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Seth invejava profundamente a sorte de Osíris, que tinha como missão governar a terra, mais
especificamente o Egito, e assim teve a oportunidade de transmitir aos homens conhecimentos
preciosos sobre agricultura e o trato com os animais. Segundo a mitologia egípcia, Osíris é
traído por Seth, morto e esquartejado por esta divindade que é associada à essência do mal.
Ísis, desesperada, consegue reunir todos os membros do marido, com exceção do genital
masculino, trocado por um órgão de ouro. Ela o ressuscita graças aos seus dotes mágicos e ao
seu poder da cura. Logo depois eles concebem Hórus, que vai à revanche matando Seth.
Ísis é exatamente assim, zelosa com todos, sejam escravos ou nobres, pecadores ou santos,
governantes ou governados, homens ou mulheres. Ela olha por todos com o mesmo empenho
protetor, a mesma solicitude, exercitando assim sua natureza radicalmente maternal e fértil.
Por muito tempo esta deusa foi venerada como a representação maior da essência materna e
da esposa perfeita, além de velar também pelo reino natural, portanto, por todas as dimensões
da existência. Ela era vista igualmente como um símbolo do que há de mais singelo, dos que
morrem e daqueles que nascem. Uma mitologia tardia atribui às cheias do Rio Nilo, que
ocorriam uma vez por ano, as lágrimas derramadas por Ísis pela perda de seu amado.
Ano após ano a morte e a ressurreição de Osíris foram relembradas em diversos rituais; no
Egito preserva-se uma festa denominada a Noite da Lágrima. Ela ocorre em junho, portanto é
conhecida como Festival Junino de Lelat-al-Nuktah.
Nesta tradição, mantida pelo povo árabe, revive-se o enlace de Geb e Nut, ou seja, da Terra e
do Firmamento, e o surgimento de sua descendência, que inclui Ísis e Osíris, além de seus
irmãos, que assim totalizam nove deuses, a famosa Enéada, que teve seu princípio com a
Divindade criadora originária.
Juntos, Ísis e Osíris simbolizavam a realeza do Egito. Ela representava o trono no qual
despontava o poder real do marido. O culto desta deusa foi de grande importância na
Antiguidade, especialmente no Império Romano, no qual ela obteve muitos discípulos. Hoje a
arqueologia comprova este fato, e é possível encontrar vestígios de templos e monumentos
piramidais em todas as partes de Roma.
Na Grécia este ritual atingiu antigos espaços sagrados em Delos, Delfos e Elêusis, e se
desenvolveu particularmente em Atenas. Seus discípulos se espalharam também pelos
territórios gauleses, na Espanha, na Arábia Saudita, em Portugal, na Irlanda e na própria Grã-
Bretanha.
chave da deusa tríplice abre muitas portas que dão acesso às camadas mais profundas do
nosso ser".
A Irlanda, representava a deusa tríplice como Anu, que era virginal, Badb, a mãe, e Macha, a
anciã. No sul da França, Anu era conhecida como a "Brilhante". Era patrona da fertilidade, do
fogo, da poesia e da medicina. Mas como toda a luz também produz sombra, era também
conhecida a Anu-negra que devorava os homens. No País de Gales, as três (deusa tríplice)
estão representadas por Blodeuwedd, a donzela, Arianrhod, a mãe e Cerridwen, a crone.
O caráter tríplice da deusa é muito importante. Não se trata de uma mera multiplicação sob três
aspectos, mas sim a deusa se revelando em três níveis e nos três domínios do mundo e da
humanidade. Assim, como o homem também é tríplice tendo corpo, alma e e espírito. As três
facetas da deusa costumam ser vistas como correspondentes a esses planos de microcosmo
do ser humano. O macrocosmo apresenta-se igualmente tríplice: consiste no céu (o reino
uranio), na superfície da Terra (e, por vezes, no Mar) e nas profundezas da Terra (o Mundo
Inferior ctônico). Algumas deusas tríplices se ligam a estes três reinos. Do mesmo modo, o
reino do tempo têm dimensões: Passado, Presente e Futuro. Algumas das deusas,
correspondem de maneira tríplice, a divisão do tempo. Segundo a Sra. Harrison, na Grécia
antiga, o mês era dividido em três períodos de dez dias cada, correspondendo a três fases da
lua e simbolizadas por Hécate-triforme. Este arranjo precedeu a divisão do tempo em quatro
períodos ou semana.
O mais importante aspecto tríplice da deusa é a sua manifestação como: Virgem, Mãe e Anciã.
Como Virgem ela é o amanhecer, o nascimento, a primavera, o começo de uma nova estação
de crescimento, o encerar da Lua. Ela é encantamento, sedução e florescimento. No País de
Gales, esta deusa toma o nome de Blodeuwedd, a Deusa da Primavera. Os brotos das flores a
representam. Na Irlanda é virginal em Anu (e também Dana) representando o florescimento da
fertilidade, o calor do pleno verão. Outras sociedades também possuíram sua Deusa Virginal,
como a Diana dos romanos.
Como Mãe, a deusa representa a Lua Cheia, sua representação máxima é Gaia, a Mãe-Terra,
deusa de toda a vida. Somente através dela, tudo nasce, as sementes germinam e produzem
as colheitas da estação. Ela é a mãe frutuosa, a deusa das estrelas e da roda de prata das
estrelas. Na lenda Galesa, esta deusa-mãe é Arianrhod, a mãe de Llew (Lugh irlandês).
Como anciã, representa o inverno, a sabedoria, a morte e a reencarnação. Representa ainda, a
fase final da menstruação (menopausa) e a Lua Minguante. Na lenda galesa ela é Cerridwen,
símbolo da porca branca, guardiã do caldeirão da transformação. Na Irlanda ela é Morrigan,
representando o céu e os pássaros que se banqueteiam com os corpos mortos. Ela é a deusa
da batalha e da morte.
Há entretanto, outras maneiras de abordar o caráter tríplice de uma deusa. Ela representa
também um arquétipo que se reflete no interior de nossa alma. Este caráter tríplice pode ser
percebido em muitas facetas da vida e torna a deusa tríplice uma figura que podemos nos
identificar facilmente.
A deusa tríplice vive no lado ativo da psique feminina e toda mulher deve aprender a identificar
suas facetas, para depois trabalhar com ela. Perceber como ela se manifesta em nosso interior
é importante para evitar que este espaço seja inundado por uma destas facetas, anulando por
completo a nossa vontade e impedindo-nos de exercer o nosso direito de livre escolha.
A triplicidade da deusa pode ser percebida em muitas facetas da vida. Se lhe concedermos a
oportunidade para se manifestar como figura mítica, ela poderá inspirar a nossa alma, assim
como nutrir, sustentar e transformar o cerne do nosso ser.
A Donzela representa a juventude, a vida em flor, se traduz em uma mulher inocente, mas
também sedutora que reconhece o seu poder sexual. Ela retrata o nosso modo irreverente,
sendo considerada a "virgem". A palavra virgem no sentido primitivo, significava "não casada",
ou seja, aquela que não tem marido, portanto, o termo "virgem", usado em relação às deusas
antigas, não tinha o significado atual. Podia, portanto, ser usado perfeitamente para uma
mulher que já tivesse tido experiência sexual e podia até, ser aplicado a uma prostituta.
A deusa-virgem é aquele aspecto da mulher que não foi afetado pelas espectativas sociais e
culturais, determinadas pelo sexo masculino. O aspecto da deusa virgem é uma pura essência
de quem é mulher e daquilo que ela valoriza. Ele permanece imaculado e não contaminado,
porque ela não o revela, pois o mantém sagrado e secreto, ou porque o expressa sem
modificação para refutar os padrões masculinos.
Conforme descreve Esther Harding em seu livro "Os Mistérios da Mulher" que: "a mulher que é
virgem, uma-em-si-mesma, faz o que ela faz não por causa de nenhum desejo de obter poder
sobre o outro, nem para atrair seu interesse ou amor, mas porque o que faz é verdadeiro. Suas
ações podem, de fato, ser não convencionais. Pode dizer não, quando seria mais fácil, mais
adaptado, convencionalmente falando, dizer sim. Mas como virgem ela não é influenciada por
considerações que fazem com que a mulher não-virgem, casada ou não, se acomoda e se
adapta à conveniência".
Estação: Primavera
A DEUSA- MÃE
Em todas as épocas, os homens têm concebido uma Grande-Mãe que zela pela humanidade lá
do céu ou do lugar dos deuses. Este conceito é encontrado em todas as religiões e mitologia.
Essas grandes mães que dominam as idéias de diferentes povos, em todos os tempos,
espaços e culturas, tem similaridades surpreendentes. A única explicação possível para
justificar tal acontecimento é que todos estes mitos representam uma realidade psicológica,
que foi percebida como uma imagem surgida do inconsciente e projetada para o mundo
exterior, tomando a forma de um ser divino. Como Jung já nos esclareceu, as deusas são
princípios dotados de forças que funcionam separadamente da vontade consciente do homem
e cuja ordem ele deve curvar-se.
A Mãe é a mulher madura, no pico de seus poderes. Ela é a provedora da vida. É a madona
que balança e acaricia seu bebê, mas também é a leoa que caça para se alimentar e lutará até
a morte para proteger seus filhotes. As deusas-mães são associadas aos grãos. Invoque as
deusas-mães para a fertilidade, para melhorar seus relacionamentos, para nutrição e tudo o
que for questão familiar.
São elas: Ísis, Deméter, Ishtar, Ceres, Danu, Anahita, Asherah, Sheng-Mu, Hathor, Lakshmi,
etc.
Estação: Verão
A DEUSA- ANCIÃ
É a deusa-anciã é a avó benevolente, que você pode contar para receber aquele conselho
prudente. Ela é a mulher sábia que é mais poderosa que a mãe. Para a anciã não existem
segredos, pois em função da sua idade, acumulou experiências, transformando-as em
sabedoria. Ela é a pessoa idosa que já viu tudo e passou por isso com seu espírito não
abafado e com o temperamento moderado pela experiência. Ela é o arquétipo da centralização
interior, o ponto de equilíbrio que permite à mulher permanecer firme no meio da confusão,
desordem ou afobação do dia-a-dia. O seu tema básico é a premonição.
As deusas-anciãs são associadas com os moinhos e os cemitérios. Invoque esta deusa para a
sabedoria, experiência, términos de relacionamentos.
As Deusas: Annis, Oya, Skuld, Baba Yaga, Greina, Hel, Sedna, Toci, Maman Brigitte, Takotsi,
etc.
Algumas mulheres em todo o mundo se orgulham tanto de sua condição que seguem uma
filosofia de vida chamada "Sagrado Feminino". Esse estilo de vida - que vem sendo adotado
pelo público feminino há milênios - oferece ensinamentos sobre nosso corpo, nosso emocional
e nossos ciclos femininos, e ainda orienta de que forma podemos harmonizá-los com a
natureza.
Isso significa que quando as mulheres passam a se desligar um pouco do mundo tecnológico e
rotineiro, ou seja, buscam descobrir mais sobre si próprias, se interiorizando, percebendo
melhor seus instintos, suas vontades e seus ciclos femininos (como a menstruação e a
gestação), elas relatam que o mundo a sua volta - e aquele que existe dentro delas - parece
mudar. É como se uma nova consciência as abraçasse.
Esse despertar para uma nova consciência sobre si mesma pode ser interpretado como a
saída da supremacia patriarcal - repressora e cheia de regras - para a entrada em um mundo
mais maternal, afetivo e artístico, além de menos racional e mais sensível.
Nesta filosofia de vida, as mulheres passam a valorizar mais seus ciclos naturais, como a
menstruação, a maturidade, a gestação, o parto e a amamentação. No entanto, não são
induzidas a serem radicais ao viver esses períodos ou exercer determinadas funções. O valor
está em aceitar a naturalidade das coisas, seu histórico de vida, vontades e capacidades.
Aprendendo a se conhecer de forma mais profunda e a aceitar os acontecimentos da vida e a
si mesma, as feridas começam a ser curadas e as mulheres passam a ser mais felizes,
amáveis e únicas.
Você descobre, então, que ser mulher não significa ter um parto natural, amamentar ou se
sentir bem na própria pele quando está grávida. Na verdade, o objetivo é entender como você
traz seu amor e feminilidade para todas essas fases da vida."Você descobre, então, que ser
mulher não significa ter um parto natural, amamentar ou se sentir bem na própria pele
quando está grávida. Na verdade, o objetivo é entender como você traz seu amor e
feminilidade para todas essas fases da vida."
COMO O SAGRADO FEMININO AJUDA NAS RELAÇÕES AMOROSAS?
O amor pode ser definido por cada pessoa de uma forma diferente. De todo modo, é
importante lembrar que não pode haver plenitude e entrega sincera e verdadeira se não houver
segurança. E isso é desenvolvido por meio do autoconhecimento. Afinal, quando você se
conhece, se entende, sabe do que gosta e o que quer, tudo fica mais fácil.
As energias de atração da vida precisam saber exatamente o que você quer, para que
caminhem em sua direção. Esse é o primeiro passo. Então reflita: qual tipo de pessoa parceira
você quer pra si? Escreva em um papel todas as características que busca no outro ou até
mesmo na cara metade. Você precisa saber o que quer!
Por fim, o terceiro passo ensinado pelo Sagrado Feminino é descobrir sua Deusa Interiore
trazer características dela para sua relação. A Deusa Interior é o simbolismo da essência mais
pura que existe em você. Ou seja, são as suas virtudes, suas belezas mais primitivas, a sua
guerreira que sabe o que quer e é determinada nessa busca, é a sua fera, a sua loba. É
também não ter vergonha de ser você mesma, não se poupar por conta do que a sociedade
pede que você seja. Afinal, a pessoa parceira, quando se atrai por você, quer o seu melhor.
SAGRADO FEMININO TAMBÉM BENEFICIA SEXUALIDADE
Problemas como falta de amor próprio ou de expressão criativa e dores e frustrações nos
relacionamentos que foram reprimidos serão manifestados nos órgãos sexuais e também no
comportamento na cama - o que explica, por exemplo, porque algumas mulheres sentem
dificuldades durante o ato sexual.
A cura e a integração da mulher à energia da sua sexualidade dependerão especialmente do
entendimento que ela possui sobre suas simbologias físicas, emocionais, mentais e espirituais.
Mesmo que não se dê conta, toda sua experiência sexual e descoberta como mulher ficam
registradas em sua mente. Suas crenças serão então reproduzidas na sua vida sexual, mesmo
que você não perceba."Mesmo que não se dê conta, toda sua experiência sexual e
descoberta como mulher ficam registradas em sua mente. Suas crenças serão então
reproduzidas na sua vida sexual, mesmo que você não perceba."
Por exemplo: uma mulher de origem familiar tradicional, com pais repressores, que puniam ou
não incentivavam sua expressão sexual, geralmente irá reproduzir comportamentos de
autopunição com o sexo, o que pode gerar dificuldade de chegar ao orgasmo, dores na
relação, diminuição da libido e fuga do sexo.
Na filosofia do Sagrado Feminino, uma forma de autotratamento para dificuldades sexuais é
feita por meio da expressão da criatividade. Ou seja, é através da dança, artesanato, desenho,
escrita, maquiagem ou toda forma de autocuidado, que a mulher aprende a manifestar seu lado
criativo. O ventre - que está intimamente ligado ao órgão sexual e ao sexo - é uma região que
simboliza a criação. Portanto, ele recebe as energias curativas para essas dificuldades por
meio da criatividade.
Sua profissão é a expressão da sua função para o mundo. Não importa o que você faz, todo
ofício é necessário. E mais importante que pensar "para que esse trabalho me serve?" -
levando em consideração que seu emprego traz dinheiro e o próprio sustento - é lembrar que a
maior importância da profissão está na reflexão sobre "o que ela oferece para minha
identidade?".
Para aumentar seu sucesso profissional, o seu prazer pela carreira e até mesmo os resultados
do que produz, você precisa entender exatamente sua relação com a profissão. O que lhe faz
gostar do trabalho? O que você espera com ele? Como ele lhe completa? Ele favorece a sua
autoexpressão e suas virtudes?
Para lhe ajudar nestes questionamentos, você pode recorrer aos arquétipos das Deusas que
mais se identifica e descobrir como tirar proveito desse conhecimento em sua carreira
profissional.
Afrodite: buscar o amor pela arte e pela beleza em seu trabalho lhe deixará mais feliz. A
mulher Afrodite será aquela que procura interagir com os colegas de trabalho ou os clientes.
Além disso, pode trabalhar com beleza e arte, ou simplesmente gostará de embelezar o
escritório decorando a mesa em que trabalha, por exemplo. Essa é a mulher que mais
necessita trabalhar com o que lhe causa paixão. Sempre está bem arrumada e com um detalhe
sedutor e feminino.
Atena: para essa mulher, o trabalho já é um prazer por si só. Ela poderá buscar ainda mais
totalidade em sua profissão através da comunicação com o público ou buscando estar sempre
bem vestida no emprego, de preferência de acordo com a tendência de moda. Isso lhe trará
mais bem-estar.
Deméter: essa mulher gosta de fazer o papel de mãezona no ambiente profissional, já que é
protetora e zelosa com os colegas e as tarefas realizadas. Para se sentir bem no emprego, a
Mulher Deméter pode tentar levar o ambiente de casa para o trabalho, colocando fotos da
família em sua mesa ou levando a comida de casa para o escritório, ao invés de comer em
algum restaurante. Dessa forma, a mulher Deméter se sentirá mais acolhida e tende a ter mais
prazer no local de trabalho.
Ártemis: essa mulher gosta de ter liberdade no trabalho, não se sente à vontade cumprindo
ordens e seguindo regras. Quanto mais liberdade de autoexpressão tiver, mais feliz com o
emprego estará.
Perséfone: precisará que o trabalho lhe traga benefícios pessoais, como por exemplo: se
trabalhar em uma livraria, desejará poder ler alguns livros comercializados no local. E quanto
mais sozinha ela atuar, mais dinâmico será o seu desenvolvimento.
Hera: as mulheres que se identificam com o arquétipo dessa Deusa gostam de liderar no
trabalho. Além disso, devem buscar fazer uso da criatividade e de sua facilidade em promover
eventos. É nessas tarefas que encontrarão mais realização.
O Caminho Sagrado
Feminino: A prática; Os programas da Sabedoria e Práicas Sagradas Femininas – A
Sabedoria Feminina Divina – Os Saberes Ancestrais Femininos
QOYA MUNAY NAN –
ILLA WARMIN WILLKA NAN : O CAMINHO SAGRADO FEMININO
O Processo de realização das práticas e os Programas da SABEDORIA SAGRADA
FEMININA / Saberes Sagrados Femininos (SSF) (Shakti Vidya, QOYA Yachay ou
Theasophia) é chamado O CAMINHO SAGRADO FEMININO – Reintegrando a Feminilidade
Divina.
Reintegrando a mulher a sua Feminilidade Essencial!
. Purificação do ventre (útero) (harmonização principalmente dos níveis físico, etérico, astral)-
em conjunto com:
– RECONEXÃO:
. Reconexão com nossa Alma (Iniciando Nossa Guia Interior – Shakti Guia ou Atma Shakti) –
reconexão ventre – coração (harmonização principalmente dos níveis físico, etérico, astral,
mental )- em conjunto com:
– REINTEGRAÇÃO:
. Reintegração coração – olho interno (pituitária). Reintegração completa com nosso Poder
Interior (Integração completa com nossa Shakti Guia ou Atma Shakti): Poder de integração
ou despertar da consciência – em conjunto com:
As Práticas:
Todas as etapas estão constituídas das práticas abaixo, porém, cada uma das três etapas
acima se vivencia estas práticas, porém com diferenças de acordo com o objetivo da etapa:
Nível Basico:
– Dança Integrativa Feminina: práticas do Treinamento Integrativo complementado pelas
matrizes das danças femininas ancestrais, sagradas femininas como Danças ciganas turcas,
russas, espanholas, danças árabes, indianas, etc. Inclui:
. mantras, bandas – contrações, mudras – selos com as mãos, drist – foco no olhar,
respirações, concentrações etc)
. Prática Meditativa e Respiratória – Pranayamas, Visualizações diretivas e criativas e
meditações específicas com práticas de ‘sukraojaspranagni shakti prajna siddhi’ (controle de
energias sutis através de exercícios de respiração com visualização como ‘respiração
ovariana/uterina’ ou ‘respiração alquimica feminina’) para reintegração à Kundalini Shakti) para
reintegrar Shakti, o poder essencial feminino – o despertar para a verdadeira vida e
consciência. – reconexão com nossa ‘Shakti Guia’, nosso feminino sagrado – reintegrando
Shakti através da mente inferior e superior. Iniciando a Alquimia Feminina reintegrando
Kundalini Shakti (Kundalini Shakti Prajna Siddhi).
Nível Intermediário:
– Formação em Dança Integrativa Feminina
Nível Avançado:
– Conhecimentos mais avançados – sobre a Sabedoria Sagrada Feminina
– Sintonizações Sagradas Contemplativas –
As Modalidades do nível
intermediário e avançado:
É possível realizar as etapas iavançada em 2 modalidades de práticas a serem escolhidas pela
praticante:
. Modalidade Iniciação– São um conjunto de práticas e recomendações avançadas que
necesssitam de supervisão e/ou de serem realizadas individualmente (inicia-se
individualmente) ou com um grupo (como as Sintonizações). Estas práticas são
disponibilidades online, o material escrito, vídeo e/ou gravações, gráficos etc (com um login e
senha) mediante cadastro e inscrição ao programa podem ser realizadas quando a participante
desejar e principalmente quando houver encontro do Círculo. Essa supervisão pode ser
realizada de forma semi-presencial.
. Modalidade Integração e Formação – São um conjunto de práticas, recomendações e
conhecimentos avançadas (incluindo das outras modalidades) para que a mulher possa
realizar também encontros dos círculos de mulheres que estarão ligadas ao círculo central de
Confraternidade Sagrada Feminina.
Programação:
O Caminho Sagrado Feminino é realizado individualmente e em gurpos (através do Circulo de
Confraternidade Feminina e Encontros Presenciais e Retiros dos Programas de Práticas, de
Cura e Capacitação) . Individualmente pode ser realizado diariamente (seguindo o processo).
Os encontros do Círculos acontecem, principalmente, quando há determinados trânsitos
especiais entre astros (trânsitos planetários e estelares) (shakti jyotsi) e em relação a Terra que
consistem em ‘momentos auspiciosos’ para práticas de reconexão, reintegração,
realinhamento, purificação, ativação, ancoramento de determinadas forças e consciências,
quando associados a práticas específicas. E os Encontros Presenciais dos Programas
acontecem durante o ano (em finais de semana – ver em Encontros e Retiros)
– O Círculo de Confraternidade Feminina compõe de Encontros Presenciais (em um ou mais
lugares) ou Práticas Abertas (a distância):
. Além dos encontros semanais ou mensais, existem também os encontros presenciais do
Círculo acontecem quando a Terra está em determinado alinhamento ou transito com outros
astros que permitem uma dinamização e re-alinhamento e harmonização de determinadas
vibrações. (ver datas no final – Anexo I)
Sagrado Feminino é o resgate de uma consciência antiga que nos retorna aos valores de nós
mulheres num todo, social, pessoal, psicológico, religioso, cultural, além de uma busca pela
atitude ecologicamente correta.
Dentre essas mulheres que praticam e seguem o sagrado feminino se destacam as bruxas
seguindo o sagrado que se encontra nas religiões neo pagãs, e as feministas em busca do
resgate ao poder as mulheres, retirado a tempos atrás pelo patriarcado e carrega suas marcas
em nossa cultura até hoje.
As mulheres que vão em busca do sagrado feminino, muitas vezes são aquelas que sentem
um chamado interior, como se somente a rotina, as tendências, a moda, o trabalho, as saídas
com os amigos não a completasse. Algo lhe falta, algo de dentro e isso mais cedo ou mais
tarde costuma ocorrer com todas as mulheres. Se trata do auto chamado, do encontro de você
com você mesma, com sua essência, com suas verdades e sua plenitude.
Diferente das religiões, o sagrado feminino não conta com regras das quais você precisa
acreditar, aqui o ideal é que você acredite em você, que aprenda a escutar sua própria voz e as
suas crenças. Muito se fala dentro dessa ideologia sobre suas Deusas interiores, mas elas
nada mais são que os seus arquétipos, manifestações da sua própria psique das quais
nomeamos de Deusas e dependendo da sua crença você pode sim manifestar isso de forma
espiritual. Aqui quem coloca as regras é o seu Self, apenas liberte-se.
Quando a mulher passa a enxergar em si uma manifestação da própria terra mãe geradora e
nutridora, percebe em si os ciclos iguais aos da terra, percebe a grande energia que flui dentro
do nosso corpo e da nossa mente criativa e fértil, muda sua consciência, sua confiança no seu
papel no mundo seja para o que for. Esta ai a grande força do sagrado feminino, trazer de
dentro pra fora sua força, sua essência, descobrir sua história ancestral esquecida, se
familiarizá com as deusas, compreender e aceitar os ciclos naturais do seu corpo como a
menstruação, gestação, a menarca, a menopausa, os sinais da idade e até a morte.
Todas as mulheres que seguem essa antiga tradição seja através da intuição, da cura, da
interação e conexão com os seres espirituais, seja através do feminismo e a luta pelo natural,
pelo instintivo, seja qual for o papel dentro dessa trilha, todas seguimos rumo ao mesmo
desafio: entrarmos em um caminho de energias cíclicas, quebrar os padrões e retornar as
raízes de nosso planeta, curar o planeta e o coração humano, auxiliando nessa nova vibração
do nosso planeta.
Todos fazemos parte de uma mesma teia cósmica, portanto não é preciso utilizarmos de
rituais, consagrações, simbologia ou mitologia, cada uma segue suas práticas e chegam ao
seu encontro profundo da forma que mais se sentirem a vontade. O encontro com o nosso
interior como preza o sagrado feminino, é um legado que toda mulher carrega pra si, é a
inspiração que vem de dentro, é a canção que se escuta sem saber de onde vem, é o
chamado, a premonição, a luz que se vê, o calor que se sente, a vontade de chegar a
totalidade, a flor de luz que existe em cada ser.
A vitalidade esvaída das mulheres pode ser restaurada em extensas escavações “psíquico-
arqueológicas” nas ruínas do subterrâneo feminino”Clarissa Pinkola Estés
Muitos caminhos nos levam ao sagrado feminino. Cada vez mais trilhas estão sendo abertas
em meio a floresta, esta abundante fonte de inspiração e reconexão com o nosso feminino
mais profundo.
Buscando as origens
O feminino foi reverenciado desde o início da humanidade. Entre as culturas neolíticas e
paleolíticas quase sempre era cultuado na forma de uma Grande Mãe geradora e
transformadora de toda vida. Em sociedades posteriores, suas faces foram se diversificando,
sendo assimiladas e acolhidas em panteões de deuses e deusas. Em todo o mundo existiam
divindades femininas que representavam faces de um feminino complexo, onde coexistiam
forças de criação e morte, amor e guerra, sexualidade, poder, beleza, transformação (…) uma
infinidade de energias ligadas ao feminino, muitas delas hoje esquecidas ou
mal compreendidas.
Resgatando os caminhos
Dentre tantas culturas onde o feminino era percebido como sagrado, poucas foram as que
sobreviveram como culto “vivo” as culturas patriarcais e as perseguições religiosas. Dentre
elas, encontramos as tradições Shaktas-tantrikas na Índia (culto ancestral das devis/Deusas
indianas), as tradições africanas que ainda são fortes nos países de diáspora, como no Brasil e
em tradições nativas ao redor do mundo. Porém, muitos cultos foram praticamente perdidos em
sua oralidade (como no caso dos cultos das Deusas das tradições europeias, greco-romanas,
celticas, vikings, etc), e foram resgatados há apenas algumas décadas. Hoje, encontramos em
todo o mundo, tradições que retomam estes conhecimentos e procuram pratica-las em novas
roupagens. O movimento de Espiritualidade da Deusa se espalhou e, a cada dia a mais,
multiplicam-se os covens ou círculos de mulheres e homens que trabalham com estas
energias. Na psicologia moderna, especialmente na psicologia junguiana, estas deusas
passaram a exercer um papel importante na compreensão da psicologia dos arquétipos,
possibilitando o estudo do feminino profundo que remete a nossa ancestralidade e ao universo
do inconsciente coletivo.
Acessando as fontes
Extensas escavações na arqueologia do feminino vem possibilitando a realização de trabalhos,
artigos e estudos. Alguns autores são essenciais para a compreensão deste “sítio
arqueológico”, como os trabalhos de Erich Neumann, Riane Eisler e Marija Gimbutas. Os
oráculos se tornaram um valioso recurso de compreensão destes arquétipos femininos, alguns
dos mais importantes são o “Oráculo da Deusa” (Amy Sophia Marashinsky) , The Goddess
Tarot (Kris Waldherr) e o Tarô da tríplice Deusa (Isha Lerner) e Mãe Paz (Vicki Noble). Porém,
são incontáveis as fontes de estudo, e graças à internet, temos muito material disponível para
leitura. No entanto, apesar de termos diante de nós diversas fontes, falar em feminino sagrado
é, sem dúvida, falar sobre o contato com nossa própria fonte de conhecimento e sabedoria
interna, do acesso a intuição e ao caminho do coração. Portanto, os estudos podem nos guiar
a uma melhor compreensão deste conhecimento, mas o seu acesso profundo, só acontecerá
na medida em que nos entregarmos a esta força e a confiarmos em sua presença, dentro e ao
redor de nós.
sábado, 17 de setembro de 2016
Gratidão,
Sagradas Irmãs!
UMA BRUXA...INESPERADA...
RELATO DE UMA BRUXA…QUÉ É TRANSEXUAL
A forma como cheguei até Ela foi interessante, lembro me de ter procurado minha mãe
louca para saber o significado da palavra oráculo, e assim em meio a outras coisas
cheguei até a expressão Grande Mãe…Lembro me de ter ficado muito impactada, nessa
altura eu tinha 14 anos, de ter visto o termo. Imediatamente veio na minha mente a
imagem de um lindo olhar feminino sobre o céu e uma grande extensão da terra. Tive a
nítida sensação de conhecer a Grande Mãe embora, a esta altura, de nada soubesse. Foi
mais ou menos aí que comecei minha busca pela Deusa e que até hoje prossegue. Foi
também uma época de paixão e êxtase pra mim, porque eu que nasci biologicamente
num corpo masculino, havia achado algo que significava minha feminilidade que desde
cedo era parte de mim.
Sempre fui diferente até entre os “diferentes”. Nunca me vi como gay e ao me deparar
com a Deusa e os perfis dos caminhos femininos pude então entender porque estava tão
transtornada. Compreendi, então, o desejo de infância de ser e uma mulher e que havia
trancado dentro do meu ser por anos. Sem que nada me fosse dito senti que a Deusa
chamava por mim de modo doce e mesmo de modo obscuro também. Pra mim, no meu
caso específico, eu via o Feminino de uma mulher que é transexual como uma força
transgressora e nas Deusas Negras (algumas como a Medusa apresentadas com traços
andróginos ou Cibele que foi retratada como um ser tão perigoso que teve de ser
castrado) um arquétipo de força, independência e auto suficiência emocional. Não
apenas em Deusas Negras e também em representantes da Soberania (Hera, Juno, Ísis
entre outras), em que eu buscava e encontrava forças.
Antes de o patriarcado dividir o mundo em lados, claro e obscuro, homem e mulher, tudo
fazia parte do corpo cósmico e telúrico da Grande Deusa. Passou muito tempo até
aceitar certos aspectos de mim e da minha personalidade, porque eu era diferente e
creio que seria assim mesmo se fosse uma mulher cis. Por isso mesmo não sei se posso
falar em nome de todas as mulheres que são transexuais. Inclusive porque sempre vi um
certo mal jeito de como o termo é utilizado mesmo entre mulheres que são transexuais.
Porque faz politica e psicologicamente uma diferença incrível entre se descrever como
uma transexual, uma mulher transexual e uma mulher que é transexual. No primeiro caso
o termo traz um incrível confusão porque pode se tratar de qualquer gênero de pessoa, e
tem sutilmente uma certa dose de preconceito. Ao nos referimos a uma mulher como
mulher transexual estamos ressaltando que ela não é uma mulher comum, e que a
transexualidade não é uma característica física secundaria, como seria no caso de uma
mulher cadeirante (que não é uma cadeirante nem uma mulher cadeirante de fato,
porque enquanto mulher isso não a define. Conheça uma mulher assim e você até
esquecerá das cadeiras de rodas) e estamos alertando que ela é diferente e definida
segundo seu corpo físico. Será que esse é um tratamento justo a uma mulher? Será que
não é uma forma sutil de dizer que ela não é uma mulher comum e assim sendo deverá
receber um tratamento diferente?
Nenhuma mulher que é transexual faz alterações na sua vida (relações, corpo físico,
emprego e por aí vai…) apenas para se tornar uma “mulher transexual”, “uma anomalia a
ser tratada com grande desconfiança”… Assim como a transexualidade não pode definir
o caráter, nem ser uma forma de se dirigir a uma mulher especificamente. Eu, como
mulher, encaro o fato de ser uma mulher que é transexual ( uma mulher que nasceu num
corpo masculino) com muita naturalidade, tal como encararia ser asiática ou portadora
de alguma limitação física, porque a grosso modo, e aos níveis que realmente
interessam a mim e a Grande Deusa, eu sou uma mulher que busca sua plenitude.
Buscando porque pra mim plenitude completa é ter a integridade de se reconhecer uma
eterna peregrina no caminho da Grande Deusa. Lembro que durante muitos anos, a
página a A Alta Sacerdotisa foi um ensaio do tipo de mulher que deveria ser e que queria
me tornar. Hoje em dia sinto que estou mais próxima disso, tendo meu Coven onde
tenho, com muito amor e orgulho, atuado como sacerdotisa entre pessoas que me
reconhecem como tal e tendo iniciado meu caminho dentro da Bruxaria em cursos
pagos no Rio de Janeiro, eu saí da internet zona de conforto e fui pro mundo.
Minha transição tem sido lenta e calma assim como deve ser. Mas não é fácil lidar
mesmo com o meio pagão e não perceber um certo preconceito. Havia já ouvido que a
energia física de uma pessoa é o que a definia e que qualquer loucura como
“transexuais” é coisa da mente humana. Assim sendo pessoas que nasceram
biologicamente em corpos masculinos são solares e pessoas nascidas em femininos
são necessariamente lunares. Acredito que para algumas pessoas o conceito
generalizado pode ser útil, mas nada, nem mesmo na natureza, é definitivo.
Antes de o patriarcado dividir o mundo em lados, claro e obscuro, homem e mulher, tudo
fazia parte do corpo cósmico e telúrico da Grande Deusa. Sendo assim, esse e muitos
outros conceitos nascidos no ocultismo da Idade Média são mais válidos a quem tem
como guia as formas de espiritualidade baseados na magia ceremonial. O que não é o
meu caso, como mulher e como bruxa, sou enérgica e vital como a Terra, que por vezes
foi vista como fêmea e outras como macho. Pra mim a feminilidade da mulher que é
transexual é ligada ao mundo secreto da Lua Interior, o mundo da lua e do inconsciente.
Não o fluir do sangue da vida, que muito singelo e belo entre a maioria das mulheres,
mas no lado oculto da Lua. No seu lado secreto. Uma mulher que é transexual tem a
feminilidade mais improvável em seu peito. Assim como a Lua Negra ela é secreta e seus
frutos só podem ser colhidos por aqueles que vêem além do corpo físico e do lado
brilhante da Senhora da Lua Cheia. Uma mulher que é transexual tem que ouvir a voz da
sua própria alma, sua Lua Interior. Uma mulher que é transexual tem que ouvir os
segredos de seu coração e da sua alma no mais absoluto silêncio. O mais absoluto
silêncio, exige uma aceitação da escuridão, pois só passando por ela, como a Deusa
Hécate ou o Eremita do Tarot, podemos chegar a compreensão.
Texto Colaboração:
Gaia Lil nasceu 19 de setembro de 1993, tendo desde os 14 anos, buscado informações
referentes a Deusa, ao sagrado feminino e a mulher. Em 2008 criou a página “A Alta
Sacerdotisa” (hoje Sagrado Feminino) aonde partilhava suas pesquisas e informações
sobre a mulher e o feminino em vários níveis. Pouco depois se assumiu para seus
leitores transexual e recebendo algum apoio continuou sua página com poesias,
arquétipos e mitos referentes ao Feminino Profundo. Atualmente é uma pesquisadora de
bruxaria natural, trabalha com tradições ítalo romanas de reconstrucionismo e
Stregoneria num coven aonde atua como sacerdotisa. Estuda bruxaria e vive com a
família. Devota de Hécate, Diana e Juno.
Estes últimos, atuam sob as suas ordens ou ao seu serviço ou são diferentes formas
dela se encarnar e manifestar.
Pode apresentar-se como uma senhora elegantemente vestida, como senhora sobre um
carro puxado por quatro cavalos que cruza o céu, como mulher envolta em chamas
cruzando o espaço e estendida horizontalmente, como uma mulher grande com a cabeça
rodeada pela lua cheia, ou em forma de bezerra, de corvo, como nuvem branca, como
arco-íris, etc., etc.
Entre as suas atividades mais frequentes, podemos assinalar: fiar, pentear o seu cabelo
comprido, desfiar, fazer novelos de ouro (remetendo tudo isso aos ciclos de vida, morte
e regeneração), gerir tempestades.
Ela atende todos os que pedem o seu auxílio, dá conselhos e realiza oráculos.
copiado de http://biosofia.net/1999/09/30/a-mitologia-basca-1/
Mari, a Grande Deusa Bruxa, Senhora das Tempestades e Soberana da Terra, que habita
nas Coevas ( grutas subterrâneas ) das montanhas, junto das Lamiák.
- Akerbeltz ( Bode Negro, em euskera ), Deus Chifrudo das Bruxas Bascas, Senhor da
Vida e da Morte, Grande Mestre do Akelarre, que traz a Luz da Sabedoria ardendo entre
os Seus Chifres;
- Sugaar, ou Sugoi ( também chamado Maju ), Deus Serpente com quem Mari se une
sexualmente nos Céus, para produzir tempestades; e Herensuge, Deus Serpente de
várias cabeças, muito invocado como benfeitor dos seres humanos.
Mari também é chamada de Anbotoko Sorgiña ( a Bruxa do Monte Anboto ), Basko Marie
( Mari do Bosque ), entre outras denominações, e é tida como a Senhora das riquezas da
Terra.
copiado de http://iberiaeterna.blogspot.com.br
Na mitologia basca, Mari é a deusa associada com bruxas, que entre os bascos sao
conhecidas como as caminhantes noturnas.
Mari era conhecida como Dama ou Senhora e seria também uma outra deidade primária
das bruxas.
copiado de http://aly1109.spaceblog.com.br/802746/Deusa-bruxa/
8 DE MAIO
Às vezes, aparecia como uma mulher madura, atravessando o céu em uma carruagem
puxada por cavalos pretos.
Mari morava em um lindo palácio nas nuvens, que ela substituía a cada sete anos.
Podia aparecer, também, como uma árvore em chamas, uma nuvem branca, o arco-íris
ou uma velha morando em cavernas, que se metamorfoseava em aves de rapina.
Na mitologia hindu também existe Mari, deusa que personifica a morte, senhora da
chuva, da seca e das doenças contagiosas.
DEUSA ÍSIS
Eu concebi
carreguei
e dei à luz a toda vida
Depois de dar-lhe todo meu amor
Dei-lhe também meu amado Osíris
Senhor da vegetação
Deus dos cereais
para ser ceifado
e nascer outra vez
Cuidei de você na doença
fiz suas roupas
observei seus primeiros passos
Estive com você até mesmo no final
segurando sua mão
para guiá-lo para a imortalidade
Você para mim é TUDO
E eu lhe dei TUDO
E para você eu fui TUDO
Eu sou sua Grande-Mãe, ÍSIS
Nossa amada Deusa Ísis foi cultuada e adorada em inúmeros lugares, no Egito, no
Império Romano, na Grécia e na Alemanha. Quando seu amado Osíris foi assassinado e
desmembrado pelo seu irmão Seth que espalhou seus pedaçospor todo o Egito, Ísis
procurou-os e os juntou novamente. Ela achou todos eles, menos seu órgãos sexual,
que substitui por um membro de ouro. Através de magia e das artes de cura, Osíris volta
à vida. Em seguida, ela concebe seu filho solar Hórus.
Os egípcios ainda mantêm um festival conhecido como a Noite da Lágrima. Tal festival
tem sido preservado pelos árabes como o festival junino de Lelat-al-Nuktah.
No começo só existia o grande, imóvel e infinito mar universal, sem vida e em absoluto
silêncio. Não havia nem alturas, nem abismos, nem princípio, nem fim, nem leste, nem
oeste, nem norte e nem sul. Das primeiras sombras se desprenderam as trevas e
apareceu o caos. Desse ilimitado e sombrio universo surgiu a vida e, com ela, a estirpe
dos Deuses.
Conta a mitologia solar que o criador de tudo foi Atum, o Pai dos Pais. A partir do
momento que Atum toma consciência de si mesmo, ele tornou-se Rá.
Então Atum criou os outros Deuses. Recolheu seu próprio sêmen na mão, e engolindo-o
se fecundou a si mesmo. Vomitou, dando vida a Shu e Tefnut, o ar seco e o ar úmido.
Shu e Tefnut se unem e dão a luz ao Deus Geb, a terra, e a Deusa Nut, o céu, que, por
sua vez, quando se uniram fisicamente tiveram quatro filhos: Osíris (Deus da Ordem),
Seth (Deus da Desordem) e suas irmãs Ísis e Neftis, nascidos nessa ordem. A nova
geração completa o número de nove divindades, a Enéada, que começa com o Deus
criador primordial. Na escrita egípcia o três era utilizado para representar o número
plural, enquanto que o nove proporciona um meio simbólico de indicar o "todo". A
Enéada do Deus Sol é conhecida entre os egiptólogos como a Enéada Heliopolitana.
Osíris, o primogênito, havia herdado de seu pai Geb a terra para governá-la. Já a Deusa
Ísis, cujo nome significa "o trono", "a sede" (capital), se uniu a seu irmão Osíris, para
sustentar todo o seu poder, estabelecendo-se assim, o primeiro casal real do Egito. Se
ele era o rei, soberano da terra, ela ia ser seu trono, a sede eternamente estável, de onde
era exercida toda a realeza sobre o Egito.
ÍSIS E O NOME SECRETO DE RÁ
O Deus Sol Rá tinha tantos nomes que inclusive os Deuses não conheciam todos. Um
dia, a Deusa Ísis, Senhora da Magia, se pôs a aprender o nome de todas as coisas, para
tornar-se tão importante como o Deus Rá.
Depois de muitos anos, o único nome que Ísis não sabia era o nome secreto de Rá,
assim decidiu enganá-lo para descobrir.
A cada dia, enquanto voava pelo céu, Rá envelhecia e até já começava a babar. Ísis
recolheu sua baba e modelando-a com terra, deu forma a uma serpente, que depois
colocou no caminho de Rá. Esse foi mordido e caiu ao solo agonizante. Ísis disse ao
Deus que poderia curá-lo, desde que ele lhe revelasse seu nome secreto. Ele se
negou, porém ao notar que o veneno da cobra era potente suficientemente para matá-lo,
não teve outra opção a não ser revelá-lo. Com esse conhecimento secreto, Ísis pode
apropriar-se de parte do poder de Rá.
No Egito, assim como na Babilônia, o culto da lua precedeu o do sol. Osíris, Deus da lua,
e Ísis, a Deusa da lua, irmã e esposa de Osíris, a mãe de Hórus, o jovem Deus da lua,
aparecem nos textos religiosos antes da quinta dinastia (cerca de 3.000 a. C.).
É difícil fazer um estudo conciso sobre o significado do culto de Ísis e Osíris, pois,
durante muitos séculos nos quais esta religião floresceu, aconteceram mudanças na
compreensão dos homens em relação a ele.
Nos primeiros registros, Osíris, parece ser um espírito da natureza, concebido como o
Nilo ou como a lua, o qual, pensava-se, controlava as enchentes periódicas do rio. Era o
Deus da umidade, da fertilidade e da agricultura. Durante o período da lua minguante,
Seth, seu irmão e inimigo, um demônio de um vermelho fulvo incandescente, devorava-
o. Dizia-se que Seth tinha se unido a uma rainha etíope negra para ajudá-lo na sua
revolta contra Osíris, provavelmente uma alusão à seca e ao calor, que periodicamente
vinham do Sudão, assolavam e destruíam as colheitas da região do Nilo.
Nas primeiras formas do mito, Osíris era a lua e Ísis a natureza, Urikitu, a Verde da
história caldéia. Mas, posteriormente, ela tornou-se a lua-irmã, mãe e esposa do Deus da
lua. É neste ciclo que este mito primitivo da natureza começou a tomar um significado
religioso mais profundo. Os homens começaram a ver na história de Osíris, que morreu
e foi para o submundo, sendo depois restituído à vida pelo poder de Ísis, uma parábola
da vida interior do homem que iria transcender a vida do corpo na terra.
Ísis e Osíris eram irmãos gêmeos, que mantinham relações sexuais ainda no ventre da
mãe e desta união nasceu o Hórus-mais-velho. No Egito, nesta época, era hábito entre os
faraós e as divindades a celebração de núpcias entre irmãos, para não contaminar o
sangue.
A história continua contando que quando Osíris tornou-se rei, livrou os egípcios de uma
existência muito primitiva. Ensinou-lhes a agricultura e a feitura do vinho, formulou leis e
instruiu como honrar seus deuses. Depois partiu para uma viagem por todo o país,
educando o povo e encantando-o com sua persuasão e razão, com a música, e "toda a
arte que as mesas oferecem".
Enquanto ele estava longe sua esposa Ísis governou, e tudo correu bem, mas tão logo
ele retornou, Seth, que simbolizava o calor do deserto e da luxúria desenfreada, forjou
um plano para apanhar Osíris e afastá-lo. Confeccionou um barril do tamanho de Osíris.
Então convidou todos os Deuses para uma grande festa, tendo escondido seus setenta e
dois seguidores por perto. Durante a festividade, mostrou seu barril que foi admirado
por todos. Prometeu dá-lo de presente àquele que coubesse nele. Então todos entraram
nele por sua vez, mas ele se ajustou somente a Osíris. Neste momento, os homens
escondidos apareceram e, rapidamente lacraram a tampa do barril. Levaram-o e jogaram
no rio Nilo. Ele boiou para longe e alcançou o mar pela "passagem que é conhecida por
um nome abominável".
Este evento ocorreu no décimo sétimo dia de Hator, isto é, novembro, no décimo oitavo
ano de reinado de Osíris. Ele viveu e reinou por um ciclo de vinte e oito períodos ou dias,
porque ele era a lua, cujo ciclo completa-se a cada vinte e oito dias.
Quando Ísis foi sabedora dos acontecimentos fatídicos, cortou uma mecha de seu
cabelo e vestiu roupas de luto e vagou por todos os lugares, chorando e procurando
pelo barril. Foi seu cachorro Anúbis, que era filho de Néftis e Osíris, que levou-a até o
lugar onde o caixão tinha parado na praia, no país de Biblos. Ele havia ficado perto de
uma moita de urzes, que cresceram tanto com sua presença, que tornou-se uma árvore
que envolveu o barril. O rei daquele país mandou cortar a tal árvore e de seu tronco fez
uma viga para a cumeeira de seu palácio, sem sequer imaginar que o mesmo continha o
barril.
Ísis para reaver seu marido, fez amizade com as damas de companhia da rainha daquele
país e acabou como enfermeira do príncipe. Ísis criou o menino dando-lhe o dedo ao
invés de seu peito para mamar.
Os nomes do rei e da rainha são: Malec e Astarte, ou Istar. Bem sugestivo, pois nos faz
ver que Ísis teve que recuperar o corpo de Osíris de sua predecessora da Arábia.
Acabou tendo que revelar-se para a rainha e implorou pelo tronco da árvore que
continha o corpo de Osíris. Ísis retirou o barril da árvore e levou-o consigo em sua
barcaça de volta para casa. Ao chegar, escondeu o caixão e foi procurar seu filho Hórus,
para ajudá-la a trazer Osíris de volta à vida.
Seth que havia saído para caçar com seus cachorros, encontra o barril. Abriu-o e cortou
o corpo de Osíris em catorze pedaços espalhando-os. Aqui temos a fragmentação, os
catorze pedaços que óbviamente referem-se aos catorze dias da lua.
Ísis soube do ocorrido e saiu à procura das partes do corpo. Viajou para longe em sua
barcaça e onde quer que acahasse uma das partes fazia um santuário naquele lugar.
Conseguiu reunir treze das peças unindo-as por mágica, mas faltava o falo. Então fez
uma imagem desta parte e "consagrou o falo, em honra do qual os egípcios ainda hoje
conservam uma festa chamada de "Faloforia", que significa "carregar o falo".
Ísis concebeu por meio dessa imagem e gerou uma criança, o Hórus-mais-jovem.
É pelo poder de Ísis, através de seu amor, que o homem afogado na luxúria e na paixão,
eleva-se a uma vida espiritual. Ísis, antes de tudo, é provedora da vida. Comumente é
representada amamentando seu filho Hórus, pois ela é a mãe que nutri e alimenta tudo
que gera. Ísis com seu bebê no colo, acabou transformada na Virgem Maria com o
menino Jesus.
Embora Isis fosse considerada como mãe universal ela era venerada como protetora das
mulheres em particular. Sendo aquela que dá a vida, que presidia sobre vida e morte, ela
era protetora das mulheres durante o parto e confortava aquelas que perdiam seus entes
queridos. Em Ísis, as mulheres encontravam o apoio e a inspiração para prosseguirem
com suas vidas. Ísis proclamava ser, em hinos antigos, a deusa das mulheres e dotava
suas seguidoras de poderes iguais aos do homem.
Esta Deusa é também freqüentemente representada como uma Deusa negra. Este fato
está diretamente associado ao período de luto de Ísis (morte de Osíris), quando ela
vestia-se de preto ou ela própria era preta.
As estátuas pretas de Ísis tinham também um outro sentido. Plutarco declara que "suas
estátuas com chifres são representações da Lua Crescente, enquanto que as estátuas
com roupa preta significavam as ocultações e as obscuridades nas quais ela segue o Sol
(Osíris), almejando por ele. Conseqüentemente, invocam a Lua para casos de amor e
Eudoxo diz que Ísis é quem os decide".
No Solstício de Inverno, a Deusa, na forma de vaca dourada, coberta por um traje negro,
era carregada sete vezes em torno do Santuário de Osíris morto, representando as
perambulações de Ísis, que viajou através do mundo pranteando sua morte e
procurando pelas partes espalhadas de seu corpo. Este ritual, era um procedimento
mágico, que tencionava prevenir que a seca invadisse as regiões férteis do Nilo, pois a
ressurreição de Osíris era, naquela época, um símbolo da enchente anual do Nilo, da
qual a fertilidade da terra dependia.
ÍSIS E HÓRUS
Muita conhecida de todos os nós é a história de Hórus, o filho de Ísis, a Deusa do Egito,
tanto quanto os também tão estimados e conhecidos Maria e o menino Jesus no
cristianismo. Entretanto, existem algumas diferenças entre os dois: a Ísis é adorada
como uma divindade maternal muito antiga. Algumas vezes é representada com um
disco do sol (ou lua) na cabeça, flanqueada à direita e à esquerda por dois chifres de
vaca. A vaca era e é por seu úbere dispensador de leite o animal-mãe, usado em muitas
culturas como símbolo materno. Outra diferença fundamental entre Ísis e Maria é
também o fato de Ísis ter sido venerada como a grande amada. Ainda no ventre materno
ela se casou com seu irmão gêmeo Osíris, que ela amava acima de tudo.
Nos rituais antigos egípcios, executados para obter a ressurreição, o olho de Hórus tinha
papel muito importante e era usado para animar o corpo do morto cujos membros
tinham sido reunidos. Hórus, filho e herdeiro por excelência, é invocado também, para
que impeça a ação do réptéis que estão no céu, na terra e na água, os leões do deserto,
os crocodilos do rio.
Protetor da realeza, Hórus desempenha ainda, o papel capital do Deus da cura. A magia
de Hórus desvia as flechas do arco, apazigua a cólera do coração do ser angustiado.
ARQUÉTIPO DE CURA
Ísis era invocada nas antigas escrituras como a Senhora da Cura, restauradora da vida e
fonte de ervas curativas. ela era venerada como a senhora das palavras de poder, cujos
encantamentos faziam desaparecer as doenças.
À noção de magia liga-se também, imediatamente ao nome de Ísis, que conhece o nome
secreto do Deus supremo. Ísis dipõe do poder mágico que Geb, o Deus da Terra, lhe
ofereceu para poder proteger o filho Hórus. Ela pode fechar a boca de cada serpente,
afastar do filho qualquer leão do deserto, todos os crocodilos do rio, qualquer réptil que
morda. Ela pode desviar o efeito do veneno, pode fazer recuar o seu fogo destruidor por
meio da palavra, fornecer ar a quem dele necessite. Os humores malignos que
perturbam o corpo humano obedecem a Ísis. Qualquer pessoa picada, mordida,
agredida, apela a ísis, a da boca hábil, identificiando-se com Hórus, que chama a mãe em
seu socorro. Ela virá, fará gestos mágicos, mostrar-se-á tranqüilizadora ao cuidar do
filho. Nada de grave irá lesar o filho da grande Deusa.
Ísis aparece em na nossa vida para dizer que é hora de meditar. Você tem desperdiçado
sua energia maternal sem guardar um pouco para si mesma? Sua mãe lhe deu todo o
amor que você precisou? Pois agora é tempo de você se dar "um colo" para curar as
mágoas do passado. Todos nós precisamos de cuidados maternos, independente de
sermos donzela, mãe ou mulher madura.
ARQUÉTIPO DA MÃE-NATUREZA
Ísis, Deusa da lua, também é Mãe da Natureza. Ela nos diz que para este mundo
continuar a existir tudo que é criado um dia precisa ser destruído. Ísis determina que não
deve haver harmonia perpétua, com o bem sempre no ascendente. Ao contrário, deseja
que sempre exista o conflito entre os poderes do crescimento e da destruição. O
processa da vida, caminha sobre estes opostos. O que chamamos de "processo da
vida", não é idêntico ao bem-estar da forma na qual a vida está neste momento
manifesta, mas pertence ao reino espiritual no qual se baseia a manifestação material.
Com certeza, se a morte e a decadência não tivessem dotados de poderes tão grandes
quanto as forças da criação, nosso mundo inteiro já teria alcançado o estado de
estagnação. Se tudo permanecesse para sempre como foi primeiramente feito, todas as
capacidades de "fazer" teriam sido esgotadas há séculos. A vida hoje estaria hoje
totalmente paralisada. E, assim, inesperadamente, o excesso de bem, acabaria em seu
oposto e tornar-se-ia excesso de mal.
Ísis, tanto na forma da natureza, como na forma de Lua, tinha dois aspectos. Era
criadora, mãe, enfermeira de todos e também destruidora.
O nome Ísis, significa "Antiga" e era também chamada de "Maat", a sabedoria antiga.
Isto corresponde a sabedoria das coisas como são e como foram, a capacidade inata
inerente, de seguir a natureza das coisas, tanto na forma presente como em seu
desenvolvimento inevitável, uma relação à outra.
O VÉU DE ÍSIS
O traje de Ísis só era obtido através da iniciação, era multicolorido e usado em muitos
cerimoniais religiosos.
O véu multicolorido de Ísis é o mesmo véu de Maias, que nos é familiar no pensamento
hindu. Ele representa a forma sempre mutante da natureza, cuja beleza e tragédia
ocultam o espírito aos nosso olhos. A idéia é a de que o Espírito Criativo vestia-se de
formas materiais de grande divindade e que todo o universo que conhecemos era feito
daquela maneira, como a manifestação do Espírito do Criador.
Plutarco expressa essa idéia quando diz:"Pois Ísis é o princípio feminino da natureza e
aquela que é capaz de receber a inteireza da gênese; em virtude disso ela tem sido
chamada de enfermeira e a que tudo recebe por Platão e, pelo multidão, a dos dez mil
nomes, por ser transformada pela Razão e receber todas as formas e idéias".
Um hino dirigido a Ísis-Net exprime essa mesma idéia de véu da natureza que esconde a
verdade do mistério dos olhos humanos. Net era uma forma de Ísis, e era considerada
como Mãe-de-todos, sendo de natureza tanto masculina como feminina. O texto em que
esse hino está registrado data de cerca de 550 a.C., mas é provavelmente muito mais
antigo.
O véu de Ísis, tem também significados derivados. Se diz que o ser vivo é pego na teia
ou véu de Ísis, significando que no nascimento o espírito, a centelha divina, que está em
todos nós, é preso ou incorporado na carne. Significa dizer, que todos nós ficamos
emaranhados ou presos na teia da natureza. Essa teia é a trama do destino ou
circunstâncias. É inevitável que devamos ser presos pelo destino, mas freqüentemente
consideramos este enredamento como infortúnio e queremos nos libertar dele. Se
aceitarmos esta situação de o ser vivo estar preso a teia de Ísis, acabaremos encarando
a trama de nossa vida de maneira diferente, pois é somente deste modo que o espírito
divino pode ser resgatado. Se não fosse aprisionado desta forma, vagaria livremente e
nunca teria oportunidade de transformar-se. Portanto, o espírito do homem precisa estar
preso à rede de Ísis, caso contrário, não poderá ser levado em seu barco para a próxima
fase de experiência.
"Vê-la dançar é participar da força criadora que vibra no Cosmos; massa negra e
pulsante explícita nos olhos e cabelos de Jhade. (...) Mãos se elevam em serpente e
cortantes transformam em som o poder telúrico de seu ventre. Que os sons, manifestos
em seu corpo, subam de encontro com o Eterno e sejam ouvidos além do tempo." (por
W. Hassan)
A Dança dos Sete Véus tem sua origem em tempos remotos, onde as sacerdotisas
dançavam no templo de Isis. É uma dança forte, bela e enigmática. Ela também
reverencia à vida, os elementos da natureza, imita os passos dos animais e das
divindades numa total integração com o universo. O coração da bailarina é tão leve
quanto a pluma da Deusa Maat e é exatamente por isso que os véus são necessários,
pois é deles que os deuses se servem para sutilizar o corpo da mulher. Os véus de Ísis,
ao serem retirados, nos transmitem ensinamentos. Quando a bailarina usa dois véus, ao
retirá-los nos diz que o corpo e espírito devem estar harmonizados. A Dança do Templo,
que é usado três véus, homenageia a Trindade dos deuses do Antigo Egito: Ísis, Osíris e
Hórus. A Dança do Palácio, com quatro véus, representa a busca da segurança e
estabilidade e ao retirá-los a bailarina nos demonstra o quanto nos é benéfico o
desapego das coisas materiais. Na Dança dos Sete Véus, cada véu corresponde a um
grau de iniciação.
Os sete véus representam os sete chakras em equilíbrio e harmonia, sete cores e sete
planetas.Cada planeta possui qualidades e defeitos que influenciam no temperamento
das pessoas e a retirada de cada véu representa a dissolução dos aspectos mais
nefastos e a exaltação de suas qualidades.
Toda mulher deixa transbordar seu essência através da dança. Todas aquelas emoções
reprimidas, sentimentos esquecidos, afloram. Toda e qualquer mulher que consegue
penetrar nos mistérios e ensinamentos dessa prática, se revelará de forma pura e
sublime e alcançará o êxtase ao dançar.
Você pode usar esse ritual para pedir à Ísis que reforce sua lealdade se se sentir tentada
(o) a trair a confiança de alguém, ou para pedir que outra pessoa lhe seja leal.
Acenda uma vela branca e coloque à sua frente. Suspenda a vela em frente a vela, de
maneira que brilhe à luz da chama. Enquanto observa a luz brilhando através da
granada, pense em tudo que necessitas fortalecer no sentido da lealdade.
Imagine você, ou a pessoa que a(o) preocupa, em uma situação que possa trair a
confiança. Pense que você, ou essa pessoa, resistem ao impulso. Por exemplo, pode
visualizar uma situação em que um amigo pede para revelar um segredo, porém você
resiste, dizendo:
Agora coloque a granada em seu bolso e use-a como jóia até que sinta que a ameaça da
deslealdade tenha passado.