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DEUSES LATINOS - AS DEUSAS DA FERTILIDADE E DO PARTO;

DA SORTE E DA FORTUNA, por arturjotaef

Figura 1: Três Fortunas Romanas: Spes, Ops & Copia. (Musée du Louvre.
Relief, (...), fut découvert sur la Via Appia: il pourrait provenir du Triopeion, vaste
complexe funéraire construit, au IIe siècle après J.-C., par Hérode Atticus).
A maior parte dos panteões não têm deuses específicos da “boa sorte” e da
fortuna mas apenas deuses da fatalidade e do destino que, tanto podem ser de
felicidade, como de tragédia e má sorte o que de certo modo estava ainda implícito no
conceito da “roda da fortuna” que, como os gráficos de acontecimentos cíclicos, tem
altos e baixos porque depois dos dados lançados, a roleta do casino traz até mais azar
do que sorte! Para deuses da fatalidade e do destino podemos encontrar uma longa lista
de deidades de todo o mundo embora a especificidade deste papel seja duvidosa
porque pertence genericamente aos vários atributo da deusa mãe primordial incluindo
o da felicidade, da “boa sorte” e da fortuna que dependia da fecundidade e fertilidade
da natureza de que decorria a fartura das famílias humanas.
Sendo assim, não seria de espantar que este papel coubesse também a Vénus
Felicitas entre os romanos e a Hator entre os egípcios.
Por outro lado, só na aparência existem panteões tão diversificados nos nomes e
nas funções que seja possível considerar que se tratem sempre de entidades
perfeitamente autónomas e independentes como de personalidades tão divinas quanto
reais se tratassem. A cultura é a espuma do tempo e as religiões são sempre um
processo de produção de conceitos e palavras como “claras em castelo” por
ruminância e metalinguagem sobre os escassos recursos, mais imaginativos que reais,
da tradição oral (o passado volátil da humanidade) que mais não é do que o presente
infantil de cada um de nós, feito de lugares comuns e de trivialidades essenciais.
O processo de racionalização dos panteões, que outrora eram confusos e
dependentes das vicissitudes dos tempos e dos lugares bem como dos caprichos e
vaidades de algumas figuras carismáticas da história (que ficaram ocultos para além
das lendas ou petrificados em mitos) começaram com os esforços de Tudália IV e
acabaram no panteão olímpico dos gregos que o helenismo iria glosar até à exaustão
na vã esperança de alcançar uma teologia racional que permitisse passar dos símbolos
míticos às metáforas morais pela via dos deuses alegóricos.
As divindades “alegóricas” - como Força, Poder, Loucura, Petulância,
Fortuna e o Sonho, Sono, Lei, Decência, Pudor, Luxúria, Poder, Loucura e outras
tantas divindades que povoam o imaginário da mitologia greco-romana - são assim
designadas por não terem “vontade própria”, como as demais divindades quer
Olímpicas, quer Telúricas, quer Subterrâneas. Não são nada mais do que os "agentes"
das vontades dos deuses soberanos, como Júpiter, Juno, Miverna, Vênus, Prosérpina
e outros mais.
Obviamente que na ausência de uma teoria científica e racional da natureza a
mitologia clássica, herdada da arcaica, só poderia começar a explicar o mundo tal
como começava a ser intuído pelo empirismo helenista com a ajuda de deuses ex
maquina e de alegorias. No entanto, muitas destas entidades teriam sido nomes de
deuses antiquíssimos não porque tivesse havido uma infinidade de deuses, mas porque
a mesma divindade tinha uma miríade de nomes e ofícios como se reconhecia à grande
deusa Mãe e, explicitamente, a Ísis / Inana / Istar.
Outra deusa egípcia associada ao parto e, portanto, possível variante desta (ou
vice-versa) era Taverete ou Tueris.
Figura 2: Tueris é a transliteração grega do nome
egípcio TA-WERET ("A Grande"), uma denominação dada à
deusa dos nascimentos Apet, que também simbolizava a
maternidade e a lactação.
Tueris, "A Grande", era a deusa da fertilidade e
protectora das embarcações e das grávidas. Figura grávida, de
pele negra, cabeça de hipopótamo ou de mulher, com chifres e
disco solar, patas de leão, cauda de crocodilo e seios muito
grandes. Também como foi representada como uma grande
porca.

Esta deusa era popular entre os homens e mulheres


vulgares. Ela era responsável por fertilidade e protegia as
mulheres antes, durante, e depois de parto. O marido dela era Bes,
o Deus de Prazer. por Emily Hancock, Clarksville Escola
Mediana.

Représentée appuyée sur l'Ânkh, l'aspect hybride de la


déesse symbolise à la fois la fécondité et la férocité de la mère
défendant sa progéniture.

Les femmes enceintes portaient souvent des amulettes à son effigie pour se
protéger du mauvais sort. La déesse elle-même est souvent représentée portant
l'amulette Sa, le symbole de la protection.
O conceito da “boa sorte” começou onde ainda hoje é mais apreciada ou seja,
na hora do parto que se queria “pequenina” mas que nem sempre o era.
A seguir ao parto vem a lactação que parece ter ficado a cargo da deusa mãe das
cobras cretenses na variante de Renenutet.
En Egipto las serpientes son divinidades protectoras y maléficas. Pero Renenutet,
una divinidad con cabeza de serpientes, tiene carácter benéfico; es protectora del niño real y
también diosa de la suerte. Esta vinculada a la fertilidad y a las cosechas. A ella se le
dedicaba la primera gota de agua, vino, cerveza y el primer pan.

Re-ne-nut-et (also known as Termuthis, Ernutet, Renenet) was a cobra goddess from
the Delta area. She was depicted either as a woman, a cobra or a woman with the head of a
cobra wearing a double plumed headdress or the solar disk. She was also depicted with a
lions head, like Hathor in her form of the "Eye of Ra". She was a powerful goddess, whose
gaze destroyed her enemies. In the underworld she became a fearsome fire-breathing cobra
who could kill with one gaze. (…)

Renenutet was sometimes considered to be the wife of Geb (the earth god) and the
mother of Nehebkau (the snake god who guarded the entrance to the underworld and
protected Ra as he passed through every night), but other traditions held that she was married
to Sobek or Shai, the god of destiny . She was the mother of Nepri, the personification of corn,
who was closely associated with Osiris. According to the Pyramid Texts, Renenutet was the
goddess of plenty, and good fortune. No seu papel de deusa da fertilidade, Renenutet era
conhecida como Senhora dos Campos Férteis e Senhora dos (duplos) Silos. O antigo egípcio
achava que ela era responsável pelos cuidados com a colheita, talvez porque nessa época
visse cobras se escondendo nos campos. Renenutet era considerada deusa da colheita farta e,
por isso mesmo, seu festival era celebrado no 9.º mês do ano egípcio, denominado pachons,
quando as colheitas estavam em andamento. No 15.º dia daquele mês, correspondente
ao nosso 30 de Março, ocorria o festival de Renenutet. Essa festividade celebrava o
aspecto de serpente da deusa, símbolo de morte e renovação, e do ser jovem saindo do
velho, que a troca de pele do ofídio lembrava e que a semente do trigo sendo
oferecida pela planta madura exemplificava.
Figura 3: Renenutet, deusa da
lactação de Hórus.

Como parte da cerimónia o faraó


pisava sobre grãos de cevada e os primeiros
frutos da colheita eram ofertados à deusa e
às almas dos mortos. Renenutet também era
uma divindade da sorte e protectora das
crianças, voltando seu terrível olhar contra
todas as criaturas que ousassem jogar
alguma maldição sobre elas. Quando um
bebé nascia ela lhe transmitia a vontade de
viver, moldava sua personalidade e assumia
aspectos de uma deusa do destino,
calculando o seu tempo de vida,
controlando a prosperidade e o vigor do
indivíduo. (…). Em virtude dessa sua
função de deusa do destino, tinha assento
na sala onde se realizava o julgamento das
almas dos mortos. Com um simples olhar
ela poderia hipnotizar ou até mesmo
definhar os inimigos do recém-nascido.
Criatura furtiva e temível, estava sempre
pronta a dar o bote mortal à menor
provocação.

Desse misto de divindade maternal e guerreira originava-se seu nome e poderio.


Kur > Ker > Her > Er > Re | -Nut | + et >
Ernutet < Ker-Nut-et > Renutet
Termutis < Ker-Mut-et > Her-Mut-his > Ermutu.
= Ter-Mu-th(is) = Mu-th-Ter = The Mu-ter  Deméter.
In this role she was linked with Meskhenet, a goddess of childbirth, who actually
oversaw the labour. (…)
Figura 4: Parturiente egípcia
“acocorada” numa cadeira de parto
assistida por uma dupla Hator.

Meskhenet (Mesenet, Meskhent,


e Meshkent) era uma deusa da mitologia
egípcia associado ao parto. O seu nome
significa "o lugar onde a pessoa se
agacha", o que se encontrava
relacionado com o facto das mulheres
egípcias darem à luz em posição
agachada com os pés posicionados sobre
tijolos.
O conceito do “local onde a mulher se coloca de cócoras deu origem ao termo
francês accoucher como sinónimo de “dar à luz”.
Moldava o ka dos seres, assegurava o nascimento destes em segurança e decidia o
destino de cada um deles. Surgia também depois da morte, já que estava presente na chamada
"Sala das Duas Verdades" onde os seres humanos eram julgados pelos actos que tinham
praticado, informando sobre o que a pessoa tinha feito.
Esta deusa estava presente no momento em que o coração era pesado e
simbolicamente assistia ao novo nascimento da pessoa, caso a esta lhe fosse atribuída
uma existência no paraíso ou seja era uma variante benévola de Amut / Teveret.
Funcional e etimologicamente Renunet era Deméter, deusa das colheitas e não
seria senão Nut, ou uma das suas filhas, esposas de Ré, ou seja, variante egípcia do
casal primordial Urano e Reia.
Detta anche Renenutet (Renen = nutrimento, Utet = serpente) chiamata “dama dei
granai” o “signora della terra fertile” era la divinità invocata per garantire un buon raccolto
veniva rappresentata con corpo di donna e testa di serpente / cobra raffigurata spesso mentre
allatta il figlio Nepri (dio del grano).
No entanto, a lógica do formalismo hieroglífico permitiria outros níveis de
leitura que em parte justificam a pluralidade de variantes dos mesmos teónimo que
tanto poderão corresponder a variantes em dialectos locais como formas distintas de
adaptar os nomes à leitura e/ou vice-versa.
Ermutu: Goddess of childbirth and midwives Egypt, similar to Meskhoni.1
Taveret não teria sido explicitamente Renenutet mas têm suficientes
elementos comuns para ser possível postular que terão feito parte duma tradição
arcaica comum. Se Renenutet foi casada com Sobeco parece que Taveret foi esposa
de Bes e…também de Sobeco tal como, segundo Plutarco, foi também concubina de
Sete. Obviamente que os deuses, ainda com mais propriedade do que os humanos,
poderiam ter os seus haréns tal como no matriarcado as deusas mães tinha vários
machos dominantes, mas a mitologia egípcia, tão prolixa na diversidade divina, omite
referência a este importante instituto matrimonial que os gregos atribuíam a
infidelidades dos deuses machos mas com entidades humanas porque a infidelidade
seria indigna de deusas olímpicas.
On occasion, later, rather than having a crocodile back, she (Taweret) was seen as
having a separate, small crocodile resting on her back, which was thus interpreted as Sobek,
the crocodile-god, and said to be her consort.
É certo que Taverete não foi explicitamente uma serpente por ter sido meia
crocodilo meia hipopótamo mas…teve nomes ofídios.
Apet < Aupet < Opet < *Ophi-et, lit. “a cobra fêmea” < hauphi-at
< Kauki-at < *Kiki-at > Iwet > Ipet.
Além disso andou travestida de vaca Hator com outra deusa cobra, Mertseger,
deixando a suspeita de que Taverete, Renenutet, Meretseger, Hator, Ísis e muitas
outras deusas egípcias eram meras variantes da poderosa deusa mãe das cobras
cretenses.
Por fim, é possível associar Taveret com Renenutet por meio de Mertseger
por mera paralogia visto que se duas deusas cobras devem ser similares duas
1
Ermutu: Goddess of childbirth and midwives Egypt, similar to Meskhoni.
deusas taurinas também o devem ser e todas as três serão então semelhantes à
mesma deusa taurina e ofídia que foi Hator.
Figura 5: Mertseger & Taweret

Mereretséger < Meretseger, o


Mereseger «La que ama el silencio», era la
diosa cobra en la mitología egipcia.
Simbolizaba lo ctónico y por eso moraba en el
Occidente, el lugar donde estaba localizado el
Más Allá. Estaba encargada de la justicia y la
medicina y se la invocaba para protegerse de la
picadura de los ofidios.

Outro nome: Mert-sekert.

Era representada como una cobra; o


con forma humana con cabeza de cobra, con
cuernos y el disco solar, siendo una variedad
de Hathor. También como serpiente tricéfala
(con tres cabezas): de mujer, cobra y buitre; o
con el cuerpo de serpiente y cabeza de mujer.
Más raramente, con cabeza de escorpión, de
leona, o el aspecto de una esfinge con la cabeza
de serpiente.
Na semântica das deusas do trono descobre-se que a Sé episcopal deriva da sede
enquanto capital legislativa da dioceses, literalmente a cadeira ou trono de deus. Então onde fica
a Sé? «Aqui» onde esta o poder da Terra Mãe significando então que o étimo egípcio Se só pode
derivar de Ki.
Merseger < Meretseger < Mert-| Se-kert | < Se < Xi < Ki | -Ker- | t < tu |
< Kikurat > Zigurat, a montanha sagrada de Marat.

Figura 6: O Cume, ou Ta Dehent. The Valley of the Kings, West Thebes, by David
Roberts, 1839.
La Cime, en arabe Al-Qurn, en égyptien ancien Ta Dehent, littéralement «le sommet»
en français, est une montagne d'Égypte dans le gouvernorat de Louxor surplombant la vallée
des rois et les sites de Deir el-Bahari et de Deir el-Médineh.
Pour les anciens Égyptiens, la Cime était un des lieux de résidence de la déesse
Mertseger, protectrice des artisans de Deir el-Médineh et des tombeaux représentée sous la
forme d'un cobra. El Valle de los Reyes está dominado por la colina Tebana conocida como
Meretseger, o "La que ama el silencio" y que está rematada por una cima en forma de
pirámide natural.
Pois bem, por coincidência ou nem tanto, o Cume de *Kima seria uma pirâmide
natural que acabou por substituir com mais economia as pirâmides artificiais de Gizé
dentro do mesmo mitema de que a deusa mãe da vida e da morte que era Nute, a
Aurora que paria o sol quotidianamente para o devorar ao sol-posto.
Assim, no nome de Mer-te-se-ger, enquanto a raiz –ger, presente em nomes
arcaicos como o egípcio netger, o sumério dinger (e noutros ainda existentes como
Tan-ger, Ní-ger e Ar-gel) significaria literalmente “aquele que tem o poder criador” e
Se(d)ger seria a sede desse mesmo poder, o Ki-Kur-at, a Sr.ª do Monte Seguro2 que se
chamaria zigurate na suméria, a mítica terra mãe *Kertu de todos os filhos dela saídos
por força da pressão demográfica da ilha natal de Creta e Malta. Merte- seria o nome
mais arcaico e mais conhecido da deusa mãe dos Ocidentais que era Morta em Roma
e que ainda hoje continua a ser, seguramente não inteiramente por acaso, a Virgem
Maria, a deusa mãe da morte de data «secreta», mas «certa» e «segura»!
Amorca < Amal-(teia) < Malta < Meret- > Marta < Ta-Mar .
Obviamente que suspeitar que o nome de Meret-Seger seria o mesmo que a
ilha de Malta & a terra de Creta (ou o mar que iria de uma à outra ilha) e um sonho
mitológico quase premonitório! De qualquer modo é quase seguro que os nomes destas
ilhas seriam teónimos da Deusa Mãe do mar primordial que seria Amorca & *Ker-tu,
deusa da terra e do mar, do parto do sol com a Aurora; da Noite, da lua e da morte.
Assim sendo, o conceito de fortuna deriva do da «boa sorte» que começou onde
ainda hoje é mais apreciado ou seja, na «boa hora» do parto…e na «boa morte».
Por sua vez se Hurt foi uma forma de Isis também esta pode ser assimilada a
Hator porque esta teria sido em época arcaicas igual a Hurt…e obviamente a Taurt.
Hurt = Forma de Isis, adorada en Nejen (Hierakónpolis).
Taurt / Ta-Hurt era Taveret, a Deusa Mãe hipopótamos parteira, deusa da
aurora, e por isso era a mesma que Ermutu bem como seria a devoradora do sol posto
e do coração dos pecadores nos infernos como Am(a)mut ou pelo menos tão irascível
como as deusas cobras, particularmente Renunet que até participava no tribunal de
Osíris.
Hurt < Kur-te (> «corte», a sede do poder) > Ker-tu.
Ta-urt + an < Kaurt-una > Phortuna.
Hurt + ma = Er-mu-tu < Her | Hor < Kur < Hur |-ma-t-u  Hermes.
Nor-tia < Naur-tia < An-urt-ija  Phortu-(na) < *Kertu  Hurt-ia > Horta.
< Ana Wer-et-ija  (Ana) Xa-Weret > Taweret.
Taweret < Taueret < Ta-urt < Reret.

Ver: TAVERET (***) & MUT (***) & NUT (***)

2
Montségur?
Nortia = Etrusc. Goddess of fate and fortune. At the beginning of the New
Year a nail was driven into a wall in her sanctuary as a fertility rite.
Figura 7: Fortuna stands for good
luck or fortune. Her attributes are a rudder,
rudder resting on globe, and cornucopiae;
occasionally an olive branch or patera. She
sometimes has a wheel above her head. Her
Greek name is Tyche.
Nesta bela representação de uma moeda
romana (Elagabalus denarius) aparece um leme
de timoneiro arcaico com aspecto de ramo da
oliveira a despontar duma esfera celeste. Debaixo
da cadeira desta deusa sentada da Fortuna aparece
uma «roda da fortuna», que virá a ser a de
timoneiro (há época não inventada, e que por isso
será apenas uma «roda de fiar» das parcas).

As relações desta deusa com as lides náuticas de Enki/Neptuno são aqui patentes!
Assim, a deusa da fortuna e da boa «sorte» era também a deusa do «norte», o
que numa mítica de navegantes que enriqueciam com o mercado marítimo faz todo o
sentido permitindo concluir que a «sorte» tanto rima com «norte» como com a
«morte», uma vez que estamos no reino de deidades infernais! Por isto mesmo é que a
deusa latina Morta, literalmente a deusa da morte, era uma das parcas.
Morta = The Roman goddess of death. She is one of the Parcae.
«Murça» < Lat. Murcia < Murtia < Morta < Ma-Hurt-ia
< Ama- | Hurt < *Kertu < Wer-et | > *Ma-Werte > Maurte > Morte.
> Mavorte, epíteto de Marte.
< Kur-kiki > Hit. Gulshes
> Phur-kika > Grec. Parcas

Ver: MOIRAS, PARCAS & NORNAS,


AS TECEDEIRA DO DESTINO (***)

Gulšeš — Hittite goddesses of fate. The interpretation and reading of their


name is related to the Hittite word ‘inscribe’. They are underworld deities and much
invoked in incantations, where they have either a benevolent or a hostile character.
They also have affinities to childbirth. There does not seem to have been a local cult
for the Gulšeš. In the rock-relief of Yazilikaya they are described as Hutena &
Hutellura. This name corresponds to Hurrian hut, ‘to write’.
Nin-Isina - the Mesopotamian goddes of healing = Gula.
Gulšeš < Gula-ishes < Gula + Isis < Isi-(ish / na) < Nin-Isi-na.
Hu-tena < Ku-tena  Atena.
> Al. kultur
Hu-tellura < Ku-Tel-ura < Kutelus > Lat. cultellu, faquinha
> “cutelo”.
COELHO DA SORTE
Rundas < Ra-Unthas, lit. “filho de Ra-Unti”, ou seja Ra, o sol gordo como o
«unto»; a rodela (bolha) de gordura => Inti dos Incas???.
Se mais provas não houvera para fundamentar a suspeita de que os Incas eram
colonos hititas perdidos no ultramar, fica aqui uma achega!
Postulando que Ra, o deus solar arcaico era Urano, o pai de todas as criaturas,
temos Ra  Aba, pai.
Rundas = Ra |  Ab(a) | -Undas > Abundas, lit. “a gorda do pai”!
< Ra-Anu-Thash = Ashrat-Anu < Aker-Aton > Sheraton
> Sherat-An => «Sorte» < *Kertu-Aun > Phortun > Fortuna.
Figura 8: Rundas =

Hittite-Hurrian god of
good fortune and also of the
hunt. A double eagle carrying
prey (hare) in its talons
symbolizes him.
Foneticamente Rundas faz
lembrar a deusa latina Aca
Larunda que alguns clássicos
pressupunham ter sido uma figura
histórica lendária.
Wenenut (egípcio) - "Deusa com cabeça de coelho divinizada. Wenenut é a
contraparte feminina do Deus com cabeça de lebre, Weneu. A Lebre – ‫ַארנֶבֶת‬ ְ
(arnevet) - O Deus que Fala.
Tu'er Shen (chinês tradicional: 兔兒神; chinês simplificado: 兔儿神 ; pinyin:
Tùrshén, O Espírito Lebre) ou Tu Shen (chinês: 兔 神 ; pinyin: Tùshén, O Deus
Coelho), é uma divindade chinesa que administra o amor e o sexo entre
homossexuais. Seu nome significa literalmente "divindade do coelho".

Um deus e uma deusa com cabeça de lebre podem ser vistos nas paredes do
templo egípcio de Dendera, onde acredita-se que a fêmea seja a deusa Unut (ou
Wenet), enquanto o macho é provavelmente uma representação de Osíris (também
chamado de Wepuat ou Un- nefer), que era sacrificado ao Nilo anualmente na forma de
uma lebre.

No mito greco-romano, a lebre representava o amor romântico, a luxúria, a


abundância e a fertilidade. Plínio, o Velho, recomendou a carne de lebre como cura
para a esterilidade e escreveu que uma refeição de lebre aumentava a atração sexual
por um período de nove dias. As lebres eram associadas à Artemis, deusa dos lugares
selvagens e da caça, e as lebres recém-nascidas não deviam ser mortas, mas deixadas
sob sua proteção. Os coelhos eram sagrados para Afrodite, a deusa do amor, da beleza
e do casamento - pois os coelhos tinham "o dom de Afrodite" (fertilidade) em grande
abundância. Na Grécia, o presente de um coelho era um sinal de amor comum de um
homem para o seu amante ou para a sua amante. Em Roma, o presente de um coelho
destinava-se a ajudar uma esposa estéril a conceber. Esculturas de coelhos comendo
uvas e figos aparecem em tumbas gregas e romanas, onde simbolizam o ciclo
transformador da vida, morte e renascimento. -- 3

Se aceitarmos que os os caçapos e láparos que podem ser cacados a punho (>
caçapos) ficam assolapados e acaçapados em covas e lapas como se estivessem a
hibernar podemos aceitar que o deus egípcio da lua era um coelho a hibernar ou seja
um *Kiberneu que por ser espécie infestante na Hispanha deu a esta o nome de Ibéria.
Então podemos aceitar que foi na Ibéria que o coelho passou de *Keraneu a lepus /
Grk. Λεβηρίς, pela seguinte via:
Tu'er Shen < Tu Wer Shu-Anu = Wer Anu Shu Tu.
Arnevet < *Warnenet >*Wernunet > Wenenut.
> *Wer-neu < *Keraneu.
Egipt. We®neu > *Keraneu > Tera-kino > Telapinus > Te(deus) Lapin-us
> Fr. Lapin > Grk. Massil. Λεβηρίς  ressonância com Ἰβηρία.
The reading of the logogram LEPUS as *tapa- is well-established, but its
motivation remains obscure. Different attempts to connect a hypothetical Luw.
*tap(p)a- ‘hare’ to Latin lepus or Armenian napastak (dialectal lapustrak, labstag)
have, all of them, problems (see e.g. Arbeitman 1988: 77 and Katz 2001: 216 apud
Yakubovich 2002: 98). In fact, by comparison with Massiliot Grk. λεβηρίς, Lat. lepus,
oris might be a borrowing from a non-IE western European language (see de Vaan
2008: 335). -- Linear A dupu 2re , Hittite tabarna and their alleged relatives revisited,
Miguel Valério. University of Barcelona.

Γυμνότερος λεβηρίδος id est Nudior leberide, de vehementer tenuibus. Leberis


enim serpentis exuvium significat, quo nihil potest esse inanius. Accidit autem hoc
omnibus fere, quae cortice integuntur sed molliore velut stellioni, lacertae, praecipue
serpentibus ; atque haec ferme bis exuunt, vere et autumno, praesertim vipera. Serpenti
primum ab oculis incipit decedere pellis, ita ut obcaecari videatur iis, qui rem non
intelligunt ; atque una nocte et die senectus tota exuitur a capite usque ad caudam. Ex
insectis rejuvenescunt silpha et culex eaque, quorum pennae vaginis obteguntur sicut
scarabei, item locustae et cicadae. In genere marinorum exuit et cancer idque saepius
anno. Atque hoc exuvium Graecis etiam σῦφαρ dicitur, cujus mira sentitur tum levitas
tum siccitas universo humore in novum fetum consumpto. Auctor Aristoteles libro De
natura animantium octavo. Ait Suidas Leberidem hominem fuisse supra modum
pauperem, ita ut vulgari sermoni locum fecerit. Athenaeus in Dipnosophistis : Σαυτὸν
ἀποφαίνεις κενώτερον λεβηρίδος, id est Ostendis teipsum inaniorem leberide. –
Erasmus. Adagiorum Epitome.
O simbolismo do coelho é de abundância, prosperidade e fertilidade. É um forte
símbolo de longevidade, ascendência e criação.

3
In Greco-Roman myth, the hare represented romantic love, lust, abundance, and fercundity. Pliny the Elder
recommended the meat of the hare as a cure for sterility, and wrote that a meal of hare enhanced sexual attraction
for a period of nine days. Hares were associated with the Artemis, goddess of wild places and the hunt, and
newborn hares were not to be killed but left to her protection. Rabbits were sacred to Aphrodite, the goddess of
love, beauty, and marriage -- for rabbits had “the gift of Aphrodite” (fertility) in great abundance. In Greece, the
gift of a rabbit was a common love token from a man to his male or female lover. In Rome, the gift of a rabbit
was intended to help a barren wife conceive. Carvings of rabbits eating grapes and figs appear on both Greek and
Roman tombs, where they symbolize the transformative cycle of life, death, and rebirth.
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A verdade é que Aca Larunda tem todo o aspecto fonético de ter sido uma
divindade anatólica e que seria equivalente da forma etrusca Ati Larenta.
Reret = An Egyptian hippopotamus goddess (Taveret).
Reret < Ler-et + an = Lar-en-ta > Larunda > (la)-Rundas

Ver: ABUNDANTIA (***) & AFRODODITE MORFO (***)


& LARUNDA (***)

Al-thaea = Mother Earth who nourishes and heals. Having given birth to the
sun, she is also responsible for its setting, or death.
Altha-ea < | Halta- (> «Alta») < *Kartu | Ea(ush) > Eos|,
lit. “Ela, altíssima filha de Ea” | Eos < Ea-ush |.
Kartueja < Kartu-Kika => Afrodite.
A relação das deusas de morte com as deusas da vida pode ser entendida por
intermédio do paradoxo da deusa da aurora que quotidianamente come o sol-posto
para o parir no dia seguinte como “deus menino” e sol nascente!
O conceito de Primigénita e Virilis reporta-nos para uma deusa Virgem Mãe
primordial como Tiamat / Atena / Diana / Artemisa.
«Recepiente» < Lat. Rescipiens < Urahs-phian, lit. “o crescente lunar enquanto
cobra que transporta o fogo do céu”.
O termo Rescipiens transporta a cornucópia! Fortuna era lit. “a deusa minóica
das cobras cornudas dos curros” ou do cor(no)-«cobra» ou seja, a deusa daquilo (com)
que (a)parece, a «cornucópia»!
Figura 9: Fortuna do museu
Pio Clementino.4

Fortuna = The Roman


personification of good fortune,
originally a goddess of blessing and
fertility and in that capacity she was
especially worshipped by mothers.
Her cult is thought to be introduced
by Servius Tullius. She had a temple
on the Forum Boarium and a
sanctuary, the Fortuna Populi
Romani, stood on the Quirinalis. In
Praeneste she had an oracle where a
small boy randomly choose a little
oak rod (sors), upon which a fate
was inscribed. Some of Fortuna's
names include: Primigenia, Virilis,
Rescipiens, Muliebris, and
Annonaria. She is portrayed
standing, wearing a rich dress.
Belet Ili = "Mistress of the
gods", a name for the great mother
goddess. See Ninhursag. The
Sumerian goddess of the womb,
shapes, and forms. The gods asked
her to create men for them so that
they could till the soil and dig
canals, and women so that they
could con tinue to bear men.
Fortuna < (Ne)Phortu(m)na < Ne-Wer-itu(m)na < Nephertumina
< *Kaurtu-Mina,
Virilis = Roman Goddess invoked by women so that their husbands would
continue to want them.
Enquanto Fortuna Virilis estava relacionada com Portumno.
Virilis < Wer-Il-ish = Wer-Ish-Il  Bel-et-ili.
Sendo possível fazer derivar o epíteto estranho de Fortuna Virilis do epíteto
da deusa mãe suméria Ninhursague, Belet Ili, amante dos deuses, podemos então
concluir que muitos nomes mitológicos, não apenas romanos mas te todas as
mitologias posteriores, são adaptações de arcaicos teónimos a uma semântica que
mais se parecia com o que aparecia aos crentes. A meio caminho desta adaptação
posterior temos o nome Fortuna Muliebris que supostamente significaria a boa
sorte das mulheres mas que não é de facto a forma latina correcta deste conceito que
seria fortuna mulieribus em dativo ou ablativo ou mulierum em genitivo. Então,
Muliebris seria um teónimo mal traduzido cujo verdadeiro significado terá que ser
procurado no contexto da sua teologia mas que, apesar de tudo acabou por ser aceito
4
Desenho colorido ciberneticamente pelo autor.
no latim clássico como significando algo como mulheril, especificamente a feminil
já casada, em oposição ao macho viril.
O Templo da Boa Esperança (em latim: Aedes Bonae Spei), era um templo
da Roma Antiga dedicado à deusa da Fortuna localizado no monte Quirinal que era
vizinho do Templo de Febre (fe-bris) o que nos leva a aceitar que estas partilhavam
a raiz –bris. Como não sabemos a etimologia da mulher, mulier, latina apenas
podemos especular que a dicotomia vir-ilis / muli-ebris teria sido, na origem,
idêntica à dicotomia «macho» / «mula».

Figura 10: Epona < Hippo-Ana


«Macho» < Lat. masculus  < *muhlus
«Mula» < Lat. mula < Lat. mulus < *muhlus < μύκλος
< μυχλός / mukhlós, “palavra fenícia para burro garanhão”.
Obviamente que é desprestigiante fazer derivar o nome da mulher latina da
mula mas é provável que tal como o cavalo seria a montada predilecta dos homens o
burro e a mula seriam a montada das mulheres tanto mais que, por tradição, as
mulheres montavam os cavalos sentadas de lado mas a protectora dos cavalos
gauleses era a deusa Epona. Então se os homens viris eram cavaleiros as mulheres
eram *muleiras ou seja, muladeiras e arrieras, o que em latim seria *mul-ier,
qualidade que só as mulheres casadas podiam ter. E como mais nada sabemos por
aqui nos ficaríamos se não suspeitássemos que o epíteto de Fortuna Muliebris não
teria aparecido por mau uso do latim mas por deturpação de nome esquecido que
teria sido *muli-e-pher, as afortunadas que tocavam os burros (carregados de frutos)
para casa.
Frutesca = deusa dos frutos abundantes.
Porus = Copia = Abundance.
Pertunda = Deusa de Consumação, personificação romana de boa sorte,
originalmente era uma deusa de esperanças e fertilidade e nessa capacidade ela foi adorada
especialmente por mães e considerada protectora da Virgindade.

Porus < Phor-ush < *Kur-ish / Ishkur + tu.


> Phertu + Unda > Pertunda.
> «Fartu-ra»
=> *Kartu-isca > Phaurtu-aisca > Frutesca.
< *Phro-tu < Phortu + Minos > *Fortumnus
> *Fortuno.  For-ush > Phorus > Fors.
> Porus.
Ardokhsho = Zoroastrian ‘Augmenting Righteousness’; a fate-goddess equivalent to
Tyche and Fortuna.
Ardo-khsho < Hartho < *Kartu | Kihiasha < Kikiat > Tiket > Tikê.
De facto:
Artemisa < Karte-mi-sha  Kor-tu-Mina > Phortu-Mina > Phortumna
> Fortuna.  Kertundia > Pertunda.
Obviamente que Kor era a filha infernal de Demeter, e que por outro lado, a
exuberância luxuriante de Artemisa / Diana de Éfeso só têm equivalente nas deusas
das cornucópias e da boa fortuna dos deuses infernais.
Pertunda, seria originalmente, antes da supremacia de Vénus, uma deusa do
amor e do prazer sexual e por isso mesmo seria uma variante linguística de Fortuna
Virilis. Na verdade, Per-tunda seria uma variante de Per-séfona e, pelo infixo fer-
um elo de ligação étmico com Afrodite.

Ver: NINANA / (A DEUSA DO KHULUPPU E DA BOA FRUTA ) (***) & OS


DEUSAS DA CORNUCÓPIA (***)

Figura 11: Templo da


Fortuna Virilis ou seja, esposa de
Portunus ou Portumnus, ladeado
de falos votivos, garantes da
fecundidade masculina ou seja, da
fortuna varonil.

Fors, fortis: chance, luck,


fortune; fors-itis: chance, luck;
forsit, forsan, forsitan: perhaps,
probably; fortasse: perhaps;
forte: by chance, by luck,
accidentally; fortis: strong,
brave, powerful, robust,
steadfast, courageous.
Por sua vez o genitivo For-
tis seria literalmente a deusa *For.
Ora, este étimo aponta indubitavelmente para Afrodite e para Kor / Ker, a mãe
Deméter de Koré e Deo Meter das Keres.
Uma variante virtual do nome da Fortuna poderia ser Fors, variante varonil de
todas as forças da vida, o que levanta a suspeita de que teria sido este o seu nome
original na medica em que –tuna era um sufixo genérico para cobra, literalmente a
senhora deusa.
Se assim fora seria quase seguro que Portuno foi outrora *Fortuno, o
esposo da Fortuna e seguramente o mesmo que Pluto ou Plutão, deus infernal das
honrarias e da riqueza material. For-cu-lus era o deus das tábuas das portas.
Portumno, inicialmente protector das portas como Jano, de quem seria aliás
mera variante, foi adorado como Fortuna Virilis, literalmente *caralliu, a sorte
varonil, ou seja como parédro masculino da Fortuna.
Esta abundância de frutos estava relacionada com a «fecundidade» primaveril e
com a fartura das colheitas de Verão.
Antevorta - "turn mind before"he goddess who knows and reminds man of
things past. She is also called Porima < Phor(t)umna.
Ante-vorta < | Ante < Antu- | Wort- < Phort- < Kaurt- > *Fart-|.
Por-ima < Phor- | Hima < Kima / (t)umna > Tuna => Fortuna
Daí o terem aparecido deusas com nomes de Ante-vorta e Post-vorta ou seja
deusa de antes da fartura e de depois da fartura das colheitas! A relação com a fortuna
torna-se ainda mais clara quando este conceito passou a referir-se genericamente ao
tempo (do destino) passado.
Existem várias Camenae e entre eleas: Antevorta, Carmenta, Egeria,
Porrima, Prorsa, Proversa, Postvorta, Tiburtis, e Timandra.
«Sorte» < Sha-Hurt < *Kaur-at < *Kur-kiki > Ishkur > Ishtar = Inana.
Mas,……………………………….*Kur-kiki > *Kar-ki, lit. «Sr.ª do Carque».
……………………………………………………..…….> Pharke > Parcas.
… …………………………………………………..……> Harphe > Harpias.

Ver: DEUSA MÃE DAS AVES AGOIRENTAS / HARPIAS (***)

Se a Fortuna / Pertunda era a deusa da “boa sorte”, as Parcas eram as deusas


de qualquer destino e as Hárpias parece que seriam “aves de mau agoiro”.5
Finally, Graves (39.8) identifies Rhea with Pandora, the All-giver. Indeed, like
Fortuna (Lady Luck), we often see Rhea (Lady Destiny) holding the Cornucopia,
which, like the Grail and Ceridwen's Cauldron, is never empty, for it was Rhea who on
Mt. Ida nourished the infant Zeus from the Horn of Amalthea, the Capricorn (Gantz
41). Fortuna, Lady Luck (X. Fortune), and Pandora, Lady Destiny (XVI. Star), are
complementary aspects of Shri Lakshmi, the Indic goddess who is the source of all
good things (Dexter 80). -- Pythagorean Tarot homepage. The concept of the Great
Goddess as The Triple Goddess, young woman (Maiden), birth-giving matron (Mother),
and an old woman (Crone), dates from the earliest ages of mankind. (These attributes
were also ascribed to the three phases of the moon; the Maiden, which corresponds to
5
«Azar» < (Ár. azzahr, dado de jogar), s. m. acaso, pode implicar uma relação do Ár. azzahr < *Kaphur(ar) >
Lat. afflare > «achar», uma vez que o dom de achar as coisas perdidas era próprio das deusas da boa sorte e as
pegas. aves agoirentas do grupo das harpias, eram supostas ter apetência para roubar jóias reluzentes!
the new moon; the Mother, which corresponds to the full moon; and the Crone, which is
the waning moon. These aspects have been used for centuries by many civilizations.)
This concept was embraced by many different mythologies from many different parts of
the world. Norns (Urdu/Verdandi/Skuld), the Romans had the Fortunae
(Concordia/Salus/Pax), the druids had Diana Triformis.
Este conceito trifuncional, que não é senão uma
súmula das virtudes propiciatórias da boa sorte é uma
óbvia síntese, à boa maneira da teologia alegórica dos
romanos de decadência do império, das que já eram
conhecidas para a abundância. A verdade é que seria a
sistematização das alegorias, de acordo com a lógica
analógica do senso comum, que iria permitir o
desenvolvimento de teologia e do catecismo!

Figura 12: ANNONA AVG. Figura 13: Pax.


Esta representação de Anona tem a particularidade de ser uma típica alegoria relativa
àquilo a que ressoa, a saber: uma boa «anualidade». Com a criança na mão parece uma Vénus
Felix a que o “deus menino” acrescentaria a equidade da balança, ou apenas uma variante da
deusa Fecunditas. A cornucópia faria dela uma Juno Moneta se não fora já uma das razões
da sua relação com a deusa Fortuna. A proa do barco e o cesto cheio de espigas não fazem
mais do que confirmar que a posteridade do império dependia tanto de boas colheitas como de
bons negócios ultramarinos.
No entanto, Anona não era mais do que a personificação duma boa «anuidade» de
Abubdância a prosperidade romana, agrícola e comercial, propiciadas pelas deusas da fartura
e da abundância como Ceres e Pax.

Assim, outra deusa da cornucópica era Pax como garantia civil da fertilidade
dos campos e da boa sorte nos negócios.
Figura 14: No reverso deste sestércio de Nero, Annona (de pé à direita) segura uma
cornucópia, de frente para Ceres (sentado à esquerda) segurando espigas de grãos e tocha,
com um modius no altar guirlanda entre eles e a popa de um navio atrás.

TIQUÊ = A MÃE NATURA = CIBELE.


Tique ou Tiquê (em grego: Τύχη, transl. Tykhe, "sorte"), nos antigos cultos
gregos, era a divindade tutelar responsável pela fortuna e prosperidade de uma
cidade, e seu destino. Sua equivalente na mitologia romana era Fortuna. O
historiador grego Stylianos Spyridakis expressou de maneira concisa a atracção de
Tique para o mundo helenístico, repleto de violência arbitrária e reveses desprovidos
de significado: "Nos anos turbulentos dos epígonos de Alexandre, uma percepção da
instabilidade dos assuntos humanos levou as pessoas a acreditarem que Tique, a
amante cega da Fortuna, governava a humanidade com uma inconstância que
explicava as vicissitudes da época." Durante o período helenístico era comum que
cada cidade venerasse sua própria versão icônica específica de Tique, vestindo uma
coroa mural (uma coroa com o formato das muralhas da cidade). Na literatura estas
diversas versões recebiam genealogias diferentes, por vezes como filha de Hermes e
Afrodite, ou considerada uma das Oceânides, filhas de Oceano e Tétis, ou Zeus
Píndaro. Era associada a Némesis e Agatodemon ("bom espírito"), e venerada em
Itanos, na ilha de Creta, como Tyche Protogeneia, associada à Protogenia
("primogênita") ateniense, filha de Erecteu, cujo auto-sacrifício salvou a cidade.
Figura 15: Tikê, a Deusa Mãe Natura da fartura fértil e fecunda!

(…) Seu culto experimentou um ressurgimento durante outro período de


mudanças turbulentas, os últimos dias do paganismo sancionado pelas autoridades,
no fim do século IV, entre o reinado dos imperadores romanos Juliano e Teodósio I,
que fechou definitivamente os templos. A eficácia de seu caprichoso poder alcançou
respeitabilidade até mesmo nos círculos filosóficos da época, embora entre os poetas
fosse um lugar-comum insultá-la como uma meretriz inconstante. Existiam templos
dedicados a ela em Cesareia Marítima, Antioquia, Alexandria e Constantinopla.
Figura 16: Fortuna stands for good luck or fortune. Her attributes are a occasionally
an olive branch or patera. Her Greek name is Tyche.

Tuchê = the good which man obtains by the favour of the gods, good fortune,
luck, success < Tukos = an instrument for working stones with, a mason's hammer or
pick. < Teuchô = to make ready, make, build, work.
Phusis = I. Origem, (…) III. «fuso», boa ordem natural, tuchê.
> Tiwat > Aram. Tiv'a.
«Tisse» < Tyche < Tichê < *Thuk-et, lit. «esposa de | *Thush < Teuchô
> Teush > Teos. Hekat  *Kiwat < *Kaki-at
> *Katah-(ziwuri) > .
Kusuh < *Kukas < Kukish > Phusis.

Ver: O MISTÉRIO DAS TALÁBRIGAS LUSITANAS / TALA (***)

Nesta moeda Tikê e seguramente uma forma da deusa anatólica Cíbele.

Figura 17: Na arte greco-budista de Gandara, Tiquê tornou-se intimamente


associada à deusa budista Hariti.
Ha-ri-ti (sanscrit) < Kari-tei (japonais) > Carites > «Caridade».
Kariteia era seguramente a terrivel deusa mãe da morte negra e das cobras
cretenses, que foi Ker ou *Kertu e de que derivou o nome grego de Hera e da terrífica
deusa Hindu, Kali à qual esteve na origem associada.
Assim, a origem mítica da etimologia de Tiquê parece ser anatólica e sempre
também relacionada com a Deusa Mãe primordial.
As deusas hititas Ishtust-(aja) & Pap-(aja) permitem-nos encontrar o fio da
meada do destino étmico que ia da Deusa Mãe às deusas da sorte. Sob o ponto de vista
semântico as Deusas Mães primordiais eram as senhoras do destino, tal como se sabe
do mito do roubo das tábuas dos mês, perpetrado por Inana em desfavor de seu pai
Enki por aquela previamente inebriado de cerveja.
Figura 18: Protective Tyche-
Hariti, Gandhara, 1 st or 2 nd century
AD.
Ha-ri-ti (en sanscrit) ou Karitei,
(en japonais) est une déesse du
bouddhisme pour la protection des
enfants, les accouchements sans
complication et l'harmonie générale de
la famille.
Selon une légende, rapportée au
VIIe siècle par le voyageur chinois I-
tsing, Ha-ri-ti- était une ogresse
s'adonnant au cannibalisme pour nourrir
ses très nombreux enfants. C'est après
avoir rencontré le Bouddha qu'elle se
repentit et protégea les enfants. Ha-ri-ti-,
preneuse d'enfants est la déesse de la
variole, maladie qui frappait
particulièrement les jeunes enfants. Elle
est associée à la déesse Kâlî de
l'hindouisme.
Dans la culture de Gandhara,
Ha-ri-ti a des attributs de la déesse
grecque Tyché, dont les vêtements et la
corne d'abondance.
Depois, a Deusas Mães primordiais como Taveret, a “deusa da faca” que
cortava o cordão umbilical e seguramente o fio da vida, ou seja, as que presidiam ao
começo e ao fim da sorte humana.
Regarding the TJ's mention of "nature" here and elsewhere, it may at first seem
out of place since the word is not present in the Gospels. However, the concept and
word for it was present in the Aramaic language (Tiv'a), just as it was within the Greek
world at that time (phusis).6

Kusuh = Hurrian moon-god similar to the proto-Hattic moon god Kaskuh. His
sacred number was thirty <= *Ku-Chu? < Ki-ash > *Kiwat > Hebat.

6
Spiritual Freedom. The Original Teaching. www.originalteaching.com/churchpage2.html. THE TALMUD OF 
JMMANUEL, The web site of Jim Deardorff, Research Professor Emeritus, Oregon State University*
Katahziwuri = She is the Hittite goddess of magic and healing and mother of
the sea-god Aruna. *Katah- | Ziwur < Kiwir > Cíbele.
Kattah-ha < *Ki-at-at-Aka = Hittite "Queen", perhaps an epithet to the 'Great
Goddess'.
Huwasanas < *Kukas-Anas = Hittite Consort of the weather god. Alternate
forms: Sahassaras, Tasimis.
Istustaya = Primeval goddess and; with Papaya, a goddess of fate. <= Papaya
= Hittite, Hatti. Primeval underworld-goddess of fate.
Na arte medieval era representada portando uma cornucópia, um timão
emblemático e a roda da fortuna; por vezes é representada sobre esta roda, presidindo
sobre todo o círculo do destino.
Notar que *Kaki-at era literalmente a mãe / esposa de Caco / Enki porque
Caco era literalmente a vida de Ki. Assim, variantes mais complexas do nome desta
deusa mãe da natureza foram Taveret, Hator / Neter e Afrodite. De resto, Afrodite
foi antes de mais uma Moira.
Gab = A Semitic (Canaanite, Phoenician, etc.) deity who personifies good fate
and fortune. This female deity protects people and places. The name means literally
"good fortune". Gad is also a certain Nabataean god.
Gab(i) < Kawi < Kaki > arab. Caabou
> Kaw.

Ver: TAWERWT (***) & AFRODITE / MOIRA (***)

Istustaya < Ishtust-(aja) < Ishtusht < *Ki-at-at < *Kiki-ish < At-At => Ishat.
> Atusha Hatussa > *Atusa => Etrusc. Tesan.
Ishat era uma deusa caldeia considerada a prostituta dos deuses e, portanto,
perfeitamente enquadrada nas fatalidades do destino e na semântica mítica de
Vénus/Afrodite. A existência de *Atusa não pode ser confirmada no rol das musas
mas deve ter muito a ver com Hatussa, o nome da capital do império hitita. Porém, o
mais interessante do nome desta moira reside no facto de ter parte da fonética de
*Thush, o nome virtual que poderia ser o masculino de Tichê, que, por sua vez, mais
não seria do que uma variante do nome de Thius / Zeus. O título de Vénus Física fica
explicado.
O nome de Pafos, a cidade santa de Afrodite, pode ter compreendido pela
relação com deusa do destino dos hititas, Papaia.
Tiquê ou Tiqueta era uma dos títulos de Afrodite facto que reforça a tese de
que esta deusa foi, antes de mais, a Deusa Mãe primordial e que a Fortuna latina
derivava de *Kartu, a deusa mãe dos cretenses, e era apenas uma variante do culto de
Felicitas, heterónimo de Vénus Felix.

Ver: VENUS / FÍSICA (***)

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