Você está na página 1de 15

OT 3 - 3ª ETAPA

Rede Cegonha
O QUE É A REDE CEGONHA?
A Rede Cegonha é uma rede temática que foi instituída em 2011, como
estratégia do Ministério da Saúde no âmbito do SUS. Organiza-se de modo
a assegurar:

Acesso, acolhimento e resolutividade voltado ao pré-natal, parto e


nascimento, puerpério e sistema logístico (transporte sanitário e
regulação)
REDE CEGONHA
Objetivos

I - Fomentar implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e da


criança - atenção ao parto, nascimento, crescimento e desenvolvimento da criança
de 0 - 24 meses.

II - Organizar a rede de atenção à saúde materna e infantil - acesso, acolhimento,


resolutividade.

III - Reduzir mortalidade materna e infantil.


REDE CEGONHA
Diretrizes

I - garantia do acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade,


ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré-natal;

II - garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro;

III - garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento.

IV- Garantia da atenção à saúde das crianças de zero a vinte e quatro meses com
qualidade e resolutividade;

V- Garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo.


COMPONENTES DA REDE CEGONHA
A) PRÉ-NATAL (MÍNIMO
6 CONSULTAS)
APS - captação precoce de gestantes (até 12ª semana de gestação);
Acolhimento às intercorrências, estratificação de risco e vulnerabilidade;
Encaminhamento para pré-natal de alto risco (se necessário);
Realização e exames de pré-natal de alto e baixo risco em tempo oportuno;
Programas educativos voltados à saúde sexual e reprodutiva;
Prevenção e tratamento de ISTs;
Apoio às gestantes nos deslocamentos para consultas pré-natais e para o
local que será realizado o parto.
VANTAGENS DO PRÉ-NATAL
Prevenção e detecção precoce de enfermidades - RN e gestante;
→ Identifica doenças prévias da mãe - HAS, DM, sífilis etc.
→ Detecta malformações fetais, o que permite tratamento intraútero.
Prepara mulher para maternidade (psicológico, dieta, higiene, exercícios, hábitos);
Avalia aspectos da placenta - localização aadequada ou inadequada, riscos de
hemorragia;
Avaliação batimento cardíaco fetal;
Tratamento doenças da gestação (pré-eclâmpsia, DMG);
Tratamento de manifestações físicas da gestação - ex: hiperêmese gravídica.
B) PARTO E
NASCIMENTO
Suficiência de leitos obstétricos e neonatais (UTI, CTI) de acordo com as
necessidades regionais;
Ambiência das maternidades;
Garantia de acompanhante no processo do parto (antes, durante, após);
Acolhimento com classificação de risco nos serviços obstétricos e neonatais;
Implementação de equipes horizontais no cuidado obstétrico e neonatal.
C) PUERPÉRIO E ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA
Incentivo ao aleitamento materno e da alimentação complementar
saudável;
Acompanhamento da puérpera e da criança (visita domiciliar);
Busca ativa de crianças vulneráveis;
Prevenção e tratamento ISTs;
Estratégias de comunicação social - saúde da criança, saúde sexual e
reprodutiva;
Orientação e oferta de métodos contraceptivos;
Atenção ao calendário vacinal da criança;
Teste do pezinho (entre 3º e 5º dia de vida).
C) PUERPÉRIO E ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA
Teste do pezinho (entre 3º e 5º dia de vida)

Identifica - fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, doenças


falciformes e outras hemoglobinopatias, deficiência de biotinidase, hiperplasia
adrenal congênita e toxoplasmose congênita.
PUERPÉRIO E ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA
VISITA DOMICILIAR

Deve ocorrer na primeira semana após alta do bebê;


Caso RN de alto risco, visita por ACS ou enfermeiro nos primeiros 3 dias após
alta;
Retorno da mulher e do RN na APS entre 7 a 10 dias após o parto.

OBS: Se possível, oportunizar tudo na mesma data - consultas para mãe e RN,
estimulando a presença do pai sempre que possível.
Consulta do 5º dia do RN.
PUERPÉRIO E ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA
PUERICULTURA (Foco Rede Cegonha 0-2 anos)

Analisar: distúrbio no crescimento, desenvolvimento físico e mental


adequado, saúde nutricional;
Receber visita domiciliar (ACS) na 1ª semana de vida - analisar sinais de
alerta;
Consultas: mensais até 6º mês de vida, trimestral do 6ª ao 12ºmês de
vida, semestral do 12º ao 24º mês e anual de 3º ao 19º ano de vida;
D) SISTEMA LOGÍSTICO (TRANSPORTE
SANITÁRIO E REGULAÇÃO)
Regulação: implantação e/ou implementação da regulação de leitos
obstétricos e neonatais, assim como regulação de urgências e regulação
ambulatorial (consultas e exames);

Implantação do modelo “Vaga Sempre” - vinculação da gestante ao local


de ocorrência do parto;

Situações de urgência - transporte seguro para gestantes, puérperas e RN -


SAMU CEGONHA → equipadas com incubadoras e ventiladores neonatais.
MORBIMORTALIDADE
INFANTIL (< 1 ANO)
Principais Causas Morbimortalidade Infantil

Assistência pré-natal inadequada;


Falta de acompanhamento ao RN;
Prevalência de doenças respiratórias (infecções respiratórias agudas - IRA) -
pneumonias;
Desnutrição e anemias (falta de assistência nutricional, doenças carenciais).

OBS: Diarreia ainda é um fator importante na morbimortalidade em menores de 5 anos


de idade.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL
À SAÚDE DA CRIANÇA
A política se estrutura em 7 (sete) eixos estratégicos, com a finalidade de
orientar e qualificar as ações e serviços de saúde da criança no território
nacional, considerando os determinantes sociais e condicionantes para
garantir o direito à vida e à saúde, visando à efetivação de medidas que
permitam o nascimento e o pleno desenvolvimento na infância, de forma
saudável e harmoniosa, bem como a redução das vulnerabilidades e riscos
para o adoecimento e outros agravos, a prevenção das doenças crônicas na
vida adulta e da morte prematura de crianças.

Você também pode gostar