevenção de retenção ( permanência da placenta intra-útero, ou seja, não
descolada) por mais de 30 minutos após o parto e de restos de membranas amnióticas.
O secundamento ou dequitação corresponde ao terceiro período clínico do parto e se caracteriza pelo
descolamento, descida e expulsão da placenta, logo a manobra que corresponde a esse período é a Manobra
de Jacob Dublin.

O gabarito da questão é a letra D.

12. (EBSERH/HUCAM-UFES/ACOP/2014) Identifique abaixo com (V) o que for sinais do trabalho de parto
verdadeiro ou (F) o que for sinais do trabalho de parto falso e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência
correta.
( ) Contrações frequentes com intervalos irregulares e duração de até 30 segundos.
( ) Contrações regulares com duração superior a 30 segundos.
( ) Dilatação cervical de 4cm.
( ) Desconforto abdominal com movimentação fetal elevada.
( ) As contrações não se interrompem com repouso e/ou analgesia.
( ) Dilatação cervical de 2 cm.
a) V – F – V – F – V – F.
b) V – F – F – V – F – V.
c) F – V – V – F – V – F.
d) V – F – V – F – F – V.
e) F – V – F – V – F – V.
COMENTÁRIOS:
O diagnóstico do trabalho de parto se faz pela presença das seguintes condições:
• Presença de contrações uterinas a intervalos regulares, que vão progressivamente aumentando com o
passar do tempo, em termos de freqüência e intensidade, e que não diminuem com o repouso da gestante. O
padrão contrátil inicial é, geralmente, de uma contração a cada 3-5 minutos e que dura entre 20 e 60
segundos;
• Apagamento (esvaecimento) e dilatação progressivos do colo uterino.

Portanto, a sequência correta é F, V, V, F, V, F. e a alternativa a letra C.

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13. (EBSERH/HUCAM-UFES/ACOP/2014) O Ministério da Saúde tem orientações específicas sobre a
assistência ao parto em todas as suas fases. Sobre essas recomendações, assinale a alternativa correta.
a) A presença de acompanhante na sala de parto deve ser desencorajada, pois facilita a ocorrência de infecção
puerperal.
b) A ocitocina deverá ser utilizada rotineiramente durante o trabalho de parto, pois aumenta o número de
contrações, abreviando o período expulsivo.
c) A realização de episiotomia deve ser reservada somente para os casos onde haja possibilidade de rotura
perineal e/ou lacerações, não sendo recomendado seu uso rotineiro.
d) O Fleet enema são procedimentos fundamentais na prevenção das infecções puerperais e, portanto, devem
ser realizados rotineiramente.
e) A realização da amniotomia está indicada para todas as gestantes em trabalho de parto ativo a partir de
3cm de dilatação e dinâmica uterina efetiva com 2-3 contrações em 10 minutos.
COMENTÁRIOS:
Vamos comentar cada uma das alternativas.
a) Incorreta. A presença de acompanhante na sala de parto deve ser encorajada, pois o fato de a mulher
permanecer sozinha durante o trabalho de parto gera medo. Esse é um direito garantido pela Lei nº
11.108/2005.
b) Incorreta. A ocitocina NÃO deverá ser utilizada rotineiramente durante o trabalho de parto, pois pode
produzir efeitos adversos como a taquissistolia, hipertonia e hiperestimulação uterina, podendo provocar
inclusive a rotura uterina.
c) CORRETA. A realização de episiotomia deve ser reservada somente para os casos onde haja
possibilidade de rotura perineal e/ou lacerações, não sendo recomendado seu uso rotineiro.
d) Incorreta. O Fleet enema não são considerados procedimentos fundamentais na prevenção das
infecções puerperais e, portanto, seu uso rotineiro deve ser desencorajado. Alternativa
e) Incorreta. A realização da amniotomia aumenta o risco de infecção ovular e puerperal. Dessa forma, a
rotura artificial da bolsa deve ser evitada, reservando-se seu uso para aquelas condições onde sua prática seja
claramente benéfica, como é o caso de algumas distócias funcionais.

Portanto, a alternativa C está correta.

14. (EBSERH/HUCAM-UFES/ACOP/2014) A evolução clínica do parto pode ser dividida em 4 períodos. Assinale
a alternativa correta para a sequência destes períodos.
a) Período de Greenberg; Dequitação; Dilatação; Expulsão.
b) Dequitação; Dilatação; Expulsão; Período de Greenberg.
c) Período de Greenberg; Dilatação; Expulsão; Dequitação.
d) Dilatação; Expulsão; Dequitação; Período de Greenberg.
e) Dilatação; Expulsão; Período de Greenberg; Dequitação
COMENTÁRIOS:
Os períodos do trabalho de parto são: dilatação, expulsão, dequitação ou secundamento e período de
Greenberg ou puerpério imediato.

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1º Período – Dilatação
A DILATAÇÃO inicia-se com as contrações uterinas dolorosas, que começam a modificar ativamente a
cérvice (colo do útero), e termina quando sua ampliação está completa (10 cm).
As contrações uterinas iniciam com frequência de 2 a 3 em cada 10 minutos e com duração aproximada
de 40 segundos. As contrações aceleram até que ocorram com frequência de 5 a cada 10 minutos e duração
clínica de 70 segundos, quando se aproxima a expulsão do feto. Na expulsão, somam-se as contrações uterinas
aos esforços expulsivos voluntários da mãe. Cada contração dilata a colo uterino até que ele atinge 10
centímetros de diâmetro.
O rompimento da bolsa das águas (bolsa amniótica), com evasão parcial do conteúdo líquido do ovo,
ocorre em 80% dos casos, no final da dilatação ou no ínicio da expulsão.
A duração do trabalho de parto varia imensamente, mas em média dura cerca de 12 horas para
mulheres parindo pela primeira vez (primíparas), ou em torno de 8 horas em mulheres que já pariram
anteriormente (multíparas).

2º Período - Expulsivo
O PERÍODO EXPULSIVO, ou seja, o segundo período do parto, inicia-se com a dilatação total da cérvice
termina com a expulsão do feto. Caracteriza-se por esforços expulsivos maternos (puxos) e sensação de
preenchimento retal com desejo de evacuar, decorrente da pressão da apresentação fetal sobre reto e
músculos do assoalho pélvico.

3º Período - Dequitação ou Secundamento


Durante o secundamento, ocorre a separação e expulsão da placenta (dequitação). Compreende ao
desprendimento, descida e expulsão da placenta e membranas. Ocorre entre 5 a 10 minutos após término do
período expulsivo. Os principais riscos maternos são a hemorragia durante ou após essa separação e a
retenção de restos placentários.
A hemorragia pós-parto é uma das principais causas de mortalidade materna e a maioria desses casos
ocorre em países em desenvolvimento.
O exame da placenta, cordão umbilical e membranas, imediatamente após a expulsão, é prática
indispensável, principalmente para verificar a integridade, certificando-se de que não foram deixados restos
placentários ou de membrana na cavidade uterina.
Se a integridade da placenta e membranas for duvidosa, a revisão com exploração da cavidade uterina
deve ser iniciada.

4º Período - Greenberg ou Pós-parto Imediato


Classicamente denomina-se 4° período do parto (ou de GREENBERG) ao período de pós-parto imediato,
após a dequitação. Inicia-se após a dequitação da placenta e estende-se pelas primeiras horas pós-parto.
É período de risco materno, com possibilidade de grandes hemorragias, principalmente por atonia
uterina. Expulsa a placenta, por ação da gravidade ou por leve expressão/compressão do fundo uterino,
assegura-se a hemostasia pela retração uterina persistente (globo de segurança de Pinard), que promove
oclusão dos vasos na porção muscular, constituindo as ligaduras vivas de Pinard.

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Concomitantemente, ocorre o tamponamento trombótico dos vasos útero-placentários. Assim, os
mecanismos que coíbem o sangramento do pós-parto são:
 Miotamponamento: inicia-se imediatamente depois da saída da placenta e consiste na contração
potente da musculatura uterina, tamponando a saída dos vasos sanguíneos que irrigavam a placenta. Se este
mecanismo não ocorrer de forma adequada, há a chamada "hipotonia uterina", que pode resultar em
sangramentos excessivos e coloca a vida da mulher em risco.
 Trombotamponamento: depende da formação de pequenos coágulos (trombos) que obliteram vasos
uteroplacentários.
Diante do exposto, verificamos que a sequência desse período é: dilatação, expulsão, dequitação e
período de Greenberg ou 4º período.

Logo, a letra D é o gabarito da questão.

15. (EBSERH/HUJM-UFMT/AOCP/2014) De acordo com a Resolução RDC ANVISA n°. 36/2008, o Serviço de
Atenção Obstétrica e Neonatal deve dispor de materiais e equipamentos para alívio não farmacológico da dor
e de estímulo à evolução fisiológica do trabalho de parto, tal como:
a) Pinard.
b) Eletroestimulador.
c) Espirômetro.
d) Escada de Ling.
e) Banheira terapêutica.
COMENTÁRIOS:
De acordo com a RDC ANVISA n°. 36/2008, o Serviço de Atenção Obstétrica e Neonatal deve dispor de
materiais e equipamentos para alívio não farmacológico da dor e de estímulo à evolução fisiológica do
trabalho de parto, tais como:
Barra fixa ou escada de Ling, representada na figura abaixo:

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Bola de Bobath ou cavalinho, representada na figura abaixo:

Sendo assim, resposta correta é a letra D.

16. (Prefeitura de Passagem Franca – MA/IMA/2014) Na assistência de enfermagem a parturiente, no


terceiro período do parto, conhecido como dequitação ou delivramento que é caracterizado pela saída da
placenta e membranas com duração média de 30 minutos. É necessário que a equipe esteja atenta para o
volume de perda sanguínea, para não evoluir para hemorragia, que não pode passar de:
a) 300 ml de sangue.
b) 350 ml de sangue.
c) 400 ml de sangue.
d) 450 ml de sangue.
e) 500 ml de sangue.
COMENTÁRIOS:
A espoliação sanguínea do secundamento varia de 300 a 500 ml. Portanto, considera-se hemorragia
quando a perda sanguínea ultrapassa 500 ml de sangue.
Logo, gabarito letra E.

17. (EBSERH Nacional/AOCP/2015) Sobre os cuidados de enfermagem nas primeiras horas pós-parto, assinale
a alternativa correta.
a) Estimular deambulação tardia.
b) Orientar a puérpera para trocar absorvente a cada 2 horas.
c) Atentar para presença de Globo de segurança de Pinard.
d) Orientar a puérpera a deambular imediatamente após o parto.
COMENTÁRIOS:
Vamos rever alguns pontos importantes sobre o tema pós-parto, ou seja, puerpério:
Classificação do Puerpério De acordo com o Ministério da Saúde (2001), pode-se dividir o puerpério
didaticamente em:
 Imediato (1 ° ao 10° dia);
 Tardio (11 ° ao 42° dia); e

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 Remoto (a partir do 43° dia).
Para Rezende (2012), o puerpério é dividodo em:
 Imediato (1 ° ao 10° dia);
 Tardio (10 ° ao 45° dia); e
 Remoto (além do 45° dia).
Agora vamos analisar cada uma das alternativas:
a e d Incorretas. Estimular a deambulação precoce (após 6 horas do parto vaginal e 12 horas após o
parto cesáreo) evita riscos de tromboembolismo e acelera a recuperação puerperal.
b) Incorreta. Orientar a puérpera para trocar absorvente sempre que necessário.
c) Correta. Atentar para presença de Globo de segurança de Pinard (útero de consistência firme), que
se inicia com a saída da placenta, sendo um elemento primordial da hemóstase fisiológica e ocorre
para evitar possíveis hemorragias.

Dessa forma, o gabarito da questão é a letra C.

18. (Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012) Amniotomia precoce pode reduzir a duração do trabalho de


parto em 60 a 120 minutos. Porém, alguns efeitos indesejáveis podem ocorrer com essa prática, como:
a) realizar um parto a fórceps.
b) o aumento no sangramento e frequência cardíaca na mãe.
c) a diminuição da frequência respiratória e cardíaca da mãe.
d) o incremento de desacelerações precoces da frequência cardíaca do feto.
e) o aumento na contratilidade uterina é provocar pré eclâmpsia.
COMENTÁRIOS:
Como mencionado no enunciado da questão, a amniotomia precoce pode reduzir a duração do trabalho
de parto em 60 a 120 minutos, porém, efeitos indesejáveis podem ocorrer com essa prática, como o
incremento de desacelerações precoces da frequência cardíaca fetal (FCF) e alterações plásticas sobre o pólo
cefálico (bossa serossanguínea).

Portanto queridos, o gabarito é a letra D.

19. (Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012) O Método Dick-Read, considerado um dos pilares para a


educação preparatória para o parto em diversos países, orienta sobre a fisiologia do parto, exercícios para a
musculatura do períneo e do abdome e técnicas de relaxamento. Preconiza o aprendizado do relaxamento
através da concentração em cada parte do corpo, separadamente, dos pés à cabeça, contraindo e relaxando
os músculos. Recomenda-se a presença de acompanhante. Seu objetivo principal é evitar a tríade:
a) ansiedade, tremor e irritação.
b) tensão, medo e tremor.
c) medo, tensão e dor.
d) sudorese, dor e tensão.
e) tremor, dor e irritação.

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COMENTÁRIOS:
O método de Dick-Read tem como objetivo principal evitar a tríade medo – tensão – dor, pois se baseia
no fato de que o conhecimento destrói o terror e evita a tensão, controlando a dor e dessa forma favorecendo
a evolução do trabalho de parto e do parto. Enfatizam a respiração lenta, o relaxamento muscular e as
técnicas para os esforços de puxos.
Logo, gabarito letra C.

20. (Prefeitura de Camocim - CE/CONSEP/2012) A dor representa um importante sinal do início do trabalho
de parto. O componente mais importante da dor é a dilatação do colo uterino, somado a outros fatores com
EXCETO:
a) Tração e pressão nas fibras uterinas.
b) Distensão do canal de parto, tração de anexos e peritônio.
c) Pressão sobre as raízes do plexo lombo-sacro.
d) Pressão na uretra, bexiga e outras estruturas pélvicas.
COMENTÁRIOS:
A dor representa um importante sinal do início do trabalho de parto e seu componente mais importante
é a dilatação do colo uterino, somado a outros fatores como:
 contração e distensão das fibras uterinas;
 distensão do canal de parto;
 tração de anexos e peritônio;
 pressão na uretra, bexiga e outras estruturas pélvicas;
 pressão sobre as raízes do plexo lombo-sacro.

Portanto amigo (a), está incorreta a alternativa A.

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“A aprovação é uma construção diária de estudo
direcionado, disciplina e motivação!”

====================

Chegamos ao final de nossa aula.


Contamos com engajamento, estudo e determinação de todos vocês!

Profº. Rômulo Passos


Profª. Joanna Mello
Profª Raiane Ribeiro
Profª Sthephanie Abreu

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GABARITO

1-C
2-B
3-A
4-C
5-B
6-E
7-B
8-E
9-E
10 - D
11 - D
12 - C
13 - C
14 - D
15 - D
16 - E
17 - C
18 - D
19 - C
20 - A

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REFERÊNCIAS
Manuais do Ministério da Saúde:
Caderno de Atenção Básica nº 13, 2ª Ed. Câncer do Colo de Útero. Câncer de Mama. Políticas Públicas

em Saúde (http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab13).

Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco


(http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/caderno_atencao_pre_natal_baixo_risco.pdf)
Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf).
Manual Técnico de Gestação de Alto Risco – 2012
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf).
Parto, Aborto e Puerpério: assistência humanizada à mulher - 2001
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf).

Livros:
Rezende, J.F; Montenegro, C.A.B. Obstetricia Fundamental. 12. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2012.
Fernandes, R.A.Q; Narchi, N.Z (orgs). Enfermagem em Saúde da Mulher. 2. Ed. São Paulo: Manoele,
2012.
Barros, S.M.O (org). Enfermagem no ciclo gravídico-pueperal. São Paulo: Manoele, 2006.

Sites:
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/

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