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AULA 1

Políticas de Atenção à Saúde da Criança


e do Adolescente

Disciplina: Processo de Cuidar da Saúde da Criança e do Adolescente

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AULA 1

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

• Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de:

• Reconhecer as principais políticas de saúde da criança e do adolescente


• Compreender as principais políticas, por meio da visualização de uma linha do
tempo em ordem cronológica
• Entender os direitos de saúde da criança e do adolescente garantidos por lei.

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GESTÃO DE SAÚDE DA CRIANÇA NO
BRASIL
• Antes de adentrarmos nas políticas, vamos observar como evoluiu a gestão de
saúde da criança ao longo dos anos no Brasil.

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AULA 1
GESTÃO DE SAÚDE DA CRIANÇA NO
BRASIL
• 1984 – É importante destacar que neste ano o programa PAISMC deu lugar a dois
programas específicos para a saúde da mulher e da criança, que funcionavam de
forma integrada:
• Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM)
• Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC).

• 1990: Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)


• Embora não esteja nesta linha do tempo, vale destacar que em 1990 foi
sancionada a lei 8069/90 que regulamenta o ECA, o qual se fundamenta na
Doutrina da Proteção Integral à criança e ao adolescente.
• O ECA reconhece todas as crianças (até 12 anos incompletos) e adolescentes de 12
a 18 anos de idade como SUJEITOS DE DIREITOS.

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GESTÃO DE SAÚDE DA CRIANÇA NO


BRASIL

• 1998 – Surgiu a Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno


(ATSCAM) que funciona até hoje.
• A ATSCAM é o setor do Ministério da Saúde (MS) responsável por propor e
coordenar as políticas governamentais de atenção à saúde da criança brasileira de
zero a nove anos de idade.

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Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento


Materno (ATSCAM)

• Uma de suas principais atribuições é apoiar os estados e municípios a colocar em


prática as recomendações e políticas públicas elaboradas, de forma a cumprir os
compromissos assumidos pelo Brasil, de proteção e atenção à saúde da criança,
como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), o Pacto pela Saúde, o
Pacto de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, e o Pacto pela Redução da
Mortalidade Infantil no Nordeste e Amazônia Legal.

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Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento


Materno (ATSCAM)

• A ATSCAM propõe modelos


de atenção que integram
ações de promoção,
vigilância, prevenção e
assistência em “linhas de
cuidado”, que
interrelacionam-se visando à
atenção integral da saúde da
criança; conforme ilustrado
na Figura 2:

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Políticas de saúde voltadas para a saúde da


criança

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POLÍTICAS DE SAÚDE VOLTADAS PARA A SAÚDE


DA CRIANÇA
• Nos últimos 70 anos, importantes leis e portarias foram publicadas no país, a fim
de assegurar o direito da criança brasileira de 0 a 9 anos à saúde. Hoje, a
legislação brasileira trata de uma série de temas, como imunização, aleitamento
materno, atenção à saúde do recém-nascido, nutrição, prevenção de acidentes e
violências e muitos outros.
• Assim, as principais políticas serão apresentadas em ordem cronológica nos slides
a seguir.

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PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO – Desde


1973
• Responsável por organizar, coordenar e operacionalizar a produção, o
armazenamento e a distribuição de vacinas, bem como as ações de
imunização em todo território nacional.
• Metas de imunização para redução de casos e erradicação de doenças.
• 2006: Institui os calendários de vacinação da criança, adolescente, adulto e
idoso

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ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS


PREVALENTES NA INFÂNCIA – AIDPI - 1992

 Estratégia construída pela OMS e Pontos Fundamentais da estratégia:


UNICEF em 1992, para intervir na
redução da morbidade (doença) e  Escutar atentamente a mãe
 Usar palavras que a mãe possa
mortalidade das crianças.
entender
 Dá-lhe tempo para responder
 Educação/informação, não apenas suas perguntas
para os cuidados da criança  Avaliar e comprovar se a mãe
enferma, mas da criança sadia. está compreendendo suas
orientações.

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ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS


PREVALENTES NA INFÂNCIA – AIDPI - 1992
1995: Se deu a implantação no Brasil

Objetivos do AIDPI:
• Assistência às doenças diarreicas em crianças menores de 5 anos
• Assistência às IRA em menores de 5 anos
• Atividades Educativas de promoção da saúde e prevenção das doenças
• Assistência a outras doenças prevalentes
• Garantia de acesso a referência hospitalar e ambulatorial quando necessário, de
forma programada com mecanismos de regulação.

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HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA - DESDE 1994

• Assegura um incentivo a mais sobre a assistência ao


parto, aos Hospitais Amigos da Criança, vinculados ao
Sistema Único de Saúde.
• É uma parceria entre UNICEF e Ministério da Saúde
• Para tanto, é necessário para o Hospital cumprir os
requisitos dos 10 Passos para o Sucesso do Aleitamento
Materno.

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HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA - DESDE 1994


OS DEZ PASSOS PARA O ALEITAMENTO MATERNO
1.Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser
rotineiramente transmitida a toda a equipe do serviço.
2. Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar esta norma.
3. Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo da amamentação.
4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto.
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se
vierem a ser separadas de seus filhos.
6. Não oferecer nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não
ser que tenha indicação clínica.
7. Praticar o alojamento conjunto
8. Encorajar a amamentação sob livre demanda.
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HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA - DESDE 1994

OS DEZ PASSOS PARA O ALEITAMENTO MATERNO - continuação


9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as
mães devem ser encaminhadas.

Hospitais atualmente credenciados no Ceará:

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• Até então, o Ceará possui 30 unidades certificadas, sendo quatro
delas na capital cearense:
Maternidade Escola Assis Chateaubriand, gerido pela Universidade
Federal do Ceará (UFC);
Hospital Geral Dr. César Cals e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF),
dirigido pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa);
Hospital Cura Dars, que é privado. Contudo, nenhuma delas é
administrado pela Prefeitura de Fortaleza. O Gonzaguinha da Barra será
o primeiro;
Hospital Gonzaguinha da Barra.
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REDE BRASILEIRA DE BANCO DE LEITE HUMANO


(1999)
• Uma das principais estratégias da política governamental de promoção do
aleitamento materno.
• Além de coletar, processar e distribuir leite humano, os bancos de leite prestam
assistência às lactantes cujos filhos estão hospitalizados ou que tenham
dificuldades com a amamentação em qualquer momento.
• A maior e mais complexa do mundo, com 271 unidades.
• Entre 2003 e 2008 a coleta de leite aumentou 56%, o número de doadoras
praticamente dobrou, chegando a 113 mil e o número de crianças beneficiadas
cresceu 50%

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CADERNETA SAÚDE DA CRIANÇA – 2020


• Entregue gratuitamente nas maternidades do SUS
• Acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento
infantil – Gráficos
• Agendamento/aplicação das vacinas
• Registro das consultas e internações
•Contém informações acerca dos direitos dos pais e da
criança
•Atualmente: versão menina e menino

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MÉTODO CANGURU – IMPLANTAÇÃO EM 2007


• Atenção Humanizada ao Recém-Nascido Prematuro e ou de Baixo Peso

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MÉTODO CANGURU – IMPLANTAÇÃO EM 2007


• 1979 – uma forma revolucionária na humanização do cuidado de bebês,
fazendo com que o calor, os batimentos cardíacos e a respiração da mãe
estimulem o crescimento.
• Tem como principal objetivo reduzir a Mortalidade Neonatal e Humanizar o
cuidado ao RN
• Reduz também a taxa de mortalidade infantil
• Os bebês ficam mais tranquilos, respiram melhor porque a respiração da mãe
lembra ao pequenino que ele precisa respirar.
• Os bebês crescem mais rápidos e se sentem acolhidos.

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REDE AMAMENTA BRASIL (2007/2008)

• Objetivos:
• O incentivo ao Aleitamento Materno (AM) na Atenção Básica
• Desenvolvimento de competências nos profissionais.
• Discutir a prática do AM no contexto do processo de trabalho.
• Ações de promoção, proteção e apoio ao AM.
• Monitorar os índices de AM nas populações atendidas pelas UBS certificadas pela
Rede Amamenta Brasil.

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PROTEÇÃO LEGAL AO ALEITAMENTO MATERNO


– atualização em 2010
 2010 - Licença Maternidade de 6 meses aprovada no Senado Federal

 Hoje a licença beneficia servidoras públicas e é facultativo as empresas


privadas que tem liberdade para aderir ou não a extensão do beneficio e são
estimuladas redução de impostos.
 O Brasil foi um dos primeiros países a adotar o Código Internacional de
Substitutos do Leite Materno: regulamenta a promoção comercial e dá
orientações do uso apropriado de alimentos para crianças de até três anos.

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2011 - REDE CEGONHA

• Estratégia do Ministério da Saúde, operacionalizada pelo SUS, que visa


implementar uma rede cuidados para assegurar os direitos da mãe e do RN.

Objetivos:
1. Novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à saúde da criança.
2. Rede de atenção que garanta acesso, acolhimento e resolutividade.
3. Redução da mortalidade materna e neonatal

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2011 - REDE CEGONHA


DIREITOS DA MÃE E DO RN:

• Atenção humanizada na gravidez, parto e puerpério.


• A criança tem o direito ao nascimento e ao crescimento e desenvolvimento
saudável.
• Vinculação da gestante à unidade de referência para assistência ao parto.
• Realização de parto e nascimento seguros, através de boas práticas de atenção.
• Acompanhante no parto, de livre escolha da gestante.
• Atenção à saúde da criança de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade.
• Acesso ao planejamento reprodutivo.

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Políticas de saúde voltadas para a


saúde do adolescente

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POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À


SAÚDE DE ADOLESCENTES E DE JOVENS – 2004
• Objetivo Geral:
• Promover a atenção integral à saúde de adolescentes e de jovens, de 10 a 24
anos, no âmbito da POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE, visando à promoção de
saúde, à prevenção de agravos e à redução da morbimortalidade.

• Esta política considera a Adolescência como:


• O período entre 10 e 19 anos, 11 meses e 29 dias de idade, e o situado entre 15
e 24 anos é considerado juventude.

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AULA 1

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL À


SAÚDE DE ADOLESCENTES E JOVENS NA PROMOÇÃO,
PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE - 2010

o Estas Diretrizes fazem parte do processo de construção da Política Nacional de


Atenção à Saúde Integral de Adolescentes e Jovens

o Eixos estratégicos de atuação da política:


1. Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
2. Atenção integral à saúde sexual e saúde reprodutiva
3. Atenção integral no uso abusivo de álcool e outras drogas por pessoas jovens

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POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À


SAÚDE DE ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI -
2004
o Reconhece que o adolescente tem todos os direitos fundamentais inerentes a
pessoa humana sem prejuízo de sua proteção, mesmo que tenha cometido
uma ato infracional.
• Ações de saúde que devem ser ofertadas:
• A promoção e a proteção da saúde.
• Práticas educativas e a prevenção de agravos.
• Ações de assistência à saúde, tendo como prioridade: Acompanhamento do
desenvolvimento físico e psicossocial; saúde sexual e saúde reprodutiva;
imunização; saúde bucal; saúde mental; controle de agravos; e assistência à
vítima de violência.
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CADERNETA SAÚDE DO ADOLESCENTE - 2009


• A caderneta assegura a promoção do crescimento e o desenvolvimento
saudáveis do adolescente sendo fundamental para que adolescentes de ambos
os sexos sejam acompanhados sistematicamente nas Unidades de Atenção
Primária à Saúde, assim como em outros níveis de complexidade do SUS.

A caderneta de saúde do adolescente é


considerada um instrumento de cidadania para
essa população.

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AULA 1

CADERNETA SAÚDE DO ADOLESCENTE - 2009


Componentes da caderneta:
• Estágios de Tanner - genitália
• Direitos
• Estágios de Tanner - pelos pubianos
• Dicas de saúde
• Polução noturna
• Alimentação saudável
• Circuncisão
• Estatura
• Higiene
• Meu desenvolvimento
• Sexualidade
• Dentes limpos
• E se acontecer uma gravidez...
• Vacinas
• Sexo seguro
• Imunização
• Puberdade
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AULA 1

CHEGAMOS AO FIM DA AULA...


PARA QUE TENHA MELHORES RESULTADOS, RECOMENDAMOS QUE LEIA O
MATERIAL DE REFERÊNCIA.

Referências:
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Área Técnica de
Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Gestões e gestores de políticas
públicas de atenção à saúde da criança: 70 anos de história. Brasília : Ministério
da Saúde, 2011. 80 p. : il. – (Série I. História da Saúde)
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes nacionais para a atenção integral à
saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde.
Brasília : Ministério da Saúde, 2010.
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Grata pela atenção!

Ms. Juliana Sampaio dos Santos

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