AVALIAÇÃO DA

FUNCIONALIDADE EM
IDOSOS
PÓS GRADUAÇÃO EM TCC – TURMA 06
DISCIPLINA: PSICOGERONTOLOGIA EM TCC
EQUIPE:
- CRISTIANE FRANÇA; - MARRY MOREIRA;
- MARIA MYLLENA; - MARIA MILENA.
 01. ENVELHECIMENTO:

 Processo contínuo de alterações naturais que começam na idade adulta. Durante

o final da idade adulta, muitas funções corporais começam a declinar-se
gradualmente;
 Suas modificações naturais são confundidas com enfermidades e dependências
reforçando a cultura e o estereótipo de que velhice e ser velho significam
doenças;
 Encontra-se associado a uma alta frequência de incapacidades, declínio
cognitivo, hospitalizações e prejuízos funcionais.
 Paralelamente ao envelhecimento, o desenvolvimento de doenças crônicas tem
sido crescente:

Hipertensão Diabetes
Arterial Mellitus
 A maioria dos idosos é portadora de doenças ou disfunções orgânicas que,
na maioria das vezes, não estão associadas à limitação das atividades ou à
restrição de sua participação social. Assim, mesmo com doenças, o idoso pode
continuar desempenhando seus papéis sociais. É por este motivo que ocorreu a
introdução de um novo indicador de saúde:

CAPACIDADE FUNCIONAL
 02. FUNCIONALIDADE:
 Capacidade de gerir a própria vida ou cuidar de si
mesmo;
 Se adaptar aos problemas de todos os dias, apesar de
possuir uma incapacidade física, mental e/ou social;
 Eficiência do idoso em corresponder às demandas
físicas do cotidiano, que compreende desde as
atividades básicas para uma vida independente até as
ações mais complexas da rotina diária.
 03. AVALIAÇÃO FUNCIONAL:

 É uma abrangente avaliação formal do idoso em:

ASPECTOS
ATIVIDADES
PSICOSSOCIAI
DIÁRIAS
IDOSO

S
COGNIÇÃO MOBILIDADE

SISTEMA
CONTINÊNCIA
SENSORIAL
 03. AVALIAÇÃO FUNCIONAL:

 Tem como foco a determinação de potencialidades e fraquezas do idoso, desde

as condições médicas, psicológicas, até as capacidades funcionais;
 Vai além de um procedimento diagnóstico, a avaliação da funcionalidade é a
primeira etapa da intervenção, a fim de desenvolver um plano de tratamento
integrado. Visa tanto o delineamento adequado de um plano terapêutico quando
a delimitação de ferramentas para intervenção.
 ... RESPOSTAS PARA PERGUNTAS:

 Como as dificuldades cognitivas, físicas e sociais se manifestam

na rotina do sujeito?
 Quais os problemas mais relevantes e que geram maior
comprometimento funcional?
 Qual tipo de suporte está disponível para a pessoa?
 Essas pessoas conseguem desempenhar suas funções de maneira
independente?...
 04. MÉTODOS DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL:

Funcionalidade Global
AVD
• Autocuidado Instrumental • Lazer
1. Áreas de • Tomar banho • Preparar • Trabalho
• Vestir-se refeição • Produtividade
Desempenho: • Usar o telefone
AVD
AVD Básica
Avançada
2. Componentes:

• Investigação da Presença
Cognição de esquecimento e o tipo;
 2. Componentes:

Emociona • Indispensável para a preservação da

autonomia do indivíduo sendo essencial
l para a realização das atividades diárias;
2. Componentes:
Mobilidad • Alcance, Pinça, Postura,
marcha, continência
e esfincteriana;
2. Componentes:

Comunicaçã • Fala, Voz, capacidade de ouvir sons

o de baixa intensidade.
3. Contexto de Desempenho:
São as situações ou fatores que influenciam o engajamento da pessoa nas
áreas de desempenho desejadas e /ou necessárias, sendo dependentes de
aspectos temporais (idade, estado de saúde) e aspectos ambientais
(considerações físicas, sociais e culturais).
 Observação Direta: Testes de desempenho;
 Observação Indireta: Questionários (autoaplicados ou entrevistas face a
face).
 05. ÍNDICE DE KATZ:

 Avalia o desempenho dos idosos nas Atividades

Básicas de Vida Diária (ABVDs). Atividades estas
relacionadas ao autocuidado (alimentar-se, banhar-
se, vestir-se, arrumar-se, mobilizar-se, manter
controle sobre suas eliminações).
 O COMPROMETIMENTO DAS AVD BÁSICAS PODE
SER CLASSIFICADO EM:

 Independência: realiza todas as AVD;

 Semi-dependência: apresenta comprometimento em umas das funções
vegetativas simples (banhar-se e/ou vestir-se e/ou uso do banheiro);
 Dependência incompleta: comprometimento de umas das funções vegetativas
simples(transferência e/ou continência). Dependente também para banhar-se,
vestir-se ou usar o banheiro;
 Dependência completa: comprometimento de todas as AVDs.
 06. ESCALA DE LAWTON E BRODY:
 Avalia se a pessoa idosa é “dependente”,
“parcialmente dependente” ou
“independende” para realizar as Atividades
Instrumentais de Vida Diária (AIVDs). Por
exemplo: Preparar refeições, realizar
compras, utilizar transporte, cuidar da casa,
utilizar telefone, administrar as próprias
finanças, tomar seus medicamentos.
 07. QUESTIONÁRIO DE ATIVIDADES FUNCIONAIS- PFEFFER
(FUNCTIONAL ACTIVITIES QUESTIONNAIRE– FAQ)

 Avalia também as Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs) porém, as

atividades medidas no FAQ são mais complexas do que as atividades avaliadas pela
Escala de Lawton e Brody. Ele avalia o desempenho do idoso em dez AIVD que
envolvem também habilidades cognitivas, por exemplo: AIVD que envolvem
também habilidades cognitivas: controlar as próprias finanças, fazer compras,
esquentar água e apagar o fogo, preparar refeições, manter-se atualizado, prestar
atenção em uma notícia e discuti-la, lembrar-se de compromissos, cuidar da própria
medicação, manter-se orientado ao andar pela vizinhança e ficar sozinho em casa.
 08. CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE
FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE -
CIF
 É um modelo para a organização e documentação de informações sobre
funcionalidade e incapacidade. Conceitualiza a funcionalidade como uma “interação
dinâmica entre a condição de saúde de uma pessoa, os fatores ambientais e os fatores
pessoais”.

 A CIF agrupa, sistematicamente, diferentes domínios de uma pessoa com uma

determinada condição de saúde, e o que uma pessoa com uma doença ou perturbação
faz ou pode fazer.
A CIF ESTÁ ORGANIZADA EM DUAS PARTES :
Funcionalidad
Fatores
ee
Contextuais
Incapacidade

Funções e
Estruturas Ambientais
do Corpo

Atividades e
Pessoais
Participação
 09. CASO NO CONTEXTO DA CIF:
 M.O., sexo feminino, 69 anos;
 Passatempos: Tricô, leitura, ver televisão, cuidar do jardim e do
quintal da casa;
 Dor no ombro esquerdo, provocando progressiva incapacidade;
 Avaliação do fisioterapeuta: ligeira dificuldade em conduzir,
em pentear-se, lavar a cabeça e as costas, vestir-se e estender a
roupa, muita dificuldade em realizar as suas atividades no
jardim e no quintal e a fazer tricô;
 Menciona que tem dificuldade em dormir para o lado afetado;
 A execução das tarefas está condicionada pela existência muita dor
ao nível do ombro esquerdo;
 No dia-a-dia estas limitações são atenuadas, uma vez que conta com
o apoio do marido na execução das tarefas.
 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A identificação da funcionalidade dos idosos é essencial no sentido de promover um
envelhecimento ativo e manter o idoso com independência pelo maior tempo possível. Bem-
estar e funcionalidade são equivalentes. Eles representam a presença de autonomia e
independência, permitindo que o indivíduo cuide de si e de sua vida. A funcionalidade
global é o ponto de partida para a avaliação da saúde do idoso. A presença de declínio
funcional não pode ser atribuída ao envelhecimento normal, e sim às incapacidades mais
frequentes no idoso. Identificar os principais itens de dependência dos idosos e os limites
que causam na qualidade de vida, tal como demonstrado por esse estudo, são fatores
fundamentais para garantir o bem-estar na população idosa.
 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Apóstolo, J. L. A. Instrumentos para Avaliação em Geriatria (Geriatric Instruments). Escola Superior
de Enfermagem de Coimbra. 2012;
 Moraes, E. N. et al. Avaliação Muldimensional do Idoso. SAS. – Curitiba: SESA, 2018.
 Santos GS, Cunha ICKO. Capacidade funcional e sua mensuração em idosos: uma revisão integrativa.
Rev Fam Ciclos de Vida Saúde Contexto Soc. [Internet: acesso em 24 mai. 2019]. Disponível em:
http://www.uftm.edu.br/revistaeletronica/index. php/refacs/article/view/968;
 Silveira SC, Faro AC, Oliveira CL. Atividade física, manutenção da capacidade funcional e da
autonomia em idosos: revisão de literatura e interfaces do cuidado. Estud Interdiscipl Envelhec
[Internet]. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/RevEnvelhecer/article/viewFile/9804/14650.