Você está na página 1de 36

Estudo das Atividades de Vida Diária

(AVD): Definições Conceituais

Profª Ciomara Maria Pérez Nunes


DTO / UFMG

Estes slides são de orientação da professora em sala de aula. O


conteúdo deve ser estudado na fonte bibliográfica original citada.
Definições Conceituais
Carleto, Daniel G.S.; Souza, Alessandra C.A.; Silva,
Marcelo; Cruz, Daniel M.C. & Andrade, Valéria S.
(tradução). Estrutura da prática da terapia ocupacional:
domínio e processo – 2ª edição. Rev. Triang.: Ens. Pesq.
Ext., Uberaba (MG), v.3. n.2, p. 57-147, jul/dez. 2010.

OMS. Classificação Internacional de Funcionalidade,


Incapacidade e Saúde – CIF. Edusp, 2003.
Definições
Associação Americana de Terapia Ocupacional (AOTA):

• Carleto, Daniel G.S.; Souza, Alessandra C.A.; Silva, Marcelo; Cruz, Daniel
M.C. & Andrade, Valéria S. (tradução). Estrutura da prática da terapia
ocupacional: domínio e processo – 2ª edição. Rev. Triang.: Ens. Pesq. Ext.,
Uberaba (MG), v.3. n.2, p. 57-147, jul/dez. 2010.

Organização Mundial de Saúde (OMS):

• OMS. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde


– CIF. Edusp, 2003.

Complementos: livros e periódicos de Terapia Ocupacional


AOTA
Clientes :

• Pessoas, incluindo famílias, cuidadores, professores, empregadores


e outros relevantes.

• Organizações, tais como empresas, indústrias ou agências; e

• Populações dentro da comunidade, tais como refugiados, veteranos


que estão desabrigados e pessoas com condições de doenças
crônicas incapacitantes
AOTA
Domínio da Terapia Ocupacional:

 apoiando a saúde e a participação na vida através do envolvimento em


ocupação.
AOTA

Processo da Terapia Ocupacional:

 modo de operacionalização das especialidades para proporcionar serviços


aos clientes Esse processo inclui avaliação, intervenção e revisão da
intervenção; está relacionado com o domínio e envolve colaboração entre
o terapeuta ocupacional e o cliente - centrado no cliente.
AOTA

Figura. 1. Domínio da Terapia Ocupacional. Apoiar saúde e participação na vida através do


envolvimento em ocupação.
AOTA

Figura. 2. Processo da Terapia Ocupacional. Colaboração entre o praticante e o cliente é central para a
interação natural do serviço prestado.
AOTA

Figura. 3. Terapia Ocupacional. O domínio e o processo são intrinsecamente ligados.


AOTA

AVALIAÇÃO

Perfil Ocupacional – Passo inicial no processo de avaliação que fornece uma compreensão das experiências
e histórias ocupacionais do cliente, padrões de vida diária, interesses, valores e necessidades. Os
problemas e preocupações do cliente sobre o desempenho em ocupações e atividades de vida diária são
identificados e as prioridades do cliente são determinadas.

Análise do Desempenho Ocupacional – Passo no processo de avaliação durante o qual as habilidades,


problemas ou problemas potenciais do cliente são mais especificadamente identificados. O desempenho
real é frequentemente observado no contexto para identificar o que apóia o desempenho e o que o
impede. As habilidades de desempenho, padrões de desempenho, contexto ou contextos, as demandas da
atividade e os fatores do cliente são todos considerados, mas somente os aspectos selecionados devem ser
avaliados em específico. Resultados almejados são identificados.

Figura 5. Processo de Prestação de Serviço O processo de fornecer o serviço é aplicado dentro do domínio profissional
para apoiar a saúde do cliente e a participação
AOTA

INTERVENÇÃO
Plano de Intervenção – Plano que irá guiar as ações tomadas e que é desenvolvido
em colaboração com o cliente. Isto é baseado na seleção de teorias, estruturas de
referência e evidência. Os resultados a serem focados são confirmados.

Implementação da Intervenção – Ações contínuas tomadas para influenciar e apoiar


a melhora do desempenho do cliente. As intervenções são direcionadas a resultados
identificados. Resposta do cliente é monitorada e documentada.

Revisão da Intervenção – Revisão do plano de intervenção e do processo assim como


o seu progresso em relação aos resultados determinados. RESULTADOS (Apoiar a
saúde e a participação na vida através do envolvimento em ocupação)

Figura 5. Processo de Prestação de Serviço O processo de fornecer o serviço é aplicado dentro do domínio profissional
para apoiar a saúde do cliente e a participação
AOTA

RESULTADOS

Determinação do sucesso em alcançar os resultados


determinados e desejados. A informação da
avaliação do resultado é usada para planejar ações
futuras com o cliente e para avaliar o programa de
serviço (ex. programa de avaliação).
Figura 5. Processo de Prestação de Serviço O processo de fornecer o serviço é aplicado dentro do domínio profissional
para apoiar a saúde do cliente e a participação
AOTA
Áreas de Ocupação:
 Atividades de Vida Diária (AVD)*
 Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD)
 Descanso e Dormir
 Educação
 Trabalho
 Brincar e Lazer
 Participação Social

• Também se refere como:


 Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD) ou
 Atividades Pessoais da Vida Diária (APVD)
AOTA

Fatores do Cliente:

 Valores,
 Crenças e
 Espiritualidade

 Funções do Corpo
 Estruturas do Corpo
AOTA

Habilidades de Desempenho:

 Habilidades Percepto- Sensoriais


 Habilidades Práxica e Motora
 Habilidades de Regulação Emocional
 Habilidades Cognitivas
 Habilidades Sociais e de Comunicação
AOTA

Padrões de Desempenho:

 Hábitos
 Rotinas
 Papéis
 Rituais
AOTA

Contextos de Desempenho:

 Cultural
 Pessoal
 Físico
 Social
 Temporal
 Virtual
AOTA

Demandas da Atividade:

 Objetos usados e suas propriedades


 Demandas do espaço
 Demandas sociais
 Sequência, tempo
 Ações requeridas

 Funções do corpo requeridas


 Estruturas do corpo requeridas
AOTA
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVDs)
 Atividades que são orientadas para o cuidado do
indivíduo para com seu próprio corpo (adaptado de
ROGERS & HOLM, 1994, pp. 181-202).

 AVD também é chamada como atividades básicas da vida


diária (ABVD) e atividades pessoais da vida diária (APVD).

 Estas atividades são:


o fundamentais para viver no mundo social;
o elas permitem a sobrevivência básica e o bem-estar
(CHRISTIANSEN & HAMMECKER, 2001, p.156).
OMS / CIF

Realizar a rotina diária:

 realizar ações coordenadas simples ou complexas de


modo a poder planear, gerir e responder
 às exigências das tarefas e das obrigações do dia-a-dia,
como por exemplo, administrar o
 tempo e planear as atividades individuais ao longo do dia
 Inclui: gerir e concluir a rotina diária; gerir o seu próprio
nível de atividade.
Um Conceito de Saúde
O conceito de saúde proposto pela
Organização Mundial de Saúde é o “bem-
estar integral”- físico, mental e
social - e não uma mera ausência de
doença
(OMS, 1948)

Bem-estar = Qualidade de Vida


Um Conceito de Saúde
BIOSFERA
SOCIEDADE / NAÇÃO
CULTURA / SUBCULTURA
COMUNIDADE
FAMÍLIA
DíADE

INDIVÍDUO(EXPERIÊNCIA E COMPORTAMENTO)

SISTEMA NERVOSO
ORGÃOS / SISTEMAS ORGÂNICOS
TECIDOS
CÉLULAS
ORGANITOS / ORGANELOS
MOLÉCULAS
ÁTOMOS
PARTÍCULAS
SUBATÓMICAS

Fonte: Engel G. L. (1980). The Clinical Application of the


BiopsychosocialModel. American Journal of Psychiatry, 535-544.1980
Outros domínios Domínios de saúde
de bem estar: de bem estar:
Estudar Olhar
Trabalhar Falar
Conviver Lembrar
etc. etc.
Interação de Conceitos - CIF 2001

Estado de Saúde
(distúrbio/doença)

Função&Estrutura Atividades Participação


Corporal (Limitação / (Restrição)
(Deficiência) Capacidade)

Fatores Fatores
Ambientais Pessoais
Conceitos

Modelos Vigentes

Modelo Biomédico = Tradicional

Modelo Biopsicossocial = Atenção Integral à


Saúde

Doença & Saúde


Modelo
Nem sempre ausência de sintomas significa
“ser saudável”. Viver na apatia e na
desesperança, grandes males da vida
moderna, também são indicadores de
doenças, embora inicialmente não
identificados por uma sintomatologia.

Modelo holístico e indivisível


Modelo
Visão integral do ser e do adoecer com
dimensões física, psicológica e social.
Aprendizado e evolução das habilidades
técnico-instrumentais, evolua para as
capacidades relacionais para o vínculo e a
comunicação efetiva.

Problemas e preocupações de quem é cuidado


são entendidos por aqueles que oferecem
cuidados
CIF: Classificação, não Avaliação
Avaliação é um processo e não se restringe às
diferentes medidas;

Associar métodos narrativos, de exame clínico


e de funcionalidade.

Aplicar a CIF quando a avaliação está


concluída e depois das reavaliações
posteriores –impacto na participação efetiva.

Classificar para atender biopsicossocialmente


CIF: Raciocínio Clínico

Limitação dos métodos de construção


do pensamento ‘heurístico’ – atalho
mental linear que pode criar
estereótipos
&
Amplitude dos métodos de construção
do pensamento ‘algoritmo’ – rede de
processamento que se constrói dinâmica
e individualmente.

Análise e correlações para cada indivíduo


CIF no Ensino e na Clínica
Modelo de Saúde

Distinção entre Avaliação e Classificação

Raciocínio Clínico

Integração de Procedimentos Técnicos

Classificar para atender biopsicossocialmente


CIF na Prática

Construção do pensamento

’algoritmo’

rede de processamento que se constrói


dinâmica e individualmente.

Praticar biopsicossocialmente
CIF Níveis de Codificação - Taxonomia
(Tronco-galho-ramo-folha)
Visão de cores

Qualidade da visão

Visão

Funções sensoriais
e dor
Componentes da CIF
Funções
e Atividades Fatores
Estruturas e Ambientais
do Corpo Participação

Funções Capacidade Barreiras

Estruturas Desempenho Facilitadores


Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde
AVD
Uso do Chuveiro/ banheira
Vestir-se
Preparação café da manhã
Preparação do almoço
Preparação do jantar
Lavando os pratos
Checando correspondência
Lavanderia
Trancando a porta
Programando despertador
Levando lixo para fora
Cuidado dos dentes
Atividades de lazer
Compras de supermercado
Limpando a casa
Obrigada

Estudem pelos capítulos dos livros e


artigo!

ciomara-nunes@ufmg.br

Você também pode gostar