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Mitos e reflexões
Por: Janaina Cruz
As 9 Mães Sagradas
A escolha específica das 9 Deusas como referência e direcionamento dessa jornada é algo pura e simplesmente
intuitivo.
Diante do desejo e ímpeto para o desenvolvimento desse projeto, as Deusas se apresentaram para mim, num fluxo
fluido de pensamento e conexão com a representatividade de cada uma delas, já que em minha história de vida a
espiritualidade os mitos sempre foram campos a explorar.
Por que 9? As nove representações se deram por dois motivos:
1. Estudos em numerologia afirmam que o numero nove simboliza o final de um ciclo. Um encerramento que aponta
para o ápice da realização intelectual e espiritual. Depois de um ano totalmente desafiador devido à pandemia,
trazer essa simbologia como um exercício psíquico, ou como um ritual energético me pareceu auspicioso.
2. 2. Coincidentemente ( ou não) esse numero se manifestou em um sonho que tive há exatamente 9 anos. Eu vivia
um intenso mergulho terapêutico, ressignificando minha história de vida com minha mãe e minha avó paterna.
Nesse tempo tive um sonho com 9 mulheres mortas e eu só conseguia ver minha mãe entre elas.
Os mitos de todas as nações
são seus reais representantes.
De fato, a mitologia como um
todo poderia ser tomada como
uma espécie de projeção do
inconsciente coletivo (...).
Portanto, podemos estudar o
inconsciente coletivo de duas
maneiras: ou na mitologia ou
na análise pessoal (Jung,
1924/1986, §325).
Mito de Durga Representando os aspectos femininos da existência humana,
Durga, é uma das figuras mais importantes da Mitologia
Hindu. Ela é considerada a mãe do Universo, representando
a força que gera e concretiza a vontade divina e manifesta
todas as formas pelas quais a vida se expressa.
Cassirer
Kuan Yin
O nome Kuan Yin ou Guanyin é uma abreviação de Guanshiyin que significa
observar os sons (ou Gritos) do mundo.
Kuan Yin é a Deusa da Grande Compaixão.
É um bodhisattva, ou seja, um ser que jurou levar todos os seres à felicidade.
Em sânscrito é Avalokiteshvara, na China é Kuan Yin ou Kuan Shih Yin, no
Japão é Kannon e no Tibete é Chenrezig.
Apesar dos seus traços predominantemente femininos, Kuan Yin é também
vista como um ser masculino em alguns países.
O seu nome aparece em diversos sutras sendo os mais importantes o Sutra de
Lótus, o Sutra da Contemplação do Buda da Vida Imensurável e o Sutra do
Adorno Floral. Todos eles falam de como Kuan Yin pode ouvir as vozes de
todos os seres que precisam de ajuda e de como faz tudo o que está em seu
poder para ajudar esses seres.
Mito
Kuan Yin aparece em diversos sutras sendo os mais importantes o Sutra de Lótus, o Sutra da
Contemplação do Buda da Vida Imensurável e o Sutra do Adorno Floral. Todos eles falam de
como Kuan Yin pode ouvir as vozes de todos os seres que precisam de ajuda e de como faz
tudo o que está em seu poder para ajudar esses seres.
Diz-se que houve um momento em que Kuan Yin desceu aos reinos do inferno e começou a
libertar um por um os seres que lá se encontravam. Foi um trabalho difícil, mas os infernos não
ficavam vazios e voltavam sempre a encher-se de novas almas. Isso deixou-a tão triste que
chegou a explodir, literalmente. Logo, outros seres de luz surgiram para a recompor, mas sem
saber onde fixar todas as partes. Assim, quando finalizaram Kuan Yin ficou com muitos braços e
cabeças. Daí as 33 formas de Kuan Yin, com as suas múltiplas habilidades. No fim, chorou
lágrimas coloridas que à medida que tocavam o chão transformavam-se em deusas Tara de
diferentes cores que, desde então, têm vindo para ajudar Kuan Yin.
Kuan Yin não trabalha sozinha. Aparece frequentemente na companhia de outros seres de luz.
Entre eles, está o Buda Amitabha.
Kuan yIn
A deusa da misericórdia é representada com muitos elementos significativos
como a flor de lótus, que mostra a suprema espiritualidade alcançada por ela
e que podemos conquistar; o jarro de água (ou vaso sagrado), que a conecta
com os oito símbolos budistas da boa fortuna; o akash mudra, gesto feito
com as mãos no intuito de ampliar o cosmos dentro de nós e nos reunir com
a consciência coletiva; e o ramo de salgueiro, que exprime resiliência.
A coroa, que retrata a luz infinita de Amitabha, mentor de Kuan Yin; o pássaro,
enfatizando a fecundidade enquanto potência em nosso ser; o colar, cujas
contas remetem aos seres vivos e seus processos para alcançar a iluminação;
bem como o livro (ou rolo de papéis), que manifesta o Dharma; e o dragão,
correspondendo a sabedoria e alta espiritualidade; são outras simbologias
relevantes que configuram a sua imagem.
Kuan Yin
Essencialmente, Kuan Yin abarca a mãe cósmica onipresente,
plena de pureza espiritual, que intercede em todas as
direções simultaneamente. É capaz de sentir as aflições de
todos os seres e responder misericordiosamente as orações,
assim como amparar aqueles que transgridam leis universais.
O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre. ( Fernando Pessoa)
Nanã
Nanã é um importante orixá feminino
relacionado com a origem do homem na
Terra. O seu domínio se relaciona com as
águas paradas, os pântanos e a terra úmida.
Do ponto de vista divino, sua relação com o
barro, mistura de água e terra, coloca essa
divindade nos domínios existentes entre a
vida e a morte. Isso porque a água é o
elemento que se liga à vida e a terra, à
morte. É daí que compreendemos o seu
trânsito entre essas duas poderosas
realidades.
Nanã
O mito de Nanã conta que Olorum encarregou Oxalá da missão de fazer o
modelo que daria forma ao homem. Entre tantas alternativas, o orixá
encarregado tentou fazer uso do vento, da madeira, da pedra, do fogo, do
azeite e até do vinho. Contudo, apesar de tanto esforço, ele percebia que
nenhum material era maleável o suficiente para que ele executasse a tarefa.
Foi quando Nanã retirou uma porção de barro do fundo do lago em que
morava.