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Hator deusa egpsia da felicidade e do amor

HATOR: A DEUSA DO AMOR E DA FELICIDADE

» CONSCIÊNCIA PLENA ESPIRITUALIDADE REFLEXÕES & CONHECIMENTO


REFLEXÕES E CONHECIMENTO

Por Guta Monteiro

TimeTempo de leitura: 7 min

A mitologia é fascinante. Através dela, percebemos melhor quem somos e qual a


origem dos mitos que ainda hoje nos ajudam a explicar o sentido da vida e os
mistérios da humanidade.

Viciante, lúdica e espantosamente humana, as histórias sobre os deuses estão


profundamente enraizadas na nossa cultura, nossas lendas e na nossa língua. E,
para falar nos ensinar sobre o amor, temos Hator, a deusa do amor e da
felicidade.

“Mitologia, simbologia, feitiços e bruxaria. Demônios e divindades. Ritos e rituais.


Envolvem-se numa aventura fantástica, às vezes onírica ou até mesmo louca, na
busca incessante da percepção dos opostos”
Desconhecido

A HISTÓRIA DE HATOR

Hator é uma deusa do Egito Antigo que personifica os princípios do amor, beleza,
música, maternidade e alegria. Era uma das divindades mais populares e
importantes do Egito Antigo, venerada tanto pela realeza quanto pela população
comum. Hator desempenha uma variedade de papéis: como deusa do céu, era a
mãe de Hórus e do deus do sol Rá, sendo, portanto, a mãe simbólica dos faraós.
Hator era também uma de várias divindades que atuavam como o Olho de Rá, a
contraparte feminina do deus, possuindo um aspecto vingativo sob essa forma
que protegia Rá de seus inimigos.

“Toda a beleza do mito é justamente seu mistério inacessível, seu enigma não
decifrado”

Arnaldo Jabor

O lado benevolente de Hator representava música, dança, alegria, amor,


sexualidade e o cuidados maternais. Devido a tantos atributos, ela era a
idealização da feminilidade egípcia. Hator também cruzava as fronteiras entre
mundos e ajudava as almas mortas a passarem para o pós-vida, tamanho era seu
poder.

Como a dualidade da personalidade dos deuses é comum na mitologia, Hator


possuía também um lado obscuro. No início, quando a humanidade ainda dava
seus primeiros passos na Terra, o deus solar Rá decidiu punir os humanos por se
tornarem perversos e desrespeitosos aos deuses. Ele ordenou a Hator que
executasse sua vingança e a deusa matou humanos até que seu sangue corresse
em rios. Rá passou a sentir remorso pelos humanos e pediu a Hator que parasse,
mas, por estar cega pelo ódio, ela se recusou. Finalmente, Rá lançou 7.000 jarras
de vinho para que parecesse sangue. Hator bebeu todo o vinho, ficou
completamente embriagada e esqueceu-se de seu desejo por sangue.

BANHO DE ATRAÇÃO E SENSUALIDADE

Se você está querendo chamar a atenção daquela pessoa especial, um banho de


sensualidade com Hator certamente te fará ser notada. Através do banho, você vai
canalizar toda a sensualidade da deusa e atrair os olhos de quem você ama.

Para que o banho dê certo, é essencial que o ritual não ultrapasse os 30 minutos e
que seja realizado em uma sexta-feira de Lua crescente, após o pôr do sol.

Você vai precisar de:

– 7 paus de canela

– 7 anis estrelados

– 7 cravos da índia

– 1 colher sopa de mel

– 3 rosas vermelhas inteiras (pétalas e o miolo)

– 7 gotas de essência de sândalo ou rosas

Como realizar o ritual:


Coloque 3 litros de água mineral ou filtrada para ferver. Quando a água começar a
ferver, adicione todos os ingredientes menos a essência de sândalo. Deixe
fervilhar um pouco e depois deixe a mistura descansar. Quando esfriar, coe para
obter o líquido sem nenhum resquício dos elementos e acrescente a essência.
Quando for tomar banho, após o pôr do sol em uma sexta-feira de Lua crescente,
após lavar o corpo e enxaguar, jogue a mistura do pescoço para baixo e deixe
secar naturalmente se possível. Enquanto derrama a mistura no corpo, mentalize
a pessoa amada, pedindo através dos pensamentos que, se for para o seu bem,
que a pessoa te enxergue com os olhos do amor.

Você está pronta para atrair a atenção de quem deseja! Para finalizar, descarte as
sobras aos pés de uma árvore bem bonita.

“Não desperdiça seu tempo querendo ser flor antes da hora. Cumpre o ritual de
existir, compreendendo-se em cada etapa”

Padre Fábio de Melo

CHAMANDO A DEUSA

Esse ritual vai canalizar a energia de Hator com intensidade ainda maior. Esse
ritual pode ser realizado sozinho, ou como complemento do banho de
sensualidade. Quando realizar o ritual, coloque uma música romântica bem
especial para complementar a aura do ambiente.

Você vai precisar de:

– 1 vela vermelha
– 1 pires

– Incenso sândalo, rosas ou flor de lótus

– 1 prato escuro com cerejas, maçã e uva vermelha na quantidade que desejar

– 1 pedaço de queijo feito com leite de vaca

– 1 taça de vinho tinto

– Imagem da deusa Hator

– Papel branco

– 1 pedaço de pano cetim vermelho

– 1 pedaço de cordão dourado

Como realizar o ritual:

Acenda o incenso e procure relaxar a mente, se deixando envolver pelo amor que
deseja receber. No papel, escreva o nome da pessoa que você ama, passe o papel
7 vezes pela fumaça do incenso e dobre-o. Acenda a vela sobre o pires, coloque
ao lado a imagem de Hator e faça uma reverência a deusa curvando-se 7 vezes.
Então, pressione o papel contra o peito usando a mão direita, deixando-o bem
próximo do seu coração e pense na pessoa durante 7 minutos. Desdobre o papel,
segure-o com a mão esquerda e por 7 vezes passe novamente na fumaça do
incenso; após cada passada recite:

“(nome do seu amor) você, gosta do jeito que eu sou. Isso o faz me notar. Estou a
deliciar algumas palavras gentis. Que a sua alma será minha. Para que você saiba
que meu amor a você pertence. Que o nosso amor seja eterno”.

Quando terminar o ritual, beba a taça de vinho, coma as frutas e o queijo. Guarde
o papel por 7 dias junto com a imagem de Hator. Terminado esse período, junte as
sobras da vela com as do incenso e o papel com o nome, enrole no cetim
vermelho e amarre em forma de sachê com um cordão dourado e deixe guardado
em um local seguro. Quando seu pedido amoroso for atendido, abra o sachê e
espalhe em um local alto todo o material nele contido e acenda um incenso de
flor de lótus em agradecimento à deusa Hator .

ORAÇÃO A DEUSA HATOR

Se você prefere as orações aos rituais, é possível entrar em contato com a deusa
Hator através da oração abaixo:

Salve Hator

Saudamos a ti, Hator que és a Deusa do Amor, da Fertilidade, da Dança, das


Mulheres e da Alegria, agradecemos a vida e o privilégio da Felicidade.

Agradecemos por criar o amor divino e humano, tornando as pessoas mais


bondosas, amáveis e nos tirando do plano animal, nos fazendo amar o próximo
independente de suas qualidades e defeitos, desejando apenas o bem e luz para
nosso semelhante.

Pedimos a ti grande Mãe Hator que é o portal da vida e da morte, nos guarneça
para que possamos ter uma vida feliz com as pessoas que amamos, sempre
fazendo o bem e vivendo na verdade, no amor e na felicidade. Guarneça as
pessoas que amamos que estão aguardando para a próxima encarnação, os
guiando para o melhor caminho.
Tu que és a Deusa da Fertilidade, também lhe pedimos que guarneça nossos filhos
e netos para que entrem em seu portal da vida com saúde.

Salve Hator , Salve Rá.


Hathor é a deidade egípcia relacionada com a música, o amor, a dança, bem como
os prazeres mundanos.
Como se sabe a Lua Nova é a mais poderosa e sombria face da Deusa. O ritual
consiste em saudar e honrar Hathor, e então ao final, realizar os pedidos para o
lado amoroso de sua vida.

De preferência este ritual deve ser feito durante a noite, próximo ao seu altar,
mesmo que seus instrumentos sejam deixados ao chão. Você precisará de uma
Ankh, mesmo que seja recortada em papel. Se tiver um colar ou um pingente no
formato de Ankh, melhor. Não modifique nada no ritual, e faça no máximo um dia
antes ou depois da Lua Nova.

Caso queira fazê-lo mesmo sem possuir pedidos direcionados ao amor,


simplesmente ignore a parte do banho, ou seja, não precisa fazer o elixir com
leite, mel e essências – mas ainda faça a oferta da maçã como agradecimento à
Hathor por sua presença e por seu amor e bênçãos em sua vida.

.
O Ritual
Para começar, abra o círculo mágico, e então acenda um incenso de lótus. Faça os
convite aos elementos da forma de costume, ou aponte os guardiões de cada
direção, caso o faça. Então cite, mesmo que seja em pensamento, com
determinação e amor:

“A Lua está escura, e a Deusa está próxima de meu coração


Salve, minha Deusa Hathor, a Grande Dama do Sicômoro,
Minha saudosa Rainha do Oeste!
O tempo é propício para magia, e eu nesta noite clamo por sua presença”.

Feche os olhos e espere até que sinta a presença de Hathor em seu círculo. Erga
suas mãos, e fazendo um gesto de abrir cortinas, afaste-as, proferindo:

“Eu sinto a Deusa ao meu redor, em mim!


Eu contemplo sua beleza no céu estrelado.
Ouço seus sussurros dentro de meu templo sagrado,
Sussurros de magia e de instrução.
Ouço a voz poderosa de Hathor nos ventos da noite,
Suas palavras de sabedoria e profecia são sussurros,
Sussurros dentro deste local sagrado.”
Curve-se perante a Deusa. Segure a representação da Ankh próxima de seu peito,
e então vire-se ao leste de seu altar, levantando a Ankh e dizendo:
“Do leste e dos céus da aurora me chegam palavras de magia e poder.
Grande Hathor, eu escuto seus ensinamentos”.

Torne seu corpo para o sul de seu círculo. Levante a Ankh, e fale:

“Do sul e do meio-dia chegam a ação e o propósito.


Grande Hathor, eu escuto seus ensinamentos.”

Vire-se para o oeste. Levante a Ankh novamente, e diga:

“Do oeste e do poente recebo a força emocional.


Grande Hathor, eu escuto seus ensinamentos.”

Volte-se então para o Norte. Mais uma vez, erga a Ankh, falando:

“Do norte e dos céus noturnos recebo a ligação à Terra,


Necessária para toda a magia.
Grande Hathor, eu escuto seus ensinamentos.”

Aproxime-se novamente de seu altar, e sobre ele deixe sua Ankh repousando.
Diga, então:
“Ó Grande Hathor, eu ouço e aceito
dentro de mim as palavras de magia
e poder que me ofereceste.”

Agora você começará seu ritual de amor. Acenda três velas que podem ser cor-de-
rosa, vermelhas ou brancas – você pode optar por acender uma de cada cor, caso
prefira – em um triângulo ao redor de seu caldeirão. Em seu caldeirão, derrame a
quantidade de leite que julgar suficiente. Aproximadamente 250ml – 500ml são o
suficiente. Coloque, então, três gotas de essência de verbena, e três gotas de
essência de lótus. Você pode substituir uma delas por essência de rosas – mas
apenas delas, a outra deve permanecer.
Profira seu desejo de amor. Diga, sinceramente, o que você realmente quer: que
seu amor seja reforçado?
Quer encontrar alguém para dividir sua vida? Quer que seu relacionamento
perdure por anos e anos através do tempo? Quer que a pessoa que você está
apaixonado demonstre seus sentimentos, e/ou deseja atenuar o que ela sente por
você – lembrando que você não “amarrá” ninguém a você com este ritual, pois
isto é anti-ético e errado -? Fale abertamente, e deixe que Hathor lhe ouça, e ouça
sua voz também.
Derrame sobre o leite o equivalente a três colheradas de mel, dizendo:

“Grande Hathor, Deusa dos Amores. Que meus desejos se realizem,


E que meus sentimentos brilhem como estrelas nos céus mais estrelados.
Que o Universo seja testemunho do Amor e da magia acontecida hoje
no templo mais verdadeiro de minha alma.”

Escreva em um papel o que você falou para Hathor, ou seja, seu pedido para o
ritual. Você pode escrever seu nome com o da pessoa amada, pode desenhar
runas, símbolos ou sigilos, tudo o que você desejar e/ou achar necessário.
Coloque as três velas próximas novamente, e queime seu papel com o pedido.
Ao queimar, visualize que seu pedido se realizará, sentindo-se banhado por uma
luz de amor e de confiança, de harmonia e de atração. Guarde as cinzas.
Separe o leite do seu caldeirão guardando-o em uma garrafa, para que você após
o ritual, banhe-se neste conteúdo. Sopre as cinzas contra sua janela, ou em algum
local bem bonito e florido. Pode soprá-las próximas de algum local onde a pessoa
costume visitar frequentemente também.

Coloque em seu altar uma maçã bem bonita e vermelha. Erga sua mão de poder –
a que você escreve – sobre o altar, e profira:

“Eu retorno através do Véu dos Mistérios do Templo


Para estar mais uma vez de volta a meu tempo e espaço
Louvada seja Hathor
Eu a ofereço com todo meu amor
Meu singelo presente para a Grande Hathor
Agradeço sua presença e suas bênçãos
Louvada seja Hathor!”

Estenda as mãos para cima, e as aproxime como se estivesse fechando a cortina


que abriu no começo do ritual. Destrace o círculo mágico, agradecendo Hathor
por sua presença e por suas bênçãos, e despedindo-se dos elementos. Apague as
velas e o incenso, reservando o que sobrou para o banho.
Agora, tome seu banho higiênico, e então banhe-se do pescoço para baixo com o
leite, as essências e o mel. Acenda as velas que você utilizou antes no ritual no seu
banheiro, e o incenso de lótus, caso ainda tenha. Visualize-se recebendo
novamente as bênçãos do amor de Hathor. Agradeça, ao terminar o banho, mais
uma vez, e então durma.
Hator (em egípcio: ḥwt-ḥr) foi uma das principais divindades na religião do Antigo
Egito que desempenha uma variedade de papéis diferentes. Como deusa do céu
era a mãe ou consorte do deus do céu Hórus e do deus do sol Rá, ambos os quais
eram conectados com a realeza, assim ela era a mãe simbólica de seus
representantes terrenos, os faraós. Era uma de várias divindades que atuavam
como o Olho de Rá, a contraparte feminina do deus, possuindo um aspecto
vingativo sob essa forma que protegia Rá de seus inimigos. Seu lado benevolente
representava música, dança, alegria, amor, sexualidade e cuidado maternal,
também tendo agido como consorte de várias divindades e mãe de seus filhos.
Estes aspectos de Hator exemplificavam a concepção egípcia da feminilidade. Ela
também cruzava as fronteiras entre mundos e ajudava as almas mortas a
passarem para o pós-vida.

Hator era frequentemente representada como uma vaca, simbolizando seu


aspecto maternal e celestial, porém sua forma mais comum era de uma mulher
usando um adereço de cabeça formado por chifres de vaca e um disco solar.
Também podia ser representada como leoa, cobra ou uma árvore de plátano.
Deusas de gado similares a Hator foram representadas na arte egípcia durante o
Período Dinástico Precoce, porém ela só foi aparecer no Reino Antigo. Ela se
tornou uma das mais importantes divindades do Antigo Egito a partir do
padronado dos governantes do Reino Antigo. Tinha mais templos dedicados ao
seu culto do que qualquer outra deusa, com o principal ficando em Dendera no
Alto Egito. Também era venerada nos templos de seus consortes. Os egípcios a
conectavam com terras estrangeiras como a Núbia e Canaã e suas valiosas
mercadorias, com algumas pessoas dessas áreas adotando sua veneração. No
Egito era uma das divindades comumente invocadas em orações particulares e
ofertas votivas.

Deusas como Mut e Ísis invadiram a posição de Hator na ideologia real durante o
Reino Novo, porém ela continuou como uma das divindades mais amplamente
cultuadas. Hator foi cada vez mais sobrepujada por Ísis a partir do Terceiro
Período Intermediário, principalmente durante o Reino Ptolemaico, quando os
novos governantes greco-romanos conectaram suas próprias divindades com as
egípcias a fim de solidificar seu poder, combinando os traços de Hator e Afrodite
em Ísis para o tratamento de suas rainhas. Hator ainda assim continuou a ser
venerada em alguns locais até a extinção da religião egípcia em meados do século
IV.
Índice
1 Origens
2 Papéis
2.1 Deusa do céu
2.2 Deusa solar
2.3 Música, dança e alegria
2.4 Pós-vida
3 Veneração
3.1 Templos
3.2 Fora do Egito
4 Referências
5 Bibliografia
6 Ligações externas
Imagens de gado apareciam frequentemente na arte do Período Pré-Dinástico
(antes de c. 3 100 a.C.), assim como imagens de mulheres com braços curvados e
para cima semelhantes ao formato dos chifres bovinos. Ambas podem representar
deusas conectadas com o gado.[2] Vacas eram veneradas em muitas culturas,
incluindo no Egito, como símbolos de maternidade e nutrição, pois cuidavam de
seus bezerros e supriam os humanos com leite. A Paleta de Gerzé, uma paleta de
pedra do período Nacada II (c. 3500–3200 a.C.), mostra a silhueta de uma cabeça
de vaca com chifres curvados para dentro e cercados por estrelas. Ela sugere que
a vaca era relacionada com o céu, assim como várias deusas de períodos
posteriores que foram representadas dessa maneira: Hator, Meete-Uerete e Nut.
[3]

Hator, apesar desses precedentes, só foi ser mencionada ou representada


inequivocamente na Quarta Dinastia (c. 2613–2494 a.C.) do Reino Antigo (c.
2686–2160 a.C.),[4] porém vários artefatos que se referem a ela podem na
verdade datar do Período Dinástico Precoce (c. 3100–2686 a.C.).[5] Seus chifres de
vaca se curvam para fora, diferentemente de para dentro como aqueles que eram
representados no Período Pré-Dinástico, quando Hator claramente aparece. Uma
divindade bovina com chifres curvados para dentro aparece na Paleta de Narmer
no início do Período Dinástico Precoce, tanto em cima da paleta quanto no cinto
usado pela faraó Narmer. O egiptólogo Henry George Fischer sugeriu que essa
divindade pode ser Bate, uma deusa que foi depois representada com rosto de
mulher e uma antena curvada para dentro, aparentemente refletindo a curvatura
dos chifres de vaca.[6] Por outro lado, a egiptóloga Lana Troy identificou uma
passagem dos Textos das Pirâmides do fim do Reino Antigo que conecta Hator
com as vestes do faraó, reminiscente da deusa no cinto de Narmer, sugerindo
então que a divindade representada na Paleta de Narmer é Hator e não Bate.[4]
[7]

Hator rapidamente cresceu em proeminência durante a Quarta Dinastia.[8] Ela


suplantou um antigo deus crocodilo que era venerado em Dendera no Alto Egito
para tornar-se a divindade padroeira da cidade, também rapidamente absorvendo
o culto de Bate na região vizinha de Hu, assim as duas deusas se fundiram em
uma na época do Reino Médio (c. 2055–1650 a.C.).[9] A teologia ao redor do faraó
no Reino Antigo, diferentemente de períodos anteriores, focava-se muito no deus
do sol Rá como o rei dos deuses e o padroeiro do rei terreno. Hator ascendeu
junto com Rá e tornou-se sua esposa mitológica, assim também a mãe divina do
faraó.[8]

Papéis
Hator assumiu muitas formas e apareceu em uma variedade de papéis.[10] O
egiptólogo Robyn Gillam sugeriu que essas formas diversas surgiram quando a
deusa real, padronada pela corte do Reino Antigo, absorveu muitas deusas locais
que eram veneradas pela população comum, que foram então tratadas como suas
manifestações.[11] Textos egípcios muitas vezes falavam das manifestações da
deusa como "Sete Hatores",[10] ou, menos comum, de muito mais Hatores,
chegando até a 362.[12] Sua diversidade refletia as diversas características que os
egípcios associavam com o divino. Mais do que qualquer outra divindade, ela
exemplificava a percepção egípcia da feminilidade.[13]

Deusa do céu
Hator recebeu os epítetos "senhora do céu" e "senhora das estrelas", dizendo-se
que habitava no céu junto com Rá e outros deuses solares. Os egípcios
enxergavam o céu como um corpo de água através do qual o sol navegava,
ligando-o com as águas a partir das quais o sol emergiu no início dos tempos, de
acordo com seus mitos de criação. A deusa mãe cósmica era frequentemente
representada como uma vaca. Achava-se que tanto Hator quanto Mehet-Weret
eram a vaca que deu à luz o deus do sol e que o colocou entre seus chifres. Dizia-
se que Hator, assim como outras divindades celestiais, dava luz ao deus do sol
toda alvorada.[14]

Seu nome egípcio era ḥwt-ḥrw ou ḥwt-ḥr,[15][16] normalmente traduzido como


"morada de Hórus", mas também pode ser "minha morada no céu".[17] O deus
Hórus representava, entre outras coisas, o sol e o céu. A "morada" pode se referir
ao céu em que Hórus vivia, ou o útero da deusa da onde ele, como um deus solar,
nascia todos os dias.[18]
Deusa solar
Hator também era uma deusa solar, atuando como uma contraparte feminina
para os deuses solares Hórus e Rá, sendo um membro do séquito divino que
acompanhava Rá enquanto ele navegava pelo céu em sua barca.[18] Ela era
comumente chamada de "A Dourada", fazendo referência ao brilho do sol, com
textos de seu templo em Dendera dizendo que "seus raios iluminam toda a terra".
[19] Hator muitas vezes se fundia com a deusa Nebetetepete, cujo nome pode
significar "Senhora da Oferenda", "Senhora do Contentamento" ou "Senhora da
Vulva".[20][21] Em Heliópolis, o principal centro de culto a Rá, Hator-
Nebetetepete era venerada como sua consorte.[22] Rudolf Anthes argumentou
que o nome de Hator fazia referência a uma mítica "morada de Hórus" em
Heliópolis que estava ligada com a ideologia da realeza.[23]

Ela era uma de muitas deusas que que acabavam assumindo o papel de Olho de
Rá, a personificação feminina do disco do sol e, por sua vez, uma extensão do
poder do próprio Rá. Ele era algumas vezes representado dentro do disco, que
Troy interpretou como significando que os egípcios achavam que deusa do Olho
era o ventre da onde o deus solar nasceu. Os papéis aparentemente
contraditórios de Hator como mãe, consorte e filha de Rá refletiam o ciclo diário
do sol. Ao pôr do sol o deus entrava no corpo da deusa, engravidando-a e sendo o
pai das divindades que nasciam de seu útero ao nascer do sol: ele mesmo e a
deusa do Olho, que depois daria luz a ele. Rá deu origem a sua filha, a deusa do
Olho, que por sua vez deu origem a ele, seu filho, em um ciclo de regeneração
constante.[24]

O Olho de Rá protegia o deus solar de seus inimigos e era frequentemente


representado como um ureu, uma cobra ou uma leoa.[25] Dizia-se que a forma do
Olho conhecida como "Hator das Quatro Faces", representada por um conjunto de
quatro cobras, ficava de frente para um dos pontos cardeais para vigiar ameaças
contra o deus solar.[26] Um grupo de mitos conhecidos a partir do Reino Novo (c.
1550–1070 a.C.) descreviam o que acontecia quando a deusa do Olho ficava
descontrolada. No texto funerário chamado de Livro da Vaca Celestial, Rá envia
Hator como o Olho a fim de punir humanos que estava tramando contra o seu
domínio. Ela se transforma na deusa leoa Sacmis e massacra os revoltosos, porém
Rá impede que ela extermine toda a humanidade. Ele ordena que cerveja seja
tingida de vermelho e derramada pela terra. A deusa do Olho bebe, achando que
era sangue, ficando em um estado inebriado que lhe permite retornar para a
forma linda e benigna de Hator.[27] Relacionado com essa história está o mito da
Deusa Distante, que data da Época Baixa (c. 664–332 a.C.) e do Reino Ptolemaico
(305–30 a.C.). A deusa do Olho, algumas vezes na forma de Hator, revoltou-se
contra o controle de Rá e vagou livremente para uma terra estrangeira: Líbia ao
oeste ou Núbia ao sul. Rá, enfraquecido pela perda de seu Olho, enviou outro
deus como Tote para fazer com que a deusa retornasse para sua forma benigna.
[28] Ela voltou a ser a consorte do deus solar ou do deus enviado atrás dela assim
que é pacificada.[29] Esses dois aspectos da deusa do Olho, violenta e perigosa
contra linda e alegre, refletiam a crença egípcia que as mulheres "englobavam
ambas as paixões extremas de fúria e amor".[27]

Música, dança e alegria


Hator passou a ser associada ao menat, o colar musical turquesa que
frequentemente era usado pelas mulheres. Um hino a Hator diz:

Tu és a Senhora do Júbilo, a Rainha da Dança, a Senhora da Música, a Rainha da


Harpa, a Senhora da Dança Coral, a Rainha dos Louros, a Senhora da Embriaguez
Sem Fim.
Essencialmente, Hator havia se tornado uma deusa da alegria e, como tal, era
amada profundamente pela população em geral e reverenciada especialmente
pelas mulheres, que aspiravam personificar seu papel multifacetado de mãe,
esposa e amante. Nesta condição, ela conquistou os títulos de Senhora da Casa do
Júbilo e Aquela que Preenche o Santuário com Alegria. O culto a Hator era tão
popular que diversos festivais eram dedicados à sua honra - mais do que qualquer
outra divindade egípcia - e mais crianças recebiam o seu nome do que qualquer
outra divindade. Até mesmo o sacerdócio de Hator era incomum, na medida em
que tanto homens quanto mulheres podiam se tornar seus sacerdotes.

Pós-vida
A identidade de Hator como uma vaca, talvez ilustrada como tal na Paleta de
Narmer, significava que ela passou a ser identificada com outra deusa-vaca antiga
da fertilidade, Bate. Os egiptólogos, no entanto, ainda não sabem responder o
porquê de Bate ter sobrevivido como uma deusa independente por tanto tempo;
ela estava, de certa maneira, ligada ao Ba, um aspecto da alma, e assim Hator
acabou ganhando uma ligação com a vida após a morte. Dizia-se que, com seu
caráter maternal, Hator recebia as almas dos mortos no Duat, e lhes fornecia
comida e bebida. Também era descrita às vezes como senhora da necrópole. A
assimilação de Bate, que estava associada ao sistro, um instrumento musical,
também lhe trouxe uma associação com a música. Nesta forma posterior, o culto a
Hator passou a ser centrado em Dendera, no Alto Egito, onde era conduzido por
sacerdotisas e sacerdotes que também eram dançarinos, cantores e artistas.

Veneração
Templos

Templo de Dendera, mostrando Hator nos capiteis de uma coluna


Como o culto a Hator se desenvolveu a partir dos cultos pré-históricos de
adoração à vaca, não é possível se afirmar de maneira conclusiva onde sua
veneração ocorreu pela primeira vez. Dendera, no Alto Egito, era um sítio arcaico
importante onde ela era cultuada como "Senhora de Dendera". Do Reino Antigo
em diante ela passou a ser cultuada em Meir e Cusas, com a região de Giza-Sacará
sendo o seu principal centro de devoção. No início do primeiro período
intermediário Dendera parece ter se tornado o principal sítio de seu culto, onde
ela era considerada mãe e consorte de "Hórus de Edfu". Deir Elbari, na margem
ocidental do Nilo, em Tebas, também era um sítio importante de veneração a
Hator, desenvolvido a partir de um culto pré-existente à vaca.[30]

Templos (e capelas) dedicadas a Hator):

Templo de Hator e Maat, em Deir Almedina, margem ocidental, Luxor;


Templo de Hator na ilha de Filas, Assuã;
Capela de Hator no Templo Mortuário de Hatexepsute. Margem ocidental, Luxor.
Fora do Egito
Hator foi venerada em Canaã no século XI a.C., que à época era governada pelo
Egito, na cidade sagrada de Hazor, ou Tel Hazor, que segundo o Antigo Testamento
teria sido destruída por Josué (Livro de Josué, 11:13, 21).

Um dos principais templos de Hator foi construído por Seti II nas minas de cobre
de Timna, na Seir edomita. Serabit el-Khadim (em árabe: ‫سرابت الخادم‬, Serabit al-
Khadim ou Serabit el-Khadem) é um local no sudoeste na península do Sinai, onde
havia extensa mineração de turquesa durante a Antiguidade. As escavações
arqueológicas, realizadas inicialmente por Sir Flinders Petrie, revelaram os antigos
campos de mineração e um Templo de Hator que teria existido ali por muito
tempo. Os gregos, que se tornaram soberanos do Egito por trezentos anos, antes
da dominação romana em 31 a.C., também cultuaram Hator e a associavam com
sua própria deusa do amor e beleza, Afrodite (como os romanos fizeram com
Vênus).
DEUSA HATHOR – DEUSA EGÍPCIA DO DESTINO E DOS PRAZERES
A Deusa Hathor é uma das mais importantes Deusas do Egito. Seu culto se
estende por mais de 3000 anos. Geralmente ela é representada como uma Vaca e
ela está relacionada ao destino e aos prazeres carnais.

QUEM É HATHOR?
Devido à grandeza de seu culto (tanto territorial quanto temporal) é comum
aparecerem variações dentro de seu mito. Portanto, por vezes é filha do Deus Sol,
Rá, e por vezes é mãe dele.

Ela é geralmente representada como uma Vaca, mas também pode ser vista como
uma leoa (sendo Hathor um aspecto da Deusa Leoa Sekhmet), uma figueira ou
uma tamareira.
A Deusa Hathor é mais comumente retratada como uma mulher com cabeça de
vaca, com chifres e grandes asas saindo de seus ombros. Essa representação é um
pouco similar à da Deusa ísis e nessa forma ela também é responsável por dar à
luz ao universo.

Atribuições: Deusa do sol, da fertilidade, do destino, das artes, do amor e do


prazer terreno
Símbolo: Vaca, leoa, sistrum (um chocalho similar à ankh), espelho
Local: Egito
DEUSA HATHOR – DEUSA DA FERTILIDADE E DOS PRAZERES
Os egípcios viam o céu como a grande barriga de uma vaca e o sol era a luz que
passava através do vão de seus chifres.
Devido a essa associação, a Deusa Hathor também era associada à fertilidade da
terra e do povo, sendo, portanto, cultuada como uma Deusa da Fertilidade.

Muitos textos se referem à Deusa Hathor como “A dourada”, aquela que cria e
fortalece os laços afetivos.
Esta é uma definição apropriada, pois a Deusa Hathor era patrona dos prazeres do
corpo, incluindo música, arte, cosméticos, dança e o ato sexual. Neste aspecto
Hathor é relacionada também com a Deusa Bast.
DEUSA HATHOR – DEUSA DO DESTINO
A Deusa Hathor governava tanto o nascimento quanto a morte e, nessa forma, ela
era retratada como sete “Deusas Hathor”, responsáveis por predizer o destino
inescapável de cada recém-nascido.

Como governanta do submundo era chamada de Rainha do Oeste, o ponto


cardeal associado com a morte. Ela acompanhava seus devotos em sua jornada
final, por isso rituais à sua devoção geralmente faziam parte de cada funeral.
Devemos considerar esta cena conclusiva como uma continuação da placa
anterior. O elemento chave de toda a vinheta é a representação despretensiosa da
tumba de Ani com seu topo piramidal no canto inferior direito. Neste ponto do
papiro, Ani certamente alcançou o objetivo do documento e logo estará
“atravessando o dia” pelo portal. A tumba é mostrada aninhada contra a
Montanha Ocidental de Tebas, na qual foram cortados os poços do sepulcro.
Elevando-se acima do túmulo, o declive do penhasco do deserto, indicado pelo
solo rosado listrado e pontilhado.

A montanha é incongruentemente cercada por um mato de papiro. Os talos de


papiro não estão ligados à montanha, mas sim à Deusa Hathor, cuja cabeça é
mostrada emergindo da encosta. O matagal simboliza os pântanos onde o gado
não domesticado perambulava nos tempos primordiais. O olho da deusa está na
forma do olho de Hórus ou Re, e ela usa o colarinho colar de Menat (outro nome
da Deusa) no pescoço. Entre seus chifres há um disco solar encimado por duas
penas de avestruz. Além de seus outros atributos, Hathor se tornou uma grande
divindade da vida futura no Novo Reino. Em Tebas, ela estava particularmente
associada à Montanha Ocidental, onde os túmulos reais e privados estavam
localizados. Em Deir el-Bahri, a seção da necrópole tebana onde ficava o
esplêndido templo mortuário da Rainha da Décima Terceira Dinastia, a Rainha
Hatshepsut, havia um culto a Hathor, que segundo a lenda aparecera em uma
caverna. Hathor, então, é mostrada emergindo na luz, assim como Ani esperava
fazer ele mesmo. Esta ilustração é um notável testemunho do caráter alusivo da
arte religiosa egípcia.

Trecho traduzido por mim do Book of the Dead


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DEUSA HATHOR – DEUSA DO AMOR
A Deusa Hathor foi muito amada no antigo Egito, mas possui uma história de
origem um tanto conturbada. No início de sua existência ela era chamada de
“Olho do Sol” ou “Olho de Rá” e nessa forma, era a Deusa da Destruição, a intensa
e forte Deusa Sekhmet.
De acordo com a lenda, Rá, o Deus Sol, não estava mais sendo respeitado pelo
povo do Baixo Egito durante seu mandato como Faraó e descobriu que o povo
conspirava contra ele. Para resolver essa situação ele resolveu enviar seu olho
para lidar com a questão.

O olho era a Deusa Sekhmet, que começou a matar centenas de pessoas e beber
seu sangue. Quando Ra pediu que parasse, ela simplesmente o ignorou. O Deus
então teve a ideia de colorir cerveja de vermelho (para lembrar sangue) e
despejar pelos campos de batalha.

Sekhmet ficou tão bêbada com a cerveja que dormiu por três dias e foi purificada
nesse processo, perdendo o gosto por sangue e carne humana. Ao despertar, ela
mostrou uma face mais amável e benevolente, que é a Deusa Hathor.
DEUSA HATHOR – DEUSA DA NUTRIÇÃO
Originalmente a Deusa Hathor era uma personificação da Via Láctea, cuja criação
foi considerada ser a partir do leite que fluiu das tetas de uma vaca divina.

Similarmente, temos a Deusa Grega Hera que também é simbolizada por uma
vaca e também criou a Via Láctea.

Com a passagem do tempo Hathor absorveu os atributos de várias outras Deusas


e acabou aproximando-se da Deusa Ísis, que em determinado momento usurpou
sua posição como a mais poderosa e popular Deusa do Egito antigo.

Mesmo dividindo espaço com Ísis, Hathor continuou sendo muito popular na
história egípcia. Diversos festivais foram dedicados a ela e o número de crianças
que receberam seu nome é maior do que o número de crianças que receberam os
nomes de qualquer outro Deus ou Deusa Egípcio.
INVOCANDO A DEUSA HATHOR
A Deusa Hathor é uma Deusa de muitos atributos e pode ser invocada por vários
motivos, como por exemplo: Quando sentir-se em dúvida em qual caminho seguir
na vida, para obter fertilidade onde precisar, para direcionar felicidade à sua vida
e a de outros…

Abaixo segue um ritual simples para agradecer e fazer pedidos a essa Deusa:

Itens necessários:

Símbolo de Hathor (Algo que a represente, uma estátua, um espelho, uma vaca…)
Óleos perfumados e perfumes de seu gosto
Incenso, se desejar
Comida e bebida
Recolha-se para um local tranquilo quando for descansar, pegue o símbolo
escolhido, lave-o e passe os óleos e perfumes nele. Enquanto faz isso diga
palavras, recite poesias ou cante músicas de amor, alegria, carinho…

Ao terminar, acenda o incenso, agradeça por tudo e faça seu pedido. Guarde o
símbolo e coloque ao pé dele como oferenda comidas variadas como bolo e frutas
e também bebida, por exemplo cerveja e vinho.

Após algumas horas volte e coma as oferendas, a energia que Hathor precisava ela
já retirou. Peça para sempre continuar no caminho da Deusa e agradeça
novamente.
Na mitologia Egípcia Ela é Het- Heru (= morada de Hórus) filha do deus Sol (Rá) e
esposa de Hórus – deusa do Céu, da fertilidade, protetora das mulheres, da
astrologia, do casamento, dos vivos e dos mortos, do Amor e da Beleza; assim
como a Afrodite grega ou a Vênus romana – tanto, que muitos elementos na
maquiagem da deusa Afrodite é modelado no estilo do egípcio de Hator. Ainda
representa a sexualidade e os aspectos eróticos do vinho, da dança e da música.

Hator ,Hathor ou Het-Heru era associada com Ísis e com Bastet, porém, esta Hator
mais conhecida é a reformulação de uma Hathor pré-dinástica, muito mais antiga,
da qual pouco foi revelado e muito foi ocultado pela classe sacerdotal. Seu poder
era tão grande que, mesmo com estas reformulações e confusões, em mais de
uma dinastia o faraó era considerado filho de Hathor ou seu consorte.
Personificação das forças benéficas do céu, depois de Ísis, é a mais venerada das
deusas. Era prestado culto a Hathor em todo o Egito, em especial em Denderá.
Ela é representada de várias formas ao longo da história e pré-história egípcia
mulher com chifres na cabeça portando o disco solar
mulher com orelhas de vaca
mulher com cabeça de vaca portando o disco solar
uma vaca, com disco solar e duas plumas entre os chifres.
um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, com a cabeleira
separada em duas abas com as extremidades enroladas
Nos rituais em sua honra, o sitro (instrumento musical), aliado à voz da
sacerdotisa proporcionava o principal acompanhamento musical – um aspecto
próprio de Hathor em seu papel como Deusa da sensualidade.

Por isso, a seguir Deusa é evocada no seu aspecto Amor, beleza e sensualidade,
neste ritual dividido em 2 partes
Parte 1 – Banho de Atração e Sensualidade

Material
7 paus de canela
7 anis estrelados
7 cravos da índia (sem a bolinha)
1 colher sopa de mel
3 rosas vermelhas inteiras (= pétalas e o miolo).
7 gotas essência de sândalo ou rosas
Execução
Coloque 3L de água mineral ou filtrada para ferver e ao abrir fervura complete
com todos os ingredientes (exceto a essência) abafe, deixe esfriar/amornar. Coar,
acrescentar a essência ou óleo de rosas e usar na última enxaguada do banho, do
pescoço para baixo.
Sobras deixar aos pés de uma árvore bem bonita.

Parte 2 – Chamando a Deusa

Material
1 vela vermelha
1 pires
incenso sândalo ou rosas e de flor de lótus
1 cesta ou prato escuro com as frutas (cereja, maçã, uva vermelha), a quantidade
é opcional
1 pedaço de queijo feito com leite de vaca
1 taça de vinho tinto licoroso
Imagem da deusa Hathor (pode ser papel impresso)
papel branco ou pergaminho
música adequada ou romântica
1 pedaço de pano cetim vermelho
1 pedaço de cordão dourado

Execução

Após ter realizado o banho-ritual acenda o incenso pegue um pedaço de papel


branco ou do tipo pergaminho e escreva o nome da pessoa amada. Passe-o pela
fumaça do incenso por 7 vezes e dobre-o. Ungir a vela (pavio para a base com o
óleo, daquele que você usou no banho); acenda a vela sobre o pires, coloque ao
lado a imagem e faça uma reverencia a deusa Hathor curvando-se 7 vezes.
Pressione o papel contra o peito (na direção do coração) com a mão direita e
pense na pessoa por 7 minutos. Então desdobre o papel e segure-o com a mão
esquerda e por 7 vezes passe na fumaça do incenso – após cada passada recite

‘ (nome do seu amor) você, gosta do jeito que eu sou.


Isso o faz me notar.
Estou a deliciar algumas palavras gentis
– Que a sua alma será minha para sempre.
Para que você saiba que meu amor
a você pertence
Que o nosso amor seja eterno.’

Guarde o papel por 7 dias sob a imagem de Hathor. Depois junte tudo: as sobras
da vela com as do incenso e o papel com o nome; disponha em um pedaço de
cetim vermelho e amarre em forma de sachê com um cordão dourado. Deixe
guardado entre suas coisas (por exemplo, na gaveta de lingeries).
Quando seu pedido amoroso for atendido então abra o sachê e espalhe em um
local alto todo o material nele contido. Ao chegar em casa acenda um incenso de
flor de lótus em agradecimento à deusa Hathor. A sobra deste, pode deixar em um
vaso de plantas.

Obs.
Todo o ritual (parte 1 e 2) não pode passar de 30 minutos.
Do término do ritual beba a taça de vinho, coma as frutas e o queijo, ou pode
repartí-las com quem você ama.
Faça-o na sexta-feira, depois do pôr do sol e em Lua Crescente

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